Evento decorre no âmbito da celebração dos 30 anos da Fundação BIAL
A Fundação BIAL comemora este ano o seu 30º aniversário. Para assinalar a data, traz a Portugal no dia 9 de outubro os...

O evento terá lugar na Aula Magna da Universidade de Lisboa, pelas 17h00, e inclui a cerimónia de entrega do Prémio Maria de Sousa 2024, promovido pela Ordem dos Médicos e pela Fundação BIAL.

A entrada é aberta ao público em geral, com inscrição obrigatória a partir de setembro. O link para a inscrição será divulgado no website da Fundação BIAL.

Para Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL, “a presença dos Professores António Damásio e Hanna Damásio na cerimónia de celebração dos 30 anos é motivo de grande satisfação, pela enorme admiração e estima pelo casal e gratidão pela sua presença, desde há muitos anos, no Conselho Científico da Fundação BIAL, presidido pelo primeiro”. Acrescenta ainda que “para a decisão de juntar a cerimónia de entrega do Prémio Maria de Sousa 2024 e a conferência dos 30 anos contribuiu o facto de o prestigiado casal ter mantido uma relação de profunda amizade com a cientista Maria de Sousa, que também foi administradora da Fundação”.

António Damásio é Professor da cátedra David Dornsife de Neurociência, Psicologia e Filosofia, e Diretor do Brain and Creativity Institute, na University of Southern California, em Los Angeles (EUA).

Neurologista e neurocientista, tem dado contributos fundamentais para a compreensão dos processos cerebrais subjacentes ao afeto, à tomada de decisões e à consciência. O seu trabalho teve grande impacto nas neurociências, psicologia e filosofia. Autor de várias centenas de artigos científicos, é considerado um dos mais eminentes neurocientistas da era moderna.

É autor de uma vasta obra, da qual se destacam “Descartes' Error”, “The Feeling of What Happens” e “Looking for Spinoza”, entre outros títulos traduzidos em todo o mundo e ensinados em inúmeras universidades.

Membro da National Academy of Medicine, da American Academy of Arts and Sciences e da Academia das Ciências de Lisboa, foi homenageado com doutoramentos Honoris Causa de importantes universidades, alguns partilhados com a sua mulher Hanna, como por exemplo os da École Polytechnique Fédérale de Lausanne [EPFL] em 2011 e da Sorbonne [Université Paris Descartes] em 2015.

Hanna Damásio é Professora da cátedra Dana Dornsife de Neurociência e Diretora do Dana and David Dornsife Cognitive Neuroscience Imaging Center, na University of Southern California. 

Utilizando a tomografia computorizada e a ressonância magnética, desenvolveu métodos de investigação da estrutura do cérebro humano e estudou funções como a linguagem, a memória e a emoção, utilizando tanto o método de estudo de lesões cerebrais como a neuroimagem funcional. Os seus contributos para a compreensão das bases neurais dos processos linguísticos são especialmente notáveis.

É licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde também se formou em Neurologia e Neuroanatomia. É membro da American Academy of Arts and Sciences e da American Neurological Association. Partilhou o Prémio Signoret e o Prémio Pessoa com António Damásio.

Opinião
Pela primeira vez na história, a maioria das pessoas pode esperar viver até os 60 anos e mais.

A longevidade é um recurso desejado por todos, o que faz pensar sobre a forma como vivemos e a forma como envelhecemos. Uma pessoa com 60 anos no início da década do Envelhecimento Saudável (2020-2030) poderia esperar viver, em média, por mais 22 anos. No entanto, há uma grande iniquidade quanto à longevidade de acordo com os extratos sociais e económicos.

Em 2020, o número de pessoas com 60 anos ou mais ultrapassou primeira vez na história o número de crianças abaixo de 5 anos. Em 2050, pessoas com 60 anos ou mais ultrapassarão o número de adolescentes e jovens com idade entre 15 e 24 anos e em países desenvolvidos, o aumento será de 310 milhões para 427 milhões de pessoas com mais de 60 anos.

Na maior parte dos países, a proporção de pessoas idosas na população aumentará de uma pessoa idosa em cada seis pessoas em 2030 e de uma para cada 5 em 2050.

Mulheres tendem a viver mais do que homens e entre 2020 e 2025, a expectativa de vida ao nascer das mulheres excederá a dos homens em 3 anos.

O cenário em Portugal…

A classificação demográfica de uma população, como jovem ou envelhecida, depende da proporção de pessoas nas faixas etárias extremas. Em Portugal, considera-se pessoa idosa, a pessoa com 65 ou mais anos de idade.

Portugal, assim como outros países da Europa, tem vindo a registar nas últimas décadas profundas transformações demográficas caracterizadas, entre outros aspetos, pelo aumento da longevidade e da população idosa e pela redução da natalidade e da população jovem.

Atualmente Portugal é o segundo país da união europeia com maior índice de envelhecimento, apenas ultrapassado pela Itália, sendo que em 2015 ocupávamos o quarto lugar.

Em 2015, as pessoas com 65 ou mais anos representavam 20,5% de toda a população residente em Portugal, a esperança média de vida era de 77,4 anos para homens e 83,2 anos para as mulheres e em 2021 a esperança média de vida subiu para 78.1 anos para os homens e 83.5 para as mulheres.

O índice de envelhecimento em Portugal passou de 27,5% em 1961 para 183.5% em 2022.

Entre 2018 e 2080, de acordo com o cenário central de projeção:

  • Portugal perderá população, dos atuais 10,3 para 8,2 milhões de pessoas.
  • O número de jovens diminuirá de 1,4 para cerca de 1,0 milhões.
  • O número de idosos (65 e mais anos) passará de 2,2 para 3,0 milhões.
  • O índice de envelhecimento em Portugal quase duplicará, passando de 159 para 300 idosos por cada 100 jovens.
  • A região mais envelhecida em 2080 será a Região Autónoma da Madeira, com este índice a atingir os 429 idosos por cada 100 jovens, e a região menos envelhecida será o Algarve, com um índice de 204.
  • A população em idade ativa (15 a 64 anos) diminuirá de 6,6 para 4,2 milhões de pessoas.
  • O índice de sustentabilidade potencial poderá diminuir de forma acentuada, face ao decréscimo da população em idade ativa, a par do aumento da população idosa. Esteb índice passará de 259 para 138 pessoas em idade ativa, por cada 100 idosos.
  • Relativamente à morbilidade, as mulheres em Portugal vivem mais tempo, mas em pior estado de saúde.

O que é o envelhecimento?

De acordo com a Organização mundial da Saúde (OMS) o Envelhecimento individual é um processo condicionado por fatores biológicos, sociais, económicos, culturais, ambientais e históricos, podendo ser definido como um processo progressivo de mudança biopsicossocial da pessoa durante todo o ciclo de vida. Para a Direção geral da Saúde (DGS) o envelhecimento consiste num processo de deterioração endógena e irreversível das capacidades funcionais do organismo.

É sim, um processo biológico, associado ao acúmulo de danos moleculares e celulares. Com on tempo, esse dano leva a uma perda gradual nas reservas fisiológicas com consequente aumento do risco de contrair diversas doenças e um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo, que em última instância pode levar a morte. Além das perdas biológicas, muitas vezes há perdas de relações próximas e essas mudanças incluem mudanças nos papéis e posições sociais.

No mundo, cerca de 23% da carga global da doença é atribuível a condições que afetam pessoas com 60 ou mais anos. As principais condições que contribuem para esta excessiva carga global da doença são as doenças crónicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, as neoplasias malignas, as doenças respiratórias crónicas, as doenças musculosqueléticas (como a artrose e a osteoporose), os acidentes vasculares cerebrais e an diabetes, os distúrbios neurológicos e mentais, como a demência e a depressão. A multimorbilidade (risco de sofrer de várias doenças crónicas ao mesmo tempo) e a polimedicação são encaradas como um dos principais problemas relacionados com a toma de medicamentos por pessoas idosas, resultando, das múltiplas comorbilidades presentes.

As doenças crónicas não transmissíveis são responsáveis por 88% dos anos de vida vividos com incapacidades em Portugal.

Viver mais pode também significar estar mais exposto a riscos, como a vulnerabilidade do estado de saúde, o isolamento social e a solidão, a dependência física, mental e também económica, a estigmatização e os abusos, quer físicos, quer psicológicos, sexuais, financeiros ou materiais, por discriminação, ou por negligência.

