Conferência Anual
“+ pelos doentes, juntos pela saúde": é o mote da Conferência Anual da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL...

Em pleno mês da Consciencialização das Doenças Malignas do Sangue, a iniciativa – que pode ser acompanhada presencialmente, na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), ou online – tem como principais destaques uma palestra sobre Macroglobulinemia de Waldenström, no seguimento do compromisso da APLL em criar o primeiro grupo de apoio em Portugal para doentes com esta patologia, e a apresentação do programa “Mieloma Múltiplo: Tratar Corpo e Mente”, conduzida pelo Professor Pedro Cunha, docente da FADEUP.

O projeto foi criado pela APLL para melhorar o bem-estar geral e responder às necessidades psicológicas e físicas dos doentes com mieloma múltiplo e amiloidose AL, através do desenvolvimento de soluções adaptadas e integradas. Outros momentos da programação incluem conversas no âmbito da comunicação com os profissionais de saúde e a decisão partilhada sobre os tratamentos, ou o impacto da doença na dinâmica familiar. Sublinhe-se, ainda, uma aula ginástica aberta a todos os presentes. As inscrições para a Conferência podem ser realizadas através do preenchimento de um formulário, por e-mail ([email protected]), ou por telefone (910 244 608). Mais informações disponíveis em www.apll.org.

Nove sinais a que deve estar atento
Estima-se que 20% das crianças têm problemas oculares, o que interfere com o seu rendimento escolar.

Os erros de refração – miopia (dificuldade em ver ao longe), astigmatismo (visão distorcida) e hipermetropia (esforço aumentado com dificuldade em ver sobretudo ao perto) – não corrigidos continuam a ser uma das principais causas de deficiência visual que afeta crianças e adultos em todos os países do mundo.1 Na criança são particularmente perigosos quando presentes de forma assimétrica, ou seja, um olho com a imagem mais nítida, outro com a imagem mais desfocada, dando a ilusão aos pais de que as crianças vêem bem.

Fique atento ao comportamento do seu filho e verifique a presença destes nove sinais que podem indicar que algo não está bem com a sua saúde ocular:

  1. Dor de cabeça ou dor nos olhos;
  2. Coçar os olhos muitas vezes;
  3. Desinteresse na televisão ou na escola;
  4. Lentidão ou rejeição das tarefas que requerem esforço visual;
  5. Fechar ou tapar um dos olhos para ver;
  6. Sentar-se consistentemente muito próximo da televisão;
  7. Lacrimejar constantemente e apresentar sinais inflamatórios nos olhos;
  8. Dificuldade em suportar a luz (fotofobia);
  9. Dificuldade na leitura ou dar erros a copiar do quadro ou de um livro.

Ricardo Parreira, coordenador de Grupo Português de Estrabismo e Oftalmologia Pediátrica da SPO, alerta: “Quando os olhos têm algum problema, a visão é mais limitada e, consequentemente, a capacidade de aprendizagem também. O desempenho escolar é realmente afetado se os problemas de visão das crianças e jovens não forem detetados e corrigidos atempadamente. Prevenir desde cedo é fundamental para evitar o aparecimento de doenças oculares graves”.

Passar mais tempo no exterior, dormir bem, limitar o uso de tecnologia digital de acordo com os intervalos de tempo recomendados por idade estipulados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desligar todos os dispositivos eletrónicos pelo menos uma hora antes de dormir e deixá-los fora do quarto são alguns dos cuidados a ter com os olhos.

Para mais informações sobre a saúde ocular, consulte: https://spoftalmologia.pt/.

Organização Mundial da Saúde (OMS). (2023). Blindness and vision impairment. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/blindness-and-visual-impairment. [Consultado em agosto de 2024].
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
17 de setembro | Dia Mundial da Segurança do Doente
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que um diagnóstico identifica o problema de saúde de um

Segundo a OMS o tema do Dia Mundial da Segurança dos Doentes deste ano (2024) centra-se na melhoria do diagnóstico para a segurança dos doentes, utilizando o slogan “Faça-o corretamente, torne-o seguro!”. Neste dia, os doentes e as suas famílias, os profissionais de saúde, os gestores dos cuidados de saúde, os decisores políticos e a sociedade civil salientarão o papel fundamental de um diagnóstico correto e atempado na melhoria da segurança dos doentes.

 

Relatório Global da OMS sobre Segurança do Doente (OMS, 2024)

O primeiro relatório global da OMS (2024) sobre segurança do doente avalia o estado atual da segurança do doente a nível mundial. Alinhado com o Plano de Ação Global para a Segurança do Doente 2021‐2030, contém estratégias e informações para pessoas envolvidas ou interessadas na melhoria dos cuidados de saúde e da segurança dos doentes, nomeadamente:  profissionais de saúde, decisores políticos, doentes, patients advocates, investigadores. 

Neste contexto são salientadas as seguintes mensagens:

- As falhas na segurança dos cuidados são um problema significativo de saúde pública a nível global, estimando‐se que pelo menos um em cada dez doentes pode sofrer danos em ambientes de cuidados de saúde – metade dos quais poderia ser evitável – levando anualmente a milhões de mortes e a custos económicos substanciais;

- Populações vulneráveis, incluindo idosos, crianças e minorias étnicas, enfrentam maior risco de danos associados aos cuidados de saúde, pelo que se destaca  a  importância  de  intervenções personalizadas para aumentar a segurança destes grupos na sua navegação pelos sistemas de saúde;

- Globalmente, um em cada 20 doentes  sofre danos evitáveis  com medicamentos.  Especificamente, mais de metade (53%) destes danos surge na  fase da prescrição, apontando para uma necessidade crucial na melhoria das práticas neste âmbito;

- Ambientes de cuidados altamente  especializados,  como  cuidados  intensivos,  unidades  de urgência/emergência  e  unidades  cirúrgicas,  estão  associados  a  taxas  mais  elevadas  de  danos  a  doentes,  incluindo  danos  evitáveis.  Estima‐se, ainda,  que  7%  dos  doentes  em  cuidados  de  saúde primários sofram danos.

São igualmente elencados os principais custos de cuidados inseguros a nível económico e financeiro:

- Falhas nos cuidados de saúde sobrecarregam significativamente os orçamentos dos cuidados de saúde,  consumindo até 12,6% do total das despesas de saúde nos países desenvolvidos;

- O impacto financeiro varia consoante o cenário de prestação de cuidados: em cuidados intensivos, as complicações  aumentam  os  custos;  em  cuidados  de  saúde  primários,  eventos  adversos  a medicamentos e diagnósticos incorretos levam a um recurso desnecessário a cuidados hospitalares; e em unidades de cuidados continuados, condições como as úlceras por pressão acrescentam despesa significativa, o que mostra os amplos efeitos económicos dos cuidados inseguros;

- Danos em doentes reduzem significativamente a produtividade e aumentam a perda de rendimentos, impondo  custos  indiretos  às  economias  que  podem  ultrapassar  os  custos  diretos  dos  cuidados  de  saúde. Melhorar a segurança dos doentes poderá trazer enormes benefícios económicos, aumentando potencialmente a produção económica global em 15% ao longo de duas décadas;

- Intervenções eficazes como a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica e as estratégias para prevenir infeções  associadas  aos  cuidados  de  saúde,  compensam  o  investimento,  demonstrando  que  os esforços em melhorar a segurança dos cuidados de saúde não são apenas benéficos do ponto de vista clínico, mas também economicamente sensatos.

