Financiamento inicial de $150M nas áreas respiratória e de imunologia
A GSK e a Flagship Pioneering (Flagship) anunciaram o início de uma colaboração com o objetivo de descobrir e desenvolver um...

Inicialmente, as duas organizações vão financiar até 150 milhões de dólares para apoiar uma fase de exploração destinada a identificar os ativos mais promissores, para posterior desenvolvimento com as empresas da plataforma biológica da Flagship. A partir desta pesquisa, a colaboração tem como objetivo identificar uma carteira de até 10 novos medicamentos e vacinas a ser objeto de uma opção exclusiva da GSK para posterior desenvolvimento clínico. Nos termos do acordo, a Flagship e as suas empresas poderão receber até 720 milhões de dólares da GSK para desenvolvimento e marcos comerciais, bem como o financiamento pré-clínico e royalties, por cada programa adquirido.

“Juntamente com a Flagship, vamos utilizar a ciência e tecnologia para oferecer a melhor inovação do setor a um ritmo acelerado. Estamos ansiosos por colaborar com a equipa dinâmica da Flagship e com o seu ecossistema de empresas de bioplataforma, para acelerar ainda mais a nossa linha de produtos e descobrir medicamentos e vacinas que mudem a realidade dos doentes”, afirma Tony Wood, Diretor Científico da GSK.

“A Flagship e a GSK têm o objetivo comum de oferecer medicamentos inovadores aos doentes. Esta colaboração é o exemplo mais recente do modelo de Parceria da Cadeia de Fornecimento de Inovação da Flagship, que foi concebido para gerar medicamentos transformadores em conjunto com os nossos parceiros, aproveitando o nosso ecossistema de bioplataforma para criar uma fonte sustentável de tratamentos para doentes com as maiores necessidades não satisfeitas”, defende Paul Biondi, Sócio Geral da Flagship Pioneering e Presidente da Pioneering Medicines.

 
Descobrem cientistas da Fundação Champalimaud
Pode parecer surpreendente, mas a vacina BCG contra a tuberculose é também a imunoterapia mais antiga contra o cancro....

Utilizando “Avatares” de peixe-zebra, um modelo animal desenvolvido no Laboratório de Desenvolvimento do Cancro e Evasão Imunitária Inata da Fundação Champalimaud (FC), liderado por Rita Fior, Mayra Martínez-López – antiga aluna de doutoramento do laboratório, hoje na Universidad de las Américas em Quito, Equador – e colegas estudaram os passos iniciais da acção da vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG) nas células do cancro da bexiga. Os seus resultados, publicados hoje (8 de agosto de 2024) na revista Disease Models and Mechanisms, mostram que os macrófagos – a primeira linha de células imunitárias activadas após uma infeção – induzem, literalmente, as células cancerosas ao suicídio e, em seguida, devoram rapidamente essas células mortas.

A ideia por detrás dos Avatares de peixe-zebra (zAvatars), que ainda constituem um modelo experimental, mas muito promissor, é bastante simples: retirar células tumorais de um doente com cancro e injectá-las em embriões de peixe-zebra. Os tumores crescem então no interior dos embriões, que assim se tornam de facto avatares desse doente oncológico. As várias opções de tratamento disponíveis para esse doente podem então ser testadas nos zAvatars – e, numa questão de dias, em vez das várias semanas, ou mesmo meses, que são necessários com os testes tradicionais em ratinhos, será possível determinar o melhor tratamento para cada doente. 

O teste foi desenvolvido e estudado com amostras de doentes com cancro colorrectal. (https://fchampalimaud.org/pt-pt/news/estudo-clinico-mostra-que-teste-zavatar-tem-elevadopoder-preditivo-para-personalizar-tratamento-cancro-colorretal).

Fior tinha uma nova ideia para o modelo. “Quando entrei para o laboratório da Rita, como aluna de doutoramento [em 2019]”, recorda Martínez-López, “estávamos a discutir vários projectos que eu poderia realizar e a Rita mencionou que a vacina BCG estava a ser utilizada em doentes com cancro da bexiga”. Martínez-López tinha sido vacinada com BCG contra a tuberculose em criança, na América do Sul, e mais tarde, trabalharia nesta doença. “Mas foi a primeira vez que ouvi falar da vacina contra a tuberculose como tratamento do cancro”, salienta. O que lhe desperto logo a atenção e quis logo agarrar o projecto.

A história de uma ideia

A vacina BCG foi utilizada pela primeira vez contra a tuberculose na década de 1920 e, por volta de 1976, foi a primeira imunoterapia a ser utilizada contra o cancro. Mas quase um século antes, nos anos 1890, William Coley, um cirurgião que trabalhava no Hospital de Nova Iorque (atualmente Weill Cornell Medical Center), já tinha testado uma mistura de diferentes bactérias, designadas por “toxinas de Coley”, como imunoterapia contra o cancro!

Coley tinha notado que vários doentes com cancro no hospital, praticamente sem esperança, entravam em remissões aparentemente “milagrosas” do seu cancro quando apanhavam uma infeção bacteriana após a cirurgia realizada para remover os seus tumores (naquele tempo, as condições de esterilização nos procedimentos cirúrgicos não eram das melhores). E pensou que essas recuperações, longe de serem milagrosas, deviam-se na realidade a uma resposta imunitária dos doentes à infeção.

Coley começou a tentar induzir infeções bacterianas em vários doentes com sarcoma e conseguiu produzir algumas remissões de doentes com cancro. Na altura, porém, o seu método estava longe de ser comprovado e seguro – e, entretanto, tinham sido desenvolvidos outros métodos de tratamento, como a radioterapia, pelo que a sua investigação não continuou. Mas nos últimos anos, o campo da imunoterapia tem ganhado um enorme impulso, trazendo novas formas de estimular o sistema imunitário, cientificamente mais robustas, para combater o cancro (https://fchampalimaud.org/pt-pt/news/check-up-19-imunoterapia-do-cancro).

A imunoterapia com BCG ainda é utilizada de forma bastante empírica”, diz Martínez-López. “No entanto, como funciona em muitos casos, tornou-se um tratamento de referência. Surpreendentemente, é uma imunoterapia muito eficaz, mesmo quando comparada com tantas imunoterapias sofisticadas que estão a ser desenvolvidas."

O tratamento consiste em instilar a vacina BCG diretamente na bexiga. Quando funciona, a taxa de sobrevivência a 15 anos para os doentes com cancro da bexiga dito “não músculo-invasivo” (em fase inicial) é de 60% a 70%. No entanto, em 30% a 50% dos casos, os tumores da bexiga não respondem ao tratamento com BCG. Nestes casos, a bexiga tem de ser totalmente removida.

