Tecnologia utiliza ultrassons de alta frequência
Uma equipa de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a...

O novo tratamento será lançado já no próximo dia 21 de setembro nos corners de beleza Be.U, no Oeiras Parque, em Lisboa.

«Esta tecnologia baseia-se em ultrassons de alta frequência que destabilizam momentaneamente a epiderme, facilitando a criação de canais para a difusão de dermocosméticos capazes de preencher, hidratar e reduzir as irregularidades da pele associadas ao processo de envelhecimento», revelam Carlos Serpa e Gonçalo de Sá, investigadores do Centro de Química de Coimbra (CQC) e inventores da tecnologia.

De acordo com os cientistas, «este grande avanço tecnológico permite a realização de tratamentos não invasivos, eficazes e indolores com ácido hialurónico não injetável para a substituição da antiquada rotina de cuidados de pele, através de profissionais de estética que prometem revolucionar a aparência e manutenção dos padrões de beleza desejados». O lançamento da tecnologia nos corners de beleza Be.U permitirá a democratização dos tratamentos de hidratação e rejuvenescimento, a preços competitivos, o que até ao momento era incomportável.

Portanto, a incorporação cutânea eficaz e não invasiva do ácido hialurónico na epiderme permite hidratar, reduzir rugas finas e rídulas, aumentar substancialmente a qualidade da pele e lutar contra os efeitos visíveis do envelhecimento cutâneo. O tratamento base de hidratação e rejuvenescimento atua, entre outros, no preenchimento de pequenas rugas da epiderme, na melhoria da hidratação, elasticidade e flacidez (ligeira e moderada) da pele.

«Quando um laser de nanossegundos é absorvido por certos materiais, ocorre uma conversão muito eficiente de luz numa onda de pressão de elevado impulso (ultrassom). Estes ultrassons de alta frequência permeabilizarão transitoriamente a pele, facilitando a entrega epidérmica de cosméticos», explicam os especialistas.

As pressões geradas em função do tempo dos ultrassons de alta frequência são determinadas pela largura de pulso do laser (=10 ns). Larguras de pulso baixas correspondem a bandas de frequências elevadas de ultrassons, o que permite produzir ultrassons que se estendem até aos MHz de frequência.

Deste modo, «o comprimento de onda dos nossos ultrassons assemelha-se ao comprimento da camada córnea (barreira de 15 µm), o que induz variações de pressão internas que levam ao desarranjo momentâneo da estrutura da pele, o que facilita a difusão de cosméticos», concluem.

Este mecanismo desenhado, agora, especificamente para tratamentos estéticos com ácido hialurónico está patenteado pela UC, pelos inventores Luís Arnaut e Carlos Serpa, professores do Departamento de Química da FCTUC, e por Gonçalo de Sá, investigador do CQC.

Alerta Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses após visita ao IPO de Coimbra
O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Francisco Miranda Rodrigues, alerta para a necessidade de todas as unidades...

“O que acontece é que nalguns serviços de saúde os psicólogos especialistas já foram reconhecidos como técnicos superiores, como é determinado pela legislação, mas noutros isso ainda não aconteceu por razões de carácter administrativo que são difíceis de compreender”, explicou o Bastonário, depois de uma visita ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra.

“É injusto e ilegal que os psicólogos especialistas de determinadas Unidades de Saúde não estejam a ser reconhecidos como técnicos superiores de saúde como manda a legislação e como já começou a ser aplicado em várias Unidades de Saúde por todo o país”, considera Francisco Miranda Rodrigues. “Isto cria desigualdades pelo país além da situação já muito injusta vivida por estes profissionais que esperam há muitos anos pelo reconhecimento da sua experiência e especialidade”, acrescenta.

No IPO de Coimbra, Francisco Miranda Rodrigues apelou a que sejam ultrapassados estes constrangimentos. O Bastonário tomou ainda conhecimento da situação vivida no IPO onde em 2018 existia apenas um psicólogo e atualmente trabalham três e espera-se que este número aumente para quatro em outubro. “O reforço dos psicólogos neste serviço é positivo como é positivo o reconhecimento feito pela administração do trabalho dos psicólogos neste contexto e da necessidade de se reforçar ainda mais o número de psicólogos no IPO”, elogiou o Bastonário.

Para apoiar a ampliação e requalificação da Casa do Alecrim
“A Esperança Mora aqui” é o mote da campanha de recolha de fundos que a Alzheimer Portugal acaba de lançar com o objetivo de...

O projeto de ampliação e requalificação da Casa do Alecrim procura dar uma maior resposta ao número crescente de Pessoas que vivem com Demência e às suas famílias e cuidadores, e permitirá expandir a Estrutura Residencial, duplicando a atual capacidade de 36 vagas para 73, e aumentar o serviço de Apoio Domiciliário para acompanhar mais 20 pessoas, além das atuais 50. Para concretizar o projeto será necessário aumentar a sua equipa com 48 novos colaboradores no sentido de ajudar 137 Pessoas que vivem com Demência e apoiar os respetivos cuidadores informais (considerando 5 anos de operação).

Deste projeto faz ainda parte a criação de uma Academia para qualificar profissionais, no sentido de melhorar os seus conhecimentos e desenvolver as suas competências para prestarem cuidados de excelência às Pessoas que vivem com Demência e às suas famílias.

A Casa do Alecrim abriu as suas portas em 2012. Atualmente, conta com três valências: uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, um Centro de Dia e um Serviço de Apoio Domiciliário especificamente desenhadas para acompanhar e prestar cuidados a Pessoas com Demência, atendendo às suas características, sintomatologia, necessidades e preferências dos utentes.