“Façao corretamente, torneo Seguro”

No próximo dia 17 de setembro de 2024, comemora-se o Dia Mundial da Segurança do Doente. Iniciativa da OMS, as comemorações decorrem, este ano, sob o mote “Faça-o corretamente, torne-o seguro”. Destaca-se, deste modo, a importância crítica de um diagnóstico correto e em tempo adequado para a segurança do doente e a melhoria dos resultados em saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 2019, com o intuito de promover uma “Ação Global sobre a Segurança do Doente”, estabeleceu o dia 17 de setembro, como o “Dia Mundial da Segurança do Doente”. Esta efeméride é a pedra basilar da ação global para promover a saúde das populações e a segurança dos cuidados de saúde, estando alicerçada no princípio hipocrático da Medicina – “Primeiro não fazer mal”, bem como no direito constitucional a cuidados de saúde de qualidade.

A OMS, desde há 20 anos, que alerta os Estados Membros para estudos que evidenciam danos causados aos doentes, associados aos cuidados de saúde. Ainda que evitáveis na sua maioria, estima‐se que seja uma das dez principais causas de mortalidade e co-morbilidades no Mundo.

A Ação Global sobre a Segurança do Doente pretende desenvolver a intervenção dos Estados Membros para promover a segurança dos doentes, estabelecendo uma colaboração entre decisores políticos, líderes dos serviços de saúde, profissionais de saúde, organizações de doentes e outras partes interessadas, bem como capacitar doentes e famílias a participar na segurança dos cuidados de saúde.

A cada ano, a OMS anuncia um novo tema, de forma a destacar uma área prioritária de

intervenção urgente e concertada. Este ano o tema é “Melhorar o Diagnóstico para a Segurança dos Doentes”, com o slogan: “Façao corretamente, torneo Seguro”. O mote desta iniciativa pretende destacar a necessidade de investir na segurança diagnóstica do doente, na política de segurança do doente e na prática clínica em todos os níveis de cuidados de saúde.

Os erros diagnósticos, surgem muitas vezes de uma combinação de fatores cognitivos e sistémicos que comprometem o reconhecimento de sinais e sintomas dos doentes, bem como a interpretação e comunicação dos resultados dos exames realizados. Um erro diagnóstico é a falha em estabelecer uma explicação correta e oportuna do problema de saúde de uma pessoa, que pode incluir diagnósticos incorretos, atrasados ou perdidos, mas também a falha na comunicação sobre os mesmos com o doente. Estima‐se que a magnitude dos erros de diagnóstico, representa quase 16% dos danos evitáveis nos sistemas de saúde.

Sendo provável que a maioria das pessoas possa ter pelo menos um erro de diagnóstico

durante a sua vida, é necessário desenvolver esforços concertados para melhorar a segurança dos processos de diagnóstico, nomeadamente:

‐ Averiguar o histórico completo do doente;

‐ Realizar um exame clínico completo;

‐ Melhorar acesso a exames de diagnóstico;

‐ Implementar métodos para medir e aprender com erros de diagnóstico;

‐ Adotar soluções baseadas em tecnologia;

‐ Envolver os doentes, famílias, profissionais e líderes dos serviços de saúde.

São objetivos do Dia Mundial da Segurança do Doente em 2024:

1. Aumentar a consciência global sobre os erros de diagnóstico que podem contribuir para eventos adversos e enfatizar o papel fundamental diagnóstico correto, oportuno e seguro para melhorar a segurança do doente;

2. Destacar a segurança diagnóstica na política de segurança do doente e na prática clínica em todos os níveis de cuidados de saúde, alinhado com o Plano de Ação Global para a Segurança do Doente 2021–2030;

3. Promover a colaboração entre decisores políticos, líderes de cuidados de saúde, profissionais de saúde, organizações de doentes e outras partes interessadas na promoção de um diagnóstico correto, oportuno e seguro;

4. Capacitar os doentes e as famílias para se envolverem ativamente com os profissionais de saúde e os líderes dos cuidados de saúde para melhorar os processos de diagnóstico.

Carta dos Direitos de Segurança do Doente (OMS, 2024)

Importa recordar que a OMS publicou, em abril de 2024, a “Patient safety rights charter - Carta dos Direitos de Segurança do Doente”. Esta é a primeira Carta a elencar os direitos fundamentais de todos os doentes no âmbito da segurança dos seus cuidados. Este documento pretende servir de apoio para a formulação de legislação, políticas e orientações promotoras da segurança dos doentes e da redução do risco de danos associados aos cuidados de saúde. Ressalva, ainda, a importância de ouvir os doentes e de facilitar a colaboração com os mesmos, assim como famílias/cuidadores e comunidades, para que o direito de acesso a cuidados de saúde seguros e de alta qualidade seja protegido.

O Presidente da Segurança do Doente na OMS - Sir Liam Donaldson - defendeu que “as histórias de coragem e de compaixão de doentes e familiares que sofreram danos são fundamentais para impulsionar a mudança e aprender a ser ainda mais seguro”, sendo vital ouvir e envolver os doentes e suas famílias nos cuidados de saúde.

Acrescente-se que a segurança do doente é um imperativo ético e moral, fundamentado no princípio bioético da não maleficência e expresso na premissa hipocrática de "Primeiramente, não causar dano". Todas as pessoas têm direito a cuidados de saúde seguros, tal como estabelecido pelas normas internacionais de direitos humanos, independentemente da idade, género, etnia ou raça, idioma, religião, deficiência, estatuto socioeconómico, orientação sexual, etc.

Também o Diretor-Geral da OMS – Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus - considera que “se não é seguro, não é cuidado”. O Diretor-Geral da OMS reforçou, ainda, que a segurança do doente é uma responsabilidade coletiva, e que os sistemas de saúde devem trabalhar lado a lado com doentes, famílias e comunidades, de modo a que cada pessoa possa receber cuidados de forma segura, digna e compassiva.

Também a segurança do doente é um indicador do compromisso mais amplo dos países em respeitar, proteger e cumprir os direitos humanos relacionados com a saúde.

A Carta contém 10 direitos de segurança do doente cruciais para mitigar riscos e prevenir danos, enumerados abaixo.

 

Carta dos Direitos de Segurança do Doente

1 – Direito a cuidados oportunos, eficazes e apropriados;

2 – Direito a processos e práticas seguras nos cuidados de saúde;

3 – Direito a profissionais de saúde qualificados e competentes;

4 – Direito a dispositivos médicos seguros e utilizados de forma segura e racional;

5 – Direito a instalações de saúde seguras e protegidas;

6 - Direito à dignidade, respeito, não discriminação, privacidade e confidencialidade;

7 – Direito à informação, educação e apoio na tomada de decisão;

8 – Direito de acesso aos registos clínicos/informação clínica;

9 – Direito a ser ouvido e ter uma resposta adequada caso ocorra um incidente;

10 – Direito ao envolvimento do doente e da família.

A segurança do doente é da responsabilidade de todos, incluindo decisores, gestores, profissionais de saúde, utentes, famílias, cuidadores e população no geral. Em Portugal, o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026 é coordenado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), através da Divisão de Planeamento e Melhoria da Qualidade do Departamento da Qualidade na Saúde.

Referências bibliográficas:

WHO. Announcing World Patient Safety Day 2024. Geneva: WHO. 2024. Disponível em https://cdn.who.int/media/docs/default-source/world-patient-safety-day/wpsd-2024/announcing-world-patient-safety-day-2024_english.pdf?sfvrsn=d162dceb_3

WHO. Global patient safety report 2024. Geneva: WHO. 2024. Disponível em https://www.who.int/publications/i/item/9789240095458

WHO. Patient Safety Rights Charter. Geneva: WHO. 2024. Disponível em https://www.who.int/publications/i/item/9789240093249

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Aveiro
Já imaginou usar células, como se fossem blocos de ‘Lego’, para criar estruturas vivas como tecidos humanos, a três dimensões?...

Tal como acontece com os tecidos humanos durante o seu desenvolvimento, a criação de tecidos em laboratório costuma ser um processo lento, e depende das interações naturais entre as células para formar uma matriz de suporte. Contudo, uma equipa de investigadores do Grupo de Investigação COMPASS, que faz parte do CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro, liderada por João Mano, conseguiu modificar células humanas para se unirem, formando estruturas tridimensionais complexas designadas de “géis celulares”, independentemente do tipo de célula utilizado.