São os macrófagos!

Até agora, a forma como a vacina BCG atua como imunomodulador para eliminar os tumores da bexiga não era totalmente conhecida.

A ideia da equipa da FC era que as células imunitárias, e em particular os macrófagos residentes na bexiga, estivessem envolvidas. E conseguiram determinar o que acontece logo após a injeção de BCG em Avatares de peixe-zebra. Para o efeito, utilizaram a chamada microscopia light-sheet (“folha de luz”) e confocal, o que lhes permitiu ver os macrófagos a interagir com as células tumorais, com uma resolução de célula única e em tempo real.

Os coloridos filmes que obtiveram do processo desencadeado pela vacina (em que os macrófagos e as células cancerosas foram marcados com diferentes pigmentos fluorescentes) mostraram que os macrófagos são fortemente recrutados para o local do tumor após a injeção de BCG, matando diretamente as células do cancro da bexiga através de um processo de suicídio celular (apoptose) dependente de uma substância chamada fator de necrose tumoral (TNF) segregada pelos macrófagos, que atua como uma potente molécula sinalizadora do sistema imunitário.

Além disso, constataram que, quando os macrófagos eram retirados do zAvatar, os efeitos antitumorais da vacina BCG eram totalmente bloqueados, demonstrando assim que os macrófagos são de facto cruciais para a resposta anti-tumoral inicial provocada pela vacina.

“O que a Mayra viu”, diz Fior, “foi que se injetarmos BCG, temos um aumento acentuado da quantidade de macrófagos que se dirigem para o tumor”. E mais: na presença da BCG, as células imunitárias mudavam de cor, de vermelho para amarelo, o que significava que estavam a expressar TNF.

“Nós não só desvendámos os mecanismos envolvidos nos primeiros passos da acção antitumoral da vacina, como também demonstrámos que o modelo zAvatar é uma poderosa ferramenta pré-clínica para a descoberta de medicamentos em oncologia”, conclui MartínezLópez.


Imagem extraída de um vídeo de 21 horas que mostra macrófagos de peixe-zebra (a verde) a eliminarem um tumor da bexiga humano (a vermelho)
Crédito: Mayra Martínez-López
 
Opinião
Nos últimos anos, a educação em Enfermagem tem-se deparado com um desafio significativo: como prepar

A resposta parece residir na implementação de metodologias ativas de aprendizagem, que colocam os estudantes no centro do processo educativo e incentivam as habilidades críticas e reflexivas, necessárias para a prática profissional. As metodologias ativas representam uma mudança paradigmática em relação à educação tradicional. Em vez de um modelo centrado no professor, estas abordagens colocam os estudantes como protagonistas do seu próprio processo de aprendizagem. Entre as diversas metodologias ativas, destacam-se a sala de aula invertida, a aprendizagem baseada em projetos e a utilização de mapas conceptuais.

Sala de Aula Invertida

O modelo de sala de aula invertida tem sido relevante, especialmente em contextos de ensino superior. Esta metodologia envolve a preparação prévia dos estudantes, através de materiais online, reservando o tempo de sala de aula para atividades interativas e aplicadas. A evidência mostra que esta abordagem pode melhorar o desempenho académico e promover o pensamento crítico.

Aprendizagem Baseada em Projetos

Na aprendizagem baseada em projetos, os estudantes desenvolvem projetos que simulam desafios reais da prática profissional. Esta metodologia não apenas promove a aprendizagem de conteúdos, mas também habilidades e competências de trabalho em equipa, comunicação e gestão do tempo. Embora desafiador, o método tem-se revelado positivo, nomeadamente para a motivação e desenvolvimento de habilidades críticas e criativas dos estudantes.

Mapas Conceptuais

Os mapas conceptuais são ferramentas visuais que ajudam os estudantes a organizar e representar o conhecimento. Na Enfermagem, esta metodologia tem-se mostrado benéfica para melhorar a capacidade dos estudantes na tomada de decisão e fornecer cuidados holísticos à pessoa.

Pode-se assim afirmar que as metodologias ativas, na educação em Enfermagem, não são apenas uma tendência, mas uma necessidade emergente para preparar profissionais capazes de lidar com as exigências, cada vez mais complexas, na área da saúde. Sendo que estudos referem que estas abordagens desenvolvem competências cognitivas, afetivas e psicomotoras dos estudantes de Enfermagem, o que se irá traduzir em futuros profissionais mais competentes e capacitados.

Referências: 

Culha, I. (2019). Active Learning Methods Used in Nursing Education. Journal of Pedagogical Research, 3(2), 74–86.

Ghezzi, J. F. S. A., Higa, E. de F. R., Lemes, M. A., & Marin, M. J. S. (2021). Strategies of active learning methodologies in nursing education: An integrative literature review. Revista Brasileira de Enfermagem, 74, e20200130. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-0130

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
ESSATLA apresenta dois novos mestrados no próximo ano letivo
A ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica vai arrancar o ano letivo 24/25 com dois novos mestrados, com o objetivo de...

Com uma forte componente prática, essencial à aquisição de conhecimentos e competências, o novo mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica na Área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica tem como objetivo aumentar os conhecimentos dos profissionais de enfermagem para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde prestados à população. Com a área de especialização proposta neste mestrado, a ESSATLA propõe-se a dotar os estudantes de conhecimentos e competências, na área do cuidado à pessoa em situação crítica, independentemente do contexto onde a prática profissional ocorre: serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, situações de emergência e catástrofe, entre outras.

Com mais de trinta cursos disponíveis, a ESSATLA mantém o compromisso e a aposta de apresentar formação complementar para enfermeiros. Neste âmbito, a Escola anunciou recentemente um mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica na Área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica. Helena José, presidente da Escola, valida a pertinência do desenvolvimento deste novo ciclo de estudos: “Portugal é um país cada vez mais envelhecido em que, segundo dados de 2019, quase metade da população com mais de 16 anos sofre de pelo menos uma doença crónica. A necessidade de profissionais especializados nesta área de enfermagem é cada vez mais premente, procurando assim garantir o melhor tratamento e acompanhamento das pessoas”.