Surge assim o conceito de idadismo como forma de discriminação, assentes em construções sociais que associam o envelhecimento à incapacidade e dependência. O idadismo surge quando a idade é usada para categorizar e dividir as pessoas de maneira a causar prejuízos, desvantagens e injustiças, e para arruinar a solidariedade entre as gerações. O idadismo se refere a estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) direcionadas às pessoas com base na idade delas. O idadismo pode ser institucional, interpessoal ou contra si próprio. Para pessoas idosas, o idadismo está associado a uma menor expectativa de vida, pior saúde física e mental, recuperação mais lenta de incapacidade e declínio cognitivo. O idadismo piora a qualidade de vida das pessoas idosas, aumenta seu isolamento social e sua solidão, restringe sua capacidade de expressar sua sexualidade e pode aumentar o risco de violência e abuso.

O idadismo prejudica nossa saúde e nosso bem-estar e é uma grande barreira para que sejam adotadas medidas que promovem o envelhecimento saudável, conforme reconhecem os Estados Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Estratégia e plano de ação global sobre envelhecimento e saúde e na Década do Envelhecimento Saudável: 2020‒2030.

Essa complexidade nos estados funcional e de saúde apresentada por pessoas mais velhas levanta questões fundamentais sobre o que significa saúde em idade mais avançada, como a medimos e como podemos promovê-la. São necessários novos conceitos definidos não apenas pela presença ou ausência de doença, mas em termos do impacto que essas têm sobre o funcionamento e o bem-estar da uma pessoa, relembrando que em 1947 a OMS definiu Saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.

A qualidade de vida é, claramente, a tónica dominante do envelhecimento ativo, podendo esta ser definida como a perceção do indivíduo acerca da sua posição na vida, no contexto cultural e de valores no qual vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Envelhecimento ativo é definido como o processo de otimização das oportunidades para a saúde e refere-se à participação contínua na vida social, económica, cultural, espiritual e cívica, ou seja, vai muito além da possibilidade de ser física e profissionalmente ativo.

As três componentes fundamentais no conceito de qualidade de vida nas pessoas idosas são o bem-estar financeiro, a saúde e a integração social.

Por sua vez, o conceito de “envelhecimento saudável” refere-se ao processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional (interação das capacidades físicas e mentais com o meio) que contribui para o bem-estar e para a qualidade de vida das pessoas idosas. O objetivo principal é o bem-estar, um conceito que contempla todos os elementos e componentes da vida valorizados pela pessoa.

Embora parte da diversidade observada na forma como envelhecemos deve se a nossa herança genética, a maior parte dela surge dos ambientes físicos e sociais que habitamos.

Esses ambientes incluem o nosso lar, a nossa vizinhança, a nossa comunidade, a forma como nos alimentamos, a forma como dormimos, a forma como pensamos e gerimos o stress do dia a dia, se praticamos ou não exercício físico, se modulamos ou não o nosso sistema imunitário e as nossas hormonas.

A saúde é sem dúvida um dos elementos mais valorizados no bem-estar da pessoa idosa. A saúde precária e os declínios na capacidade física e mental não precisam dominar o envelhecimento. A maioria dos problemas de saúde enfrentados por pessoas mais velhas podem ser prevenidas ou retardadas envolvendo-se em comportamentos saudáveis e controlados de maneira eficaz, principalmente se forem detetados precocemente.

Assim surge o conceito de Medicina Preventiva e da Longevidade Saudável ou Medicina do envelhecimento saudável.

A Medicina do Envelhecimento Saudável é um movimento médico que surgiu nos Estados Unidos da América na década de 90, com o objetivo de mudar a forma como era abordado o avanço da idade. Até então, o envelhecimento era visto como algo com o qual não se teria nada a fazer, que deveria se resignar e tratar as doenças típicas do envelhecimento.

Assim em 1992, um grupo de médicos, fundou a American Academy of Anti-Aging Medicine, (Academia Americana de Medicina Antienvelhecimento) que provocou uma verdadeira revolução dentro da medicina.

A primeira medida apontada pelo movimento é a prevenção de doenças ou de complicações de doenças. O primeiro foco é não adoecer, por isso, ela é vista, antes de tudo, como uma medicina preventiva.

Segundo a medicina do envelhecimento saudável, envelhecer com saúde significa manter a sensação de bem-estar e de qualidade de vida que é fruto de uma atitude preventiva e intervencionista, isto é, é necessária uma mudança de atitude, saindo de uma posição passiva para a ativa, estabelecendo verdadeiros pilares antienvelhecimento. 

Acompanhe aqui como é possível, sim, interferir nos processos antes que eles aconteçam, adotando hábitos que garantem uma vida mais longa e com mais qualidade de vida.

Os princípios da Medicina do Envelhecimento Saudável podem ser integrados a qualquer especialidade médica e beneficiar o maior número possível de pessoas.

Assim, estabeleceram-se os 5 pilares do Antienvelhecimento, fundamentais para alcançar uma vida longa e saudável:

1. Alimentação: Nutrindo o Corpo e a Mente

A alimentação é o alicerce da longevidade saudável. Ela não apenas nos fornece energia, mas também desempenha um papel crucial na prevenção de doenças e no suporte à saúde mental.

Optar por uma dieta equilibrada é essencial. Isso significa incluir uma variedade de alimentos, desde água, frutas e vegetais ricos em antioxidantes até proteínas magras que ajudam na construção muscular e gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva e abacate, que beneficiam o coração e o cérebro. Reduzir o consumo de alimentos processados e açúcares refinados é fundamental para manter níveis de açúcar no sangue estáveis e prevenir doenças crónicas, prevenindo assim o stress oxidativo e o envelhecimento celular.

2. Sono: O Descanso Renovador

O sono é o período em que o corpo se repara e recarrega, realizando assim o fortalecimento do sistema imunitário a secreção e libertação de várias hormonas e a consolidação da memória.  Uma boa qualidade de sono é fundamental para a saúde mental, emocional e física.

A qualidade do sono está diretamente ligada à capacidade do corpo de gerir o stress) e, assim, à qualidade de vida.

“Quem dorme mal, pensa mal”: estabelecer uma rotina de sono consistente, indo para a cama e acordando na mesma hora todos os dias, ajuda a regular o relógio biológico. Criar um ambiente propício ao descanso, com um colchão confortável e um quarto escuro e silencioso, é essencial. Além disso, evitar estimulantes como cafeína e eletrônicos antes de dormir pode melhorar significativamente a qualidade do sono.

3. Exercício: Movimente-se para a Vitalidade

O terceiro pilar, o exercício físico, é um componente-chave da longevidade saudável. A atividade física regular não apenas ajuda a manter um peso saudável, mas também fortalece os músculos e ossos, melhora a circulação sanguínea e aumenta a resistência cardiovascular.

Além disso, o exercício libera endorfinas, neurotransmissores que melhoram o humor e reduzem o stress. Encontrar uma atividade que seja agradável e sustentável a longo prazo é crucial, seja caminhando, nadando, correndo, praticando ioga ou mesmo musculação. O exercício físico é um tratamento cujos efeitos são estendidos ao longo da vida, e não há um único tratamento medicamentoso que possa influenciar tantos órgãos de maneira tão positiva. Realizar pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana e incluir exercícios aeróbicos e de resistência muscular e acima de tudo evite o sedentarismo.

4. Suplementação com Nutracêuticos: Nutrientes Extra para uma Vida Plena

Os níveis médios de minerais nos solos agrícolas caíram em todo o mundo. Nossa comida perdeu de 20 a 60% de seus nutrientes, em grande parte pelo uso de água de má qualidade, de fertilizantes químicos e desgaste do solo. Nessa busca por uma nutrição mais equilibrada e rica nutricionalmente, os suplementos administrados por seu médico ou nutricionista complementam a alimentação e combatem os radicais livres causados por maus hábitos alimentares, estilo de vida e poluição ambiental. 

Assim, ajudam a manter os níveis de geração de energia (ATP), a massa magra, o sistema cardiovascular, as articulações, o cérebro e a pele mais saudáveis.

Os nutracêuticos são uma adição valiosa à nossa busca por longevidade saudável. Eles fornecem nutrientes essenciais que podem estar em falta na nossa dieta. Vitaminas, minerais, antioxidantes e outros compostos naturais podem ser utilizados para suprir deficiências nutricionais e fortalecer o sistema imunológico. No entanto, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação para garantir que seja adequada às suas necessidades individuais.

5.  Gestão Emocional: O Poder do Equilíbrio Mental

A gestão emocional desempenha um papel fundamental na nossa saúde geral. A resposta ao stress e é uma reação adaptativa que foi e é fundamental para nossa sobrevivência, sendo útil e benéfico por curtos períodos. Por outro lado, se esta resposta não for revertida, transforma-se em stress crónico pode ter efeitos devastadores no corpo e na mente, contribuindo para uma série de problemas de saúde. Aprender a lidar com o stress por meio de técnicas de relaxamento, identificar e enfrentar as fontes de stress, praticar meditação e praticar a gratidão, assim como organizar o tempo e estabelecer prioridades pode melhorar significativamente a qualidade de vida. Além disso, cultivar relacionamentos saudáveis e buscar apoio quando necessário são componentes essenciais da gestão emocional.

