Em Portugal, esta é a quarta doença oncológica mais frequente
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cancro é uma das principais causas de morte em todo o mundo. As últimas...

Em Portugal, esta é a quarta doença oncológica mais frequente, com aproximadamente 6 000 novos casos diagnosticados, anualmente. Nos homens, o cancro do pulmão é a principal causa de morte relacionada com neoplasia, enquanto que nas mulheres representa a terceira causa de morte. Nos últimos anos, tem-se vindo a verificar uma tendência crescente da doença, com cada vez mais casos de cancro do pulmão a surgirem anualmente, no nosso País.

É importante lembrar que a luta contra o cancro assenta, sobretudo, na prevenção primária e no diagnóstico precoce. No entanto, quando o tratamento inclui cirurgia, o sistema robótico da Vinci tem demonstrado ser um grande aliado das equipas médicas no combate ao cancro do pulmão. Os principais procedimentos de cirurgia torácica assistidos por robótica são a cirurgia de resseção anatómica pulmonar, nomeadamente lobectomias e segmentectomias pulmonares, assim como cirurgia de ressecção de tumores do mediastino e timectomias. Em 2023, foram realizadas mais de 20 mil cirurgias robóticas com o sistema da Vinci em patologias oncológicas, na Península Ibérica. Destas intervenções, mais de 9,4% foram efetuadas em casos de cancro do pulmão.

A cirurgia robótica com o sistema da Vinci tem comprovado ser uma opção crescente no tratamento do cancro do pulmão, tendo em conta as suas inúmeras vantagens que ajudam os cirurgiões a realizarem procedimentos mais precisos e menos invasivos, com menor trauma para o paciente, redução de dor pós-operatória e recuperação mais rápida.

Mais poder aos cirurgiões na luta contra o cancro

João Maciel, especialista em cirurgia torácica do Hospital de Santa Marta - ULS São José, revela: “A nossa equipa conta com quase 600 cirurgias torácicas realizadas anualmente e regista uma tendência inequívoca de crescimento. Quanto às intervenções que mais beneficiam de cirurgia com o sistema robótico da Vinci, destacam-se a patologia do mediastino, com indicação para timectomia alargada, e as doenças oncológicas pulmonares”. 

Sobre as principais vantagens da cirurgia assistida com o sistema robótico da Vinci nas doenças oncológicas do pulmão, o especialista salienta que “no cancro do pulmão é fundamental o esvaziamento mediastínico invasivo, que é, decididamente, facilitado pelo sistema robótico da Vinci. O fácil acesso ao mediastino permite uma dissecção mais exaustiva das estações ganglionares o que leva inevitavelmente a um esvaziamento ganglionar mais extenso”. 

Ana Rita Costa, cirurgiã torácica robótica do Hospital de Santa Marta, da USL São José, acrescenta ainda que “no cancro do pulmão, cirurgias mais complexas como segmentectomias são possíveis e facilitadas com o sistema robótico, permitindo a dissecção e isolamento de estruturas vasculares mais distais, que seriam menos acessíveis por outras técnicas minimamente invasivas”.

Quando questionados sobre resultados registados nos pacientes oncológicos intervencionados através de cirurgia robótica assistida com sistema da Vinci, ambos os especialistas concordam que “os doentes oncológicos submetidos a Robot-Assisted Thoracic Surgery (RATS) apresentam tempos de drenagem torácica mais curtos e, consecutivamente, internamentos hospitalares também mais reduzidos, quando comparados com doentes submetidos ao mesmo procedimento por outras abordagens”.

Sobre as expetativas face ao recurso à cirurgia torácica robótica com o sistema da Vinci, o Dr. João Maciel adiante que: “com a disponibilidade crescente da tecnologia robótica, acredito que o número de cirurgiões credenciados para esta abordagem vai aumentar nos próximos anos, o que vai consolidar a experiência técnica e levar a que cada vez mais doentes, e com patologias mais complexas, possam ser submetidos a cirurgia robótica”.

Já Ana Rita Costa assume que” todas as ferramentas de que possamos dispor para dar aos nossos doentes uma resposta mais eficaz e eficiente, de acordo com a melhor prática clínica, são bem-vindas. A robótica é, indubitavelmente, uma tecnologia que os cirurgiões atuais devem acrescentar ao seu arsenal terapêutico, pois tudo indica que, quando devidamente utilizada e em doentes selecionados, tem benefício clínico”.

Cirurgia torácica com sistema robótico da Vinci

O sistema da Vinci permite efetuar cirurgia pulmonar através de pequenas incisões, aproximadamente do tamanho da ponta de um dedo. Com o sistema robótico da Vinci, o cirurgião senta-se numa consola, através da qual controla uma câmara e os pequenos instrumentos utilizados para realizar a cirurgia.

Os manípulos da consola transmitem os movimentos efetuados pelo cirurgião aos braços do robô e possibilitam uma rotação de 540º - mais do que a mão humana - o que permite uma maior amplitude de movimentos. A tecnologia de filtragem de tremores incorporada elimina movimentos involuntários e ajuda o cirurgião a manusear cada instrumento com maior rigor e precisão, com movimentos mais estáveis e delicados, fundamentais para operações em áreas complexas e sensíveis, como os pulmões.

A flexibilidade dos instrumentos robóticos permite alcançar e operar em áreas que podem ser difíceis de aceder com a cirurgia convencional, aumentando as opções de tratamento para tumores localizados em locais complexos.

O sistema proporciona ainda uma visão de 3D de alta definição, com ampliação até 10 vezes da área cirúrgica, o que permite uma visualização clara das estruturas anatómicas, para uma disseção mais precisa dos tecidos adjacentes ao tumor.

Estas características tornam o sistema robótico da Vinci uma opção eficaz e menos traumática para o tratamento cirúrgico do cancro do pulmão, dado que permite que os pacientes tenham uma recuperação mais rápida, menor dor e menos complicações pós-operatórias, como infeções ou problemas respiratórios.

Eritema da fralda
A assadura da fralda é uma preocupação comum dos pais no início de vida dos seus bebés.

A assadura da fralda, também conhecida como eritema da fralda, é um problema de pele comum nos primeiros 12 meses do bebé, já que as fezes são mais frequentes e a pele é mais fina, permeável e com um pH mais elevado. A maioria das crianças apresenta sintomas como vermelhidão, inchaço ou borbulhas na zona do rabinho, coxas e zona genital.

O eritema da fralda depende do tipo de pele, mas é importante apostar na prevenção para garantir a proteção da pele do bebé. Neste sentido apresentamos seis conselhos para apostar na prevenção:

  • Manter uma boa rotina de banho é fundamental para uma pele mais limpa. Os especialistas aconselham banhos curtos e pouco frequentes, garantindo que a água não está demasiado quente.
  • Ainda sobre os banhos, em vez de sabão, os produtos especialmente formulados para bebés, sem perfume e com pH neutro, são a melhor opção.
  • Após o banho, e sem esfregar, a limpeza da pele é muito importante, assim como o uso de cremes hidratantes aplicado com suavidade;
  • Na mudança da fralda, é importante investir em fraldas descartáveis de grande qualidade em detrimento das fraldas de tecido laváveis, uma vez que as primeiras estão menos associadas ao eritema da fralda;
  • Mudar a fralda do bebé com frequência e imediatamente assim que esta fique suja;
  • Após a muda da fralda, aplicar uma camada fina de creme é essencial para garantir a proteção da pele do bebé e para uma maior hidratação.

