Covid-19
O número de novos casos de Covid-19 divulgado esta quarta-feira, que se encontra acima do verificado nos últimos dias, pode...

Na conferência de imprensa de hoje, a Ministra referiu ainda que este aumento estará também associado aos novos surtos identificados.

“Esperamos que sejam números que se esbatam nos próximos dias, o que só com o passar do tempo poderemos confirmar”, afirmou Marta Temido, que considera os números de hoje e os anteriores sublinham “a fragilidade” das conquistas alcançadas na luta contra a pandemia de Covid-19.

“Temos tido uma situação epidemiológica que tem sido acomodável sob o ponto de vista da resposta do sistema de saúde português, e concretamente do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e isso decorre de um esforço enorme não só dos profissionais de saúde, mas também de um conjunto de outras estruturas”, entre as quais equipamentos socais, de autarquias, da Proteção Civil e outros organismos, referiu a Ministra.

“Temos a obrigação de manter comportamentos que honrem este esforço, em nome daquilo que queremos que seja o próximo regresso à escola e da retoma da atividade assistencial normal no SNS”, defendeu Marta Temido.

 

Investigação
Testar os níveis de certas proteínas em amostras de sangue pode prever se uma pessoa em risco de psicose tem probabilidade de...

O estudo foi publicado na edição atual da JAMA Psychiatry e foi liderado por investigadores da RCSI University of Medicine and Health Sciences.

Com base em certos critérios, como sintomas psicóticos leves ou breves, algumas pessoas são consideradas clinicamente em alto risco de desenvolver um transtorno psicótico, como a esquizofrenia. No entanto, apenas 20% a 30% dessas pessoas irão realmente desenvolver um transtorno psicótico.

Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de pessoas com alto risco clínico de psicose. Esses indivíduos foram acompanhados por vários anos para ver quem desenvolveu ou não um transtorno psicótico.

Depois de avaliar as proteínas no sangue, os cientistas foram capazes de encontrar padrões de proteínas nas primeiras amostras que poderiam prever quem desenvolveu ou não um transtorno psicótico no acompanhamento.

Muitas dessas proteínas estão envolvidas na inflamação, sugerindo que há mudanças precoces no sistema imunológico em pessoas que desenvolvem um transtorno psicótico. As descobertas também sugerem que é possível prever os resultados usando amostras de sangue colhidas com vários anos de antecedência.

O teste mais preciso foi baseado nas 10 proteínas mais preditivas. Ele identificou corretamente aqueles que desenvolveriam um transtorno psicótico em 93% dos casos de alto risco e identificou corretamente aqueles que não desenvolveriam em 80% dos casos.

“Idealmente, gostaríamos de prevenir transtornos psicóticos, mas isso requer ser capaz de identificar com precisão quem está em maior risco”, disse o professor David Cotter, autor do estudo e professor de psiquiatria molecular no RCSI.

“A nossa pesquisa mostrou que a análise dos níveis de proteína em amostras de sangue pode prever quem está realmente em risco e possivelmente beneficiar de tratamentos preventivos. Agora precisamos estudar esses marcadores em outras pessoas com alto risco de psicose para confirmar essas descobertas”, afirmou.

Boletim Epidemiológico
De acordo com o Boletim epidemiológico, divulgado hoje pela DGS, nas últimas 24 horas os novos casos contágios dispararam,...

O número de óbitos associados à covid-19 em Portugal subiu para 1.807, depois de terem sido registados mais duas mortes nas últimas 24 horas.

As autoridades de saúde revelaram também que no mesmo período tinham sido confirmados mais 362 casos de infeção, pelo que o total de contágios no país é agora de 56.274. Os novos dados traduzem assim um significativo aumento. Ontem tinham sido registadas 192 novas infeções, desde 15 de julho - em que houve 375 infetados – que não se contabilizava um número tão alto.

A região de Lisboa e Vale do Tejo volta a concentrar a maioria dos novos contágios, 214, o Norte registou 109, no Centro foram mais 25 as pessoas infetadas, mais oito no Alentejo, cinco no Algarve, e uma nos Açores. Na Madeira não se registou qualquer novo caso.

Do total de infetados, 25.276 são homens e 30.998 são mulheres. No que diz respeito aos óbitos, morreram 911 homens e 896 mulheres.

Segundo o boletim da DGS, foram dadas como recuperadas da doença mais 163 pessoas nas últimas 24 horas. No total, 41.174 pacientes já recuperaram.

Estão agora internados 311 doentes, menos 14 do que na terça-feira, entre os quais há 38 – menos três do que ontem - em Unidades de Cuidados Intensivos.

 

Transplante
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é o primeiro centro de transplantação português a utilizar um equipamento...

O equipamento, apresentado ontem, em conferência de imprensa, permite melhorar a qualidade dos enxertos, a função hepática pós-transplante, a sobrevivência de enxertos e recetores e a segurança da transplantação, explicou a coordenadora da Unidade de Transplantação Hepática do CHUC, Dulce Diogo.

“Este dispositivo permite maximizar a utilização de órgãos para transplante, utilizar órgãos que habitualmente até podem ser recusados por serem de dadores marginais ou critérios expandidos, como é o caso de dadores idosos, de coração parado ou com muitas comorbilidades ou até com algumas alterações analíticas”, sublinhou Dulce Diogo.