Conclusões:

As condições de saúde são determinantes no envelhecimento ativo, no entanto a promoção do envelhecimento ativo não se restringe à promoção de comportamentos saudáveis. É essencial considerar os fatores ambientais e pessoais, como os determinantes económicos, sociais e culturais, o ambiente físico, o sistema de saúde e o sexo. A família, a comunidade e a sociedade têm um forte impacto na forma como se envelhece.

A busca pela longevidade saudável envolve cuidar de diversos aspetos da nossa vida:

Alimentação, sono, exercício, suplementação com nutracêuticos e gestão emocional são os 5 pilares que sustentam uma vida longa e plena. Ao adotar um estilo de vida que valorize esses pilares, estará investindo no seu bem-estar a longo prazo e aumentando suas hipóteses de desfrutar de uma vida saudável e duradoura. Portanto, comece hoje a cuidar desses pilares e embarque na jornada da longevidade saudável. Nosso futuro agradecerá.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial do Sarcoma assinala-se a 13 de julho
O sarcoma é um tipo de cancro que se origina nos tecidos conjuntivos, incluindo ossos, cartilagens, músculos e gorduras. Podem...

Hugo Gregório, médico veterinário oncologista do AniCura CHV Porto Hospital Veterinário, explica que "os sarcomas representam cerca de 15% de todos os tumores malignos em cães, enquanto em gatos essa percentagem é significativamente menor, em torno de 7%. Esta diferença pode estar relacionada com fatores genéticos e ambientais específicos de cada espécie".

Entre os tipos de sarcomas, destaca-se o osteossarcoma, uma doença que afeta maioritariamente cães de média idade a geriátricos. Classicamente, é uma doença oncológica que afeta raças grandes, nomeadamente São Bernardo, Dogue Alemão, Setter Irlandês, Doberman, Pastor Alemão e Golden Retriever. “A taxa de prevalência em machos e fêmeas é sensivelmente semelhante, com um ligeiro aumento da incidência nos machos. Os cães castrados parecem ter uma maior prevalência comparativamente aos intactos”, afirma o especialista.

Outra neoplasia frequente é o Hemangiossarcoma (HSA), um tumor altamente maligno das células endoteliais, que revestem os vasos sanguíneos. Podendo ter origem em qualquer parte do corpo, é mais comum no baço, fígado, coração e pele, sendo que a localização é fator de prognóstico, já que HSA localizados na pele e que não atinjam o tecido subcutâneo possuem melhor prognóstico. Esta neoplasia metastiza com frequência, nomeadamente para os pulmões, e verifica-se que as raças com maior predisposição são o Boxer, Pastor Alemão, Golden Retriever e Dobermann.

No caso dos gatos, o Fibrosarcoma é o sarcoma mais comum e define-se como um tumor maligno com origem nos fibroblastos. O sarcoma associado a locais de inoculação possui uma incidência de um em cada mil ou a dez mil gatos e distingue-se dos sarcomas “clássicos” por ser mais agressivo e surgir em animais mais jovens.

A identificação precoce dos sintomas é crucial para um tratamento eficaz. "Os sinais de sarcoma podem incluir inchaços ou massas que não diminuem de tamanho, claudicação, perda de peso inexplicável e mudanças no comportamento do animal", acrescenta. "Os cuidadores devem estar atentos a qualquer alteração no estado físico e comportamental dos seus animais e procurar assistência veterinária sempre que notem algo incomum".

O diagnóstico é obtido através de exames regulares e da realização de biópsias de qualquer massa suspeita. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do tipo e estádio do sarcoma.

"Felizmente uma grande percentagem de animais com sarcomas ficam curados. Tudo dependerá do diagnóstico atempado e da localização do tumor", realça o Dr. Hugo Gregório. "Com a tecnologia avançada e o conhecimento que temos disponíveis nos nossos hospitais e clínicas, os veterinários estão capacitados para disponibilizar tratamentos que podem aumentar a taxa de sobrevivência e devolver a qualidade de vida aos nossos pacientes."

 
Proposta será agora remetida à Assembleia da República
A Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos (OM) aprovou a proposta de Alteração ao Estatuto da Ordem dos Médicos, na...

Em paralelo, a Assembleia de Representantes aprovou a criação do Observatório do Ato Médico, um instrumento fundamental que visa intensificar a vigilância sobre outros tipos de atividades e profissões que praticam atos médicos para os quais não estão habilitadas.

Segundo Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, “a Assembleia de Representantes tomou uma posição muito vincada na defesa da medicina e da qualidade dos cuidados de saúde dados aos doentes.”  

O Bastonário considerou que “a criação do Observatório do Ato Médico vai permitir uma monitorização mais apertada dos atos médicos praticados por profissionais não competentes, oferecendo mais segurança aos doentes. O Observatório da Ato Médico será fundamental para a defesa do exercício da Medicina e para a proteção dos doentes”.

Foi ainda aprovada uma proposta de Regulamento Geral dos Colégios de Especialidades, das Secções de Subespecialidade e dos Colégios de Competências. O novo regulamento, que irá para consulta pública durante o período mínimo de 30 dias úteis para contributos de várias entidades e médicos, inclui o processo de criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, iniciado por um Grupo de Trabalho criado em março de 2024. Importa esclarecer que esta é uma primeira etapa para a criação da nova especialidade, num processo que se pretende transparente e participado, com os contributos de todos durante o período da Consulta Pública.

Foram também aprovadas alterações a diversos regulamentos da OM, tendo em vista a adaptação ao novo Estatuto da Ordem dos Médicos, e a proposta de Programa de Formação para Competência em Controlo de Infeção e Utilização Racional de Antibióticos (CIURA). 

 
Candidaturas abertas
O Instituto Piaget faz história no ensino superior português ao lançar a primeira licenciatura em Medicina Tradicional Chinesa ...

Esta licenciatura coloca Portugal e o Instituto Piaget na vanguarda da formação nesta área. A MTC é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pelas suas contribuições na prevenção e tratamento de doença, e promoção da saúde. 

O curso do Instituto Piaget é o primeiro em Portugal a oferecer um grau académico completo nesta área, e permitirá preencher uma lacuna na formação de profissionais de saúde em MTC. O curso foi recentemente acreditado pela A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior). 

“Este é um marco importante na educação em saúde em Portugal e na Europa. Com esta nova licenciatura, o Instituto Piaget reafirma o seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento do Ensino Superior em Portugal, ao mesmo tempo que procura dar resposta a uma necessidade crescente na formação de profissionais nesta área”, destaca Rui Tomás, secretário-geral do Instituto Piaget.  

O mesmo responsável acrescenta: “Estamos, mais uma vez, na linha da frente do progresso ao oferecer uma formação única e de alta qualidade, com parcerias internacionais de excelência, que colocará os nossos alunos no mapa internacional da Medicina Tradicional Chinesa”. 

Enquanto instituição precursora nesta área, o Instituto Piaget conta com as importantes parcerias da ESMTC (Escola de Medicina Tradicional Chinesa) e da NJUCM (Universidade de Medicina Chinesa de Nanjing), sediada na capital da província de Jiangsu, no leste da China.  

A primeira conta com 30 anos de experiência no ensino e orientação de estágios clínicos nesta área em Portugal, enquanto a segunda é a mais antiga instituição do ensino superior chinesa neste domínio, tendo formado um grande número de talentos, tanto no país como a nível internacional. A Universidade é um dos Centros Colaboradores da OMS para a Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa e Centro Internacional de Formação em Acupunctura, tendo formado mais de 30.000 estudantes internacionais.  

“O objetivo geral deste novo ciclo de estudos no Instituto Piaget é proporcionar formação humana, técnica, científica e cultural ao nível da licenciatura na área de MTC, assente na prática baseada na evidência, com incidência na resolução dos problemas de saúde, na promoção de cuidados de saúde centrados no utente e na adoção de uma atitude profissional e ética responsável durante o exercício profissional”, explica Ana Varela, coordenadora da licenciatura. 

Com este novo curso, o Instituto Piaget dá mais um passo – a juntar a outros contributos – para o desenvolvimento da saúde pública em Portugal através do ensino, da investigação e da colaboração com os sistemas de saúde existentes. 

“A Medicina Tradicional Chinesa é um método de cuidados de saúde abrangente e centrado numa visão holística da saúde e do ser humano”, explica Ana Varela, que acrescenta: “A MTC inclui nos seus recursos terapêuticos a Acupunctura, um método sofisticado de Fitoterapia, a massagem terapêutica Tuina, uma dietética própria e um sistema de exercícios de prevenção e de terapêutica baseados no movimento humano, o Chi Kung e o Tai chi”.  

