Iniciativa conta com o apoio da Ordem dos Médicos
A rápida retoma dos cuidados de saúde é fundamental para uma recuperação plena de Portugal. O BI Award for Innovation in...

A opção política de concentrar a resposta no combate à pandemia provocou uma quebra assistencial em toda a atividade programada de cuidados de saúde, o que obrigou a adiar milhões de atos clínicos, consultas, cirurgias, exames e tratamentos. Perante o panorama atual dos serviços de saúde, a empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim Portugal lança um prémio que visa distinguir ideias e projetos inovadores capazes de contribuir para uma otimização das diferentes áreas orgânicas e funcionais do sistema de saúde português.

Este é o desafio que este prémio lança a todos os que se sintam inspirados por esta temática: o BI Award for Innovation in Healthcare procura projetos que possam ser integrados em contextos reais de saúde em Portugal e que se foquem nas necessidades dos doentes.

Com candidaturas abertas até 16 de abril, o BI Award for Innovation in Healthcare 2021 assenta num formato inovador de trabalho colaborativo (Hackathon), com as equipas candidatas, compostas por três a seis membros, a serem apoiadas por um grupo de mentores especializados e alinhados com os temas estratégicos deste prémio.

Os projetos candidatos devem incluir temas/áreas, de acordo com os pilares chave do prémio que são:

Acesso - melhorar o acesso aos cuidados de saúde através de projetos com impacto visível na resposta em tempo real a um dos principais bastiões do SNS – acessibilidade dos cidadãos de forma equitativa aos cuidados de saúde.

Prestação de cuidados de saúde - vivemos num mundo em plena transformação. Se por um lado a humanização da Saúde é um fator crítico de sucesso, também é verdade que o desenvolvimento tecnológico deverá ser um poderoso aliado na melhoria da qualidade da prestação dos cuidados de Saúde. Este binómio serve de mote para a exploração de diversas ideias e projetos no âmbito deste prémio.

Sistemas de informação de saúde - este é um dos pilares com maior exposição na área das MedTech, ou seja, no uso de tecnologia médica para tratar doenças e condições médicas na saúde dos humanos. A sua importância tem vindo a afirmar-se no setor da saúde como um fator crítico para Prestadores, Cuidadores e Utentes. A pandemia contribui seguramente para a aceleração da transformação digital, mas não é por si só um fator decisivo para uma (r)evolução dos sistemas de informação em saúde.

Organização e gestão de cuidados de saúde - será porventura um dos temas mais debatidos no ecossistema da Saúde. Pela sua abrangência, pluralidade dos temas que o compõem e impacto no SNS e na sociedade é um dos pilares com maior impacto social, económico e político.

Resultados em Saúde - a obtenção de Resultados em Saúde é o culminar de várias ações estrategicamente definidas e superiormente executadas em que os prestadores de cuidados de Saúde, os utentes, a comunidade e os pagadores são capazes de avaliar os resultados dos cuidados prestados e os seus efeitos na saúde do indivíduo e na sociedade.

Para além de um prémio em valor monetário (num total de 47.500€, a dividir pelas três equipas vencedoras), a iniciativa pretende integrar os projetos vencedores num ecossistema adequado à sua aplicação que permitirá a contribuição direta para a sociedade e a saúde dos Portugueses.

A competição associada ao BI Award for Innovation in Healthcare 2021 ocorrerá de 21 a 23 de maio, durante um evento de hackathon, no qual os participantes se reúnem para resolver problemas sobre um tema específico, num curto espaço de tempo, envolvendo momentos de criação de ideias, construção de um protótipo (quando aplicável), validação, desenvolvimento de um roadmap futuro e uma apresentação do projeto (pitch) a um júri de renome, que será responsável pela sua avaliação, classificação e identificação dos vencedores.

“O doente está no centro da nossa atividade e, diariamente, a Boehringer Ingelheim trabalha com a responsabilidade e o compromisso de melhorar a saúde de todos. Pretendemos com o BI Award for Innovation in Healthcare contribuir para a retoma dos cuidados de saúde em Portugal e, além de um prémio em valor monetário, o nosso objetivo é promover a implementação de alguns dos projetos apresentados de forma a impactar positivamente a saúde dos portugueses”, refere Vanessa Jacinto, Head of Market Access & Public Affairs da Boehringer Ingelheim Portugal.

“A situação que vivemos é crítica e os doentes em espera para consultas, exames e cirurgias adiados são apenas a ponta do icebergue. Precisamos de um verdadeiro plano de recuperação que revolucione procedimentos e invista em soluções inovadoras para um problema que vai muito para além dos que já tínhamos no passado. A Ordem dos Médicos está desde o primeiro momento preocupada com os doentes não Covid e espera que este prémio seja uma semente positiva no caminho que temos pela frente e que acreditamos passar pela liderança clínica”, reforça o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

Os projetos vencedores serão conhecidos no evento final, que se realizará na última semana do mês de maio, em data a anunciar.

300 mil euros para melhor trabalho
Está a decorrer a segunda edição do BIAL Award in Biomedicine. Com um valor de 300 mil euros, este prémio visa galardoar uma...

O vencedor será escolhido por um Júri independente e internacional, composto por 14 elementos, presidido por Ralph Adolphs, Professor de Psicologia, Neurociência e Biologia no Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia). Inclui membros designados pelo European Research Council, Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, European Medical Association, Conselho Científico da Fundação BIAL, anteriores vencedores do Prémio BIAL e editores do Journal of the American Medical Association (JAMA) e do New England Journal of Medicine.

