Palhaçaria hospitalar e intervenções lúdicas
Fundada para transformar vidas através da arte da palhaçaria hospitalar e intervenções lúdicas, a Soul Alegria, um negócio com...

Entre 2021 e 2023, a Soul Alegria realizou visitas remotas – através de videoconferência – à Alzheimer Portugal, na Madeira, levando alegria a doentes de Alzheimer. Motivados pelo sucesso deste projeto, pretendem agora estabelecer uma equipa local em Portugal, oferecendo serviços online e presenciais. “Estamos à procura de empresas patrocinadoras e parcerias para viabilizar a expansão para Portugal. Com o apoio certo, podemos levar a nossa filosofia para mais pessoas, especialmente em unidades de saúde, públicas ou privadas”, afirma Clerson Pacheco, fundador da Soul Alegria e palhaço Dr. Miojo.

Ao contrário de outras iniciativas similares, a Soul Alegria concentra-se principalmente em adultos. “O nosso acompanhamento é 360º. Queremos comunicar com todas as pessoas que estão no hospital. Além de interagir com os pacientes e os seus acompanhantes, também nos preocupamos com os profissionais de saúde. Procuramos oferecer apoio emocional em momentos cruciais, como quando os pacientes recebem resultados de exames ou durante sessões de quimioterapia. Nesses momentos delicados, as nossas 'brincadeiras' são cuidadosamente planeadas, e contamos com uma equipa bastante sensível ao contexto – o nosso objetivo é tornar as situações mais leves. As pessoas ficam muito agradecidas por conseguirem desligar-se do que estão a passar.” afirma Clerson Pacheco.

Além das atividades hospitalares, a Soul Alegria também trabalha com o mundo empresarial com um portfólio de serviços inovadores que combinam diversão e terapia. "Com a pandemia, sentimos a necessidade de expandir os nossos serviços para o formato remoto, alinhando-nos com a realidade do mundo corporativo. A verdade é que ainda há uma grande carência de sorrisos nas grandes empresas. Já colaboramos com mais de 15 empresas de diversos setores, como TI, contabilidade, seguros, design e indústria, entre outros."

Entre as opções oferecidas estão a Ginástica LaborClown, o Curso de Comunicação Lúdica e os Workshops de Motivação. Cada um dos serviços é projetado para promover o bem-estar e a produtividade dos colaboradores de forma criativa e envolvente.

O grande diferencial da empresa é o serviço “Visitas Especiais com Drs Palhaços”, onde colaboradores que estão a passar por momentos delicados podem participar em sessões individuais online com profissionais especializados. Este serviço procura proporcionar apoio emocional e um alívio do stress através de técnicas de clownterapia, criando um ambiente de trabalho mais saudável e harmonioso.

Em relação aos serviços serem prestados também à distância, Clerson Pacheco indica que “as pessoas esquecem que estão a interagir com um tablet e concentram-se totalmente nos nossos jogos e conversas. A nossa equipa é altamente qualificada, pois os colaboradores e utentes podem passar da gargalhada ao choro numa única sessão, exigindo que tenhamos as ferramentas de improviso adequadas para lidar com essas emoções”.

A Soul Alegria nasceu da transformação pessoal do fundador, Clerson Pacheco, que encontrou um novo propósito na palhaçaria hospitalar após um período de estagnação e perda pessoal. Inspirado por uma frase de uma música brasileira, decidiu "emprestar a sua vida para quem quer viver". Desde então, a Soul Alegria é uma organização que se dedica a promover eventos e atividades que visam espalhar a felicidade e o bem-estar.

 
Sociedade Portuguesa de Pneumologia lança campanha de sensibilização
No âmbito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão, que se assinala a 1 de agosto, três comissões de trabalho da Sociedade Portuguesa...

“Para o alcance dos melhores resultados clínicos é necessário o contributo, envolvimento e dedicação de várias especialidades, em todos as fases, desde a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, nas suas diferentes modalidades. Medicina Geral e Familiar, Pneumologia, Radiologia, Anatomia Patológica, Cirurgia Torácica, Oncologia, Radio-Oncologia, Biologia Molecular, Cuidados Paliativos, e muitas outras áreas, não menos importantes, como psicologia, apoio nutricional, apoio social, por exemplo”, explicam Gabriela Fernandes e Margarida Dias, representantes da comissão de Pneumologia Oncológica da SPP.

No entanto, a prevenção está nas mãos de TODOS nós. Cada cidadão pode escolher não consumir produtos de tabaco. Os decisores políticos têm nas suas mãos a tomada de medidas antitabágicas eficazes e, assim como outras como ode controlo das emissões de gases para a atmosfera. Às empresas cabe-lhes adotar mecanismos de redução da libertação de agentes poluentes para o ambiente e por estratégias de proteção dos seus trabalhadores. As escolas devem, desde cedo, incluir programas de promoção de saúde dirigidos aos alunos. “Todos os intervenientes são importantes”, sublinham Gabriela Fernandes e Margarida Dias. “Fomentar políticas fortes antitabágicas, não excluindo as novas formas de consumo de nicotina, nem as exposições ambientais e profissionais deletérias; informar e educar sempre e em qualquer oportunidade, para os fatores de risco e sintomas de alerta; educar toda a população; prevenir por todas entidades responsáveis; e cuidar com equidade, garantindo o acesso ao rastreio, ao diagnóstico precoce, ao tratamento mais adequado, mais preciso e atempado” são medidas que podem ajudar a minimizar o impacto do cancro do pulmão.

Em Portugal, segundo os dados mais recentes do Registo Oncológico Nacional, este é o segundo tipo de cancro mais frequente e, também, a primeira causa de morte por cancro, correspondendo a uma em cada cinco mortes por neoplasia. O tabagismo continua a ser o principal fator de risco de desenvolvimento da doença, sendo responsável por cerca de 80% dos casos. Porém, “existem outros fatores, nomeadamente a exposição ocupacional a asbestos, radão, arsénio, a combustão de biomassa e fatores genéticos. De realçar que 20% dos casos ocorrem em não fumadores”, pelo que, o facto de um indivíduo não fumar, não deve excluir um potencial diagnóstico”.

Diagnóstico precoce

Quando diagnosticado precocemente, o cancro do pulmão tem maior hipótese de cura, podendo a taxa de sobrevivência aos 5 anos superar os 90%. Do ponto de vista do diagnóstico, “as técnicas endoscópicas têm um papel central para caracterizar o cancro do pulmão. A broncofibroscopia é o exame mais utilizado, permitindo a visualização da traqueia e brônquios nas suas várias divisões, realizar biópsias e colheitas de vários produtos, e até ter intuito terapêutico nalgumas lesões muito iniciais. A ecoendoscopia (EBUS) é uma modalidade mais recente que permite também visualizar e puncionar estruturas que não se veem, como os gânglios linfáticos, o que é fundamental para estadiar o cancro antes de decidir a terapêutica”, explica José Pedro Boléo Tomé, em representação da Comissão de Trabalho de Técnicas Endoscópicas da SPP, reforçando o papel do pneumologista de intervenção na execução neste tipo de procedimentos. Segundo o especialista, “tem havido avanços tecnológicos importantes, por exemplo no recurso a técnicas de navegação, que permitem atingir pequenos nódulos periféricos que não são acessíveis e representam quase sempre fases iniciais do cancro. A combinação destas várias técnicas tem melhorado muito os resultados e pode vir a permitir no futuro tratar e destruir estes nódulos, de forma muito pouco invasiva”.

As técnicas pneumológicas acompanham todo o percurso do doente, quer nas fases de diagnóstico e estadiamento, que cada vez são mais completas e precisas, quer no decurso do tratamento, em que pode ser necessário obter mais material, estudar novas mutações genéticas do tumor ou esclarecer novas lesões, ou em fases mais avançadas e paliativas, em que não sendo curativas melhoram a qualidade de vida e previnem complicações. Esta abordagem pode ser endoscópica na árvore brônquica, mas também na cavidade pleural, ou até em outras lesões fora do tórax.

