Covid-19
Uma nova investigação descobriu que níveis elevados de um marcador no sangue - o Fator propeptídeo von Willebrand – estão...

O estudo, liderado por investigadores da Universidade de Medicina e Ciências da Saúde do RCSI, foi publicado na edição atual do British Journal of Heematology.

Este estudo ajuda os médicos a entender por que doentes com Covid-19 desenvolvem anormalidades de coagulação sanguínea que podem desencadear o desenvolvimento de micro trombos nos pulmões. Trabalhos anteriores descobriram que o desenvolvimento desses micro trombos pode levar a um prognóstico mais reservado.

Este estudo liga a formação desses micro coágulos a níveis elevados deste marcador, o Fator propeptídeo von Willebrand, um marcador sanguíneo estabelecido para danos às células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos do corpo. Danos agudos dessas células resultam na libertação rápida do fator propeptídeo von Willebrand, mas também inicia a formação de coágulos e inflamação. O estudo observou os níveis mais altos do marcador sanguíneo em pacientes com doença Covid-19 mais grave ou aqueles que sucumbiram à infeção, indicando que os níveis do marcador podem ser preditivos para um mau prognóstico da doença.

James O'Donnell, diretor do Centro Irlandês de Biologia Vascular, RCSI e Hematologista Consultor do Centro Nacional de Coagulação do Hospital St. James disse: "Estabelecemos anteriormente que a coagulação sanguínea anormal e o desenvolvimento de micro coágulos dentro dos pulmões contribuem para um maior risco doença grave por Covid-19. Os mecanismos pelos quais o Covid-19 desencadeia a formação desses micro coágulos, no entanto, vem intrigando médicos em todo o mundo. Esta pesquisa pode ajudar-nos a entender mais claramente esses mecanismos."

Jamie O'Sullivan, Professor de Pesquisa do StAR no Centro Irlandês de Biologia Vascular do RCSI e coautor do artigo disse que "este estudo fornece mais informações sobre os danos marcados e sustentados às células que revestem os vasos sanguíneos em pacientes com Covid-19 grave e como isso pode contribuir para complicações trombóticas".

O estudo foi realizado por investigadores do Centro Irlandês de Biologia Vascular, Escola de Farmácia e Ciências Biomoleculares, Departamento de Anestesia e Cuidados Críticos e Departamento de Doenças Infeciosas do RCSI, Hospital Beaumont, Centro Nacional de Coagulação, Hospital St. James, Trinity College, Hospital Universitário de St. Vincent e o Centro Nacional de Pesquisa Infantil.

Projeto Alhambra
O Serviço de Intervenção nos Comportamento Aditivos e nas Dependências (SICAD) é o principal dinamizador do Projeto Alhambra –...

Trata-se de um projeto europeu financiado, decorrente do RARHA – Joint Action on Reducing Alcohol Related Harm (Ação conjunta para redução dos efeitos nocivos do álcool) e alargado a vários parceiros, que contará com a realização de três workshops – consumo de álcool no trabalho, consumo não registado e mensagens eletrónicas relacionadas com a saúde – e de três investigações.

Esta ação conjunta está inscrita no Convite à Apresentação de Propostas 2013 no âmbito do Segundo Programa de Ação Comunitária no domínio da Saúde (2008-2013) e contribuirá para a implementação da estratégia da União Europeia de apoio aos Estados-Membros, na redução dos efeitos nocivos do álcool.

Os resultados finais do projeto serão apresentados nos dias 21 e 22 de novembro de 2022, antecedendo a próxima edição da Lisbon Addictions.

 

Estado de emergência
À saída do Conselho de Ministros, que reexaminou as medidas do estado de emergência para o Natal e Ano Novo, António Costa...

Assim, o Primeiro-Ministro apelou a todas as famílias para “reunirem o menor número de pessoas possível” para estarem à mesa o tempo estritamente necessário, para evitarem espaços fechados, pouco arejados e para “estarem o máximo de tempo possível com máscara”.

António Costa lembrou que quando anunciou “as medidas que desejava que vigorassem até ao próximo dia 7 de janeiro”, anunciou também “que faríamos uma reavaliação em função da evolução da pandemia”.

Número de óbitos mantém-se elevado

“A evolução ao longo destas semanas confirma que continuamos a reduzir o número de novos casos, de pessoas internadas em enfermaria geral e em unidades de cuidados intensivos. Contudo, o número de óbitos continua ainda extremamente elevado”, sublinhou.

“Se repararmos bem na evolução semana após semana, o ritmo de diminuição do número de novos casos por semana tem vindo a tornar-se mais lento. Ou seja, não estamos no ponto onde desejávamos”, disse ainda.

Por isto, “os festejos de natal têm de correr com o máximo de cuidado”, disse, acrescentando que “temos de ter a consciência de que cada um de nós é um risco e o risco é tanto maior quantos mais formos e quanto menos protegidos cada um estiver”.

“Pedimos a todas as famílias que se procurem organizar para que o Natal seja um momento de partilha dos afetos, mas não do vírus”, disse acrescentando que logo a seguir ao Natal vão ter de se adotar medidas de máxima contenção para que o número de caso não se “multiplique” no início do ano.  

Neste sentido, o Governo tomou a decisão de “cortar totalmente as celebrações do Ano Novo”, sendo que a liberdade de circulação será restrita a partir das 23h de 31 de dezembro.

No dia 1, e no sábado e domingo, dias 2 e 3, a liberdade de circulação será restrita a partir das 13h.

O Primeiro-Ministro concluiu afirmando que “este sacrifício é fundamental para que o Ano Novo seja mesmo um novo ano de esperança, de podermos vencer a pandemia a recuperar plenamente a nossa liberdade”.

 

Inovaçao
Cateteres para a retenção urinária lubrificados ajudam a reduzir o risco de infeções. A lubrificação à base de glicerina e água...

O Center of Diseases Control alerta que o contágio por SARS-CoV 2 é possível após contacto direto ou indireto com superfícies ou objetos contaminados, pois o vírus pode persistir numa variedade de superfícies por tempo variável.

Por outro lado, apesar dos factos apontarem para uma baixa deteção do vírus na urina, os estudos in vitro sugerem que pode sobreviver até 10 dias na urina, à temperatura de 24. ℃, pelo que procedimentos como a cateterização intermitente requerem precaução extrema, pois não se pode excluir a infeção por esta via.