A causa mais frequente de eritema da fralda é a combinação da fralda suja com a fricção. A pele delicada do bebé torna-se fragilizada e dorida quando entra em contacto com os químicos que existem naturalmente na urina e com as enzimas que existem nas fezes. Outro fator que pode causar assadura nos bebés é a tendência a suar bastante, já que a sua temperatura corporal varia – e esse suor pode irritar a pele.

Importa relembrar que a irritação na pele dos bebés é muito comum, mas com as devidas precauções é possível minimizar o risco de eritema da fralda. Se as assaduras persistirem consulte um médico pediatra para garantir que o seu bebé recebe o melhor cuidado possível.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sediada no Porto, juntou-se à Sport Integrity Global Alliance
A TrueClinic é a primeira parceira de saúde da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), uma organização independente sem fins...

A parceria entre a empresa portuguesa, que desempenha um papel fundamental no domínio da gestão da saúde desportiva e da integridade física em Portugal, e a SIGA destaca a importância do desenvolvimento dos jovens, da proteção dos atletas e da promoção da integridade financeira, livre de qualquer forma de atividade antiética, ilícita e criminosa, no desporto.

Com um elevado sentido de responsabilidade por ser a única organização do setor da saúde a integrar esta grande plataforma mundial de boas práticas e de partilha de conhecimento para a ética no desporto, a TrueClinic reitera o seu compromisso em defender e promover a implementação das Normas Universais de Integridade Desportiva da SIGA em toda a sua operação, assegurando que os valores do desporto são sempre respeitados.

“Estamos muito satisfeitos por acolher a TrueClinic na comunidade global SIGA. A experiência incomparável da TrueClinic acrescenta valor à nossa aliança. Enquanto líderes na sua área, a sua dedicação à integridade física e bem-estar dos atletas, bem como à promoção da integridade no desporto, é exemplar. As parcerias ativas da TrueClinic com as principais partes interessadas sublinham o seu papel crucial no avanço da nossa missão comum e constituem um exemplo que, francamente, gostaríamos de ver seguido por outras empresas. A sua aposta no desenvolvimento e na proteção dos jovens no desporto, bem como na integridade financeira é louvável e esperamos contar com o seu apoio, empenho e proatividade à medida que continuamos a fazer avançar a nossa agenda de reformas", afirma Emanuel Macedo de Medeiros, Global CEO da SIGA.

Para Miguel Gouveia de Brito, CEO da TrueClinic, “É com grande satisfação e honra que a TrueClinic se torna membro da SIGA e pretende contribuir para uma maior integridade no desporto, lado a lado com esta prestigiada organização. A nossa missão, que se centra em contribuir para a melhoria do bem-estar das pessoas, alinha-se com a procura de uma melhor e mais educada sociedade, com uma integridade reforçada - princípios que norteiam a SIGA e com os quais nos identificamos plenamente. Em meu nome e em nome da TrueClinic, comprometemo-nos a promover e honrar os princípios SIGA e prometemos total foco e empenho na promoção de uma maior integridade em todo o ecossistema desportivo.”

SPOT realiza o seu 1.º webinar dirigido à população
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), em parceria com a Medtronic e a Campanha “Josephine explica a...

“Este é o primeiro webinar dirigido ao público em geral, criado com o objetivo de promover a literacia em saúde junto da população. Focado na escoliose pediátrica, oferece uma oportunidade única para esclarecer dúvidas sobre a doença e destacar a importância da sua deteção precoce, essencial para um tratamento eficaz e para o bem-estar das crianças”, explica João Gamelas, Presidente da SPOT.

O programa inclui palestras de especialistas de renome na área da Ortopedia: Prof. Doutor Nuno Alegrete, do Hospital CUF Porto, que iniciará a sessão com “Conceitos básicos da escoliose”; Dr. Ricardo Almeida, do Hospital de Curry Cabral, que abordará “A importância da deteção precoce da escoliose”, e Dr.ª Maria Pia Monjardino, do Serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra, que discutirá “Sinais de alarme que possam ser identificados pelo público em geral”.

De seguida, serão apresentados testemunhos de pais que passaram por essa experiência, além da participação de Mário Martins, professor de Educação Física, que desempenhou um papel importante no diagnóstico precoce de um aluno.

O evento culminará com um debate entre todos os participantes, promovendo uma troca de ideias enriquecedora sobre como melhorar a deteção precoce da escoliose.

A participação neste webinar é gratuita, mas as inscrições são limitadas.

 

Projeto da Egas Moniz School of Health & Science
De 29 de julho a 20 de agosto, a Egas Moniz School of Health & Science promove a sua primeira Missão Humanitária...

A missão está dividida em duas fases: a primeira, de 1 a 15 de agosto em Samburu, e a segunda, de 15 a 20 de agosto, em Nairobi. A equipa vai trabalhar em colaboração com três organizações não-governamentais e com entidades locais e está focada, essencialmente, em cuidados de saúde oral. “Vamos trabalhar com cerca de cinco aldeias ao lado de um dispensário médico, mesmo no centro do Condado de Samburu e, depois, iremos descer ligeiramente para uma zona mais ou menos a 50km de Nairobi, onde vamos trabalhar com uma ONG de crianças com deficiências profundas. Por fim, encerramos a missão na capital, Nairobi, onde vamos trabalhar com o Centro de Acolhimento Wanalea, fundado há 15 anos pela portuguesa Laura Vasconcelos, no rescaldo da guerra civil do Quénia”, descreve André Mariz de Almeida. Este orfanato acolhe cerca de 40 crianças e tem sido um pilar na luta contra a pobreza, mudando o destino de centenas de vidas com realidades difíceis.

Cáries, defeitos de formação dentária e problemas gengivais são uma realidade comum nestas populações, agravada pela falta de acesso a cuidados adequados. “Em Nairobi encontro pessoas com dentes com graves deficiências de formação, não só pela água que é bebida e que é altamente férrea, mas também pela alimentação. Infelizmente é mais barato comer alimentos com alto teor de açúcar e outros ingredientes corrosivos para os dentes”.

Já em Samburu, mais a Norte do Quénia, “encontramos mais problemas gengivais que afetam a ingestão de alimentos e a nutrição”. Esta é das regiões mais afetadas pela seca extrema desde 2011, seguida por chuvas intensas e devastadoras, em que 70% da população vive abaixo do limiar de pobreza e 40% não tem acesso a água potável, nem a cuidados de saúde primários”. Sem grandes condições do ponto de vista clínico, a equipa vai fazer, nesta população, alguns tratamentos restauradores minimamente invasivos, aplicação de fluor e, essencialmente, literacia em saúde oral. Vai ainda levar equipamento para o único dispensário médico da região, de forma a dotá-lo de condições para a prestação de primeiros socorros. “Vamos levar camas, frigoríficos, material de diagnostico primário, material para reabilitação física e fraturas ósseas, que permite que a equipa de enfermeiros local possa trabalhar em primeiros socorros e salvar vidas”.

Mais do que um problema de saúde pública, a saúde oral tem um impacto social muito grande nestas comunidades, “é a diferença entre conseguir ou não um emprego, nomeadamente no setor do turismo, por exemplo”. Além de que agrava ainda mais os problemas nutricionais porque “há pessoas com problemas dentários e gengivais tão graves que não conseguem sequer comer”, descreve o médico dentista.