Tratamento cirúrgico do cancro do pulmão

“A cirurgia acompanha os doentes nos vários momentos ligados ao diagnóstico de cancro do pulmão. Está disponível desde o início, com cirurgias de estadiamento e de diagnóstico, quando não obtido de outra forma. No que diz respeito à sua função terapêutica, é o pilar do tratamento dos doentes com cancro do pulmão em fases precoces, podendo ser considerada em casos localmente avançados quando associada a outras modalidades de tratamento (terapêutica multimodal) e nas fases mais avançadas pode ser um recurso para alívio sintomático dos doentes na tentativa de lhes reestabelecer qualidade de vida ou torná-los aptos a se submeterem a outro tipo de terapêuticas”, explicam Carolina Torres e Sara Lopes.

De acordo com as representantes da Comissão de Trabalho de Cirurgia Torácica da SPP, a cirurgia não é a única modalidade terapêutica com potencial curativo, contudo, “tem a vantagem de ser a única que oferece, no mesmo momento, vários benefícios: a remoção do tumor, em si, e dos gânglios linfáticos regionais, permitindo não só tratar removendo como fornecer mais material para estudo anatomopatológico, o que pode fornecer novas informações e completar o estadiamento da forma mais precisa possível. Assim sendo, a decisão dos tratamentos que se seguem a este procedimento com potencial curativo, é feita em conhecimento perfeito da fase da doença”.

O objetivo primário da cirurgia é “a remoção total do tumor, inclusive de estruturas vizinhas que possam estar associadas, bem como a remoção radical dos gânglios linfáticos regionais. Porém, este objetivo é indissociável de um outro: da manutenção de qualidade de vida. Podemos dizer que, atualmente, o equilíbrio entre esses dois parâmetros são o verdadeiro desafio do cirurgião”, descrevem Carolina Torres e Sara Lopes. Para tal, acrescentam, “além de avaliar a extensão das estruturas a ressecar, temos de ter os nossos doentes muito bem estudados do ponto de vista funcional (cardio-respiratório, nutricional, entre outros) e escolher a abordagem que mais se adequa clinicamente, que na maioria dos casos, será a cirurgia vídeo-toracoscopica (minimamente invasiva) que é atualmente o gold standard. Outra opção dentro da cirurgia minimamente invasiva é a cirurgia robótica que tem a vantagem de uma visualização 3D e uma exponenciação da precisão cirúrgica que podem facilitar a dissecção. A cirurgia convencional (“aberta”) tem ainda também um papel importante, nos casos em que outra abordagem não permita concluir com segurança e especificações da cirurgia oncológica.

A par da evolução da técnica cirúrgica, outras modalidades terapêuticas têm permitido melhores resultados de sobrevivência e de qualidade de vida dos doentes com cancro do pulmão. Desde logo a redução do consumo de produtos de tabaco, nomeadamente em países economicamente mais desenvolvidos, o rastreio do cancro do pulmão, que tem permitido diagnósticos mais precoces e uma redução da mortalidade, e o desenvolvimento de tratamentos sistémicos mais eficazes tais como a imunoterapia e de terapêuticas dirigidas a alterações específicas dos tumores.

 
Acreditação ESMO
As Unidades de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo e do Hospital CUF Porto voltaram a ser distinguidas como Centros...

Atribuída pela terceira vez consecutiva, esta acreditação é a mais prestigiante a nível europeu, nesta área de cuidados. O Programa de Acreditação “ESMO Designated Centers” certifica que as equipas multidisciplinares das Unidades de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo e do Hospital CUF Porto prestam cuidados altamente diferenciados às pessoas com cancro, em todos os estadios da doença e em linha com as melhores práticas internacionais. Esta premissa permite-lhes obter o estatuto de centros de referência na prática integrada de Cuidados Paliativos e Oncologia.

Segundo Luísa Pereira, Coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Tejo, “em casos de doença oncológica, os Cuidados Paliativos permitem prevenir e aliviar o sofrimento físico, psicológico, social e familiar associados ao cancro e aos próprios tratamentos. Tanto para os doentes, como para os seus familiares e cuidadores, é fundamental que esta opção esteja disponível ao longo de todo o percurso da doença, e não apenas quando deixa de haver tratamento curativo.”

Carolina Monteiro, Co-coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Porto, acrescenta que “a identificação precoce de doentes em situação de doença grave e progressiva, acompanhada de sofrimento e limitações, que podem beneficiar de cuidados de saúde integrados, permite obter ganhos ao nível da autonomia, conforto, dignidade e qualidade de vida, extensíveis àqueles que lhes são mais próximos”.

No Hospital CUF Tejo e no Hospital CUF Porto, a equipa de Cuidados Paliativos dedicada aos doentes oncológicos, aos seus familiares e cuidadores compreende profissionais e especialistas de várias áreas, como Medicina Interna, Oncologia, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia, Imagiologia, Enfermagem, da Consulta da Dor, entre outros. Os doentes podem ser referenciados e admitidos em qualquer momento, sempre que necessitem deste tipo de cuidados.

As duas Unidades de Cuidados Paliativos obtiveram as primeiras acreditações em 2015 e 2018, respetivamente. Já anteriormente renovada, a reobtenção desta acreditação reforça o compromisso da CUF com a qualidade clínica e a humanização dos cuidados prestados aos doentes.

Associação presente em quatro cidades do circuito com stand de atividades
A Daiichi-Sankyo Portugal apoia a Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão na parceria que...

“O pulmão é essencial para o desempenho de um ciclista”, refere a Pulmonale.  Este é o mote da parceria entre a Associação e a Volta a Portugal que, na edição de 2024, vai contar com um stand, onde estão presentes os principais patrocinadores.

O stand vai contar com algumas atividades, incluindo bicicletas estáticas.

“A parceria com a Volta a Portugal está alinhada com os objetivos da Associação em aconselhar, apoiar e difundir informação. A presença da Pulmonale é muito importante para colocar o cancro do pulmão na ordem do dia, dar a conhecer a doença e sensibilizar cada vez mais pessoas para o rastreio, refere Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale.

A Pulmonale vai estar presente em quatro cidades do circuito: 29 de julho na Guarda, 30 de julho em Bragança, 31 de julho em Vila Real e a 1 de agosto no Porto.

A 1 de agosto, último dia da presença da Pulmonale no evento, assinala-se ainda o Dia Mundial do Cancro do Pulmão.

Para a Daiichi Sankyo Portugal é extremamente relevante estar associada a estas iniciativas com o propósito de apoiar as associações de doentes que apoiam doentes oncológicos, os seus familiares e/ou cuidadores, com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida e bem-estar.

A Volta a Portugal é considerada o maior evento anual desportivo realizado em Portugal, estima-se que passem pelo evento cerca de dois milhões de pessoas durante os 11 dias de prova.

 
Campanha apela à doação de sangue
Sob o mote “Braços dados por uma boa causa”, o Grupo Mundicenter, em parceria com o Instituto Português do Sangue e da...

A ação decorre nos dias 30 de julho e d 1 de agosto no Oeiras Parque e no Strada Outlet. De 1 a 3 de agosto é a vez do Braga Parque acolher a iniativa. 

Durante este período, a população de Oeiras, Odivelas e Braga, assim como outros visitantes dos shoppings, é incentivada a participar nesta iniciativa solidária e a contribuir com um gesto altruísta e generoso, que pode salvar vidas. Para a dádiva de sangue, é necessário ter entre 18 e 65 anos – sendo o limite de idade para a primeira doação os 60 anos –, pesar mais de 50kg e manter um estilo de vida saudável.