“A demência é uma problemática com crescente peso e impacto tanto a nível social como de saúde pública. Com o envelhecimento da população, continuará a aumentar o número de Pessoas que vivem com Doença de Alzheimer e outras Demências. Por isso, é cada vez mais necessário e urgente criar respostas adequadas e qualificadas. As unidades residenciais desenhadas para acolher especificamente Pessoas que vivem com Demência, tanto a nível estrutural como de recursos humanos, têm requisitos que tornam os custos mais elevados do que comparativamente com as residências indiferenciadas para pessoas idosas que tipicamente são desenvolvidas. O projeto que estamos a desenvolver é para nós um grande desafio, o montante a cargo da Alzheimer Portugal é muito significativo, representando 56% do total dos custos. Por isso apelamos à generosidade de todos os que se possam juntar a nós e contribuir com o seu donativo para tornar este desígnio uma realidade”, reforça Rosário Zincke, presidente da Direção Nacional da Alzheimer Portugal.

 
Dia 19 de setembro
Durante muito tempo, a saúde da mulher foi negligenciada pela ciência, sendo raros os ensaios clínicos em que foram envolvidas...

Marcado para o dia 19 de setembro, entre as 09h00 e as 17h00, o evento junta especialistas em saúde materna e obstetrícia num formato exclusivamente online, com um programa focado nas “Competências Específicas do EESMO/Parteira no Apoio à Saúde da Mulher durante o Parto, o Puerpério, a Amamentação e a Menopausa”. No ano anterior, o evento contou com 617 inscrições de profissionais de saúde das áreas de Obstetrícia, Ginecologia e Pediatria.

Durante a manhã, vão ser apresentadas as Midwfery Skills focadas na promoção do parto normal em situações de trabalho de parto prolongado. Serão discutidos critérios de diagnóstico de distócia dinâmica de trabalho de parto e aspetos fundamentais para a atuação eficaz das parteiras nestas situações, promovendo o parto normal e experiências positivas de parto.

Nesta palestra, serão também abordados aspetos base da biomecânica e da psico-neuro-endócrino-imunologia relacionados com o trabalho de parto. Serão apresentadas técnicas específicas a aplicar em diferentes contextos clínicos (incluindo técnicas do método “Spinning Babies”), como estratégias de (re)posicionamento fetal e a criação de mais espaço para o bebé e conforto para a mulher. Por fim, serão também explorados diferentes protocolos de atuação em caso de distocia de ombros.

A amamentação é outro tópico em destaque durante a manhã, aprofundando estratégias de atuação da parteira no caso de mastite, fissuras no peito e dor, no sentido de promover a integridade da mama e a amamentação efetiva e positiva.

A Crioestaminal também vai marcar presença para partilhar as mais recentes descobertas sobre as terapias e produção de medicamentos com células estaminais do Cordão Umbilical colhidas no momento do parto.

Após uma pausa para almoço, seguem-se palestras sobre o processo de cicatrização do períneo em caso de lesão intraparto e sobre a transição saudável e equilíbrio para a menopausa.

O painel de oradores é composto por Maria da Conceição Santa-Martha e Isabel Ferreira, enfermeiras especialistas em saúde materna e obstétrica; Francisco dos Santos, Diretor de Terapias Celulares da Crioestaminal; e Carina Pais, Gestora de Clientes e Patient Navigator da Crioestaminal.

 
Novo líder da operação em Portugal defende liderança participativa e colaboração
Mario Ferrari foi nomeado diretor-geral da MSD Portugal. Com mais de 20 anos de experiência na indústria farmacêutica, dedicou...

“É um privilégio e uma grande responsabilidade assumir a liderança da MSD Portugal. Sei que me junto a uma equipa focada na nossa missão para com os doentes, os profissionais e as autoridades de saúde, princípio primordial da nossa atividade”, afirma Mario Ferrari.

Relativamente aos desafios que vai enfrentar na sua jornada à frente da MSD Portugal, Mario Ferrari está focado em contribuir para que “a MSD continue a expandir o acesso às melhores terapêuticas e vacinas e a colaborar com associações de doentes, profissionais de saúde e o Sistema de Saúde em Portugal. A nossa liderança em inovação não se resume aos nossos produtos e investigação. Destacamo-nos em inovação digital e no trabalho que desenvolvemos em conjunto com os diferentes interlocutores em saúde. Esse é um caminho que pretendo impulsionar com a equipa”.

E não esquece quem está no centro de toda a operação: “Liderei muitos projetos de mudança de modelo de negócio, novas metodologias e transformações culturais. Mas é com as pessoas, com a sua diversidade, o seu talento e a sua capacidade de adaptação que mais tenho aprendido. Estou, por isso, focado em contribuir para que a MSD Portugal continue a investir no ecossistema de inovação nacional e na atração de novos talentos, valorizando todos os que têm contribuído, para que sejamos um parceiro do Serviço Nacional de Saúde e um player destacado na economia nacional.” 

Ao longo da sua carreira, Mario Ferrari ocupou diferentes cargos nas áreas de marketing, estratégia e operações comerciais, desempenhando um papel direto na definição do modelo operacional da MSD Brasil.

“Iniciei o meu percurso na MSD com responsabilidades comerciais de marketing e vendas no Brasil. Tive a felicidade de integrar equipas diversas também na Região da América Latina e Global, nos Estados Unidos. Nove anos depois, tenho a oportunidade de conhecer uma nova cultura e de continuar o trabalho de excelência que a subsidiária portuguesa já desenvolve. Estou muito entusiasmado por colaborar com uma equipa jovem e dinâmica, que investe muito nos projetos de diversidade e inclusão e que deixa a sua marca junto de todos os stakeholders com os quais interage”, refere.

O novo líder da MSD Portugal sucede a Vitor Virgínia, que assume novas responsabilidades na estrutura da Mid Europe Region, como Commercial Engagement and Partnerships Lead.

Com um portefólio robusto, a empresa lidera no tratamento do cancro e na saúde preventiva através das suas vacinas. Nos últimos anos, foram muitas as distinções e conquistas importantes para os doentes, que refletem o empenho e o sentido de missão de todos os colaboradores, bem como o forte investimento em investigação e inovação terapêutica da MSD.

 
Inscrições já estão abertas
A Roche vai realizar a conferência "Cancro: o presente e o futuro da deteção precoce", no próximo dia 1 de outubro,...