A responsável salientou ainda que, no pós-transplante, a técnica de perfusão hipotérmica oxigenada permite reduzir as taxas de retransplante na primeira semana, além de que “o fígado começa logo a funcionar após o transplante e isso, por vezes, é determinante, principalmente nos doentes com situações mais graves”.

O dispositivo permite ainda reduzir significativamente a taxa de complicações biliares, que são, atualmente, “uma das principais complicações tardias do pós-transplante hepático e que conduzem a um aumento da morbimortalidade dos recetores”.

Para o diretor clínico, Nuno Devesa, o novo equipamento, que já foi utilizado em duas situações, vai possibilitar “melhorar as transplantações e os números muitíssimo bons do CHUC”, numa área que “é uma bandeira”.

O CHUC, que lidera nas doações em Portugal, pretende assim “aumentar a taxa de aproveitamento dos órgãos”, cujos dadores têm, atualmente, uma média de 60 anos, quando há duas décadas era de 32 anos, o que aumenta os riscos das condições ideais para transplantação., explicou o diretor clínico.

 

Programa CaixaImpulse
Selecionados 23 projetos de investigação e inovação biomédica no âmbito do programa CaixaImpulse, entre os quais três...

A Fundação ”la Caixa” deu a conhecer os 23 projetos, três dos quais portugueses, selecionados no programa CaixaImpulse, nas suas duas linhas de atuação. A primeira delas, CaixaImpulse Validate, nasceu há cinco anos para apoiar projetos incipientes no processo de transferência de tecnologia. E, no ano passado, foi lançada uma nova linha, CaixaImpulse Consolidate, com o objetivo de oferecer acompanhamento aos projetos em estados posteriores de desenvolvimento, contribuindo, assim, para transpor o “vale da morte”, atrair financiamento de investidores privados e, por último, chegar ao mercado.

 Desta forma, o programa CaixaImpulse ampliou o alcance da sua influência, acompanhando os projetos de inovação durante mais etapas do processo de transferência de tecnologia. O derradeiro objetivo é conseguir que estas iniciativas, saídas do laboratório, acabem por melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Vinte novas iniciativas biomédicas, das 109 apresentadas, foram as escolhidas na convocatória do CaixaImpulse Validate. Do total de iniciativas apresentadas, 95 têm origem em centros de investigação, universidades e hospitais de Espanha, nove de Portugal, uma da Alemanha, uma da Croácia, uma de França, uma de Itália e uma da Suécia.

Depois de avaliados os projetos, a comissão de especialistas selecionou 20 projetos. Dez deles inserem-se na área das terapias e do desenvolvimento de medicamentos, e os dez restantes são projetos MedTech, que incluem técnicas de diagnóstico, dispositivos médicos e projetos de saúde digital. A nível territorial, os projetos provêm de diferentes comunidades autónomas de Espanha. A eles somam-se duas iniciativas propostas em Portugal.

Na convocatória do CaixaImpulse Consolidate, foram apresentados 40 projetos, dos quais foram selecionadas três iniciativas: duas de Espanha e uma de Portugal. As duas primeiras, inseridas na área dos dispositivos médicos, incluem um exoesqueleto leve para a reabilitação neurológica de doentes que sofreram um AVC e um adesivo bioabsorvível que promove a regeneração em casos de dissecção da aorta. Estes projetos já foram selecionados na convocatória do CaixaImpulse Validate, o que reforça ainda mais a solidez das iniciativas para se constituírem em empresas.

Processo de seleção e painel de especialistas

Os projetos apresentados passaram por um processo de seleção constituído por duas fases. Na primeira, todas as propostas recebidas são avaliadas em formato de peer review por especialistas e profissionais do ramo das ciências da vida e da saúde, assim como do mundo empresarial.

Na segunda fase, os líderes dos projetos com melhor pontuação defendem a sua proposta numa entrevista presencial perante um painel formado por especialistas europeus de diferentes áreas (companhias farmacêuticas, Business Schools, e empresas de saúde e biotecnológicas).

No painel de especialistas participaram, entre outros: Andrés G. Fernández, diretor da Ferrer Advanced Biotherapeutics, Yolanda Casas, Enterprise Sales Manager da Abbott, José Luis Cabero, CEO da Aelix Therapeutics, Laura Sampietro, subdiretora de Inovação do Hospital Clínic de Barcelona, Ricardo Perdigão, International Business Analyst da BIAL e Ian Cotgreave, diretor de Desenvolvimento Científico Estratégico da Swetox (Suécia). Para contribuir para o sucesso das 23 iniciativas selecionadas, o CaixaImpulse oferece:

  • Apoio financeiro. Uma ajuda que ascende a 100 000 €, no caso do Validate, e que vai até aos 300 000 €, no do Consolidate, para cada um dos projetos, destinada à execução dos planos de valorização e de negócio do ativo.
  • Programa de acompanhamento. Os participantes têm acesso a um programa de oito meses constituído por ações de orientação (mentoring), formação, aconselhamento especializado e oportunidades para criação de contactos importantes para o seu projeto. No caso do Consolidate, o acompanhamento é totalmente ad hoc, conforme as necessidades de cada projeto.
  • Feedback sobre cada projeto por parte da indústria, do mercado e dos especialistas de referência, com um plano de valorização e de comercialização validado por mentores e especialistas.
  • Imersão na realidade do mercado. Uma das características distintivas do programa é que oferece às equipas dos projetos participantes, nascidos e desenvolvidos num ambiente académico e de investigação, uma imersão na realidade do mercado que lhes permitirá comparar a sua proposta de valor do ativo, adaptá-la e maximizar, assim, as probabilidades de sucesso da transferência.