As candidaturas para ambos os mestrados já se encontram abertas. Sendo a mais recente formação apresentada pela ESSATLA, o mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica na Área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica tem agora a primeira fase a decorrer, podendo os interessados candidatar-se até ao dia 13 de setembro. A segunda fase decorre entre 23 de setembro e 30 de outubro. Já para o mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica na Área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica, as candidaturas podem ser feitas até 13 de setembro, data em que finda a quarta e última fase. Podem ser consultadas mais informações em www.essatla.pt

 
Doença oncológica rara
Sabemos que o diagnóstico de uma doença incurável, seja doença oncológica ou outra condição, acaba p

Algumas pessoas podem defender-se da realidade da doença negando-a, ou compreendendo de forma distorcida as suas possibilidades terapêuticas. Outras, poderão silenciar-se a respeito do que vivem, preferindo não falar sobre os seus sentimentos ou não comunicar notícias difíceis aos familiares, como uma tentativa de evitar o sofrimento. Há também, claro, aquelas pessoas que aceitarão falar a respeito de forma mais afirmativa e inventar uma forma de lidar com as emoções. Cada pessoa o terá seu tempo para assimilar os acontecimentos e gerir as suas emoções, mas todas as pessoas enfrentarão conflitos internos e momentos de angústia, revolta e medo e vivê-los sem apoio pode potenciar a dificuldade deste processo. Aceitar a doença será a melhor forma de encarar a situação, ajudando a pessoa a encontrar, sobretudo, uma vida digna de ser vivida.

A psicoterapia pode ser extremamente importante, facilitando o processo de aceitação e favorecendo que o/a paciente adquira recursos para lidar com as emoções e os sentimentos que surgem diante do diagnóstico de doença grave e da adaptação à nova realidade. Assim, ele/a poderá conhecer esses processos de adaptação às mudanças da vida, para poder antecipar e trabalhar com os possíveis problemas que podem ocorrer, com o objetivo de alcançar o maior bem-estar possível.

Com este apoio, pode-se ajudar a pessoa a:

  • Diminuir o sofrimento emocional e a lidar com o os seus sentimentos e emoções, desesperança, ansiedade, depressão e raiva;
  • A gerir eficazmente as decisões acerca dos tratamentos;
  • Ajustar-se às mudanças;
  • Lidar com o impacto da doença nas diferentes relações pessoais;
  • Melhorar a qualidade de vida.

Para quem precisa de lidar com a descoberta de uma doença, pode ajudar procurar apoio de outros pacientes que estão com a mesma condição para poder dividir os seus medos, fazer as suas partilhas e ouvir as partilhas dos outros.

A família e a rede de apoio têm um papel fundamental neste processo, ajudando a pessoa a perceber que não está sozinha e que é querida e amada. Estar perto em momentos delicados como este pode ser, realmente, importante, pois a pessoa certamente precisará de se sentir acolhida e cercada de amor, especialmente nos momentos mais difíceis. Estas situações também têm impacto nos familiares e cuidadores, devendo ser assegurado o suporte emocional aos mesmos.

Algumas dicas importantes para lidar com uma doença oncológica rara e sem cura incluem:

  • Aceitação: Aceitar a realidade da doença é um passo fundamental para lidar com a situação.
  • Procurar apoio terapêutico: A psicoterapia pode ajudar a lidar com as emoções e os conflitos internos que surgem durante o processo.
  • Participar em grupos de apoio: Compartilhar experiências com outras pessoas que estão a passar pela mesma situação pode ser reconfortante.
  • Manter a comunicação aberta: Conversar abertamente com familiares, amigos e profissionais de saúde pode ajudar a lidar com os desafios emocionais.
  • Praticar o autocuidado: Cuidar de si mesmo, tanto física como emocionalmente, é essencial para manter o bem-estar durante o tratamento.
  • Reforçar a autoestima: Manter uma visão positiva de si mesmo pode contribuir para enfrentar o diagnóstico com mais clareza e força.
  • Focar na qualidade de vida: encontrar maneiras de melhorar a qualidade de vida, tendo experiências que lhe dão prazer, mesmo diante da doença, pode trazer conforto e bem-estar.
  • Aproveitar o apoio da família e rede de apoio: Sentir-se amado e cercado de cuidados pode fazer toda a diferença durante o processo.

Lidar com uma doença incurável não é fácil, mas é possível encontrar formas de adaptar-se e viver uma vida significativa e gratificante. Lembre-se, que não tem de fazer esta jornada sozinho/a.

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Curso organizado pela NOVA Medical School e Escola Nacional de Saúde Pública
Estão a decorrer, até setembro, as inscrições para o Mestrado em Epidemiologia Bioestatística e Investigação em Saúde,...

O Curso de Mestrado em Epidemiologia Bioestatística e Investigação em Saúde (EPIBIS) tem como finalidade dotar os participantes de conhecimentos e metodologias que permitam elaborar e desenvolver de forma autónoma projetos de investigação epidemiológica ou clínica. Pretende-se, ainda, reforçar o gosto pelo estudo e conhecimento para melhorar a prestação de cuidados aos doentes.

Este Mestrado destina-se a profissionais de saúde e pessoas com formação ou interesse pelas áreas da saúde, investigação epidemiológica e bioestatística (médicos, biomédicos, enfermeiros, nutricionistas, matemáticos/estatísticos, gestores, entre outros).

As inscrições para o Mestrado estão a decorrer até ao próximo dia 7 de setembro e podem ser efetuadas no site da NOVA Medical School. A formação realiza-se entre setembro de 2024 e julho de 2026, em formato pós-laboral.

O curso é coordenado pelo Professor Bruno Heleno, da NOVA Medical School, e pelos Professores Pedro Aguiar e Baltazar Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública.

 
“Temos forçosamente de aumentar a adesão ao tratamento”, apela Jorge Polónia
Há um novo “plano” europeu para melhorar os cuidados de saúde às pessoas com hipertensão arterial, um dos principais fatores de...

O MASTER plan foi desenvolvido pela Sociedade Europeia de Hipertensão, no âmbito das Orientações de 2024. O documento tem como um dos principais autores Jorge Polónia, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e Especialista Europeu nesta área.

Publicado no European Journal of Internal Medicine, o principal objetivo deste novo plano é aumentar a adesão dos doentes aos tratamentos e combater a “inércia médica” na hora de receitar os medicamentos.

“O diagnóstico e controlo da hipertensão arterial têm obrigatoriamente de melhorar. Temos forçosamente de aumentar a adesão ao tratamento, promover a literacia dos doentes e facilitar a prescrição”, apela Jorge Polónia.