O reconhecimento da MTC em Portugal 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, contabilizados ainda antes da recente pandemia, a Medicina Tradicional Chinesa era praticada em cerca de 100 países, estando a sua componente de Acupunctura presente em 113.   

Em Portugal, a profissão de Especialista de Medicina Tradicional Chinesa está legalmente reconhecida e devidamente regulamentada enquanto profissão de saúde, com destaque para as Leis n.º 45/2003 e 71/2013, que enquadram o seu exercício.   

Na China, a Medicina Tradicional Chinesa é ensinada em 265 universidades nos graus de licenciatura, mestrado e doutoramento e o país dispõe de uma rede hospitalar própria de 4.500 hospitais, secundada por cerca de 50.000 centros de saúde dedicados, correspondendo a cerca de 40% dos atos de saúde praticados no país. 

Candidaturas já abriram 

A licenciatura em MTC terá a duração de quatro anos (8 semestres), conferindo 240 créditos ECTS, com coordenação a cargo da Professora Doutora Ana Varela, sendo coadjuvada pelo docente Pascoal Amaral. 

O período de candidaturas já abriu para os vários tipos de concursos, incluindo o concurso institucional e os concursos especiais para maiores de 23, para alunos provenientes de cursos profissionais ou artísticos, e para estudantes internacionais (de fora da União Europeia).  

Com 30 vagas autorizadas para o 1º ano, as aulas têm arranque previsto para outubro. 

 
Organização Europeia de Biologia Molecular
A Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO), que celebra este ano o seu 60.º aniversário, anunciou hoje que concedeu a...

Megan Carey, da Fundação Champalimaud, expressa alegria pela eleição: "Estou muito feliz por ter sido eleita membro da EMBO, uma organização que admiro há muitos anos pelo seu importante trabalho de promoção das ciências da vida – e dos cientistas – em toda a Europa. Fico sinceramente grata aos atuais membros por terem apoiado a minha candidatura e sinto-me honrada por ter a oportunidade de me juntar a eles. Aguardo com expetativa a oportunidade de contribuir para a missão da EMBO de construir comunidades de investigação fortes”.

Mónica Sousa, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, sente-se feliz e honrada por ter sido eleita membro da EMBO: "É uma grande honra fazer parte da EMBO. Sinto-me muito feliz por fazer parte de um grupo de cientistas excecionais, alguns dos quais inspiraram e orientaram a minha carreira e o trabalho do meu grupo de investigação. Agradeço a forma como complementaram as nossas competências conceptuais e metodológicas, pelo reconhecimento da relevância do nosso trabalho e pelo encorajamento e reconhecimento recebidos. Agora, espero honrar este exemplo apoiando a carreira dos meus colegas mais jovens".

Ricardo Henriques, líder do grupo de investigação em microscopia de super-resolução no Instituto Gulbenkian de Ciência, sublinha a importância deste reconhecimento: "Ser eleito membro da EMBO é uma honra tremenda e um testemunho do trabalho árduo, dedicação e espírito inovador de toda a minha equipa de investigação. A EMBO é reconhecida por promover a excelência nas ciências da vida e este reconhecimento valida as nossas conquistas passadas, motivando-nos a continuar. Este reconhecimento valida as nossas realizações passadas e motiva-nos a continuar a alargar os limites da tecnologia de imagiologia e da investigação biológica. Como membro da EMBO, terei a oportunidade de colaborar com algumas das mentes mais brilhantes da biologia molecular e contribuir para moldar a futura direção da investigação em ciências da vida na Europa e não só. Este reconhecimento do nosso trabalho na intersecção da física, da biologia e da tecnologia também realça o poder da combinação de conhecimentos de diversos domínios para enfrentar desafios científicos complexos. Estou profundamente grato por esta honra e aguardo com expetativa a oportunidade de colaborar ativamente com a comunidade EMBO para fazer avançar a nossa missão comum de resolver os mistérios da vida”.

Rui Oliveira, investigador em biologia comportamental e neurociências no Instituto Gulbenkian de Ciência e Professor no Ispa – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, destacou a importância dos estudos comportamentais na biologia moderna: "É uma honra tornar-me membro da EMBO e fazer parte de uma comunidade vibrante que está na vanguarda do desenvolvimento das Ciências da Vida na Europa. Mais do que um reconhecimento ao meu trabalho, vejo esta eleição como uma valorização geral do papel dos estudos comportamentais na biologia moderna. O comportamento é um fenótipo muito peculiar. É efémero e não existe tecido biológico para o medir diretamente. Com a descoberta de que os disparos neuronais são acompanhados por alterações na expressão genética do cérebro, fomos capazes de ligar genes, cérebro e comportamento. Agora, os avanços na transcriptómica espacial e unicelular permitirão estabelecer relações gene-comportamento em redes neuronais específicas com resolução celular. Chegou o momento de estudar melhor a causalidade entre o genótipo e os fenótipos no comportamento e vejo a minha eleição para a EMBO como um reconhecimento coletivo das descobertas recentes neste domínio”.

A EMBO é uma organização internacional de mais de 2000 cientistas na Europa e em todo o mundo, empenhada em criar um ambiente de investigação na Europa onde os cientistas possam realizar o seu melhor trabalho. Para além destes investigadores, foram eleitos este ano 96 outros membros da EMBO e 20 membros associados.

Os novos membros têm como principais missões apoiar outros investigadores em todas as fases das suas carreiras, estimular a troca de conhecimento científico e ajudar a construir um ambiente de investigação onde os cientistas possam alcançar os melhores resultados do seu trabalho.

Com a eleição destes quatro investigadores, a EMBO reconhece a importância das suas contribuições científicas e o impacto do seu trabalho. A eleição como Membro da EMBO reconhece a excelência na investigação e as realizações notáveis de um cientista na área das ciências da vida. É uma honra vitalícia que reflete o compromisso com os mais altos padrões científicos. Todos os membros desempenham um papel fundamental na orientação dos programas e atividades da EMBO, fortalecendo as comunidades de investigação e influenciando diretamente o rumo da ciência na Europa e no mundo.

Professor Catedrático de Biologia e Neurociências no Ispa e investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência
Rui Oliveira, Professor Catedrático de Biologia e Neurociências no Ispa – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas...

“É uma honra tornar-me membro da EMBO e poder fazer parte de uma comunidade tão vibrante, que está na vanguarda do desenvolvimento das Ciências da Vida. Mais do que a um reconhecimento pessoal, vejo esta eleição como uma valorização do papel da investigação em comportamento na Biologia moderna”, sublinha Rui Oliveira, Professor do Ispa.

O foco da investigação de Rui Oliveira é a compreensão dos mecanismos biológicos subjacentes ao comportamento social e à sua evolução através de uma abordagem integrativa. O investigador procura entender como é que os organismos se tornaram sociais e como é que o ambiente social pode moldar o cérebro e o comportamento, tendo grande impacto no funcionamento normal e na doença. Em laboratório, estabeleceu o uso do peixe- zebra como organismo modelo em neurociência social, que tem usado para estudar as bases moleculares e neurais do comportamento social.

Rui Oliveira é - a par de Megan Carey (Fundação Champalimaud), Mónica Sousa (i3S) e Ricardo Henriques (IGC) - um dos quatro investigadores sediados em Portugal que passam este ano a integrar como membros a Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO), que celebra este ano o seu 60º aniversário, e que passa agora a integrar 29 investigadores sediados em território nacional. Esta eleição como Membro da EMBO é uma honra vitalícia que reflete o compromisso com os mais altos padrões científicos.

Alimentação
A alimentação das pessoas com diabetes não precisa de ser restritiva e monótona apenas com alimentos

Não existe uma dieta única para a população geral e a diabetes não é exceção. Por isso é importante um encaminhamento para uma avaliação individualizada e o estabelecimento de um plano nutricionaladaptado e orientado pelo nutricionista.

Os principais objetivos da alimentação no tratamento da diabetes sãomanter o bom controlo da glicemia, mas também dos níveis de colesterol,triglicéridos, pressão arterial, manter um peso saudável e prevenir as complicações da diabetes.

As pessoas com esta patologia têm uma maior incidência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, estando a hipertensão e as dislipidemias muito associadas sendo necessário um tratamento médico mais próximo e constante mas, na minha opinião, é sobretudo necessário capacitar pessoa com diabetes para a auto-gestão desta doença através do fornecimento de ferramentas para tal.

Existem diversos fatores de risco para a diabetes tipo 2, entre os quais a idade, o excesso de peso e a inatividade física. A redução deste peso felizmente está associada a melhorias na sensibilidade periférica à insulina e quando associada à terapêutica farmacológica e à prática de atividade físicaconsegue-se prevenir ou travar as complicações consequentes desta doença.