Em ambas as convocatórias, os critérios de seleção dos projetos baseiam-se em quatro requisitos:

  • Qualidade da ciência e viabilidade técnica do ativo: nível de inovação e desenvolvimento do ativo, e estado de proteção da propriedade intelectual.
  • Potencial de transferência: identificação da oportunidade de mercado e da necessidade que é suprida.
  • Implementação, execução e plano de desenvolvimento: ações de valorização que contribuem para o avanço do projeto no sentido da comercialização, capacidades da equipa do projeto e envolvimento do líder do projeto.
  • Impacto social e inovação responsável: envolvimento de agentes sociais e grau de contribuição para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Êxito das convocatórias anteriores

Os avanços dos 102 projetos participantes nas edições anteriores do programa atestam a iniciativa. Desde o início do programa, as equipas dos projetos participantes beneficiaram de mais de 2000 horas de mentoring e aconselhamento, mais de 700 horas de formação e mais de 1000 reuniões com especialistas. Foram igualmente constituídas 26 spin-offs e angariados 8,7 milhões de euros provenientes de outras fontes de financiamento.

Os projetos participantes na edição anterior destacam-se pelo envolvimento de toda a indústria, que nos seus diferentes papéis, forneceu conhecimento e experiência a todas as atividades incluídas na iniciativa. Também foi avaliada de forma muito positiva a orientação para o mercado proporcionada pelo programa, que permite maximizar as possibilidades de sucesso, assim como a flexibilidade e a personalização para adaptação às necessidades de cada projeto.

Projetos portugueses selecionados na convocatória de 2019 do programa CaixaImpulse Validate

Biossensor portátil para o diagnóstico e controlo da insuficiência cardíaca Investigadora: Inês Mendes Pinto. Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Braga, Portugal

A insuficiência cardíaca (IC) afeta, pelo menos, 26 milhões de pessoas em todo o mundo, que necessitarão de se dirigir a um hospital com frequência para a colheita de uma amostra de sangue venoso para controlar a sua doença. A deteção de biomarcadores noutros fluidos e secreções disponíveis permite facilmente um diagnóstico mais precoce e um controlo mais frequente da IC. O biossensor “Heart Failure-Chip” portátil permite detetar biomarcadores de IC em lágrimas, e outros fluidos e secreções corporais facilmente disponíveis. Este chip melhorará o diagnóstico e o controlo da progressão da doença, o que permitirá intervenções terapêuticas atempadas e personalizadas.

Terapia genética para lesões da medula espinal Investigadora: Diana Machado. i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto – Associação.

Portugal Todos os anos, entre 250 000 e 500 000 pessoas sofrem uma lesão na medula espinal em todo o mundo. Os doentes podem apresentar uma grande variedade de sintomas incapacitantes, como a perda da função motora, a perda de controlo dos esfíncteres e a incapacidade de regular a pressão sanguínea. Até à data, não existem tratamentos eficazes, porque os nervos espinhais não se conseguem regenerar. Agora, foi identificada uma proteína que potencia a regeneração neuronal após uma lesão no nervo ciático e na medula espinal. O objetivo é criar uma terapia genética para transferir estas descobertas para as lesões da medula espinal humana.

Estudo das células tumorais circulantes para monitorizar a dinâmica do cancro. Investigadora: Lorena Diéguez. Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Portugal

As células tumorais circulantes (CTC) libertam-se do tumor primário no sangue periférico e são responsáveis pela propagação do cancro a outras partes do corpo (metástases). A análise de CTC (biópsia líquida) permite um seguimento contínuo não invasivo do cancro através de uma análise de sangue. Este projeto tem como objetivo testar esta tecnologia de microfluídica numa coorte de 70 doentes com cancro para avaliar o valor prognóstico da caracterização de células como CTC. Desta forma, será proporcionada aos oncologistas uma ferramenta capaz de oferecer informações personalizadas para o tratamento dos seus doentes.

“Cook&Live4H3: Health, Heritage and Humanity"
Um grupo de alunos da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) e da Escola de Turismo e Hotelaria de Coimbra ...

Com o nome “Cook&Live4H3: Health, Heritage and Humanity”, o projeto – galardoado com o Selo Nacional de Qualidade eTwinning – envolveu jovens de três níveis de ensino distintos: dos cursos de Técnico de Cozinha Pastelaria (nível IV) e de Gestão e Produção de Cozinha (Nível V) da ETHC e da licenciatura em Dietética e Nutrição (nível VI) da ESTeSC. Os alunos da ETHC fizeram a recolha e as fichas técnicas de receitas tradicionais portuguesas. Aos estudantes da ESTeSC coube fazer a “valorização nutricional, interpretação, e desenvolvimento de propostas de melhoria destas receitas, salvaguardando sempre a identidade cultural dos pratos”, explica João Lima, docente que coordenou a equipa da ESTeSC no âmbito do projeto.