Ralph Adolphs, presidente do Júri, afirma que “Este Prémio tem como finalidade distinguir um artigo de investigação empírica em biomedicina, de grande qualidade, publicado a partir de 2012 numa revista com revisão por pares. O Júri está muito entusiasmado, nomeadamente face ao carácter abrangente deste galardão, e espera receber nomeações de grupos diferenciados de cientistas, como por exemplo universidades, sociedades, academias ou institutos de investigação. Serão bem-vindas nomeações de obras de cientistas em qualquer fase da sua carreira e de qualquer país.”

Luís Portela, presidente da Fundação BIAL, realça que “é com grande satisfação que promovemos a segunda edição do BIAL Award in Biomedicine. Sendo uma iniciativa recente, é muito gratificante poder assistir à mobilização de investigadores provenientes de diversas entidades e de diferentes países para, em conjunto, podermos reconhecer o que de mais notável e relevante tem sido descoberto na área biomédica nos últimos anos”.

Os candidatos a este premio internacional serão nomeados por membros do Júri, pelos elementos do Conselho Científico da Fundação, por anteriores premiados do Prémio BIAL e por Sociedades Científicas. O Júri poderá convidar outras instituições a apresentarem propostas. 

As nomeações devem ser feitas até 30 de junho de 2021. O vencedor da segunda edição do BIAL Award in Biomedicine será conhecido no primeiro trimestre de 2022.

A primeira edição deste galardão distinguiu uma investigação publicada na revista Cell, na área da imunologia tumoral, liderada pelo imunologista português Caetano Reis e Sousa, do Francis Crick Institute, em Londres. O trabalho envolveu um total de doze investigadores do Francis Crick Institute, do Cancer Research UK Manchester Institute e do University College London Cancer Institute.

Criado para reconhecer as mais notáveis descobertas científicas na área da biomedicina, o BIAL Award in Biomedicine decorre bianualmente, nos anos ímpares, alternando com o Prémio BIAL de Medicina Clínica. Conta com o Alto Patrocínio do 

Presidente da República Portuguesa, do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e da European Medical Association.

Estudo
Resultados positivos de um estudo, recentemente publicado na revista médica European Journal of Ophtalmology, sugerem que o...

A neuropatia ótica refere-se a um conjunto de doenças decorrentes de lesão no nervo ótico, a estrutura responsável pelo transporte da informação visual captada pelo olho até ao cérebro. Na origem destas lesões podem estar causas hereditárias ou outros fatores, como traumatismos, infeções e doenças, como o glaucoma. A progressão da neuropatia ótica conduz à atrofia ótica, com morte das células do nervo ótico e perda irreversível de visão devido à falta de capacidade de regeneração destas células.

Este ensaio clínico, realizado na Turquia, incluiu 23 doentes, com idades compreendidas entre os 19 e os 82 anos, que apresentavam atrofia ótica, com duração média de 11 anos, devido a diferentes causas, como glaucoma, traumatismo, intoxicação química e diabetes. Durante o processo, todos os participantes foram tratados com células estaminais mesenquimais numa intervenção cirúrgica sob anestesia local.

Os autores justificam a opção por células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical pelas suas múltiplas vantagens, nomeadamente a sua grande capacidade de multiplicação, baixo potencial para induzir reações imunológicas, por serem células muito jovens, e pela facilidade de obtenção, através de um processo simples e indolor, na altura do parto.

“As células estaminais mesenquimais libertam fatores de crescimento capazes de promover a sobrevivência celular e ativar mecanismos intrínsecos de reparação, sendo a terapia com estas células considerada, atualmente, como uma estratégia promissora para o tratamento de doenças que afetam o nervo ótico”, explica a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Após o tratamento, os doentes foram sujeitos a avaliação passado 1, 3, 6 e 12 meses. A acuidade visual, que se refere à capacidade para distinguir com precisão a forma e contorno dos objetos, e o campo visual, que é a extensão do espaço que o olho consegue ver quando está parado a olhar em frente, foram dois dos parâmetros avaliados.

Os resultados deste estudo revelaram-se positivos, uma vez que os participantes apresentaram melhorias significativas na acuidade visual e no campo visual um ano após o tratamento. De realçar que, no acompanhamento feito antes deste tratamento, estes doentes não manifestaram quaisquer melhorias nestes parâmetros no ano anterior ao estudo, sendo o seu estado de atrofia ótica considerado estável ou progressivo.

Durante os 12 meses de seguimento, não foram observados efeitos adversos graves ao nível ocular. Assim, o tratamento com células estaminais do cordão umbilical pode constituir uma alternativa segura e eficaz para melhorar a visão de doentes com neuropatia ótica e atrofia ótica. Os autores reforçam, no entanto, a importância da realização de mais ensaios clínicos que confirmem estes resultados.

Metade da população apresenta excesso de peso
“A obesidade é uma pandemia muito mais letal do que a que vivemos com a Covid-19”.

Já apelidada como a epidemia do século XXI, a obesidade é um dos problemas de saúde pública que mais contribui para o aumento das taxas de morbilidade e mortalidade mundiais. Para além de estar associada a mais de 200 outras doenças, como diabetes, dislipidemia, hipertensão arterial, apneia do sono, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, incontinência urinária, e cerca de 13 tipos de cancros, a obesidade é ainda responsável por alterações musculoesqueléticas, infertilidade ou depressão, representando um enorme impacto quer do ponto de vista social, quer económico pelos custos diretos e indiretos associados.

Em Portugal, estima-se que mais de metade da população apresenta excesso de peso. E, embora tenha sido criado um programa nacional contra a obesidade, a verdade é que falta-nos interiorizar que este é um problema grave que pode conduzir a uma baixa qualidade de vida e morte prematura.