Relativamente à quantidade ideal demacronutrientes (hidratos de carbonos, proteínas ou gorduras) não existe um consenso, por esse motivo as quantidades e a distribuição dos mesmos devem ser feitas de forma individualizada, indo ao encontro dos hábitos alimentares, preferências e objetivos metabólicos. Quanto à qualidade dos hidratos de carbono consumidos, sabe-se que a escolha do seu índice glicémico interferirá também com glicémia pós-prandial (ou seja do valor de glicemia após a refeição), por tudo isto os hidratos deverão ser monitorizados não apenas relativamente à quantidade ingerida mas também à sua qualidade para se garantir um bom controlo glicémico.

No que diz respeito à alimentação de uma pessoa diabética esta deve ter como base a roda dos alimentos, pelo que deve ser completa,devendo incluir diariamente alimentos de cada grupo, variada, escolhendo alimentos diferentes de cada um dos grupos e equilibrada no que respeita à quantidade escolhida.

Como recomendações nutricionais a ter em consideração um diabético deverá: 

  • Fracionar a ingestão alimentar ao longo do dia, não saltar refeições e evitar estar muitas horas sem comer; 
  • beber diariamente pelo menos 1,5 litros de água (+/- 8 copos de água) e aumentar esta quantidade em épocas de calor ou no caso de grande esforço físico; 
  • privilegiar os alimentos fontes de fibra, consumindo vegetais todos os dias quer na sopa quer no acompanhamento do prato principal; 
  • optar pelos lacticínios meio-gordos ou magros e sem adição de açúcar; 
  • dar preferência ao consumo de carnes magras (peru, frango, coelho), proteínas de origem vegetal (tofu, seitan, leguminosas) e peixe; 
  • evitar refrigerantes e sumos de fruta, assim como bebidas alcoólicas; 
  • evitar alimentos ricos em açúcares assim como fritos e reduzir a ingestão de alimentos com muita gordura animal (natas, manteiga, charcutaria, salsicharia, vísceras e queijos gordos); 
  • diminuir o consumo de sal, escolhendo as ervas aromáticas e especiarias; 
  • preferir o azeite na confeção em detrimento de margarinas, manteigas, banhas, óleo de coco e caldos e optar por métodos de confeção como grelhados, cozidos, estufados.

A educação alimentar é fundamental no plano de tratamento de todas as pessoas com diabetes e é fundamental capacitar a pessoa diabética com ferramentas para o efeito de forma a que esta possa sentir controlo e autonomia sobre a sua vida e sobre a sua saúde.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa decorre até dia 11 de julho
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) encontra-se a realizar rastreios aos cuidados para a saúde da...

Para Raúl Alberto de Sousa, Presidente da APLO, esta iniciativa “visa sublinhar a importância da visão na função humana e a sua relevância em termos de saúde pública para a população”.

Apesar de preveníveis, as condições da visão têm um impacto económico em Portugal que pode variar entre os 200 e os 700 milhões de euros, se só se considerar pessoas com mais de 50 anos. Vários estudos indicam que, por cada 1 euro de investimento em cuidados para a saúde da visão, 10 euros revertem em produtividade. É essencial que os decisores políticos criem as condições necessárias para o acesso a mais e melhores cuidados para a saúde da visão  a todos os portugueses.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta graves limitações no acesso a cuidados para a saúde da visão, sendo que o acesso para a primeira consulta hospitalar da especialidade de oftalmologia se encontra no topo das listas de espera. Como consequência, os portugueses sofrem de deficiência visual e cegueira, que poderia ser evitada, resultando no maior grupo de incapacidade em Portugal.

“Portugal tem de implementar as recomendações internacionais para a integração dos optometristas nos cuidados para a saúde da visão no Serviço Nacional de Saúde, promovendo o adequado planeamento da força de trabalho de profissionais da saúde da visão. Os optometristas constituem a classe mais numerosa de prestadores de cuidados para a saúde da visão em Portugal, realizam dois milhões de consultas por ano e são responsáveis por mais de 70% das prescrições para óculos e lentes de contacto em Portugal. Este é um pilar da saúde da visão em Portugal, fundamental para evitar a deficiência visual e cegueira em milhões de portugueses”, conclui Raúl Alberto de Sousa.

 
Dia 18 de julho
No dia 18 de julho, às 21:00, as "Mamãs Sem Dúvidas" realizam um curso online gratuito e intensivo sobre o trabalho...

O curso abordará as etapas fundamentais do trabalho de parto, os sinais iniciais, e como preparar-se para este momento tão importante. Serão ainda discutidas as diferentes opções de alívio da dor e a importância de um plano de parto.

O curso conta ainda com Maria Costa, formadora da BebéVida, que falará sobre a oportunidade única de recolher células estaminais durante o parto, tendo em conta o seu potencial terapêutico, associado ao tratamento de mais de 80 doenças, incluindo certos tipos de cancro, doenças hematológicas e imunodeficiências. Além disso, as pesquisas continuam a explorar novas aplicações, ampliando as opções de cura e prevenção de diversas condições de saúde.

As inscrições para o evento já estão abertas e devem ser efetuadas aqui https://mamassemduvidas.pt/exercicio/

 
Iniciativa já contemplou 15 médicos
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) continua a incentivar a investigação clínica e o desenvolvimento académico...

Inês Chora, coordenadora do Centro de Ensino e Investigação em Medicina Interna (EIMI) da SPMI, esclarece que "a atribuição de três prémios anuais de pagamento da propina de doutoramento (durante um ano) pela SPMI, através do EIMI, surgiu como forma de promover a investigação clínica e o desenvolvimento académico dos médicos de Medicina Interna".

Os especialistas ou internos de Medicina Interna que desejem candidatar-se devem cumprir diversos requisitos, como explica Inês Chora: "Podem candidatar-se ao prémio especialistas ou internos de Medicina Interna, que possuam cumulativamente os seguintes requisitos: vínculo laboral com uma instituição Portuguesa; proposta de dissertação de tese de doutoramento já aprovada pelo conselho científico de um centro académico; inscrição no programa doutoral do respetivo centro académico; financiamento garantido para o projeto de investigação clínica; e não detenção de bolsa para estudantes de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia."

Para o ano em curso, a SPMI espera manter ou superar o número de submissões das edições anteriores. "Temos tido uma média de seis candidaturas anuais, mas já tivemos 10 candidatos. Gostaríamos de receber pelo menos esse número de submissões", afirmou.

"A investigação tem um papel determinante na promoção do conhecimento e na inovação das ciências médicas, bem como na qualidade e atualização do ensino da Medicina", destaca Inês Chora. Através desta iniciativa, a SPMI e o EIMI reafirmam o seu compromisso em "continuar a fomentar e a apoiar a prática de investigação de qualidade pelos internistas".

Candidaturas e regulamento em https://www.spmi.pt/candidaturas-propina-de-doutoramento-2024/.

 
 
Cerimónia de tomada de posse realizada em Lisboa
Miguel Pavão iniciou o segundo mandato como Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, este sábado, numa cerimónia realizada na...

Perante um auditório praticamente lotado, Miguel Pavão começou por recordar os passos dados durante o primeiro mandato, destacando algumas das conquistas alcançadas entre 2020 e 2024. “Conseguimos superar e ultrapassar dificuldades. Foram exemplos disso a alteração da lei da proteção radiológica, que de forma injusta e desadequada tanto afligiu a nossa profissão, mas também o processo de revisão dos estatutos da nossa ordem, durante o qual, sem ressentimentos, conseguimos reforçar poderes de utilidade pública, destacando-se o reforço dos poderes disciplinares da OMD junto de sociedades multidisciplinares, bem como sobre os seus sócios-gerentes e administradores”, afirmou, em jeito de balanço, recuperando ainda a aposta na proximidade da classe à comunidade: “Em quatro anos, soubemos preservar o legado que recebemos e simultaneamente inovar. Exemplo desse envolvimento e utilidade pública à comunidade, alavancado com a colaboração das autarquias, foi o lançamento do projeto ‘Comer Bem, Sorrir Melhor’ na CIM-Viseu Dão e Lafões, beneficiando cerca de 6 mil crianças”.

Perspetivando as linhas de atuação para o quadriénio 2024/2028, Miguel Pavão fez questão de apontar aquele que é o principal desígnio para o segundo mandato: aumentar o acesso à medicina dentária.

“A verdade é que os tratamentos médico-dentários continuam a ser uma miragem para muitos Portugueses. Está na hora de uma vez por todas pormos em marcha um Plano de Saúde oral para os portugueses, corrigindo um lapso que tem persistido desde o início da Democracia no nosso país e que impede o acesso universal a um direito que devia ser de todos”, afirmou Miguel Pavão, médico dentista desde 2004, bastonário desde 2020.

