Doença mental
Embora tenha tratamento, estima-se que 10% dos doentes com Perturbação Obsessiva-Compulsiva desenvol

Caraterizada pela presença de obsessões e compulsões, a Perturbação-Obsessiva Compulsiva tem um enorme impacto na qualidade de vida dos doentes. Habitualmente, com início na adolescência ou nos primeiros anos da idade adulta, esta doença mental, quando não tratada, pode evoluir para quadros de grande incapacidade e sofrimento psíquico.

As obsessões e as compulsões são os “sintomas nucleares” de uma patologia “que tem como pano de fundo a ansiedade”. De acordo com Ricardo Moreira, enquanto “as obsessões são pensamentos intrusivos, recorrentes e persistentes, de conteúdo negativo ou desagradável, que surgem em forma de dúvida e que geram elevados níveis de ansiedade”, as compulsões “por sua vez, são atos comportamentais ou mentais, realizados de forma repetida e ritualizada, que o doente sente necessidade de cumprir em resposta às obsessões, com o objetivo de aliviar (temporariamente) a ansiedade gerada pelas mesmas”.

Estas podem estar relacionadas com diferentes temáticas como, por exemplo, “obsessões acerca da sujidade/contaminação e compulsões de limpeza; obsessões e compulsões de ordem, simetria, contagem ou arrumação; obsessões de dúvida e compulsões de verificação; obsessões de conteúdo violento ou agressivo e compulsões relacionadas com as mesmas; obsessões de conteúdo sexual ou religioso e compulsões relacionadas com as mesmas; obsessões e compulsões de acumulação e colecionismo”.

“De uma forma geral, podemos dizer que os diferentes tipos de comportamentos compulsivos (lavagens repetidas das mãos, verificação do gás/portas/torneiras, organizar roupas por cores ou livros por ordem alfabética, fazer medições repetidas, entrar e sair de portas várias vezes) são a face mais visível da doença. Mas estes são apenas a ponta do iceberg, uma vez que na base dos mesmos está a dúvida obsessiva, geradora de elevados níveis de angústia e ansiedade, frequentemente vivida internamente em silêncio”, explica o especialista.

“Na face oculta do iceberg”, revela Ricardo Moreira, “estão também os atos compulsivos mentais (contagens, rezas, repetição mental de frases, palavras ou números, etc.) e os evitamentos (não ir a determinados locais ou tocar em determinados objetos para não ter de realizar compulsões de lavagem).

Segundo o psiquiatra, o número de obsessões e compulsões, bem como o tempo despendido na sua realização, aumenta “à medida que a doença se agrava”, resultando na perda de qualidade de vida com envolvimento de um grande sofrimento psíquico. “Nos casos mais graves poderá mesmo existir uma total incapacidade funcional a diferentes níveis: profissional, social e familiar”, acrescenta o especialista do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).

Embora não exista uma causa identificada para o aparecimento da doença, destacam-se alguns fatores como a componente hereditária, “a presença de alguns aspetos da personalidade – traços ansiosos ou obsessivos, e a “presença de algumas distorções cognitivas - perfeccionismo ou o excessivo sentido de responsabilidade” -, como condicionantes.

“Noutras situações a POC parece estar relacionada com a ocorrência de um evento traumático (ex: POC de dúvida e verificação após um incêndio em casa ou um assalto) ou de acontecimentos de vida relevantes (ex: desenvolvimento de POC sujidade/contaminação e limpeza numa mulher após o parto, por preocupação excessiva com a saúde do filho)”, acrescenta Ricardo Moreira.

“Existem ainda alguns casos raros de POC infantil em que os sintomas obsessivo-compulsivos surgem de forma abrupta após uma infeção bacteriana por streptococcus, a que denominamos de Pediatric Autoimmune Neuropsychiatric Disorder Associated with Streptococcus (PANDAS)”, refere ressalvando, no entanto,  que “os estudos de neuroimagem, particularmente os de Ressonância Magnética Cerebral Funcional (RMNf), têm demonstrado de forma consistente que existe uma disfunção ao nível do circuito córtico-estriato-talâmico-cortical do cérebro e um défice do neurotransmissor serotonina”.

«A cura, ainda que não seja o cenário mais frequente, é possível, tenho casos na prática clínica que o demonstram»

Embora o prognóstico da patologia dependa de inúmeras variáveis, entre elas “a idade de início da doença, o tempo de duração de doença até que o doente procura ajuda, a gravidade do quadro clínico”, e até mesmo o envolvimento do doente e familiares no seu tratamento, há casos em que é possível falar-se em cura. No entanto, o especialista chama a atenção de que na maioria dos casos consegue-se apenas “reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas”. “Obviamente que existem outras situações, mais graves, em que a doença acaba por se tornar crónica com oscilações na gravidade dos sintomas ou até mesmo agravar progressivamente apesar do tratamento”, acrescenta.

De acordo com o especialista, o tratamento tem duas vertentes: a farmacológica e a não-farmacológica.

“O tratamento farmacológico consiste essencialmente na utilização de fármacos inibidores da recaptação da serotonina (SRIs), que pertencem à classe dos antidepressivos. Os que têm eficácia demonstrada no tratamento da POC são: fluvoxamina, fluoxetina, sertralina, escitalopram, citalopram, paroxetina e clomipramina”, adianta.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), nomeadamente, a Terapia de Exposição e Prevenção de Resposta é considerada o tratamento “gold standard” da POC. “Nesta estratégia, ensinamos o doente a não realizar a compulsão e a tolerar a ansiedade   gerada pela obsessão”, explica Ricardo Moreira.

“Para além das estratégias comportamentais é fundamental identificar e trabalhar algumas distorções cognitivas que estão frequentemente presentes nos doentes com POC.”, adverte o especialista adiantando que “a TCC na POC é particularmente difícil e desafiante e que deve ser realizada por clínicos (psicólogos ou psiquiatras), com formação e experiência em TCC e na POC”.

Nos casos mais graves e refratários ao tratamento convencional, a Estimulação Cerebral Profunda, pode ser a opção.

“É um tratamento muito utilizado nos casos mais graves de Doença de Parkinson, e que está aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA para o tratamento da POC desde 2009. No fundo consiste na introdução de dois elétrodos que irão estimular um determinado núcleo cerebral e assim modular o circuito cerebral que se encontra disfuncional na doença em causa. É importante dizer que este tratamento não é curativo, mas tem como objetivo a melhoria dos sintomas e da qualidade de vida dos doentes”, revela o especialista adiantando que os seus resultados “têm sido muito interessantes”.

“No CHUSJ, onde trabalho, temos 3 doentes em que realizamos estimulação do núcleo anterior da cápsula interna. Em todos os casos se verificou uma melhoria significativa dos sintomas (redução >35% na escala Y-BOCS). Num dos casos, a melhoria foi tão evidente que superou as nossas melhores expectativas”, justifica acrescentando que “que ainda este ano prevemos intervencionar mais dois doentes com POC grave e resistente ao tratamento”.