Este dispositivo vem colmatar as falhas existentes no mercado, uma vez que, através do seu sistema “100% no touch”, o utilizador não tem necessidade de manusear a parte ativa do cateter, garantindo-se assim a assepsia durante o processo de esvaziamento da bexiga, e prevenindo-se infeções.

Por outro lado, a lubrificação à base de glicerina e água, confere a este cateter propriedades bacteriostáticas, impedindo o desenvolvimento de bactérias que contribuem para o desenvolvimento de infeções. Além disso, o seu sistema de abertura simples, desenhado com as alças na extremidade, permite a abertura da embalagem com apenas uma mão, sendo adequado para pessoas com mobilidade reduzida.

Esta solução é indicada para pessoas com retenção urinária, ou seja, com incapacidade de urinar, que se caracteriza por um fluxo urinário reduzido ou intermitente, acompanhado de um enorme esforço ao urinar e de uma sensação de esvaziamento incompleto e de hesitação.

A retenção urinária tem uma maior prevalência entre os homens. Existem diversos fatores que contribuem para esta situação nomeadamente: a obstrução do trato urinário, o enfraquecimento do músculo da bexiga ou complicações neurológicas.

A obstrução do trato urinário pode ser sinal de doenças como hiperplasia prostática benigna, uma doença caracterizada pelo aumento de volume da próstata, que resulta na obstrução da uretra.

 

Divulgação
A partir de hoje, a Fénix – Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil conta com o Atlas da Saúde para a...

Constituída em 2017, Fénix- Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil é uma associação sem fins lucrativos, que conta com a dedicação de bombeiros, agentes de proteção civil e civis, que se constituem como um corpo de voluntários de proteção civil.

Com o objetivo de fazer mais e melhor por esta área, esta associação tendo vindo a estabelecer “contactos com outras Associações do setor, com empresas e com Instituições, públicas e privadas, nacionais e internacionais celebrando acordos e parcerias”, com o intuito de informar e formar populações na prevenção dos riscos coletivos, cooperar em ações de socorro e assistência, bem como em ações de apoio integradas no Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro.

No âmbito formativo, criou a Academia Fénix, “um polo de estudo e partilha de conhecimento, que visa o desenvolvimento de formação especializada”, dirigida bombeiros e agentes de Proteção Civil, bem como a empresas; instituições como escolas, municípios e população em geral.

Para além deste trabalho, a Fénix- Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil é responsável pela organização de Seminários e Workshops na área da Proteção Civil.

 

 

 

Campanha
O Natal é conhecido como a época perfeita para dar, receber e, acima de tudo, ajudar quem mais precisa. Como tal, a Federação...

“Como a federação já tem vindo a alertar, continua a ser necessário reforçar as reservas nacionais de sangue. Neste momento, devido ao gradual regresso à normalidade hospitalar precisamos de contar com a ajuda de todos os portugueses que possam dar sangue. Os centros de recolha estão preparados para receber todos os que queiram ajudar e com as condições de segurança garantidas.”, explica Alberto Mota, presidente da FEPODABES.

A campanha especial de Natal, que arranca já no próximo dia 21 de dezembro, conta com o apoio do Instituto Português de Sangue e Transplantação, do Ministério da Saúde, do Serviço Nacional de Saúde, da Junta de Freguesia do Parque das Nações e da Associação Nacional de Freguesias. As colheitas realizam-se entre as 9h00 e as 13h00 nos dias 24 e 31 de dezembro e entre as 15h00 e as 20h00 nos restantes dias, excluindo o dia de Natal (25), no qual não haverá recolha.

A FEPODABES reforça que mesmo em tempo de pandemia continua a ser seguro doar sangue, uma vez que nos centros de recolha são adotados todos os cuidados necessários para evitar o contágio da COVID-19. Além disso, o processo não demora mais de 30 minutos e consiste na colheita de cerca de 450mL de sangue.

Para saber mais sobre a doação de sangue e o trabalho desenvolvido pela FEPODABES, basta visitar os sites www.fepodabes.pt e www.dador.pt.

 

 

 

Cancro da Próstata
O urologista Pedro Bargão Santos acaba de concluir o seu doutoramento em Medicina na especialidade de Investigação Clínica, na...

"Which epigenetic and inflammation-related biomarkers can identify clinically aggressive prostate cancer” é o tema da tese de doutoramento de Pedro Bargão Santos, que teve como principal objetivo investigar novos biomarcadores que pudessem aperfeiçoar a estratificação dos doentes de acordo com o risco de progressão para cancro da próstata letal, possibilitando uma avaliação mais precisa do prognóstico e a definição da estratégia terapêutica de forma mais personalizada. 

No decorrer da investigação o Urologista do Hospital CUF Descobertas e do Hospital CUF Tejo correlacionou, entre outras variáveis, o conhecimento científico existente sobre biomarcadores pouco estudados no cancro da próstata comparando-o com as características clínicas e patológicas de progressão da doença (PSA, recorrência bioquímica e resultados clínicos de doentes, contemplando sobrevivência específica da doença, sobrevivência livre de doença e sobrevivência global). 

A principal conclusão do estudo é a validação do biomarcador CXCR7 como preditor independente de pior sobrevivência livre de doença, após a realização de prostatectomia radical. “Os resultados da investigação apontam que este pode vir a ser um bom marcador de recidiva de doença, após a cirurgia, mesmo antes da subida do PSA”, indica o investigador. O estudo retrospectivo vem, também, corroborar uma das teorias para a génese do cancro da próstata, a da inflamação prostática crónica, visto ser um marcador relacionado com a inflamação. 

O investigador acredita que este trabalho abre novas portas na compreensão e avaliação do comportamento do cancro da próstata, mas aponta que “mais investigações devem ser realizadas para que possamos usar estas ferramentas e melhorar substancialmente a forma como cuidamos dos doentes num futuro próximo”.

O que são?
Numa época de pandemia, onde existe renitência em recorrer a consultas ou hospitais devido ao medo d

A lesão traumática, as queimaduras, o descolamento de retina e a oclusão da artéria central da retina estão entre as urgências mais comuns.

A avaliação inicial deve incluir a acuidade visual, exceto no caso das queimaduras. A aplicação de anestésicos tópicos pode ser necessária se esta avaliação for difícil por motivos de dor ocular. O exame físico do olho inclui as pálpebras, os globos oculares, a motilidade extraocular e o reflexo pupilar.

