Campanha de vacinação
A Autoridade de Saúde inicia a campanha de vacinação da população de Sines contra a Covid-19 esta sexta-feira, 5 de março, no...

As vacinações decorrerão na sexta-feira e no sábado, 5 e 6 de março, cobrindo cerca de 300 pessoas, sendo retomadas na semana seguinte.

A Câmara Municipal de Sines apoia a campanha de vacinação com a cedência e a preparação das instalações do Pavilhão dos Desportos para acolher a população e os profissionais de saúde. Também concede apoio em transporte aos utentes que não se podem deslocar ao Pavilhão pelos seus próprios meios.

As necessidades de transporte devem ser reportadas pelos utentes quando contactados pelos serviços de saúde, articulando depois estes com a Câmara Municipal a organização dos transportes.

Devido à dificuldade em estabelecer alguns contactos com os utentes elegíveis para esta fase da campanha de vacinação, a Autoridade de Saúde apela à população para que atualize os seus dados junto do Centro de Saúde.

 

Combate à obesidade
Hoje assinala-se o Dia Mundial da Obesidade, uma efeméride que este ano tem como mote “Every body needs everybody”....

Este documento apresenta um conjunto de recomendações e estratégias e aponta cinco prioridades para melhorar a forma como a obesidade é gerida em Portugal, que passam por:

  1. Promover uma abordagem holística e digna no tratamento da obesidade - do ónus individual é urgente passar para uma visão partilhada de saúde pública, no qual todos têm um papel a desempenhar;
  2. Mobilizar recursos para garantir a formação especializada dos profissionais de saúde;
  3. Criar um programa de consultas de obesidade nos cuidados de saúde primários;
  4. Viabilizar a comparticipação do tratamento farmacológico da obesidade, garantindo equidade;
  5. Criar mecanismos de combate ao estigma e descriminação associados a esta doença.

A pandemia da covid-19 tornou ainda mais evidente a necessidade de prevenir e tratar a obesidade - vários estudos relacionam a obesidade com casos mais graves de infeção pelo novo coronavírus, maior necessidade de internamento hospitalar e tratamento mais intensivo. Em agosto, uma análise de dados de 399 mil doentes publicada na revista Obesity Reviews, concluiu que pessoas que vivem com obesidade têm um risco 46% mais elevado de contraírem o vírus SARS-CoV-2.

O mesmo estudo concluiu que o risco de quem vive com obesidade vir a necessitar de tratamento hospitalar é 113% superior. É também 74% mais provável que estas pessoas precisem de internamento nos cuidados intensivos, com uma maior probabilidade (48%) de morte. Os especialistas que elaboraram esta análise manifestam também preocupação relativamente a uma eventual menor eficácia das vacinas contra a covid-19 em pessoas com obesidade.

Assim, de todas as doenças consideradas como fatores de risco para a covid-19, a obesidade é a mais comum, tendo em conta a prevalência a nível mundial (e também no nosso país): 650 milhões de adultos em todo o mundo segundo números da Organização Mundial de Saúde de 2016 e 1,5 milhões em Portugal (Inquérito Nacional de Saúde 2019).

Paula Freitas, presidente da SPEO, explica que este documento é lançado hoje porque “ignorar os riscos associados à obesidade, sobretudo no contexto desta pandemia, é contribuir para um país mais doente, vulnerável e assimétrico, incapaz de travar a progressão desta doença crónica e das suas consequências. Consequências que impactam não só a esfera individual, mas também as famílias, sistemas de saúde, economias e o progresso social, comprometendo a saúde das próximas gerações”.

Já Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, relembra que “Portugal foi pioneiro no reconhecimento da obesidade enquanto doença crónica e problema de saúde pública em 2004. Mas precisamos de fazer mais. Urgentemente. A resposta eficaz na luta contra a obesidade depende de todos nós. Sem prevenção e sobretudo sem tratamento a obesidade vai representar uma barreira à equidade socioeconómica e ao progresso do país.”

Neste Dia Mundial da Obesidade 2021 a SPEO e ADEXO salientam ainda que a obesidade tem um enorme impacto na saúde física, mas não está dependente apenas do estilo de vida: problemas psicológicos, hormonais, distúrbios do sono, genética, acesso a cuidados de saúde e acontecimentos da vida, como a menopausa, cessação tabágica e até o recente confinamento podem levar a alterações de peso difíceis de controlar.  É, por isso, necessário e urgente envolver toda a sociedade e aproveitando a experiência e lições do passado, fazer diferente e encontrar estratégias e respostas eficazes para conter e reverter a prevalência desta doença crónica. É tempo de recalibrar a balança na luta contra a obesidade.

Ordem dos Nutricionistas exige medidas de combate à obesidade
No dia em que se assinala o Dia Mundial da Obesidade, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, relembra que a...

Alexandra Bento afirma que a abordagem necessária para combater a obesidade implica uma “aposta clara na prevenção, através da implementação de políticas de saúde pública; na identificação e intervenção precoce, de modo a melhorar a probabilidade de sucesso do tratamento; e em modelos de prestação de cuidados de saúde capazes de dar resposta eficaz às necessidades destes indivíduos.” No entanto, para a Ordem, sem os nutricionistas nos locais certos, como nos centros de saúde e nos hospitais, “será muito difícil conseguir inverter esta tendência”.

