LinkedIn Live “Vou ser anestesiado, e agora?”
Muitas são as dúvidas e receios que se geram em torno da palavra anestesia. “Será que vou sentir alguma coisa?” ou “Será que...

A Anestesiologia exerce a sua atividade de forma transversal a várias especialidades cirúrgicas e médicas, sendo considerada por muitos "o coração" da medicina hospitalar. No atual contexto de pandemia, os anestesiologistas estão também entre os profissionais de saúde na linha da frente do tratamento dos doentes críticos infetados com COVID-19, assumindo um importante papel nos cuidados intensivos e no bloco operatório. 

Todos os anos, milhares de portugueses são submetidos a uma intervenção cirúrgica com recurso à anestesia, sendo muitas vezes a própria anestesia o principal receio do doente. É, pois, fundamental desmistificar este tema, já que a anestesiologia é uma das especialidades mais seguras da medicina, que tem como objetivo garantir o bem-estar e o conforto do doente, através da monitorização contínua e do controlo da dor durante todo o processo. 

O LinkedIn Live “Vou ser anestesiado, e agora?”, dirigido à população em geral, pretende contribuir, assim, para que os doentes se sintam mais seguros e confortáveis em relação a um procedimento com recurso a anestesia, através da desmistificação de ideias erradas em volta do processo e do esclarecimento das principais dúvidas. No decorrer do direto, os participantes terão ainda oportunidade para colocar as suas questões ao especialista convidado. 

Sintomas e tratamento
Acordar com as mãos dormentes é um pesadelo conhecido por muitos pacientes.

Este consiste num aperto do nervo mediano quando passa no canal cárpico e pode ocorrer numa ou nas duas mãos em simultâneo.

Na maioria das situações a causa é desconhecida sendo mais frequente nas mulheres. No entanto existem causas conhecidas que podem ser de natureza externa ou interna ao canal cárpico. As causas externas mais frequentes são os movimentos repetidos constantes do punho no decurso da atividade profissional, fraturas e traumatismos do punho, doenças metabólicas ou reumatismais como a diabetes e artrite reumatoide que de uma forma direta ou indireta causam alteração dos tecidos circundantes com edema que comprime externamente o canal cárpico. As causas internas mais frequentes são a inflamação da bainha dos tendões que passam no ligamento anterior do carpo junto com o nervo mediano bem como lipomas ou outra patologia que reduza o diâmetro do canal.

Os sintomas mais frequentes consistem em dormência da face volar dos dedos da mão com exceção do 5 dedo e metade cubital do 4 dedo, dores, sensação de choque, designada por tinnel, no trajeto do nervo mediano e a falta de força provocando a queda de objetos. Clinicamente não é raro constatar a existência de atrofia da eminência tenar.

Estes sintomas são mais frequentes à noite, mas podem ocorrer em qualquer altura do dia sempre que o punho esteja em flexão forçada.

O eletromiograma é o exame de eleição para o estudo da síndrome de túnel cárpico uma vez que permite confirmar o diagnóstico. Em muitas situações é pedido estudo da coluna cervical para excluir patologia nesta que faz diagnóstico diferencial com a síndrome de túnel cárpico.

O tratamento desta patologia é medico nas fases iniciais com infiltração de um corticoide que alivia temporariamente os sintomas. Em situações mais graves ou quando o tratamento médico não resulta, o tratamento cirúrgico é o tratamento de eleição.

O tratamento cirúrgico é realizado sob anestesia local e consiste numa pequena incisão na região media palmar através da qual se procede à abertura do ligamento anterior do carpo e libertação do nervo mediano.

Os pacientes costumam sentir alívio imediato das dores e a dormência pode desaparecer parcial ou totalmente estando correlacionada com a gravidade do aperto do nervo mediano.

Não são recomendados pesos e esforços com as mãos cerca de 1 mês, sendo a fisioterapia aconselhada na maioria das situações.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
App eBEfree
Uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da...

A app foi desenvolvida no âmbito do projeto eBEfree, que tem como grande objetivo fornecer ferramentas e estratégias de regulação emocional que permitam às pessoas com obesidade ou excesso de peso eliminar ou reduzir significativamente os episódios de ingestão alimentar compulsiva, e aumentar a sua saúde mental e qualidade de vida.

No atual contexto da pandemia Covid-19, "especialmente com o confinamento geral no nosso país, vários estudos sugerem que o isolamento vem acompanhado de uma redução na saúde mental das pessoas. Neste sentido, o projeto eBEfree, nomeadamente pelo seu formato digital, pretende ser um contributo especialmente apropriado à situação atual", explica a equipa do projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

A app eBEfree é constituída por 12 módulos, disponibilizado um por semana, que abordam diversas perspetivas do problema. "Os conteúdos para o tratamento da ingestão alimentar compulsiva, como estratégias de regulação emocional através de exercícios comportamentais e de meditação, foram desenvolvidos com recurso a vídeos de animação explicativos, exercícios áudio e vídeos de psicólogos/as da nossa equipa a abordar os temas relevantes", detalha José Pinto Gouveia, acrescentando que a aplicação inclui também um fórum de discussão, "onde os utilizadores podem colocar questões aos terapeutas (haverá sempre um terapeuta a acompanhar o funcionamento da app)".

Para testar e validar a eficácia da aplicação, a equipa está a solicitar a colaboração de pessoas de todo o país, com idades compreendidas entre os 18 e 55 anos, com excesso de peso e ingestão alimentar compulsiva, e que possuam um smartphone ou tablet com acesso à internet. Os voluntários que pretendam participar no estudo devem contactar a equipa de investigação através do endereço eletrónico: [email protected].

A participação no estudo envolverá uma entrevista inicial, via zoom, para avaliar os critérios de elegibilidade, o preenchimento de uma bateria de questionários online e a utilização da aplicação móvel.