Por serem espaços de grande afluência, os centros comerciais são locais ideais para sensibilizar a população para a importância da doação de sangue. Assim, o Grupo Mundicenter e o IPST reforçam, novamente, o seu objetivo em alertar para a necessidade de manter as reservas de sangue em níveis adequados e promover a saúde da população. Esta ação solidária é a oportunidade única para todas as pessoas fazerem a diferença e contribuírem para o bem comum da comunidade.

Prevenir e controlar a Doença Venosa Crónica
A Doença Venosa Crónica (DVC) é uma disfunção das paredes e válvulas das veias das pernas que dificu

Os primeiros sinais e sintomas de Doença Venosa Crónica (DVC) – sensação de pernas pesadas e cansadas, a dor, o inchaço nas pernas e nos pés - que se agravam com o calor e com longos períodos na posição de pé ou sentada, são frequentemente percecionados como normais. Ainda que estas queixas criem desconforto e incapacidade, limitando tarefas do dia a dia, são maioritariamente desvalorizadas.

Os doentes devem procurar um profissional de saúde sempre que suspeitem que estão perante uma situação de DVC. O alívio dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida são os principais objetivos do tratamento.

Sabe-se que, em Portugal, a DVC afeta 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos (7 em cada 10 mulheres com mais de 30 anos sofre de DVC), sendo preocupante que uma grande parte das pessoas afetadas não procure ajuda médica. “Os doentes devem estar atentos e não ignorar os primeiros sintomas e sinais visíveis. Por ser muitas vezes valorizada tardiamente, esta doença acaba por afetar a sua qualidade de vida, com um impacto social e económico significativo, pelo que o tratamento adequado e atempado é essencial”, salienta Joana Amaral, médica de Medicina Geral e Familiar.

“Esta patologia afeta as paredes e válvulas das veias das pernas e dificulta a circulação do sangue para o coração. Uma das formas de prevenir e controlar a DVC é reajustar o estilo de vida através da adoção de medidas higieno-dietéticas que ajudam a promover a circulação venosa”, recomenda a especialista.

A DVC é uma doença crónica e evolutiva, que exige vigilância e cuidados médicos continuados, por isso é fundamental que os doentes adaptem o seu estilo de vida e passem a adotar, no seu dia a dia, algumas medidas para ajudar a controlar esta patologia.

6 medidas que promovem a circulação venosa

  • Praticar exercício físico como caminhadas, ciclismo ou natação;
  • Evitar estar longos períodos de pé ou sentado;
  • Evitar saltos altos ou rasos (a altura recomendada é de 3 a 4 cm);
  • Prevenir o excesso de peso;
  • Evitar o uso de roupa apertada;
  • Procurar lugares frescos e evitar as exposições ao calor (sol, depilação com cera, banhos quentes e sauna).

Quanto ao tratamento, este depende da situação de cada doente e da gravidade dos sintomas, pelo que deve ser adaptado caso a caso, podendo incluir medicamentos venoativos, compressão elástica, ou até mesmo intervenções cirúrgicas. A compressão e a medicação são medidas habitualmente prescritas de forma contínua, mas deve sempre avaliar a situação com o seu médico. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
4.ª edição da Campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”
Apesar do investimento e do conhecimento gerado com os avanços científicos, o cancro do pulmão continua a ser um grave problema...

A importância de conhecer os fatores de risco - como o tabagismo ativo ou passivo; exposição a amianto ou radão; exposição a poluição, agentes químicos ou radioativos; história familiar de doença oncológica -   e poder atuar mais precocemente na deteção da doença são o mote da campanha deste ano.

De acordo com os dados do Globocan, em 2022, esta doença afetou mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo, tendo roubado 1,8 milhões de vidas. Em Portugal, no mesmo ano, contabilizaram-se cerca de 6.000 novos casos e 5.000 mortes associadas ao cancro do pulmão, que é o 4.º com maior incidência, mas o 1.º em número de mortes.

“Habitualmente, os sintomas são inespecíficos e tardios”, confirma Cláudia Vicente, Coordenadora do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF (GRESP). “A literacia da população é muito importante para esta poder estar desperta para os fatores de risco, história familiar e sintomas.”

Ainda que na maioria das situações não exista sintomatologia associada até que a doença se desenvolva, há sinais a ter em atenção, como tosse que não passa ou que piora, tosse com sangue, dor no peito que geralmente piora com respiração profunda, rouquidão, perda de apetite, perda inexplicável de peso, falta de ar ou cansaço.

Manter um estilo de vida saudável e ter atenção reforçada aos fatores de risco é essencial quando se fala no cancro do pulmão, sobretudo para contrariar o cenário atual: “é a doença oncológica com maior mortalidade associada, em grande parte pelo facto de a maioria dos diagnósticos ocorrerem em estádio avançado da doença, em que apesar dos avanços significativos no tratamento desta patologia, os resultados são ainda modestos”, afirma Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale (Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão).

O rastreio é uma ferramenta essencial para diagnosticar a doença precocemente pelo que é o foco de sociedades médicas e associações de doentes desta área.

“No momento, ainda não existe em Portugal um programa de rastreio, embora exista já muito debate e o esforço das sociedades científicas em emitir posições e mesmo propostas para que se dê início ao rastreio do cancro do pulmão”, refere Cláudia Vicente.

“O rastreio do cancro do pulmão realizado através de Tomografia Axial Computorizada de baixa dose demonstrou efetividade, nomeadamente nos grandes estudos realizados (National Lung Screening Trial e Estudo Nelson), reduzindo a mortalidade em pelo menos 20% ao possibilitar o diagnóstico em estádios iniciais”, acrescenta Isabel Magalhães.

Dada a relevância deste tema, existe um projeto piloto para o rastreio apresentado publicamente, bem como às autoridades de saúde, pela Pulmonale.

“Além do tabagismo ativo e passivo, há vários outros fatores de risco associados ao desenvolvimento do cancro do pulmão. Podem ser fatores de risco ambientais como exposição ao radão, substâncias químicas ou poluição do ar. Por outro lado, relacionados com a pessoa, podemos citar a história familiar, patologia respiratória prévia e estilo de vida”, confirma Cláudia Vicente.

“Em Portugal, a combinação desses fatores, pode explicar o aumento do número de casos de cancro do pulmão. A alteração do estilo de vida, cada vez mais urbano, com menos exercício e alterações de hábitos alimentares associadas à poluição do ar em áreas urbanas e a exposição a substâncias químicas em determinados ambientes de trabalho pode estar a contribuir para o aumento do cancro do pulmão. Além disso, o aumento da esperança de vida e o envelhecimento da população também podem estar a levar a um maior número de casos, já que o risco de cancro do pulmão aumenta com a idade”, reforça a especialista.

No que diz respeito aos desafios associados à jornada do doente com cancro do pulmão, Isabel Magalhães alerta para “uma falta de equidade que urge alterar. O cancro do pulmão é uma patologia complexa, cujo tratamento deveria ocorrer em centros de referência, seguindo guidelines atualizadas e com tempos máximos de resposta para cada etapa da jornada do doente. O que se constata é a existência de diferentes realidades, com as consequências que daí advêm para os doentes”.

Há ainda a salientar o papel dos cuidados de saúde primários que, segundo Cláudia Vicente, “pela sua proximidade à população, podem intervir a vários níveis. Por um lado, podem atuar na desabituação tabágica, um dever de todos os profissionais de saúde” assim como na “promoção de um estilo de vida saudável – exercício e alimentação equilibrada.”. Sobre o tema dos rastreios, a especialista refere que “devem passar pela colaboração multidisciplinar entre as várias especialidades, onde a Medicina Geral e Familiar deve estar envolvida no reconhecimento e acompanhamento dos doentes”.

A campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias” é uma iniciativa da AstraZeneca, em parceria com a Associação Careca Power, Associação Nacional das Farmácias (ANF), Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF (GRESP), Pulmonale e Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), e com o apoio da Rede Expressos.

Curso para médicos e profissionais de saúde
A NOVA Medical School já abriu as inscrições para a Formação Avançada em Genética e Genómica na Clínica. O curso, que decorre...

Dada a rápida evolução desta área e a escassez de oferta formativa, este curso destaca-se como um dos mais completos em toda a Europa. O estudo da genética, especialmente no que diz respeito ao cancro, é fundamental para compreender a origem de diversas doenças. Esta formação responde a essa necessidade emergente, capacitando os profissionais de saúde para interpretar e aplicar informações genómicas na prática clínica, melhorando assim a prestação de cuidados aos doentes. Além disso, conta com um corpo docente altamente especializado, tanto nacional como internacional.

A genómica é uma área em rápida evolução com implicações diretas nos cuidados clínicos e que enfrenta desafios significativos devido ao rápido desenvolvimento de novas ferramentas e metodologias genómicas.

A falta de compreensão e integração adequada da informação genómica na prática clínica pode aumentar a distância entre o laboratório e o atendimento ao paciente. Num contexto em que a medicina de precisão e personalizada ganha cada vez mais importância, torna-se ainda mais relevante apostar na formação em Genética e Genómica.

O curso aborda temas como novas metodologias de sequenciação, o futuro da análise genómica, a sequenciação clínica, a bioinformática e a medicina personalizada.

A Formação Avançada em Genética e Genómica na Clínica conta com uma redução no valor da propina para os primeiros inscritos. As inscrições estão abertas até ao dia 30 de agosto e podem ser efetuadas no site da NMS.

Impacto sobre o bem-estar psicológico
A amamentação pode influenciar significativamente o bem-estar psicológico de uma nova mãe de várias

A amamentação é um momento íntimo de conexão entre mãe e filho. Para algumas mulheres, essa conexão pode fortalecer os laços emocionais e proporcionar uma sensação de realização e satisfação. A autoestima também pode ser influenciada na medida em que para algumas mães, a capacidade de amamentar com sucesso pode aumentar a autoestima e a confiança, proporcionando uma sensação de realização e competência. Por outro lado, a pressão social e as expetativas em torno da amamentação podem criar stress e ansiedade em algumas mulheres. Sentimentos de culpa ou inadequação podem surgir se a amamentação não for bem-sucedida ou se a mãe enfrentar dificuldades.

Surge também o cansaço e a exaustão, já que a amamentação pode ser fisicamente exigente, especialmente nas primeiras semanas após o parto. Isto pode contribuir para o cansaço e a exaustão, afetando o bem-estar psicológico. Outro fator relevante é o isolamento social, pois a necessidade de amamentar com frequência pode levar as mães a se sentirem isoladas socialmente. Por fim, se a amamentação não for bem-sucedida, a mãe pode experimentar frustração, preocupação e até mesmo sentimentos de fracasso. Isso pode afetar negativamente o seu bem-estar psicológico, especialmente se ela se sentir julgada por outras pessoas ou se internalizar sentimentos de inadequação.

A amamentação é frequentemente descrita como um momento especial para criar uma ligação entre a mãe e o recém-nascido. Existem várias maneiras pelas quais a amamentação pode contribuir para essa ligação, nomeadamente através do contacto físico; da libertação de hormonas como a ocitocina que desempenham um papel importante na regulação emocional; interação visual e emocional; alimentação e cuidado.

No entanto, é importante ressaltar que a amamentação não é a única maneira de criar uma ligação emocional com o recém-nascido. O vínculo entre mãe e filho pode ser fortalecido por meio de outras formas de cuidado, como o contato pele a pele, o banho do bebé, o cuidado durante a troca de fraldas e a interação amorosa e atenciosa no dia a dia.

Se uma mãe não puder ou optar por não amamentar, isso não significa necessariamente que a ligação com seu filho será afetada. Existem muitas maneiras alternativas de criar uma ligação emocional saudável e forte, incluindo o envolvimento atencioso e amoroso nos cuidados diários do bebé, o contato físico, a comunicação verbal e não verbal, e o tempo de qualidade passado juntos.

Enquanto profissional já acompanhei mães de recém-nascidos profundamente desorganizadas pela pressão social e dos próprios profissionais de saúde para a amamentação. Isto gera nas mães um sentimento de obrigatoriedade na amamentação, acreditando que os seus filhos não serão tão saudáveis ou não desenvolverão o mesmo vínculo caso não sejam amamentados. Gera-se um sentimento de fracasso e insucesso que as pode levar a deprimir e, isso sim, condiciona a funcionalidade enquanto mãe para cuidar do seu bebé. Será mais grave uma mãe deprimida e ansiosa do que uma mãe que não consegue amamentar. Sei de algumas histórias de mulheres a quem lhes é pedido para não amamentarem em público. Por um lado, ainda se considera uma zona do corpo com uma componente sexual e que não deveria ser exposta dessa forma. Todavia, há também outra leitura das coisas. Este tabu está mesmo associado à forma como olhamos a maternidade e a amamentação, como uma coisa íntima, que não deve ser exposta aos olhares de todos.

Nós somos o resultado da sociedade onde crescemos e as nossas crenças moldam o nosso comportamento. É importante referirmos que a mulher não tem que amamentar em público se não se sentir confortável. Este momento é visto por muitas mulheres como algo especial, íntimo e, por isso, querem vive-lo de forma mais íntima, não pretendendo expor-se publicamente nesse momento especial que é delas. De igual modo, muitas mulheres procura o conforto e serenidade para amamentar e ligar-se aos seus filhos. Isto acaba por ser difícil quando há muita gente. Não acho que haja uma causa única, pois também se relaciona com a vivência que as mães escolhem ter para a sua maternidade.

Já houve fases em que se considerou que a suplementação dos bebés era muito importante. Neste momento privilegia-se a amamentação materna. E como em tudo, o que foge à norma em determinada fase da sociedade é mal visto. Decidir não amamentar, no momento atual, é mal visto, é visto como egoísmo. Todavia, amamentar é uma opção das mães. Amamentar a todo o custo, apenas porque ouvimos que é o correto, pode deixar as mães em situações emocionais muito complicadas.

É preciso eliminar os discursos atuais, facilmente veiculados através das redes sociais, e que nos dizem constantemente o que temos que fazer, as dicas para alcançar alguma coisa, o quão maus somos quando não o conseguimos ou como parece fácil para outros. Amamentar é normal, mas não amamentar também o é. São escolhas com as quais as mães têm que estar confortáveis. Não criticar, não replicar modelos, ser uma ajuda efetiva. A maternidade e a amamentação são processos individuais, não generalizemos.

À semelhança da história do menino, do velho e do burro, das Fábulas La Fontaine, façamos o que fizemos sempre seremos criticados. Por isso, as decisões devem ser tomadas de acordo com aquilo que fizer sentido para cada pessoa e com as suas capacidades físicas e emocionais.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 27 de julho
As pessoas com diagnóstico de Doença Inflamatória Intestinal e suas famílias deparam-se com complexas exigências na gestão...

Os cuidados de Enfermagem dirigidos às necessidades das pessoas com Doença Inflamatória Intestinal (DII), encontram hoje desafios que exigem uma reflexão partilhada sobre diferentes domínios como a formação, a investigação, as políticas e a práxis. Tanto a Doença de Crohn como a Colite Ulcerativa requerem cuidados de enfermagem essenciais para garantir uma qualidade de vida adequada e o controlo dos sintomas da doença.