De acordo com o relatório “The Heavy Burden of Obesity – The Economics of Prevention” da OCDE, realizado em 2019, em Portugal, 10% da despesa da saúde é utilizada para o tratamento de doenças relacionadas com excesso de peso, uma percentagem superior à média dos países da OCDE (8,4%). Segundo este estudo, estima-se que, entre 2020 e 2050, o excesso de peso e as doenças associadas possam contribuir para uma diminuição da esperança média de vida em 2,2 anos.

“A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública à escala mundial e, apesar ser uma doença multifatorial, a alimentação inadequada surge com uma das suas inquestionáveis e principais determinantes, pelo que é fundamental que existam respostas adequadas a esta problemática”, salienta Alexandra Bento, recordando que, no que respeita à COVID-19, existem dados que indicam que quem tem peso em excesso tem um pior prognóstico da doença.

Este ano, o Dia Mundial da Obesidade tem como tema “Every Body needs everybody”, que pretende salientar a necessidade de uma abordagem integrada que englobe intervenções ao nível dos hábitos alimentares, salientando o papel dos nutricionistas como profissionais indicados para combater a obesidade.

 

 

EM’Ação contra a COVID-19
Realiza-se no próximo dia 6 de março, pelas 16 horas, uma sessão de esclarecimento organizada pela Sociedade Portuguesa de...

Transmitido em direto no Facebook da SPEM, o webinar EM’Ação contra a COVID-19, vai ser moderado pela jornalista Cláudia Pinto, juntará várias figuras importantes do Plano de Vacinação para a COVID-19.

Durante a sessão vão ser abordados os temas “Plano de Vacinação contra a Covid-19”, que contará com a participação de Valter Fonseca, membro da Task Force em representação da DGS;

“Vacinas contra a Covid-19: Desenvolvimento e Implementação” – questão abordada pelo professor Pedro Simas (Virologista do Instituto de Medicina Molecular);

“Impacto da Covid-19 e a Importância da Vacinação das Pessoas com EM” – tema apresentado por Doutor Carlos Capela (Neurologista do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central) e pela Doutora Lívia Sousa (Neurologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra).

Para além destes, o evento contará com o testemunho da Enfermeira Nélia Ribeiro (colaboradora da SPEM Santarém), doente com Esclerose Múltipla e profissional na linha da frente contra a COVID-19.

 

Doentes de todo o país
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) dispõe, a partir de hoje, de 25 camas para a reabilitação intensiva de...

De acordo com Ana Castro, Presidente do Conselho de Administração do CHUA, as camas, instaladas no Centro de Medicina Física e Reabilitação (CMFR) do Sul, em São Brás de Alportel, integrado no CHUA, vão poder receber para internamento doentes com Covid-19 que estiveram sujeitos a intubação e que sejam referenciados pelo SNS.

Segundo a responsável, esta valência é “única a nível nacional” e o seu objetivo é permitir que doentes que ficaram com funções afetadas na sequência da doença possam “regressar à sua vida normal” o mais rápido possível, através de uma reabilitação que reúne diversas terapêuticas.

 

Dados epidemiológicos
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 41 mortes e 979 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 25 das 41 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com oito e centro com quatro. No Alentejo há uma morte e no Algarve três.

Quanto aos arquipélagos, não há registo de mortes, nem na Madeira nem nos Açores, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 979 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 426 novos casos e a região norte 217. Desde ontem foram diagnosticados mais 118 na região Centro, no Alentejo 31 casos e no Algarve mais 37. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 140 infeções e no dos Açores 10 nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.827 doentes internados, menos 170 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 31 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 415 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.934 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 725.399 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 64.797casos, menos 996 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 3.368 contactos, estando agora 33.491 pessoas em vigilância.

Jornadas da Infância da F3M
Qual o impacto da pandemia de Covid-19 e do confinamento na saúde das crianças? Analisar, debater e responder a esta questão é...

Numa sessão virtual dedicada à 1ª infância, os profissionais vão tentar perceber que implicações a atual situação pandémica tem tido na saúde mental dos mais novos e debater estratégias que promovam uma melhor articulação entre as instituições, os profissionais, as crianças e respetivas famílias.

Além de Teresa Sarmento, Professora Auxiliar no Instituto de Educação da Universidade do Minho, irão participar na iniciativa Catarina Amaral, Pedopsiquiatra com especialidade em Psiquiatria da Infância e Adolescência, Paulo Coelho e Beatriz Moura, Psicólogos com especialidade em Psicologia Clínica e da Saúde, e Daniela Silva, Educadora de Infância e Diretora Técnica e Pedagógica da Associação Gerações.

Nas primeiras Jornadas da Infância da F3M serão ainda analisadas estratégias e recomendações que contribuam para potenciar o ensino e a aprendizagem por parte das crianças. Mas, além do apoio pedagógico, a sessão pretende, também, abordar as rotinas e regras em tempos de confinamento, a gestão de alterações de comportamento e a escuta sensível, isto é, compreender o que realmente as crianças nos querem dizer.