Com o apoio de organizações não-governamentais locais e da comunidade, esta missão pretende não só melhorar as condições de vida da população, mas também garantir uma continuidade no apoio e no desenvolvimento destas regiões. Com a missão deste ano à porta, a equipa promete regressar no próximo ano, reafirmando o compromisso de continuar a transformar vidas e construir um amanhã melhor para esta região. A missão humanitária Samburu é um farol de esperança no meio da adversidade e demonstra como a união de esforços pode transformar vidas.

Missão é simplificar o autocuidado
A Sanofi acaba de anunciar a transformação da sua unidade de negócios de Consumer Healthcare numa nova identidade: Opella. Um...

A Opella surge num contexto em que a procura pelo autocuidado está a crescer exponencialmente, impulsionada pelo envelhecimento da população e a pressão sobre os sistemas de saúde. Para muitas pessoas, o autocuidado é a principal forma de manter a sua saúde, mas ainda é frequentemente percebido como algo complexo e inacessível.

A missão da Opella é desafiar essas perceções, simplificando o autocuidado e capacitando os consumidores a cuidarem melhor de si mesmos. O nome Opella combina as palavras "Open" (aberto) e "Wellness" (bem-estar), simbolizando o compromisso da empresa em tornar a saúde acessível a todos: “Health. In your hands. By making self-care as simple as it should be.”

Para Pedro Gouveia, Country Head Opella Portugal, “Esta nova entidade reflete o objetivo de otimizar o portfólio de produtos já existente, garantindo que continuam a dar respostas às necessidades das pessoas e que contribuem para a sustentabilidade dos sistemas de saúde. A Opella irá garantir a continuidade e a eficiência na gestão dos produtos já consolidados no mercado, focando-se na sua missão de promover o autocuidado e colocar mais saúde nas mãos das pessoas”.

A Opella já ocupa a nível global o terceiro lugar no mercado de produtos não sujeitos a receita médica (OTC). Com uma combinação única de conhecimento científico e compreensão do consumidor, oferece um portfólio diversificado de marcas bem conhecidas dos consumidores e doentes em todo o mundo. Com operações em 38 países, cerca de 11.000 colaboradores e 13 unidades de fabrico, a Opella está bem posicionada para liderar a indústria do autocuidado.

"Cor de esperança" percorre o país de julho a setembro
“Cor de Esperança” é uma exposição de pintura itinerante que visa alertar, sensibilizar e consciencializar o público em geral...

A exposição “Cor de Esperança” contará com 18 obras de estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Cada pintura reflete uma interpretação única e emotiva da luta e resiliência dos doentes hematológicos, destacando a importância do apoio emocional e psicológico no tratamento destas condições. As obras foram criadas tendo como ponto de partida testemunhos de doentes hematológicos com causa oncológica. Através da arte, esta iniciativa procura motivar e apoiar todos os que lutam contra uma doença hematológica, oferecendo-lhes uma mensagem de esperança e solidariedade.

A artista Cristina Troufa, originária do Porto e licenciada em pintura pela FBAUB, aceitou o mesmo desafio e juntou-se a esta iniciativa com a inclusão de uma obra de arte da sua autoria.

"Cor de Esperança" é uma iniciativa de consciencialização promovida pela Amgen, em colaboração com a FBAUP, e com o apoio da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL), a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e a Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH). Estas instituições têm desempenhado um papel crucial no apoio aos doentes e na promoção da investigação e tratamento das doenças hematológicas em Portugal.

"Acreditamos que a arte tem o poder de transformar e inspirar, e com 'Cor de Esperança' pretendemos não só sensibilizar o público para as doenças hematológicas, mas também proporcionar um momento de reflexão e solidariedade", afirmou Filomena Sousa, diretora médica da Amgen Biofarmacêutica. "Estamos honrados em colaborar com a FBAUP e contar com o apoio da APLL, APCL e SPH, para juntos transmitirmos uma mensagem de força e esperança."

Para Domingos Loureiro, Professor Auxiliar e Diretor da Licenciatura em Artes Plásticas da FBAUP, “é uma honra colaborar nesta iniciativa, que além de sensibilizar a sociedade para estas doenças, mostra como a arte pode ser um elemento essencial na motivação e apoio aos doentes e suas famílias. A arte, com sua capacidade de criar empatia e promover a esperança, desempenha um papel crucial neste esforço conjunto.”

“É, para nós, um enorme orgulho estarmos envolvidos nesta iniciativa 'Cor de Esperança', que simboliza mais do que uma exposição. Trata-se de um movimento que une a ciência e a arte para criar impacto na sociedade. Estamos confiantes de que esta iniciativa inspirará muitos e reforçará a importância do apoio comunitário e de solidariedade para com todos os que enfrentam doenças hematológicas.”, refere Manuel Abecasis, presidente da APCL.

De acordo com Isabel Barbosa, presidente da APLL, “é com entusiasmo que nos envolvemos nesta iniciativa que reforça a missão da APLL em oferecer um suporte abrangente aos doentes, além de promover a educação na área das doenças hematológicas”, e acrescenta que “estamos esperançados de que esta exposição oferecerá ainda conforto e ânimo a todos que estão a viver com estas doenças.”

“Na SPH, estamos comprometidos em promover a excelência na prevenção, diagnóstico, tratamento e na investigação das doenças hematológicas. A nossa participação nesta iniciativa reflete o nosso empenho em apoiar não só os avanços científicos e clínicos, mas também as abordagens holísticas que contribuem para o bem-estar emocional e psicológico dos doentes.”, declarou Ana Luísa Pinto, Secretária-Geral da SPH.

De julho a setembro, a exposição “Cor de Esperança” passará ainda pelas cidades da Covilhã, Castelo Branco, Faro e Lisboa.

As doenças hematológicas podem ter uma causa benigna, como as anemias, e outras de causa oncológica (neoplásica). Existem cerca de 100 doenças do sangue com causa oncológica, sendo as mais frequentes os linfomas (47%), as leucemias (23%), o mieloma múltiplo (17%) e outras menos frequentes, a síndrome mielodisplásica, síndromes mieloproliferativas (11%) e outras doenças do sangue ainda mais raras como a Macroglobulinemia de Waldenstrom (2%).

Candidatos têm até 31 de agosto para submeter trabalhos
Os candidatos à 21ª edição do Prémio BIAL de Medicina Clínica têm até 31 agosto para submeterem as suas obras de investigação...

Promovido pela Fundação BIAL, o Prémio BIAL de Medicina Clínica tem um valor de 100 mil euros e pretende galardoar uma obra intelectual original, de índole médica, com tema livre e dirigida à prática clínica, que represente um trabalho com resultados de grande qualidade e relevância. O trabalho vencedor terá publicação em primeira edição exclusiva impressa e/ou digital.

Além da obra premiada, poderão ainda ser atribuídas Menções Honrosas (no máximo duas) no valor de 10 mil euros cada.

José Melo Cristino, Presidente do Júri, sublinha a relevância deste galardão no incentivo à investigação na área da medicina clínica: “Representa um dos mais antigos e prestigiados galardões na área da Saúde em Portugal, pelo que esperamos receber candidaturas de elevada qualidade e relevância científica com aplicabilidade na comunidade”.