Segundo Chiado de Andrade, “em primeiro lugar, é fundamental que haja respeito por uma alimentação saudável.” “Alguns políticos têm defendido a adoção de medidas em relação ao sal e ao açúcar, por exemplo. E isto são medidas que parecem um pouco ridículas se olharmos para elas de forma isolada, mas que deviam ser implementadas pela sociedade”, começa por dizer quando questionado sobre o que falha em matéria de prevenção. Neste sentido, para o especialista é imperativo que se aposte numa alimentação saudável, como a preconizada pela dieta mediterrânea – “que conta com o azeite e os pratos tradicionais, como os cozidos e grelhados” -, evitando a “chamada fast-food, a comida rápida e altamente calórica, com molhos e gorduras de vários tipos”.

“No entanto, o sucesso destas [medidas] passa também pela aceitação por parte da sociedade. Aqui há todo um papel do ponto de vista de informação que é necessário. Muitas vezes, as pessoas não sabem que estão a fazer mal a si próprias ao comer daquela maneira e quando descobrem já é tarde”, acrescenta sublinhando que, para algumas pessoas, a comida funciona “quase como uma droga”. “Comem sem controlo para se satisfazer e, muitas vezes, até para encobrir outros problemas. Devido a isto, a obesidade acaba por se tornar num ciclo vicioso”, afirma.

“O ser humano gosta de comer e não há mal nisso, mas tem de ser educado e ensinado a comer as quantidades equivalentes ao que irá gastar. E é aqui que, friso, entram as escolas, que têm um papel fundamental na educação dos futuros adultos. Como tal, a introdução de programas de exercício físico seria também fundamental”, acrescenta.

«Viver numa sociedade de exagero alimentar é, sem dúvida, o maior risco para o desenvolvimento da obesidade»

Segundo Chiado de Andrade, o principal fator de risco para desenvolvimento da obesidade “é o que nos põem à frente”.

“Viver numa sociedade de exagero alimentar é, sem dúvida, o maior risco para o desenvolvimento da obesidade. Se tivermos comida boa à nossa volta, mais facilmente engordamos”, afiança. No entanto, admite que há casos em que o insucesso na perda de peso se deve a outras causas que não os hábitos pouco saudáveis. “São causas que nascem com a pessoa, como alguns defeitos de cromossomas ou síndromes, e que dificultam a perda de peso, mesmo com a adoção de cuidados alimentares”, explica.

“Além destas, existem ainda as causas psicológicas, que talvez sejam das mais fortes relativamente à obesidade”, acrescenta revelando que a obesidade está muitas vezes associada a “alterações do perfil psicológico e problemas psicológicos que a pessoa tenha ou possa ter tido, como a depressão e a baixa autoestima. E aqui também se forma um ciclo vicioso, porque uma coisa agrava a outra, uma vez que a obesidade também pode originar ainda mais problemas psicológicos”.

«Desde que se deu este terceiro pico de casos, deixámos de operar»

O exercício físico, a ingestão de um regime de baixas calorias e o uso de alguns medicamentos estão indicados para o tratamento da obesidade. No entanto, tal como explica o cirurgião do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Chiado de Andrade, “a partir de um BMI (índice de massa corporal, sigla em inglês) de 35 a cirurgia é a única terapêutica que tem efeito a longo prazo”. E, “apesar de a operação ser feita apenas a partir deste índice de massa corporal, geralmente, pessoas com um BMI acima de 30 já não conseguem emagrecer apenas com dieta e sem o apoio de uma cirurgia”.

A vantagem do tratamento cirúrgico é que estes doentes, para além de emagrecerem, mantêm-se magros. “Já no caso do tratamento com recurso a medicamentos, dietas forçadas e exercício físico, o que acontece é que acaba por ter de ser um esforço contínuo, sendo que assim que a pessoa deixa de seguir rigorosamente o plano, acaba por voltar a ganhar peso”, revela.

Não obstante, com listas de espera que chegam aos quatro anos, a pandemia Covid-19 veio condicionar ainda mais o acesso destes doentes ao tratamento cirúrgico.

“Desde que se deu este terceiro pico de casos, deixámos de operar, porque a realidade é que os ventiladores e os recursos humanos foram alocados à luta contra a Covid-19”, revela Chiado de Andrade que se mostra preocupado com o futuro. “Estamos perante uma grande limitação no acesso ao tratamento por parte destes doentes durante este período, visto que não são considerados doentes prioritários. Há muitos doentes e, infelizmente, o SNS não consegue responder a tudo”.

“Assim que seja possível, o objetivo será recuperar o tempo perdido, o que espero que aconteça a meio deste ano. Mas, para que isso aconteça, a obesidade tem de começar a ser encarada como uma prioridade, sendo que será preciso muito esforço, investimento e vontade da parte das várias administrações e do SNS”, alerta o cirurgião.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Com subscrição de carta aberta à Presidência Portuguesa da UE
A Médicos do Mundo integra uma aliança de mais de 30 organizações da sociedade civil, que pede uma transição climática justa e...

Políticas como o Pacto Ecológico Europeu – prioritário no plano de recuperação pós-COVID-19 da UE – têm de estar alinhadas na luta pela redução das desigualdades dentro e fora da UE, sobretudo junto dos mais pobres, vulneráveis e marginalizados. Como assume o Conselho Europeu perante o Tratado de Lisboa e a Agenda 2030 das Nações Unidas, “há que criar situações vantajosas para todas as partes e reforçar o impacto positivo das políticas da UE nos países em desenvolvimento”.

No plano interno, a carta subscrita por mais de 30 organizações da sociedade civil apela à inclusão no Pacto Ecológico Europeu de medidas e critérios sociais baseados nos direitos, promotores de emprego e justiça, e à efetivação do Pilar Social da UE com ações concretas a acordar na Cimeira Social de 7 de maio de 2021.