A inovação, recentemente publicada na prestigiada revista científica Nature Materials, possibilita a produção rápida e personalizada de estruturas semelhantes a tecidos e pode revolucionar a medicina regenerativa. Pedro Lavrador, Beatriz Moura, José Almeida Pinto, Vítor Gaspar e João Mano assinam o estudo. 

A tecnologia, sob a qual foi efetuada um pedido de patente pela UA, é baseada em princípios de glicoengenharia celular, e tem como componente fundamental a química click bio-ortogonal, uma classe de reações químicas que podem ocorrer em sistemas biológicos sem interferir com os processos bioquímicos naturais, a qual foi recentemente reconhecida com o Prémio Nobel da Química em 2022.

"Desenvolvemos uma forma de modificar a superfície das células para que se liguem como um sistema ‘chave-fechadura’, permitindo a criação rápida de materiais celulares vivos e com propriedades semelhantes às dos tecidos humanos", explicam os investigadores da UA.

Estas células são ‘programadas’ para se comportarem como blocos de construção e podem ser manipuladas e combinadas como se fossem peças de Lego vivas, criando assim tecidos adaptáveis a diferentes finalidades médicas, como reparação de órgãos danificados e, ainda, ‘máquinas vivas’ para aplicações industriais ou ambientais e desenvolvimento de novos alimentos.

“Um dos aspetos mais entusiasmantes desta tecnologia é que os materiais criados são realmente ‘vivos’ no sentido em que conseguem interpretar o seu ambiente e interagir ativamente com outros tecidos. Estes materiais têm a capacidade de se auto-reparar e de se reforçar mecanicamente ao longo do tempo, evoluindo de maneira semelhante à pele ou aos ossos", afirma a equipa.

Como os materiais convencionais não são vivos, não possuem a capacidade de se mover por si próprios, não conseguem recuperar massa perdida, nem adaptar-se a diferentes contextos de forma instintiva. Por outro lado, a inovação portuguesa não só permite desenvolver materiais que incorporam estas capacidades biológicas, como também mostram um maior potencial terapêutico na regeneração de pele em comparação com hidrogéis tradicionais que contém células. Um aspeto que torna esta tecnologia particularmente promissora.

A simplicidade e escalabilidade são mais dois pontos fortes da tecnologia. "A nossa tecnologia não requer meios de cultura complexos, modificações genéticas ou equipamentos dispendiosos", destacam os investigadores.

A equipa sublinha a acessibilidade e facilidade de implementação em diferentes laboratórios, o que pode facilitar a produção em larga escala.

Além disso, a flexibilidade desta técnica “permite combinar diferentes tipos de células humanas para criar tecidos customizados e específicos para cada paciente", salientam, reforçando o potencial desta inovação para a medicina regenerativa.

A descoberta representa assim um avanço significativo na bioengenharia de tecidos vivos em laboratório, onde será possível reparar tecidos humanos danificados, através de terapias celulares personalizadas.

Os materiais já não são o que eram

Desde sempre que os materiais são fundamentais para o desenvolvimento de utensílios e soluções para diferentes aplicações. Desde ferramentas mais simples até dispositivos extremamente sofisticados, destacam-se áreas como a microeletrónica, nanopartículas para aplicações em medicina ou estruturas usadas na indústria aerospacial.

Tradicionalmente, os materiais têm sido classificados com base nas suas características moleculares, como metais, cerâmicos ou polímeros (plásticos ou macromoléculas de origem natural). Contudo, e apesar de já terem sido desenvolvidos materiais capazes de alterar as suas propriedades no tempo e no espaço, ou com capacidade de responderem a estímulos externos, como alterações de temperatura ou exposição à luz, estes sistemas, desenhados para cumprirem funções previamente definidas e limitadas, são essencialmente inertes.

No mundo vivo, as células têm um comportamento bastante distinto. Neste universo, as células adaptam-se a múltiplas condições ambientais, produzem proteínas para comunicar e interagir entre si e dão origem, por exemplo, a órgãos ou a organismos complexos. No plano vivo, as células podem multiplicar-se, maturar, evoluir com o tempo e, mesmo, exibir um desempenho que pode ser programado ao nível dos genes.

A biologia é a plataforma de fabrico conhecida mais complexa de todas, tanto a nível molecular como à macro-escala. Neste sentido, a ‘biologização’ da ciência dos materiais, assume que a biologia possui propriedades intrínsecas que estão longe de serem alcançadas pelos materiais sintéticos feitos pelo homem, e pretende abrir caminho ao desenvolvimento de uma nova geração de materiais – os materiais ‘vivos’, com funcionalidades exóticas.

O conceito totalmente disruptivo, explorado pela equipa de investigação da UA, envolve a utilização desses sistemas vivos para fabricar dispositivos com propriedades totalmente novas, e capacidade de substituir os materiais convencionais em algumas aplicações mais exigentes.

Opinião
A Medicina Física e de Reabilitação (MFR) ou Fisiatria é uma especialidade médica centrada no indiví

A gravidez associa-se a múltiplas alterações na vida de uma mulher, uma grande parte delas, físicas, mas também emocionais, psicológicas e relacionais.

Dentro destas alterações, destaco as que mais habitualmente poderão ser sede da intervenção da MFR: a fadiga, as alterações provocadas no pavimento pélvico, as alterações musculoesqueléticas e posturais.

O pavimento pélvico corresponde ao conjunto de músculos, articulações e ligamentos que fazem o suporte dos órgãos pélvicos, em particular do útero, bexiga e reto. As alterações impostas pela gravidez e o parto podem condicionar problemas como incontinência urinária e anal, disfunção sexual, dor pélvica e cicatrizes dolorosas pós-parto.

Relativamente às alterações musculoesqueléticas e posturais, devido a maior laxidez dos ligamentos e articulações, sobretudo da região pélvica, a postura da gestante sofre alterações, podendo conduzir ao aparecimento de dores, sobretudo lombar e pélvicas. 

A MFR poderá ter um papel fundamental no bem-estar da mulher durante o período da gravidez e pós-parto, sendo fundamental a avaliação médica e posterior integração num programa global de reabilitação.

Este programa poderá incluir uma ou várias intervenções, como aconselhamento de medidas gerais, medidas posturais e de ergonomia, exercício físico, tratamento farmacológico, programa de exercícios de fortalecimento muscular do pavimento pélvico (FMPP) e fisioterapia.

De forma geral (excetuando raros casos em que há contra-indicação médica), está recomendado o exercício físico regular, que deve ser individualizado, de acordo com a preferência e capacidade física da grávida (a fadiga poderá exigir pausas frequentes). Os mais frequentemente recomendados são a caminhada, pilates ou natação e os desaconselhados, os desportos de elevada intensidade, de impacto e contacto.

A grávida deve evitar posturas desadequadas e prolongadas, transportar e manipular cargas pesadas e se necessário, deve fazê-lo cumprindo medidas de ergonomia (fletir os joelhos e não fletir a coluna); e usar calçado confortável sem salto e com bom suporte plantar.

Estas estratégias, ao conduzirem a uma melhor postura, permitem por si só a prevenção e redução da dor lombar. Quando não são suficientes, deverão ser implementadas medidas para alívio da dor como o tratamento farmacológico e a fisioterapia.

As intervenções no pavimento pélvico estão também recomendadas. As grávidas devem realizar um programa diário de exercícios de FMPP (os exercícios de Kegel) e exercícios de fortalecimento e flexibilização lumbopélvicos, que podem ser feitos no domicílio após orientação médica ou em contexto de programa de fisioterapia ou programas supervisionados em classes.