Com esta ação, que se realiza, na sexta-feira, das 15h00 às 17h00, a F3M reforça, uma vez mais, o seu papel de apoio aos profissionais da área social, proporcionando momentos de reflexão e debate em torno de temas emergentes e com elevado impacto na sociedade.

A sessão virtual, ainda que gratuita, terá um número limitado de participantes, que deverão assegurar a sua presença através de inscrição prévia.

Com presença no mercado há mais de 30 anos e uma forte atuação no setor social, a F3M é já um parceiro tecnológico de cerca de 3 mil instituições clientes, assegurando soluções e serviços transversais que apoiam as organizações nas suas mais diversas e cruciais operações, da infância à terceira idade.

Fundada em 1987, destaca-se ainda, no mercado, pela conceção, produção e implementação de software para o setor das óticas, onde é líder, sendo também uma referência nos setores têxtil, empresarial e da saúde.

É ainda fornecedor de alguns dos principais ERP’s (Primavera e Sage) e dispõe de serviços de consultoria, formação certificada, soluções de infraestrutura TI e telecomunicações.

Levetiracetam é um fármaco antiepilético
O trabalho realizado pelo aluno de doutoramento Rui Lima e coordenado pelo neurocientista Nuno Silva, ambos pertencentes ao...

“Quando sofremos uma lesão medular, podemos ficar paraplégicos ou tetraplégicos dependendo do nível da medula onde sofremos a lesão. Ao usar este medicamento na fase aguda, até 4 horas após a lesão, conseguimos notar vantagens em termos futuros: há uma melhor recuperação funcional”, explica Nuno Silva.

O Levetiracetam é um fármaco antiepilético usado no tratamento de crises parciais. No entanto, devido ao seu mecanismo de acção ele pode também ser usado para promover neuropoteção. Nuno Silva decidiu por isso testar o medicamento numa condição neurotraumática onde é importante proteger o tecido nervoso após a lesão. Há 4 anos iniciou-se assim o trabalho experimental do seu aluno de doutoramento, Rui Lima, que foi agora publicado na prestigiada revista do grupo Nature.

Esta função neuroprotetora é crucial. Após as lesões medulares, há uma libertação em excesso do neurotransmissor glutamato, que origina uma activação exagerada dos neurónios – e que geralmente conduz há morte da maioria deles, impedindo o tecido neural de se manter funcional. “O que este fármaco faz é ajudar os astrócitos a recolher estes neurotransmissores em excesso e ‘levá-los’ novamente para dentro das células”, protegendo o tecido – e dando mais hipóteses para que ocorra plasticidade neural e recuperação funcional.

“Nós observamos resultados promissores quer em lesões torácicas – que simula pacientes paraplégicas -, quer em lesões cervicais – que simula pacientes tetraplégicos”, refere o investigador em neurociências. O próximo passo deste trabalho é perceber qual a janela terapêutica máxima – se pode ser administrado apenas até quatro horas após a lesão ou mais.

Isto pode originar novas abordagens na clínica, como a administração do fármaco em urgência para proteger o tecido neural, na fase aguda da lesão. “Depois, numa fase em que a pessoa já está a recuperar, esta função protetora que o medicamento dá, será essencial. Pode ser a diferença entre uma pessoa ser capaz de fazer reabilitação física ou não. E é muito importante esta possibilidade de reabilitação para voltar a ganhar funções motoras”.

 

Perturbação da aprendizagem
Sinónimo de dificuldades na leitura e na escrita, a Dislexia ainda é, erradamente, interpretada como

Considerada uma dificuldade crónica que se manifesta pela dificuldade em aprender a ler, a dislexia é designada com uma perturbação da aprendizagem que tem origem no neurodesenvolvimento e que se estima que afete cerca de 5% das crianças em idade escolar.

Apesar de não se saber ao certo o que está na sua origem, alguns estudos sugerem que a dislexia tem uma origem genética. “Existe também a evidência de que há uma tendência familiar para o surgimento da dislexia, motivo pelo qual a existência de um parente com dislexia, ou outra dificuldade de aprendizagem específica, é um elemento importante a ter em consideração”, esclarece o Centro SEI, sublinhando que “independentemente das causas, é certo que a dislexia tem uma origem neurológica, pois existem diferenças individuais nas partes do cérebro que estão associadas à leitura”.

Em idade escolar, as principais características observáveis são uma leitura lenta, silábica, sem ritmo, com leitura parcial de palavras, substituição de palavras, repetições, hesitações e correções constantes, confusões quanto à ordem das letras e confusão entre os sons semelhantes. No entanto, e embora esta perturbação da aprendizagem seja, geralmente, identificada no “2º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico”, existem alguns sinais que podem ser observados precocemente.

Entre os sinais precoces destacam-se o atraso no desenvolvimento da linguagem, como dizer as primeiras palavras ou construir frases mais tarde do que o habitual; dificuldade em pronunciar determinados sons; dificuldade em memorizar canções e lengalengas ou dificuldade em contruir frases lógicas, recorrendo a frases curtas ou palavras mal pronunciadas.