Com tendência para ser subdiagnosticada, “quer pelo estigma da doença mental em geral, quer pelas características clínicas intrínsecas da POC”, Ricardo Moreira sublinha a importância de reconhecer a doença. (…) “A POC existe, tem tratamento e quanto mais cedo procurarem ajuda, melhor é o prognóstico da doença”.

“Essa ajuda pode ser procurada junto dos médicos de família, ou então diretamente junto de psiquiatras ou psicólogos clínicos, quer a nível publico quer a nível particular. Não tenham medo de o fazer!”, apela o especialista.

“Aproveito também para referir que existem algumas consultas especializadas no tratamento da POC no Serviço Nacional de Saúde espalhadas pelo país (Porto, Braga, Coimbra e Lisboa), como por exemplo a consulta que coordeno de “Doenças do Espetro Obsessivo” no Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar Universitário São João no Porto.”, conclui.

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Acreditação
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra possui, desde o passado mês de fevereiro, mais dois Serviços e seis Centros de...

Em comunicado, o CHUC revela que o centro hospitalar “conta agora com 13 Serviços e 14 Centros de Referência Acreditadosi pelo modelo ACSA, que se constituem como uma garantia de mais e melhor qualidade na consecução da sua tripla missão, nas vertentes da assistência, da investigação e do ensino”

Para José Guilherme Tralhão, diretor do Serviço de Cirurgia Geral do CHUC, “os quatro Centros de Referência agora acreditados no modelo de acreditação ACSA proposto pelo Ministério da Saúde, é o reconhecimento da excelência dos cuidados prestados no Serviço de Cirurgia Geral do CHUC aos doentes com cancro hepatobiliopancreático, cancro do reto, cancro do esófago e com indicação para transplante hepático. Tanto quanto é do nosso conhecimento, este é o Serviço de Cirurgia Geral que integra e coordena o maior número de Centros de Referência no País.”

O modelo ACSA é o modelo oficial do Ministério da Saúde para as Instituições do Serviço Nacional de Saúde e visa reconhecer a qualidade das organizações prestadoras de cuidados de saúde. É um modelo progressivo que promove a melhoria contínua, é coerente com o Plano Nacional de Saúde, com a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde, com os Programas de Saúde Prioritários, é Integrador designadamente com as Normas e Orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), Processos Assistenciais Integrados, e é disseminador do conhecimento e de boas práticas. O processo é conduzido pelo Departamento da Qualidade na Saúde da DGS.

 

Prémio anual da European Society for Blood and Marrow Transplantation (EBMT)
Manuel Abecasis, Presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), acaba de ser reconhecido pela European Society...

O prémio anual “Clinical Achievement Award” da EBMT não só reconhece as conquistas para o país na área do transplante de células estaminais hematopoéticas, como o contributo para a própria EBMT.   

Na comunicação enviada pelo presidente da EBMT, Nicolaus Kroger, ao Presidente da APCL, pode ler-se “a Sociedade tem muito orgulho em reconhecer as suas muitas conquistas no avanço do transplante de células hematopoiéticas do seu país, Portugal”. Nicolaus Kroger acrescenta “estou muito feliz por [Manuel Abecasis] ter recebido este prémio porque, sinceramente, é merecido pelo seu compromisso incansável para com a EBMT”.

Manuel Abecasis recebe esta distinção com grande satisfação referindo que “é uma grande honra para mim a atribuição deste prémio. Fico muito grato pelo reconhecimento por parte dos meus colegas europeus, e considero-o extensivo a toda a equipa que durante tantos anos partilhou do meu entusiasmo pela área da transplantação de medula óssea”.

Manuel M. Abecasis junta-se, assim, à pequena lista de pessoas anteriormente reconhecidas com esta distinção pela EBMT. O prémio é entregue na 47ª Reunião Anual da Sociedade, que se realiza entre 14 e 17 de março de 2021, em formato digital. 

A EBMT é uma organização formada por profissionais de saúde que trabalham no campo do transplante de medula óssea e terapias celulares, com foco na inovação, que tem como principal objetivo salvar e melhorar a vida de doentes com doenças relacionadas com sangue. A associação dedica-se à promoção de todo o conhecimento associado ao transplante de células estaminais hematopoiéticas, de todas as fontes e tipos de dadores, incluindo pesquisa básica e clínica, educação, padronização, controlo de qualidade e credenciamento para procedimentos de transplante.

Além de presidente da APCL, Manuel M. Abecasis foi Diretor do Departamento de Hematologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa e do Programa de Transplantação de Medula Óssea. É, desde fevereiro de 2021, Diretor do Registo Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE). É Professor Associado convidado da Nova Medical School na Universidade Nova de Lisboa.

Fez a sua especialização em Hematologia no Reino Unido e foi “Leukemia Research Fund Fellow” (UK) em Marselha, onde colaborou no estabelecimento da transplantação de medula óssea no Instituto de Oncologia Paoli-Calmettes. Doutorado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, foi pioneiro da transplantação de medula óssea em Portugal, tendo em conjunto com os seus colaboradores introduzido em Portugal todos os avanços relevantes nesta área.

Enquanto representante da área da transplantação de medula óssea, desenvolveu no Ministério da Saúde, o registo nacional da mesma, onde se encontram registados todos os transplantes de medula óssea realizados em Portugal desde o início da atividade.

Atualmente conta já com variadas distinções, nomeadamente o Prémio SEAT para a Ciência (1987), o Prémio Nacional de Oncologia (1994), a Medalha de Prata por Serviços Distintos do Ministério da Saúde (2007), o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito da República Portuguesa (2010) e a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos (2015). É sócio honorário da Sociedade Portuguesa de Hematologia.

Estudo
Um estudo do RCSI realizado no Hospital Beaumont, em Dublin, descobriu que a cirurgia, em vez de apenas antibióticos, deve...

Publicado nos Anais da Cirurgia e liderado por investigadores da Universidade RCSI de Medicina e Ciências da Saúde, o estudo intitulado comma (Conservative versus Open Management of Acute Uncomplicated Appendicitis) examinou a eficácia e a qualidade de vida associadas ao tratamento apenas com antibióticos de apendicite aguda descomplicada versus intervenção cirúrgica. Os resultados revelaram que o tratamento somente com antibióticos resultou em altas taxas de recidiva e qualidade de vida inferior nos pacientes.