Ao longo das edições realizadas, este Prémio acompanhou a evolução e as tendências da Medicina, tendo distinguido diversos trabalhos no âmbito das doenças civilizacionais, genética, medicina molecular, imagiologia, terapêuticas substitutivas e regenerativas, entre muitos outros. Na última edição, que teve a cerimónia de entrega em 2023, foram premiadas obras sobre autismo, tumores cerebrais e hipertensão arterial.

Desde a sua instituição, o Prémio BIAL analisou 703 obras candidatas e mobilizou 1823 investigadores, médicos e cientistas de 21 países. Em 20 edições, distinguiu 108 trabalhos de 310 autores, tendo sido editadas e distribuídas gratuitamente aos profissionais de saúde 43 obras premiadas, num total de mais de 326.000 exemplares.

“O Prémio BIAL de Medicina Clínica tem procurado dar notoriedade aos profissionais de saúde de língua portuguesa que realizam um trabalho de excelência, quer pela expressão pecuniária do prémio, quer pela distribuição gratuita à classe médica portuguesa da 1ª edição impressa e/ou digital da obra premiada”, refere Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL.

Para além de José Melo Cristino (Faculdade de Medicina – U. Lisboa), o Júri inclui Jaime Branco (Faculdade de Ciências Médicas | Nova Medical School - U. Nova de Lisboa), Miguel Castelo-Branco (Faculdade de Ciências da Saúde - U. Beira Interior), Henrique Cyrne Carvalho (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - U. Porto), João Forjaz de Lacerda (Faculdade de Medicina - U. Lisboa), Helena Leitão (Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas - U. Algarve), José Miguel Pêgo (Escola de Medicina - U. Minho), Carlos Robalo Cordeiro (Faculdade de Medicina - U. Coimbra) e Amândio Rocha Sousa (Faculdade de Medicina - U. Porto).

Dermatologia
Com a chegada do verão, é essencial redobrar os cuidados com a pele para protegê-la dos efeitos noci

Cuidar da pele no verão exige uma rotina adaptada às condições climáticas desta estação. A proteção solar é imprescindível, assim como a hidratação constante e a limpeza adequada. Escolher os produtos certos e evitar aqueles que podem causar danos são passos essenciais para manter a pele saudável e radiante durante os meses mais quentes. Eis alguns cuidados essenciais: 

1. Proteção Solar

A proteção solar é fundamental para prevenir queimaduras, envelhecimento precoce e cancro de pele, estando recomendado: 

  • Uso de protetor solar, que deve ser adaptado "à pele em questão". De acordo com Alexandra Osório, que tem pele mista a oleosa deve optar por um protetor solar oil-free. Já quem tem uma pele madura ou seca, deve optar por um formato creme. "Os jovens e os homens gostam do protetor com toque seco", revela a especialista em Dermatologia Estética. 

"O protetor solar mineral deve ser usado em crianças até aos 2 anos; e nos doentes com doenças auto-imunes na pele", acrescenta. 

  • Uso de Protetor solar de largo espectro, com um fator de proteção solar (FPS) 50 que proteja contra raios UVA e UVB. O protetor solar deve ser aplicado generosamente 30 minutos antes da exposição ao sol e a cada 2 horas, ou após nadar ou suar.
  • Uso chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas de tecido leve e de cor clara que cubram a maior parte da pele. "As crianças não se devem expor ao sol o dia todo", acrescenta a médica. 
  • Evitar a exposição solar direta, sobretudo, nas horas em que os raios solares estão mais fortes. Segundo Alexandra Osório deve "desfrutar do sol da manha até as 10:00 e depois das 16:00".

2. Hidratação

  • A pele tende a perder mais água no verão devido ao calor e ao suor. Para manter a hidratação deve consumir pelo menos 2 litros de água por dia, evitando "o álcool". De acordo com a especialista, também deve ter dar especial atenção à alimentação: opte por "comer comidas frescas e leves". 
  • Usar hidratantes leves: Preferir produtos à base de água ou gel, que são menos oleosos e mais adequados para o calor. Hidratantes com ácido hialurónico são excelentes para reter a humidade na pele. Os sprays de água termal podem ser também uma boa opção para refrescar e hidratar a pele ao longo do dia.

3. Limpeza adequada

  • No verão, a pele pode ficar mais oleosa devido ao aumento da produção de sebo. Por isso recomenda-se que recorra ao uso de produtos de limpeza suaves, mas que sejam específicos para o seu tipo de pele. E esfoliação deve ser moderada, evitando produtos agressivos que possam irritar a pele. 

Cuidados específicos e produtos a evitar

De acordo com Alexandra Osório há ainda cuidados especiais a ter nesta época do ano, como: 

  • "não usar cremes fotossensíveis ou que tenham constituintes fotossensíveis  - retinol e derivados, acido glicólico, acido lático – nem de manhã nem de dia"; 
  • "quem tem alergia ao sol, quem tem lúpus ou toma medicação crónica, deve usar protetor solar em forma de cápsula, para a pele produzir mais pigmento e esse ser libertado para a pele circundante desde a primeira exposição solar"; 
  • Atenção as lesões de acne – "há pessoas em que o acne melhora – devido ao maior número de banho de água salgada e a exposição solar - mas, em outras, agrava-se. Em caso de agravamento, deve evitar a exposição solar prolongada e usar protetor solar oil-free".
  • "Pele com manchas e sardas – são peles envelhecidas e fotossensíveis. A melhor forma de evitá-las é não se esquecer do protetor solar. Essas lesões são benignas, não evoluem para o cancro de pele, entretanto, recomenda-se avaliação pelo dermatologista para diferenciá-las de lesões suspeitas, que merecem uma avaliação mais detalhada". 
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conferência "Cancro: o presente e o futuro da deteção precoce"
A Roche vai realizar a conferência "Cancro: o presente e o futuro da deteção precoce", no próximo dia 1 de outubro,...

O ponto de partida será a apresentação dos resultados do estudo “Perceções dos portugueses sobre o cancro e deteção precoce", realizado em parceria com a GFK/Metris, cujo foco é aferir o conhecimento da população sobre o rastreio e a deteção precoce no cancro e  a relevância que lhe atribuem, bem como a identificação dos desafios inerentes a dois tipos de cancro: cólon e reto e pulmão.

No caso do rastreio do cancro do cólon e reto, pretende-se avaliar os eventuais constrangimentos que resultam numa baixa cobertura populacional e fraca taxa de adesão, bem como refletir sobre soluções que permitam cumprir os objetivos nacionais traçados para 2030, patentes na Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro.

Já em relação à deteção precoce do cancro do pulmão, será discutida a possível implementação e respetivo impacto de um rastreio organizado no Serviço Nacional de Saúde, caso Portugal siga as recentes recomendações da União Europeia.

São 5 as iniciativas selecionadas que serão premiadas com 5.000 euros cada
A Teva acaba de lançar as candidaturas à quarta edição dos Prémios Humanizar a Saúde. As inscrições podem ser submetidas até 30...

Os Prémios Humanizar a Saúde visam reconhecer o trabalho de projetos que promovem a melhoria da qualidade de vida dos doentes. Os Prémios terão em conta que as iniciativas selecionadas contribuem com valor ético para o sistema de saúde, proporcionando um ambiente e tratamento mais afetivo, próximo e humano, e que, a longo prazo, conduzem a uma melhoria da qualidade dos cuidados e do tratamento dos doentes.