O evento, que tem como objetivo debater a importância do rastreio oncológico e a deteção precoce do cancro, vai ter como ponto de partida a apresentação dos resultados do estudo “Perceções dos portugueses sobre o cancro e deteção precoce", realizado em parceria com a GFK/Metris. O foco do estudo é aferir o conhecimento da população sobre o rastreio e a deteção precoce no cancro e a relevância que lhe atribuem, bem como a identificação dos desafios inerentes a dois tipos de cancro: cólon e reto e pulmão.

O evento conta ainda com dois painéis de discussão, um focado no rastreio do cancro do cólon e reto, onde se pretende avaliar os eventuais constrangimentos que resultam numa baixa cobertura populacional e fraca taxa de adesão, bem como olhar para o futuro e pensar como será possível melhorar estes parâmetros, e outro que irá abordar a deteção precoce do cancro do pulmão, onde os especialistas vão discutir a importância e urgência da implementação de um rastreio organizado no Serviço Nacional de Saúde e o respetivo impacto.

Para debater e/ou comentar estes temas, a iniciativa conta com um painel de especialistas de renome, como Rui Medeiros, presidente da European Association of Cancer Leagues; Vítor Neves, presidente da Europacolon; João Macedo, presidente do Centro de Oncologia dos Açores; Marília Cravo, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia; Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale; Ricardo Baptista Leite, CEO da Health AI; Alexandre Lourenço, presidente da ULS de Coimbra; e Nuno Sousa, membro da Direção do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas.

 
Manual fundamenta os benefícios dos videojogos na educação
A AEPDV - Associação de Empresas Produtoras e Distribuidoras de Videojogos - , lançou o manual prático “Games in Schools”, que...

Este manual, lançado primeiramente pela Video Games Europe (VGE), Associação Europeia de Produtores de Videojogos, aborda temas-chave como o porquê de utilizar os videojogos para fins educativos, bem como cenários pedagógicos sobre quando e como utilizar os videojogos. Além disso, aborda outros temas tais como a utilização de videojogos na aprendizagem, baseada em projetos temáticos, e a utilização de jogos para desenvolver a literacia e habilitações holísticas, como competências cognitivas, sociais, emocionais e criativas. O manual também destaca a forma como os videojogos podem apoiar a educação inclusiva.

“A gamificação do ensino é uma metodologia pedagógica que insere os videojogos no plano de estudos das crianças e jovens. Esta prática torna as aulas especialmente interativas e dinâmicas, contribuindo para um ambiente educacional mais rico. Este manual, largamente fundamentado em diversos estudos, resume os benefícios dos videojogos na educação, elimina alguns mitos e traça possíveis planos de aulas” afirma Tiago Sousa, Diretor Geral da AEPDV, uma das 14 associações locais que são membros da VGE.

Este documento integra um projeto mais abrangente, resultado da parceria da VGE com 34 Ministérios da Educação, em toda a Europa, e que já está a treinar professores e educadores sobre como usar videojogos comerciais para aprimorar o ambiente de ensino. O projeto também apoia o desenvolvimento de competências digitais, impulsiona a alfabetização digital e ajuda a preencher a lacuna de habilidades digitais na Europa.

O manual contém mais de 30 páginas de exercícios práticos sugeridos, recorrendo a jogos conhecidos como Minecraft; The Sims; versões online de jogos como Soduku ou ainda através de videojogos concebidos especialmente para a área da educação.

 
Unidade já iniciou funções
A nova Unidade de Ensaios Clínicos de Iniciativa do Investigador (CTU), criada pelo Centro Clínico e Académico de Coimbra (CACC...

“A constituição de uma CTU, que entrou em funções plenas no dia 1 de setembro, insere-se numa estratégia mais ampla e ambiciosa que pretende dotar o CACC com as condições e meios que permitam acelerar a aplicação de novas descobertas aos doentes”, explica João Sargento Freitas, médico neurologista da ULS de Coimbra, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e Coordenador da nova Unidade de Ensaios Clínicos de Iniciativa do Investigador.

“Os ensaios clínicos de iniciativa do investigador/académicos constituem o último passo na investigação clínica e um claro objetivo nacional e europeu para os próximos anos, com vista a aumentar a oferta e a eficácia terapêutica usada no combate às doenças. Estes ensaios clínicos permitem responder a perguntas clínicas pragmáticas, com potencial de alterar a prática habitual, nomeadamente com a introdução de novas abordagens para tratamento e diagnóstico que beneficiam os doentes, explica João Sargento Freitas, acrescentando que “estes ensaios são também o último passo na passagem da investigação desenvolvida em laboratório, recorrendo a modelos celulares e animais, para a prática clínica. Contudo, têm inerentemente muito maior complexidade e diversas especificidades às quais as estruturas institucionais clássicas não respondem”.

A CTU-CACC - uma estrutura essencial para a afirmação da investigação clínica e biomédica em Coimbra, permitindo potenciar novas descobertas em prol dos doentes - terá investigadores, bioestatistas e gestores de projeto em dedicação exclusiva, capazes de apoiar os investigadores em todas as fases do processo de investigação. “Com a CTU cumpre-se um desejo antigo da instituição. Estamos certos de que irá proporcionar um salto qualitativo para a investigação clínica na ULS de Coimbra, Universidade de Coimbra e instituições parceiras”, frisa Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra, deixando o desafio: “contamos agora com todos os investigadores da ULS de Coimbra e da UC para, em conjunto, podermos dar este passo na nossa afirmação institucional como líderes na investigação”.

Também Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da FMUC, frisa que “uma das poucas insuficiências que a comissão externa internacional de avaliação do CACC apontou à nossa atividade é o facto de termos poucos ensaios clínicos de iniciativa do investigador. Isto não é, de todo, um problema exclusivo de Coimbra, é um problema transversal a todos os centros em Portugal, mas tendo nós uma atividade de investigação clínica tão forte e sustentada, é uma satisfação ver nascer agora esta iniciativa que permitirá colmatar essa lacuna, na ULS de Coimbra e no Centro Académico, e dar ainda mais robustez às iniciativas do investigador”. Para o especialista “as iniciativas conjuntas entre a estrutura hospitalar e a universitária só vêm tornar mais sólida a atividade médica e o CTU será, certamente, uma fonte de inovação e bons resultados”.