Além da colaboração entre as duas escolas de Coimbra, o projeto promoveu ainda troca de experiências com jovens italianos e espanhóis que, através de uma plataforma online criada para o efeito, partilharam conhecimento acerca da Dieta Mediterrânica e da gastronomia local de cada país.

A parceria entre a ESTeSC e a ETHC surge em vésperas de Coimbra se assumir como Região Europeia de Gastronomia em 2021, após uma candidatura promovida pela CIM Região de Coimbra e que – além do Instituto Politécnico de Coimbra e da ETHC – conta com o apoio da Universidade de Coimbra, do Turismo do Centro e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Note-se ainda que a partilha de conhecimento entre nutricionistas e profissionais de hotelaria vai ao encontro das recomendações da Direção Geral de Saúde no âmbito da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, que prevê a “qualificação dos profissionais da área do turismo e restauração na área dos hábitos alimentares saudáveis”.

 

 

 

 

Nível de inflamação do organismo influencia resposta imunológica
De acordo com Sheena Cruickshank, professora de Ciências Biomédicas da Universidade de Manchester, citada pelo jornal “The...

Segundo a especialista, o nível de inflamação, que está diretamente relacionado com a resposta imunológica do organismo, é um fator importante, que pode aumentar o risco de morte.

“Embora muitos fatores contribuam para a gravidade da doença, incluindo a falta de acesso a cuidados de saúde, exposição ocupacional e riscos ambientais, nomeadamente poluição, está cada vez mais claro que, para alguns desses grupos de risco, a resposta do sistema imunológico, é a razão pela qual ficam tão doentes”, afirmou ao jornal britânico a especialista norte-americana.

Sheena Cruickshank explica que muitos pacientes gravemente infetados com Covid-19 sofrem sérios danos nos pulmões, em resultado de uma resposta imunológica excessivamente vigorosa, na qual o sistema imunológico produz muitas citocinas.

“As citocinas podem ser ferramentas muito poderosas na resposta imunológica, capazes de impedir a reprodução dos vírus, por exemplo”, acrescentou. “No entanto, algumas ações das citocinas podem causar danos reais se não forem controladas. É o que acontece numa ‘tempestade de citocinas’”, continua a especialista.

Vários estudos mostraram que pessoas com diabetes e obesidade tendem a produzir fortes tempestades de citocinas, devido aos elevados níveis de glicose no organismo. O mesmo tipo de resposta é também observada nos mais idosos, devido a um fenómeno conhecido por inflamação.

“A inflamação é caracterizada por elevados níveis de citocinas pró-inflamatórias e é influenciada por uma série de fatores, nomeadamente a genética, o microbioma (bactérias, vírus e outros micróbios que vivem dentro do organismo) e obesidade”, explica Cruickshank.

A especialista espera agora que mais estudos sobre a resposta imunológica ao coronavírus possam ajudar a desenvolver tratamentos mais especializados para os pacientes. “Quanto mais entendemos sobre estas diferenças e vulnerabilidades, mais opções de tratamento teremos”, concluiu.

Infeções recorrentes no país
As autoridades da República Democrática do Congo afirmam que o maior surto de sarampo do mundo, que matou mais de 7.000...

Segundo a notícia avançada hoje pela BBC, “os esforços para impedir sua disseminação foram prejudicados por um sistema de saúde com poucos recursos, bem como por conflitos”.

Especialistas em saúde dizem que o número real de mortes por sarampo pode ser muito maior, já que muitos casos não são registrados.

Em entrevista coletiva na capital, Kinshasa, o ministro da Saúde, Eteni Longondo, disse que o sarampo não existe mais no país. No entanto, afirmou que uma declaração formal sobre o fim da epidemia "será feita em breve".

Embora os parceiros internacionais de saúde ainda não tenham confirmado o facto, o anúncio foi feito após uma enorme campanha de vacinação que atingiu pelo menos 18 milhões de crianças no ano passado, avança a BBC.

A República Democrática do Congo tem experimentado surtos recorrentes na última década, mas as infeções aumentaram significativamente em junho do ano passado e rapidamente sobrecarregaram o sistema de saúde do país com poucos recursos.

No último ano, os profissionais de saúde lutaram simultaneamente contra o sarampo, a poliomielite derivada da vacina, a cólera, o coronavírus, duas epidemias de ébola e peste bubónica.

 

Estudo
De acordo com uma investigação, recentemente publicada na revista PLoS Biology, O sexo oral pode criar o ambiente ideal para o...

A vaginose bacteriana não é uma infeção sexualmente transmissível. Trata-se de um desequilíbrio das bactérias comuns encontradas na vagina. A pesquisa que a liga a infeção à prática de sexo oral incidiu sobre efeito que as bactérias bucais têm sobre os micróbios que vivem e crescem na vagina.

Assim, as mulheres sem vaginose bacteriana tendem a ter muitas bactérias "boas", chamadas lactobacilos, que mantêm a vagina mais ácida, ou seja, com um pH mais baixo.

No entanto, por vezes esse equilíbrio saudável pode sofrer alterações e permitir que outros microrganismos vaginais prosperem.

O que faz com que isso aconteça não é totalmente conhecido, mas é mais provável que a vaginose bacteriana seja mais frequente em mulheres sexualmente ativas (embora também possa ocorrer a quem nunca fez sexo), quando mudam o parceiro ou se utilizam DIU (dispositivo contracetivo).  