Outra área fundamental é o tratamento de cicatrizes dolorosas (por exemplo da cesariana e episiotomia) e dor pélvica pós-parto, podendo estar indicadas a fisioterapia, tratamento farmacológico e outras intervenções mais recentes como a aplicação de toxina botulínica e outras técnicas de intervenção.

A gravidez e o pós-parto são etapas da vida de uma mulher desafiantes e a MFR, ao contribuir para a melhoria da qualidade de vida global, poderá ser um aliado importante e diferenciador. 

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Três cuidados fundamentais a ter para prevenir e tratar
Ter hemorroidas na gravidez é algo que acontece a muitas mulheres, mas a maioria ainda sente vergonh

As hemorroidas são veias localizadas na região do ânus e, quando são submetidas a uma elevada pressão, podem inflamar, provocar comichão, dor, perdas de sangue e exteriorização, conduzindo a uma crise de Doença Hemorroidária. Isto pode derivar de diversas causas, como a obstipação, a obesidade, o envelhecimento, fatores hereditários, o sedentarismo e... a gravidez!

Desenvolver hemorroidas na gravidez é uma realidade na vida de muitas mulheres que, na sua maioria, ainda sente um certo constrangimento em falar do tema com um profissional de Saúde. Não há que ter vergonha porque é comum a grávida desenvolver Doença Hemorroidária, especialmente no terceiro trimestre e durante o trabalho de parto.

Durante a fase de gestação, frequentemente, surgem alguns dos principais sintomas de hemorroidas, nomeadamente: desconforto ou dor na região anal; prurido; exteriorização (prolapso) das veias hemorroidárias; e hemorragia durante a defecação.

Além disso, existem outros fatores de risco a ter em consideração como: a pressão exercida sobre as veias hemorroidárias, motivada pela pressão do feto; o aumento temporário de peso; a obstipação e o esforço exercido nas veias hemorroidárias durante a defecação.

“Para prevenir ou tratar as hemorroidas, é recomendável que a grávida adote alguns cuidados ao nível da alimentação e um estilo de vida saudável. Deste modo, a gravidez poderá decorrer de forma mais tranquila, no que toca às hemorroidas, sobretudo através da prevenção. Por outro lado, é importante que estas medidas sejam sempre acompanhadas pelo médico assistente, pois dependem do quadro clínico que a gestante apresente”, salienta o Dr. Óscar Rebelo, Ginecologista e Obstetra do Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada.

Três cuidados fundamentais a ter durante a gestação:

1) Ingerir uma maior quantidade de água e adotar uma alimentação saudável e rica em fibras, para prevenir a obstipação e o esforço exercido durante a defecação;

2) Praticar regularmente exercício físico (adaptado à gravidez e à situação hemorroidária), uma vez que contribui para uma boa circulação venosa;

3) Evitar permanecer de pé ou na posição sentada durante muito tempo seguido, para ajudar a aliviar a pressão sobre as veias hemorroidárias.

Em caso de agravamento da Doença Hemorroidária é recomendado procurar um profissional de Saúde. O tratamento pode variar de acordo com a situação de cada doente, sendo que os medicamentos venoativos orais, indicados para o tratamento das crises e prevenção das recorrências de crises hemorroidárias, e os tópicos para um alívio local complementar são as terapêuticas mais utilizadas, em fase de crise. Sendo uma doença com manifestações recorrentes e por vezes incapacitantes, um tratamento mais consistente pode passar pelo tratamento instrumental em regime ambulatório (esclerose; laqueação elástica;…) ou cirúrgico. Saiba mais em www.ashemorroidas.pt.

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Opinião
No Dia Internacional da Consciencialização para a Colangite Biliar Primária (CBP), que se assinala a

Esta é uma condição que avança sem pressa, inicialmente sem deixar rastos visíveis. Por vezes, passam-se anos ou mesmo décadas até que os primeiros sinais se manifestem, nomeadamente um cansaço inexplicável ou um prurido cutâneo persistente. Sintomas estes que facilmente podem ser desvalorizados ou associados ao ritmo acelerado da vida moderna.

No entanto, é precisamente neste silêncio que reside o maior perigo da CBP. A falta de sintomas imediatos dá à doença o tempo necessário para se infiltrar, comprometendo cada vez mais o fígado até que, finalmente, se manifestem sinais mais graves: olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura, inchaço do baço ou acumulação de líquido no abdómen (ascite), que traduzem a evolução para cirrose hepática. A cirrose é um quadro clínico quase sempre irreversível, representando em Portugal a quarta maior causa de morte precoce.

Apesar de ainda não existir cura, o diagnóstico precoce da CBP é urgente, pois existem tratamentos que, iniciados na altura certa, impedem o agravamento da doença e evitam os danos no fígado. Um simples exame de rotina, com análises ao sangue, é uma forma eficaz para detetar a CBP, especialmente se revelar níveis elevados de fosfatase alcalina, um marcador que denuncia que algo afeta as vias biliares. Contudo, a deteção precoce é um desafio, particularmente para mulheres em idade ativa, que, enfrentando múltiplas responsabilidades, podem não dar a devida atenção aos sinais subtis que o corpo vai enviando.

O Dia Internacional da Consciencialização para a CBP é mais do que uma data no calendário. É um apelo à ação e à sensibilização, com a finalidade de aumentar o conhecimento sobre esta doença e incentivar aqueles que possam estar em risco a procurar avaliação médica.

Nesta data, e também no resto do ano, o "trabalho de casa" é claro e urgente: se sente um cansaço inexplicável ou um prurido persistente, não ignore os sintomas que o corpo lhe dá. Procure um médico, especialmente se está na faixa etária de risco ou se tem um histórico familiar de doenças autoimunes. Lembre-se de que a saúde do fígado não é um bem adquirido. 

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ASTROPOWER
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa | NOVA FCT anuncia que o projeto ASTROPOWER foi selecionado...

O ASTROPOWER terá um impacto significativo tanto no espaço quanto na Terra. Através de um sistema de treino, o projeto visa prevenir a powerpenia — perda de potência muscular — em astronautas durante missões espaciais e restaurar a função muscular após o regresso das missões espaciais. Além disso, visto as perdas nos astronautas serem análogas às encontradas durante o envelhecimento, a tecnologia desenvolvida poderá beneficiar a população idosa, promovendo a autonomia, melhorando a função muscular e reduzindo o risco de quedas e outras condições associadas ao envelhecimento, como a fragilidade e a perda de mobilidade.

Liderado pelo professor Hugo Gamboa, do Departamento de Física da NOVA FCT, em colaboração com Luís Silva, ambos do grupo Biosignals-LIBPhys (Laboratório de Instrumentação, Engenharia Biomédica e Física das Radiações), o ASTROPOWER também conta com a parceria da Agência Espacial Europeia (ESA), que cofinancia o projeto através do Programa PRODEX.

“Este projeto representa um avanço significativo na aplicação de tecnologias de engenharia biomédica para a saúde muscular em ambientes desafiantes, como o espaço, e em cenários comuns, como o envelhecimento. O ASTROPOWER não só contribui para a preservação da saúde dos astronautas em missões de longa duração, como também tem o potencial de impactar diretamente a qualidade de vida da população idosa, promovendo uma maior autonomia e mobilidade. Estamos entusiasmados com esta primeira oportunidade do nosso grupo de biossinais em colaborar com a Agência Espacial Portuguesa e a Agência Espacial Europeia, entre  outros parceiros, e confiamos que os resultados deste projeto terão benefícios a longo prazo, tanto na exploração espacial quanto na saúde pública”, afirma Hugo Gamboa, responsável pelo projeto da NOVA FCT.

O PROSSE 2024 é um concurso da Agência Espacial Portuguesa que visa financiar projetos científicos na exploração espacial, promovendo a participação de Portugal no programa PRODEX da ESA. Entre 14 candidaturas, apenas duas foram aprovadas, com destaque para o ASTROPOWER, pela sua inovação e relevância científica, que vai receber 70 mil euros fruto desta candidatura.