O número de ensaios clínicos com promotor da indústria ativos na ULS de Coimbra é relativamente estável e em dezembro de 2023 havia cerca de uma centena de ensaios em curso. Relativamente aos estudos sem intervenção, houve 256 novos estudos em 2023.

 
Com projeto de sustentabilidade hídrica
A CUF recebeu uma Menção Honrosa na 9.ª edição dos International Hospital Federation Awards, realizada durante o 47.º Congresso...

O projeto otimiza a utilização de água em processos de esterilização, conhecidos pelo elevado consumo deste recurso, sendo composto por três fases: reutilização da água no processo de osmose, otimização dos ciclos de lavagem e reutilização na fase de desinfeção térmica para pré-lavagem.

Este projeto, com monitorização regular por laboratórios certificados, permitiu uma poupança de 145.000 litros de água por mês e uma redução do consumo deste recurso em cerca de 15%. Na prática, isto significa que, com este projeto, a Central de Esterilização da CUF poupa o equivalente a perto de 100.000 garrafas de água de 1,5L mensalmente. 

Os International Hospital Federation Awards, promovidos pela International Hospital Federation (IHF), são reconhecidos como um dos mais prestigiados prémios no setor da saúde. Estes prémios destacam a inovação de hospitais e organizações em projetos que pretendem melhorar a prestação de cuidados de saúde, promovendo também as boas práticas e a partilha de conhecimento a nível internacional. O processo de avaliação é conduzido com rigor por um comité composto por 44 líderes e executivos seniores do setor mundial da saúde.

Reconhecido na categoria "Ashikaga-Nikken Excellence Award for Low-Carbon Healthcare", o projeto "Centro de Esterilização Hospitalar - um novo paradigma de sustentabilidade hídrica" concorreu com hospitais da Índia, Quénia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Costa Rica e Bélgica. 

A implementação deste projeto aumentou a eficiência hídrica do Centro de Esterilização e contribuiu para reduzir a pegada ambiental da rede CUF. Além disso, permitiu ainda desenvolver novos avanços científicos no conhecimento sobre processos de esterilização mais ecológicos e reforçou a promoção da cultura de sustentabilidade na empresa. 

 
Doença Vascular Pulmonar em discussão dia 23 de novembro
A IX Reunião Anual do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar (NEDVP) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI)...

Segundo Melanie Ferreira, "a reunião pretende continuar a debater os grandes avanços dos últimos anos na abordagem da doença vascular pulmonar", destacando que a participação de especialistas de diferentes áreas médicas, como Medicina Interna, Cardiologia, Medicina Intensiva e Imunohemoterapia, é fundamental para o sucesso do evento. “No passado, tivemos também a participação de colegas de Reumatologia, Oncologia e Cirurgia Vascular, o que reflete bem a multidisciplinaridade necessária no tratamento desta patologia”, acrescenta a coordenadora.

A médica expressa elevadas expectativas para o encontro: "Espero que consigamos elevar o nível de conhecimento na área, o qual reproduzido na nossa prática clínica, será para benefício dos nossos doentes". Outro objetivo destacado é a criação de redes de referenciação para a doença vascular pulmonar, permitindo que "todos os doentes beneficiem das abordagens mais avançadas, independentemente da sua área geográfica".

Durante a reunião será dado enfoque a dois temas principais: a hipertensão pulmonar e a embolia pulmonar. Sobre a hipertensão pulmonar, Melanie Ferreira antecipa uma "revisitação dos diferentes grupos da doença, focando no tratamento individualizado, fugindo ao tratamento standard de classe, uma evolução para além das guidelines de 2022". Relativamente à embolia pulmonar serão abordados tópicos como a "monitorização não invasiva e terapêutica endovascular, além de questões práticas que continuam a gerar dúvidas na prática clínica como duração de extensão de anticoagulação, a gestão do doente após um evento agudo, e o tromboembolismo e viagens”.

Um dos pontos altos da reunião será "A tarde do interno", dedicada à apresentação e discussão de casos clínicos complexos por médicos internos. “Espero suscitar uma discussão interessante e enriquecedora, com ênfase nas decisões clínicas difíceis que frequentemente deparamos nesta área”, afirma Melanie Ferreira.

No final do evento, a coordenadora deseja que os participantes saiam com uma compreensão clara da evolução na abordagem da doença vascular pulmonar. "É essencial uma abordagem verdadeiramente multidisciplinar, com destaque para a Medicina Interna como principal referenciador e gestor destes doentes desde a prevenção à doença crónica", conclui.

 
Opinião
A síndrome mielodisplásica é caraterizada por um distúrbio da produção de células hematopoiéticas co

Os sintomas da síndrome mielodisplásica podem incluir palidez, fraqueza e fadiga (anemia); febre e infeções, e aumento de hematomas, petéquias, sangramento da mucosa. O diagnóstico é realizado por exames de sangue, análise da medula óssea e biópsia.

O tratamento da síndrome mielodisplásica, normalmente, é reservado para pacientes sintomáticos para que se consiga uma melhoria dos sintomas. Desta forma, o tratamento pode passar por cuidados de suporte, quimioterapia e transplante de células de células estaminais.

O transplante de células estaminais hematopoiéticas a partir de dadores é uma opção cada vez mais importante. Esta importância ainda ganhou mais relevo desde que o transplante de sangue do cordão umbilical foi introduzido como uma opção terapêutica para doenças hematológicas em adultos.

Um estudo prospetivo de fase II avaliou a eficácia e segurança de transplante de sangue de uma única unidade de sangue do cordão umbilical em pacientes adultos com leucemia e com síndrome mielodisplásica.

O transplante com a unidade de sangue do cordão umbilical foi considerado eficaz e, para alem disso, o enxerto de neutrófilos foi observado em 57 pacientes (92%), as incidências cumulativas de não recaída a 2 anos foram de 18%. O presente estudo mostrou resultados de sobrevida muito e prognóstico foram favoráveis após o transplante com sangue do cordão umbilical. Desta forma, os autores concluem que o sangue do cordão umbilical é uma opção viável para pacientes que podem não ter dadores compatível de medula óssea.