Agora o estudo da PLoS Biology veio mostra que um tipo comum de bactéria, encontrada na boca e que está associada a doenças gengivais e placa dentária, pode contribuir para o desenvolvimento da vaginose bacteriana

A experiência incidiu sobre espécimes vaginais humanos e em camundongos de modo a observar o comportamento bacteriano,

Os investigadores descobriram que uma bactéria que existe na cavidade oral, Fusobacterium nucleatum, parece auxiliar no crescimento de outras bactérias implicadas na vaginose bateriana

Amanda Lewis da Universidade da Califórnia e a equipa que desenvolveu esta investigação, diz que esta análise vem demonstrar como o sexo oral pode contribuir para alguns casos de vaginose bacteriana.

Os especialistas já sabem que esta infeção pode ser desencadeada pelo sexo, inclusive entre mulheres.

Claudia Estcourt, porta-voz da Associação Britânica para Saúde Sexual e HIV, disse que estudos como este eram importantes para aumentar a compreensão da vaginose bacteriana.

"Sabemos que a vaginose bacteriana é uma entidade realmente complexa com muitos fatores contribuintes”, comentou acrescentando que o sexo oral pode transmitir infeções sexualmente transmissíveis e outras bactérias que podem ou não ser importantes em outras condições de saúde.

INEM
Foi lançado o Guia de Recursos sobre Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SMAPS) durante a Covid-19, que visa “fornecer...

O Documento foi desenvolvido em parceria entre a Rede Internacional de Saúde Mental e Apoio Psicossocial e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), “baseando-se em informações e recursos que estão atualmente disponíveis, e será atualizado com a progressão de novos conhecimentos que estiverem disponíveis”, destaca o INEM.

Pode ler-se no documento que “a pandemia da Covid-19 é uma crise global em rápida evolução e, neste momento, ainda existem muitas dificuldades e necessidades emergentes relacionadas às consequências psicossociais e de saúde mental para as diversas populações afetadas por esta emergência”.

De acordo com o INEM, os materiais apresentados neste guia são disponibilizados para facilitar o acesso e refletir sobre o que está disponível na atualidade. “Esta listagem não deve ser interpretada como uma recomendação institucional para uso”, esclarece.

 

Saúde do trato gastrointestinal
São vários os estudos que têm vindo a comprovar a importância de uma flora intestinal saudável.

Para além de exercer um papel importante a nível metabólico ou nutricional, a flora intestinal, ou microbiota intestinal,  tem ainda uma função antibacteriana, imunomodeladora e protetora da mucosa.

Constituída por cerca de 100 milhões de microorganismos, a microbiota intestinal está, na verdade, na linha da frente no que às nossas principais defesas diz respeito.

De acordo com Ricardo Ferreira, gastrenterologista pediátrico, “praticamente todas as bactérias que compõem o nosso intestino são encontradas no cólon, também conhecido por intestino grosso”. E, tal como explica o especialista, “cada bactéria é uma célula única e existem centenas de espécies diferentes”, estimando-se que existam cerca de 700 a 800 espécies no intestino grosso.

“Muitas vezes, não é do conhecimento geral que a flora intestinal tem um papel determinante na manutenção da saúde do nosso organismo. A investigação sugere que a flora intestinal é responsável por prevenir e ajudar a tratar as infeções, prevenir algumas doenças neurológicas, tumores e até parece estar envolvida no excesso de peso”, explica o gastrenterologista, uma vez que lhe tem sido atribuída “responsabilidade na modulação e no treino do sistema imunitário intestinal” que pode estar envolvida no aumento da incidência de determinadas doenças.

Por isso, cuidar bem da microbiota [flora] intestinal é fundamental para manter a saúde do organismo e “prevenir problemas que possam causar patologias futuras”.

“A flora intestinal saudável tem inúmeros benefícios tais como a prevenção de infeções provocadas por microorganismos, redução de diarreias, obstipação e gases, melhoria do processo de digestão, eliminação de toxinas, estimulação do sistema imunitário, normalização de produção de vitaminas do complexo B e K no intestino”, justifica o médico.

Como manter a microbiota intestinal saudável 

A adoção de uma dieta alimentar equilibrada e saudável, tal como o “uso judicioso de alguns medicamentos como antibióticos e analgésicos”, garante a manutenção das bactérias benéficas no intestino.

De acordo com este especialista, “uma alimentação inadequada com excesso de alimentos ricos em gordura, alimentos industrializados ou ricos em açúcar e álcool deve ser evitada”.

Devemos, por isso, priveligiar os legumes, verduras e frutas “frescas e orgânicas”, bem como “alimentos ricos em inulina encontrados nas fibras”, cereais e alimentos com probióticos.

As fibras, por exemplo, “assumem um papel muito relevante no nosso metabolismo e diminuem os riscos de problemas cardíacos e de alguns problemas digestivos”. Elas diminuem a absorção e digestão dos hidratos de carbono, “ajudando a regular os picos de insulina, o que diminui a formação de gordura e a sobrecarga do pâncreas”.

“Por outro lado, a presença de fibras solúveis – os prébióticos – facilita o crescimento da flora saudável”, acrescenta Ricardo Ferreira.