Apendicite aguda descomplicada é uma condição cirúrgica aguda comumente encontrada. A gestão tradicional da condição envolveu cirurgia para retirada do apêndice. O tratamento com antibióticos surgiu como uma opção alternativa que poderia oferecer potenciais benefícios aos doentes e hospitais, como uma recuperação mais rápida, com menos dor, com melhor qualidade de vida e redução da demanda em salas de cirurgia. Houve uma relutância em adotar o tratamento somente com antibióticos devido a pesquisas anteriores que mostraram ampla variabilidade nas taxas de erro e falta de evidências sobre o impacto na qualidade de vida dos doentes.

Nesta pesquisa, 186 pacientes com evidência radiológica de apendicite aguda e descomplicada foram randomizados para dois grupos. Um grupo recebeu tratamento apenas com antibióticos enquanto o outro grupo foi tratado com cirurgia. Os pacientes do grupo cirúrgico foram submetidos a uma apendicectomia laparoscópica. Naqueles tratados apenas com antibióticos, antibióticos intravenosos (IV) foram administrados até que houve melhora nos sinais e sintomas de um paciente e isso foi seguido por cinco dias de antibióticos orais.

Nas semanas e meses seguintes ao tratamento, os pacientes foram acompanhados com questionários incluindo um questionário de qualidade de vida em 1 semana, 1 mês, 3 meses e 12 meses. Nesses pontos, foram registrados o score de dor do doente, a necessidade de licença médica adicional, infeções no local cirúrgico e o desenvolvimento de apendicite recorrente.

Os resultados do grupo somente para antibióticos demonstraram que 23 pacientes (25%) experimentou uma recorrência de apendicite aguda dentro de um ano. Nos questionários de qualidade de vida, verificou-se que os pacientes do grupo cirúrgico experimentaram um score de qualidade de vida significativamente melhor em comparação com o grupo somente com antibióticos.

Segundo Arnold Hill, Chefe da Faculdade de Medicina e Professor de Cirurgia do RCSI, "o tratamento somente com antibióticos de apendicite aguda descomplicada foi proposto como uma opção alternativa de tratamento menos invasivo para os pacientes. O estudo da COMMA estabeleceu se o tratamento somente com antibióticos poderia substituir a cirurgia em alguns casos, o que poderia oferecer muitos benefícios para pacientes e hospitais. Os resultados indicam que os protocolos de tratamento não devem mudar. A cirurgia proporcionará os melhores resultados para os pacientes em termos de qualidade de vida e recorrência e, portanto, deve permanecer como pilar do tratamento para apendicite aguda descomplicada.'

O estudo foi realizado por pesquisadores do RCSI e do Beaumont Hospital Dublin. A pesquisa foi apoiada pelo RCSI.

Inquérito
Um inquérito aplicado a mais de uma centena de entidades – de profissionais de saúde a académicos e organizações não...

Este inquérito foi realizado no âmbito de um estudo liderado por André Dias Pereira, investigador do Instituto Jurídico e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), e financiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Intitulado “Responsibility for Public Health in the Lusophone world: doing justice in and beyond the COVID emergency”, o estudo centrou-se na recolha e análise de dados relativos à preparação e resposta à pandemia de Covid-19 em Angola, Brasil, Moçambique, Portugal e Região Administrativa Especial de Macau, com o objetivo de «propor soluções de políticas de saúde pública, permitindo a construção de sistemas de resposta eticamente adequados às dificuldades apresentadas em situações de pandemia», explica André Dias Pereira.

Este projeto, realça, «combina uma análise profunda à mais recente legislação e bibliografia sobre o assunto, com dados obtidos por meio de um questionário, endereçado a um número significativo de participantes, por forma a reunir diferentes experiências e analisar as dificuldades éticas identificadas na resposta à pandemia, que são problemas que vão perseguir e condicionar as opções políticas dos próximos anos e cujas repercussões ainda estão por avaliar; sem deixar de mencionar o catastrófico impacto económico da pandemia, transversal a todos os Estados».

Os inquiridos no âmbito do estudo defendem ainda «que o investimento na prevenção, além de ser muito eficaz na mitigação da pandemia, é também um dos vetores em que deverá haver mais concentração de alocação de recursos».

Deste projeto resultará um livro branco, dirigido às comunidades lusófonas e agências dos governos dos países e região administrativa especial envolvidos, onde são apresentadas propostas e recomendações que possam ser implementadas na prática para potenciar os sistemas de saúde, preparando-os para dar resposta a situações de emergência de saúde pública.

Todos os resultados obtidos pela equipa de André Dias Pereira, que integra académicos, juristas e advogados, bem como especialistas em Bioética, vão ser apresentados na conferência final do projeto, que tem lugar no próximo dia 25 de março, das 9h às 17h30, em formato online.

Nesta conferência, que reúne participantes de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Macau, vão também ser analisados os impactos da pandemia de Covid-19 no mundo lusófono, como, por exemplo, o problema dos doentes não-Covid, em especial os doentes oncológicos; a experiência de Macau contra a Covid-19; a atuação do Congresso Nacional brasileiro frente à pandemia; e a influência da Covid-19 no funcionamento das instituições universitárias de Angola.

O programa detalhado da conferência está disponível em: http://direitodasaudepublicanomundolusofono.net/pt/activities/confer%C3%AAncia-final e mais informação sobre o projeto em: http://direitodasaudepublicanomundolusofono.net/.

 

Ministro da Educação
A garantia foi dada pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. A comunidade escolar começa a ser vacinada já no...

“Existe uma estrutura que coordena e que é responsável pelo processo de vacinação e que foi criada para gerir este processo e de acordo com aquilo que fomos informados por essa task force já existe neste momento trabalho com as estruturas regionais e locais do Ministério da Saúde para que a vacinação seja iniciada no próximo fim de semana, nos dias 20 e 21 de março, continuando depois durante o mês de abril”, adiantou hoje em declarações à Antena 1.

No entanto, o ministro da Educação remeteu para a task force mais informação sobre o processo.

50 dias após a suspensão das atividades presenciais, os alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo regressaram hoje às escolas.

Esta primeira fase de desconfinamento também contempla a reabertura das creches e das atividades de tempos livres (ATL) destinadas às crianças até ao primeiro ciclo. As escolas do segundo e terceiro ciclos só abrem no dia 5 de abril, enquanto o ensino secundário e as universidades só voltam a ter aulas presenciais a partir de 19 de abril.

 

Revista de Imprensa
Apesar de já terem sido registados dos eventos tromboembólicos após a toma da vacina da Astrazeneca no país, a Direção Geral da...

Num comunicado conjunto as duas entidades referem que “com base nos dados atualmente disponíveis e enquanto decorre a investigação, se mantém válida a informação emitida, podendo a vacina continuar a ser administrada”.

Isto porque, segundo adiantam, os dois casos registados pelo Sistema de Farmacovigilância, “não apresentam o mesmo padrão clínico dos que se encontram em avaliação” pelo Comité de Segurança, PRAC, da Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos (EMA).