Como sublinha, “a hipertensão arterial é o principal fator de risco modificável das principais causas de morte e morbilidade em todo o mundo. Apesar da qualidade das ferramentas disponíveis para o seu controlo, a percentagem de doentes controlados continua a ser inferior a 40%”.

Ao traçar as orientações e avanços mais recentes de modo “resumido” e “eminentemente prático”, este plano promete “facilitar a abordagem centrada em cada doente” e o “reforço da interação doente-profissional de saúde”.

De acordo com Jorge Polónia, a abordagem da hipertensão arterial na prática clínica deve ser “individualizada”, com especial atenção ao idoso acima dos 80 anos de idade. Nestes casos, explica, é fundamental “individualizar a estratégia com base em fatores como a sua autonomia, fragilidade, dependência e estado cognitivo”.

Outro destaque deste MASTER plan é o papel atribuído às “novas tecnologias interativas de registo e de avaliação do diagnóstico e da resposta à terapêutica”, bem como à autoavaliação por parte dos doentes, algo que exigirá uma grande aposta no aumento da literacia em saúde da população.

Pretende-se ainda simplificar a prescrição, promover o acesso a estratégias de prevenção e tratamento e envolver os vários profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, entre outros) no seguimento do doente.

Além de professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Jorge Polónia é investigador do CINTESIS@RISE, especialista e consultor sénior de Hipertensão na Unidade de Hipertensão do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e especialista europeu de Hipertensão Clínica, tendo sido igualmente coautor das Guidelines de 2013, 2018 e 2023 da Sociedade Europeia de Hipertensão.

Em associação com a Missão Samburu da Egaz Moniz School of Health and Science
O Centro Óptico Santa Luzia, parte integrante da rede Institutoptico, associou-se à ação humanitária Missão Samburu, através da...

A missão humanitária internacional da Egaz Moniz School of Health and Science, coordenada pelos médicos dentistas André Mariz de Almeida e Catarina Martinho, estará presente em duas regiões do Quénia, Samburu e Nairobi, até 20 de agosto, tendo como objetivo prestar apoio humanitário e suporte básico de vida a mais de 3000 crianças e adultos.

A doação de óculos graduados pelo Centro Óptico Santa Luzia representa um complemento essencial a esta missão, permitindo que muitas pessoas retomem as suas atividades diárias e assegurem, assim, a sua subsistência.

Os óculos doados, recolhidos junto dos clientes da ótica e cuidadosamente recondicionados, foram enviados para o Quénia, onde serão distribuídos gratuitamente por pessoas que não têm acesso a este tipo de equipamento, permitindo que melhorem a sua qualidade de vida.

Muitas destas pessoas enfrentam dificuldades para encontrar trabalho e garantir meios para a sua subsistência e da sua família, devido à falta de visão, pelo que este é um dos problemas urgentes que esta ação pretende mitigar.

Inês Caçador, responsável do Centro Óptico Santa Luzia, afirma: “Acreditamos que a visão é um direito fundamental e que todos devem ter acesso a cuidados de saúde desde o primeiro momento de necessidade. Ao doar estes óculos, estamos não só a disponibilizar um equipamento complementar de saúde, mas também a possibilitar uma vida melhor para essas pessoas, enquanto envolvemos os nossos clientes nesta missão. É com grande satisfação que nos unimos à Missão Samburu nesta causa tão nobre e esperamos que esta iniciativa inspire outras empresas a seguirem o nosso exemplo".

André Mariz de Almeida, Responsável da Missão Samburu, refere: “Um dos pedidos que mais me marcou na preparação desta missão foi quando me pediram óculos usados. Quando não há nada, quando ter saúde é ter o que comer no próprio dia, os olhos e a visão são um luxo. O privilégio de testemunhar alguém que não vê o suficiente para sobreviver, conseguir ver tudo à sua volta por ter colocado uns óculos doados, que estavam fechados numa gaveta é de uma gratidão indescritível. Todos os dias desta missão me emocionei com a vida dada pelos óculos que trouxemos de Portugal para o Quénia, para Samburu. Achamos sempre que conseguimos fazer mais, parece-nos tão pouco o que fazemos, para quem não tem nada, o pouco é o mundo. Asanti sana, muito obrigado a todos”.

Candidaturas até 30 de setembro
As candidaturas ao “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024”, atribuído pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo...

Segundo a informação publicada no site oficial do INSA, este prémio, no valor de 25 mil euros, "visa distinguir o melhor trabalho apresentado a concurso, e que cumpra critérios como o mérito e relevo científicos, a natureza inovadora do trabalho e/ou o desenvolvimento de novas metodologias, o impacto no ambiente e na sociedade e o potencial para promover conhecimento e inspirar mudanças na Saúde Pública". 

Podem candidatar-se a este Prémio todas as pessoas singulares, nacionais ou estrangeiras, que apresentem trabalhos inéditos e satisfaçam os requisitos previstos no Regulamento do Prémio. A entrega do Prémio e respetivo diploma irá decorrer durante a sessão solene organizada no âmbito das celebrações do 125.º aniversário do INSA, que se vai realizar dia 12 de novembro, no auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa. Esta sessão contará com uma breve comunicação sobre o trabalho premiado.

O Júri do “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024”, presidido por Alexandre Quintanilha, conta atribuir ainda até duas menções honrosas. O Júri do Prémio é ainda constituído por Kamal Mansinho, Lèlita da Conceição dos Santos, Luísa Romão, Maria da Graça Freitas, Miguel Castanho e Válter Fonseca.

 
Opinião
A par do processo de expansão tecnológica, a forma como comunicamos e nos relacionamos alterou-se de

A tecnologia veio para ficar e não lhe podemos fugir, por isso, é quase obrigatório que nos ajustemos a ela e que retiremos dela benefícios. As redes sociais desempenham um papel importante até em termos profissionais, sendo um recurso importante na forma como as empresas se relacionam e comunicam com os seus clientes ou até como realizam os seus processos de recrutamento.

Se por um lado, esta facilidade de acesso e comunicação parece ser uma enorme vantagem, permitindo manter laços mesmo quando se está longe ou reviver amizades antigas, por outro lado, parece ter trazido também um vazio, configurando um paradoxo. A socialização e o contacto direto foram gradualmente substituídos pelas conversas, reuniões, jogos e até consultas online. Isto faz com que aparentemente estejamos rodeados de pessoas quando na prática estamos sozinhos e fechados no nosso mundo.