Lesões traumáticas

A rutura do globo envolve compromisso à integridade da córnea e esclera. Se não for tratada adequadamente, o paciente pode desenvolver endoftalmite, uma infeção intraocular que pode levar à cegueira.

Indicadores de rutura do globo incluem:

  • dor moderada a severa
  • diminuição da visão
  • desvio da pupila
  • hemorragia subconjuntival severa.

No caso de se suspeitar de rutura do globo, deverá ser logo colocada uma proteção ocular rígida e evitar qualquer pressão no olho. De forma a diminuir a pressão no globo, deve-se administrar analgésicos e antieméticos de forma regular. Poderá ser necessário realizar uma tomografia computorizada (TAC) para avaliar a extensão da lesão. O tratamento inclui a administração de antibióticos e cirurgia.

Queimaduras químicas

Uma queimadura química é uma verdadeira emergência. A gravidade da lesão ocular depende do pH da substância e da natureza do químico. As queimaduras por alcalinos são mais frequentes e mais graves do que as com ácido.

As queixas dos pacientes incluem dor moderada a forte, fotofobia, visão turva e sensação de corpo estranho, assim como blefarospasmos e olho vermelho.

Na presença de uma queimadura química, deverá iniciar-se logo a aplicação de anestésicos tópicos, não só para o alívio da dor, mas também para irrigar o olho. Aliás, assim que se suspeitar de queimadura química, deve ser iniciada imediatamente, e mantida, irrigação com soro fisiológico, com o objetivo de neutralizar o pH.

Antibióticos devem ser iniciados após a estabilização do pH. Um ácido nunca deve ser utilizado para neutralizar uma base, nem vice-versa!

Oclusão da Artéria Central da Retina (OACR)

A artéria central da retina é um ramo da artéria oftálmica que transporta o sangue para a retina. A OACR, provocada por um trombo que oclui um dos vasos sanguíneos, leva rapidamente a isquemia, por falta de irrigação, o que pode levar a perda significativa de visão.

Os pacientes com OACR referem perda súbita e indolor da visão de um dos olhos. O paciente poderá referir uma perda de visão transitória, sem dor associada, de um dos olhos. Poderá apresentar a pupila dilatada e com fraca reação à luz.

Uma intervenção rápida é fundamental de forma a diminuir as perdas provocadas por OACR.

Descolamento de Retina

O descolamento de retina é a separação da camada neurossensorial da retina da coróide e do epitélio pigmentar da retina. Apesar de ser uma situação pouco frequente, o descolamento de retina rapidamente provoca uma degeneração de fotorreceptores que provocam isquemia, levando à morte das células.

O diagnóstico precoce e o tratamento podem prevenir a perda de visão. A queixa mais comum é a sensação de ver luzes ou flashes, a visão pode ficar turva ou enevoada, com a presença de moscas volantes.

Os fatores de risco para o descolamento de retina incluem a retinopatia diabética, cirurgia a catarata, miopia, idade avançada e história familiar.

Numa fase inicial, poderá ser possível fazer tratamento com laser, contudo, em muitos casos apenas com cirurgia se consegue resolver o descolamento de retina.

Em conclusão, o reconhecimento imediato e o adequado tratamento de urgências em oftalmologia são essenciais para se conseguir os melhores resultados. Apesar da situação de pandemia em que vivemos, perante uma situação de urgência oftálmica, a rapidez de atuação é fulcral. Procure sempre ajuda especializada, sem hesitar!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Lançado plano estratégico Bio-Saúde 2030
A Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) apresentou o plano estratégico Bio-Saúde 2030, numa sessão que contou com a...

O plano transmite ideias para promover o setor das Ciências da Vida e Biotecnologia, preconizando um investimento sustentado e transversal, que poderá permitir posicionar Portugal como um centro de Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia e Ciências da Vida e um pilar estratégico da capacidade de produção na União Europeia (UE), tornando o nosso país na Fábrica da Europa para a Saúde.

Entre as medidas abrangidas pelo plano estratégico Bio-Saúde 2030, destaque para: promoção da investigação e desenvolvimento clínico em Portugal como motor de novo financiamento do SNS; constituição de uma reserva estratégica de capacidade produtiva para UE em saúde; promoção do emprego altamente qualificado; capacitação do tecido industrial da UE através da criação do SME Business European Enhancement Act.

Portugal como uma fábrica do futuro assente em conhecimento

A sessão apresentou novos resultados do estudo de caracterização do setor da biotecnologia em Portugal, que refere que, das empresas em Portugal que desenvolvem investigação e desenvolvimento em biotecnologia, cerca de 60% são dedicadas à biotecnologia médica, sendo as restantes 40% dedicadas à biotecnologia aplicada à bioeconomia (agroindústria, floresta, mar, industrial ou ambiental). Regista-se uma média de 4 anos entre a constituição da empresa e o lançamento do produto no mercado, pelo que há necessidade de investimento de longo prazo que permita a consolidação das empresas que consigam ter um pipeline de produtos em investigação e outros em produção para se tornarem sustentáveis ao longo do tempo. Um terço das empresas de biotecnologia em Portugal recorre a fundos próprios.

João Cerejeira, da Universidade do Minho, apresentou os resultados do estudo sobre este setor, que tem registado um rápido crescimento nos últimos anos. Com uma forte ligação aos principais clusters que respondem aos desafios colocados à União Europeia, trata-se, segundo este estudo, de um setor inovador, não apenas na academia, mas também nas empresas, com recursos humanos altamente qualificados e uma força de trabalho jovem. Os principais fatores críticos para crescimento assentam nas capacidades organizacionais, investimento/financiamento e no desenvolvimento do ecossistema.

O estudo conclui, ainda, que metade das empresas realiza exportações, havendo, por isso, uma grande abertura para o exterior neste setor. As remunerações são 1,6 vezes superiores em comparação com a média nacional. Em termos de propriedade intelectual, a biotecnologia está presente em 4 das 5 áreas em que mais se gera patentes em Portugal.