Recorde-se que as autoridades de saúde irlandesas decidiram suspensão da administração da vacina AstraZeneca contra a covid-19 como “medida de precaução”, após relatos de casos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas na Noruega. A mesma decisão já tinha sido tomada por outros países europeus.

Em resposta, o grupo farmacêutico referiu na passada semana que a sua vacina não implica qualquer “risco agravado” de formação de coágulos sanguíneos.

Com base “numa análise dos dados de segurança que abrangem mais de 10 milhões de casos registados, não encontrámos indícios de risco acrescido de embolia pulmonar ou trombose”, sublinha o laboratório em comunicado, acrescentando que, “de facto, os números deste tipo [de problemas médicos] são muito mais baixos nos que são vacinados em comparação com o que seria de esperar na população em geral”.

A Organização Mundial da Saúde também já veio a público afirmar que não há motivos para não se usar esta vacina.

 

415 adultos saudáveis em 13 centros de investigação
A Sanofi Pasteur, a unidade de negócio global de vacinas da Sanofi, e a Translate Bio (NASDAQ: TBIO), uma empresa de...

"A nossa vacina candidata de mRNA é o resultado da nossa experiência em doenças infeciosas aliadas às tecnologias inovadoras do nosso parceiro", destaca Thomas Triomphe, Executive Vice President and Global Head da Sanofi Pasteur. "Iniciar o ensaio de Fase 1/2 representa um importante passo em frente no nosso objetivo de trazer uma vacina eficaz para a luta em curso contra a pandemia de COVID-19."

"Fizémos progressos importantes no desenvolvimento de vacinas de mRNA candidatas para doenças infeciosas através da nossa colaboração com a nossa parceira Sanofi Pasteur", afirmou Ronald Renaud, Chief Executive Officer da Translate Bio. "Com o impacto das vacinas de mRNA demonstrado durante a pandemia, a nossa equipa de desenvolvimento conjunto continua firme no nosso compromisso de avançar com a MRT5500 como parte do esforço colaborativo para ultrapassar esta crise de saúde global."

Os estudos pré-clínicos estão em curso e continuarão nos próximos meses para avaliar se a MRT5500, bem como as vacinas candidatas adicionais demRNA, induzirão anticorpos neutralizadores contra as variantes emergentes do SARS-CoV-2, com o potencial de recolher informação relevante para o desenvolvimento clínico atual e futuro.

A equipa de desenvolvimento conjunto está a trabalhar na melhoria da estabilidade da temperatura da vacina candidata de mRNA e na meta de uma temperatura de armazenamento de -20°C para os ensaios clínicos de fase final e aquando da disponibilização da vacina. Estão também em curso esforços para permitir que a vacina seja estável à temperatura habitual do frigorífico (2 a 8°C).

A MRT5500 está a ser desenvolvida no âmbito de um acordo de colaboração e licença entre a Sanofi Pasteur e a Translate Bio.

Dia Mundial da Incontinência Urinária
Com um impacto devastador na qualidade de vida de quem dela sofre, estima-se que a Incontinência Uri

Estima-se que, em todo o mundo, mais de 60 milhões de pessoas sofram de incontinência urinária. Em Portugal, cerca de 33% das mulheres com mais de 40 anos apresentam sintomas da doença, mas destas apenas 10% recorre ao médico. Neste sentido, começo por perguntar por que é que continuamos a evitar falar sobre um tema que, para além de frequente, causa um grande impacto na vida dos doentes?

Apesar de ser uma patologia prevalente e com comorbilidades importantes, é ainda aceite pela sociedade, refiro-me à mulher, como um problema “normal” do envelhecimento ou na sequência dos partos. De facto, esta postura tem-se vindo a alterar, sendo que hoje as mulheres são muito mais proativas na busca de soluções. Porém, esta evolução faz-se de forma lenta.

De que forma a Incontinência Urinária condiciona a vida de quem dela padece?

Limita desde logo as atividades que exigem algum tipo de esforço físico, sendo variável consoante a gravidade, impedindo, por exemplo, a prática de desporto ou atividades lúdicas como dançar. Isto reflete-se na autoestima e bem-estar.

Quais as principais causas associadas a esta patologia? Há formas de a prevenir?

As causas desta patologia são dependentes do tipo de incontinência, pelo que o seu tratamento ou prevenção será também variável. Mas de uma forma genérica, podemos destacar a obesidade, os antecedentes obstétricos e cirúrgicos, bem como patologias do foro neurológico. A prevenção passará sempre por adotar um estilo de vida saudável e a inclusão de exercícios pélvicos no quotidiano, como forma de prevenir problemas futuros.

Como se manifesta? E quais os principais sinais de alerta?

Manifesta-se através de perda de urina involuntária, que pode ocorrer diariamente ou de forma esporádica, associada a esforço (p.e. desde a tosse ao exercício físico) e/ou urgência (sensação imperiosa e incontrolável para ir urinar). A identificação desta problemática, tende a ser desvalorizada nos estádios iniciais, contudo, é numa fase inicial da doença que a ajuda deve ser procurada. Sempre que, existir perda de urina, seja ela associada a alguma atividade do nosso dia ou, simplesmente, porque não chegamos a tempo à casa de banho, e esta situação não é isolada, devemos procurar ajuda especializada.

Quais as principais complicações associadas à Incontinência Urinária?

Do ponto de vista emocional são várias, destacando o isolamento e fuga sociais e a baixa autoestima. Existem ainda repercussões ao nível das relações interpessoais e profissionais, uma vez que esta problemática está associada ao aumento do absentismo.  

Sabendo que existem vários tipos de incontinência urinária, em que consiste o seu tratamento? Em que casos está indicada a cirurgia, por exemplo, ou o tratamento neuromodulador?

A forma mais comumente conhecida é a incontinência de esforço que tem como tratamentos a abordagem conservadora, através da reeducação do pavimento pélvico e a cirurgia. No caso da Incontinência de urgência esta apresenta um maior desafio, e a abordagem terapêutica inicial passa por farmacoterapia. No entanto, é relativamente frequente a má resposta ou baixa adesão por intolerância a estes fármacos. Nestes casos apresenta-se como opção terapêutica a injeção de toxina botulínica intravesical e a neuromodulação sagrada. Esta última opção terapêutica, consiste no implante de um estimulador que irá de certo modo “corrigir” a função da bexiga. Dito assim, parece um tratamento muito complicado, mas na verdade, do ponto de vista do doente, é um procedimento simples, sem necessidade de internamento. Com o avanço da tecnologia, os novos dispositivos recarregáveis para além de oferecerem uma longevidade de 15 anos, o sistema permite o controlo por parte do doente através de um smartphone.

Qual o seu prognóstico?  

O Prognóstico é tanto melhor quanto mais cedo for procurada a ajuda especializada.

Após o diagnóstico, que cuidados deve o doente ter?  Qual o seu papel na gestão desta doença?