A nova edição dos prémios irá mais uma vez reconhecer o trabalho de cinco iniciativas selecionadas com o valor de 5.000 euros cada. O valor será atribuído ao candidato em formato de donativo para o desenvolvimento da atividade. Esta quarta edição eleva para 20 o número de iniciativas já premiadas, com donativos no valor total de 100.000 euros.

"Estamos convencidos de que as iniciativas que procuram a excelência nos cuidados dão sentido ao que chamamos ‘Humanização dos Cuidados de Saúde’, contribuindo assim para valores éticos e valores de humanidade e proximidade aos próprios cuidados. O nosso compromisso é continuar a dar-lhes visibilidade para que, juntos, possamos fazer da humanização outra parte dos cuidados de saúde e cumprir a nossa máxima de assegurar que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida do ponto de vista mental e emocional. Assim, com estes prémios reconhecemos o trabalho conjunto de profissionais de saúde, doentes, familiares, cuidadores e administração para descobrir novas possibilidades e soluções que melhorem a vida quotidiana de todos", explica Marta Gonzalez Casal, Diretora Geral da Teva Portugal.

Os interessados devem enviar as suas candidaturas através do site da empresa: https://www.teva.pt/humanizing-health/.

Iniciativas galardoadas na III edição

No ano passado, foram atribuídos prémios num total de 25.000 euros às seguintes iniciativas: “Programa de visitas de palhaços a hospitais com serviços oncológicos pediátricos”, da Operação Nariz vermelho, uma iniciativa que pretende contribuir para a humanização e melhoria da experiência de internamento e qualidade de vida das crianças durante a hospitalização de longa duração para tratamento de cancro; “Palhaços d’Opital”, pioneira na Europa a levar o trabalho e missão dos Doutores Palhaços a adultos e com foco nos idosos, em ambiente hospitalar que tem como missão a valorização e a dignificação da pessoa mais velha; “Sol de Afectos”, da SOL – Associação de Apoio às Crianças Infetadas pelo VIH/SIDA, tem como objetivo a criação de um espaço para os progenitores/cuidadores compartilharem as suas vivências, sejam elas em relação à doença dos seus filhos, tratamento, dificuldades e conquistas no processo de habilitação da criança; “Unidade Móvel – Saúde de Proximidade”, da Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Alfândega da Fé, pretende dar continuidade aos serviços de apoio e cuidado domiciliário desenvolvidos nas aldeias do concelho de Alfândega da Fé; “Projeto Casulo”, da Associação Calioásis – Centro de bem-estar para crianças, jovens e suas famílias afetados pelo cancro, que visa a criação de um jardim no internamento do serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Coimbra, com o objetivo de melhorar o bem-estar e a saúde física e mental das crianças, adolescentes e seus cuidadores ali internados.

Abegão Pinto é o mais jovem e o primeiro português a assumir o cargo
O médico português Abegão Pinto, professor de Oftalmologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), foi...

Esta eleição marca um passo significativo na sua carreira, após quatro anos no cargo de secretário-geral, e culminará, na reunião agendada para 2026, na eleição do professor da FMUL para a presidência da Sociedade.

Abegão Pinto destaca a importância da Sociedade Europeia de Glaucoma, descrevendo-a como a "principal sociedade na especialidade de glaucoma na Europa". Com cerca de mil membros, congrega todas as sociedades europeias e nacionais da área, tendo por missão "encontrar as melhores soluções para preservar a qualidade de vida dos doentes com glaucoma, dentro de um sistema de saúde sustentável".

Além disso, a Sociedade é reconhecida pela elaboração de orientações gerais, gestão de várias task forces, incluindo as dedicadas a streamings e cirurgias, e pela formação de internos.

O professor de Oftalmologia na FMUL, e responsável pelo departamento de Glaucoma da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, refere “a satisfação e responsabilidade que o novo cargo implica”. Além disso, sublinha que outra professora da FMUL, Filomena Ribeiro, é atualmente presidente da Sociedade Europeia de Cirurgia Refrativa e Catarata, e frisa: “Estes cargos refletem a nossa dedicação e o empenho da clínica universitária de oftalmologia da FMUL em alcançar elevados padrões de excelência”.

 
Palhaçaria hospitalar e intervenções lúdicas
Fundada para transformar vidas através da arte da palhaçaria hospitalar e intervenções lúdicas, a Soul Alegria, um negócio com...

Entre 2021 e 2023, a Soul Alegria realizou visitas remotas – através de videoconferência – à Alzheimer Portugal, na Madeira, levando alegria a doentes de Alzheimer. Motivados pelo sucesso deste projeto, pretendem agora estabelecer uma equipa local em Portugal, oferecendo serviços online e presenciais. “Estamos à procura de empresas patrocinadoras e parcerias para viabilizar a expansão para Portugal. Com o apoio certo, podemos levar a nossa filosofia para mais pessoas, especialmente em unidades de saúde, públicas ou privadas”, afirma Clerson Pacheco, fundador da Soul Alegria e palhaço Dr. Miojo.

Ao contrário de outras iniciativas similares, a Soul Alegria concentra-se principalmente em adultos. “O nosso acompanhamento é 360º. Queremos comunicar com todas as pessoas que estão no hospital. Além de interagir com os pacientes e os seus acompanhantes, também nos preocupamos com os profissionais de saúde. Procuramos oferecer apoio emocional em momentos cruciais, como quando os pacientes recebem resultados de exames ou durante sessões de quimioterapia. Nesses momentos delicados, as nossas 'brincadeiras' são cuidadosamente planeadas, e contamos com uma equipa bastante sensível ao contexto – o nosso objetivo é tornar as situações mais leves. As pessoas ficam muito agradecidas por conseguirem desligar-se do que estão a passar.” afirma Clerson Pacheco.

Além das atividades hospitalares, a Soul Alegria também trabalha com o mundo empresarial com um portfólio de serviços inovadores que combinam diversão e terapia. "Com a pandemia, sentimos a necessidade de expandir os nossos serviços para o formato remoto, alinhando-nos com a realidade do mundo corporativo. A verdade é que ainda há uma grande carência de sorrisos nas grandes empresas. Já colaboramos com mais de 15 empresas de diversos setores, como TI, contabilidade, seguros, design e indústria, entre outros."

Entre as opções oferecidas estão a Ginástica LaborClown, o Curso de Comunicação Lúdica e os Workshops de Motivação. Cada um dos serviços é projetado para promover o bem-estar e a produtividade dos colaboradores de forma criativa e envolvente.

O grande diferencial da empresa é o serviço “Visitas Especiais com Drs Palhaços”, onde colaboradores que estão a passar por momentos delicados podem participar em sessões individuais online com profissionais especializados. Este serviço procura proporcionar apoio emocional e um alívio do stress através de técnicas de clownterapia, criando um ambiente de trabalho mais saudável e harmonioso.

Em relação aos serviços serem prestados também à distância, Clerson Pacheco indica que “as pessoas esquecem que estão a interagir com um tablet e concentram-se totalmente nos nossos jogos e conversas. A nossa equipa é altamente qualificada, pois os colaboradores e utentes podem passar da gargalhada ao choro numa única sessão, exigindo que tenhamos as ferramentas de improviso adequadas para lidar com essas emoções”.