O eBEfree resulta de um estudo anterior cujos resultados evidenciaram que "estas ferramentas de regulação emocional e promoção de saúde mental são eficazes quando implementadas presencialmente em formato grupal. O que pretendemos com o eBEfree é alargar esse estudo para chegar a todo o território nacional, com todas as vantagens de uma aplicação móvel", conclui José Pinto Gouveia. Mais informação sobre o projeto está disponível em: https://ebefree.uc.pt/.

Workshops, webinars e parcerias
O projeto financiado pela União Europeia, Innovation Networks for Scaling Active and Healthy Ageing (IN-4-AHA), é dinamizado...

O sucesso do uso de ferramentas digitais na área do envelhecimento ativo e saudável depende da contribuição ativa dos ecossistemas de inovação locais e regionais e das suas organizações, incluindo a indústria, a sociedade civil, as universidades e os decisores. Assim, o objetivo deste projeto é coordenar e apoiar a criação de um modelo de scale-up para a inovação em envelhecimento ativo e saudável que seja validado por vários intervenientes, e apoiar a implementação do mesmo ao disponibilizar ferramentas para avaliação de impacto e estratégias para investimentos a longo-prazo.

Ao longo do projeto irão decorrer vários workshops e webinars, organizados pelo Centro de Competências para o Envelhecimento Ativo e Saudável da Universidade do Porto, de modo a promover a participação de todos.

O primeiro evento decorreu no dia 26 de fevereiro, online, e ao longo da sessão foi apresentado o projeto, discutidos os sucessos e lições passadas e feita uma reflexão sobre os próximos passos para a inovação no envelhecimento ativo e saudável (programa).

Existirão também parcerias para a adoção de boas práticas, soluções e iniciativas de aproximação institucional em conjunto com outros agentes do ecossistema da Universidade do Porto, como a UPTEC.

Para além de envolver ativamente a comunidade do EIP-AHA, o projeto vai também trabalhar com o Joint Programming Initiative on More Years Better Lives, o programa Active and Assisted Living, o EIT Digital e o EIT Health. A estratégia adotada é de aproximação na implementação de um modelo de scale up para soluções inovadoras na área da saúde (sejam estas ao nível da tecnologia, integração de cuidados sociais e de saúde, mudança do sistema, etc.), tendo sempre em conta a perspetiva do utilizador final.

Este modelo será construído tendo por base a participação e contribuição ativa dos vários intervenientes e a tradução de conhecimento em ferramentas práticas para o ecossistema europeu e seus sítios de referência.

Este projeto de dois anos é liderado pela Tehnopol Science and Business Park e conta com parceiros na Bélgica, Espanha, Estónia, Finlândia, Lituânia, Portugal e Suécia.

Diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde
O Diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde, André Peralta Santos, disse esta segunda-feira que...

“Vemos desde a última reunião do Infarmed que houve uma manutenção da tendência de descida [de novos casos]”, adiantou o responsável, na reunião do Infarmed, que decorreu em Lisboa, destacando que grande parte do território nacional já se encontra com incidências inferiores a 120 casos por 100.000 habitantes.

Segundo André Peralta, apenas a região de Lisboa e Vale do Tejo, algumas partes da região centro e da região do Alentejo continuam com incidências superiores à anunciada, avança nota informativa da Direção Geral da Saúde. 

De um modo geral, esclareceu o especialista, o país continua com uma tendência decrescente, uma variação de incidência negativa, apesar de alguns municípios esporadicamente terem variações positivas da incidência, mas dispersos um pouco por todo o território.

Sobre a nova variante de SARS-CoV-2 associada ao Reino Unido, o diretor de serviços revelou que se verifica um crescimento da incidência, com maior expressão na região de Lisboa e Vale do Tejo, com aproximadamente 66% casos positivos. Observa-se também um crescimento na região Centro e na região Norte, com uma prevalência superior a 50%.

Quando a análise da situação epidemiológica é feita por faixas etárias, verifica-se que as incidências de COVID-19 estão a descer em todas as idades, sendo que o grupo dos 80 mais é aquele que mantém uma incidência mais alta.

No que diz respeito aos internamentos em enfermaria e em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), mantém-se também a tendência de descida, com 354 casos em UCI (números semelhantes à primeira semana de novembro).

De acordo com os dados apresentados pelo diretor de serviços da DGS, os internamentos em enfermaria são em maior número no grupo etário dos 80 mais, seguidos dos 70, 79, 60 e 69 anos. À medida que a idade diminui, os internamentos vão descendo. Já nos internamentos em UCI, o grupo etário com maior número de casos é o dos 60 aos 69. “Para termos impacto na redução da utilização de cuidados intensivos teremos que aguardar até que a vacinação se alargue e tenha grande expressão dos grupos mais de 50 anos”, defendeu.

Na mortalidade, verifica-se a mesma tendência.

Dados INSA
Portugal tem, atualmente, o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais baixo da Europa, com um valor estimado...

Na reunião que junta especialistas e políticos para a análise e avaliação da situação epidemiológica do país, o epidemiologista afirmou que “continuamos a apresentar o Rt mais baixo da Europa e com uma incidência já perto dos 120 [novos casos] por 100 mil habitantes”.

O investigador do INSA, que integra o grupo de peritos que presta apoio ao Governo na tomada de decisões no âmbito da pandemia de Covid-19, sublinhou que a “tendência de decréscimo [da incidência] tem vindo a desacelerar”. O especialista alertou, no entanto, que embora o índice de transmissibilidade esteja “abaixo de 1 em todo o continente”, está “superior a 1 nas regiões autónomas” da Madeira e dos Açores.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 25 mortes e 365 novos casos de infeção por Covid-19. Nos hospitais estão também menos...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 15 das 25 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com seis e centro com quatro óbitos. No Alentejo e Algarve não há mortes a lamentar.