Já no plano externo, o cumprimento das metas climáticas da UE deve evitar prejudicar o acesso de bens de mercados emergentes – como os de África – ao mercado comunitário e as externalizações negativas, como a exportação de lixo ou o uso de culturas para a produção de biocombustíveis. Em paralelo, o fundo para apoiar os países em desenvolvimento no combate às alterações climáticas deverá ser adicional à Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD), ter um maior peso das subvenções face aos empréstimos, e corresponder às prioridades e necessidades dos países parceiros, em particular os de rendimentos mais baixos.

As medidas propostas pelo Parlamento Europeu para o alcance da meta do Acordo de Paris de um aquecimento global a 1,5ºC estão na mesa de negociações da Presidência Portuguesa. Na obtenção de um acordo interinstitucional sobre a Lei do Clima, os signatários da carta apelam para a neutralidade carbónica antes de 2050, com dados sustentados por um organismo científico independente de apoio à Comissão Europeia. Pedem a eliminação de todos os apoios diretos e indiretos aos combustíveis fósseis até 2025 e aos que não estejam alinhados com o Acordo de Paris. Para responsabilizar os governos pela ação climática, querem disposições claras sobre o acesso à justiça e o envolvimento da sociedade civil.

A implementação das conclusões do Conselho Europeu sobre a Estratégia da UE para a Adaptação às Alterações Climáticas é referida como uma oportunidade ímpar para lidar com a presente crise climática. Apela-se para a aprovação de planos nacionais de adaptação às alterações climáticas como o próximo passo, com metas legalmente vinculativas para cada Estado membro. Contudo, a resiliência na adaptação a novos cenários não pode deixar para trás o trabalho de mitigação. Para isso, apontam-se como cruciais a efetivação da Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 e sinergias com políticas orientadas para a proteção da saúde humana e dos sistemas ecológicos e sociais.

Conclusões do Global Forum GS1
Esta quarta-feira, dia 3 de março, no âmbito do Global Forum GS1, a reunião internacional, em formato digital, da GS1, de que a...

A situação pandémica veio realçar a complexidade da cadeia de valor internacional necessária para desenvolver, testar e movimentar produtos de saúde um pouco por todo o mundo. Neste contexto, nunca a implementação de standards globais para a saúde foi tão unanimemente reconhecida como essencial, sendo a rastreabilidade dos produtos crucial para garantir a autenticidade e permitir uma ação direcionada em caso de inconformidades.

No plenário moderado por Kathy Wengel, Vice-Presidente Executiva da GS1 e Chief Global Supply Chain Officer da Johnson & Johnson, líderes representantes de diferentes elos do ecossistema da saúde partilharam as suas experiências na adoção dos standards GS1 na superação dos desafios com que se deparou o setor.

Os oradores desta sessão foram Sylvain Alberola, Clinical Supply Chain Industrial Development Head da Sanofi; George Bray, Membro do Comité Executivo da Fight the Fakes Alliance e Susan Moffatt-Bruce, CEO e Professora de Cirurgia no Royal College of Physicians and Surgeons of Canada.

A sessão começou com uma introdução de Kathy Wengel em que realçou a importância da “precisão, rastreabilidade e visibilidade ao longo de toda a cadeia de valor no setor da saúde”. A responsável global de Supply Chain da Johnson & Johnson destacou ainda algumas mudanças que a cadeia de valor da saúde sofreu, nomeadamente, a forma de responder às tendências que têm vindo a afetar o setor.

Seguiu-se a intervenção de Sylvain Alberola, da Sanofi, que sublinhou como “pilares essenciais a rastreabilidade e interoperabilidade, a eficiência e a qualidade do serviço prestado pelos hospitais aos pacientes, para o sucesso da cadeia de valor”.  “É cada vez mais urgente a implementação de standards globais para todo setor, desde a rotulagem e a embalagem, até ao armazenamento na farmácia hospitalar e administração ao paciente. Nos últimos dois anos, temos vindo a trabalhar no sentido de tornar a cadeia de valor mais eficiente através de soluções como Data Matrix. No entanto, para que todo o processo resulte, é essencial formar todos os intervenientes na cadeia de valor para que todos compreendam como esta deve funcionar e a real importância de seguirem procedimentos conformes com a codificação”, concluiu.

Susan Moffatt-Bruce, CEO do Royal College of Physicians and Surgeons of Canada, destacou “as várias oportunidades que esta pandemia veio oferecer, ao evidenciar a mais-valia dos standards GS1 para o setor da saúde”. Para Susan Moffatt-Bruce, “com a procura clara na reorganização de processos, a importância de dar prioridade ao paciente e a necessidade de realocar recursos, a flexibilidade e a transparência tornaram-se chave ao longo de toda a cadeia de valor do setor”.

Na sua intervenção, George Bray da Fight the Fakes Alliance, relembrou que a crise pandémica trouxe um grave problema na cadeia de valor – a procura por medicamentos e dispositivos médicos ilegais. Por isso, George Bray, destacou a importância de “garantir o medicamento certo para o paciente certo no momento certo”, trabalho que pode ser claramente facilitado pelo “papel da GS1 na identificação, captura e partilha de dados”. “Só assim conseguiremos melhorar a rastreabilidade dos produtos, assegurando a confiança na cadeia de valor, assim como a sua interoperabilidade e transparência”, concluiu.

Ao longo de quase uma hora de sessão, todos os intervenientes concordaram que a implementação de standards GS1 é, mais do que nunca, vital para assegurar a segurança dos medicamentos e dispositivos médicos, evitando a entrada de produtos falsificados em qualquer elo da cadeia de valor.