Volto a referir a adoção de um estilo de vida saudável, a preocupação/consciência da saúde pélvica e a atitude proativa perante os sintomas.

Uma vez que falamos em gestão da doença, a telemonitoriação à distância destes doentes, sobretudo em período pandémico, surge como alternativa de acompanhamento. Quais as grandes vantagens?

Destaco desde logo a relação profissional de saúde – doente, que será determinante na adesão terapêutica, reconhecimento de sintomas, comunicação atempada de efeitos indesejáveis e sua resolução. Não menos importante, a possibilidade de se chegar a qualquer ponto do país, de forma equitativa e justa, no tratamento da incontinência e outras patologias pélvicas.

No âmbito do Dia Mundial da Incontiência Urinária, que se assinala no próximo dia 14 de março, que mensagem gostaria de deixar?

Enquanto profissional de saúde dedicada à urologia funcional dizer que informação é poder, e que nesse sentido quanto mais esforços se fizerem para combater a iliteracia em saúde mais próximo estaremos de eliminar os medos, vergonhas e tabus associados à incontinência. A ajuda existe, os tratamentos mais inovadores estão disponíveis e não faz sentido adiar a busca da solução.

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Dados DGS
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 15 mortes e 577 novos casos de infeção por Covid-19. Os internamentos continuam a...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 8 das 15 mortes registadas em todo o País. Segue-se a região norte com três óbitos e centro com dois. No Algarve houve, também, duas mortes associadas à SARS-CoV-2 desde o último balanço.

As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não têm registo de mortes.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 577 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 230 novos casos e a região norte 166. Desde ontem foram diagnosticados mais 69 na região Centro, no Alentejo 14 casos e no Algarve mais 27. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 69 infeções e nos Açores duas.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.046 doentes internados, menos 56 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos sete doentes internados. Atualmente, estão em UCI 266 pessoas.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 5.574 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 749.770 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 46.732 casos, menos 5.012 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 913 contactos, estando agora 18.038 pessoas em vigilância.

14ª Edição
A 14.ª Edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde®, que terá como tema “SNS em Transformação: Boas práticas em tempos de...

O Prémio de Boas Práticas em Saúde® (PBPS) é uma iniciativa organizada pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, Direção-Geral da Saúde, Administração Central do Sistema de Saúde, IP, as cinco Administrações Regionais de Saúde, e com a colaboração das Direções Regionais de Saúde dos Açores e da Madeira, abrangendo todo o território nacional.

A apresentação dos projetos nomeados, exposição de posters e divulgação dos Prémios, terá lugar no dia 25 de novembro de 2021, cujo formato será definido de acordo com a evolução do contexto pandémico e das regras de segurança em vigor, impostas pelas autoridades competentes.

Para já, as candidaturas devem ser submetidas online, em formulário disponível para o efeito, no site do Prémio Boas Práticas em Saúde, entre 22 de março a 31 de abril.

 

 

Associação pede a oferta de um teste por pessoa, por semana
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), congratula-se com as medidas anunciadas hoje pela Portaria n.º 56...

A portaria n.º 56/2021 publicada hoje “estabelece um regime excecional e temporário para a realização em autoteste de testes rápidos de antigénio, destinados, pelos seus fabricantes, a serem realizados em amostras da área nasal anterior interna”.

Segundo a mesma portaria, “os testes rápidos de antigénio abrangidos pelo presente regime excecional podem ser disponibilizados às unidades do sistema de saúde; para venda em farmácias e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica autorizados; noutros locais a definir por despacho do membro do Governo responsável pela área da saúde”.

José Manuel Boavida, presidente da APDP, considera que esta “é uma boa solução, mas tímida e sem garantias de continuidade. Facilitar a vida das pessoas é sempre determinante para o sucesso das políticas. Continuamos a considerar que é necessário existir um plano global de testagem com medidas interligadas, como parte do plano de desconfinamento. Não pode haver desconfinamento seguro sem esse plano. A oferta de um teste por pessoa, por semana, como estratégia de testagem de iniciativa do Estado e da Administração Local e o reforço da comunicação para motivar a população a aderir a esta forma de auto-testagem serão complementares para que o controlo da pandemia seja conseguido e percebido por todos”.

Recorde-se que no dia 10 de março a APDP, em conjunto com outras associações de doentes, médicos e autarcas, lançou uma petição que sugere a implementação de duas medidas: a venda sem prescrição médica obrigatória dos testes rápidos de antigénio para o SARS-CoV2, preferencialmente os de saliva e a oferta semanal de um teste rápido de antigénio por pessoa, através do Centro de Saúde, da Junta de Freguesia ou de organizações de base comunitária.

“A petição é uma proposta das associações que assenta na colaboração, participação e cidadania num projeto de desconfinamento que garanta segurança e confiança no futuro. É a resposta cidadã à estratégia central de testagem do Governo e Administração Local. Nessa estratégia, a testagem sistemática deve existir nos locais de concentração de pessoas: das escolas, às fábricas, aos escritórios, às lojas, entre tantos outros, passando pelos centros de saúde e hospitais.

Dar e facilitar o acesso dos testes rápidos de antigénio para o SARS-CoV2 às pessoas é enquadrá-las nesse projeto global”, explica José Manuel Boavida.

À venda em farmácias e parafarmácias
Os testes rápidos de antigénio vão passar a estar à venda em farmácias e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita...

Trata-se de um “regime excecional e temporário”, numa altura em que “importa intensificar os rastreios laboratoriais regulares para deteção precoce de casos de infeção como meio de controlo das cadeias de transmissão, designadamente no contexto da reabertura gradual e sustentada de determinados setores de atividade, estabelecimentos e serviços”, esclarece a portaria. 

Segundo o diploma, os testes rápidos podem ser disponibilizados “às unidades do sistema de saúde, para venda em farmácias e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica autorizados” e “noutros locais a definir por despacho do membro do Governo responsável pela área da saúde”.

Para a operacionalização desta portaria fica apenas a faltar uma circular conjunta da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que será emitida no prazo máximo de cinco dias úteis após a entrada em vigor da presente portaria, e irá definir quais os critérios de inclusão no referido regime excecional de testes rápidos de antigénio.

Segundo a informação avançada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, "esta medida é excecional e vigora, pelo menos, por seis meses".

 

“Na Bexiga Mando Eu”
Vai realizar-se no próximo dia 15 de março o webinar “Na Bexiga Mando Eu”, no âmbito do Dia Mundial da Incontinência Urinária,...

O webinar é feito em parceria com a Associação Portuguesa de Urologia (APU), Associação Portuguesa de NeuroUrologia e Uroginecologia (APNUG), e da Secção Portuguesa de Uroginecologia (SPUG) da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) e conta com o apoio da Astellas Farma. O objetivo é promover, na Renascença, um espaço de discussão sobre a IU e a BH que irá juntar vários especialistas das áreas de intervenção de maior relevância destas patologias. 