Quanto aos arquipélagos, nem a Madeira nem os Açores registaram mortes associadas à Covid-19, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 365 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 162 novos casos e a região norte 57. Desde ontem foram diagnosticados mais 19 na região Centro, no Alentejo 31 casos e no Algarve mais 11. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 78 infeções, sendo que o boletim epidemiológico ressalva que “os dados apresentados da RA da Madeira, 60% dos casos teve um período entre o diagnóstico e notificação superior a 48 horas, decorrente de intercorrências informáticas de um laboratório na região e que se encontram em processo de regularização”

Quanto aos Açores, foram identificadas, nas últimas 24 horas, mais sete infeções.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.403 doentes internados, menos 11 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 12 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 342 pessoas.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 779 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 732.346 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 61.548 casos, menos 439 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 1.632 contactos, estando agora 23.881 pessoas em vigilância.

Especialista esclarece
Ao ser uma doença respiratória crónica, para a qual não existe cura, são várias as dúvidas colocadas

A gravidez pode agravar a asma?

A asma não impede uma gravidez normal, assim como a gravidez não altera a necessidade de controlar a asma.

Porém, a gravidez é por si só um tempo de grande stress físico e emocional, o que se acentua se a grávida tem asma, especialmente se a doença não estiver controlada.

Ao longo da gravidez cerca de 1/3 das mulheres asmáticas mantém-se estável, 1/3 tem agravamento sintomático e 1/3 apresenta melhoria clínica. Contudo, alguns estudos recentes apontam para que o número de exacerbações possa estar subestimado, podendo atingir 36-45% dos casos de asma na gravidez.

O que é realmente importante é saber que o curso da asma pode alterar-se durante a gravidez e que, a maioria das mulheres com asma controlada tem uma gravidez absolutamente tranquila.

Por este motivo, deve ser mantido o seguimento regular em Consulta e ouvir atentamente os conselhos do seu alergologista!

A medicação da asma é segura durante a gravidez?

Sim! Este constitui um dos grandes mitos e crenças difundidas no tratamento da asma…

Muitas asmáticas, por medo e por vezes por orientação clínica incorreta, suspendem a medicação que vinham fazendo e com a qual estavam controladas, o que vai ocasionar um agravamento, com aparecimento de crises de asma.

Os medicamentos antiasmáticos utilizados, designadamente os corticoides inalados, são seguros durante a gravidez, acarretando grandes benefícios e riscos muitíssimo baixos. Não se deve interromper o tratamento, de modo a evitar uma crise, já que advém maior risco para a mãe e para o feto de uma asma mal controlada do que do uso da terapêutica inalatória.

Os medicamentos a usar durante a gravidez não são diferentes e a estratégia terapêutica deve ser igual à utilizada previamente.

O baixo controlo da asma durante a gestação tem sido relacionado com o aumento da possibilidade de o recém-nascido ser prematuro ou apresentar baixo peso ao nascer.

Em relação à mãe com asma mal controlada, é maior a ocorrência de hipertensão e pré-eclâmpsia.

As grávidas a realizar imunoterapia com alergénios (vulgarmente conhecida como vacina antialérgica) não devem suspender este tratamento caso estejam em fase de manutenção. Nunca deve ser iniciada durante a gestação!

E na amamentação? A medicação administrada por via inalatória não passa para o leite materno em quantidades suficientes para ter algum efeito no bebé. Não constitui uma contraindicação, para amamentar. Assim, a mãe asmática deve, como todas as outras, amamentar o seu bebé, pois vai, além de todos os benefícios já conhecidos, poderá protegê-lo do desenvolvimento de doenças alérgicas.

A avaliação da medicação habitual antialérgica é fundamental, para que se possam fazer ajustes terapêuticos tendo em conta os fármacos recomendados como seguros no período gestacional e puerpério.

O tratamento da asma na gravidez é um desafio! Informe-se junto da sua equipa de saúde!

Viva bem, viva melhor este Dia da Mulher!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinar gratuito
A GS1 Portugal, organização neutra e sem fins lucrativos que atua na melhoria da eficiência de diferentes setores, entre eles a...

Esta unidade formativa, totalmente gratuita, tem como principal objetivo disponibilizar aos associados da GS1 Portugal as melhores ferramentas para promover a eficiência no setor da saúde, com o foco na implementação de Standards GS1.

Nesta sessão com cerca de 1h de duração, os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor o sistema de standards GS1 e em que consiste a codificação de produtos na saúde. A GS1 Portugal vai dar a conhecer os requisitos legais para a codificação do setor, explicar como identificar e capturar os dados de um produto e esclarecer de que se trata da Identificação Única em medicamentos e dispositivos médicos.

No final deste webinar, os associados saberão ainda transformar os requisitos legais em meios para beneficiar o seu negócio. Para informação adicional e inscrição gratuita nesta formação, em formato webinar, por favor aceder a este formulário ou, em alternativa, contactar a GS1 Portugal - [email protected].

 

Alerta Sociedade Portuguesa de Cardiologia
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte das portuguesas e que, em conjunto com o AVC, matam 1 em cada 3...

A doença coronária é a principal causa de morte na mulher das sociedades ocidentais, ultrapassando o cancro da mama, cancro uterino e a mortalidade periparto e, de salientar também que as doenças cardíacas matam mais mulheres que homens e são mais fatais que todas as causas de cancro combinadas. Face a esta realidade, a SPC lança a campanha de sensibilização e awareness “Bem Me Quero” sobre as doenças cardiovasculares na mulher, de forma a construir uma plataforma de conhecimento entre o público feminino que está menos desperto para esta doença e que, num momento de confinamento, tende a ficar para segundo plano. 