A Soul Alegria nasceu da transformação pessoal do fundador, Clerson Pacheco, que encontrou um novo propósito na palhaçaria hospitalar após um período de estagnação e perda pessoal. Inspirado por uma frase de uma música brasileira, decidiu "emprestar a sua vida para quem quer viver". Desde então, a Soul Alegria é uma organização que se dedica a promover eventos e atividades que visam espalhar a felicidade e o bem-estar.

 
Sociedade Portuguesa de Pneumologia lança campanha de sensibilização
No âmbito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão, que se assinala a 1 de agosto, três comissões de trabalho da Sociedade Portuguesa...

“Para o alcance dos melhores resultados clínicos é necessário o contributo, envolvimento e dedicação de várias especialidades, em todos as fases, desde a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, nas suas diferentes modalidades. Medicina Geral e Familiar, Pneumologia, Radiologia, Anatomia Patológica, Cirurgia Torácica, Oncologia, Radio-Oncologia, Biologia Molecular, Cuidados Paliativos, e muitas outras áreas, não menos importantes, como psicologia, apoio nutricional, apoio social, por exemplo”, explicam Gabriela Fernandes e Margarida Dias, representantes da comissão de Pneumologia Oncológica da SPP.

No entanto, a prevenção está nas mãos de TODOS nós. Cada cidadão pode escolher não consumir produtos de tabaco. Os decisores políticos têm nas suas mãos a tomada de medidas antitabágicas eficazes e, assim como outras como ode controlo das emissões de gases para a atmosfera. Às empresas cabe-lhes adotar mecanismos de redução da libertação de agentes poluentes para o ambiente e por estratégias de proteção dos seus trabalhadores. As escolas devem, desde cedo, incluir programas de promoção de saúde dirigidos aos alunos. “Todos os intervenientes são importantes”, sublinham Gabriela Fernandes e Margarida Dias. “Fomentar políticas fortes antitabágicas, não excluindo as novas formas de consumo de nicotina, nem as exposições ambientais e profissionais deletérias; informar e educar sempre e em qualquer oportunidade, para os fatores de risco e sintomas de alerta; educar toda a população; prevenir por todas entidades responsáveis; e cuidar com equidade, garantindo o acesso ao rastreio, ao diagnóstico precoce, ao tratamento mais adequado, mais preciso e atempado” são medidas que podem ajudar a minimizar o impacto do cancro do pulmão.

Em Portugal, segundo os dados mais recentes do Registo Oncológico Nacional, este é o segundo tipo de cancro mais frequente e, também, a primeira causa de morte por cancro, correspondendo a uma em cada cinco mortes por neoplasia. O tabagismo continua a ser o principal fator de risco de desenvolvimento da doença, sendo responsável por cerca de 80% dos casos. Porém, “existem outros fatores, nomeadamente a exposição ocupacional a asbestos, radão, arsénio, a combustão de biomassa e fatores genéticos. De realçar que 20% dos casos ocorrem em não fumadores”, pelo que, o facto de um indivíduo não fumar, não deve excluir um potencial diagnóstico”.

Diagnóstico precoce

Quando diagnosticado precocemente, o cancro do pulmão tem maior hipótese de cura, podendo a taxa de sobrevivência aos 5 anos superar os 90%. Do ponto de vista do diagnóstico, “as técnicas endoscópicas têm um papel central para caracterizar o cancro do pulmão. A broncofibroscopia é o exame mais utilizado, permitindo a visualização da traqueia e brônquios nas suas várias divisões, realizar biópsias e colheitas de vários produtos, e até ter intuito terapêutico nalgumas lesões muito iniciais. A ecoendoscopia (EBUS) é uma modalidade mais recente que permite também visualizar e puncionar estruturas que não se veem, como os gânglios linfáticos, o que é fundamental para estadiar o cancro antes de decidir a terapêutica”, explica José Pedro Boléo Tomé, em representação da Comissão de Trabalho de Técnicas Endoscópicas da SPP, reforçando o papel do pneumologista de intervenção na execução neste tipo de procedimentos. Segundo o especialista, “tem havido avanços tecnológicos importantes, por exemplo no recurso a técnicas de navegação, que permitem atingir pequenos nódulos periféricos que não são acessíveis e representam quase sempre fases iniciais do cancro. A combinação destas várias técnicas tem melhorado muito os resultados e pode vir a permitir no futuro tratar e destruir estes nódulos, de forma muito pouco invasiva”.

As técnicas pneumológicas acompanham todo o percurso do doente, quer nas fases de diagnóstico e estadiamento, que cada vez são mais completas e precisas, quer no decurso do tratamento, em que pode ser necessário obter mais material, estudar novas mutações genéticas do tumor ou esclarecer novas lesões, ou em fases mais avançadas e paliativas, em que não sendo curativas melhoram a qualidade de vida e previnem complicações. Esta abordagem pode ser endoscópica na árvore brônquica, mas também na cavidade pleural, ou até em outras lesões fora do tórax.

Tratamento cirúrgico do cancro do pulmão

“A cirurgia acompanha os doentes nos vários momentos ligados ao diagnóstico de cancro do pulmão. Está disponível desde o início, com cirurgias de estadiamento e de diagnóstico, quando não obtido de outra forma. No que diz respeito à sua função terapêutica, é o pilar do tratamento dos doentes com cancro do pulmão em fases precoces, podendo ser considerada em casos localmente avançados quando associada a outras modalidades de tratamento (terapêutica multimodal) e nas fases mais avançadas pode ser um recurso para alívio sintomático dos doentes na tentativa de lhes reestabelecer qualidade de vida ou torná-los aptos a se submeterem a outro tipo de terapêuticas”, explicam Carolina Torres e Sara Lopes.

De acordo com as representantes da Comissão de Trabalho de Cirurgia Torácica da SPP, a cirurgia não é a única modalidade terapêutica com potencial curativo, contudo, “tem a vantagem de ser a única que oferece, no mesmo momento, vários benefícios: a remoção do tumor, em si, e dos gânglios linfáticos regionais, permitindo não só tratar removendo como fornecer mais material para estudo anatomopatológico, o que pode fornecer novas informações e completar o estadiamento da forma mais precisa possível. Assim sendo, a decisão dos tratamentos que se seguem a este procedimento com potencial curativo, é feita em conhecimento perfeito da fase da doença”.

O objetivo primário da cirurgia é “a remoção total do tumor, inclusive de estruturas vizinhas que possam estar associadas, bem como a remoção radical dos gânglios linfáticos regionais. Porém, este objetivo é indissociável de um outro: da manutenção de qualidade de vida. Podemos dizer que, atualmente, o equilíbrio entre esses dois parâmetros são o verdadeiro desafio do cirurgião”, descrevem Carolina Torres e Sara Lopes. Para tal, acrescentam, “além de avaliar a extensão das estruturas a ressecar, temos de ter os nossos doentes muito bem estudados do ponto de vista funcional (cardio-respiratório, nutricional, entre outros) e escolher a abordagem que mais se adequa clinicamente, que na maioria dos casos, será a cirurgia vídeo-toracoscopica (minimamente invasiva) que é atualmente o gold standard. Outra opção dentro da cirurgia minimamente invasiva é a cirurgia robótica que tem a vantagem de uma visualização 3D e uma exponenciação da precisão cirúrgica que podem facilitar a dissecção. A cirurgia convencional (“aberta”) tem ainda também um papel importante, nos casos em que outra abordagem não permita concluir com segurança e especificações da cirurgia oncológica.