Um desígnio correspondido pela Ministra da Saúde que acompanhou toda a cerimónia para “sentir a vitalidade dos médicos dentistas”, a quem deixou palavras de apreço: “Têm sido os responsáveis por garantir a saúde oral dos portugueses, numa prioridade da qual o Estado sempre se demitiu”.

Com a promessa de “tudo fazer para melhorar o acesso e tudo fazer para que todos os portugueses tenham as mesmas oportunidades de acesso a uma saúde oral de qualidade”, Ana Paula Martins, comprometeu-se “a definir um novo Programa Nacional de Saúde Oral até ao final de 2024”, ao que acrescentou: “Iremos continuar a avançar na aplicação de 8 milhões de euros do PRR e na abertura de gabinetes dentários envolvendo cerca de 170 médicos dentistas. Mas sabemos que o garante de cuidados não passa exclusivamente por esta opção, mas numa procura de soluções complementares. Soluções que passam, quer pelo setor convencionado, quer no apelo a uma maior cobertura dos seguros no que se refere à inclusão da saúde oral na construção de novos modelos de apólices”.

Na passagem de testemunho no Conselho Deontológico e de Disciplina, o presidente cessante Luís Filipe Correia trouxe ao auditório da Fundação Champalimaud os números registados em 2023, ano durante o qual se verificaram 112 ações disciplinares de um total de 465 participações de cidadãos e médicos dentistas. O mote ideal para o discurso do novo presidente João Aquino que aposta na excelência exigida a todos os profissionais: “A sociedade atribui tanto maior valor social e consequentemente maior dignidade aos médicos dentistas quanto maior for a exigência deontológica que estes confiram à sua prática clínica”.

A cerimónia da tomada de posse foi dirigida por Carlos Silva, presidente da Mesa da Assembleia Geral, também reconduzido no cargo para o mandato de 2024/2028.

 
Opinião | Rufino Silva, Prof. da FMUC
Cerca de 85% da informação que recebemos através dos órgãos dos sentidos chega-nos pela visão.

A saúde ocular é essencial para o bem-estar, a qualidade de vida, a relação interpessoal e o desempenho profissional de todos nós. Em Portugal e em todo o mundo, a atenção à saúde ocular é fundamental para prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que podem levar à cegueira. Investir na saúde ocular da população diminui significativamente os custos associados à redução da produtividade e aos cuidados médicos prolongados. Pode significar a diferença entre estar dependente dos cuidados de outra pessoa por deficiência visual ou estar completamente autónomo podendo ler, conduzir e trabalhar.

A nível mundial, o acesso aos cuidados médicos na área da saúde ocular varia de forma muito acentuada entre países e regiões e mesmo dentro do próprio país.  Em muitas regiões em desenvolvimento a acessibilidade aos serviços oftalmológicos é muito limitada devido a fatores como falta de recursos, infraestruturas inadequadas e escassez de profissionais de saúde especializados. Nestes países, organizações internacionais e ONGs desempenham um papel crucial na prestação de cuidados oftalmológicos em áreas carenciadas. É também nestes países que as taxas de cegueira são mais altas.

Os erros refrativos e a catarata são responsáveis por mais de 50% dos casos de cegueira a nível mundial e são facilmente "curados” através da correção com óculos e da cirurgia, respetivamente, restituindo a esta grande franja da população uma visão normal.  Outras doenças causadoras de cegueira nestes países, como por exemplo o tracoma ou a oncocercose (cegueira dos rios) são objeto de campanhas de prevenção e tratamento em diferentes partes do globo muitas vezes através de Organizações internacionais e ONGs.

O programa "Vision 202/20 - The right to sight" (1999-2020) lançado e liderado pela OMS e pela Agência Internacional de Prevenção da Cegueira foi uma iniciativa global que teve como objetivo prevenir e tratar as principais causas de cegueira evitável e que incluíam a catarata, o tracoma, a oncocercose, a cegueira infantil, os erros refrativos e a baixa visão.

Este programa foi estruturado a nível global, com entidades governamentais, ONGs, entidades académicas, entidades publicas, privadas e sociais, organizações e associações profissionais. Permitiu resultados muito significativos na redução da cegueira a nível mundial através da melhoria do acesso aos cuidados médicos, da prevenção, da administração de medicamentos em larga escala para o tratamento do tracoma e da oncocercose, de programas de formação para prestadores de cuidados na área da saúde ocular, da realização de milhões de cirurgias de catarata e da correção de erros refrativos, em larga escala.

Apesar dos sucessos deste programa há ainda enormes desafios a resolver em todo o mundo e particularmente em países com baixos recursos económicos onde o acesso aos cuidados médicos na área da saúde ocular são muito limitados. Têm sido feitos esforços para continuar o trabalho sob a coordenação da OMS de forma a erradicar a cegueira e a perda grave de visão evitáveis.

E em Portugal? Em Portugal, como em muitos países, a cegueira e a baixa visão são problemas de saúde publica importantes. Estima-se que haja em Portugal cerca de 160 mil pessoas com deficiência visual e 25 mil são consideradas cegas. Existe uma assimetria no acesso aos cuidados médicos na área da saúde ocular com melhores cuidados no litoral e piores a sul do pais e no interior.

De acordo com um estudo efetuado pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica e pela Sociedade Portuguesa de Oftalmologia o acesso aos cuidados de saúde na área da Oftalmologia reparte-se pelo sector privado (cerca de 57%),  Sistema Nacional de Saúde (35%)  e setor social. Perante problemas de saúde ocular, 77 % das pessoas realizaram diagnóstico junto de um Médico Oftalmologista o que parece revelar uma preocupação da população em procurar um profissional preparado para esta função. 

Em relação à saúde ocular das crianças, 23.5% das pessoas inquiridas admitiram nunca ter feito uma avaliação da saúde ocular aos seus filhos e apenas 45% admitiram ter levado os seus filhos ao rastreio de saúde visual infantil. 

O mesmo estudo mostrou ainda dois outros dados preocupantes: cerca de 13% das pessoas nunca tinha efetuado qualquer consulta para avaliar a sua saúde ocular e 28% revelaram que só recorriam à consulta quando sentiam ter problemas graves.

Esperar pela perda de visão para consultar o médico Oftalmologista, não atuando no campo da prevenção pode trazer diagnósticos tardios e perdas irreversíveis de visão que poderiam ter sido evitadas. E de facto, as principais causas de cegueira e baixa visão em Portugal incluem três doenças nas quais a prevenção, o diagnostico e o tratamento atempados podem impedir a perda grave de visão e a cegueira.

São elas a retinopatia diabética, a degenerescência macular da idade (DMI) e o glaucoma. Não são, ao contrário do que se possa pensar as doenças hereditárias ou a catarata.  Em cerca de 90% dos casos de retinopatia diabética a cegueira pode ser evitada com um bom controlo metabólico da diabetes e com o diagnostico e tratamento atempado da retinopatia. Em relação à DMI temos atualmente medicamentos que nos permitem tratar a forma "húmida" da doença e reduzir de forma significativa a taxa de cegueira desde que o tratamento seja iniciado precocemente, nas primeiras duas semanas após o início dos sintomas (distorção das imagens, perda súbita de visão).

É importante que o acesso aos cuidados médicos seja rápido uma vez que quando se inicia o tratamento com visões muito baixas (na grande maioria dos casos por acesso tardio ao tratamento) raramente se consegue recuperar a visão para voltar a ler ou conduzir. Em relação ao glaucoma, o diagnostico atempado e o tratamento adequado podem impedir a progressão para a cegueira em 95% dos casos.

Há, pois, um trabalho enorme ainda por desenvolver para diminuir a taxa de cegueira e de baixa visão em Portugal. É evidente que uma parte significativa da população não faz uma avaliação da sua saúde ocular, nem tão cedo, nem tão regularmente, como seria recomendado. Torna-se necessário melhorar a comunicação e efetuar ações de sensibilização de forma a aumentar a consciência e proatividade da população para a sua saúde ocular.

A facilidade de acesso aos cuidados de saúde na área da Oftalmologia é igualmente essencial para melhorar a saúde ocular dos portugueses.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 11 de julho
A saúde enfrenta hoje múltiplos desafios. O impacto dos défices relacionais nos Sistemas de Saúde pode ser sentido na...

Este é o eixo central da Conferência “Saúde Relacional: um desafio emergente”, no quadro do Movimento para a Saúde Relacional, promovida pelo "Movimento Humanizar a Saúde em Coimbra". 