Cristina Gavina, Vice-Presidente da SPC, afirma ainda que estas doenças podem ser evitadas: “80 por cento destas mortes podem ser prevenidas com alterações nos estilos de vida e educação*, além de se considerar que a doença coronária na mulher está subdiagnosticada e há um reconhecido subtratamento”.

Com o objetivo de diminuir a carga da doença cardiovascular nas mulheres portuguesas, promover o conhecimento sobre os verdadeiros sintomas e fazer com que as mulheres cuidem da sua saúde, a SPC desenvolve ainda, ao longo do mês de março, lives no Facebook sob o mote “Protege a saúde das mulheres que amas” em conjunto com a marca farmacêutica Vichy, em que os espetadores terão a possibilidade de ver respondidas as suas dúvidas sobre a área da cardiologia, no dia 11 de março às 21 horas.

Estes lives têm como objetivo alertar as mulheres para alguns dados importantes sobre o tema, bem como sinalizar possíveis causas, alertas e consequências a que devem estar atentas. Para além disso, os espetadores terão oportunidade de colocar perguntas em antecipação na página de Facebook da Vichy Portugal e durante os lives que gostariam de ver respondidas.  

Cancro do Ovário Avançado
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) assinala o Dia Internacional da Mulher (8 de março) e...

O objetivo é estimular e incentivar as mulheres que passam pelo cancro a não baixar os braços e a redescobrir atividades que lhes tragam qualidade de vida e ajudem a restabelecer o prazer de viver. “É muito importante transmitir uma mensagem de encorajamento e de esperança a estas mulheres. O foco não deve ser a doença, mas a vida e se tiverem rotinas e atividades que lhes deem prazer acabam por ter benefícios a nível terapêutico. Daí a AICSO ter instituído o Mês da Mulher com Cancro”, explica Ana Joaquim, médica da Cláudia, oncologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e vice-presidente da AICSO.

Depois de uma cirurgia abdominal extensa, da remoção dos ovários, do útero, dos gânglios pélvicos e de parte da membrana peritoneu, Cláudia tem passado por várias linhas de quimioterapia. Atualmente, está sob um tratamento oral que tem permitido que a doença se mantenha controlada e, ao mesmo tempo, o retorno a uma melhor qualidade de vida.

Neste vídeo, Cláudia revela o apoio emocional e psicológico que tem tido por parte dos seus próximos e, também, no Hospital, assim como conseguiu adaptar a sua vida às novas realidades impostas pelos tratamentos e até descobrir tempo para atividades que lhe dão prazer. 

Cláudia revela que quando recebeu o diagnóstico foi um choque. O cancro nunca esteve no seu horizonte. “Não havia casos na família e quando fui às urgências pela primeira vez estava convencida de que tinha um problema gastrointestinal”, adianta. Com o tempo aceitou e aprendeu a viver com as limitações que a doença impõe. Entretanto, descobriu um talento: o desenho. O amparo e o carinho dos amigos e médicos têm sido fundamentais para enfrentar esta fase da sua vida.

“Estou a viver com uma espada em cima da cabeça, mas é assim que todos nós vivemos. Ainda hoje não vejo o cancro como a minha sentença de morte. Não deixei de fazer planos. Aprendi a valorizar os amigos e a ser feliz”, explica Cláudia.

A médica oncologista Ana Joaquim reforça que é muito importante para estas doentes manterem rotinas e objetivos. Na sua opinião, “o cancro ainda está muito associado a morte, mas deve ser encarado como uma doença crónica para a qual existem tratamentos e, para muitos casos, também a cura”.

Acrescenta que “uma das missões da AICSO “é otimizar o tratamento da pessoa que vive com e para além do cancro, através de abordagens que contribuam para uma melhor qualidade de vida, saúde física e mental e, adicionalmente, incentivem a adesão a estilos de vida saudáveis”. Entre os projetos que a AICSO desenvolve, dirigidos à comunidade, está o ONCOMOVE, que inclui os programas de exercício físico de cariz comunitário MAMA_MOVE Gaia Comunidade e PROSTATA_MOVE. É através destes e de outros programas semelhantes que cumpre a sua missão de proporcionar e aumentar a atividade física a uma população de doentes e sobreviventes com níveis elevados de inatividade e sedentarismo.

Assista aqui ao vídeo da história de vida de Cláudia e acompanhe o trabalho da Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) através da página de Facebook

Campanha relembra que doença tem tratamento
No âmbito do Dia Mundial da Incontinência Urinária (IU) que se assinala no dia 14 de março, a Astellas Farma acaba de lançar...

Estima-se que cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas com mais de 40 anos de idade possam sofrer da síndrome de BH em Portugal.  A falta de informação por parte dos doentes, cuidadores e dos prestadores de saúde é uma das principais causas para a desvalorização dos sintomas. Já o sentimento de vergonha e a noção errada de que é “um problema da idade”, contribuem para o atraso no diagnóstico.

A BH é uma condição que consiste numa contração ou espasmo involuntário e repentino do músculo da parede da bexiga, mesmo quando esta contenha um volume reduzido de urina. A necessidade frequente, intensa e urgente de urinar, assim como a noctúria (acordar uma ou mais vezes durante a noite para urinar) e a possível IU, fazem parte dos principais sintomas desta condição.

A prevalência da BH aumenta significativamente com a idade, particularmente a partir dos 40 anos, afetando tanto homens como mulheres. Se, por um lado, as mulheres são muito mais afetadas em idades mais precoces – mais frequente em mulheres do que em homens com menos de 60 anos –, por outro, acima dos 75 anos, o número de homens afetados aumenta exponencialmente. Ainda no homem, a crença que todos os sintomas urinários têm origem na próstata tem de ser corrigida; o homem também tem bexiga!