No evento vão participar Cândida Cruz (Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino), de Clarisse Maia (enfermeira da Unidade Local de Saúde São João no Porto), de Samuel Fernandes (médico gastroenterologista na Unidade Local de Saúde de Santa Maria em Lisboa), entre muitos outros. Haverá várias mesas redondas sobre: Adesão ao regime terapêutico e switch na administração da terapêutica; Inovação no tratamento da DII; Consultas de Enfermagem à Pessoa com Doença Inflamatória Intestinal; Cuidando da Mente e do Corpo na DII, entre outros temas.

Para debater estes e outros aspetos a Escola de Enfermagem (Porto) da Universidade Católica Portuguesa no Porto, realiza dia 27 de julho, a partir das 8h45, o 1º Seminário de Cuidados de Enfermagem à Pessoa com Doença Intestinal Inflamatória, com o objetivo de promover o diálogo entre vários atores que intervêm no tratamento, na investigação, nos cuidados de gestão da saúde e da doença e da formação dos enfermeiros.

 
Dia Mundial das Hepatites Virais | 28 julho
A velocidade com que a humanidade vive o quotidiano é alucinante.

Grandes têm sido os esforços encetados para a erradicação das Hepatites B e C, capazes de evoluir para a cronicidade e de causar cirrose e cancro do fígado. Apesar disso, a cada 30 segundos uma pessoa morre vítima de alguma complicação relacionada com as hepatites. Um dos principais passos para a mitigação destas doenças foi a criação da vacina contra a hepatite B pelo cientista Dr. Baruch Blumberg nascido precisamente nesta data e vencedor do Prémio Nobel devido a esta importante descoberta. Não obstante, a nível mundial, menos de 50% das crianças são vacinadas nas primeiras 24h de vida, como se preconiza. Muitos grupos de risco, como os viajantes, os doentes com doenças hepáticas crónicas ou sob imunossupressão, não estão também vacinados. A vacinação é altamente eficaz na prevenção da doença e os seus riscos são desprezíveis pelo que é fundamental uma aposta numa cobertura vacinal mais universal.

A hepatite C não dispõe de vacina, mas temos neste momento ao nosso dispor fármacos de elevada potência e com efeitos secundários mínimos, capazes de prevenir as complicações acima mencionadas quando a administrados antes do desenvolvimento de doença hepática significativa, nomeadamente fibrose avançada e cancro do fígado. Dos dados disponíveis, sabemos que nos últimos anos a comunidade médica e civil em Portugal tem sido capaz, através de esforços consideráveis para chegar às populações mais vulneráveis, de manter um número de tratamentos constante, impedindo os riscos para o doente individual e mitigando o contágio.

Apesar de estas duas formas de hepatite serem as que têm merecido mais atenção dada as suas complicações potenciais, neste dia, é meu desejo deixar também uma palavra sobre a hepatite A e E. A primeira, de transmissão fecal oral, tem sido responsável por alguns surtos em Portugal na última década, sem mortalidade significativa associada, mas com morbilidade importante e por vezes necessidade de internamento. Está disponível também a vacinação contra esta doença pelo que esta deve ser considerada a todos os grupos de risco ou a quem o desejar. A hepatite E, endémica na Europa neste momento, é uma preocupação sobretudo em grávidas e em doentes imunodeprimidos (doentes com doenças oncológicas, com doenças autoimunes, transplantados, etc). Nos países subdesenvolvidos, transmite-se sobretudo por via fecal oral e não evolui par a cronicidade mas é capaz de produzir uma mortalidade de até 25% nas grávidas. Na Europa, a doença é sobretudo transmitida através de carne porco ou javali malcozinhada e pode evoluir para formas crónicas nos doentes mais vulneráveis e até causar falência hepática aguda. O consumo destes produtos deve ser evitado, sobretudo em doentes com os fatores de risco já mencionados.

A variabilidade das hepatites virais não nos deve confundir ou paralisar. É hora de agir e felizmente temos já disponíveis algumas armas de alta eficácia para diminuir a morbimortalidade destas doenças. A primeira e talvez a mais importante, será sempre a informação!

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para responder à procura de emigrantes e turistas
A MALO CLINIC reforçou a disponibilidade das suas operações em Faro, Coimbra e Funchal de forma a responder à procura de...

Os principais países de residência dos clientes internacionais dos meses de verão são Suíça, Angola, Inglaterra, França e Luxemburgo. Os clientes procuram os serviços da MALO CLINIC para todo o tipo de intervenções, desde situações de urgência até à colocação de implantes e à cirurgia de reabilitação fixa total com recurso à técnica All-on-4®.

A aposta na inovação permitiu à MALO CLINIC desenvolver a técnica All-on-4® ao longo dos anos, sendo o desenvolvimento mais recente o novo procedimento MALO CLINIC All-on-4® com Workflow Totalmente Digital. Conjugando tecnologias de imagiologia, design de produto e impressão 3D, o novo processo permite diminuir em mais de metade o tempo das cirurgias de reabilitação fixa total com recurso à técnica All-on-4®. Ou seja, uma operação que antes durava entre 5 e 7 horas pode agora ser realizada em apenas 2h30 horas a 3h00 horas e com o paciente a poder ter as próteses provisórias colocadas e estar pronto a mastigar.

Carne cultivada pode gerar até 92% menos emissões de gases com efeito de estufa
A empresa francesa Gourmey apresentou um pedido de autorização aos reguladores da UE para o seu foie gras cultivado – marcando...

O pedido da Gourmey acontece quase exatamente um ano após a Aleph Farms ter solicitado aos reguladores suíços e britânicos a venda da sua carne de bovino cultivada. Na sequência de avaliações de segurança, dois produtos de frango cultivado foram aprovados para venda nos EUA em 2023, e as entidades reguladoras autorizaram a venda de carne cultivada em Singapura em dezembro de 2020.

O que é a carne cultivada?

Uma investigação revista por pares mostra que a carne cultivada pode gerar até 92% menos emissões de gases com efeito de estufa e até 94% menos poluição atmosférica, e pode utilizar até 66% menos água do que a carne convencional.

Uma vez que também pode exigir até menos 90% de terra, a carne cultivada poderia complementar a agricultura sustentável, abrindo espaço para abordagens mais respeitadoras para com a natureza e aumentando a segurança alimentar na Europa ao reduzir a dependência de culturas cultivadas no estrangeiro para alimentar os animais. Esta carne pode também ser produzida sem antibióticos, ajudando a reduzir o risco de resistência antimicrobiana.

Um inquérito recente realizado pela YouGov e encomendado pelo Good Food Institute Europe revelou que 69% dos consumidores portugueses acredita que, após a carne cultivada passar pelo sólido processo regulamentar da UE, os consumidores devem decidir se pretendem ou não comê-la. Outros 64% concordam que, se a carne cultivada entrar no mercado, deve também ser produzida em Portugal, para que a economia portuguesa possa beneficiar disso.

O processo regulatório da UE

Antes de um produto de carne cultivada poder ser vendido na Europa, tem de ser aprovado pelas entidades reguladoras da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). A autorização prévia à comercialização da carne cultivada é regida pelo regulamento relativo a novos alimentos, que constitui um dos enquadramentos de segurança alimentar mais sólidos do mundo.

Assim que os reguladores da UE aprovarem um produto de carne cultivada, este pode ser vendido nos 27 países da UE. O processo de aprovação incluirá uma avaliação exaustiva e baseada em evidências relativas à segurança e ao valor nutricional da carne cultivada, e estima-se que demore pelo menos 18 meses.

Assim, o foie gras cultivado da Gourmey será avaliado ao abrigo deste regulamento da UE relativo a novos alimentos. O enquadramento de autorização exaustivo e baseado em provas também permite considerar os potenciais impactos sociais e económicos do alimento em questão. A Comissão Europeia e os Estados-Membros têm um papel a desempenhar no processo de aprovação, juntamente com os peritos científicos da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, a fim de garantir que as decisões de autorização são representativas e mantêm a adesão de todas as partes interessadas.