20ª Edição
Além da MusclePen, a maior rede nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior politécnico português distinguiu...

A 20.ª Edição do Concurso Nacional Poliempreende, a maior iniciativa nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior em Portugal, realizou-se no Auditório da Reitoria da Universidade da Madeira, onde foram avaliados os projetos vencedores dos Concursos Regionais. A iniciativa, que já conta com duas décadas de existência, tem como objetivo promover o desenvolvimento de soluções empreendedoras inovadoras entre estudantes, docentes e investigadores do ensino politécnico público. Ao longo deste período, a iniciativa contribuiu para a apresentação de 1.700 projetos, a criação de cerca de 100 empresas e o registo de aproximadamente 100 patentes e marcas, envolvendo mais de 12.000 participantes nos Concursos locais, regionais e nacionais.

Nesta edição, o projeto MusclePen, uma caneta inovadora para autoadministração intramuscular de vitamina B12, desenvolvida por uma equipa da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, foi o grande vencedor. A inovação foi premiada com o Prémio Comendador Rui Nabeiro, no valor de 10 mil euros, destacando-se pela sua versatilidade e capacidade de promover a independência dos utentes na administração de vitamina B12, essencial para milhares de pessoas em Portugal que sofrem de défice desta vitamina devido a problemas de absorção intestinal.

Além deste projeto, outros dois também foram distinguidos. O segundo prémio foi atribuído ao projeto Braining, do Instituto Politécnico do Porto, que consiste numa plataforma que utiliza Realidade Virtual e Inteligência Artificial para acelerar a recuperação de pessoas que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC), permitindo tratamentos personalizados e ajustáveis às necessidades de cada paciente. O terceiro prémio foi concedido ao Microcicle, do Instituto Politécnico da Guarda, um patch anticoncepcional que oferece uma libertação controlada de duas hormonas com efeito prolongado até três meses, sendo uma solução prática e com menos efeitos colaterais que os métodos tradicionais, e que não requer a intervenção de um profissional de saúde.

O Poliempreende continua, assim, a ser uma referência no estímulo ao empreendedorismo, incentivando a criação de soluções que respondem a desafios concretos da sociedade e contribuindo para o desenvolvimento económico e social do País. No próximo ano, a 21.ª edição será organizada pela Universidade de Aveiro.

Mpox
Desde setembro de 2023, a República Democrática do Congo tem sido o epicentro de um surto de Mpox, que a Organização Mundial da...

A província do Kivu Sul, na República Democrática do Congo (RDCongo) tem enfrentado uma grave epidemia de Mpox, com 3.684 casos confirmados, segundo as autoridades sanitárias regionais. A missão de resposta rápida da Rede Internacional da Médicos do Mundo já formou e apoiou 20 profissionais de saúde, 65 trabalhadores comunitários e mais de 350 trabalhadores do sexo. Esta intervenção permitiu ainda sensibilizar 70 mil pessoas e reforçar a vigilância e a resposta médica à epidemia.

“Estamos muito preocupados, porque o vírus Mpox afeta primeiro as pessoas mais vulneráveis. Para salvar vidas, temos de atuar já, através da vacinação da população e do apoio aos sistemas de saúde. As nossas equipas vão intervir em sete principais regiões sanitárias, onde se concentram 86% dos casos. O nosso foco é a formação dos profissionais de saúde, o reforço da prevenção e do controlo das infeções, o apoio aos cuidados psicossociais e a sensibilização e vigilância das comunidades”, afirma Mamadou Kaba Barry, coordenador-geral da Médicos do Mundo na RDCongo.

A Rede Internacional da Médicos do Mundo já se encontra em seis das sete regiões sanitárias com maior número de casos, em colaboração com o Gabinete Central da Região Sanitária local. A organização vai ter como alvo e apoiar as regiões onde as autoridades locais já estabeleceram centros de tratamento de Mpox. Aí, a Rede Internacional da Médicos do Mundo vai trabalhar com as pessoas infetadas pelo vírus e com as comunidades mais expostas ao risco de Mpox.

Além da RDCongo, a Rede Internacional da Médicos do Mundo também está ativa nos países vizinhos, onde a epidemia está a ganhar escala, nomeadamente Camarões, Burkina Faso, Nigéria e República Centro-Africana. Nestes países, estamos em contacto com os Ministérios da Saúde e a realizar ações de sensibilização. No entanto, a emergência desencadeada pelo aparecimento de novos clados, associada à disponibilidade incerta e custo elevado da vacina, fazem da Mpox um verdadeiro desafio para os sistemas de saúde já fragilizados.

No continente africano, considerando todas as estirpes em conjunto, o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) registou um aumento de 160% nos casos de Mpox até ao final de julho, em comparação com 2023, ou seja, quase 19 mil casos e cerca de 700 mortes em 13 países africanos. Há, por isso, uma necessidade urgente de ação.

A Rede Internacional da Médicos do Mundo apela a que sejam tomadas todas as medidas necessárias, para garantir um acesso equitativo a testes de rastreio, cuidados de saúde e vacinas. Deve manter-se a prestação de cuidados saúde nas regiões isoladas e afetadas pela insegurança. As pessoas que se encontram mais afastadas das infraestruturas de saúde devem ser incluídas nas campanhas de vacinação. Ninguém deve ser excluído por razões de segurança, logísticas ou financeiras.

10 mil euros
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) conquistou o 1º prémio da 20ª edição do Concurso Nacional Poliempreende,...
O prémio, no valor de 10 mil euros, foi atribuído ao projeto MusclePen, um dispositivo tecnológico inovador em desenvolvimento, destinado a pessoas com necessidade de administração regular de medicação, bem como a cuidadores informais e a organizações de saúde.
 
O prémio é patrocinado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, pelo Banco Santander e pela Ordem dos Contabilistas Certificados.
 
A equipa vencedora (constituída pelas enfermeiras recém-diplomadas pela ESEnfC, Ana Gil e Inga Donici, e pelo professor José Hermínio Gomes) esteve em competição com mais duas dezenas de equipas dos institutos politécnicos do país, escolas superiores não integradas e escolas politécnicas das universidades que compõem a rede Poliempreende. E, pela primeira vez, com a participação de equipas de três escolas que lecionam Enfermagem: além da de Coimbra, também a do Porto e a de Aveiro (Escola Superior de Saúde).
 
Com este prémio monetário, a equipa vencedora do 20º Poliempreende vai continuar a desenvolver a respetiva ideia de negócio, que tem como objetivos «empoderar e tornar as pessoas mais independentes» relativamente à toma de medicamentos, «diminuindo o fluxo de utentes nos centros de saúde» e «dando mais oportunidades de acesso aos cuidados».
Ana Gil e Inga Donici afirmam que «o recente percurso no ensino superior lhes proporcionou competências únicas de empreendedorismo e inovação», cuja «valorização», segundo defendem, «tem de continuar a crescer, porque está a dar frutos».
 
Após conhecimento do resultado, no jantar de gala da final da 20ª edição do Concurso Nacional Poliempreende, no Hotel Savoy Palace, no Funchal, a equipa do projeto MusclePen estabeleceu, de imediato, contactos com potenciais investidores, perspetivando possíveis redes colaborativas.
 
Esta é a segunda vez que a ESEnfC obtém o 1º prémio do Concurso Nacional Poliempreende, depois de em 2016 (13ª edição) também o ter conseguido, então com um projeto relacionado com a prevenção de complicações associadas ao uso de cateteres venosos.
 
O Concurso Nacional Poliempreende visa promover o desenvolvimento de uma cultura empreendedora no seio das instituições de ensino superior politécnico e fomentar a criação de empresas baseadas no conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento regional.
Reflexão sobre o presente e futuro
Assumindo um papel cada vez mais importante na sociedade, os psicólogos do desporto e performance atuam frequentemente nos...