Paulo Temido – Urologista e presidente da APNUG; Luís Abranches Monteiro – Urologista e presidente da APU; Bercina Candoso – Ginecologista e presidente da SPUG e Filipe Ribeiro, Diretor médico da Astellas Farma, fazem parte do painel de participantes do webinar que será moderado pela jornalista Sandra Torres, da Renascença. 

Entres os temas que serão abordados estão o que é a bexiga hiperativa, os sintomas, a diferença entre BH e IU, formas de diagnosticar em homens e mulheres, os tratamentos mais indicados para cada caso e ainda como é possível melhorar a qualidade de vida dos doentes.

Estima-se que cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas com mais de 40 anos de idade possam sofrer da síndrome de BH em Portugal. A falta de informação por parte dos doentes, cuidadores e prestadores de saúde é uma das principais causas para a desvalorização dos sintomas. Já o sentimento de vergonha e a noção errada de que é “um problema da idade”, contribuem para o atraso no diagnóstico.

A prevalência da BH aumenta significativamente com a idade, particularmente a partir dos 40 anos, afetando tanto homens como mulheres. Ainda que não seja uma doença fisicamente incapacitante, dolorosa ou fatal, pode afetar a qualidade de vida dos doentes, levando por vezes à depressão ou ao isolamento.  

Se tiver algum dos sintomas deve procurar ajuda junto do seu médico de família ou urologista, de forma a conseguir um diagnóstico rápido e o melhor tratamento possível. Para mais informação sobre a BH consulte o site: https://www.nabexigamandoeu.pt/.

Prevenção e tratamento
A Diabetes Mellitus (DM) é um importante fator de risco Cardiovascular, estando frequentemente assoc

As complicações cardiovasculares figuram entre as principais causas de morte entre os doentes diabéticos, e tendo em conta que estas são, frequentemente, assintomáticas, torna-se imperioso prevenir e tratar os fatores de risco cardiovascular – como a hiperglicemia, dislipidemia, hipertensão, obesidade, ou hiperuricemia – tão cedo quanto possível.

De acordo com a Presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, Paula Freitas, todos os territórios macro e microvasculares podem ser atingidos pela diabetes. “Cerca de 50% dos doentes com DM morre por doença cardiovascular, cerca de 16% das pessoas com idade superior a 65 anos com DM morrem por AVC e aproximadamente 60% de todas as amputações não traumáticas dos membros inferiores ocorrem em doentes com DM”, começa por explicar a especialista acrescentado ainda que “44% dos novos casos de insuficiência renal são provocados pela diabetes e 29% das pessoas com idade igual ou superior a 40 anos têm retinopatia diabética”.

Doença coronária isquémica, AVC e Insuficiência Cardíaca estão entre as complicações mais frequentes entre este grupo de doentes. A este respeito, Paula Freitas explica que o doente diabético corre 2 a 4 vezes mais o risco de desenvolver insuficiência cardíaca. Por outro lado, o doente com insuficiência cardíaca tem “um risco aumentado de 2 a 3 vezes de ter DM”, o que faz deste um perigoso ciclo vicioso. “Se além da DM, o indivíduo tiver obesidade e hipertensão arterial, o seu risco cumulativo de vir a desenvolver IC aos 55 anos pode ser de 60%”, revela a especialista explicando que existem vários fatores para que tal aconteça, como a ativação do sistema nervoso simpático, disfunção endotelial, microangioapatia, inflamação, fibrose, obesidade e a insulinorresistência, hiperglicemia, retenção de sódio, hipervolémia, ativação neurohumoral e isquemia. “Podemos ainda somar outros fatores de risco cardiovascular como a hipertensão arterial e a dislipidemia”, acrescenta.

Segundo Paula Freitas, “outro ciclo vicioso é o impacto da insuficiência cardíaca na doença renal crónica e vice-versa, ou seja, alterações hemodinâmicas no rim ou no coração contribuem para a disfunção do outro”.

Isto quer que todo o doente diabético é considerado um doente de risco quanto à doença cardiovascular. Risco esse calculado mediante a sua história clínica. “Se Segundo as guidelines da Sociedade Europeia de Cardiologia, um doente com DM tipo 1 com menos de 35 anos ou com DM tipo 2 com menos de 50 anos, com uma duração de diabetes inferior a 10 anos, mesmo sem qualquer outro fator de risco cardiovascular, já é considerado de risco moderado. Um doente com DM com 10 ou mais anos de duração, mesmo sem qualquer atingimento de órgão alvo e qualquer outro fator de risco adicional, é considerado de alto risco. São considerados de muito alto risco os doentes com DM com doença cardiovascular já estabelecida ou com dano em qualquer órgão alvo (proteinúria, insuficiência renal com TFG<30mL/min/1.73 m2, hipertrofia ventricular esquerda ou retinopatia) ou doentes com 3 ou mais fatores de risco major (idade, hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo, obesidade) ou doentes com DM tipo 1 com uma duração superior a 20 anos”, explica Paula Freitas sublinhando que o este risco é um continuum pelo que deve ser avaliado sempre que considerado necessário.

“Temos de considerar investigação para doença arterial coronária se houver sintomas cardíacos atípicos (p.e.  dispneia inexplicada, desconforto torácico), sinais e sintomas de doença vascular associada (p.e. sopros carotídeos, acidente isquémico transitório, acidente vascular cerebral, claudicação intermitente ou doença arterial periférica ou anomalias no eletrocardiograma (ECG), por exemplo, ondas Q)”, acrescenta a especialista.

Por outro lado, refere que as recomendações da ESC referem que a avaliação por rotina da albuminúria deve ser feita em todos os doentes em risco de vir a desenvolver disfunção renal e/ou DCV”. “O ECG em repouso está indicado em todos os doentes com DM e HTA ou se suspeita de DCV. Outros exames, como o ecocardiograma transtorácico, score de cálcio arterial coronário ou o índice tornozelo-braço podem ser testes a considerar para avaliar doença cardíaca estrutural em doentes com elevado risco de DCV. Em certas circunstâncias, o doente deve ser avaliado pela Cardiologia”, esclarece.

Tratamento e prevenção

Segundo Paula Freitas, existem diversos fármacos para a hiperglicemia “que demonstraram segurança CV e benefícios cardiovasculares e renais, e outros que estão associados a efeitos deletérios do ponto de vista CV”. “Por exemplo, as glitazonas (só temos disponível a pioglitazona) e dois iDPP4 (saxagliptina e alogliptina) podem estar associadas a um aumento de hospitalizações por IC enquanto os novos fármacos como os iSGLT2 estão associados a redução de hospitalizações por Insuficiência Cardíaca”, exemplifica.