“É fantástico ver que foi apresentado o primeiro pedido de venda de carne cultivada na UE. Isto demonstra que a inovação alimentar pode coexistir com as nossas tradições culinárias, proporcionando aos consumidores um foie gras fabricado de uma forma que pode reduzir os impactos ambientais e as preocupações com o bem-estar dos animais, apoiar o investimento e criar empregos com futuro garantido,” comentou Seth Roberts, Senior Policy Manager do The Good Food Institute Europe. “Os peritos podem agora começar a trabalhar, utilizando um dos processos regulamentares mais rigorosos do mundo, para avaliar a segurança e as qualidades nutricionais da carne cultivada.”

Dia dos Avós | 26 de julho
No Dia dos Avós, é oportuno refletir sobre a importância fundamental de cuidar daqueles que tanto cu

Os avanços contínuos na área da saúde têm contribuído significativamente para o aumento da esperança de vida e para o crescente número de idosos saudáveis e ativos. Este fenómeno não só altera a demografia da sociedade, como também redefine os papéis familiares e a dinâmica entre gerações.

A família desempenha um papel essencial no desenvolvimento e na estruturação da vida dos seus membros. Neste contexto, os avós assumem um papel crucial como pilares de apoio nas dimensões social, emocional, prática e material. Para muitas famílias, os avós não são apenas figuras de afeto e sabedoria acumulada ao longo dos anos, têm um papel ativo no quotidiano, ajudando em tarefas como ir buscar as crianças à escola, acompanhar durante atividades extracurriculares ou apoiar nos estudos.

À medida que a vida avança, é natural que ocorra uma inversão nos papéis dentro da família. Os filhos e netos, que anteriormente eram cuidados, muitas vezes tornam-se os cuidadores dos elementos mais velhos da família. Este ciclo de cuidado sublinha a importância das relações intergeracionais e dos benefícios mútuos que estas proporcionam.

Para os netos, a presença dos avós não só oferece amor e apoio incondicional, mas também abre portas para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal através da transmissão de valores e experiências. Para os avós, envolver-se na vida dos netos pode significar um propósito renovado, estimulação cognitiva e emocional, além de promover um envelhecimento ativo e saudável.

Promover um envelhecimento ativo e saudável é crucial para o bem-estar das pessoas idosas. Isso inclui práticas como a socialização regular para combater a solidão e promover o bem-estar emocional, exercício físico e mental para manter a saúde física e cognitiva, e a adoção de uma atitude preventiva através de avaliações de saúde regulares e acesso a cuidados médicos e psicológicos quando necessário.

Ressaltamos aqui a importância de cuidar daqueles que assumem o papel de cuidadores informais, muitas vezes os próprios avós. Estes desempenham um papel crucial no cuidado aos mais velhos da família, enfrentando desafios emocionais e físicos significativos. Criar medidas de apoio que ofereçam estratégias de gestão emocional, suporte prático e momentos de descanso é fundamental para garantir que estes cuidadores possam desempenhar o seu papel de forma eficaz e sustentável.

O Dia dos Avós é uma ocasião para celebrar não apenas a sabedoria e o amor dos mais velhos, mas também para reconhecer a importância vital das relações familiares intergeracionais. Ao valorizar e apoiar estas conexões, estamos a investir no bem-estar de todas as gerações e a construir uma sociedade mais inclusiva e solidária.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Abordagem “One Health” é imprescindível à prevenção e controlo de novas epidemias globais
A Ordem dos Médicos criou um Grupo de Trabalho subordinado à “One Health” (“Uma só Saúde”), com o objetivo de promover em...

Constituído por médicos especialistas em Saúde Pública, Patologia Clínica, Doenças Infecciosas, Medicina Interna, Pneumologia, Endocrinologia e Nutrição, e Medicina Geral e Familiar, em estreita colaboração com todos os colégios de especialidades, subespecialidades e competências da Ordem dos Médicos, o grupo de trabalho visa ainda incrementar a mobilização social em torno deste tema.

Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, considera que “é fundamental que a interdisciplinaridade e comunicação entre os profissionais de saúde seja incentivada desde a sua formação, devendo por isso esta abordagem ser incluída nos currículos das escolas médicas e de saúde em Portugal”.

Lúcio Meneses de Almeida, coordenador do Grupo de Trabalho "One Health" e especialista em Saúde Pública, assinala a importância desta abordagem, destacando que “a saúde humana está intrinsecamente ligada à saúde animal e à saúde ambiental, razão pela qual Portugal deve reforçar a sua capacidade em termos de vigilância em saúde pública, incluindo na sua dimensão laboratorial”.

Para a Ordem dos Médicos é também essencial reforçar, do ponto de vista estrutural e funcional, a rede de serviços operativos de saúde pública do Serviço Nacional de Saúde - dos seus níveis nacional (Direção-Geral da Saúde), ao local (unidades de saúde pública), passando pelo nível regional (departamentos de saúde pública das ARS).

A “One Health” (“Uma só saúde”) traduz uma abordagem colaborativa, multisetorial e transdisciplinar, nos diversos níveis de intervenção (do local ao global), visando alcançar os melhores resultados em saúde.

Elementos da família são os principais agressores
Um estudo académico sobre violência contra pessoas idosas, feito com residentes no município de Coimbra a viverem na comunidade...

Os dados, que coincidem com resultados de outras análises sobre este tema feitas no território nacional, constam da tese de doutoramento da professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Cristina Veríssimo, defendida este ano pela investigadora, na Universidade Católica Portuguesa, sob o título “Violência Contra as Pessoas Idosas na Comunidade. Desafios e Prioridades para a Ação dos Enfermeiros".

De acordo com os resultados do estudo da docente especialista em saúde pública, aplicado a uma amostra de 427 pessoas idosas (faixa etária entre os 60 e os 95 anos), no “último ano” (ano em que responderam ao questionário), 39,4% dos inquiridos revelaram ter sido vítimas de algum tipo de violência.

Nesse período, verificou-se que esta população foi, sobretudo, vítima de violência psicológica (28,3%) e financeira (12,9%), seguindo-se a negligência (3,3%), a violência física (2,8%), as lesões físicas (1,6%) e a violência sexual (0,2%).

Os números disparam quando falamos da prevalência da violência contra pessoas idosas “ao longo da vida”: 42,4% para a violência psicológica, 33,0% para a financeira, 15,7% para a física, 10,5% para lesões físicas e 4,9% para a violência sexual.

Diferenças entre rendimentos, sexo, idade e qualificações

Segundo a investigadora Cristina Veríssimo, «a prevalência da violência psicológica, violência física e lesões físicas foi significativamente superior» nas pessoas idosas «com rendimentos mensais iguais ou inferiores a 500 euros», evidenciando este estudo que os indivíduos «com rendimentos mais baixos estavam mais propensos aos diferentes tipos de violência analisados».

Os resultados deste estudo mostram, por outro lado, que «a diferença na ocorrência de violência psicológica, física e lesões físicas entre sexos foi estatisticamente significativa, sendo mais frequente entre as mulheres».

Quanto às formas de violência por média etária, reportaram violência psicológica sobretudo os inquiridos mais novos, enquanto «os indivíduos que relataram negligência tinham idades significativamente superiores».

Segundo as habilitações literárias, a análise feita pela professora da ESEnfC «revelou que a prevalência da violência física e lesões físicas foi significativamente mais elevada nos indivíduos com habilitações inferiores ao 1º ciclo do que nos que tinham o 1º ciclo ou mais».

Já no caso da violência financeira, «foram aqueles com profissões mais qualificadas que foram mais vitimizados».