Este estudo evidencia as características das células estaminais do cordão umbilical como o maior número de células estaminais hematopoiéticas por unidade de volume, a menor imunogenicidade, a menor incidência e a gravidade de doença do enxerto contra o hospedeiro. Estas características associadas a uma colheita não invasiva, indolor e sem qualquer tipo de risco para o dador (mãe e bebé), capacidade de criopreservação sem afetar a qualidade, são algumas vantagens diferenciadoras do sangue do cordão umbilical.

Assim, ao guardar o cordão umbilical em detrimento de o descartar, podemos ter acesso a potenciais tratamentos, uma vez que as aplicações atuais das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical apresentam um grande crescimento e foco pela comunidade médica.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SPMI
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) lançou recentemente a 3.ª edição da Bolsa NEGERMI, destinada a apoiar a...

De acordo com Lia Marques, responsável pelo projeto, "em Portugal não existem Serviços de Geriatria e, como tal, os médicos que pretendem adquirir competências práticas em Medicina Geriátrica são muitas vezes obrigados a procurar estágios fora do país, o que acarreta custos importantes." Neste sentido, a bolsa consiste num apoio financeiro de mil euros por mês, até um máximo de três mil euros por candidato, sendo o montante anual total de seis mil euros.

A bolsa é destinada a médicos de Medicina Interna, sócios da SPMI, que sejam especialistas ou internos, e que demonstrem interesse ou já tenham iniciado atividades em Geriatria. As candidaturas para a 3.ª edição da bolsa NEGERMI estão abertas até 30 de outubro de 2024. "É uma oportunidade para quem tem interesse em desenvolver competências em Geriatria e que já tenha programado um estágio clínico até ao final do ano seguinte à atribuição da bolsa", sublinhou Lia Marques.

A seleção dos candidatos será baseada na experiência e interesse demonstrado na área. "Serão valorizados os trabalhos já desenvolvidos, as publicações e a perspetiva de desenvolver atividade assistencial em Geriatria", destacou, acrescentando que os candidatos com planos claros de aplicar as competências adquiridas em projetos de Geriatria terão uma vantagem adicional no processo de seleção.

Lia Marques enfatizou, ainda, a importância da formação em Geriatria no contexto da Medicina Interna, dada a crescente necessidade de cuidados específicos para a população idosa. "Os internamentos hospitalares de Medicina Interna, as urgências e as consultas externas assistem, maioritariamente, doentes idosos com múltiplas síndromes geriátricas. A bolsa do NEGERMI pode contribuir para melhorar a qualidade assistencial aos doentes mais velhos através da valorização dos médicos de Medicina Interna", afirmou, destacando a necessidade de equipas multidisciplinares e especializadas para garantir a promoção da autonomia funcional dos idosos. Com esta iniciativa, o NEGERMI espera não só capacitar os médicos, mas também contribuir para a melhoria dos serviços de saúde, adaptando-os às necessidades específicas da população idosa em Portugal.

Candidaturas aqui - https://www.spmi.pt/3a-bolsa-negermi-para-estagios-clinicos-de-geriatria/

Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) lança a 1ª edição do Prémio SPOT - Jornalismo na área de Ortopedia e...

Nesta edição, podem ser submetidos trabalhos realizados entre o dia 1 outubro de 2023 e 30 de setembro de 2024. O prémio distinguirá o melhor trabalho produzido por um jornalista detentor de carteira profissional, em língua portuguesa, e que tenha sido publicado/difundido num órgão de comunicação social legalmente constituído em Portugal, de âmbito nacional, regional ou local, no período estipulado. Os trabalhos podem ser desenvolvidos nas áreas da imprensa, rádio, televisão ou internet.

O júri da 1ª edição do prémio será constituído por João Gamelas, presidente da SPOT; João Gonçalves, diretor executivo da APORMED; João Almeida Lopes, presidente da APIFARMA; Isabel Moiçó, jornalista experiente e reconhecida na área, e Andreia Garcia, professora doutorada em ciências da comunicação e docente na ESCS-IPL. Na avaliação dos trabalhos será tido em conta a pertinência, relevância, impacto da informação para o público, qualidade, rigor jornalístico e nível de investigação.

O prémio será atribuído no 43º Congresso da SPOT, em novembro, a um único trabalho candidato e o vencedor será premiado com o valor de 1.000€ (mil euros).

Os trabalhos devem ser enviados para [email protected], até ao dia 30 de setembro de 2024, fazendo-se acompanhar pela fotocópia da carteira profissional do autor e declaração do órgão de comunicação onde o mesmo tenha sido publicado.

O regulamento do Prémio pode ser consultado em https://spot.pt/

ANADIAL
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) disponibiliza um glossário online que tem como objetivo desmistificar e...

“Frequentemente, os médicos comunicam com os seus doentes utilizando uma linguagem complexa, repleta de termos técnicos. A simplificação desta linguagem é essencial para tornar a informação acessível a todos. No caso de pessoas com doenças crónicas, como a doença renal crónica, é fundamental aumentar a literacia em saúde para que possam fazer as melhores escolhas para si próprios. Com este glossário, procuramos simplificar a linguagem médica relativa à doença renal.”, afirma Ana Paiva, nefrologista e membro do Conselho Científico da ANADIAL.

“O Glossário ANADIAL surge inserido na nossa estratégia de promoção da literacia em saúde. Através deste recurso educativo, qualquer doente renal poderá rapidamente entender e interpretar a informação que lhe é transmitida. Melhorar as condições dos doentes renais é a nossa principal prioridade.”, acrescenta Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

Este documento digital, composto por mais de 15 páginas, reúne termos médicos relacionados com a doença renal, organizados alfabeticamente de A a Z. Cada termo é explicado de forma clara e acessível, facilitando a consulta e a compreensão por parte dos doentes.