Apesar de não ser uma doença fisicamente incapacitante, dolorosa ou fatal, pode afetar a qualidade de vida dos doentes, levando por vezes à depressão ou ao isolamento. A informação é, por isso, essencial. As pessoas que tenham sintomas devem, o mais cedo possível, procurar ajuda e tratamento junto do seu médico de família ou outro especialista, de forma a conseguir o diagnóstico rápido e o melhor tratamento possível.

Atualmente existem várias linhas de tratamento para a bexiga hiperativa: medidas comportamentais, medicação oral, abordagem intravesical e tratamento cirúrgico. Muitas vezes, apenas com alterações comportamentais ou do estilo de vida e fármacos de administração por via oral (que atuam sobre a fase do armazenamento da urina e/ou sobre a fase de esvaziamento) conseguem-se bons resultados terapêuticos.

Neste sentido, e de forma a assinalar o Dia Mundial da IU, a Astellas Farma, em parceria com a Associação Portuguesa de Urologia (APU), Associação Portuguesa de NeuroUrologia e Uroginecologia (APNUG), e da Secção Portuguesa de Uroginecologia (SPUG) da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), irá promover ao longo de três semanas, espaços de informação e reflexão sobre a temática da IU e BH na Rádio Renascença. O objetivo da campanha é desfazer alguns mitos e informar acerca da prevalência desta condição, causas e estratégias de melhoria da qualidade de vida dos doentes, através de conversas descontraídas e descomplicadas com especialistas.

Em março, a Renascença apresenta um conjunto de conteúdos informativos nas suas plataformas, on-air e digital, contando com o contributo de oito médicos especialistas em variadas áreas de implicação e pertinência no tema da IU e BH. Entre os temas que serão abordados estão a simplicidade do diagnóstico da BH, a importância dos tratamentos conservadores, os benefícios dos exercícios do pavimento pélvico, a IU/BH nos homens, bem como o recurso ao ginecologista, no caso das mulheres, para esclarecer dúvidas sobre IU. Simultaneamente, foi criado um Dossier Informativo e agregador de conteúdos disponível no site da rádio.

Ainda para assinalar a efeméride, no dia 15 de março será realizado um webinar que irá juntar três especialistas das áreas de intervenção de maior relevância na patologia, num espaço de reflexão alargado sobre o tema da BH. 

ADTI reforça a importância de estar atento aos sintomas
A desigualdade entre homens e mulheres é um fenómeno transversal em muitas áreas. E é assim também nas doenças endócrinas, onde...

Até porque, como confirma a especialista, existe tratamento para vários distúrbios da tiroide, como o hipotiroidismo (quando produção de hormonas se torna insuficiente), o mais frequente que, quando atempado, evita “que existam manifestações mais severas de hipotiroidismo, nomeadamente aumento da pressão arterial, perturbação da função cardíaca, da função digestiva. Portanto, quanto mais cedo for feito o diagnóstico melhor”. 

Já nos casos de hipertiroidismo (quando há excesso de produção das hormonas da tiroide), o diagnóstico é mais fácil, por se tratar de “uma situação de grande agitação, perda de peso sem causa aparente, taquicardia, hipersudorese.”, refere a endocrinologista.

Não existem números concretos referentes aos problemas de tiroide em Portugal, mas estima-se “que cerca de 5% da população talvez possa ter alguma forma de disfunção da tiroide, nomeadamente hipotiroidismo ou hipotiroidismo subclínico”. Nestes casos, são as mulheres com mais idade, geralmente a partir dos 50 anos, as mais afetadas, sendo o hipertiroidismo mais frequente entre a 2ª e a 4ª década de vida.

Em tempos de pandemia, a médica confirma que, tal como se verificou com muitas outras doenças, também aqui se atrasaram os diagnósticos. “As pessoas tinham medo de ir ao médico”, explica, acrescentando ainda que “existem muitos mais casos de hipertiroidismo após infeção por COVID-19. Não sabemos ainda se a infeção por COVID-19 pode privilegiar a disfunção da tiroide, nomeadamente de hipertiroidismo, mas sabemos que também existem alguns casos de tiroidite pós-infeção COVID”.

Estar atenta aos sintomas é o principal conselho, ao qual se junta, para quem já tem o diagnóstico, a manutenção da medicação. “As mulheres não devem ter receio de realizar os seus exames habituais, de rotina e de seguimento. E devem também recorrer ao médico quando necessário.”

Estudo
Mulheres que experienciam transtornos hipertensivos de gravidez (HDPs), mas não desenvolvem hipertensão crónica, têm maior...

Os HDPs, que ocorrem em aproximadamente 10% de todas as gestações em todo o mundo, estão entre os problemas de saúde mais comuns durante a gravidez. Existem quatro tipos de HDPs: hipertensão crónica, hipertensão gestacional (GHTN), pré-eclâmpsia e hipertensão crónica com pré-eclâmpsia sobreposta. GHTN e pré-eclâmpsia, que ocorrem às 20 semanas de gestação, são as principais causas de morbidade e mortalidade materna e perinatal. Embora as mulheres com histórico de HDPs tenham um risco três a cinco vezes superior de desenvolver hipertensão crónica, não está claro se a associação entre HDPs e mortalidade prematura (morte antes dos 70 anos) pode ser atribuída às mulheres que desenvolvem hipertensão crónica. Os autores deste estudo procuraram examinar as ligações entre GHTN e pré-eclâmpsia, o desenvolvimento subsequente da hipertensão arterial e mortalidade prematura específica e de todas as causas.

Para o efeito os investigadores analisaram 88.395 enfermeiras grávidas de 25 a 42 anos que participaram do Estudo de Saúde das Enfermeiras II, com foco no GHTN e pré-eclâmpsia no termo HDPs. Utilizando questionários de 1989-2017, o estudo de saúde das enfermeiras recolheu informações sobre características reprodutivas e condições relacionadas com a saúde ao longo de três décadas. Para determinar se a associação entre HDPs e mortalidade prematura foi explicada pelo desenvolvimento subsequente da hipertensão crónica, e se esse vínculo existe entre mulheres que não desenvolveram hipertensão crónica, os autores classificaram as mulheres em quatro grupos: Não PDV e hipertensão crónica, apenas HDPs, hipertensão crónica apenas ou ambos OS HDPs e hipertensão crónica subsequente.