O que são os psicólogos do desporto e da performance, qual o seu papel e as oportunidades no mercado de trabalho são os temas que vão estar em debate já no dia 13 de setembro, das 12h30 às 13h30, numa mesa-redonda online, organizada pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, no âmbito da nova Pós-graduação em Psicologia do Desporto e Performance.

Quer seja a nível individual, em grupo ou organizacional, os psicólogos do desporto e da performance têm como objetivo geral melhorar o rendimento, o desenvolvimento pessoal e social, o bem-estar e as competências psicológicas relevantes para o sucesso dos intervenientes e dos contextos em que se inserem.

Numa conversa informal e descontraída, com oportunidades de interação com a audiência, Ana Bispo Ramires (Psicóloga do Desporto e Performance, Fundadora do Gabinete de Atuação em Psicologia & Performance) e Rui Gomes (Psicólogo e docente na Escola de Psicologia da Universidade do Minho) vão apresentar as suas perspetivas e reflexões sobre a atualidade do mercado de trabalho dos psicólogos a trabalhar em contextos de desporto e performance, debatendo os principais desafios e dificuldades que foram enfrentando ao longo do tempo, assim como as principais oportunidades de futuro que antecipam. Uma conversa moderada por Catarina Morais, docente e coordenadora da Pós-graduação em Psicologia do Desporto e Performance da Faculdade de Educação e Psicologia.

Esta Pós-Graduação, acreditada pela Ordem dos Psicólogos, conta com um corpo docente com uma vasta experiência de intervenção em contextos de Desporto e Performance, apresentando ainda, como elemento diferenciador, o investimento no desenvolvimento de competências de intervenção nos próprios psicólogos, através de uma metodologia que convida o formando ao seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional, permitindo-lhe potenciar a sua capacidade de tomada de decisão, critério e coerência na intervenção.

“A acreditação pela Ordem dos Psicólogos Portugueses representa um passo importante desta Pós-graduação que foi desenhada para desenvolver conhecimentos e competências específicas nos psicólogos, tornando-os mais capazes de realizar intervenção psicológica com os diferentes agentes destes contextos, como atletas, performers, treinadores, entre outros”, refere Catarina Morais, uma das coordenadoras da nova Pós-graduação em Psicologia do Desporto e da Performance e docente da Faculdade de Educação e Psicologia. Carlos Filipe Fernandes, psicólogo do Desporto e também coordenador da nova formação, explica que “os Psicólogos do Desporto e da Performance trabalham com o objetivo central de desenvolver de forma integral o indivíduo, procurando melhorar o seu rendimento, bem-estar e competências psicológicas que se apresentem como relevantes para a obtenção de sucesso no contexto desportivo e/ou de performance,” acrescentando que “estes contextos exigem dos psicólogos competências de intervenção específicas.”

Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) vai avaliar, com o apoio da GSK, a prevalência da Doença Pulmonar Obstrutiva...

Esta é uma doença pouco conhecida pelos portugueses. De acordo com um estudo feito pela SPP em 2022, mais de 70% dos portugueses nunca ouviram falar da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), apesar de esta ser a terceira causa de morte a nível mundial e a quinta em Portugal1.

António Morais, presidente da SPP, afirma que “esta parceria traduz uma necessidade de saúde pública: conhecer a realidade da DPOC em Portugal, uma vez que o último estudo deste género que foi feito no nosso país já tem cerca de uma década e incidiu apenas na região de Lisboa. Nestes 10 anos que passaram a população mudou, está mais envelhecida e de modo a tomarmos as devidas medidas de prevenção e tratamento, temos de conhecer melhor a nossa realidade. Adicionalmente, vai ser o primeiro estudo a nível mundial a incluir indivíduos acima dos 20 anos, englobando assim os mais recentes conceitos da DPOC” .

Neuza Teixeira, diretora médica da GSK Portugal, refere que “é com enorme satisfação que a GSK apoia a realização deste estudo, que é um projeto tanto ambicioso quanto necessário. O compromisso da GSK com a saúde respiratória é já conhecido e continuamos a tentar sempre ir mais além nesta área, quer na investigação que desenvolvemos, quer no apoio que damos a iniciativas de enorme valor científico e clínico, como é o caso deste estudo. Acreditamos que o impacto que terá no tratamento da DPOC em Portugal será, sem dúvida, transformador”.

A DPOC é uma doença progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões, dificultando a respiração. Os principais fatores de risco são o tabagismo e a exposição a poluentes atmosféricos, como o fumo do tabaco passivo e o pó industrial. Com uma prevalência estimada de cerca de 5,4% em Portugal e uma taxa de mortalidade significativa, a DPOC continua a ser uma ameaça silenciosa para a saúde pública1.

Com uma taxa de mortalidade de cerca de 8,7 por 100.000 habitantes, a DPOC é uma doença respiratória crónica que pode limitar a capacidade das pessoas para realizar atividades diárias normais. Aparece, em 90% dos casos, em fumadores e foi responsável por mais de 2.600 óbitos em Portugal em 20201.

 1https://www.sppneumologia.pt/noticias/sociedade-portuguesa-de-pneumologia-alerta-para-o-desconhecimento-da-dpoc-7-em-cada-10-portugueses-desconhece-terceira-causa-de-morte-mundial

 

 

Opinião
No dia 8 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Fisioterapia, circunstância que nos dá o pretexto

O papel da Fisioterapia está em constante evolução e crescimento, especialmente num mundo onde as necessidades de reabilitação estão a aumentar devido ao envelhecimento populacional e ao aumento das doenças crónicas do sistema do movimento. Hoje, a Fisioterapia contemporânea transcende as técnicas passivas, embora ainda relevantes em contextos específicos, e são cada vez mais complementadas ou até substituídas por abordagens ativas como o exercício clínico, a educação terapêutica e a promoção da autogestão dos doentes, que se mostram particularmente eficazes em condições crónicas, conforme demonstrado por robusta evidência científica. Cabe a todos os stakeholders desta nobre área dos cuidados de saúde incorporar a evidência científica emergente, garantindo que as práticas em reabilitação continuem a evoluir e a melhorar, tanto em termos de eficácia como na dignificação do trabalho dos profissionais.

A grande rede capilar em Portugal das clínicas de MFR tem-se esforçado por fazer este caminho, atualizando práticas clínicas e organizacionais, fruto da evolução científica, do aumento da procura, da consolidação empresarial do setor, mas também fruto do número crescente de profissionais superiores de saúde da área da reabilitação, nomeadamente Fisioterapeutas, articulados com outros profissionais de saúde neste contexto de Medicina Física e Reabilitação.

Apesar dos esforços do setor, reconhece-se que o ritmo de atualização e diferenciação de serviços poderia ser maior, porém, este caminho não pode ser trilhado apenas pelas clínicas de MFR. O Estado também tem de fazer a sua parte, revendo em alta as políticas de financiamento do setor convencionado com o SNS, assim como da rede ADSE/SADs – os grandes financiadores destes cuidados de saúde –, bem como também as seguradoras, de forma a permitir a captação e retenção de talento diferenciado e especializado e, por consequência, melhorar o serviço às populações que procuram serviços de reabilitação de proximidade. O retorno deste investimento na saúde da população é incomensuravelmente superior ao custo.

Nas clínicas de MFR, a colaboração integrada entre Fisioterapeutas, Médicos Fisiatras e restantes profissionais é um exemplo claro de como a multidisciplinaridade pode potenciar os resultados em saúde. O Médico Fisiatra, como coordenador clínico da equipa de MFR, define o diagnóstico médico e os objetivos gerais do processo de reabilitação, baseando-se numa visão médica integrada das necessidades do doente. Neste contexto, o Fisioterapeuta, em colaboração próxima com os restantes profissionais, realiza a sua avaliação especializada e implementa o processo em Fisioterapia que, no âmbito da sua expertise, são essenciais para a reabilitação do doente.