O glossário pode ser consultado aqui: https://www.anadial.pt/glossario-anadial/

WWF
A WWF lança hoje o estudo Great Food Puzzle, onde identifica as ações de maior impacto em cada país, com base em caraterísticas...

O Great Food Puzzle, uma nova ferramenta e estudo publicado pela WWF, ajuda a identificar as ações mais adequadas a nível nacional. O relatório salienta que os sistemas alimentares - a complexa rede de atividades que envolve a produção, a transformação, o transporte e o consumo de alimentos - têm grandes impactos globais na natureza e nas alterações climáticas, mas só podem ser tornados sustentáveis com soluções locais.

No primeiro estudo global deste tipo, a WWF analisou mais de 100 países e classificou-os em seis tipos de sistemas alimentares diferentes, com base nas suas caraterísticas ambientais e socioeconómicas, e classificou as ações de maior impacto em cada um deles. A inclusão de fatores ambientais como a biodiversidade, o carbono e as reservas de água doce, é fundamental, uma vez que os sistemas alimentares são a maior ameaça aos recursos naturais, mas também dependem inteiramente deles.

Embora não exista um conjunto único de intervenções políticas que devam ser aplicadas globalmente, este estudo revelou também a existência de algumas questões que são centrais em todos os países, como por exemplo, a necessidade de otimizar o uso da terra e restaurar a biodiversidade, melhorar a educação e o conhecimento sobre dietas saudáveis e sustentáveis, e reformular os subsídios e incentivos financeiros.

Com base neste estudo, a ANPlWWF elaborou um documento que será entregue aos principais órgãos de decisão, onde estão elencadas as 10 medidas prioritárias para acelerar a transição alimentar no nosso país.

Ângela Morgado, Diretora-Executiva da ANPlWWF, defende que “o documento que apresentamos hoje, lança as bases para a tão necessária transformação da Alimentação em Portugal. Se o governo português pretende cumprir os compromissos europeus estabelecidos para todos os estados-membros, o momento para fazê-lo é agora, aproveitando que se discutem as medidas para o Orçamento de Estado de 2025. Precisamos de colocar a transformação do nosso sistema alimentar como prioridade nacional”.

As ações prioritárias apresentadas para o contexto português incluem medidas como: o restauro da biodiversidade, o apoio aos pequenos produtores, o reforço da ciência e investigação, a melhoria da recolha de dados e medição (nomeadamente dos hábitos de consumo dos portugueses e dos impactos ambientais dos sistemas alimentares) mas também sobre mais transparência sobre os diferentes atores da cadeia alimentar, o apoio a Soluções baseadas na Natureza, a inclusão de critérios de sustentabilidade nas compras públicas, e outras medidas, disponíveis aqui.

Embora tenha sido feito um progresso significativo ao nível da UE para integrar diversas áreas políticas relacionadas com a alimentação, é necessário um maior esforço em todos os outros níveis de governança. A responsabilidade recai assim sobre os governos nacionais e locais, que devem não apenas implementar as políticas europeias de forma coerente entre os ministérios, mas também desempenhar um papel central na construção de uma visão comum para um sistema alimentar diversificado. Os Estados-Membros devem adotar uma abordagem sistémica para a alimentação a nível nacional e definir estratégias alimentares nacionais em conformidade com o Pacto Ecológico Europeu, a Estratégia de Biodiversidade, a Lei do Restauro da Natureza e a Estratégia Do Prado ao Prato.

XVIII Congresso Nacional de Psiquiatria
A Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM) vai realizar o XVIII Congresso Nacional de Psiquiatria, entre os...

“Este congresso, o maior sobre Psiquiatria e Saúde Mental em Portugal, é um marco fundamental na nossa missão de melhorar o cuidado e a compreensão das doenças psiquiátricas. Este ano, sob o tema "Fronteiras da evidência em Psiquiatria: A Tangibilidade do objetivo, subjetivo ou equívoco", direcionamos a nossa atenção para os avanços científicos nesta área. Pretendemos, ao longo destes quatro dias de intensos debates e troca de conhecimentos, aprofundar as descobertas mais recentes e discutir como podemos aplicá-las na prática clínica, permitindo a adaptação dos tratamentos às necessidades individuais de cada paciente”, explica João Bessa, Presidente da SPPSM.

De acordo com Gustavo Jesus, presidente do XVIII Congresso Nacional de Psiquiatria, “a realização deste congresso é fundamental para a atualização científica da comunidade clínica e, por essa via, é também muito importante para contribuir para a melhoria dos cuidados prestados às pessoas que necessitam. Este ano, além do programa rico cientificamente, colocámos o foco em temas que, além de serem importantes para a comunidade científica, têm levantado o interesse da comunidade geral e dos media. Temas como os “Psicadélicos”, a “Psicoterapia”, a “Morte Medicamente Assistida”, a “Neuromodulação” ou os “Canabinoides” estarão em abrangente discussão”.

Reunindo cerca de mil participantes das várias áreas profissionais que trabalham na área da Psiquiatria e Saúde Mental, o XVIII Congresso Nacional de Psiquiatria contará com mais de 100 palestrantes nacionais e nove palestrantes internacionais, que irão contribuir para uma discussão aberta e interativa sobre as áreas clínicas, passando pelas sociais, até às neurociências. Entre os palestrantes plenários destacam-se o Prof. Álvaro Pascual-Leone, a Prof.ª Augusta Vieira-Coelho, a Prof.ª Iris Sommer, o Prof. Richard Davidson, o Prof. Robert Shoevers e a Prof.ª Sara Xapelli.

Para mais informações consulte os sites: www.sppsm.org e www.cnp2024.com

Setembro | Mês de Sensibilização para os Cancros do Sangue
No âmbito do Mês de Sensibilização para os Cancros do Sangue, a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) lança a campanha...

"Mais do que sensibilizar, ‘O Sangue que há em mim’ é um apelo à empatia”, explica Manuel Abecasis, Presidente da APCL, “Queremos que as pessoas se coloquem no lugar de quem vive com um cancro do sangue e repensem a forma como comunicam. Acreditamos que a empatia e a escuta ativa são fundamentais para oferecer um apoio genuíno".