Os resultados do estudo mostraram que 12.405 mulheres, ou seja 14%, experimentaram HDPs em pelo menos uma das gestações. Em comparação com mulheres sem HDPs, as mulheres que experimentaram GHTN e/ou pré-eclâmpsia apresentaram maior IMC de base, diabetes gestacional, histórico parental de diabetes e MI/acidente vascular cerebral e hipertensão crónica. Em 28 anos de acompanhamento, houve 2.387 mortes prematuras, incluindo 212 óbitos por DCV. A história do GHTN ou pré-eclâmpsia foi associada a um aumento de 42% na mortalidade prematura. Mulheres com histórico de HDP tinham maior risco de mortalidade prematura de DCV.

Quando os autores examinaram o desenvolvimento subsequente da hipertensão crónica, encontraram um risco elevado de mortalidade prematura por DCV em mulheres com HDPs apenas, hipertensão crónica e ambos HDPs e hipertensão crónica subsequente.

"Os resultados sugerem que os HDPs, seja GHTN ou pré-eclâmpsia, estavam associados a um maior risco de mortalidade prematura, especialmente mortes relacionadas à DCV, mesmo na ausência de hipertensão crónica", disse Jorge E. Chavarro, professor associado de nutrição e epidemiologia na Harvard T.H. Chan School of Public Health e de medicina no Brigham and Women's Hospital e Harvard Medical School em Boston, e autor correspondente do estudo. "Estes resultados destacam a necessidade de os médicos fazerem a triagem do histórico de HDPs ao avaliar o risco de morbidade e mortalidade de Doença Cardiovascular (DCV) das pacientes."

Existem algumas limitações deste estudo, incluindo o facto de a população do estudo consistir principalmente de mulheres brancas não hispânicas, o que significa que os achados podem não ser generalizados para grupos étnicos e raciais minoritários. No entanto, os autores de um comentário editorial elogiam a importância dos achados deste estudo.

"Os autores devem ser aplaudidos ao levantar uma plausibilidade biológica da associação independente do HDP com a mortalidade prematura ", disse Garima Sharma, professora assistente de medicina na divisão de cardiologia e departamento de medicina da Johns Hopkins University School of Medicine e autora correspondente do comentário editorial. "A gestão contemporânea de mulheres com HDPs precisará de melhores ferramentas de avaliação de risco, informadas pela medicina de precisão, para identificar adequadamente as mulheres que estão em maior risco de DCV prematuro e desenvolver algoritmos para intervenção precoce, a fim de mudar a trajetória dessas mulheres."

Este estudo foi apoiado pelas bolsas U01-HL145386, U01-CA176726, R01-HL034594 e R01-HL088521 dos Institutos Nacionais de Saúde.

Embora este artigo se adicione às evidências crescentes de que as condições de saúde que as gestantes experimentam podem influenciar sua saúde mais tarde na vida, o efeito de já ter doenças cardíacas durante a gravidez também é uma grande preocupação para a saúde. Outro estudo na JACC focou no impacto da obesidade materna em complicações da gravidez em mulheres com doenças cardíacas. Os autores do artigo descobriram que mulheres com doenças cardíacas e obesidade apresentaram maiores taxas de complicações cardíacas durante a gravidez em comparação com mulheres com peso normal.

"Mulheres grávidas com doenças cardíacas e obesidade devem ser instruídas sobre esses riscos, e os profissionais de saúde devem garantir que os conselhos alimentares, as recomendações sobre ganho de peso e que a obesidade e outras comorbidades sejam tratadas como parte dos cuidados de rotina", disse Candice Silversides, Médica, cardiologista do Mount Sinai e do Toronto General Hospital, em Toronto, e autora correspondente do estudo. "A vigilância pós-parto é importante em gestantes com obesidade devido ao aumento do risco de complicações durante esse período."

Doença genética rara
A síndrome de Hunter ou Mucopolissacaridose tipo II (MPS II) é uma doença genética rara com transmis

Esta enzima localiza-se no interior de um compartimento celular, designado por lisossoma, que contem várias enzimas e é responsável pela degradação e reutilização de grandes moléculas, assumindo o papel de ecoponto celular. A alteração do seu funcionamento leva à acumulação de Gags incompletamente degradados no lisossoma, e repercute-se na função de vários sistemas e órgãos.

Ao nascimento, habitualmente, não são evidentes alterações clínicas. Estas surgem e vão-se tornando mais evidentes com o crescimento, manifestando-se de forma crónica progressiva e multissistémica. A idade de início e a evolução do quadro clínico dependem da alteração genética, exceto com algumas exceções associadas às formas mais graves, a diversidade de alterações genéticas nesta patologia dificulta o estabelecimento de qualquer correlação.

As principais manifestações da doença incluem alterações da estrutura da face, aumento do perímetro da cabeça, cabelo espesso, obstrução e infeções das vias aéreas superiores, apneia do sono, perda de audição, alterações ósseas que levam a baixa estatura, deformidades e diminuição da mobilidade e dor da coluna, membros e mãos, aumento do volume abdominal com fígado/baço de dimensões aumentadas e hérnia umbilical/inguinal.

As formas mais graves têm um início mais precoce, com as primeiras manifestações a surgirem após os 2 anos de idade, tendo uma evolução mais rápida e agressiva e associação a clínica neurológica com atraso de desenvolvimento, défice intelectual, alterações do comportamento e epilepsia.

As formas mais ligeiras têm sintomas mais atenuados e não estão associadas a envolvimento cerebral.