Sobre esta sessão, João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal, destacou que “a sessão plenária dedicada ao setor da saúde no contexto dos trabalhos do Global Forum, a reunião anual de todas as organizações-membro da GS1, de que a GS1 Portugal é exemplo, é invariavelmente uma oportunidade para partilha de boas-práticas de interlocutores com intervenção no setor, de modo transversal. O contributo da GS1, assente no nosso sistema de standards, previne de forma clara a exposição de doentes ao risco de administração de medicamentos ou utilização de dispositivos médicos não conformes, evitando a respetiva disponibilização em farmácias, farmácias hospitalares e plataformas de venda online. A atual crise sanitária veio evidenciar o contributo dos standards GS1 para a eficiência do setor e para a segurança e saúde, assentes na rastreabilidade pela captura, partilha, utilização de dados”.

Teleconsulta SOS Adultos
A Lusíadas Saúde acaba de lançar um novo serviço de teleconsultas para adultos que vai permitir dar uma resposta imediata a...

Com um horário abrangente, das 8h às 24h, este novo serviço conta com o envolvimento das equipas do Atendimento Urgente da equipa Lusíadas e é capaz de avaliar e dar resposta clínica a vários sintomas como: tosse, febre, vómitos, dores de garganta, náuseas, queixas urinárias, entre outros. O doente poderá ser referenciado para uma visita presencial à unidade hospitalar mais próxima, sempre que o médico verificar essa necessidade.

“Com a pandemia o acesso à saúde transformou-se, a medicina do futuro passou a viver comumente nos dias de hoje, com a mesma segurança e a mesma qualidade de cuidados. A partir de agora, além da oferta de teleconsulta já existente, os nossos clientes poderão, através da app +Lusíadas ou por call center, marcar a teleconsulta SOS Adulto no horário mais próximo. Serão avaliados por um médico do nosso corpo clínico que os encaminhará e aconselhará a partir do domicílio, permitindo-nos chegar mais cedo e com maior conforto às necessidades de quem nos procura. Com a Teleconsulta SOS adulto, não esquecemos a avaliação presencial, sempre que for necessário, havendo uma verdadeira integração dos cuidados de saúde” explica Sofia Couto da Rocha, Chief Transformational Officer da Lusíadas Saúde.

A Teleconsulta SOS Adultos junta-se agora à Teleconsulta SOS Pediatria, esta disponível 24h desde o início de 2021 e destinada ao acompanhamento de crianças até aos 17 anos, contando com o envolvimento de uma equipa de especialistas em pediatria.

A Teleconsulta SOS Pediatria e a Teleconsulta SOS Adultos estão disponíveis para todo o país e contam com o apoio das equipas médicas do Hospital Lusíadas Lisboa, Hospital Lusíadas Porto, Hospital Lusíadas Braga e Clínica Lusíadas Faro. 

As teleconsultas integram os acordos com as principais entidades seguradoras, sendo faturadas ao valor definido para as consultas de especialidade presenciais e o seu agendamento deve ser realizado através da App ou Portal +Lusíadas, ou através dos contactos telefónicos diretos das unidades.

Investigação da Universidade de Coimbra
Pela primeira vez, uma equipa de investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra (UC) e do...

As cadeiras de rodas guiadas pelo cérebro apresentam-se como uma solução promissora para pessoas com deficiências motoras graves, que não podem usar interfaces convencionais. Contudo, a baixa fiabilidade e precisão das interfaces cérebro-computador (ICCs) baseadas em eletroencefalografia (EEG) e o elevado esforço mental exigido ao utilizador – que fornece os comandos por meio de sinais cerebrais para conduzir a cadeira de rodas, sem atividade muscular –, inviabilizam a sua utilização, por razões de segurança.

Para ultrapassar estes grandes obstáculos, o sistema proposto pela equipa do ISR e IPT, cujos resultados já se encontram publicados na IEEE Transactions on Human-Machine Systems, assenta numa nova abordagem que combina três componentes: ritmo personalizado, comandos de tempo ajustado e controlo colaborativo.

Ou seja, esclarece Gabriel Pires, investigador principal do projeto, “no mesmo sistema é possível a ICC detetar automaticamente quando o utilizador pretende ou não enviar um comando, permitindo que este não tenha de estar permanentemente focado, mas sim apenas quando pretende enviar um comando, ao seu ritmo; o tempo para deteção da intenção do utilizador é também ajustado automaticamente para permitir um desempenho constante, sendo por exemplo menos suscetível a desatenções ou fadiga; e, ainda, um controlo colaborativo entre o utilizador e a máquina”.

Este controlo colaborativo significa que a cadeira de rodas “tem um sistema de navegação que, por um lado, realiza as manobras finas de navegação, aliviando o utilizador desse esforço, e, por outro lado, corrige/interpreta possíveis comandos errados enviados pela ICC”, revela o investigador.

A viabilidade do sistema foi validada em várias experiências realizadas com 6 pessoas com deficiências motoras graves, da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), e 7 pessoas sem deficiência (grupo de controlo). Os participantes tinham de efetuar percursos de navegação diferentes em ambientes semelhantes aos de um escritório, como corredores, passagem de portas, gabinetes, acessos e desvio de obstáculos e de pessoas. “Por exemplo, uma das tarefas consistia na passagem por portas estreitas, que é uma das tarefas mais desafiantes em termos de navegação móvel dadas as dimensões da cadeira de rodas”, sublinha Gabriel Pires.

Para conseguir testar a interface, a equipa teve de desenvolver o sistema navegação da cadeira de rodas, adaptar, do ponto de vista ergonómico, a cadeira para poder ser usada por pessoas com limitação motora e desenvolver os métodos de descodificação dos sinais eletroencefalográficos da ICC.