A decorrer no dia 11 de julho, no Seminário Maior de Coimbra, esta iniciativa vai ser dirigida por Rui Marques, conhecido empreendedor social e gestor, com licenciatura em Medicina, MA em Ciências da Comunicação e PhD em Sociologia das Organizações.

É também o Coordenador do Relational Lab. (www.relationallab.pt), tendo sido Alto-comissário para a Imigração e Presidente do Instituto Padre António Vieira. 

O orador foi ainda cofundador da Fórum Estudante, da CAIS e da Academia de Líderes Ubuntu, com interesse pelas temáticas da complexidade e da colaboração, estando atualmente centrado no desenvolvimento de estratégias de construção de capital relacional em torno do conceito “Melhores relações”.

Ação de sensibilização ambiental e desportiva
O Politécnico de Coimbra (IPC) promoveu no último sábado, dia 6 de julho, pelo segundo ano consecutivo, a ação “Juntos vamos...

Dinamizada pelo Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental e o Gabinete de Desporto, a iniciativa juntou cerca de 50 elementos da comunidade académica do IPC numa descida em Kayak e na limpeza das margens do Rio Mondego no percurso entre as localidades de Carvoeira, concelho de Penacova e Torres do Mondego, concelho de Coimbra.

Segundo Ana Ferreira, vice-presidente do IPC e responsável pelas áreas de Saúde Ocupacional e Ambiental e de Desporto, pretendeu-se “reforçar a responsabilidade social da instituição com a comunidade externa, dando o seu contributo para um rio e respetivas margens mais limpas, ao mesmo tempo que promove a saúde e o bem-estar da comunidade académica, através da adoção de estilos de vida ativos e saudáveis, onde a atividade física e desportiva desempenham um papel fundamental”. No decorrer da atividade, foram recolhidos todo o tipo de resíduos, com uma ênfase para a forte presença de “beatas” de cigarros. Ainda assim, há uma nota positiva a reter em relação à atividade realizada no ano passado, uma vez que a quantidade de resíduos encontrada foi menor.

Esta ação de voluntariado e de atividade desportiva foi realizada no âmbito do Projeto “Politécnico de Coimbra +Sustentável” que tem como principal objetivo a adoção de medidas estratégicas sustentáveis em toda a Instituição com vista à mudança de comportamentos e dos Programas Eco Escolas e EcoCampus, que têm sido desenvolvidos nas escolas e institutos do Politécnico de Coimbra, promovendo um conjunto de atividades dentro da Instituição, mas também fora de portas com a comunidade externa. 

Evento comemorativo contou com o atual e antigos Bastonários da Ordem dos Médicos
A Ageas Seguros e a Ordem dos Médicos celebram 45 anos uma parceria que se traduz em soluções de proteção para profissionais...

Para Gustavo Barreto, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal, “esta proximidade com a Ordem dos Médicos, construída com base na confiança mútua e na procura constante pelas melhores soluções, tem sido a chave para a longevidade desta parceria. Ao longo de 45 anos, fomos pioneiros e adaptámos as nossas soluções às necessidades em constante mudança dos médicos portugueses. É com enorme satisfação que testemunhamos o impacto positivo desta colaboração na vida de milhares destes profissionais de Saúde e olhamos para o futuro com a certeza de que irá continuará a evoluir e a inovar”.

Em março de 1979, a Ageas Seguros, marca do Grupo Ageas Portugal, lançou o seguro de Vida Grupo, um produto inovador que inaugurou a era dos seguros coletivos de proteção pessoal no país. Com o objetivo de proteger não só o médico no exercício da sua profissão, mas também na sua esfera privada, este serviço veio revolucionar a proteção da classe médica em Portugal, disponibilizando benefícios diferenciadores, como o subsídio diário por incapacidade temporária para o trabalho e a duplicação do capital seguro em caso de invalidez profissional até aos 65 anos. 

Nas últimas quatro décadas, a colaboração entre a Ageas Seguros e a Ordem dos Médicos tem sido marcada por um forte espírito de inovação e resposta às necessidades da classe. Após o lançamento pioneiro do seguro de Responsabilidade Civil Profissional, em 1985, o protocolo expandiu-se, abrangendo uma vasta gama de seguros, desde saúde, multirriscos e vida.

A resposta da Ageas Seguros à classe médica, durante a pandemia de Covid-19, também demonstrou o seu compromisso com a proteção dos profissionais de saúde durante este período, através da eliminação da franquia para isolamento e/ou doença e apoiando mais de mil e seiscentos médicos, tendo devolvido à Sociedade um montante que ascendeu quase a três milhões de euros.

As comemorações dos 45 anos de parceria culminaram ontem, num evento exclusivo no Hotel Epic Sana Marquês, que reuniu o atual e antigos Bastonários da Ordem dos Médicos e a equipa comercial da Ageas Seguros, que se distingue por fazer um acompanhamento de excelência junto dos seus Clientes Médicos, disponibilizando soluções à medida das suas necessidades.

Para Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, "a Ageas Seguros está muito presente na vida dos médicos. Como Bastonário fico muito agradecido por estarem presentes, entre outras áreas, na atividade assistencial e na formação médica. O contributo que têm dado nessa matéria é de louvar. Parabéns pelos 45 anos percorridos ao lado de um SNS que completa também 45 anos."

O evento prestou homenagem à longevidade e sucesso desta colaboração, reconhecendo o contributo fundamental de figuras chave para a saúde em Portugal. Além do atual Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, foram igualmente distinguidos os antigos Bastonários António Gentil Martins, José Germano de Sousa, Pedro Nunes, José Manuel Silva e Miguel Guimarães – e ainda os médicos Jorge Mineiro, João Paço e Joaquim Barbosa, pelo seu serviço excecional à Sociedade. 

Acordo assinado entre Associação Ensinar Saúde Norte e Hospital Baptista de Sousa
A Associação Ensinar Saúde Norte e o Hospital Baptista de Sousa, de Cabo Verde, assinaram, esta segunda-feira, 8 de julho, um...

Esta ação decorrerá a partir de setembro e integra-se no projeto PALOP EXPERTSAÚDE, que teve início já este ano e que, até outubro de 2026, pretende dar formação hospitalar especializada de três meses a 90 profissionais de saúde de Angola, Cabo Verde e Moçambique. No total, são 40 médicos, 40 enfermeiros e 10 técnicos de diagnóstico e terapêutica.

Os primeiros participantes, vindos do Hospital Materno Infantil Manuel Pedro Azancot de Menezes, em Angola, iniciaram já a sua formação no segundo trimestre de 2024.

A assinatura do acordo com o Hospital Baptista de Sousa decorreu, esta segunda-feira, 8 de julho, no Hospital Central da Trofa Saúde-Bonfim, em Vila do Conde, com a presença da Presidente do Conselho de Administração daquela unidade localizada no Mindelo, em Cabo Verde. “O projeto PALOP EXPERTSAÚDE enquadra um dos pilares estratégicos do Hospital Batista de Sousa: formação contínua e treinamento de especialistas com enfoque em médicos e enfermeiros. Os clínicos necessitam de atualizações permanentes, pois trata-se de uma área com atualizações constantes, no sentido da prestação clínica”, referiu Helena Rebelo Rodrigues.

Susana Sá, gestora executiva do PALOP EXPERTSAÚDE, sublinhou que este programa “pretende contribuir para a melhoria das condições, respostas e acesso em saúde da população Angolana, Cabo Verdiana e Moçambicana, através da capacitação e certificação dos profissionais de saúde ao longo de 500 horas, sempre com a presença de tutores.”

Sintomas e tratamento
Frequentemente confundido com carcinoma dos ossos, o Mieloma Múltiplo é uma doença oncológica multis

Os plasmócitos, explica o especialista em Hematologia, Dino Andrade Luís, são as células responsáveis pela produção de anticorpos, "que existem de forma natural na medula óssea", e que "por aquisição de mutações genéticas, ganham uma capacidade de se multiplicarem de forma descontrolada".

"Estes plasmócitos podem, em determinadas circunstâncias formar “ninhos” de células, que se chamam plasmocitomas, e que podem vitualmente localizar-se em qualquer osso do corpo", explica, adiantando que os  locais mais comuns são a coluna, a bacia, ancas e o crânio.  "Além dos plasmocitomas, o Mieloma Múltiplo pode manifestar-se também sob a forma de lesões líticas, que são locais de destruição óssea, levando a fragilidade óssea e em situações mais graves a fraturas", adianta. 

"Por apresentar envolvimento ósseo bastante significativo, em alguns casos, o Mieloma Múltiplo é frequentemente confundido com carcinoma dos ossos, no entanto, é uma doença fisiopatologicamente bastante distinta, com tratamento e prognóstico substancialmente diferente", alerta. 