“Temos a capacidade de criar um núcleo na biotecnologia, nas áreas alimentar e de saúde”

Em 2020, a biotecnologia mostrou, mais do que nunca, a sua importância. No combate à Covid-19, é fundamental diagnosticar, ter dados epidemiológicos, desenvolver tratamento e vacina – tudo isto passa pela biotecnologia. O papel da ciência e do conhecimento na sociedade ganhou mais relevância, sobretudo na área das Ciências da Vida, levando a P-Bio a desenvolver a Estratégia Bio-Saúde 2030, que defende a criação de um cluster económico robusto capaz de servir o país, a Europa e a sociedade. Durante a sessão, Simão Soares, Presidente da P-Bio, afirmou que vivemos um “tempo de grandes desafios em que a biotecnologia pode ser essencial para desenvolver uma economia baseada em conhecimento e pessoas altamente qualificadas”.

Manuel Heitor apelou à mobilização para a criação de ideias para o setor, que deve reunir start-ups em articulação com o sistema científico e tecnológico. “Temos a capacidade, a nível competitivo, de criar um núcleo – seletivo, mas relevante – de atividade na biotecnologia, nas áreas alimentar e de saúde”, assinalou. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior acredita que a biotecnologia pode possibilitar que exista uma Europa com mais Portugal, para que seja possível, por exemplo, contribuir para tornar a Europa mais autónoma no desenvolvimento e produção de medicamentos inovadores à escala global.

“A biotecnologia pode ser a grande resposta”

David Braga Malta, vogal da direção da associação e coordenador do programa Bio-Saúde 2030, afirmou que a “importância da biotecnologia se fez notar como nunca em 2020”, assinalando que “se este cluster crescer da forma adequada, será fundamental para a economia nacional”. António Costa Silva, autor do Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030, corrobora esta ideia, destacando que “o setor da biotecnologia está no cruzamento dos grandes desafios que temos para o futuro”, que passam por “prevenir futuras pandemias, reforçar saúde, não ignorar a crise climática”. “A biotecnologia pode ser uma grande resposta”, assinala. Trata-se de “um cluster com potencial para crescer no futuro”, sendo um “pilar crucial para mudar a economia do país”. António Costa Silva refere que “temos todas as competências funcionais, mas falhamos nas competências estruturais”.

Isabel Rocha, Pró-Reitora na Universidade NOVA de Lisboa, sublinhou a importância de promover a transferência de conhecimento, o que poderá contribuir para o crescimento das start-ups. Isabel Rocha referiu também que “algumas start-ups demoram muito a crescer e outras nem conseguem fazê-lo”. Denota-se, por isso, “falta de financiamento e tradição de outras empresas em incorporar este conhecimento tecnológico”. Já João Gonçalves, Secretário-Geral da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), afirmou que “o estímulo do mercado interno é importante” e a “contratação pública pode ter um papel fundamental”, contribuindo para uma maior projeção internacional das empresas portuguesas.

Ministra da Saúde
Os profissionais de saúde vão ser os primeiros a receber a vacina. Marta Temido justificou a medida, após a reunião sobre o...

De acordo com a Ministra, o primeiro lote de vacinas, que se espera que chegue até ao final deste mês, será para os profissionais de saúde, contabilizando um total de 9.750 vacinas. Em janeiro, destas, vão ser disponibilizadas cerca de 300 mil doses, em fevereiro 429 mil doses e 487,500 doses em março. As cerca de 300 mil doses previstas para o mês seguinte devem chegar a partir de 4 de janeiro.

Marta Temido, afirmou ainda que o processo de vacinação contra a Covid-19 será um “processo exigente”, e que apesar de o SNS estar habituado à vacinação, este é um processo “novo” porque “se reveste de uma expectativa diferente, acrescentando que “os portugueses podem ter confiança na sua vacinação”.

A governante garantiu que a vacinação para a Covid-19 pode começar no dia 27 de dezembro em Portugal e em outros países europeus, com a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.

De acordo com Marta Temido, é esperado que a Agência Europeia do Medicamento emita a 23 de dezembro a autorização condicional de introdução no mercado e que as primeiras doses de vacina cheguem a Portugal no dia 26 de dezembro.

Webinar
O papel da gestão emocional, a importância do diagnóstico precoce e a continuidade das terapêuticas em curso são os grandes...

“Mais do que nunca, torna-se crucial desmitificar as fases de adaptação à doença e a importância de manter o equilíbrio emocional após o diagnóstico. Afinal, mesmo em contexto de pandemia da COVID-19, os doentes não podem descurar a continuidade das terapêuticas nem adiar as suas consultas, uma vez que temos ferramentas digitais que permitem o acompanhamento em caso de necessidade”, refere Manuel Abecasis, presidente da APCL.

Moderado pelo jornalista Paulo Farinha, a iniciativa irá dividir-se em dois momentos. Inicialmente, Filipe Barbosa, psicólogo, fará uma intervenção na qual falará sobre o diagnóstico, fases de adaptação à doença, a importância de a manter o equilíbrio emocional e como fazê-lo; e ainda o que se espera dos cuidadores e equipa de tratamento nesse aspeto.

Posteriormente, juntar-se-á um painel de discussão composto pelos hematologistas Manuel Abecasis e Carlos Martins, a enfermeira Maria Cristina de Lacerda, Francisco Noronha dos Santos, enquanto doente, e a cuidadora Sandra Estima para abordar “A importância dos diagnósticos precoces e da continuidade das terapêuticas para os doentes hemato-oncológicos em tempos de pandemia”.

Esta sessão, de inscrição gratuita, conta ainda com um espaço para perguntas e respostas. A associação pretende desta forma proporcionar momentos de interação entre os especialistas e os doentes que estão a assistir e que poderão esclarecer as suas dúvidas.

 

DGS publica orientação
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou esta quinta-feira uma orientação relativa à presença de acompanhantes e visitas nas...

Segundo este documento os conselhos de administração dos hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde devem adaptar o regulamento de visitas, podendo, em situações excecionais, permitir visitas a doentes Covid-19, desde que “reduzidas ao mínimo, quer no número, periodicidade e tempo de visita” e sempre com as medidas de proteção devidas.

O número de visitantes por utente não Covid-19 internado é, salvo em situações excecionais, de uma pessoa por dia, por um período de 30 minutos, sendo, preferencialmente, sempre o mesmo visitante.

A orientação sublinha, ainda, que os hospitais devem organizar as visitas garantindo o desfasamento de horários (por marcação), nomeadamente a doentes internados em quartos comuns. Nestes casos, e quando o doente se encontra acamado, só é permitida a presença de um visitante de cada vez.