Há ainda um outro conjunto de alimentos que promovem o aumento da flora bacteriana. “Os alimentos probióticos, com um papel fundamental na propagação das bactérias boas do intestino, integram um número de microorganismos vivos que permanecem vivos no nosso intestino para manter a saúde da nossa flora”, explica o especialista acrescentando que os iogurtes estão entre os principais alimentos com esta função.

No entanto, salienta que “outros alimentos favorecem o crescimento da flora intestinal saudável”. Aveia, mel, maçã, ameixa, cenoura, aipo, brócolos, pimentão, alguns queijos, citrinos, soja, ovos, nozes e chocolate amargo fazem parte desta lista.

Não obstante a importância que recai sobre a questão alimentar, “a nossa flora intestinal pode sofrer, porém, desequilíbrios de outras origens como o uso inadequado de alguns antibióticos, que podem eliminar as bactérias «boas» do nosso sistema digestivo”, por exemplo.

Segundo o especialista, alguns medicamentos (como os antibióticos e analgésicos) para além de contribuirem para uma redução das bactérias que asseguram o bom funcionamento do intestino, podem tornar mais frágil o nosso sistema imunitário. “Há, no entanto, produtos no mercado – por exemplo, os que contêm Saccharomyces boulardii – que ajudam a restabelecer a flora intestinal durante os períodos de toma deste tipo de medicamento, por forma a minimizar os seus efeitos negativos”, sugere.

Também a prática de exercício físico regular e o aumento da ingestão de água são, a par dos bons hábitos alimentares, dois fatores determinantes para manter uma microbiota [flora] intestinal saudável. 

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Artrite: probióticos podem ajudar a controlar os sintomas

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Duplicação da Urgência Central
A preparar-se para a época Outono/Inverno, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte cria novo serviço de urgência...

Trata-se uma estrutura totalmente separada do edifício do Hospital de Santa Maria que, de acordo com o Presidente do CHULN, Daniel Ferro, “tem tudo para assistir desde o doente mais simples até ao doente crítico”, e que representa praticamente uma duplicação da Urgência Central.

Vão ser, ainda, criados protocolos com os centros de saúde para definir, para cada doença, quais são os utentes que vão ser assistidos pelas equipas de saúde familiares e quais os que ficam no hospital.

O CHULN pretende, ainda, aprofundar a hospitalização domiciliária, que já acompanhou cerca de 70 doentes nas suas casas, bem como evitar que os doentes agudizem os seus problemas, com um maior recurso aos hospitais de dia e consultas atempadas a doentes crónicos, para evitar possíveis episódios de urgência.

“Quando temos doentes que recorrem com frequência ao serviço de urgência e com frequência são internados, o desafio é termos estruturas alternativas e criarmos um circuito de exames mais rápido”, explica Daniel Ferro.

 

 

Graça Freitas
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, alertou esta segunda-feira para os riscos associados ao contacto físico entre pessoas...

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da COVID-19, a especialista disse que “todas as situações que constituem um risco para a saúde pública pela não observação de regras têm, da parte da Direção-Geral da Saúde, uma reação de forte preocupação”. 

“O contacto físico é, de facto, o maior de todos os riscos e o contacto físico entre múltiplas pessoas de múltiplos núcleos familiares e de diferentes origens aumenta muito o risco [de contágio]”, sublinhou Graça Freitas. 

Relativamente ao evento que decorreu em Fafe, a Diretora-Geral da Saúde demonstrou a sua preocupação “por ter sido possível tantas pessoas de origens e famílias diferentes se terem juntado de forma muito próxima, num contacto face a face que permite o contágio”. 

A responsável pela Direção-Geral da Saúde apelou aos que estiveram presentes para contactarem a linha SNS 24 se tiverem algum sintoma de COVID-19. “A intervenção precoce pode limitar o eventual aparecimento de um surto”, destacou. 

 

Covid-19
Segundo fonte do Serviço Nacional de Saúde, o reforço das equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid -19...

De acordo com a nota publicada hoje, os "Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença".

Entre 30 de junho e 21 de agosto, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 10.107 pessoas foram alvo desta intervenção, sendo que no mesmo período foram visitados por estas equipas multidisciplinares 295 estabelecimentos comerciais.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

Boletim Epidemiológico
O número de óbitos associados à covid-19 em Portugal subiu para 1.805, depois de terem sido registados mais quatro mortes nas...

As autoridades de saúde revelaram também que no mesmo período tinham sido confirmados mais 192 casos de infeção, pelo que o total de contágios no país é agora de 55.912.

Das quatro mortes registadas nas últimas 24 horas, três ocorreram nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e a restante foi notificada no Norte.

A região da Grande Lisboa continua a ser onde está concentrada a maioria dos novos casos, e onde se verifica um crescimento, voltando a registar mais de cem casos diários, com 116 - das 192 - novas infeções confirmadas, contabilizando assim um total de 28.932 casos.

Do total de infetados, 25.151 são homens e 30.761 são mulheres. No que diz respeito aos óbitos, morreram 910 homens e 895 mulheres.

Segundo o boletim da DGS, foram dadas como recuperadas da doença mais 141 pessoas nas últimas 24 horas. No total, 41.021 pacientes já recuperaram.

Estão agora internados 325 doentes, mais quatro do que na segunda-feira, entre os quais há 41 em Unidades de Cuidados Intensivos - menos três.