De acordo com o especialista, embora não se conheça a causa exata para o desenvolvimento desta doença oncológica, reconhecem-se vários fatores de risco associados. São eles: 

  • Idade: O risco de mieloma múltiplo aumenta com a idade. A maioria das pessoas diagnosticadas com mieloma múltiplo tem mais de 65 anos.
  • Género: Os homens são mais propensos a desenvolver mieloma múltiplo do que as mulheres.
  • Raça: O mieloma múltiplo é mais comum em afro-americanos do que em pessoas de outras raças.
  • História Familiar: ter um parente próximo com mieloma múltiplo ou outro distúrbio de células plasmáticas pode aumentar o risco de vir a desenvolver a doença. 

Não obstante, o especialista alerta que "é importante lembrar que ter um ou mais fatores de risco não garante o desenvolvimento de mieloma múltiplo, e pessoas sem nenhum fator de risco conhecido também podem ser diagnosticadas com a doença."

Tratando-se de uma doença multissitémica - "pode atingir vários órgãos com diferentes níveis de intensidade" -, esta pode apresentar uma grande variedade de sintomas. 

Segundo Dino Andrade Luís,  uma vez que "a medula óssea é o principal órgão afetado, devido à infiltração de plasmócitos anormais", anemia, neutropenia ou trombocitopenia, associadas a cansaço, infeções ou hemorragias constituem a principais manifestações da doença. 

Por outro lado, o especialista explica que também os rins e o ossos são muito afetados por esta condição clínica. Assim, são sintomas frequentes a lesão renal aguda e "dor óssea devido a fraturas ou plasmocitomas". E explica: "O rim é um dos órgão mais afetados, devido à produção exagerada de proteínas (imunoglobulinas) por parte dos plasmócitos. Estas imunoglobulinas podem depositar-se nos glomérulos causando obstrução ou destruir a sua normal arquitetura,causando insuficiência renal". Já o osso "em maior ou menos grau, é quase sempre afetado no Mieloma Multiplo".

"O diagnóstico é feito sobretudo com base em análises clínicas, nomeadamente hemograma, função renal, proteínas totais, electroforese e imunofixação das proteínas séricas e urnárias e avaliação do envolvimento ósseo com raio-x de corpo, ressonância magnética ou PET", explica adiantando que "havendo a suspeita de Mieloma Múltiplo terá sempre de ser realizado uma medulograma de modo a avaliar a percentagem de plasmócitos na medula óssea". 

Segundo o especialista em Hematologia, a integração de todos os achados analíticos vão definir, "não só o diagnóstico de Mieloma Múltiplo, mas também o risco e o tratamento mais adequado".

Quando detetado em fase mais avançadas são várias as complicações associadas a esta doença: "entre as mais frequentes salientam-se dor óssea por fraturas, presença de plasmocitomas ou lesões osteoliticas, lesão renal aguda, pela deposição de CLL no parênquima renal e anemia grave, pela supressão da hematopoiese". 

"De forma semelhante, as complicações relacionadas com o tratamento de MM varia substancialmente com o tratamento aplicado. De forma global, as mais frequentes são infeção (vírica ou bacteriana), diarreia, neuropatia periférica e hemorragia", acrescenta o hematologista. 

Sem cura, o objetivo do seu tratamento é o controlo dos sintomas e a promoção de melhor qualidade de vida com vista ao aumento da sobrevivência global. 

"Depois de estabelecido o diagnóstico de MM, calculado o risco e avaliados os antecedentes pessoais do doente, o tratamento deve ser iniciado assim que possível. O tratamento baseia-se na combinação de terapêutica dirigida, como seja quimioterapia, imunoterapia, transplante autólogo progenitor hematopoiético, quer terapêutica de suporte, como antibioterapia profilática ou hidratação", explica. 

"Nos últimos anos houve um avanço significativo no desenvolvimento de fármacos eficazes no tratamento do MM, sendo que na sua maioria são usados em combinação dupla, tripla ou quadrupla. As principais classes de fármacos são: Inibidores do Proteosoma, Imunomodeladores, Anticorpos anti-CD38, Anticorpos bi-específios e terapêutica com células CAR-T", adianta ainda quanto às opções terapêuticas disponíveis. 

Estas novas abordagens, revela, permitiram "aumentar substancialmente a sobrevivência global dos doentes, mas também controlar muitos dos sintomas incapacitantes associados ao Mieloma Múltiplo". 

Importa, sublinhar que a gestão deste doentes "é multidisciplinar, com integração de várias especialidades que são fundamentais não só para o diagnóstico, mas também na gestão durante o tratamento".  Segundo Dino Andrade Luís, "especialidades como Nefrologia, Medicina Física e Reabilitação, Neurocirurgia, Radioterapia, Cardiologia ou Imuno-hemoterapia podem ser uma grande mais valia no tratamento" do Mieloma Múltiplo. 

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A disfunção erétil é a incapacidade persistente em obter e manter uma ereção
Mais de 3 em cada 4 homens irão passar por problemas de ereção em algum momento da sua vida. Paralelamente, 5 em cada 6 doentes...

“Ao analisarmos esses dados, somos levados a refletir sobre a alta prevalência da disfunção erétil, mesmo com a suspeita na comunidade científica de que os números reais sejam maiores devido à subnotificação e à falta de busca por tratamento, motivadas pela vergonha e sofrimento oculto”, alerta Catarina Lucas, psicóloga clínica, sexóloga e terapeuta de casal.

“Estes dados enfatizam a necessidade de aumentar a consciencialização sobre a disfunção erétil e educar os homens e os/as seus/suas parceiros/as sobre a importância de procurar tratamento. Isso pode ser feito através de campanhas de saúde pública, programas educativos em escolas e locais de trabalho, além de esforços contínuos para desmistificar o problema e eliminar o estigma associado a ele”.

Mas há desafios mesmo entre quem procura tratamento. “O facto de que 1 em cada 6 homens abandona o tratamento sugere que existem dificuldades significativas no processo de tratamento da disfunção erétil, como o acesso aos serviços de saúde, efeitos colaterais dos tratamentos, falta de perceção de eficácia ou outros fatores individuais e psicossociais que dificultam a adesão ao tratamento”, continua a especialista, que ressalta a necessidade de uma abordagem holística no tratamento da disfunção erétil, que considere não apenas os aspetos físicos, mas também os aspetos psicológicos, emocionais e relacionais do problema.

Apesar de ser mais comum em homens mais velhos, a disfunção erétil pode afetar homens em todas as idades, sendo cada vez mais comum a sua manifestação em homens mais jovens.  “Alguns estudos indicam que a disfunção erétil pode afetar cerca de 5% dos homens na faixa etária abaixo dos 40 anos, cerca de 10% na faixa etária dos 40 anos e mais de 50% em homens com mais de 70 anos”, esclarece Catarina Lucas.

Independentemente da causa, existe tratamento e formas de minimizar o impacto da disfunção erétil. A procura de ajuda e tratamento deve ocorrer o mais precocemente possível.  

Existem várias opções de tratamento disponíveis, dependendo da severidade dos sintomas. “Algumas opções comuns passam pela terapêutica medicamentosa, terapia sexual ou de casal, injeções penianas, aparelhos de vácuo e alguns casos, intervenção cirúrgica”, assegura a especialista.

Enfermeira Clara Carvalho aborda a prevenção e o controlo da infeção do local cirúrgico
A infeção do local cirúrgico é o tema em debate no novo episódio do podcast “Por Falar em Segurança”, produzido pela B. Braun....

“A infeção do local cirúrgico é uma das infeções mais frequentes associada aos cuidados de saúde e dos eventos adversos de alguém que é submetido a uma cirurgia”, explica a enfermeira. Além da complexidade do fenómeno, “é interessante perceber que é desta infeção que podem ocorrer outras infeções”. 

“A infeção do local cirúrgico é das infeções mais complexas de gerir. Um doente, desde a entrada até à alta do hospital, passa por múltiplos serviços, por isso, é algo muito complexo que envolve muita gente”, continua. “Todos temos de funcionar para o bem do doente”.  

Ao longo da conversa, a profissional de saúde aborda diferentes temas ligados a este tipo de infeções. O papel da pandemia na sensibilização dos utentes para este problema e o impacto da Inteligência Artificial na saúde foram alguns dos temas em destaque durante a conversa. 

Este é já o terceiro episódio do podcast “Por Falar em Segurança”, da B. Braun. A hidrocefalia e o conceito TIME foram os temas das conversas anteriores, que contam com a condução de Mafalda Fateixa e Isabel Dias. 

O podcast está também disponível em formato de videocast, permitindo que os espectadores tenham acesso à imagem.  Os episódios podem ser vistos no website da B. Braun, em www.bbraun.pt/porfalaremseguranca, ou diretamente no Spotify.   

 

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