Este trabalho em equipa multidisciplinar, que reconhece, respeita e valoriza igualmente a autonomia e especialização de cada profissional, permite que os cuidados prestados sejam mais eficientes. Além disso, esta colaboração estreita entre os Fisioterapeutas e os outros membros da equipa de reabilitação, especialmente do Médico Fisiatra, Terapeuta Ocupacional e Terapeuta da Fala, fortalece a confiança mútua e promove uma abordagem integrada e centrada na pessoa.

Neste Dia Mundial da Fisioterapia, a APMFR junta-se a tantas outras entidades, em Portugal e noutros lugares, para celebrar o papel inestimável da Fisioterapia e dos Fisioterapeutas, que, com o seu trabalho e dedicação, transformam vidas e promovem a saúde neste setor tão fundamental da Reabilitação. Saiba mais sobre a APMFR em www.apmfr.pt.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
A propósito do Dia Internacional das Lesões na Coluna Vertebral, que se assinala a 5 de setembro, um novo estudo revela que, a...

Desenvolvido na Escola de Medicina da Universidade do Minho e coordenado pelo Professor Rui Duarte, médico ortopedista e coordenador da campanha ‘Olhe pelas suas costas’, o estudo ‘Epidemiology of traumatic spinal cord injury in Portugal’ foi desenvolvido pela Escola de Medicina da Universidade do Minho e analisou dados de hospitais públicos portugueses, entre agosto de 2020 e julho de 2023, identificando 679 novos casos de LTVM neste período.

O estudo identifica as quedas (60,1%) e os acidentes de viação (24,9%) como as principais causas de lesões traumáticas vertebro medulares. A população idosa tem um risco acrescido, sendo as quedas a principal causa de tetraplegia neste grupo.

A investigação demonstrou ainda uma taxa de mortalidade hospitalar de 15,2% associada às LTVM, um valor superior às médias europeias. A idade avançada e a gravidade da lesão neurológica foram identificadas como fatores de risco cruciais para a mortalidade dos doentes.

Em termos de características demográficas, o estudo encontrou uma diferença na distribuição por idade e sexo, revelando que a maioria dos doentes afetados eram homens (74,7%), principalmente mais jovens. Já no género feminino, as mulheres mais velhas eram as mais afetadas. 

Rui Duarte, orientador do estudo e coordenador da campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’, considera que: “Estes resultados demonstram, sem dúvida, a necessidade urgente de implementar medidas eficazes de prevenção destas lesões, especialmente na população idosa. Aumentar a consciencialização para a importância de cuidar da nossa coluna e ter atenção aos perigos que podem resultar de várias atividades do nosso dia a dia é fundamental. Temos percorrido este caminho através de várias iniciativas realizadas no âmbito da campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’ e pretendemos continuar a fazê-lo.”

A sensibilização para os riscos de quedas, adaptação de espaços públicos e habitações, e a promoção da atividade física são pontos chave para reverter este cenário, mas importa ainda melhorar os cuidados de saúde nesta área. “Investir em centros especializados no tratamento de LTVM, detentores de tecnologias médicas avançadas, com equipas multidisciplinares, deve também fazer parte do plano para garantirmos o acesso dos doentes aos cuidados de saúde que necessitam”, acrescenta o coordenador da campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’.

Evento desportivo
Nos próximos dias 7 e 8 de setembro, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai realizar um rastreio a...

“A diabetes tipo 1 é um inimigo silencioso que quando entra na vida das crianças e dos jovens, rouba-lhes a despreocupação típica destas idades e representa uma grande sobrecarga para pais e cuidadores. Muitas vezes, quando o diagnóstico é feito, é já demasiado tarde, sendo necessário lidar com as complicações de uma doença já descompensada.”, alerta João Filipe Raposo, Diretor Clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), rematando: “O diagnóstico precoce e a avaliação do risco são as melhores armas para mudar o paradigma da gestão da DT1.”

“É com grande satisfação que anunciamos a nossa parceria com a APDP para o evento Vitalsport 2024. A prática regular de desporto é fundamental para a saúde. Através desta parceria, no decorrer do Vitalsport Amadora, incentivamos a adoção de um estilo de vida mais saudável, combinando assim no mesmo evento a atividade física com a deteção precoce de condições de saúde. Juntos, queremos construir uma geração mais saudável e consciente dos benefícios do desporto!”, afirma Roberto Almeida, Diretor de Loja Decathlon Amadora.

A DT1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina. Pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder fabricar. A causa deste tipo de diabetes não é, ainda, plenamente conhecida, mas sabe-se que existe uma predisposição genética e não está diretamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação menos corretos.   

O projeto europeu EDENT1FI resulta de um consórcio composto por 28 parceiros de 10 países, com a missão comum de identificar a DT1 na sua fase pré-clínica em crianças e jovens.

Em Portugal, calcula-se que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, 5.000 das quais serão crianças e jovens. 

Qual o momento certo para iniciar?
Nos últimos anos tem crescido significativamente o interesse da comunidade científica em compreender

Sabemos que “se o exercício pudesse ser colocado num comprimido, seria, de longe, o medicamento mais prescrito e benéfico” - o que reforça a sua importância na prevenção da doença, através da promoção da saúde e bem-estar, mas também no tratamento de condições já existentes.

As doenças do movimento, como a Doença de Parkinson, os Parkinsonismos atípicos e a Esclerose Múltipla, bem como as demências, como a Doença de Alzheimer, têm um impacto profundo na qualidade de vida dos doentes e dos cuidadores.

Neste contexto, a intervenção da fisioterapia é baseada em exercício e demonstra ser crucial no controlo dos sintomas destas patologias, desde o momento do diagnóstico e ao longo do decurso da doença.

Qual o momento certo para iniciar?

A fisioterapia, integrada numa colaboração interdisciplinar, deve ser iniciada o mais cedo possível - mesmo quando os sintomas são ligeiros. Assim, permite o aumento da eficácia no ensino da autogestão da doença, promove a adesão a longo prazo e incentiva o compromisso com o exercício. Em estados mais avançados da doença, a abordagem deve ser ajustada para aumentar a especificidade, de acordo com a evolução dos sintomas.

A prescrição da fisioterapia tem como objetivo melhorar as capacidades motoras e a participação social das pessoas. O tipo de exercício a realizar pode ser abrangente, desde que seja desafiante e motivador para quem o pratica. Intervenções específicas, como o treino de marcha, treino de equilíbrio, e de capacidade física, são implementadas com o objetivo de maximizar a funcionalidade e a qualidade de vida.

Em suma, a abordagem centrada no movimento, aliada a um conhecimento abrangente da pessoa, contribui significativamente para a manutenção da autonomia, para a melhoria da qualidade de vida e para o controlo da progressão destas doenças. Investir precocemente em rotinas de exercício e de reabilitação é essencial para enfrentar os desafios impostos pelo processo neurodegenerativo.Sabemos que “se o exercício pudesse ser colocado num comprimido, seria, de longe, o medicamento mais prescrito e benéfico” - o que reforça a sua importância na prevenção da doença, através da promoção da saúde e bem-estar, mas também no tratamento de condições já existentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Oman International Hospital
Quatro recém-diplomados, dos cursos de Ciências Biomédicas Laboratoriais (CBL), Dietética e Nutrição (DN), Imagem Médica e...

O acordo estabelecido entre a ESTeSC-IPC e o IGHS, em fevereiro de 2023, tem vindo a proporcionar aos diplomados da ESTeSC oportunidades únicas e de sucesso. Ao longo dos próximos três meses, Ana Pinheiro (DN), Ana Catarina Vitorino (SA), Frederico Simões (IMR) e Salvador Mota (CBL) terão a oportunidade de vivenciar uma experiência profissional, em contexto real de trabalho, num hospital equipado com a mais moderna tecnologia. Viajam com uma bolsa atribuída pelo programa Erasmus+, para diplomados, e contam com o apoio local do Oman International Hospital.