“O diagnóstico da dislexia é um processo complexo, que deverá ser realizado por um técnico especializado, e que envolve a avaliação de aspetos como o processamento fonológico e a própria leitura, entre outros”, explica o Centro SEI. Assim, se os pais os pais suspeitarem de que algo está errado, “deverão consultar um técnico especializado para que este os esclareça e possa, se necessário, fazer a avaliação da criança”.

“Após o diagnóstico é fundamental iniciar-se um trabalho multifacetado e que envolva vários participantes, que poderá ser gerido por um centro de aprendizagem. Assim, para além do trabalho direto com a criança ou jovem, deverá haver uma articulação entre o centro de aprendizagem, a escola e a família”, esclarece referindo que esta intervenção deve estar orientada não só para as competências de leitura, “mas também para aspetos emocionais (e.g., autoestima) e psicológicos (e.g., memória de trabalho) da criança ou jovem”.

“Naturalmente, os pais são um elemento fundamental no prognóstico desta perturbação do desenvolvimento, pois o modo como eles veem os seus filhos influencia a maneira com estes se veem a si próprios. De facto, se os pais pensarem que o diagnóstico de dislexia condena o futuro do seu filho, este irá sentir isso mesmo”, sublinha o Centro SEI. Deste modo, é importante que os pais interiorizem que dislexia não tem nada a ver com a inteligência. É sim um problema que pessoas inteligentes têm com a leitura e que “através de um ensino adequado é possível aprender a ler”.  “Existem muitas pessoas famosas, inteligentes, bem-sucedidas e que têm dislexia”, acrescenta o Centro SEI.

Sabendo que a dislexia pode ter um grande impacto na autoestima da criança é fundamental, para além do apoio familiar, que esta obtenha apoio da própria escola. Isto porque, tal como explica o Centro SEI “a diminuição da autoestima de uma criança com dislexia está muito relacionada com a sua perceção de que não consegue corresponder às expectativas dos pais e dos professores, e de que não conseguir alcançar os seus próprios objetivos”.

Deste modo, importa reforçar que se não for dada “uma atenção precoce e ajustada, aquele que começa por ser um problema na aprendizagem da leitura, pode tonar-se um problema, emocional, académico, profissional, social”.

Aos pais fica a recomendação: “deixem que sejam as competências dos vossos filhos a defini-los como pessoas e não as suas dificuldades. Ajudem os vossos filhos a encontrar uma área na qual eles possam ter experiências positivas, não importa o que seja (desporto, arte, ou outra), desde que lhes permita sentirem a experiência de serem capazes e competentes numa área”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Orientação DGS
A Direção-Geral da Saúde publicou uma Orientação sobre os Centros de Vacinação Covid-19, que destaca que estes devem ter...

De acordo com o documento, estes centros devem ter, como referência, um ou mais módulos de vacinação, cada um com cinco postos de vacinação com a capacidade de vacinar cerca de 50 pessoas por hora, uma pessoa a cada 6-10 minutos.

Os espaços devem ser amplos e arejados, têm de ter uma rede de frio adequada às especificidades de cada vacina instruções do fabricante, profissionais de saúde com treino e formação a vacinação e para a atuação em caso de reações anafiláticas e equipamento de emergência para tratar estas situações.

Resultando da adaptação de pontos de vacinação já existentes no Serviço Nacional de Saúde ou de infraestruturas próprias ou adaptadas especificamente para o efeito, a DGS esclarece que estes centros de vacinação devem, igualmente, ter acesso à Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação – VACINAS.

De acordo com a orientação, os centros de vacinação contra a Covid-19 devem ser constituídos de acordo com o planeamento regional das Administrações Regionais de Saúde, sob a coordenação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e Unidades Locais de Saúde (ULS) e em articulação com as autoridades de saúde locais, as autarquias e demais parceiros locais.

Além de terem de estar instalados em espaços amplos e arejados, devem ser de fácil acesso a pessoas com mobilidade reduzida, ter dois acessos (entrada e saída), facilidade de estacionamento e de acesso em transportes públicos e ser organizados para funcionarem de forma fluída, evitando o aglomerado de pessoas e garantindo o distanciamento entre elas.

Quanto aos recursos humanos, a orientação indica que cada módulo de cinco postos de vacinação deve ter um médico/enfermeiro para a coordenação, cinco assistentes técnicos para apoio administrativo, dois técnicos de farmácia/enfermeiros para a preparação das vacinas, pelo menos cinco enfermeiros para a administração e um a dois enfermeiros para vigiar os utentes depois de vacinados.

Este documento refere ainda que todos os procedimentos devem ser articulados em equipa, com supervisão do médico/enfermeiro coordenador, de todos os momentos do processo, desde a preparação das vacinas, sua administração e vigilância de reações adversas.

 

Guia de Gravidez e da Primeira Infância do Bebé
Um teste pré-natal não invasivo (NIPT – Non Invasive Prenatal Test) é um teste que permite detetar anomalias cromossómicas...

Este teste, que pode ser feito a partir da 10.ª semana de gestação, necessita apenas de uma colheita de sangue da grávida, a partir da qual são obtidos fragmentos de ADN em circulação, tanto maternos como fetais. A partir desta amostra é possível detetar alterações fetais com uma precisão superior e taxas de falsos resultados inferiores. Isto tudo de uma forma não invasiva, salvaguardando a mãe e o feto e diminuindo o risco de aborto.