As experiências provaram um nível de precisão e fiabilidade sem precedentes, superior a 99%, destaca o investigador do ISR e docente no Instituto Politécnico de Tomar: “o aumento da precisão de forma fiável foi uma grande conquista, ou seja, mantendo o desempenho elevado ao longo do tempo, independentemente das condições. Na verdade, em alguns conjuntos de experiências obtivemos 100% de precisão com o grupo de controlo e 99.6% com o grupo de pessoas com deficiência motora”.

Estes resultados mostram, pela primeira vez, que é possível “conceber sistemas controlados por ICCs com elevado desempenho e fiabilidade e controlados de forma natural (sem elevado esforço mental do utilizador e ao seu ritmo) por pessoas com forte limitação motora”, afirma Gabriel Pires, frisando que esta avaliação foi obtida “de forma quantitativa, mas também qualitativa através de questionários colocados aos participantes. Os cenários de teste, embora realistas, não deixam de ser bastante estruturados e menos complexos dos que encontramos em ambiente doméstico no dia-a-dia”.

No entanto, apesar de os resultados serem altamente promissores, representando um passo de gigante em direção ao uso desta tecnologia, o docente e investigador previne que o sistema desenvolvido ainda “não possui a maturidade para entrar no mercado. Para além de estas experiências terem decorrido em ambiente relativamente controlado, muito menos complexo do que os ambientes domésticos, um outro desafio prende-se com os sistemas de aquisição dos sinais eletroencefalográficos”.

Por outro lado, conclui, “a montagem e ergonomia dos elétrodos ainda terá de melhorar. Finalmente, para utilização do sistema em ambientes domésticos mais dinâmicos e exigentes, teremos de introduzir mais módulos de perceção do meio circundante, um trabalho que já estamos a iniciar”.

Esta nova interface cérebro-computador foi desenvolvida no âmbito do projeto de investigação e desenvolvimento (I&D) “B-RELIABLE: Métodos para melhoria da fiabilidade e a interação em sistemas de interface cérebro-máquina através da integração da deteção automática de erros”, cofinanciado por fundos europeus e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Para além de Gabriel Pires, a equipa que criou a ICC é constituída por Aniana Cruz, Ana Lopes, Carlos Carona e Urbano J. Nunes.

Campanha de vacinação
A Autoridade de Saúde inicia a campanha de vacinação da população de Sines contra a Covid-19 esta sexta-feira, 5 de março, no...

As vacinações decorrerão na sexta-feira e no sábado, 5 e 6 de março, cobrindo cerca de 300 pessoas, sendo retomadas na semana seguinte.

A Câmara Municipal de Sines apoia a campanha de vacinação com a cedência e a preparação das instalações do Pavilhão dos Desportos para acolher a população e os profissionais de saúde. Também concede apoio em transporte aos utentes que não se podem deslocar ao Pavilhão pelos seus próprios meios.

As necessidades de transporte devem ser reportadas pelos utentes quando contactados pelos serviços de saúde, articulando depois estes com a Câmara Municipal a organização dos transportes.

Devido à dificuldade em estabelecer alguns contactos com os utentes elegíveis para esta fase da campanha de vacinação, a Autoridade de Saúde apela à população para que atualize os seus dados junto do Centro de Saúde.

 

Combate à obesidade
Hoje assinala-se o Dia Mundial da Obesidade, uma efeméride que este ano tem como mote “Every body needs everybody”....

Este documento apresenta um conjunto de recomendações e estratégias e aponta cinco prioridades para melhorar a forma como a obesidade é gerida em Portugal, que passam por:

  1. Promover uma abordagem holística e digna no tratamento da obesidade - do ónus individual é urgente passar para uma visão partilhada de saúde pública, no qual todos têm um papel a desempenhar;
  2. Mobilizar recursos para garantir a formação especializada dos profissionais de saúde;
  3. Criar um programa de consultas de obesidade nos cuidados de saúde primários;
  4. Viabilizar a comparticipação do tratamento farmacológico da obesidade, garantindo equidade;
  5. Criar mecanismos de combate ao estigma e descriminação associados a esta doença.

A pandemia da covid-19 tornou ainda mais evidente a necessidade de prevenir e tratar a obesidade - vários estudos relacionam a obesidade com casos mais graves de infeção pelo novo coronavírus, maior necessidade de internamento hospitalar e tratamento mais intensivo. Em agosto, uma análise de dados de 399 mil doentes publicada na revista Obesity Reviews, concluiu que pessoas que vivem com obesidade têm um risco 46% mais elevado de contraírem o vírus SARS-CoV-2.

O mesmo estudo concluiu que o risco de quem vive com obesidade vir a necessitar de tratamento hospitalar é 113% superior. É também 74% mais provável que estas pessoas precisem de internamento nos cuidados intensivos, com uma maior probabilidade (48%) de morte. Os especialistas que elaboraram esta análise manifestam também preocupação relativamente a uma eventual menor eficácia das vacinas contra a covid-19 em pessoas com obesidade.

Assim, de todas as doenças consideradas como fatores de risco para a covid-19, a obesidade é a mais comum, tendo em conta a prevalência a nível mundial (e também no nosso país): 650 milhões de adultos em todo o mundo segundo números da Organização Mundial de Saúde de 2016 e 1,5 milhões em Portugal (Inquérito Nacional de Saúde 2019).