Na população mais jovem, este impacto parece fazer-se sentir ainda com mais intensidade. Têm sido observadas dificuldades no relacionamento interpessoal e na socialização, parecendo existir uma perda de competências nesse domínio. Por exemplo, no campo amoroso e afetivo, quando existe interesse em se aproximar de alguém, usar a via online parece mais fácil, contudo, depois surge a dificuldade em fazer esta aproximação numa situação real. As competências de socialização encontram-se muitas vezes diminuídas, sendo que, as interações virtuais acabam por reforçar a manutenção destes comportamentos de isolamento. Nesta população é comum haver uma rede social com muitos “amigos”, mas na realidade, esse jovem estar muitas vezes isolado.

Além do isolamento, há outro aspeto que tem gerado preocupação e que se prende com a comparação, induzindo nas pessoas um sentimento de inferioridade, motivado pela discrepância entre aquilo que cada um tem ou é e aquilo que é observado nas redes sociais. Este comportamento tem vindo a ser associado a um agravamento de quadros depressivos e de ansiedade, sendo um fenómeno que tem implicações severas na autoestima e no autoconceito das pessoas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dirigido à população
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), em parceria com a Medtronic e a Campanha “Josephine explica a...

“Este é o primeiro webinar dirigido ao público em geral, criado com o objetivo de promover a literacia em saúde junto da população. Focado na escoliose pediátrica, oferece uma oportunidade única para esclarecer dúvidas sobre a doença e destacar a importância da sua deteção precoce, essencial para um tratamento eficaz e para o bem-estar das crianças”, explica João Gamelas, Presidente da SPOT.

O programa inclui palestras de especialistas de renome na área da Ortopedia: Prof. Doutor Nuno Alegrete, do Hospital CUF Porto, que iniciará a sessão com “Conceitos básicos da escoliose”; Dr. Ricardo Almeida, do Hospital de Curry Cabral, que abordará “A importância da deteção precoce da escoliose”, e Dr.ª Maria Pia Monjardino, do Serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra, que discutirá “Sinais de alarme que possam ser identificados pelo público em geral”.

De seguida, serão apresentados testemunhos de pais que passaram por essa experiência, além da participação de Mário Martins, professor de Educação Física, que desempenhou um papel importante no diagnóstico precoce de um aluno.

O evento culminará com um debate entre todos os participantes, promovendo uma troca de ideias enriquecedora sobre como melhorar a deteção precoce da escoliose.

A participação neste webinar é gratuita, mas as inscrições são limitadas.

Inscreva-se em: https://zoom.us/webinar/register/WN_1wCGhHPLQFa4rcVNXcqK8A#/registration

 
Número de biofarmacêuticas com produtos de connected health prontos a serem comercializados aumentou seis vezes
A maioria das empresas do setor de Life Sciences, tanto biofarmacêuticas como techmeds, já têm soluções de connected health...

Embora cerca de metade das organizações inquiridas acredite que os seus esforços na área da connected health evoluíram e aprofundaram-se, a maioria admite que faltam recursos para assegurar a gestão robusta dos dados. O estudo conclui igualmente que não existe ainda uma estrutura, standards e ferramentas comuns para suportarem o tratamento de dados na área de connected health, apesar de se verificar uma abordagem mais madura tanto a nível de estratégia, como de planeamento.

Thorsten Rall, Global Life Sciences Industry Leader da Capgemini, declarou a este propósito, “as organizações do setor de life sciences, através das biofarmacêuticas e das techmeds, estão a fazer progressos reais para aproveitarem ao máximo o potencial oferecido pela connected health. Desbloquear o poder dos dados na saúde e aproveitar as possibilidades disponibilizadas por tecnologias inovadoras, tais como IA generativa, são prioridades que estão no centro desta revolução impulsionada pela connected health. Estes aspetos podem contribuir de forma decisiva para acelerar o desenvolvimento de medicamentos/tratamentos, melhorar o atendimento aos pacientes e promover a inovação na prestação dos serviços e cuidados de saúde. Desta forma, o estabelecimento de estruturas robustas e baseadas em dados, será fundamental para garantir que os dados estão acessíveis e são fiáveis, que se criam os alicerces indispensáveis à análise avançada de IA e se promove a geração do conhecimento necessário para reinventar a área da saúde."

Soluções de Connected health aumentam nas biofarmacêuticas e nas techmeds

O estudo também conclui que desde 2021 o número de biofarmacêuticas com produtos de connected health prontos a serem comercializados aumentou seis vezes. Ainda que, neste contexto os cuidados preventivos e o exercício físico continuem a ser as principais prioridades para a maioria das biofarmacêuticas, está a ser dada uma ênfase crescente a áreas que eram anteriormente negligenciadas, como, por exemplo o diagnóstico e a monitorização. A oncologia, a imunologia e a cardiologia são agora os principais focos da maioria das biofarmacêuticas. Simultaneamente, áreas emergentes como a saúde mental, os diabetes, a obesidade e a dermatologia, também têm apresentado um crescimento exponencial desde 2021. A connected health é também uma prioridade para as techmeds, com três em cada quatro das empresas inquiridas a disponibilizarem ou/e a desenvolverem este tipo de produtos. As principais áreas de aposta são as soluções de saúde digitais e os dispositivos wearables.

Implementação de dados e IA em ascensão

De acordo com o estudo nos últimos três anos, as biofarmacêuticas fizeram igualmente progressos consideráveis no aproveitamento da inteligência artificial (IA), no machine learning (ML) e na cloud. As biofarmacêuticas que usam IA para análise preditiva de dados em tempo real de produtos de connected health quase duplicaram desde 2021, passando de 24% para 46%. O estudo também refere que mais de dois quintos (42%) possuem uma plataforma cloud para integrar dados provenientes de múltiplas fontes.

No entanto, apenas uma minoria das organizações do setor de life sciences inquiridas no âmbito do estudo referiu possuir as competências técnicas adequadas, como por exemplo realidade virtual/realidade aumentadas (AR/VR) e IA generativa. Para preencher esta lacuna, quase dois terços das organizações admitiram que preferem melhorar as competências das suas atuais equipas, contra 56% que consideram preferível contratar novos talentos para resolver esta questão.

Ampla variedade de casos de uso de IA generativa está a ser testada

A IA generativa tem o potencial de agregar valor ao longo de toda a cadeia de valor da saúde, incluindo nas áreas da investigação, do desenvolvimento clínico, das operações, da regulamentação, da conformidade, da comercialização e das operações pós-lançamentos. Neste contexto, o estudo revela que atualmente mais de metade das organizações inquiridas já está a testar IA generativa nas interações com pacientes e profissionais de saúde. Estão também a ser testadas aplicações de IA para produzir dados sintéticos, analisar dados existentes, automatizar documentação e relatórios, gerir fornecedores, criar produtos e identificar locais para ensaios clínicos.