“O teste BabySafe é mais uma forma de manter a tranquilidade dos futuros papás. Não apresenta quaisquer riscos e pode ser encarado como um teste complementar ao rastreio combinado (idade materna + ecografia)”, explica João Sousa, Diretor de Qualidade do laboratório BebéVida.

Como tal, este teste pode ser particularmente vantajoso para grávidas com mais de 35 anos; com risco elevado para as trissomias 21, 18 e 13; com trissomia diagnosticada em gravidez anterior; com história de interrupção da gravidez repetida; com resultados ecográficos sugestivos das cromossomopatias testadas ou que desejam saber mais informações sobre o seu bebé.

“Na ausência de qualquer rastreio, cerca de um em cada 700 fetos nascem com Síndrome de Down, por exemplo. Como tal, este teste é crucial na deteção de anomalias no número de cromossomas do feto, como as Trissomias 21, 18 ou 13, bem como do sexo fetal e das aneuploidias dos cromossomas sexuais (Monossomia X, XXX, XXY, XYY). Além disso, permite tudo isto com um risco de aborto muito menor face ao observado noutros procedimentos, como a amniocentese (risco de 0,5%) ou a biópsia de vilosidades coriónicas (risco de 1 a 2%)”, garante João Sousa.

Este é um dos vários temas ligados à gravidez abordados pelo recém-publicado Guia de Gravidez e da Primeira Infância do Bebé, lançado pela “Mamãs Sem Dúvidas”, que tem como objetivo continuar a reforçar o apoio já dado, através das iniciativas online, a pais e futuros pais. O guia pode ser encontrado online para download gratuito em mamassemduvidas.pt

 

Semana da Epilepsia
Com o intuito de promover a sensibilização para a Epilepsia, a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE) lança a campanha “Eu...

“A epilepsia é uma doença que tem ponto de partida numa perturbação do funcionamento do cérebro, devido a uma descarga anormal de alguns ou da quase totalidade dos neurónios cerebrais. Mas saber lidar com a epilepsia não é só conhecer a existência de crises, é crucial saber como minimizar as consequências, que afetam os doentes não só a nível familiar, como também social e profissional. Afinal, esta patologia pode causar uma grande incerteza” menciona Manuela Santos, presidente da LPCE.  

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 50 a 70 mil pessoas afetadas pela epilepsia, mas que evitam a exposição, preferindo não assumir publicamente a doença. Além disto, cerca de 20 mil pessoas apresentam formas mais graves desta doença, vivendo diariamente com grandes condicionalismos em relação ao exercício de uma vida ativa. No cenário que vivemos atualmente, com a pandemia da COVID-19, esta patologia ganha ainda maior impacto, pois estamos perante vários fatores que podem levar a um descontrolo da doença e recorrência de crises.   

“A pandemia da COVID-19 é mais um desafio que estes doentes vão ter de enfrentar, é muito importante que haja uma boa gestão do stock de medicação e que os profissionais de saúde possam assegurar uma resposta rápida em cenários de crise. Afinal, podemos estar perante crises mais frequentes e prolongadas que o habitual, o limite na forma de estado de mal epilético, uma situação extremamente grave com necessidade de internamento em unidade de cuidados intensivos” reforça Dr. Francisco Sales, neurologista e coordenador da comissão organizadora do 33ºENE.  

Tendo tudo isto em conta, a LPCE está focada em alertar a população geral para esta doença e as suas especificidades, que não devem ser descuradas. A sua ação começou no passado dia 8 de fevereiro, relembrando a campanha “Epilepsia é mais do que ter crises”, e continua em

março, com a realização da Semana da Epilepsia. Com uma comunicação que explora ainda os problemas de aprendizagem, psicopatologias, relacionamento e cenários de discriminação e exclusão social.  

“COVID-19 e Epilepsia”, “A Mulher com Epilepsia em idade fértil”, “Canabinóides em Epilepsia: Factos e Ficção”, “Tratamento farmacológico” e “Dispositivos e inteligência artificial em epilepsia: Ficção científica?” são alguns dos temas em destaque nos eventos online que se irão realizar ao longo da semana e que pretendem desmitificar alguns dos conceitos associados à epilepsia, nomeadamente no que diz respeito à gravidez e à epilepsia refratária. 

Além dos webinares, será ainda realizado o 33.º Encontro Nacional de Epileptologia da LPCE. Uma iniciativa que explora os avanços na área da epilepsia onde serão apresentados os derradeiros avanços e desafios na área, referindo que os últimos anos foram marcados por novos projetos e descobertas no tratamento da Epilepsia, em particular na área da neuro-estimulação e das técnicas minimamente invasivas. 

O evento realiza-se de forma totalmente online e as inscrições podem ser feitas aqui. Para mais informações consulte a página oficial do evento, aqui

Opinião
O angioedema hereditário (AEH) é uma doença genética autossómica dominante que se manifesta por epis

O AEH com deficiência de C1 inibidor tem uma prevalência estimada de 1:50000 e está associado a mutações no gene SERPING1, estando descritas mais de 450. A deficiência de C1 inibidor pode ser quantitativa (AEH tipo I; cerca de 85% dos casos) ou funcional (AEH tipo II).