Paula Freitas, presidente da SPEO, explica que este documento é lançado hoje porque “ignorar os riscos associados à obesidade, sobretudo no contexto desta pandemia, é contribuir para um país mais doente, vulnerável e assimétrico, incapaz de travar a progressão desta doença crónica e das suas consequências. Consequências que impactam não só a esfera individual, mas também as famílias, sistemas de saúde, economias e o progresso social, comprometendo a saúde das próximas gerações”.

Já Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, relembra que “Portugal foi pioneiro no reconhecimento da obesidade enquanto doença crónica e problema de saúde pública em 2004. Mas precisamos de fazer mais. Urgentemente. A resposta eficaz na luta contra a obesidade depende de todos nós. Sem prevenção e sobretudo sem tratamento a obesidade vai representar uma barreira à equidade socioeconómica e ao progresso do país.”

Neste Dia Mundial da Obesidade 2021 a SPEO e ADEXO salientam ainda que a obesidade tem um enorme impacto na saúde física, mas não está dependente apenas do estilo de vida: problemas psicológicos, hormonais, distúrbios do sono, genética, acesso a cuidados de saúde e acontecimentos da vida, como a menopausa, cessação tabágica e até o recente confinamento podem levar a alterações de peso difíceis de controlar.  É, por isso, necessário e urgente envolver toda a sociedade e aproveitando a experiência e lições do passado, fazer diferente e encontrar estratégias e respostas eficazes para conter e reverter a prevalência desta doença crónica. É tempo de recalibrar a balança na luta contra a obesidade.

Ordem dos Nutricionistas exige medidas de combate à obesidade
No dia em que se assinala o Dia Mundial da Obesidade, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, relembra que a...

Alexandra Bento afirma que a abordagem necessária para combater a obesidade implica uma “aposta clara na prevenção, através da implementação de políticas de saúde pública; na identificação e intervenção precoce, de modo a melhorar a probabilidade de sucesso do tratamento; e em modelos de prestação de cuidados de saúde capazes de dar resposta eficaz às necessidades destes indivíduos.” No entanto, para a Ordem, sem os nutricionistas nos locais certos, como nos centros de saúde e nos hospitais, “será muito difícil conseguir inverter esta tendência”.

De acordo com o relatório “The Heavy Burden of Obesity – The Economics of Prevention” da OCDE, realizado em 2019, em Portugal, 10% da despesa da saúde é utilizada para o tratamento de doenças relacionadas com excesso de peso, uma percentagem superior à média dos países da OCDE (8,4%). Segundo este estudo, estima-se que, entre 2020 e 2050, o excesso de peso e as doenças associadas possam contribuir para uma diminuição da esperança média de vida em 2,2 anos.

“A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública à escala mundial e, apesar ser uma doença multifatorial, a alimentação inadequada surge com uma das suas inquestionáveis e principais determinantes, pelo que é fundamental que existam respostas adequadas a esta problemática”, salienta Alexandra Bento, recordando que, no que respeita à COVID-19, existem dados que indicam que quem tem peso em excesso tem um pior prognóstico da doença.

Este ano, o Dia Mundial da Obesidade tem como tema “Every Body needs everybody”, que pretende salientar a necessidade de uma abordagem integrada que englobe intervenções ao nível dos hábitos alimentares, salientando o papel dos nutricionistas como profissionais indicados para combater a obesidade.

 

 

EM’Ação contra a COVID-19
Realiza-se no próximo dia 6 de março, pelas 16 horas, uma sessão de esclarecimento organizada pela Sociedade Portuguesa de...

Transmitido em direto no Facebook da SPEM, o webinar EM’Ação contra a COVID-19, vai ser moderado pela jornalista Cláudia Pinto, juntará várias figuras importantes do Plano de Vacinação para a COVID-19.

Durante a sessão vão ser abordados os temas “Plano de Vacinação contra a Covid-19”, que contará com a participação de Valter Fonseca, membro da Task Force em representação da DGS;

“Vacinas contra a Covid-19: Desenvolvimento e Implementação” – questão abordada pelo professor Pedro Simas (Virologista do Instituto de Medicina Molecular);

“Impacto da Covid-19 e a Importância da Vacinação das Pessoas com EM” – tema apresentado por Doutor Carlos Capela (Neurologista do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central) e pela Doutora Lívia Sousa (Neurologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra).

Para além destes, o evento contará com o testemunho da Enfermeira Nélia Ribeiro (colaboradora da SPEM Santarém), doente com Esclerose Múltipla e profissional na linha da frente contra a COVID-19.

 

Doentes de todo o país
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) dispõe, a partir de hoje, de 25 camas para a reabilitação intensiva de...

De acordo com Ana Castro, Presidente do Conselho de Administração do CHUA, as camas, instaladas no Centro de Medicina Física e Reabilitação (CMFR) do Sul, em São Brás de Alportel, integrado no CHUA, vão poder receber para internamento doentes com Covid-19 que estiveram sujeitos a intubação e que sejam referenciados pelo SNS.

Segundo a responsável, esta valência é “única a nível nacional” e o seu objetivo é permitir que doentes que ficaram com funções afetadas na sequência da doença possam “regressar à sua vida normal” o mais rápido possível, através de uma reabilitação que reúne diversas terapêuticas.

 

Dados epidemiológicos
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 41 mortes e 979 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 25 das 41 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com oito e centro com quatro. No Alentejo há uma morte e no Algarve três.

Quanto aos arquipélagos, não há registo de mortes, nem na Madeira nem nos Açores, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 979 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 426 novos casos e a região norte 217. Desde ontem foram diagnosticados mais 118 na região Centro, no Alentejo 31 casos e no Algarve mais 37. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 140 infeções e no dos Açores 10 nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.827 doentes internados, menos 170 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 31 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 415 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.934 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 725.399 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 64.797casos, menos 996 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 3.368 contactos, estando agora 33.491 pessoas em vigilância.