O facto de ser uma doença muito rara, incidência calculada de 1/162.000 recém-nascidos, faz com que seja menos conhecida podendo resultar num atraso do seu diagnóstico.

Perante a suspeita clínica procede-se ao estudo da atividade da enzima; esta determinação é feita em sangue fresco ou seco em cartão semelhante ao do teste do pezinho. Um resultado sugestivo obriga a uma confirmação com estudo genético. Este estudo do gene, além de ser fundamental para o diagnóstico, é importante para fazer um aconselhamento genético à família e possibilitar um diagnóstico pré-natal.

Um diagnóstico atempado, antes da instalação de clínica irreversível, é fundamental e melhora o prognóstico a longo prazo. Atualmente é possível diagnosticar a MPS II no período de recém-nascido, antes do aparecimento de sintomas, ao incluir a doença no “teste do pezinho”, o que está a ser feito em alguns países.

Não há atualmente uma terapêutica curativa para a MPS II. O seguimento e abordagem por uma equipa multidisciplinar experiente é fundamental no alívio dos sintomas e prevenção das complicações, sendo fundamental para uma melhoria da qualidade de vida destes doentes. Conjuntamente, é utilizada a terapêutica de substituição enzimática, que apresenta uma boa eficácia e segurança nos doentes pediátricos e adultos.

Referências: 
www.huntersyndrome.info
www.orpha.net

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Atividade gripal esporádica
De acordo com Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da...

Os dados foram divulgados no Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe e outros Vírus Respiratórios do INSA e destacam ainda a existência de uma “atividade gripal esporádica”, entre 22 e 28 de fevereiro

Segundo faz saber, durante este período também não foi reportada nenhuma situação grave por parte das unidades de cuidados intensivos e enfermarias de hospitais nacionais.

Este programa do INSA, que se inicia no princípio de outubro e termina em maio do ano seguinte, integra as componentes clínica e laboratorial da vigilância de vírus respiratórios.

Parte desta informação é enviada, semanalmente, para o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), permitindo, juntamente com os dados enviadas por mais de 40 países, fazer um ponto da situação da atividade gripal na Europa, assim como identificar precocemente surtos da doença.

No que respeita à região europeia, segundo o INSA, a atividade gripal manteve-se em “níveis inter-epidémicos” neste período.

 

Opinião
O Dia Internacional da Mulher é comemorado a 8 de março.

Este ano, o tema do Dia Internacional da Mulher é “Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual num mundo de Covid-19”. É um facto que as mulheres têm estado na linha de frente nos diversos níveis da luta contra esta pandemia, como profissionais de saúde, cuidadoras, empreendedoras e coordenadoras. Neste combate à pandemia muitas mulheres têm sido as líderes mais eficazes. Aliás, ao longo dos séculos, em situações de crise, as mulheres sempre estiveram na 1ª linha dos combates, dando o seu contributo de forma marcante e corajosa.

Em várias áreas, as mulheres conquistaram o seu lugar em paridade de género. No entanto, noutras, mesmo na atualidade, continuam a lutar todos os dias para melhorar a vida e alcançar os seus direitos. Existem, a vários níveis e em algumas regiões do Mundo, preconceitos que condicionam desequilíbrios inadmissíveis e temos de ter consciência de que ainda há muito a fazer. Estes desequilíbrios agravaram-se com a pandemia em todo o mundo e mais para as mulheres, registando-se o aumento do desemprego e da pobreza, da violência doméstica e das tarefas de apoio não remuneradas.

 Na medicina, as mulheres trabalham em perfeita paridade com os homens e isso deve-se ao reconhecimento da sua igual capacidade técnica e científica e da enorme capacidade de trabalho e motivação. Acresce, convenhamos, as qualidades humanísticas. Em medicina, como em qualquer outra profissão, um dos ingredientes-chave para o sucesso é a pluralidade e o trabalho em equipa e isso existe atualmente sem entraves objetivos.

É curioso analisar a evolução dos números relativos à representatividade das mulheres na medicina portuguesa – já há mais médicas! De acordo com dados do INE, em 1999, havia 31.735 médicos, dos quais 44,2% eram mulheres, passados 20 anos, em 2019, de um total de 51.937 médicos, 54,7% eram mulheres. Na minha especialidade, a Medicina Interna, em 2020 as médicas eram cerca de 55%. Muitas destas médicas lideram grandes instituições de saúde, serviços reconhecidos ou áreas de investigação e são respeitadas pelos seus pares pela sua competência, capacidades organizativas e agregadoras e pelo pragmatismo. Também não se apercebe qualquer diferença no reconhecimento pelos utentes e doentes relativamente às suas médicas, reconhecem-lhes as capacidades científica, clínica e a dedicação.

Salvo raríssimas exceções não se notam barreiras no ambiente de trabalho ou à progressão na carreira médica, para as mulheres. Claro que, como para todos, homem ou mulher, a prioridade está em terem mais além de um trabalho gratificante e, por isso, as organizações têm de garantir o reconhecimento desse trabalho. Devem ser valorizados aspetos relacionados com a flexibilidade laboral, medidas mais atraentes de conciliação da vida pessoal com a profissional, horários flexíveis, ambiente colaborativo e de trabalho em equipa e tempo para expressar opiniões livremente, além de remunerações à altura das exigências de responsabilidade e dedicação que é ser médico.

A profissão médica é exigente e a conciliação com a responsabilidade familiar, por vezes é difícil e mais pesada para as médicas. No entanto, gradualmente, o princípio da paridade impôs-se e as mulheres conseguiram demonstrar, sem constrangimentos de consciência, que há grande vantagem para ambos os géneros na partilha das tarefas familiares e profissionais, respeitando as especificidades de cada elemento. Hoje em dia, as atividades em equipa num ambiente de respeito pela liberdade individual são o paradigma, no trabalho e na família.