Embora o segmento de connected health apresente novas oportunidades para o setor, é imperativo que as organizações de life sciences definam uma visão clara e adaptem as suas ofertas às necessidades específicas dos cuidados de saúde e do bem-estar, para poderem proporcionar um impacto efetivo, conclui o estudo. Por outro lado, investir no desenvolvimento de uma infraestrutura de dados escalável, segura e compatível com o enquadramento legal e fortalecer a colaboração com outras partes interessadas no ecossistema também permitirá gerar valor que seja tangível para todos os intervenientes.

Iniciativa da Mamãs sem Dúvidas
No dia 13 de agosto, entre as 21h00 e as 22h30, a “Mamãs Sem Dúvidas” vai promover o “EGO – Especial Grávida Online”, um evento...

O evento inicia-se com uma sessão subordinada ao tema “Como sei que estou em trabalho de parto?”, que será dinamizada por Joana Gomes, enfermeira parteira. Esta apresentação permitirá desmistificar e esclarecer questões que as futuras mamãs possam ter aquando da aproximação do trabalho de parto.

Segue-se a intervenção de Diana Santos, formadora do Laboratório BebéVida, que abordará o tema “Células Estaminais: Um Potencial de Cura”. A sessão destacará os benefícios da criopreservação das células estaminais do cordão umbilical, uma prática crucial para o tratamento de diversas doenças graves, como certos tipos de cancro e doenças genéticas, assim como as inovações e os potenciais benefícios para a saúde futura do bebé e da sua família.

O último momento deste evento será dinamizado por Cláudia Boticas, enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, que abordará o tema “Os cuidados do primeiro mês com o bebé”. A apresentação oferecerá dicas valiosas sobre como cuidar de um recém-nascido.

Além de adquirirem conhecimento, os participantes têm a oportunidade de concorrer a um cabaz especial, para os pais e para o bebé, que inclui um peluche Babiage, uma Ecografia Emocional, um Kit Travel com produtos Uriage e um Ninho Doomoo. A pessoa vencedora será anunciada no dia 14 de agosto, no perfil de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas (@mamassemduvidas).

A inscrição para o evento é gratuita, mas obrigatória, podendo ser efetuada através do seguinte link: https://mamassemduvidas.pt/especial-gravida-online/ 

 
Atividade física na férias
Com a chegada do mês de agosto e das férias, as idas à praia tornam-se parte da rotina de vários por

1. Corrida na areia

Correr na areia é um excelente exercício cardiovascular que fortalece os músculos das pernas e melhora a resistência. A irregularidade da superfície da areia desafia o corpo, aumentando a intensidade do treino.

Dica: Corra descalço para fortalecer os pés e os tornozelos e desfrutar da sensação da areia.

2. Prancha

A prancha é um exercício de corpo inteiro que trabalha o core, os braços e as pernas. A superfície instável da areia intensifica o trabalho dos músculos estabilizadores.

Como fazer: Deite-se de bruços e apoie-se nos antebraços e pontas dos pés, mantendo o corpo alinhado. Segure a posição por 30 a 60 segundos.

3. Agachamentos

Os agachamentos são ótimos para fortalecer os músculos das pernas e glúteos. Fazer este exercício na areia adiciona uma camada extra de dificuldade, exigindo mais equilíbrio e coordenação.

Como fazer: Fique de pé com os pés afastados na largura dos ombros. Agache-se empurrando os quadris para trás e dobrando os joelhos, depois volte à posição inicial.

4. Flexões

As flexões são um exercício clássico que fortalece os músculos do peito, ombros e tríceps. A areia torna o exercício mais desafiador devido à instabilidade do solo.

Como fazer: Deite-se de bruços com as mãos na areia, ligeiramente afastadas na largura dos ombros. Empurre o corpo para cima até os braços estarem totalmente estendidos, depois volte à posição inicial.

5. Burpees

Os burpees são um exercício de alta intensidade que combina cardio e força, trabalhando vários grupos musculares de uma vez. Perfeito para quem quer um treino completo e rápido.

Como fazer: Comece de pé, agache-se e coloque as mãos na areia, pule os pés para trás entrando na posição de prancha, faça uma flexão, pule de volta para a posição de agachamento e salte explosivamente para cima.

“O mais importante é que, mesmo nas férias, as pessoas se mantenham ativas. Estes exercícios são simples e projetados para aproveitar o ambiente natural da praia, não requerendo equipamentos especiais, proporcionando, assim, um treino eficaz e revigorante”, afirma Daniel Galindo, Diretor do Departamento de Experience & Innovation do VivaGym.

 
Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
BIOMEET 2024 decorre de 30 de setembro a 1 de outubro
A Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) organiza mais uma edição do BIOMEET, que decorre de 30 de setembro a 1 de...

O BIOMEET 2024, integrado nas comemorações da Semana Europeia da Biotecnologia de 2024, vai contar com um programa diversificado e focado no avanço da biotecnologia, potenciando oportunidades de networking entre os participantes. O evento dirige-se a profissionais, investigadores, empreendedores, investidores, decisores políticos e entidades públicas ligadas ao setor das Ciências da Vida e Biotecnologia em Portugal.

Ao longo dos dois dias de evento, serão abordados temas como o investimento; partilhas de experiências de financiamento e exits em biotecnologia; o impacto dos novos alimentos, rações e ingredientes para o mercado; potencial biotecnológico dos recursos marinhos portugueses; inovação no campo das Doenças Raras: barreiras e desafios; bem como levar para o mercado produtos inovadores na área da saúde.

Este ano, há também uma novidade: o concurso Pitch Competition #BIOMEET24, uma competição para futuros projetos empresariais ou start-ups nas áreas da Ciências da Vida e Biotecnologia. O pitch dos concorrentes será feito durante o evento e o vencedor ganhará um prémio monetário no valor de 1.000€ (mil Euros), recebendo também a oferta da 1ª anuidade de quota da P-BIO, referente ao ano de 2025, e o acesso gratuito à rede de mentores da P-BIO – BioMentors Club.