”Na Johnson & Johnson Innovative Medicine consideramos fundamental reforçar a literacia sobre cancros do sangue. Ajudar todas as pessoas a saber comunicar com estes doentes é um contributo muito relevante e por isso nos juntámos à APCL nesta campanha”, afirmou João Maria Condeixa, Diretor de external affairs da Johnson & Johnson Innovative Medicine Portugal.

O diagnóstico de  uma doença hemato-oncológica frequentemente gera desconforto e incerteza, tanto para o doente como para quem o rodeia. A campanha da APCL questiona se existem palavras certas e desafia os padrões de linguagem e comportamentais que, muitas vezes, criam barreiras na comunicação. A campanha ganha vida através de fotografias e vídeos emocionantes com 19 doentes que partilham as suas experiências. Estes testemunhos reais e inspiradores humanizam a campanha e ilustram os desafios enfrentados por quem vive com a doença.

A campanha reconhece que ainda existem lacunas na compreensão das necessidades de quem enfrenta um diagnóstico oncológico. Ao defender uma comunicação mais empática e informada, a iniciativa busca fortalecer os cuidados, proporcionando aos doentes não apenas o melhor tratamento médico, mas também apoio emocional para enfrentar a doença.

Ao partilhar estas experiências pessoais, a APCL espera criar um espaço de reflexão e diálogo sobre a forma como cada um se relaciona com aqueles que enfrentam o cancro, incentivando uma maior compreensão e apoio mútuo em tempos difíceis.

Associação de Empresas Produtoras e Distribuidoras de Videojogos
A AEPDV - Associação de Empresas Produtoras e Distribuidoras de Videojogos - , acaba de lançar o manual prático “Games in...

Este manual, lançado primeiramente pela Video Games Europe (VGE), Associação Europeia de Produtores de Videojogos, aborda temas-chave como o porquê de utilizar os videojogos para fins educativos, bem como cenários pedagógicos sobre quando e como utilizar os videojogos. Além disso, aborda outros temas tais como a utilização de videojogos na aprendizagem, baseada em projetos temáticos, e a utilização de jogos para desenvolver a literacia e habilitações holísticas, como competências cognitivas, sociais, emocionais e criativas. O manual também destaca a forma como os videojogos podem apoiar a educação inclusiva.

“A gamificação do ensino é uma metodologia pedagógica que insere os videojogos no plano de estudos das crianças e jovens. Esta prática torna as aulas especialmente interativas e dinâmicas, contribuindo para um ambiente educacional mais rico. Este manual, largamente fundamentado em diversos estudos, resume os benefícios dos videojogos na educação, elimina alguns mitos e traça possíveis planos de aulas” afirma Tiago Sousa, Diretor Geral da AEPDV, uma das 14 associações locais que são membros da VGE.

Este documento integra um projeto mais abrangente, resultado da parceria da VGE com 34 Ministérios da Educação, em toda a Europa, e que já está a treinar professores e educadores sobre como usar videojogos comerciais para aprimorar o ambiente de ensino. O projeto também apoia o desenvolvimento de competências digitais, impulsiona a alfabetização digital e ajuda a preencher a lacuna de habilidades digitais na Europa.

O manual contém mais de 30 páginas de exercícios práticos sugeridos, recorrendo a jogos conhecidos como Minecraft; The Sims; versões online de jogos como Soduku ou ainda através de videojogos concebidos especialmente para a área da educação.

14 de setembro | Dia Mundial da Dermatite Atópica
Para assinalar o Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se celebra a 14 de setembro, Joana Camilo, presidente da ADERMAP -...

Joana Camilo vive com Dermatite Atópica (DA) há 38 anos, e apresenta uma história familiar, pois um dos seus pais sofre dessa condição e é mãe de um adolescente também com o mesmo diagnóstico. Esta realidade reflete como a DA, além de estar associada a uma família de doenças, pode também ter uma componente genética sendo, por isso, muitas vezes chamada de “doença da família”.

Neste episódio do Podcast, Joana Camilo partilha a sua experiência pessoal e como mãe de um adolescente com Dermatite Atópica.

Joana Camilo, Presidente da ADERMAP

“Fui diagnosticada com dermatite atópica com 7 anos e o meu primeiro contacto com a DA foi através da minha mãe, mais tarde o meu filho mais velho também foi diagnosticado com a doença; todos temos dermatite atópica e asma. 

O diagnóstico por vezes não é fácil ou rápido, a DA muitas vezes associada a crianças pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade com diferentes graus de gravidade e ter outras doenças associadas, pelo que é importante valorizar os sintomas desde o início, procurar informação credível e acompanhamento médico especializado.

 

Em 2018, lançamos a ADERMAP para apoiar e dar voz às pessoas e aos pais e cuidadores de pessoas com DA. A associação visa defender os direitos, encontrar respostas e aproximar quem vive com DA para que não se sintam sozinhos. Adicionalmente, trabalhamos também com especialistas médicos e decisores políticos para sensibilizar e aumentar a visibilidade à doença, promovendo o conhecimento e a educação pública.

Felizmente, hoje o futuro é mais promissor do que há 5 anos. As pessoas com DA não estão sós e podem contactar a associação pois cada vez temos maior conhecimento sobre a doença, experiência, e acesso a ferramentas terapêuticas que podem devolver a qualidade de vida.” 

Ao longo do episódio, Joana Camilo sublinha também o impacto físico e psicológico que a doença pode ter no dia a dia das pessoas que vivem com esta doença e das suas famílias, de sintomas que impactam a qualidade de vida diariamente como a comichão e a privação de sono, e fala-nos da importância de conhecer o diagnóstico, de confiar nas terapêuticas, e de procurar ajuda sempre que necessário, lembrando que, numa doença inflamatória crónica como a Dermatite Atópica, é preciso dar tempo para alcançar o controlo eficaz.