No estudo de Cristina Veríssimo, «os elementos da família» surgem como «os agressores predominantes, nomeadamente os da família nuclear».

«O marido/esposa/companheiro(a) e os descendentes (filho/filha) destacaram-se como os principais agressores na violência psicológica, seguidos do/a amiga(o)/conhecido(a)/ /colega/vizinho(a)», sendo esta realidade semelhante «à encontrada na violência física e nas lesões físicas», esclarece a professora da ESEnfC.

Na violência financeira, os agressores foram sobretudo os filhos (homens), enquanto na violência sexual ao longo da vida (com as mulheres a serem as principais vítimas), os agressores foram sobretudo o cônjuge/companheiro(a) e ex-marido.

Sugestões para a prática de Enfermagem

A finalidade deste estudo «é servir de base a abordagens multidisciplinares que permitam estruturar atividades, instrumentos e mecanismos para prevenir e gerir o fenómeno», dando «contributos para que os enfermeiros possam responder às necessidades das pessoas idosas e suas famílias e da comunidade onde se inserem», lê-se na tese de Cristina Veríssimo.

A título de exemplo, e entre outras sugestões, a docente da ESEnfC afirma que «os enfermeiros devem aproveitar todas as oportunidades de contacto nos vários contextos de trabalho», sendo que «a visita domiciliária proporciona uma oportunidade para prevenir, detetar precocemente estas situações e acompanhar os casos de risco».

Aliás, «como estratégia, seria importante implementar, em todas as Unidades de Saúde Familiar, as visitas domiciliárias de carácter preventivo às pessoas idosas dependentes», recomenda Cristina Veríssimo.

A professora de Enfermagem adverte que «as respostas a este fenómeno exigem uma abordagem multidisciplinar, já que mobilizam vários sistemas – de saúde, social e de justiça».

Cristina Veríssimo nota, ainda, que, tendo «os resultados deste trabalho» sido «anteriores ao período pandémico», as «pessoas idosas que ficaram em isolamento, ou confinadas com elementos da família e/ou cuidadores, podem ter enfrentado maior risco de violência, pelo que é necessário dar continuidade ao estudo desta problemática».

Segundo o relatório da Oliver Wyman em colaboração com o Fórum Económico Mundial
As mudanças climáticas vão exercer uma enorme pressão sobre os sistemas de saúde, podendo causar até 14,5 milhões de mortes até...

O aquecimento global e os fenómenos meteorológicos extremos estão a causar problemas de saúde a nível global – o relatório analisa seis categorias que podem ter efeitos negativos na saúde: inundações, secas, ondas de calor, tempestades tropicais, incêndios florestais e aumento do nível do mar. As inundações representam o maior risco de mortalidade, e estima-se que causem 8,5 milhões de mortes em 2050; seguidas pelas secas, indiretamente relacionadas com o calor extremo, com uma previsão de 3,2 milhões de mortes; e as ondas de calor, com uma estimativa de aproximadamente 1,6 milhões de mortes até 2050.

O impacto climático representa, também, custos económicos significativos, ao criar uma pressão adicional nas infraestruturas e recursos médicos e humanos – que em algumas regiões do mundo, se encontram já no limite das suas capacidades.

A gravidade dos fenómenos climáticos começou a sentir-se na década de 1970, com o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Dados mais recentes mostram que os níveis de CO2 aumentaram 50% em cerca de 200 anos, desde a era pré-industrial.

O aumento incessante das emissões provém das atividades económicas humanas, seja pela queima de combustíveis fósseis, padrões de consumo e produção ou uso do solo. O estudo de Oliver Wyman apresenta estratégias de redução de emissões para evitar perdas económicas de até 11,5 biliões de euros até 2050, um custo bastante demasiado para a saúde mundial. As medidas propostas referem-se, sobretudo, à redução necessária da frequência e intensidade dos fenómenos meteorológicos – como ondas de calor, inundações e tempestades – que têm um efeito devastador para as comunidades e para os sistemas de saúde. 

O papel do setor privado é apontado como crucial e deve ser incentivado pelos Governos. Esses incentivos podem tomar a forma de incentivos económicos diretos (como créditos fiscais, subsídios ou bolsas de investigação de apoio a iniciativas que visam mitigar os impactos das alterações climáticas); capacitação financeira (que compensem os riscos e a incerteza de investir em iniciativas climáticas piloto centradas na saúde, regulamentação e sensibilização); regulamentação (que estimule a inovação) e sensibilização (através da ampla divulgação de informação e boas práticas). 

O setor público tem um outro papel, essencial na resiliência dos sistemas de saúde aos efeito provocados pelas mudanças climáticas e meteorológicas, como a capacitação das infraestruturas.

Segundo o estudo, prevê-se que até 2050 aproximadamente 70% das mortes se concentrem em regiões identificadas de alto risco, em particular no Sudeste Asiático, onde as ondas de calor prolongadas causarão um aumento de doenças. Em concreto, estima-se que a Ásia, devido à alta concentração de pessoas que vivem em áreas costeiras baixas, sofra perdas económicas de cerca de 3,2 biliões de euros. E esta região tem já sido testemunha de um grande número de desastres e de vítimas a nível mundial.

Por sua vez, África, devido à falta de recursos, infraestruturas inadequadas e a carência de equipamento médico essencial, encontra-se numa posição de maior vulnerabilidade face aos impactos das mudanças climáticas na saúde do que outras regiões – o que torna a sua capacidade de abordar e se adaptar à alterações ambientais um desfio ainda maior.

Embora o impacto a nível de saúde noutras regiões seja comparativamente menor, os seus efeitos apresentam dados alarmantes para as suas economias. Depois da Ásia, a Europa é a região que se prevê que enfrente maiores perdas económicas (2,3 biliões de euros), seguida da América do Sul (1,9 biliões de euros) e África em terceiro lugar (1,8 biliões de euros).

Calcula-se que o tratamento das doenças causadas pelas mudanças climáticas tenham, para os sistemas de saúde, custos que ultrapassem 990 milhões de euros (até 2050). Quase metade deste valor é atribuído à América do Norte e Central (custos de hospitalização e tratamento relativamente mais elevados) e à Ásia, devido ao grande número de pessoas afetadas por catástrofes climáticas.

O fortalecimento dos sistemas de saúde, para além de poder retardar significativamente a propagação de doenças transmitidas por vetores como a malária, dengue e Zika, irá, também, através de um investimento atempado nas infraestruturas críticas reduzir a carga de morbilidade e mortalidade induzida pelo clima.

A colaboração com fornecedores e instituições de cuidados de saúde é essencial para garantir a implementação atempada de soluções. As empresas farmacêuticas e de dispositivos médicos necessitam de incentivos económicos e financiamento a longo prazo para garantir os recursos necessários para a investigação e o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas. Aumentar o acesso à tecnologia e reduzir o seu custo será crucial para permitir intervenções precoces melhorar e melhorar e melhorar a capacidade de tratamento de doenças e infeções relacionadas com o calor – respiratórias, cardiovasculares e infeciosas – sobretudo nos países em desenvolvimento.

Inquérito nacional aponta dificuldades
Dados recentes do ‘Barómetro da Oftalmologia’ – um inquérito realizado a nível global com a participação, nacional, de doentes...

Acesso a transporte para a clínica, ajudas de custos para estacionamento e medicamentos, materiais informativos para compreender melhor a doença e o tratamento, lembretes de consultas, discussões pró-ativas com profissionais de saúde sobre os desafios da doença e apoio emocional são algumas da medidas que apontam como essenciais para a manutenção do processo terapêutico. 

O barómetro mostra ainda que 46% dos doentes que vivem com DMI, assim como todos os oftalmologistas inquiridos, acham que o tratamento é demasiado frequente, sendo que a maioria dos doentes (56%) gostaria que o tempo entre tratamentos fosse maior sem diminuição da acuidade visual. 