Saúde Oral
Abcessos dentários e dor estão entre os principais problemas dentários associados à XLH, ou Raquitis

O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X é uma condição genética rara que afeta o metabolismo do fósforo, um mineral importante para a formação e manutenção dos ossos e dentes. "Os problemas bucais mais comuns no paciente XLH são a formação de abcessos dentários e, como consequência, a desvitalização desses dentes", começa por explicar Camila Brodbeck, especialista em medicina dentária e mãe de uma menina com XLH. "Pela deficiência do cálcio no organismo, esses dentes ficam mais frágeis e com uma parede mais fina",  tornando-os assim, "mais sucetíveis a infiltração de bactérias e como consequência à formação dos abcessos", acrescenta, admitindo, no entanto, que "quando a Luísa foi diagnosticada não nos foi alertado sobre os problemas de saúde oral relacionados com a XLH". 

No seu caso, Luísa nunca apresentou qualquer queixar a este nível. "Por ser mais suscetível a estes problemas, eu tento explicar a importância de cuidar dos dentes", sublinha a mãe, Camila. "A Luísa nunca foi resistente à escovagem dos dentes. Sempre procurei introduzir coisas lúdicas, como escovas que ela goste, pasta com um sabor agradável", revela explicando que o fio dentário "também faz parte da rotina da Luísa, desde sempre". 

"Além de escovar e cuidar dos dentes dela, eu tento explicar tudo o que acontece se ela não escovar: como as bactérias podem estragar os nossos dentes. Também sabe que a escovagem da noite é a mais importante", acrescenta revelando o truque que faz com que garanta uma boa rotina de saúde oral: "deixo-a escovar sozinha primeiro, para ganhar destreza e confiança, depois eu escovo para finalizar". 

"Utilizar pastas com índice de flúor adequado (acima da 1100 ppm)" é ainda um dos principais cuidados a ter em conta. Posta em prática esta rotina, Camila adianta que quanto à alimentação "não há restrições". 

Em todo o caso, observa que continuará a ter "preocupações quanto às fragilidades relacionadas à XLH que, mesmo com todos os cuidados, não conseguimos evitar, devido aos níveis de cálcio no organismo. Mas, estarei sempre atenta e informada para dar uma melhor qualidade de vida à Luísa". 

Como mãe, aconselha aos pais que procurem "profissionais interessados na particularidade desta doença, que procurem estar sempre informados e estudem a patologia".  "As consultas de rotina são muito importantes" sublinhando que não se deve procurar ajuda apenas "quando algo já não vai bem". 

"As consultas desde cedo são importantes para os pais e para a familiarização das crianças com o dentista e o ambiente odontológico", afirma. 

A Luísa tem 5 anos e 7 meses e faz tratamento à XLH desde os 2 anos e 4 meses. "Já são mais de 3 anos de tratamento", revela a mãe adiantando que a "Luísa nunca apresentou grandes alterações por ter iniciado o tratamento cedo".  Atualmente, ela tem uma vida "completamente normal, ativa e sem dores".

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Francisco Miranda Rodrigues quer melhorar a acessibilidade dos doentes às consultas
O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), Francisco Miranda Rodrigues, disse ser necessário reforçar o número de...

“É necessário reforçar o número de psicólogos nestes serviços, que atendem pessoas que estão numa situação vulnerável”, afirmou o Bastonário, depois de visitar o Instituto Português de Oncologia do Porto.

"Tanto a administração como os psicólogos reconhecem que, apesar de ter havido algum crescimento do número de Psicólogos, este é ainda insuficiente para que possa ser dada uma resposta atempada e regular (sem intervalos de tempo longos) aos doentes”, explicou.

O Bastonário, que esteve acompanhado pela vice-presidente Sofia Ramalho, recordou ainda a importância de haver uma “janela temporal” para que a intervenção seja efetiva. “Não é igual o apoio ser prestado agora ou daqui a seis meses”.

Francisco Miranda Rodrigues elogiou ainda a “forma exemplar” como funciona o apoio do serviço de Psicologia nos cuidados paliativos no IPO do Porto, onde os recursos humanos estão adequados às necessidades de doentes e familiares. “Ali não há espera. A resposta é dada na mesma semana em que é feito o pedido, é prestado serviço domiciliário aos utentes e é feito o acompanhamento aos familiares em luto, tal como acontece no serviço de pediatria”.

“Nos cuidados paliativos, as condições físicas são também muito boas, mas o mesmo não acontece fora dos paliativos, onde as condições precisam nitidamente de ser melhoradas e o serviço debate-se com a necessidade de mais espaço para a atividade clínica e investigacional”, concluiu.

Dia 7 de agosto
Cuidar da saúde mental das mães é fundamental para o seu bem-estar e o da sua família. Por isso, o próximo evento das Conversas...

Após o parto, o corpo da mulher experiência várias alterações hormonais que causam um grande instinto de proteção. Estas alterações, juntamente com a exaustão física do parto e das noites mal dormidas com um recém-nascido, podem provocar alguns desafios para a mulher, como os babyblues. Em situações mais graves pode levar à depressão pós-parto, que se estima afetar entre 10 a 15% das mães.

Nesta sessão, a psicóloga clínica especializada na área perinatal, Carmen da Silva, vai identificar as diferenças entre babyblues e depressão pós-parto, dois fenómenos característicos do puerpério, explicando como podem os familiares apoiar as mães nestes momentos desafiantes.

A segurança do bebé é também motivo de preocupação por parte das grávidas e recém-mamãs. Por isso, a enfermeira parteira Isabel Ferreira vai estar presente para dar a conhecer formas de garantir que tanto o bebé como a grávida estão em segurança durante as viagens de automóvel.

Para terminar, a sessão vai também contar com a presença da conselheira em células estaminais da Crioestaminal Joana Gomes, que vai partilhar as características únicas destas células que têm o potencial de substituir células que vão morrendo no nosso corpo ao longo da vida e reparar tecidos danificados.

As inscrições gratuitas estão disponíveis na plataforma.
Opinião
A Enfermagem contemporânea encontra-se num ponto de viragem, onde a integração da tecnologia está a

Historicamente, a tecnologia utilizada na prática de Enfermagem foi desenvolvida por profissionais de outras áreas, como médicos e engenheiros biomédicos. A participação dos enfermeiros no desenvolvimento tecnológico tem sido limitada, resultando numa lacuna na inovação específica para a Enfermagem. A teoria da Competência Tecnológica como Cuidado em Enfermagem, proposta por Locsin, sugere que enfermeiros proficientes em tecnologia podem compreender melhor a pessoa e prestar cuidados mais personalizados e eficientes.