“A metformina, que é um fármaco que reduz a insulinorresistência, no UKPDS demonstrou redução das complicações microvasculares no estudo inicial e no UKPDS a 10 anos redução da DCV e da mortalidade.  Quer os agonistas de recetor do GLP-1, quer os iSGLT2, podem estar a associados a redução dos MACE (eventos CV major, isto é, morte cardiovascular, enfarte agudo do miocárdio, AVC). Com os iSGLT2, a redução dos eventos CV ocorre naqueles já em “prevenção secundária”, ou seja, naqueles com antecedentes de DCV aterosclerótica e a redução das hospitalizações por IC e os benefícios renais ocorre tanto em doentes em “prevenção primária” como “secundária”, conclui.

Em matéria de prevenção, a especialista sublinha a importância de manter hábitos de vida saudáveis. “Além das modificações do estilo de vida - dieta equilibrada, exercício físico, redução do sedentarismo, cessação tabágica, perda de peso e redução da ingestão de sal, controlar todos os outros fatores de risco CV como a dislipidemia, a hipertensão arterial, entre outros -, também podemos e devemos escolher fármacos modificadores do prognóstico”, revela acrescentando que “hoje, além de tratar com um fármaco potente a A1c, também queremos que esse fármaco atue na hipertensão arterial, no peso, que reduza o risco ou faça regressão da doença renal e reduza o risco de hospitalizações por IC. Tudo isto conseguimos com os iSGLT2, e também com o novo membro desta classe – a ertuglifozina - que é dos mais seletivos SGLT2/SGLT1, mas também dos mais potentes a reduzir a A1c quer em monoterapia quer em terapêutica combinada”.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A iniciativa conta com o apoio de médicos e dirigentes de diversas associações
Várias associações de doentes lançaram uma petição para que todos os portugueses possam ter acesso aos chamados autotestes...

Rapidez, facilidade e a questão económica que aponta para valores 12 a 20 vezes inferior, quando comparados com os testes laboratoriais, são alguns dos argumentos apresentados no documento que justifica ainda que “perante a lentidão do processo de vacinação e no contexto da falta de vacinas a nível europeu, é necessária uma deteção ativa e reforçada de todos os casos positivos para que o processo de desconfinamento seja feito com a maior segurança possível”.

Alemanha, Suíça e Inglaterra são alguns dos exemplos que têm surgido na comunicação social e que voltam nesta petição ser referência na esperança que Portugal siga o exemplo dos países que apostam no autoteste, distribuindo testes pela população. “Se queremos que os cidadãos portugueses sejam verdadeiros agentes de saúde pública, temos de lhes dar as ferramentas para ajudar. As pessoas infetadas devem ser identificadas e isoladas o mais depressa possível e tal só será conseguido com testes rápidos e baratos à escala populacional”, lê-se no documento.

A petição que se encontra disponível em peticaopublica.com apela, assim, a que a Assembleia da República recomende ao Governo Português a concretização urgente da venda sem prescrição médica obrigatória dos testes rápidos de antigénio para o SARS-CoV2, preferencialmente os de saliva e a oferta semanal de um teste rápido de antigénio por pessoa, através do Centro de Saúde, da Junta de Freguesia ou de organizações de base comunitária.

Os testes rápidos de antigénio de saliva já se encontram a ser utilizados de forma massiva em países como Áustria, Inglaterra, Suíça, Luxemburgo, Coreia do Sul, Itália, Espanha e Alemanha, entre outros. Em Portugal já estão disponíveis, mas não fazem parte da Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2. Os testes rápidos de saliva permitem detetar, em apenas 10 minutos, de uma forma não invasiva e sem o desconforto associado aos convencionais testes de zaragatoa, possíveis casos positivos de Covid-19.

Nomeação
A Ipsen, empresa biofarmacêutica global centrada na inovação e cuidados especializados, nomeou María Díez Conde como a nova...

María Díez conta com mais de 20 anos de experiência na indústria farmacêutica, onde tem desempenhado diferentes cargos de responsabilidade. Na sua nova função na Ipsen, com sede em Madrid, reportará diretamente a Aurora Berra, Diretora-Geral da empresa para Portugal e Espanha, e fará parte do comité de direção.

“Estar à frente da nova Unidade de Neurociências da Ipsen para Portugal e Espanha é um desafio que assumo com orgulho e grande entusiasmo, especialmente tendo em conta que é uma das áreas estratégicas da empresa”, assegurou María Díez Conde. “Temos um forte compromisso com a área das Neurociências, tendo a empresa mais de 25 anos de experiência neste campo. Estamos continuamente a investigar novas aplicações terapêuticas para a nossa toxina tipo A, bem como para a próxima geração de neurotoxinas recombinantes. Estou convicta que a experiência de María Díez será muito importante para consolidar a linha de trabalho no desenvolvimento desta unidade e para continuar a avançar no nosso compromisso de melhorar a saúde e a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou Aurora Berra, Diretora-Geral da Ipsen Ibéria.

Nos últimos anos, María Díez tem ocupado diferentes posições estratégicas na AstraZeneca, como Regional Sales Manager, Marketing Lead e Franchise Head nas áreas de cardiometabolismo e renal em Espanha. Anteriormente, desempenhou postos de responsabilidade na área de Marketing e Market Research na Lilly e na Bristol Myers Squibb. María é licenciada em Administração e Gestão de Empresas e em Investigação e Técnicas de Mercado, pela Universidade Pontifícia de Comillas, e MBA pelo Instituto de Empresa (IE).

Deputada Cristina Rodrigues
No dia em que o Parlamento Europeu declarou a União Europeia como "zona de liberdade" para pessoas LGBTIQ, a...

Em 2018 foi aprovada a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030, que temporal e substantivamente se encontra alinhada com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Segundo o seu preâmbulo, esta assenta numa visão estratégica para o futuro sustentável de Portugal, enquanto país que assegura efetivamente os direitos humanos.

Na concretização desta visão, a Estratégia assume como central a eliminação dos estereótipos de género enquanto fatores que estão na origem das discriminações, diretas e indiretas, em razão do sexo que impedem a igualdade substantiva que deve ser garantida às mulheres e aos homens, reforçando e perpetuando modelos de discriminação históricos e estruturais.

“Acontece que, apesar de todos os desenvolvimentos que se têm verificado especificamente no que diz respeito à discriminação em função da orientação sexual, a verdade é que ainda há um longo caminho a percorrer e as notícias recentes sobre a rejeição de dadores de sangue com base no facto de estes serem homossexuais, prova-o”, refere a Deputada.

Segundo a ILGA Portugal, esta associação tem recebido cerca de três denúncias por semana de homens homossexuais impedidos de doar sangue, alegadamente com base na sua orientação sexual.