As autoridades de saúde têm ainda sob vigilância 33.821 contactos. Há atualmente 13. 086 casos ativos.

Praticantes e equipas técnicas devem assinar um Código de Conduta
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou hoje uma orientação destinada ao desporto e competições desportivas, que visa o...

Segundo o documento, o desporto comporta características variadas, abrangendo diversas modalidades, pelo que, perante esta diversidade, torna-se necessário planear e implementar medidas específicas e contextualizadas, em conformidade com o risco de transmissão e exposição ao SARS-CoV-2, agrupando as modalidades em alto, médio e baixo risco.

A norma define que a entidade gestora do espaço onde decorra a prática de desporto ou competições desportivas, bem como as federações e os clubes, devem elaborar e implementar um Plano de Contingência próprio para a Covid-19. Devem ainda garantir Equipamentos de Proteção Individual a funcionários e colaboradores, afixar regras de etiqueta respiratória, da higienização correta das mãos, da utilização correta das máscaras e normas de funcionamento das instalações.

A orientação assinada por Graça Freitas, faz saber ainda que todos os praticantes e equipas técnicas devem assinar um Código de Conduta/Termo de Responsabilidade, no qual é assumido o compromisso pelo cumprimento das medidas de prevenção e controlo da infeção por SARS-CoV-2

Os mesmos devem lavar as mãos à entrada e saída das instalações ou dos locais onde decorra a prática de desporto, e após contacto com superfícies de uso comum, com recurso a água e sabão ou, em alternativa, desinfetar as mãos, usando os dispensadores de solução antissética de base alcoólica dispersos pelas instalações.

Por outro lado, segundo o documento, deve ser assegurado o distanciamento físico mínimo de, pelo menos, dois metros entre pessoas em contexto de não realização de exercício físico e não devem ser realizados treinos simultâneos com partilha de espaço por equipas diferentes, exceto jogos de preparação e treino pré-competições.

A utilização de máscara é obrigatória para equipas técnicas, colaboradores e praticantes em situações de não realização de exercício físico ou durante a prática de modalidades sem esforço físico.

No que concerne à estratificação de risco e início da atividade, a orientação refere que as federações e/ou os clubes devem avaliar o risco de contágio por SARS-CoV-2 associado à modalidade desportiva respetiva e elaborar um regulamento específico para a prática desportiva, em contexto de treino e em contexto competitivo.

No que se refere às competições desportivas, a entidade promotora deve, também, elaborar um regulamento específico como complemento ao Plano de Contingência, que deve ser disponibilizado e divulgado a todas as pessoas envolvida até 72 horas antes do início da competição.

A orientação estipula ainda os procedimentos perante casos positivo nos testes pré-competição e procedimentos para atuação perante casos suspeitos.

Inscrição gratuita
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar um ciclo de webinares para os seus membros.

Perante as limitações que a pandemia de Covid-19 trouxe à realização de eventos e outras atividades formativas presenciais, a SRCentro irá dinamizar, até ao final do ano, um ciclo de webinares aberto a todos os membros da OE.

As sessões têm como objetivo aproximar a Ordem dos enfermeiros, promovendo os seus conhecimentos e o seu desenvolvimento científico e profissional.

O primeiro evento desta iniciativa, apelidada de Saber+2.0: Webinares, está já agendado para os dias 16,17 e 18 de setembro. Com duração de duas horas (das 15h às 17h, em cada dia), este primeiro webinar tem como temática “Reabilitação Respiratória para Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação (EEER)”.

Atendendo que, para a American Thoracic Society (ATS), a European Respiratory Society (ERS) e a Global Initiative for Chronic Obstrutive Lung Disease (GOLD), a reabilitação respiratória (RR) é uma intervenção fundamental na abordagem da pessoa com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), podendo maximizar o seu potencial de qualidade de vida, este webinar reveste-se de particular importância. Evidencia-se, assim, um claro campo de oportunidade de intervenção do EEER, cuja competência definida pela OE, em 2018, apela à sua intervenção na resolução dos problemas e limitações vivenciadas pela pessoa com doença respiratória, em situação aguda ou crónica, em qualquer nível de cuidados.

Entre os palestrantes estarão as enfermeiras Maria do Carmo Cordeiro, EEER do ACES Loures-Odivelas, e Edite Brito, EEER do ACES Cávado III Barcelos/Esposende. A moderação ficará a cargo de Ana Paula Morais, EEER e Presidente da Mesa da Assembleia Regional da SRCentro Podem inscrever-se nesta actividade EEER, bem como qualquer enfermeiro com interesse na área.

A inscrição nestes eventos é gratuita, mas obrigatória através do Balcão Único da OE aqui: https://balcaounico.ordemenfermeiros.pt/SIGENF_BU/pt-PT/0/SOE/Acti1/ACTI1PUB_Show/e126a991-3019- 4c22-838c-8a5109bd5500?nav=BzJohOp8

Até ao final do ano serão dinamizados novos webinares, com outras temáticas a serem apresentadas brevemente.

 

 

 

Campanha “Olhe pelas Suas Costas
O novo ano letivo aproxima-se e este ano traz preocupações acrescidas aos pais e educadores devido à pandemia Covid-19. A...