Os sintomas têm, habitualmente, início na adolescência/início da idade adulta, sendo que, quanto mais precoce o seu início, mais grave o curso da doença.

O AEH com C1 inibidor normal foi descrito mais recentemente, tendo sido identificadas mutações em vários genes, designadamente do Fator XII da coagulação, da angiopoetina, do plasminogénio, do cininogénio e da mioferlina. Outras estarão ainda por identificar. A prevalência deste tipo de angioedema não é conhecida. As primeiras manifestações ocorrem mais tarde, frequentemente após o início de terapêutica com estrogénios.

O C1 inibidor esterase é uma enzima serino-protease com papel na regulação sistema do complemento, fibrinolítico e de contacto, através da inibição de várias proteínas. A sua deficiência vai conduzir à produção exagerada da bradicinina, principal mediador do AEH, que atua a nível dos recetores β2 na superfície das células endoteliais. Na crise aguda, o aumento de bradicinina promove a permeabilidade vascular e a passagem de líquido do espaço intravascular para o espaço extravascular, causando angioedema.

O diagnóstico de AEH é baseado na clínica e confirmado laboratorialmente, através do estudo do complemento e/ou estudo genético. A ausência de história familiar não exclui o diagnóstico, uma vez que cerca de 20-25% dos casos correspondem a mutações de novo.

A expressão clínica dos vários tipos de mutações é comum e traduz-se por crises recorrentes e imprevisíveis de angioedema, que pode ser doloroso, exuberante e incapacitante e que afeta tipicamente as extremidades, face, genitais, mucosa gastrintestinal e das vias aéreas superiores, incluindo a da laringe. O angioedema laríngeo é a forma mais grave de apresentação e é potencialmente fatal. Urticária e prurido cutâneo não são manifestações da doença.

Vários fatores foram identificados como potenciais desencadeantes de crise aguda, nomeadamente hormonais, ansiedade/stress emocional, traumatismo, infeções e fármacos (estrogénios, IECAs, fibrinolíticos).

O AEH pode ter elevado impacto na atividade diária e qualidade de vida do doente. Assim, o diagnóstico precoce e a instituição de estratégias terapêuticas adequadas são fundamentais.

O tratamento inclui 3 vertentes. O tratamento da crise aguda tem por objetivo impedir a progressão da mesma, reduzindo a morbilidade e prevenindo a potencial mortalidade. Deve ser instituído o mais precocemente possível, com fármacos específicos (concentrado de C1 inibidor, via endovenosa e/ou inibidor seletivo dos recetores β2 da bradicinina, via subcutânea), preferencialmente em autoadministração. O tratamento com corticosteróides, anti-histamínicos e adrenalina não é eficaz e não está indicado.

A profilaxia de curta duração, com concentrado de C1 inibidor, está recomendada previamente a todos os procedimentos médicos ou cirúrgicos (dentários, endoscópicos e outros), associados a impacto mecânico no trato respiratório ou digestivo superior, potencialmente causador de crise aguda, nomeadamente laríngea.

A profilaxia de longa duração visa reduzir o número global e a gravidade das crises, bem como o impacto na qualidade de vida do doente. Existem várias opções terapêuticas, de acordo com as características do doente e o curso da sua doença.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Posição conjunta
A Sociedade Portuguesa de Pediatria defende a reabertura urgente das escolas sobretudo no ensino pré-escolar e nos 1.º e 2.º...

Numa posição conjunta, a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), a direção do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos e a Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, consideram urgente a reabertura das escolas e a integração das crianças em atividades adequadas às suas reais necessidades.

Para estas entidades, a urgência é maior no ensino pré-escolar e nos primeiro e segundo ciclos do ensino básico. Isto porque defendem que o contacto com os educadores e com outras crianças é de extrema importância para o desenvolvimento psicomotor de competências básicas.

“A abertura das escolas para as restantes fases de ensino poderá ter de seguir uma progressão gradual, por ciclos de ensino, deixando os mais diferenciados, em que o os métodos de ensino não presencial colocam menos dificuldades, para mais tarde. Mas não esqueçamos a necessidade de socialização dos adolescentes, cuja saúde mental está em risco”, referem.

Na opinião destes especialistas, os planos definidos para o início do presente ano letivo mostraram-se eficazes, com boa adesão de profissionais escolares e de alunos, não se tendo verificado surtos relevantes com origem nos estabelecimentos de ensino.

Por isso, defendem que o reforço da vigilância epidemiológica, pelos serviços de saúde, vai permitir minimizar o risco associado à abertura das escolas. Por outro lado, dizem que uma atuação direcionada permitirá o controlo da disseminação da doença, sem que se torne necessário regressar a medidas mais agressivas.

Nesta posição conjunta, lembram que “desde o início verificou-se que as crianças eram pouco afetadas, apresentando em regra doença ligeira, com casos muito esporádicos de doença grave, e cedo se percebeu que, em contraste com outras doenças virais mais conhecidas, contribuíam pouco para a disseminação da doença”.