Para o Presidente da ESTeSC-IPC, esta continua a ser uma “oportunidade única e com um enorme potencial” para que os diplomados da ESTeSC-IPC desenvolvam as competências adquiridas durante a licenciatura, criando oportunidades de networking, numa “unidade de saúde de excelência, quer ao nível de recursos tecnológicos, quer ao nível de recursos humanos”. Graciano Paulo salienta, ainda, a importância deste protocolo para a escola, sobretudo pelas experiências que irá permitir aos nossos diplomados, agora com a responsabilidade acrescida de serem os “embaixadores de uma escola de referência”.

Os recém-diplomados da ESTeSC-IPC, consideram que a realização deste estágio, e a parceria entre a Escola e o IGHS, ajudou a concretizar um sonho, criando novas perspetivas profissionais e pessoais. “Esta oportunidade, proporcionada pela ESTeSC, vai permitir-me vivenciar uma experiência única, tanto a nível profissional, quanto pessoal”, afirma Ana Catarina Vitorino, diplomada em Saúde Ambiental, assumindo que se sente “preparada para estar inserida num ambiente multidisciplinar”.

Ana Pinheiro, diplomada em Dietética e Nutrição, considera que o estágio lhe proporcionará a possibilidade de “obter uma visão enriquecedora sobre os cuidados de saúde e a nutrição em Omã”. Já Salvador Mota, diplomado em Ciências Biomédicas Laboratoriais, deixa algumas expetativas em aberto para o futuro, declarando estar “a contar que seja uma experiência rica que me irá impulsionar para um futuro melhor”.

Para Frederico Simões, diplomado em Imagem Médica e Radioterapia, o estágio em Omã significa o “início de uma etapa pós-licenciatura” onde as suas capacidades vão ser desafiadas e os conhecimentos colocados à prova, naquele que diz ser o “início do meu caminho profissional internacional”.

A promoção, e o acolhimento, destes estágios reforça a ligação entre a ESTeSC-IPC e o IGHS, e reitera o reconhecimento de ambas as instituições como instituições de referência e excelência nas áreas do ensino e da saúde.

Estudo
Dos inquiridos no estudo que colaboraram com três das maiores consultoras em processos de transformação, 87% consideram que o...

A Emergn, empresa global de serviços digitais, acaba de divulgar os resultados do estudo “Transformation Fatigue”, que revela preocupantes sinais de desgaste entre os trabalhadores em resposta a mudanças organizacionais frequentes e mal geridas. A pesquisa, que abrangeu líderes e gestores de empresas de grande dimensão, destaca que 50% dos trabalhadores consideraram abandonar os seus empregos devido à fadiga provocada por transformações contínuas.

O estudo também revela que 60% dos funcionários relataram sentir burnout como resultado dessas mudanças sucessivas, e 58% confessam sentir desânimo e resignação sempre que uma nova transformação é anunciada. Como principais causas desta fadiga, o estudo “Transformation Fatigue” destaca a liderança desconectada, a comunicação deficiente e a falta de programas de aprendizagem eficazes. Metade dos inquiridos aponta as falhas de liderança, especialmente a distância das chefias em relação às preocupações da equipa, como um dos principais fatores para o insucesso das transformações.

Adicionalmente, 25% dos colaboradores referem-se à falta de clareza na comunicação dos objetivos como uma preocupação significativa, sentindo-se mal informados sobre as razões que justificam as mudanças implementadas.

Apesar dos desafios identificados, 70% dos trabalhadores reconhecem a importância das transformações bem-sucedidas para manter a competitividade no mercado. Para Alex Adamopoulos, CEO da Emergn, "muitas organizações reconhecem que as transformações, quando bem executadas, são cruciais para se manterem competitivas. No entanto, as iniciativas de transformação precisam de impulso, clareza na mensagem e programas de aprendizagem que mantenham os colaboradores focados em valor e nos resultados. Os líderes têm de conseguir provar porque as empresas devem dar o próximo passo.”

Outro ponto crítico identificado pelo estudo é a insatisfação com as grandes consultoras de transformação. Entre os 51% dos inquiridos que trabalharam com três das maiores consultoras globais, 87% relataram que essas empresas tiveram um impacto negativo ou nulo nas suas organizações. Apenas 13% consideraram que as consultoras foram uma ajuda positiva.

De volta à rotina
Setembro traz geralmente consigo o fim das férias de verão, o regresso às aulas e às rotinas de trab

Ter uma alimentação rica em nutrientes, beber bastante água, praticar exercício físico e ter uma rotina de sono consistente, são hábitos muito importantes para o nosso bem-estar e para regular os níveis de energia.

Mas estes bons hábitos podem não ser suficientes e por vezes precisamos de um apoio extra para repor os nossos níveis de energia. Há determinadas vitaminas e sais minerais que têm um papel fundamental no metabolismo da energia, como por exemplo as vitaminas do complexo B, que são conhecidas por ajudar na produção de energia e melhorar a função cerebral, sendo ideais para quem precisa de manter o foco durante o dia. Saiba quais os nutrientes que são fundamentais para reforçar a energia e vitalidade:

  • O Zinco: é um mineral que entra em mais de 300 processos metabólicos no nosso corpo, ou seja, é essencial para a manutenção dos nossos níveis de energia e de disposição. Para que este mineral não nos falte, não nos podemos esquecer de ingerir alimentos como iogurtes e o grão de bico.
  • O Magnésio: amêndoas, espinafres e abacates, o que é que têm em comum? São três alimentos ricos em magnésio, um mineral que está presente em reações biológicas desde os nossos músculos até ao cérebro. O magnésio permite que o corpo produza energia, enfrente as adversidades de uma vida acelerada e se mantenha saudável.
  • Vitaminas do complexo B: são conhecidas pela sua função de restabelecer e aumentar a energia. Temos de ter atenção a estas vitaminas, dado que o nosso organismo não tem a capacidade de as produzir e elas são essenciais para que o nosso corpo transforme os alimentos que ingerimos em energia. A vitamina B6, por exemplo, vai auxiliar na redução do cansaço e na manutenção do bem-estar físico. Pode encontrá-la na carne, no arroz e até em sementes de girassol. Por outro lado, numa vida acelerada convém ter o nosso sistema nervoso a funcionar corretamente e, para isso, temos as vitaminas B3 e B12, que ajudam no bom funcionamento do mesmo. Para ter a certeza que estas vitaminas estão presentes podemos optar por alimentos como o marisco, salmão, leite e amendoins.
  • Vitaminas Antioxidantes: na nossa rotina diária estamos expostos a agentes agressores que vão prejudicar o funcionamento do nosso organismo. Desta forma, torna-se importante ter uma alimentação que forneça antioxidantes para reforçar o combate face a estes agentes e reparar os danos que estes possam causar. As Vitaminas E, A e C, presentes em sementes, citrinos, morangos, batata-doce ou até na gema do ovo, vão ajudá-lo a reforçar a sua imunidade e a manter o seu ritmo.
  • Coenzima Q10: é uma substância, semelhante às vitaminas, importante e necessária para o funcionamento de muitos órgãos e reações químicas no organismo. Fornece energia às células e tem atividade antioxidante, estando presente em pequenas quantidades em carnes e peixes.
  • O Ferro: é responsável por manter o oxigénio a circular no nosso corpo, pelo que a falta deste mineral vai afetar negativamente o desempenho no trabalho e pode prejudicar as nossas capacidades cognitivas. Ostras, lentilhas e carne bovina são alguns alimentos onde podemos ir buscar este elemento essencial para o nosso organismo.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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