Tudo começa com a compra da mochila, momento em que há alguns aspetos que devem ser tidos em conta. Bruno Santiago, coordenador nacional da campanha e neurocirurgião explica que “O excesso de peso das mochilas associado a más posturas e hábitos de vida pouco saudáveis, contribuem para os problemas de costas mais frequentes na população infantil. Este ano, devido à pandemia, haverá uma preocupação natural dos pais para os cuidados de higiene e prevenção da transmissão do vírus. No entanto, não devemos descurar o cuidado com a alimentação, evitar o excesso de peso e promover o exercício físico regular das crianças. A importância da escolha das mochilas mais adequadas não deve ser negligenciada.”

Atualmente cerca de 15% dos adolescentes portugueses sofrem de dores nas costas e estima-se que 60% das crianças e adolescentes já tenham sofrido deste tipo de dores em algum período durante a sua vida. A OMS estima que 80% dos adolescentes não pratica exercício físico de forma regular e um relatório da DGS avança que, em média, as crianças passam 9 horas por dia em comportamentos sedentários.

Para inverter esta situação e salvaguardar a saúde das costas das crianças e jovens, é essencial ter uma atitude preventiva no que diz respeito à atividade física e à correta escolha e utilização das mochilas.

A má colocação da mochila nas costas e o seu excesso de carga, diariamente, podem provocar dores nas costas do seu filho. Na hora de escolher uma mochila, estes são os conselhos que deve ter em consideração:

  • Opte por uma mochila que tenha duas alças e almofadas, de modo a não provocar contraturas musculares na criança;
  • A mochila deve ter vários compartimentos, uma vez que os materiais devem ser distribuídos por forma a não causar pressão sobre os ombros;
  • O tamanho da mochila não deve ultrapassar o nível superior dos ombros e deve ser colocada ao centro da coluna da criança;
  • O peso da mochila com o material escolar não deve exceder 10% do peso corporal da criança;
  • No caso do percurso até à escola ser longo e sem escadas, deve optar pelo uso de trolley uma vez que alivia a carga nas costas.

Há estudos internacionais que demonstram que a prevalência de lombalgias ou dores lombares, embora mais baixa nas crianças (1-6%), aumenta consideravelmente nos adolescentes (18-51%), aproximando-se da prevalência nos adultos. Nos últimos anos, a prevalência da lombalgia na população infantil tem apresentado um aumento notório, crescendo de 2-11% para 27-51%, dependendo da idade e da população avaliada.

Fique a saber mais sobre a Campanha “Olhe pelas suas Costas” no site e na página de Facebook da campanha e veja aqui um vídeo com todos os conselhos para a escolha correta das mochilas.

Prevenção e tratamento
A farmacêutica AstraZeneca, que está a desenvolver uma possível vacina para a covid-19, anunciou, esta terça-feira, que iniciou...

A empresa explicou que o medicamento, identificado como AZD7442, é uma combinação de dois anticorpos monoclonais, ou seja, anticorpos idênticos. No ensaio participam 48 voluntários, que têm entre os 18 e os 55 anos, no Reino Unido. O ensaio é um “marco importante” no desenvolvimento do medicamento, que tem potencial para ser preventivo para as pessoas mais expostas ao novo coronavírus, assim como a possibilidade de tratar doentes com covid-19.

Simultaneamente, a empresa continua a desenvolver uma possível vacina para a covid-19, em conjunto com a Universidade de Oxford, e, de acordo com os resultados dos primeiros testes, divulgados em julho, a vacina “parece segura e gera anticorpos”.

Nos ensaios para a vacina participam 1.077 voluntários e, atualmente, a potencial vacina, cuja administração originou anticorpos e glóbulos brancos que podem combater o vírus, está na fase três dos ensaios clínicos – o último antes de receber a aprovação das autoridades regulatórias.

 

Infeção por Covid-19
De acordo com um estudo do King's College London realizado em 10 hospitais no Reino Unido e um na Itália, pelo menos um em...

No entanto, os investigadores afirmaram que esta é uma taxa relativamente baixa e mostraram que havia um controlo eficaz da infeção no local.

Para este estudo foram analisados os dados de 1.500 casos até 28 de abril, cobrindo o pico da infeção no Reino Unido.

O autor principal, Ben Carter, disse que “a maioria desses pacientes já estava no hospital há muito tempo”. “Eram mais velhos, mais frágeis e tinham problemas de saúde pré-existentes”.

No entanto, apenas aqueles com teste positivo 15 dias ou mais após a admissão foram contados como infeções adquiridas no hospital. Se tivessem incluídos os doentes que testaram positivo após cinco a 14 dias, esta proporção aumentaria para 23% dos doentes internados, esclarece a investigação.

Mas, devido ao longo período de incubação do vírus, é impossível ter certeza de quantos destes doentes foram efetivamente infetados no hospital.

Duncan Young, especialista em medicina intensiva da Universidade de Oxford, disse que o estudo também não teria detetado os infetados durante um internamento curto no hospital, já que os pacientes não foram acompanhados após a alta.

E, claro, o estudo apenas analisou pessoas que estavam a ser tratadas no hospital para o coronavírus, então não incluiu a grande maioria das pessoas que contraíram a doença, mas permaneceram assintomáticas ou que recuperaram em casa, sem necessidade de tratamento.

Essas advertências sugerem que o risco de contrair o vírus no hospital ainda é pequeno.

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