A par da evolução da técnica cirúrgica, outras modalidades terapêuticas têm permitido melhores resultados de sobrevivência e de qualidade de vida dos doentes com cancro do pulmão. Desde logo a redução do consumo de produtos de tabaco, nomeadamente em países economicamente mais desenvolvidos, o rastreio do cancro do pulmão, que tem permitido diagnósticos mais precoces e uma redução da mortalidade, e o desenvolvimento de tratamentos sistémicos mais eficazes tais como a imunoterapia e de terapêuticas dirigidas a alterações específicas dos tumores.

 
Acreditação ESMO
As Unidades de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo e do Hospital CUF Porto voltaram a ser distinguidas como Centros...

Atribuída pela terceira vez consecutiva, esta acreditação é a mais prestigiante a nível europeu, nesta área de cuidados. O Programa de Acreditação “ESMO Designated Centers” certifica que as equipas multidisciplinares das Unidades de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo e do Hospital CUF Porto prestam cuidados altamente diferenciados às pessoas com cancro, em todos os estadios da doença e em linha com as melhores práticas internacionais. Esta premissa permite-lhes obter o estatuto de centros de referência na prática integrada de Cuidados Paliativos e Oncologia.

Segundo Luísa Pereira, Coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo, “em casos de doença oncológica, os Cuidados Paliativos permitem prevenir e aliviar o sofrimento físico, psicológico, social e familiar associados ao cancro e aos próprios tratamentos. Tanto para os doentes, como para os seus familiares e cuidadores, é fundamental que esta opção esteja disponível ao longo de todo o percurso da doença, e não apenas quando deixa de haver tratamento curativo.”

Carolina Monteiro, Co-coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Porto, acrescenta que “a identificação precoce de doentes em situação de doença grave e progressiva, acompanhada de sofrimento e limitações, que podem beneficiar de cuidados de saúde integrados, permite obter ganhos ao nível da autonomia, conforto, dignidade e qualidade de vida, extensíveis àqueles que lhes são mais próximos”.

No Hospital CUF Tejo e no Hospital CUF Porto, a equipa de Cuidados Paliativos dedicada aos doentes oncológicos, aos seus familiares e cuidadores compreende profissionais e especialistas de várias áreas, como Medicina Interna, Oncologia, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia, Imagiologia, Enfermagem, da Consulta da Dor, entre outros. Os doentes podem ser referenciados e admitidos em qualquer momento, sempre que necessitem deste tipo de cuidados.

As duas Unidades de Cuidados Paliativos obtiveram as primeiras acreditações em 2015 e 2018, respetivamente. Já anteriormente renovada, a reobtenção desta acreditação reforça o compromisso da CUF com a qualidade clínica e a humanização dos cuidados prestados aos doentes.

Associação presente em quatro cidades do circuito com stand de atividades
A Daiichi-Sankyo Portugal apoia a Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão na parceria que...

“O pulmão é essencial para o desempenho de um ciclista”, refere a Pulmonale.  Este é o mote da parceria entre a Associação e a Volta a Portugal que, na edição de 2024, vai contar com um stand, onde estão presentes os principais patrocinadores.

O stand vai contar com algumas atividades, incluindo bicicletas estáticas.

“A parceria com a Volta a Portugal está alinhada com os objetivos da Associação em aconselhar, apoiar e difundir informação. A presença da Pulmonale é muito importante para colocar o cancro do pulmão na ordem do dia, dar a conhecer a doença e sensibilizar cada vez mais pessoas para o rastreio, refere Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale.

A Pulmonale vai estar presente em quatro cidades do circuito: 29 de julho na Guarda, 30 de julho em Bragança, 31 de julho em Vila Real e a 1 de agosto no Porto.

A 1 de agosto, último dia da presença da Pulmonale no evento, assinala-se ainda o Dia Mundial do Cancro do Pulmão.

Para a Daiichi Sankyo Portugal é extremamente relevante estar associada a estas iniciativas com o propósito de apoiar as associações de doentes que apoiam doentes oncológicos, os seus familiares e/ou cuidadores, com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida e bem-estar.

A Volta a Portugal é considerada o maior evento anual desportivo realizado em Portugal, estima-se que passem pelo evento cerca de dois milhões de pessoas durante os 11 dias de prova.

 
Campanha apela à doação de sangue
Sob o mote “Braços dados por uma boa causa”, o Grupo Mundicenter, em parceria com o Instituto Português do Sangue e da...

A ação decorre nos dias 30 de julho e d 1 de agosto no Oeiras Parque e no Strada Outlet. De 1 a 3 de agosto é a vez do Braga Parque acolher a iniativa. 

Durante este período, a população de Oeiras, Odivelas e Braga, assim como outros visitantes dos shoppings, é incentivada a participar nesta iniciativa solidária e a contribuir com um gesto altruísta e generoso, que pode salvar vidas. Para a dádiva de sangue, é necessário ter entre 18 e 65 anos – sendo o limite de idade para a primeira doação os 60 anos –, pesar mais de 50kg e manter um estilo de vida saudável.

Por serem espaços de grande afluência, os centros comerciais são locais ideais para sensibilizar a população para a importância da doação de sangue. Assim, o Grupo Mundicenter e o IPST reforçam, novamente, o seu objetivo em alertar para a necessidade de manter as reservas de sangue em níveis adequados e promover a saúde da população. Esta ação solidária é a oportunidade única para todas as pessoas fazerem a diferença e contribuírem para o bem comum da comunidade.

Prevenir e controlar a Doença Venosa Crónica
A Doença Venosa Crónica (DVC) é uma disfunção das paredes e válvulas das veias das pernas que dificu

Os primeiros sinais e sintomas de Doença Venosa Crónica (DVC) – sensação de pernas pesadas e cansadas, a dor, o inchaço nas pernas e nos pés - que se agravam com o calor e com longos períodos na posição de pé ou sentada, são frequentemente percecionados como normais. Ainda que estas queixas criem desconforto e incapacidade, limitando tarefas do dia a dia, são maioritariamente desvalorizadas.

Os doentes devem procurar um profissional de saúde sempre que suspeitem que estão perante uma situação de DVC. O alívio dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida são os principais objetivos do tratamento.

Sabe-se que, em Portugal, a DVC afeta 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos (7 em cada 10 mulheres com mais de 30 anos sofre de DVC), sendo preocupante que uma grande parte das pessoas afetadas não procure ajuda médica. “Os doentes devem estar atentos e não ignorar os primeiros sintomas e sinais visíveis. Por ser muitas vezes valorizada tardiamente, esta doença acaba por afetar a sua qualidade de vida, com um impacto social e económico significativo, pelo que o tratamento adequado e atempado é essencial”, salienta Joana Amaral, médica de Medicina Geral e Familiar.

“Esta patologia afeta as paredes e válvulas das veias das pernas e dificulta a circulação do sangue para o coração. Uma das formas de prevenir e controlar a DVC é reajustar o estilo de vida através da adoção de medidas higieno-dietéticas que ajudam a promover a circulação venosa”, recomenda a especialista.