O conceito do "Enfermeiro-Inovador", surge para caracterizar o profissional que não apenas utiliza tecnologias, mas também participa ativamente na sua criação e desenvolvimento. Estudos referem que enfermeiros-inovadores possuem características distintas, como pensamento crítico, envolvimento emocional positivo e capacidade de trabalhar em equipa. Além disso, a colaboração interdisciplinar com profissionais de engenharia é essencial para o desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades específicas da pessoa, dos profissionais de saúde e do próprio ambiente.

Com a crescente integração da tecnologia na Enfermagem, surgem questões éticas e de segurança de dados, que precisam de ser cuidadosamente consideradas. A colaboração entre Enfermagem e engenharia deve assegurar que as inovações tecnológicas respeitem a dignidade, privacidade e segurança da pessoa. Sendo que, as novas tecnologias devem ser desenvolvidas com uma compreensão comum dos princípios éticos, para garantir que beneficiem a pessoa sem comprometer os seus direitos.

Assim, pode-se afirmar que a tecnologia e a inovação são componentes fundamentais para o futuro da Enfermagem. A formação de enfermeiros-inovadores e a colaboração interdisciplinar, com engenheiros e outros profissionais, são passos essenciais para o desenvolvimento de tecnologias que melhorem a prática e os cuidados prestados. Ao abraçar a criatividade tecnológica e enfrentar os desafios éticos, a Enfermagem pode continuar a evoluir, estando na origem de cuidados cada vez mais eficientes, efetivos e personalizados.

Referências: 
Bahari, K., Talosig, A. T., & Pizarro, J. B. (2021). Nursing Technologies Creativity as an Expression of Caring: A Grounded Theory Study. Global Qualitative Nursing Research, 8, 2333393621997397. https://doi.org/10.1177/2333393621997397 
Locsin, R. C. (2017). The Co-Existence of Technology and Caring in the Theory of Technological Competency as Caring in Nursing. The Journal of Medical Investigation: JMI, 64(1.2), 160–164. https://doi.org/10.2152/jmi.64.160 
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação
Cientistas da Mayo Clinic estão a utilizar a inteligência artificial (IA) e a aprendizagem automática para analisar exames de...

O EEG, um exame com mais de um século durante o qual uma dúzia ou mais de eléctrodos são ligados ao couro cabeludo para monitorizar a atividade cerebral, é frequentemente utilizado para detetar a epilepsia. Os seus resultados são interpretados por neurologistas e outros especialistas treinados para identificar padrões entre as ondas irregulares do teste.

Numa nova investigação publicada na revista Brain Communications, cientistas do Programa de Inteligência Artificial em Neurologia da  Mayo Clinic (NAIP) demonstram como a IA pode não só acelerar a análise, mas também alertar os especialistas que analisam os resultados dos testes para padrões anormais que são demasiado subtis para serem detetados pelos humanos. A tecnologia demonstra o potencial para um dia ajudar os médicos a distinguir entre as causas de problemas cognitivos como a doença de Alzheimer e a demência por corpos de Lewy. A investigação sugere que os EEGs, que estão mais amplamente disponíveis, são mais baratos e menos invasivos do que outros testes para avaliar a saúde do cérebro, podendo ser uma ferramenta mais acessível para ajudar os médicos a identificar precocemente os problemas cognitivos dos doentes.

"No EEG, há muita informação médica nessas ondas cerebrais sobre a saúde do cérebro", afirma o autor sénior, David T. Jones, neurologista e diretor do NAIP. "Sabe-se que estas ondas podem abrandar e ter um aspeto um pouco diferente em pessoas com problemas cognitivos. No nosso estudo, queríamos saber se podíamos medir e quantificar com precisão este tipo de abrandamento com a ajuda da IA".

Para desenvolver a ferramenta, os investigadores recolheram dados de mais de 11.000 pacientes que foram submetidos a EEGs na  Mayo Clinic ao longo de uma década. Utilizaram a aprendizagem automática e a IA para simplificar padrões complexos de ondas cerebrais em seis características específicas, ensinando o modelo a descartar automaticamente certos elementos, como dados que devem ser ignorados, a fim de se concentrar em padrões característicos de problemas cognitivos como a doença de Alzheimer.

"Foi notável a forma como a tecnologia ajudou a extrair rapidamente padrões de EEG em comparação com as medidas tradicionais de demência, como os testes cognitivos à cabeceira, os biomarcadores de fluidos e as imagens cerebrais", explica Wentao Li, coautor principal do artigo, que conduziu a investigação com o NAIP enquanto era residente em neurologia comportamental na Mayo Clinic.

"Atualmente, uma forma comum de quantificar padrões em dados médicos é através da opinião de especialistas. E como é que sabemos que esses padrões estão presentes? Porque um perito diz que eles estão lá", diz Jones. "Mas agora, com a IA e a aprendizagem automática, não só vemos coisas que os especialistas não conseguem ver, como também podemos quantificar com precisão aquilo que eles conseguem perceber."

A utilização do EEG para detetar problemas cognitivos não substituiria necessariamente outros tipos de exames, como a ressonância magnética ou a tomografia por emissão de positrões (PET). Mas, com o poder da IA, o EEG poderá um dia proporcionar aos profissionais de saúde uma ferramenta mais económica e acessível para o diagnóstico precoce em comunidades onde o acesso a clínicas especializadas ou a equipamento especializado é difícil, como nos meios rurais, segundo Jones.

"É muito importante detetar precocemente os problemas de memória, mesmo antes de serem óbvios", alerta Jones. "Ter o diagnóstico correto numa fase inicial ajuda-nos a proporcionar a perspetiva correcta e o melhor tratamento para o doente. Os métodos que estamos a analisar podem ser uma forma mais rentável de identificar pessoas com perda de memória ou demência precoce em comparação com os testes actuais, como a análise do líquido cefalorraquidiano, testes de glicose cerebral ou testes de memória."

Segundo Jones, são necessários mais alguns anos de investigação para continuar a testar e validar as ferramentas. No entanto, afirma que a investigação demonstra que existem formas de utilizar os dados clínicos para incorporar novas ferramentas no fluxo de trabalho clínico, de modo a atingir o objetivo dos investigadores de introduzir novos modelos e inovações na prática clínica, melhorar as capacidades das avaliações existentes e expandir estes conhecimentos para fora da Mayo Clinic.

"Este trabalho exemplifica o trabalho de equipa multidisciplinar para fazer avançar a investigação translacional de base tecnológica no domínio da saúde", afirma Yoga Varatharajah, coautor principal do artigo e colaborador de investigação do NAIP quando o trabalho foi concluído.

 

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