Por outro lado, destaca-se a vontade de monitorizar a acuidade visual em casa: 45% dos doentes manifestam este desejo enquanto 55% dos oftalmologistas sublinham a importância dos serviços médicos deslocarem-se ao domicílio do doente ou perto deste.

Para 84% dos doentes seria importante, ainda, falar com o médico sobre os desafios relacionados com a doença, mas 27% dos oftalmologistas referem não ter tempo suficiente nas consultas para esclarecer eventuais preocupações.

Em Portugal, este inquérito contou com a participação de quatro centros hospitalares e clínicas do nosso país e envolveu 317 respostas de doentes e profissionais de saúde na área da DMI. 

A DMI é a principal causa de cegueira em países desenvolvidos, afetando uma em cada oito pessoas a partir dos 60 anos.  É uma doença degenerativa, progressiva e crónica, associada ao envelhecimento, que afeta gradualmente a visão central e representa um problema de saúde global, com impacto significativo na autonomia e na qualidade de vida dos doentes.

À medida que a DMI vai progredindo pode levar a alterações da visão de contraste, da visão das cores e da visão em ambientes com má luminosidade, o que faz com que simples atividades do dia a dia, como ler, escrever, conduzir e reconhecer rostos, se tornem difíceis para o doente.

As lesões da mácula passam frequentemente despercebidas nas fases precoces, o que traz alguns desafios acrescidos ao diagnóstico. Por isso, é fundamental aconselhar os nossos avós, pais, tios e outros familiares com mais de 55 anos, a irem ao médico oftalmologista regularmente para fazer exames de rotina e detetar precocemente quaisquer alterações na visão.

 
CBP Portugal reage com preocupação e associa-se a petição internacional
A CBP Portugal - Associação de Apoio a Doentes com Colangite Biliar Primária, associou-se à PBC Foundation e outras 11...

Para Joana Pina, presidente da CBP Portugal, “a comunidade de doentes com CBP compreende, naturalmente, a necessidade de comprovar a segurança e eficácia dos medicamentos e está totalmente empenhada na investigação da doença, participando em estudos clínicos e outras formas de investigação”.

“Ora acontece, que a EMA considerou que os benefícios do tratamento com AOC não superavam o risco, baseando-se fundamentalmente no ensaio clínico COBALT, segundo o qual o AOC não conseguiu demonstrar, nos doentes com CBP, benefício na prevenção da descompensação, morte ou transplante. Estudo esse que apresenta muitas limitações, pondo em causa as conclusões obtidas e que podem colocar em risco a vida de milhares de doentes em toda a Europa”, acrescenta.

Dada a inexistência de outra terapêutica de segunda linha aprovada para o tratamento desta patologia, “se a Comissão Europeia avançar com esta decisão, doentes que vivem atualmente com a doença controlada não terão qualquer alternativa terapêutica”, alerta a presidente da CBP Portugal.

Em Portugal, serão atualmente cerca de 150 doentes nesta situação. A colangite biliar primária pode evoluir para insuficiência hepática, cirrose, aumenta a probabilidade de cancro do fígado e a possibilidade de transplante, com todo o impacto que tal acarreta não só para o doente, a sua família, e a nível de custos de saúde.

A petição pode ser assinada em: https://acesse.dev/Wf3du

Informação Sazonal
O verão é uma estação que traz consigo altas temperaturas, aumentando os cuidados necessários com a

Os medicamentos são compostos por substâncias químicas que podem ser sensíveis a variações de temperatura. O calor pode acelerar a degradação dos princípios ativos, reduzir a eficácia e, em alguns casos, produzir compostos tóxicos. 

Cuidados na conservação dos Medicamentos

  • Armazenamento adequado: a maioria dos medicamentos deve ser armazenada em um local fresco e seco, longe da luz solar direta e de fontes de calor. O ideal é mantê-los num ambiente com temperatura controlada, entre 15°C e 25°C, a menos que as instruções na embalagem indiquem outra faixa de temperatura.
  • Evite o carro: não deixe medicamentos no carro, pois as temperaturas internas podem exceder facilmente 40°C em dias quentes, causando degradação rápida dos produtos.
  • Refrigeração sempre que necessário: alguns medicamentos precisam ser refrigerados. Nesse caso, mantenha-os no frigorífico, a uma temperatura constante, entre os 2°C e os 8°C. Deste modo, evite colocá-los na porta do frigorífico, onde a temperatura pode variar. Ao viajar, use bolsas térmicas com gel refrigerante para mantê-los frios.
  • Proteção contra a humidade: a humidade pode ser tão prejudicial quanto o calor. Por isso, mantenha os medicamentos em recipientes bem fechados e, de preferência, em locais secos. Evite armazená-los na casa de banho ou na cozinha, onde a humidade tende a ser maior.
  • Verificação da integridade: regularmente, verifique a aparência dos medicamentos. Qualquer alteração na cor, textura, cheiro ou consistência pode indicar degradação. Em caso de dúvida, consulte um farmacêutico antes de continuar o uso.

Cuidados na utilização dos Medicamentos

  • Leitura atenta das instruções: leia sempre as instruções na embalagem e a bula do medicamento. As orientações específicas sobre armazenamento são fundamentais para garantir a eficácia do tratamento.
  • Consultar um profissional de saúde: antes de iniciar qualquer medicação, especialmente durante o verão, consulte um médico ou farmacêutico para confirmar a correta administração e conservação.
  • Hidratação adequada: o verão aumenta o risco de desidratação, o que pode afetar a absorção e eficácia de certos medicamentos. Certifique-se que se mantem bem hidratado enquanto toma medicamentos, especialmente aquanto a toma de diuréticos ou laxantes.
  • Atenção aos sintomas: o calor pode intensificar os efeitos colaterais de alguns medicamentos, como anti-hipertensivos e antidepressivos. Esteja atento a sinais como tonturas, fraqueza ou desmaios e informe seu médico se estes ocorrerem.

Precauções específicas para certos Medicamentos

  • Insulina e Outros Biológicos: a insulina e outros medicamentos biológicos são particularmente sensíveis ao calor. Devem ser mantidos refrigerados e protegidos contra variações de temperatura durante o transporte.
  • Antibióticos e Antipiréticos: estes medicamentos podem perder a sua eficácia se não forem armazenados corretamente. Siga rigorosamente as instruções de armazenamento e descarte qualquer medicamento que tenha sido exposto a temperaturas extremas.
  • Medicamentos Líquidos: xaropes e soluções orais são mais propensos a degradação por ação do calor e da humidade. Verifique regularmente a aparência e a consistência desses medicamentos e mantenha-os bem vedados.
  • Medicamentos de uso externo: Cremes, pomadas e loções podem-se separar ou solidificar em altas temperaturas. Armazene-os em locais frescos e observe qualquer mudança na sua textura antes de os utilizar.

Referências

Marques, D. C., & Rosa, R. A. (2020). "Impact of Temperature on the Stability of Pharmaceuticals". Journal of Pharmacy and Pharmacology, 72(3), 271-283.

National Institute for Health and Care Excellence. (2019). "Medicines: Storage in Hot Weather". Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/hot-weather-medicines

World Health Organization. (2017). "Good Storage Practices for Pharmaceuticals". Disponível em: https://www.who.int/medicines/publications/pharmprep/WHO_TRS_961_annex9.pdf

https://www.infarmed.pt/web/infarmed/institucional/documentacao_e_informacao/informacao-tematica/-/journal_content/56/15786/1487069?tagName=outras-campanhas

https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/publicacoes/cim_e_publicacoes_medicamentos_e_ondas_de_calor_152225550164b12831e665b.pdf

 
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