Ainda no âmbito das atividades do Dia Mundial da DA, a Sanofi em conjunto com a Ordem dos Farmacêuticos e a ADERMAP, realizam, no próximo dia 14 de setembro, uma atividade na Kidzania, para pequenos e graúdos, sensibilizando para a doença.   

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crónica da pele, ou seja, não tem cura. É uma doença que se manifesta através de exacerbações, visíveis através de sintomas cutâneos, que podem ser apenas uma parte daquilo que está a acontecer no interior do corpo. A dermatite atópica afeta cerca de 20% das crianças e 7% dos adultos¹. Até 95% dos casos de DA surge antes dos 5 anos de idade, sendo que a maioria (até 60%) entra em remissão na fase inicial da adolescência¹. Contudo, muitos casos de dermatite atópica persistem ao longo da adolescência e prolongam-se até à idade adulta, muitas vezes em formas moderadas ou graves. Outros, voltam a ter de novo eczema na vida, apesar da remissão na adolescência. É, por isso, uma doença crónica que requer acompanhamento.

O podcast Vidas, que conta agora com dez episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias.

Todas as vidas têm uma história. Conheça melhor a história de Joana Camilo no Youtube ou no Spotify.

Referências:

1 - Gelmetti C, et al. Revisione critica di linee guida e raccomandazioni pratiche per la gestione dei pazienti con dermatite atopica. Dermatite Atopica 2016-2017. SIDeMaST

Mais informação sobre a DA em: https://www.campus.sanofi/pt/iniciativas/iniciativas/ar/sobre-a-dermatit...

14 de setembro | Dia Mundial da Dermatite Atópica
A ADERMAP, Associação Dermatite Atópica Portugal, alerta, no âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica, celebrado a 14 de...

A Dermatite Atópica (DA) afeta profundamente a qualidade de vida de milhares de portugueses, com impactos físicos, emocionais, sociais e económicos, incluindo para o sistema de saúde. Estima-se que 360 mil pessoas em Portugal vivam com DA, das quais 70 mil têm formas moderadas a graves, com consequências severas e incapacitantes nas suas vidas1.

Em 2024, a ADERMAP junta-se à campanha global #AtopicEczemaUnfiltered para destacar as experiências reais das pessoas que enfrentam a DA, frequentemente ocultas nas redes sociais. A doença manifesta-se por sintomas como prurido, lesões e vermelhidão, que podem cobrir até 50% do corpo, causando insónias, ansiedade e, muitas vezes, isolamento social. Cerca de 50% das pessoas com DA grave relatam dormir mal durante pelo menos 14 noites por mês, com um impacto evidente na sua saúde física e mental.

Os custos associados ao controlo da DA são elevados, com as famílias a gastarem em média mais de 1.818 euros por ano2. Além disso, há dificuldades no acesso a consultas e tratamentos, especialmente para os casos graves, criando desigualdades entre os sistemas público e privado.

As pessoas que vivem com DA têm dificuldades e demora, por um lado, no acesso a consultas de Medicina Geral e Familiar, e de especialidade, e na referenciação nos casos moderados a graves de DA, muitas vezes considerados como não prioritários. Por outro lado, os utentes seguidos no sistema privado não têm acesso às mesmas terapêuticas inovadoras que estão disponíveis no SNS, fundamentais para controlar as formas graves da doença, representando uma situação de falta de equidade no acesso a cuidados e tratamentos que urge mitigar.

De acordo com Joana Camilo, Presidente da ADERMAP, “Apesar de não existir uma cura para a Dermatite Atópica, os avanços científicos e a disponibilização de novas terapêuticas mais específicas e seguras trazem esperança para aliviar o sofrimento e devolver a qualidade de vida a quem sofre com esta doença. É crucial garantir que todas as pessoas com DA tenham acesso atempado e equitativo aos meios de controlo, consultas e tratamentos disponíveis, particularmente no que respeita às terapêuticas avançadas, tanto no sistema de saúde público como no privado. Nesse sentido, a associação apela ao Governo e às entidades competentes para que a realidade das pessoas que vivem com Dermatite Atópica seja devidamente valorizada”.    

“O desenvolvimento de medicamentos inovadores para Dermatite Atópica é uma conquista extraordinária para a humanidade. Lutar pelo acesso a esses tratamentos é abrir portas para que as pessoas que deles precisam possam sonhar e tornar os seus sonhos realidade. É uma questão ética basilar, transcendendo de forma evidente o simples acesso ao mercado.” reforçou Pedro Mendes Bastos, médico especialista em Dermatologia e Venereologia, investigador principal em Ensaios Clínicos e conselheiro científico da ADERMAP - Associação Dermatite Atópica Portugal

A Dermatite Atópica é uma doença visível, mas com impactos invisíveis profundos, que incluem frustração e muitas vezes uma baixa autoestima por parte destes doentes. É imperativo que o acesso aos tratamentos seja facilitado, aliviando o sofrimento de milhares de doentes. “Desta forma, em 2024, mostramos a realidade tal como ela é, sem filtros e sem máscaras, pois esta doença pode nas formas mais graves ter consequências gravíssimas para quem dela sofre”, reforça Joana Camilo.

A ADERMAP continua empenhada em apoiar todos os que sofrem com DA, trabalhando em estreita colaboração com profissionais de saúde, decisores políticos e a comunidade para assegurar que a Dermatite Atópica recebe a atenção que merece e que os tratamentos adequados estão ao alcance de todos os doentes.

Referências:

1 Torres, T., Gonçalo, M., Paiva Lopes, M. J., Claro, C., Varela, P., Silva, J. M., Cordeiro, A., & Mendes Bastos, P. (2023, 17 de maio). Atopic dermatitis: improving patient access to health care in dermatology. Portuguese Journal of Dermatology and Venereology. https://www.portuguesejournalofdermatology.com/files/es/pjdv_23_81_2_073-081.pdf

2 Coelho, P.S., Apalhão, M., Victorino, G. et al. The burden of atopic dermatitis inPortuguese patients: an observational study. Sci Rep 14, 5181 (2024). https://doi.org/10.1038/s41598-024-55965-y

 

Páginas