Recentemente foi noticiado o caso de um cidadão que em janeiro, respondendo ao apelo à dádiva de sangue do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, em Lisboa, deslocou-se ao posto fixo de doação, acabando por lhe ser negada tal possibilidade. Segundo o Instituto, não há qualquer referência à orientação sexual dos dadores no questionário. No entanto, sempre que eram colocadas questões sobre parceiros ao cidadão em causa, era sempre presumido que se trataria de uma parceira. Este acabou por corrigir o técnico, esclarecendo que se tratava de um parceiro. Segundo o que foi noticiado, a resposta do técnico terá sido a rejeição imediata daquela doação, tendo referido que “homens que fazem sexo com homens não podem doar sangue”. Ora tal afirmação, não só não corresponde à verdade como deixa evidente a homofobia ali patente.

Para impedir situações como esta, um Grupo de Trabalho do Instituto, em 2015, recomendou o fim da proibição da dádiva de sangue por homossexuais e bissexuais. Essa recomendação foi aceite pelo Ministério da Saúde e acabou por ter expressão na revisão da norma da Direcção-Geral da Saúde (DGS), de 2016, que regulava "os critérios de inclusão e exclusão de dadores", e que removeu "qualquer referência à categoria “homens que fazem sexo com homens”", a qual até à data era usada para a exclusão destes cidadãos no processo de doação de sangue.

“Apesar da referida norma na teoria assegurar igualdade no acesso à dádiva de sangue, na prática existem ainda preconceitos por parte das pessoas que estão a executar a seleção de dadores e que associam a orientação sexual dos cidadãos a comportamentos de maior ou menor risco”, afirma a parlamentar.

Sendo por isto igualmente fundamental que o Governo promova campanhas de sensibilização para o combate à discriminação dos dadores, dirigidas aos técnicos que procedem à seleção de dadores, assim como uma ampla campanha de âmbito nacional que esclareça definitivamente este assunto junto da opinião pública e instituições de saúde, recorrendo ao envolvimento dos media regionais, autarquias e associações que trabalhem na área do combate às discriminações.

Teste a Anticorpos Neutralizantes do SARS-CoV-2
A Pantest, o primeiro laboratório português licenciado pelo INFARMED para o fabrico de testes rápidos por imunocromatografia e...

O teste utiliza a tecnologia de imunocromatografia para revelar se há ou não imunidade à SARS-CoV-2. Estes testes verificam a criação de anticorpos específicos para as vacinas e o tempo de imunidade conferido.

Estes testes de Anticorpos Neutralizantes foram desenvolvidos para qualificar a resposta imune, analisando a capacidade dos anticorpos bloquearem a ligação da proteína da espícula viral, conhecida como Spike ao receptor nas células humanas, a proteína ACE2. Atualmente, sabe-se que nem todos os anticorpos conferem imunidade.

Estes testes de Anticorpos Neutralizantes são sensíveis e baseados na RBD (Receptor Binding Domain) e proteína Spike dos anticorpos totais (IgA, IgM e IgG) e são mais específicos para a neutralização do vírus.

As principais diferenças entre os exames sorológicos já existentes e o teste de Anticorpos Neutralizantes foca no seguinte aspecto: os exames de IgM, IgG e anticorpos totais possuem sensibilidade para detectar se houve contato prévio com o vírus, mas não são específicos para a neutralização do SARS-CoV-2. Os Anticorpos Totais, IgG e IgM para COVID-19, são sensíveis para detecção de contato prévio com o vírus, mas não são específicos para neutralização do vírus. Já os Anticorpos Neutralizantes bloqueiam a ligação entre o RBD (Receptor-Binding Domain) da proteína Spike e ACE2 na célula humana, impedindo a entrada do vírus no organismo humano (verificado em testes de cultura celular).

Estes testes só poderão ser realizados por profissionais de saúde em Laboratórios ou Clínicas com licença da ERS/DGS, usando soro ou plasma dos indivíduos.

“Estes testes Anticorpos Neutralizantes têm como principal vantagem verificar a criação de anticorpos específicos para as vacinas e a duração efectiva da imunidade. O baixo custo do teste e a sua eficácia permitirá testar um elevado número de cidadãos, avaliando o real desenvolvimento da imunidade de grupo com um investimento global,” esclarece Catarina Almeida, Country Manager da Pantest.

60 mil euros para projetos e ideias que promovam a Cidadania em Saúde
Acaba de ser lançada a 7ª edição das Bolsas de Cidadania Roche, que visa o financiamento, num valor total de 60 mil euros, de...

A iniciativa procura essencialmente fomentar a participação dos cidadãos nos processos de decisão em saúde, a informação dos doentes sobre os seus direitos, assim como a sua participação nas decisões individuais de tratamento.

Para esta nova edição, de 2021, são considerados preferenciais os projetos que:

  • Informem os doentes dos seus direitos de acesso à informação e ao envolvimento nas decisões individuais de cuidados de saúde;
  • Incrementem a participação dos cidadãos e dos doentes nos processos de decisão em saúde;
  • Contribuam para o incremento da qualidade de vida dos doentes e seus cuidadores em sociedade;
  • Promovam os ganhos em saúde dos cidadãos;
  • Aumentem a literacia em saúde da população.

As candidaturas devem ser apresentadas até dia 30 de abril de 2021 e respeitar, obrigatoriamente, todos os requisitos que constam no regulamento da iniciativa, incluindo o preenchimento do formulário de candidatura.

A análise das candidaturas e a proposta de decisão de atribuição das Bolsas será feita por um Júri independente, constituído por um mínimo de cinco elementos.

As bolsas a atribuir terão os seguintes valores: 20 mil euros (uma bolsa); 15 mil euros (uma bolsa); 10 mil euros (uma bolsa) e 5 mil euros (três bolsas).

Esta ação enquadra-se na Política de Responsabilidade Social da Roche e resulta do seu compromisso em assumir um papel ativo na sociedade apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente.

Na edição de 2020, a Roche atribui também seis bolsas no valor total de 60 mil. Nesta edição foi atribuída uma bolsa no valor de 20 mil euros ao Projeto “Humanitar - Cidadania em Saúde” da ldeias Humanitar - Associação de Solidariedade Social; uma bolsa no valor de 15 mil euros ao Projeto “Futuro Feliz” da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM); uma bolsa de 10 mil euros ao Projeto “Viver novamente” da Associação novamente - Associação de Apoio aos Traumatizados Crânio-encefálicos e suas Famílias.

O Projeto “Cancro Pediátrico - Desafios Parentais” da Fundação Rui Osório de Castro, o Projeto “Cui(dar)+Gabinete de Apoio à Pessoa Cuidadora” da TAIPA - CRL, Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado e o Projeto “HÁBIL– Avaliação e Desenvolvimento de Pré-requisitos de Leitura, Escrita e Matemática” da Associação Pais e Amigos Habilitar receberam bolsas no valor de 5 mil euros.

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