A DVC é uma doença crónica e evolutiva, que exige vigilância e cuidados médicos continuados, por isso é fundamental que os doentes adaptem o seu estilo de vida e passem a adotar, no seu dia a dia, algumas medidas para ajudar a controlar esta patologia.

6 medidas que promovem a circulação venosa

  • Praticar exercício físico como caminhadas, ciclismo ou natação;
  • Evitar estar longos períodos de pé ou sentado;
  • Evitar saltos altos ou rasos (a altura recomendada é de 3 a 4 cm);
  • Prevenir o excesso de peso;
  • Evitar o uso de roupa apertada;
  • Procurar lugares frescos e evitar as exposições ao calor (sol, depilação com cera, banhos quentes e sauna).

Quanto ao tratamento, este depende da situação de cada doente e da gravidade dos sintomas, pelo que deve ser adaptado caso a caso, podendo incluir medicamentos venoativos, compressão elástica, ou até mesmo intervenções cirúrgicas. A compressão e a medicação são medidas habitualmente prescritas de forma contínua, mas deve sempre avaliar a situação com o seu médico. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
4.ª edição da Campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”
Apesar do investimento e do conhecimento gerado com os avanços científicos, o cancro do pulmão continua a ser um grave problema...

A importância de conhecer os fatores de risco - como o tabagismo ativo ou passivo; exposição a amianto ou radão; exposição a poluição, agentes químicos ou radioativos; história familiar de doença oncológica -   e poder atuar mais precocemente na deteção da doença são o mote da campanha deste ano.

De acordo com os dados do Globocan, em 2022, esta doença afetou mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo, tendo roubado 1,8 milhões de vidas. Em Portugal, no mesmo ano, contabilizaram-se cerca de 6.000 novos casos e 5.000 mortes associadas ao cancro do pulmão, que é o 4.º com maior incidência, mas o 1.º em número de mortes.

“Habitualmente, os sintomas são inespecíficos e tardios”, confirma Cláudia Vicente, Coordenadora do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF (GRESP). “A literacia da população é muito importante para esta poder estar desperta para os fatores de risco, história familiar e sintomas.”

Ainda que na maioria das situações não exista sintomatologia associada até que a doença se desenvolva, há sinais a ter em atenção, como tosse que não passa ou que piora, tosse com sangue, dor no peito que geralmente piora com respiração profunda, rouquidão, perda de apetite, perda inexplicável de peso, falta de ar ou cansaço.

Manter um estilo de vida saudável e ter atenção reforçada aos fatores de risco é essencial quando se fala no cancro do pulmão, sobretudo para contrariar o cenário atual: “é a doença oncológica com maior mortalidade associada, em grande parte pelo facto de a maioria dos diagnósticos ocorrerem em estádio avançado da doença, em que apesar dos avanços significativos no tratamento desta patologia, os resultados são ainda modestos”, afirma Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale (Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão).

O rastreio é uma ferramenta essencial para diagnosticar a doença precocemente pelo que é o foco de sociedades médicas e associações de doentes desta área.

“No momento, ainda não existe em Portugal um programa de rastreio, embora exista já muito debate e o esforço das sociedades científicas em emitir posições e mesmo propostas para que se dê início ao rastreio do cancro do pulmão”, refere Cláudia Vicente.

“O rastreio do cancro do pulmão realizado através de Tomografia Axial Computorizada de baixa dose demonstrou efetividade, nomeadamente nos grandes estudos realizados (National Lung Screening Trial e Estudo Nelson), reduzindo a mortalidade em pelo menos 20% ao possibilitar o diagnóstico em estádios iniciais”, acrescenta Isabel Magalhães.

Dada a relevância deste tema, existe um projeto piloto para o rastreio apresentado publicamente, bem como às autoridades de saúde, pela Pulmonale.

“Além do tabagismo ativo e passivo, há vários outros fatores de risco associados ao desenvolvimento do cancro do pulmão. Podem ser fatores de risco ambientais como exposição ao radão, substâncias químicas ou poluição do ar. Por outro lado, relacionados com a pessoa, podemos citar a história familiar, patologia respiratória prévia e estilo de vida”, confirma Cláudia Vicente.

“Em Portugal, a combinação desses fatores, pode explicar o aumento do número de casos de cancro do pulmão. A alteração do estilo de vida, cada vez mais urbano, com menos exercício e alterações de hábitos alimentares associadas à poluição do ar em áreas urbanas e a exposição a substâncias químicas em determinados ambientes de trabalho pode estar a contribuir para o aumento do cancro do pulmão. Além disso, o aumento da esperança de vida e o envelhecimento da população também podem estar a levar a um maior número de casos, já que o risco de cancro do pulmão aumenta com a idade”, reforça a especialista.

No que diz respeito aos desafios associados à jornada do doente com cancro do pulmão, Isabel Magalhães alerta para “uma falta de equidade que urge alterar. O cancro do pulmão é uma patologia complexa, cujo tratamento deveria ocorrer em centros de referência, seguindo guidelines atualizadas e com tempos máximos de resposta para cada etapa da jornada do doente. O que se constata é a existência de diferentes realidades, com as consequências que daí advêm para os doentes”.

Há ainda a salientar o papel dos cuidados de saúde primários que, segundo Cláudia Vicente, “pela sua proximidade à população, podem intervir a vários níveis. Por um lado, podem atuar na desabituação tabágica, um dever de todos os profissionais de saúde” assim como na “promoção de um estilo de vida saudável – exercício e alimentação equilibrada.”. Sobre o tema dos rastreios, a especialista refere que “devem passar pela colaboração multidisciplinar entre as várias especialidades, onde a Medicina Geral e Familiar deve estar envolvida no reconhecimento e acompanhamento dos doentes”.

A campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias” é uma iniciativa da AstraZeneca, em parceria com a Associação Careca Power, Associação Nacional das Farmácias (ANF), Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF (GRESP), Pulmonale e Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), e com o apoio da Rede Expressos.

Curso para médicos e profissionais de saúde
A NOVA Medical School já abriu as inscrições para a Formação Avançada em Genética e Genómica na Clínica. O curso, que decorre...

Dada a rápida evolução desta área e a escassez de oferta formativa, este curso destaca-se como um dos mais completos em toda a Europa. O estudo da genética, especialmente no que diz respeito ao cancro, é fundamental para compreender a origem de diversas doenças. Esta formação responde a essa necessidade emergente, capacitando os profissionais de saúde para interpretar e aplicar informações genómicas na prática clínica, melhorando assim a prestação de cuidados aos doentes. Além disso, conta com um corpo docente altamente especializado, tanto nacional como internacional.

A genómica é uma área em rápida evolução com implicações diretas nos cuidados clínicos e que enfrenta desafios significativos devido ao rápido desenvolvimento de novas ferramentas e metodologias genómicas.

A falta de compreensão e integração adequada da informação genómica na prática clínica pode aumentar a distância entre o laboratório e o atendimento ao paciente. Num contexto em que a medicina de precisão e personalizada ganha cada vez mais importância, torna-se ainda mais relevante apostar na formação em Genética e Genómica.

O curso aborda temas como novas metodologias de sequenciação, o futuro da análise genómica, a sequenciação clínica, a bioinformática e a medicina personalizada.

A Formação Avançada em Genética e Genómica na Clínica conta com uma redução no valor da propina para os primeiros inscritos. As inscrições estão abertas até ao dia 30 de agosto e podem ser efetuadas no site da NMS.

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