Para estas entidades, o encerramento das escolas e a obrigatoriedade de permanência em casa das crianças de todos os escalões etários contribui de forma direta para os efeitos que a doença covid-19 tem sobre estas ao nível do desenvolvimento, da aprendizagem, dos comportamentos, das rotinas e no relacionamento familiar e social.

“As crianças de risco social elevado, que têm na escola momentos de normalidade, de segurança e alimentação adequada, estão ainda mais propensas ao risco causado pelo distanciamento. Recordamos que, muitas vezes, é da escola que parte o primeiro alerta que dá início a investigação e medidas de proteção”, referem.

Segundo a SPP, o Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos e a Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, todas as alterações e as desigualdades sociais e riscos associados, têm um efeito direto na esperança de vida destas crianças e na capacidade de evolução da própria sociedade nos anos futuros.

 

Taxas de ocupação caiem na região Centro
Com o número de doentes internados a descer na região centro, o número de camas em enfermarias Covid-19, têm vindo a reduzir....

O boletim diário revela que às 23:59 de segunda-feira, os hospitais da região Centro contabilizavam 307 internados em enfermaria e 88 em unidades de cuidados intensivos, que representava uma taxa de ocupação de 54% e 57%, respetivamente.

Relativamente ao último ponto de situação, realizado na quarta-feira passada, registam-se menos 227 internados em enfermaria e menos 17 em unidades de cuidados intensivos.

A ARS do Centro refere ainda que na segunda-feira os hospitais do Centro emitiram 59 altas médicas e registaram seis vítimas mortais e 23 novas admissões.

Nas unidades do setor social, privado, militar e estruturas de apoio de retaguarda estavam internados 18 doentes com Covid-19 e 57 com outras patologias.

 

 

Mais de metade da população tem peso a mais
Conceição Calhau, professora catedrática da NOVA Medical School e investigadora do CINTESIS – Centro de Investigação em...

A investigadora, que também é coordenadora da Licenciatura em Ciências da Nutrição da NOVA Medical School, explica que “a microbiota intestinal é constituída por triliões de micro-organismos, entre os quais bactérias, fungos, vírus, em número equivalente às células humanas, e que contribuem para o equilíbrio do organismo”. Acrescenta que, quando esta vasta comunidade de micro-organismos entra em desequilíbrio (disbiose), podem ocorrer uma série de alterações metabólicas, não só associadas à obesidade, como a doenças neurodegenerativas, diabetes, cancro ou doenças cardiovasculares. 

“A disbiose em doentes com excesso de peso e obesidade tem sido amplamente estudada nos últimos 15 anos. Está provado que a microbiota saudável é crucial na regulação de vários processos fisiológicos, entre eles os envolvidos no controlo do apetite”, refere Conceição Calhau. Entre os fatores que podem levar a este desequilíbrio do ecossistema intestinal estão, por exemplo, os estilos de vida, a dieta, a atividade física, a exposição a medicamentos (antibióticos, por exemplo), o stresse e a qualidade do sono, sublinha a investigadora. 

Bactéria Hafnia alvei HA4597 é promissora 

De acordo com Conceição Calhau, a investigação biomédica está cada vez mais focada na microbiota. Recentemente foram publicados estudos clínicos e pré-clínicos que demonstram que “a administração crónica de uma bactéria produtora de ClpB está associada à perda de peso, com diminuição da hiperfagia e ativação da lipogénese no tecido adiposo”, mesmo quando há exposição a uma dieta obesogénica, que induz o aumento de peso. 

A proteína ClpB é produzida pelas enterobactérias Hafnia alvei. Atua no controlo do apetite, suprimindo a fome, e tem a capacidade de comunicar com os neurónios responsáveis pela sensação de saciedade, ao nível do hipotálamo.  

“A bactéria Hafnia alvei HA4597 apresenta-se como um probiótico promissor na gestão de peso, quer em pessoas com excesso de peso, quer em obesos”, remata a investigadora Conceição Calhau. 

Formato híbrido
A Associação Portuguesa para as Doenças Congénitas da Glicosilação e Outras Doenças Metabólicas Raras (APCDG), em conjunto com...

“Embora muito provavelmente não nos possamos juntar pessoalmente este ano, devido às contínuas incertezas em torno da pandemia Covid-19, estamos a planear o Congresso de forma híbrida. Assim, a opção online assegura o acesso, a equidade e a inclusão de todos os participantes”, afirma Vanessa Ferreira, fundadora da APCDG e co-fundadora e investigadora da rede de investigação CDG & Allies - PPAIN.

O evento tem como objetivo identificar as principais necessidades e desafios que as famílias CDG e profissionais enfrentam. Pretendendo-se também conhecer as últimas inovações nesta área de forma a proporcionar soluções adaptadas a cada doente.

"Estamos profundamente gratos a todos os voluntários que estão atualmente envolvidos em assegurar as atividades importantes relacionadas com este evento. Em particular, deixamos o nosso enorme agradecimento aos voluntários do Programa de Voluntariado NOVA Sci & Tech que estão a criar muitos recursos de consciencialização e educação que serão lançados pela primeira vez no decorrer do Congresso. ", afirma Sandra Brasil (investigadora da CDG & Allies - PPAIN e voluntária na APCDG). 