Na organização das visitas aos utentes internados, devem ser respeitados o distanciamento físico entre visitante, utente e profissionais de saúde, a etiqueta respiratória, a utilização correta de máscara cirúrgica e a higienização frequente das mãos.

De acordo com a orientação da DGS, as visitas não podem permanecer no quarto ou enfermaria “durante a realização de procedimentos geradores de aerossóis ou durante a colheita de amostras respiratórias”, não devem utilizar as instalações sanitárias dos utentes internados, não devem interagir com outros doentes ou visitantes e não podem levar e/ou entregar qualquer objeto pessoal, géneros alimentares ou outros produtos ao utente internado sem prévia autorização.

Devem ainda informar o serviço ou unidade de saúde onde realizaram a visita sempre que, nas 48 horas seguintes, desenvolvam sintomas sugestivos de Covid-19 ou apresentem um resultado positivo para SARS-CoV-2 num teste laboratorial.

As unidades de saúde, por seu lado, devem definir circuitos devidamente sinalizados, para os visitantes e acompanhantes, incluindo as respetivas instalações sanitárias, de forma a reduzir a circulação desnecessária de pessoas.

“Mediante a avaliação da situação epidemiológica local ou regional, pode ser determinado, em articulação com a autoridade de saúde local, a aplicação de medidas restritivas de visitas ou a sua suspensão temporária, nomeadamente nos concelhos de risco epidemiológico extremo e muito elevado”, refere a orientação.

A DGS lembra ainda que os utentes internados nos serviços de saúde do SNS “têm direito à assistência religiosa (que não é contabilizada como uma visita)”.

Entrevista
As displasias ósseas são condições ósseas raras de origem genética que afetam profundamente o esquel

Há quantos anos existe a ANDO Portugal e o levou à criação de uma associação dedicada às displasias ósseas?

A ANDO Portugal foi criada a 26 de maio 2015. Nessa altura, não havia nenhuma associação ativa para as displasias ósseas e era necessário criar uma estrutura para informação e apoio às pessoas com displasia óssea e para as famílias assim como atuar em muitas áreas onde havia necessidade de atuação. Faltava o quórum e o momento, até que em outubro de 2014 conheci num congresso o Dr. Sérgio Sousa, geneticista clínico expert em displasias ósseas, e também o Vítor Monteiro e a Margarida Noronha da Silva, que já tinham estado previamente envolvidos numa associação, os Pequenos Lusitanos, e vi que era o momento de avançar.

A Inês já tinha contacto com outras famílias com uma história de displasia óssea?

A minha segunda filha nasceu em 2012, e foi diagnosticada com acondroplasia um mês após o nascimento. Só em 2013, conheci uma pessoa adulta com a mesma displasia e em 2014 conheci o Vítor Monteiro e a Margarida Noronha da Silva. Foram momentos importantes a nível pessoal, mas essencialmente porque do encontro de 2014, deu ânimo à criação da ANDO.

Tratando-se de condições muito pouco conhecidas e ainda envoltas socialmente em estigmas, quais as principais dificuldades que sentiu no início, e o que mudou desde a constituição da ANDO - Associação Nacional de Displasias Ósseas?

Em 2012, deparei-me com um enorme desconhecimento sobre as displasias ósseas entre profissionais de saúde, ausência de seguimento multidisciplinar estruturado assim como reduzida informação disponível em Português. E as ações mais relevantes da ANDO a estes níveis tem sido a criação e revisão constante de informação em Português e a participação na criação da consulta multidisciplinar de displasias ósseas no Hospital Pediátrico de Coimbra – CHUC. Os Encontros anuais organizados pela ANDO também vieram permitir que as pessoas se pudessem conhecer e aproximar, criando uma oportunidade de partilha direta de experiências.  

De que forma têm apoiado as pessoas com displasia óssea? E quais as áreas de atuação da ANDO?

Os motivos que levam as pessoas a procurar a ANDO são muito distintos. Como exemplos está a vontade de conhecer outras pessoas com a mesma displasia, ter acesso a informações sobre a sua displasia num enquadramento específico, questões relacionadas com o acesso a diretos sociais e apoios à incapacidade motora; como e onde aprender a conduzir; adaptações no carro, em casa, no espaço de trabalho; orientações para a escola como esclarecimentos a dar os educadores e professores que acompanham crianças com displasia óssea; pedidos de referenciação clínica, entre muitos outros.

A ANDO atua assim a vários níveis: social, educativo, profissional, psicoemocional e informativo. E para lá do contacto direto com as pessoas com displasia óssea e famílias, temos realizado muito trabalho ao nível de desenvolvimento de parcerias e projetos de investigação focados nas displasias, assim como atuação a nível de instituições nacionais ligadas à saúde e medicamentos, e instituições europeias ligadas à saúde.

Que balanço faz destes 5 anos, desde a sua constituição? Que outros projetos existem para o futuro?

Tem sido um trabalho em andamento. ANDO não é somente um acrónimo, mas tem sentido como palavra, que segue num movimento ativo. Os passos iniciais foram mais complexos, principalmente nas dificuldades encontradas no contacto com as pessoas, que em vários casos se mostraram muito reticentes. Temos uma sociedade muito amistosa, mas ainda muito fechada no que refere à diferença física e foi preciso e continua ainda a ser muito preciso criar e apresentar um trabalho que as pessoas valorizem de forma a que confiem que vale a pena se aproximarem. O trabalho da ANDO foca-se nas pessoas e para estes passos de confiança para o qual trabalhamos.

Sendo que este é um grupo vasto de doenças, quais as que estão representadas na ANDO?

Temos atualmente conhecimento de pessoas com 22 displasias ósseas: acondroplasia, discondrosteose de Leri-Weil, Hipocondroplasia, Hipoplasia cartilagem cabelo (CHH), Pseudoacondroplasia, Displasia diastrófica, Displasia campomélica, Displasia espondilometafisaria, tipo Strudwick, Opsismodisplasia, Displasia epifisária múltipla, Displasia espondiloepifisária, tipo Kimberly, Hipofosfatémia ligada ao cromossoma x (XLH), Pcinodisostose, Displasia Espondiloepifisária congénita – SEDc, Síndrome 3M, Síndrome de Silver-Russell, Displasia Cleidocraniana, Displasia fibrosa poliostótica, Acrodisostose, Osteopetrose, Fibrodisplasia Ossificante progressiva, Osteocrondromas múltiplos.