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Evento virtual
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) promove hoje, pelas 16H00, um debate com o tema “Gestão do risco...

O encontro vai ser transmitido em direto na página de Facebook da ESTeSC, contando com a participação da Vice-Presidente do Politécnico de Coimbra, Ana Ferreira; do Administrador dos Serviços de Ação Social do Politécnico de Coimbra, João Lobato; e do Diretor da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, José Luís Marques.  A sessão será moderada pela Vice-Presidente da ESTeSC, Marta Vasconcelos Pinto, e por Rui Lopes.

Produzida pela Comissão de Controlo de Infeções Emergentes da ESTeSC, sob coordenação editorial da Vice-Presidente Marta Vasconcelos Pinto, a coleção “Gestão do risco em situações epidémicas e pandémicas no ensino superior” (disponível aqui) resume as regras de Segurança e Saúde Sanitária aplicáveis ao setor do ensino superior no âmbito da Covid-19, tendo por base os requisitos e critérios estabelecidos pela Direção-Geral de Saúde (DGS), Organização Mundial de Saúde (OMS) e organismos governamentais e setoriais. Composta por três volumes – “Restauração Social e Coletiva”, “Eventos Científicos e Culturais” e “Alojamento Social em Contexto Covid-19” – esta coleção tem como objetivo capacitar as instituições de ensino superior para a normalização da atividade letiva no atual contexto pandémico.

 

 

 

Evento online
No próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, entre as 18:30 e as 21:00 horas a Sociedade Portuguesa de Cardiologia ...

O Fórum “Bem Me Quero” faz parte do programa educacional com o mesmo nome para a prevenção das doenças cardiovasculares nas mulheres, cujo objetivo é alertar o público feminino para os sinais desta doença e promover o seu atempado diagnóstico e tratamento junto dos profissionais de saúde.

A prevenção/diagnóstico/tratamento da doença coronária na mulher com menopausa, na mulher com cancro ou durante a gravidez são alguns dos temas que vão estar em debate e que vão contar com algumas das mais reconhecidas médicas cardiologistas e de outras áreas da saúde da mulher em Portugal.

A doença coronária é a principal causa de morte na mulher das sociedades ocidentais, ultrapassando o cancro da mama, cancro uterino e a mortalidade periparto (entre o último mês de gestação e os 5 meses após o nascimento do bebé).

Em Portugal as mulheres com enfarte agudo do miocárdio são pior tratadas que os homens, têm maior risco de complicações e uma mortalidade hospitalar cerca de 2 vezes superior.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, 80 por cento destas mortes podem ser prevenidas com alterações nos estilos de vida e educação, além de se considerar que a doença coronária na mulher está subdiagnosticada e há um reconhecido subtratamento.

 

Opinião
Em plena pandemia, a obesidade é o principal fator de risco para a Covid-19.

Outros fatores de risco para que um caso de Covid 19 seja grave e potencialmente mortal, ainda de acordo com a OMS, são a idade > 60 anos e as doenças associadas: hipertensão arterial, diabetes, doenças respiratórias e doenças oncológicas.

Acontece que a hipertensão e a diabetes tipo 2 estão intimamente ligadas à obesidade e estão presentes na maioria dos obesos. Cedo foi constatado, na primeira vaga da doença em outros países como Itália e França que os óbitos eram mais frequentes em portadores de hipertensão e diabetes, seja do tipo 1 ou 2.

As reconhecidas revistas médicas “Journal of the American Medical Association” e “Lancet” publicaram artigos demonstrando que 48% das mortes por Covid 19 ocorreram em doentes com hipertensão e/ou diabetes associados.

Assim sendo, o tratamento e controle da diabetes, da hipertensão arterial e permitirá que as defesas imunitárias estejam mais fortes, ou seja, terão menor risco de ter uma forma grave de COVID 19.

Porque estas doenças são muito frequentes em doentes com obesidade ou excesso de peso, a redução de peso permite igualmente uma redução importante do risco, pois

leva a uma melhoria quase imediata da diabetes, da hipertensão e das dislipidemias (excesso de gorduras do sangue).

Nos obesos submetidos a cirurgia bariátrica e metabólica, os benefícios são claros e incontestáveis, principalmente porque os mecanismos imunológicas dificultam o acesso do vírus e melhoram e restabelecem os mecanismos que inibem o efeitos prejudiciais do vírus da Covid 19.

Sabemos ainda que a redução de peso após cirurgia de obesidade é consistente e duradoura e, da mesma forma, o controle do diabetes e da hipertensão são inequivocamente prolongados no tempo. Ou seja, as defesas do organismo ficam mais eficazes durante anos.

Portanto, os obesos operados têm risco muito menor de contrair o Coronavírus, menores taxas de internamento e mortalidade, se comparado ao seu estado de saúde antes da cirurgia bariátrica e metabólica com o consequente controle da diabetes, hipertensão e obesidade.

Para além das vacinas e dos cuidados higiénicos hoje em prática, emagrecer é mais uma garantia de manutenção do seu bem estar sem riscos desnecessários.

Neste contexto, a cirurgia bariátrica e metabólica é considerada um efeito protetor, dessa forma:

  • Se você tem obesidade ou diabetes é um doente de risco, cumpre os critérios de indicação para o tratamento cirúrgico e deve considerar em tomar a decisão de se curar com cirurgia, os benefícios sobrepõem-se muitíssimo aos riscos;
  • Se você tem obesidade ou diabetes e está em tratamento pré-operatório, continue esse caminho com a sua equipa multidisciplinar
  • E você que já realizou a cirurgia bariátrica e metabólica, mantenha o acompanhamento com a sua equipa multidisciplinar, esta atitude contribuirá diretamente para a manutenção do seu peso e das doenças que facilitam a instalação da Covid 19.

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