Além disso, "Andrea Miller da CDG CARE (EUA) deu uma enorme ajuda na definição da agenda, a equipa da CDG & Allies - PPAIN está a assegurar outras operações relevantes relacionadas com a logística e, José Graça a prestar apoio informático. Todos têm sido fundamentais para que o evento seja um sucesso", acrescenta Carlota Pascoal (investigadora da CDG & Allies - PPAIN e voluntária na APCDG).

O Congresso de cariz bianual vai ter novidades, como é exemplo o programa Academia “Think Metabolic, Think CDG,” que visa fornecer conhecimentos e competências para que os intervenientes se tornem especialistas em investigação e desenvolvimento de terapias em CDG. Assim, e de forma a assegurar uma participação ativa na conferência, os participantes poderão alcançar o distintivo de "CDG Expert Level 2".

“De dois em dois anos, 450 famílias e profissionais de todo o mundo reúnem-se no nosso Congresso para aprender os mais recentes avanços dedicados ao mundo das CDG. É a oportunidade de muitas famílias terem contacto direto com outras que lutam diariamente por uma melhor qualidade de vida destas crianças e adultos. Este evento também simboliza apoio, força, esperança e amizade.”, conclui Paula Videira (co-fundadora e investigadora da rede CDG & Allies PPAIN). Como foi já referido, na iniciativa vão participar cerca de 120      palestrantes: famílias, associações de doentes, investigadores, médicos, empresas farmacêuticas e especialistas em doenças raras, provenientes de 25 países diferentes. 

A submissão dos abstracts requer inscrição prévia, que decorre entre os dias 1 de março a 1 de abril de 2021. Para mais informações e inscrições, consultar:  https://worldcdg.org/world-conference-cdg     

Pode também consultar o programa em: https://worldcdg.org/world-conference-cdg/program

Perda de massa muscular, problemas de sono e de funcionamento intestinal
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai lançar um conjunto de vídeos...

Os outros vídeos são dedicados aos problemas relacionados com o sono e com o regular funcionamento dos intestinos.

O confinamento tem diversas consequências nas pessoas e em especial nos idosos. Não só sobre a componente emocional e afetiva, sensação de solidão, de abandono, de inutilidade, monotonia de dias seguidos sem atividades fora de casa num ambiente fechado, como também sobre a componente física.

“A pouca mobilidade a que o idoso está sujeito, limitando-se a deslocações dentro das divisões da sua residência e a longos períodos sentado ou deitado, ocasionam perde de massa muscular. Sabendo como a massa muscular dos idosos se reduz fisiologicamente, tanto mais quanto mais se envelhece, podendo a redução ser de 50% aos 80 anos, percebemos como a hipomobilidade agrava este fenómeno. A atrofia muscular originada pelo confinamento traduz-se na perda parcial ou total da autonomia motora e pelo agravamento da incidência de quedas” afirma João Gorjão Clara, coordenador do NEGERMI.

Este primeiro vídeo, além da importância do exercício físico, aborda temas como a necessidade de uma dieta rica em proteínas com o recurso eventual a suplementos nutricionais ricos em proteínas e outras medidas simples, mas igualmente importantes.

O primeiro vídeo está disponível em: https://www.spmi.pt/negermi-confinamento-nos-idosos/

 

Estabelecimentos de ensino e locais de trabalho
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou, na passada sexta-feira, uma atualização da norma referente à Estratégia Nacional de...

Para além do alargamento na testagem, já previsto na versão anterior, a Direção Geral da Saúde decidiu consolidar alguns contextos, particularmente no que se refere aos rastreios comunitários ou ocupacionais. Neste caso, “a operacionalização é implementada de forma progressiva através de planos sectoriais, para melhor se adaptarem às necessidades de testagem”, pode ler-se na nota informativa agora publicada no site da DGS.

Esta atualização determina que “nos estabelecimentos de ensino e nos locais com maior risco de transmissão em meio laboral estes rastreios devem ser periódicos nos concelhos com incidência cumulativa a 14 dias superior a 120/100.000 habitantes”. Para o efeito, devem ser utilizados testes rápidos de antigénio, podendo também ser considerada a amostra de saliva para a realização dos rastreios laboratoriais, utilizando-se, nesses casos, os testes moleculares.

“Os testes em larga escala, integrados com outras medidas de Saúde Pública, são um elemento chave para limitar a propagação da Covid-19 e a DGS continua a alinhar as atualizações da estratégia nacional de testes com as necessidades decorrentes da evolução da pandemia a nível nacional e com as recomendações internacionais”, refere a nota.

 

Balanço diário
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 38 mortes e 691 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 18 das 38 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 10 e centro com sete. No Alentejo há uma morte e no Algarve duas.

Quanto aos arquipélagos, não há registo de mortes, nem na Madeira nem nos Açores, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 691 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 255 novos casos e a região norte 166. Desde ontem foram diagnosticados mais 73 na região Centro, no Alentejo 27 casos e no Algarve mais 11. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 140 infeções e no dos Açores 19 nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.997 doentes internados, menos 170 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 23 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 446 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 3.230 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 723.465 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 65.793 casos, menos 2.577 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 4.368 contactos, estando agora 36.859 pessoas em vigilância.

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