Entre as displasias mais prevalentes estão a discondrosteose de Leri-Weil, a Osteogénese imperfeita, acondroplasia e a XLH.

O que falta fazer no sentido de melhorar a qualidade de vida das pessoas com displasias ósseas? Em termos sociais, existem apoios suficientes, por exemplo?

A qualidade de vida é um conceito multidimensional que reflete a visão de cada pessoa num dado momento relativamente às suas relações sociais, ao seu estado de saúde física e mental assim como ao seu nível de autonomia. Um dos projetos que a ANDO tem estado a desenvolver parceria com a consultora em saúde Exigo e com a APOI é desenvolver e validar um questionário para avaliação da Qualidade de vida relacionada com a saúde em pessoas com displasias ósseas em Portugal. Há muito para saber sobre as displasias ósseas começando pela sua história natural (o que a carateriza), de forma a saber como se pode melhorar a qualidade de vida, sendo que um registo é fundamental para isto. E neste sentido, a ANDO faz parte da equipa de trabalho da EuRR-Bone, o registo europeu para as doenças ósseas e minerais raras, criando em abril 2020. O aumento de registo de pessoas com displasias ósseas é fundamental para se conhecer as características e necessidades a colmatar para melhorar a qualidade de vida. Em termos de apoios sociais, há diversos apoios para a deficiência e incapacidade motora, alguns específicos para distintas fases etárias e que podem ser solicitados: apoios financeiros, educativos, profissionais, relativos à melhor das acessibilidades e adaptações em espaço de casa, escola e trabalho entre outros.  

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3ª Reunião do “Programa de Educação e Atualização em Patologia da Coluna”
A Sociedade Portuguesa da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover a terceira Reunião do seu “Programa de Educação e...

“Com esta iniciativa online pretendemos promover a partilha de conhecimentos científicos e estimular o interesse pelas patologias na coluna, neste caso pelas infeções na coluna vertebral, como por exemplo a espondilodiscite, uma doença rara que afeta doentes entre os 50-70 anos. Nesta reunião contamos com a presença de especialistas que partilharão os seus conhecimentos e perspetivas, abordando questões relacionadas com o diagnóstico, as causas, o tratamento e a prevenção”, explica Nuno Neves, secretário geral da SPPCV e Coordenador da 3ª Reunião do “Programa de Educação e Atualização em Patologia da Coluna.

As inscrições estão abertas até ao próximo dia 17 de dezembro.

Para mais informações e inscrições: Reunião SPPCV – Infeções da Coluna Vertebral - SPPCV

Desde o início da pandemia
A plataforma “Autoreport & Trace COVID-19”, desenvolvida pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela SPMS – Serviços...

Mais de 132 mil utentes (132.710) em isolamento reportaram a evolução do seu estado de saúde na plataforma, através do “Registar Sintomas”, um sistema de auto-reporte que é preenchido diariamente num formulário digital.

Esta tem sido uma ferramenta fundamental no suporte à abordagem das pessoas com suspeita e confirmação de infeção por SARS-CoV-2 e seus contactos, apoiando diariamente a prestação de cuidados de saúde no âmbito da pandemia COVID-19 e a intervenção das autoridades de saúde e equipas de saúde pública.

Este modelo inovador, assente na telemedicina, foi elaborado com base na norma 004/2020 da DGS, que estabelece os procedimentos a adotar na abordagem ao doente com suspeita ou infeção por SARS-CoV-2.

Neste sentido, o serviço permite o acompanhamento de sintomas, vigilância e monitorização de doentes e suspeitos de COVID-19, bem como dos seus contactos, sem necessidade de presença física nos serviços de saúde. Desde junho, foram submetidas mais de 521 mil auto-vigilâncias, o que se traduz numa poupança de cerca de 50 mil horas de trabalho, ao longo destes meses.

Através da funcionalidade Autoreport COVID-19, o serviço permite aos utentes auto-reportar os seus sintomas, diariamente ou noutra periodicidade definida, de acordo com os critérios de qualidade e segurança definidos pela Norma 004/2020.

Esta solução permite, assim, um acompanhamento continuo, remoto e em grande escala aos utentes suspeitos ou diagnosticados com COVID-19, que se encontram em vigilância no domicílio.

Ontem, o projeto da DGS e da SPMS foi distinguido pela Federação Internacional dos Hospitais (International Hospital Federation-IHF), no âmbito do combate à pandemia.

No concurso ‘Programa de Reconhecimento da Resposta à COVID-19’ (‘IHF Beyond the Call of Duty for COVID-19’), a SPMS e a DGS foram duas das entidades vencedoras do Serviço Nacional de Saúde.

Esta foi a terceira vez que o modelo desenvolvido pela DGS e pela SPMS foi distinguido. Em novembro, o projeto recebeu a segunda menção honrosa na 7ª edição de Prémios Healthcare Excellence e, já este mês, foi finalista do prémio IPPS – ISCTE Políticas de Saúde – Categoria Administração Central.

Como combater os estados gripais
Os estados gripais são provocados por vírus da família Influenzae, mais presentes entre o início do

Este é um ano diferente, pois outro vírus nos bate à porta e nos assusta. A pandemia COVID-19 veio alterar as nossas vidas e o que pensávamos como adquirido estava, afinal, muito longe de ser real. Tivemos de nos adaptar a um “novo normal”, com todas as condicionantes inerentes à vida numa pandemia.

A adoção de medidas de prevenção contra a COVID-19, como a lavagem frequente das mãos, utilização de máscara e distanciamento físico, podem ajudar a diminuir a prevalência dos estados gripais.

E então… o que podemos fazer como prevenção?

Alimentação

A alimentação pode e deve ter um papel importante na prevenção dos estados gripais e de outras doenças respiratórias. Com a diminuição da temperatura torna-se difícil a ingestão da quantidade de água essencial e por isso a sopa é um alimento importante. Os hortícolas de cor verde escura bem como os de cor alaranjada fornecem grande parte das vitaminas e minerais de que necessitamos. Se a eles juntarmos a fruta da época, cítrica, muito rica em vitamina C e os frutos oleaginosos como as avelãs, nozes e amêndoas teremos a suplementação em selénio e zinco de que necessitamos.

Exercício físico

A prática de exercício físico moderado e contínuo é fundamental para aumentar a resposta imunológica do organismo. Melhora o bem-estar e ajuda-nos a diminuir o stress. Promove ainda uma melhor oxigenação celular e um melhor funcionamento do coração e pulmões.

Medicação e suplementação na prevenção e tratamento dos estados gripais

Existem, ainda, alguns suplementos que podem ajudar-nos a reforçar o sistema imunitário preparando o nosso corpo para lidar melhor com os estados gripais.

Vitamina D

Longe vai o tempo da toma de óleo de fígado de bacalhau durante os invernos. Este foi um dos primeiros suplementos usados para aumentar as nossas defesas imunitárias com uma forte concentração em Vitamina D e Vitamina A.

A Vitamina D pode atuar como imunomodulador, aumentando a nossa resposta defesa a vírus e bactérias.

Vitamina C

Esta vitamina aumenta capacidade de resposta do sistema imunitário e confere uma maior resistência do nosso corpo às infeções respiratórias.

Zinco

Atua na modulação imunológica do timo permitindo a proliferação celular de glóbulos brancos que nos defendem de vírus e bactérias.

Alho

Apresenta propriedades antibacterianas, antimicóticas e antivirais. É tradicionalmente usado nas infeções brônquicas, do aparelho digestivo e na circulação.

Equinácia

Planta com propriedades imunoestimulantes ativando a proliferação de leucócitos. Atua de forma preventiva e curativa em infeções respiratórias, apresentando uma ação anti-inflamatória e antiviral.

Medicamentos Homeopáticos

Vários são os medicamentos homeopáticos que podem ser utilizados para tratar e atenuar os sintomas dos estados gripais. Para a febre elevada poderá utilizar-se Belladonna ou Aconitum. Para febres mais baixas poderá utilizar-se Ferrum phosphoricum ou Gelsemium.

Para as dores no corpo, que melhoram com o repouso, Bryonia é uma boa opção. Para quando todo o corpo dói Eupatorium perfoliatum é a melhor escolha.

Se a tosse persistir e for seca pode experimentar Drosera, se piorar com a humidade Dulcamara e, se for de difícil expetoração, Antimonium tartaricum. Mas tão importante como a medicação é beber água.

Se precisar de ajuda para a melhor escolha no tratamento homeopático já sabe… é só pedir conselho ao seu farmacêutico!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Insulina foi descoberta há 100 anos
A descoberta da insulina foi um marco revolucionário no tratamento da diabetes e um dos feitos mais memoráveis na história da...

A Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina conta com elementos que acompanharam mais de meio século da história da insulina para trabalhar com Instituições e Sociedades ligadas ao tratamento da diabetes num programa vasto de atividades adequadas à ocasião, com a duração de um ano e com início em janeiro de 2021. O objetivo desta comissão é reforçar a importância da descoberta da insulina e os principais avanços que se fizeram sentir nos últimos cem anos.

“Estamos há quase cem anos a lutar contra a diabetes e comemorar o centenário da descoberta da insulina é celebrar a vida. Em 1921, a insulina foi isolada pela primeira vez em laboratório de forma bem-sucedida e foi aplicada numa pessoa, pela primeira vez, em janeiro de 1922. Desde então, é o principal tratamento na luta contra a diabetes. Esta era uma doença fatal e podemos referir que, antes deste acontecimento, a sobrevivência de uma criança com diabetes tipo 1 variava entre um mês e dois anos, no máximo. Atualmente, já conseguimos adaptar o tipo de insulina a cada doente, uma derradeira evolução na área da medicina.” explica Luis Gardete Correia, endocrinologista e presidente da Fundação Ernesto Roma.

“A descoberta da insulina veio prolongar a vida das pessoas com diabetes, sobretudo as que sofrem de diabetes tipo 1 e veio também abrir portas a mais e melhor investigação sobre novas insulinas e novos métodos de aplicação. Antes da descoberta da insulina, ter diabetes era equivalente a uma condenação à morte. O tempo de vida era curto e associado a complicações graves como a cegueira, as amputações dos membros, o acidente vascular cerebral, o enfarte do miocárdio, a insuficiência renal e a morte.” partilha José Luis Medina, especialista em Endocrinologia e professor catedrático jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

“Mesmo em tempos de pandemia não podemos deixar de assinalar este histórico acontecimento, manifestando o nosso apreço pelos investigadores de todo o mundo, que tanto contribuem para que a diabetes seja combatida com sucesso”, conclui Manuel Almeida Ruas, endocrinologista, fundador e ex-diretor do Serviço de Endocrinologia dos HUC – Coimbra.

No âmbito das comemorações será inaugurada a exposição “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina”, nos primeiros dias de janeiro de 2021, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Trata-se de uma exposição itinerante que poderá, posteriormente, ser visitada nas cidades de Coimbra, Porto, Funchal e Ponta Delgada.

Os eventos que irão acontecer por todo o país, durante o decorrer do ano de 2021 e de iniciativa das entidades que se constituem enquanto Comissão Nacional das Comemorações do Centenário da Insulina, podem ser consultados no site oficial www.100anosinsulina.pt

Webinar
O potencial das células estaminais no tratamento da COVID-19 já foi comprovado por Luis Madero, especialista em Oncologia...

Luis Madero é responsável pelo departamento de Onco-hematologia no Hospital Infantil Universitário Niño Jesús e no Hospital Universitário Quirón Pozuelo, em Madrid. Para além do vasto contributo que tem dado em projetos de investigação na área da leucemia infantil, imunoterapia celular e oncolítica, este especialista tem liderado também estudos sobre o uso de células estaminais contra a COVID-19.

O estudo mais recente levado a cabo por Luis Madero, aprovado pela Agência Espanhola de Medicamentos, foi um ensaio clínico de fase II com doentes infetados pela COVID-19, com o objetivo de testar se existia um tratamento eficaz contra o SARS-CoV-2 com tecido do cordão umbilical. A ideia deste estudo passou por utilizar um tipo de célula estaminal: a célula estaminal mesenquimal, em que o tecido do cordão umbilical é especialmente rico, com propriedades imunomoduladoras – ou seja, com capacidade de controlar a resposta excessivamente agressiva do sistema imunitário de um doente, quando este é infetado pelo vírus.

Com este estudo pioneiro, Luis Madero e a sua equipa tinham como objetivo evitar a hiperinflamação, gerada pelo novo coronavírus, que em casos mais graves pode levar à morte. O especialista explica “A doença causada pelo vírus tem três fases: a primeira revela sintomas como febre, tosse ou mal-estar geral; de seguida em alguns doentes, o vírus penetra nos pulmões e causa uma pneumonia bilateral; e na fase final, alguns deles desenvolvem um processo inflamatório que pode levar à falência de múltiplos órgãos ou até mesmo à morte”, explica Luis Madero. Com a abordagem da utilização de células estaminais no tratamento da COVID-19, o que se procura é atuar na fase pulmonar da doença (fase 2), nos doentes com evolução para pneumonia bilateral, mas que ainda não atingiram a fase final de hiperinflação.

O webinar irá centrar-se na análise das fontes de células estaminais e vantagens da sua utilização, na aplicação terapêutica das células do sangue e do tecido do cordão umbilical em diversas doenças e, no panorama atual da pandemia por COVID-19, o potencial das células de Andreia Gomes, responsável pela Unidade de I&D da Bebé Vida. Esta sessão conta com a moderação de João Sousa, diretor de Qualidade da Bebé Vida e Presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Criopreservação (APEC).

Opinião
Ter um animal de estimação como parte integrante da família é uma experiência sensacional!

Neste sentido, oferecer um animal a um amigo ou familiar, sem antes ter a certeza de que estes estão preparados para assumir essa responsabilidade é muito arriscado. A adoção ou aquisição de animais de companhia “por impulso” está totalmente desaconselhada e contribui, de certa forma, para que os casos de abandono se perpetuem. Pode ser uma ótima experiência? Com certeza que sim, mas deve ser assente sobre uma grande probabilidade deste animal vir a ter uma vida digna e feliz, tal como ele merece! É fundamental assegurar-se que exista consenso familiar, que todos os membros da casa estão motivados a receber o novo elemento e se comprometem a apoiar, contribuindo para a sua educação e bem-estar ao longo do tempo.
Ter uma animal de estimação não é apenas um privilégio, é uma responsabilidade.

Como escolher

Depois da decisão tomada é necessário selecionar o tipo de animal que melhor se adaptará ao estilo de vida do seu futuro dono. Esta escolha não é um processo fácil! Muitas pessoas desvalorizam este passo e baseiam a sua decisão na beleza ou no porte do animal e esquecem-se dos aspetos particulares de cada espécie e raça.

Antes de iniciar a seleção, devem refletir sobre diversas questões: avaliar o espaço disponível. Tem um jardim para ele se exercitar ou ficará confinado a um apartamento? Algumas espécies e raças necessitam de muito exercício para que se mantenham em forma e emocionalmente equilibradas. Por exemplo, dentro da mesma espécie, um cão Jack Russel Terrier exige muito mais tempo de passeio, exercício físico e brincadeira do que um Bulldog Francês. Muitas vezes este fator leva a que a aquisição de um gato, coelho anão ou chinchila seja mais prudente.

No caso particular de haver crianças em casa, estas devem ser ensinadas a comportar-se de forma calma e a respeitar o seu animal de estimação. É muito

importante que tanto as crianças, como os animais sejam educados e supervisionados na sua interação, sobretudo durante a fase inicial de adaptação. Alguns animais são reconhecidos por serem extremamente tolerantes com crianças.

Converse com criadores e com outros donos sobre as diversos animais e suas características particulares, tais como o temperamento, necessidade de espaço e de exercício físico, características sociais, cuidados de higiene e cuidados de saúde específicos, bem como predisposição a determinadas doenças.

As vantagens da adoção

Obviamente, se deseja um animal de estimação, não necessita de o comprar. A adoção constitui uma ótima opção e tem muitas vantagens tanto para si como para o animal que terá uma oportunidade de ter uma vida digna e feliz. Se optar por um cachorro ou um gatinho de raça não definida e não conhecer os progenitores, não saberá tão facilmente que tamanho e caráter irá predominar. Se não quiser ter essa incerteza opte por adotar um cão ou um gato adulto, nesse caso não terá de lidar com a imaturidade própria destas idades, e pode avaliar com maior clareza a sua personalidade e temperamento, mas poderá ser confrontado com alguns hábitos já adquiridos. Estes animais costumam ser gratos, meigos e educados, sobretudo quando já passaram por inúmeras adversidades no seu passado.

Dar prendas aos animais

E porque não? Se isso proporcionar momentos de felicidade para toda a família, com certeza que o animal também usufruirá desta alegria, independentemente de não terem o mesmo entendimento que nós. Contudo é necessário escolher os artigos adequados, no que se refere aos materiais, tamanho, etc. É comum ingestão de brinquedos de uma forma involuntária que pode causar obstruções gastrointestinais graves.

Ajudar outros animais

Existem várias associações de proteção animal que vivem de contribuições voluntárias para alimentar e cuidar da saúde de centenas de animais. A ajuda de todos neste sentido é fundamental. Muitas destas associações permitem visitas e acolhimentos temporários destes animais. Para além disso existem famílias carenciadas e pessoas sem abrigo que também têm animais e que será importante uma ajuda suplementar de forma a que estes animais passem esta quadra natalícia mais felizes.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cuidados paliativos de adultos
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e o Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede (HAJC) estabelecem um...

Segundo o Centro Hospitalar “este protocolo pretende estabelecer os termos em que decorrerá a colaboração entre o HAJC e o CHUC, ao nível dos cuidados paliativos de adultos”.

O CHUC não dispõe ainda de uma Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) para adultos, promovendo a referenciação dos utentes com necessidade de internamento em UCP para o HAJC, “numa lógica de utilização eficiente dos recursos públicos”.

Em comunicado o CHUC faz saber que “a articulação entre os dois hospitais, materializada através deste protocolo, é um passo importante na construção de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) em rede e que é estimulado pela tutela, nomeadamente pela Administração Regional do Centro (ARSC) e o Ministério da Saúde”.

O Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede vai apoiar o CHUC através da sua Unidade de Cuidados Paliativos, que conta com 18 camas de cuidados paliativos. A “articulação entre as equipas das duas instituições e a partilha de informação clínica” vai ser uma das principais premissas desta iniciativa.

O protocolo vai ser assinado, amanhã, dia 18 de dezembro, “pelo presidente do Conselho de Administração do CHUC, Carlos Santos, e pela presidente do Conselho Diretivo do HAJC, Diana Breda”. O evento contará ainda com a presença da Presidente da ARSC, Rosa Reis Marques.

 

 

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