Jornadas da Infância da F3M
Qual o impacto da pandemia de Covid-19 e do confinamento na saúde das crianças? Analisar, debater e responder a esta questão é...

Numa sessão virtual dedicada à 1ª infância, os profissionais vão tentar perceber que implicações a atual situação pandémica tem tido na saúde mental dos mais novos e debater estratégias que promovam uma melhor articulação entre as instituições, os profissionais, as crianças e respetivas famílias.

Além de Teresa Sarmento, Professora Auxiliar no Instituto de Educação da Universidade do Minho, irão participar na iniciativa Catarina Amaral, Pedopsiquiatra com especialidade em Psiquiatria da Infância e Adolescência, Paulo Coelho e Beatriz Moura, Psicólogos com especialidade em Psicologia Clínica e da Saúde, e Daniela Silva, Educadora de Infância e Diretora Técnica e Pedagógica da Associação Gerações.

Nas primeiras Jornadas da Infância da F3M serão ainda analisadas estratégias e recomendações que contribuam para potenciar o ensino e a aprendizagem por parte das crianças. Mas, além do apoio pedagógico, a sessão pretende, também, abordar as rotinas e regras em tempos de confinamento, a gestão de alterações de comportamento e a escuta sensível, isto é, compreender o que realmente as crianças nos querem dizer.

Com esta ação, que se realiza, na sexta-feira, das 15h00 às 17h00, a F3M reforça, uma vez mais, o seu papel de apoio aos profissionais da área social, proporcionando momentos de reflexão e debate em torno de temas emergentes e com elevado impacto na sociedade.

A sessão virtual, ainda que gratuita, terá um número limitado de participantes, que deverão assegurar a sua presença através de inscrição prévia.

Com presença no mercado há mais de 30 anos e uma forte atuação no setor social, a F3M é já um parceiro tecnológico de cerca de 3 mil instituições clientes, assegurando soluções e serviços transversais que apoiam as organizações nas suas mais diversas e cruciais operações, da infância à terceira idade.

Fundada em 1987, destaca-se ainda, no mercado, pela conceção, produção e implementação de software para o setor das óticas, onde é líder, sendo também uma referência nos setores têxtil, empresarial e da saúde.

É ainda fornecedor de alguns dos principais ERP’s (Primavera e Sage) e dispõe de serviços de consultoria, formação certificada, soluções de infraestrutura TI e telecomunicações.

Levetiracetam é um fármaco antiepilético
O trabalho realizado pelo aluno de doutoramento Rui Lima e coordenado pelo neurocientista Nuno Silva, ambos pertencentes ao...

“Quando sofremos uma lesão medular, podemos ficar paraplégicos ou tetraplégicos dependendo do nível da medula onde sofremos a lesão. Ao usar este medicamento na fase aguda, até 4 horas após a lesão, conseguimos notar vantagens em termos futuros: há uma melhor recuperação funcional”, explica Nuno Silva.

O Levetiracetam é um fármaco antiepilético usado no tratamento de crises parciais. No entanto, devido ao seu mecanismo de acção ele pode também ser usado para promover neuropoteção. Nuno Silva decidiu por isso testar o medicamento numa condição neurotraumática onde é importante proteger o tecido nervoso após a lesão. Há 4 anos iniciou-se assim o trabalho experimental do seu aluno de doutoramento, Rui Lima, que foi agora publicado na prestigiada revista do grupo Nature.

Esta função neuroprotetora é crucial. Após as lesões medulares, há uma libertação em excesso do neurotransmissor glutamato, que origina uma activação exagerada dos neurónios – e que geralmente conduz há morte da maioria deles, impedindo o tecido neural de se manter funcional. “O que este fármaco faz é ajudar os astrócitos a recolher estes neurotransmissores em excesso e ‘levá-los’ novamente para dentro das células”, protegendo o tecido – e dando mais hipóteses para que ocorra plasticidade neural e recuperação funcional.

“Nós observamos resultados promissores quer em lesões torácicas – que simula pacientes paraplégicas -, quer em lesões cervicais – que simula pacientes tetraplégicos”, refere o investigador em neurociências. O próximo passo deste trabalho é perceber qual a janela terapêutica máxima – se pode ser administrado apenas até quatro horas após a lesão ou mais.

Isto pode originar novas abordagens na clínica, como a administração do fármaco em urgência para proteger o tecido neural, na fase aguda da lesão. “Depois, numa fase em que a pessoa já está a recuperar, esta função protetora que o medicamento dá, será essencial. Pode ser a diferença entre uma pessoa ser capaz de fazer reabilitação física ou não. E é muito importante esta possibilidade de reabilitação para voltar a ganhar funções motoras”.

 

Perturbação da aprendizagem
Sinónimo de dificuldades na leitura e na escrita, a Dislexia ainda é, erradamente, interpretada como

Considerada uma dificuldade crónica que se manifesta pela dificuldade em aprender a ler, a dislexia é designada com uma perturbação da aprendizagem que tem origem no neurodesenvolvimento e que se estima que afete cerca de 5% das crianças em idade escolar.

Apesar de não se saber ao certo o que está na sua origem, alguns estudos sugerem que a dislexia tem uma origem genética. “Existe também a evidência de que há uma tendência familiar para o surgimento da dislexia, motivo pelo qual a existência de um parente com dislexia, ou outra dificuldade de aprendizagem específica, é um elemento importante a ter em consideração”, esclarece o Centro SEI, sublinhando que “independentemente das causas, é certo que a dislexia tem uma origem neurológica, pois existem diferenças individuais nas partes do cérebro que estão associadas à leitura”.

Em idade escolar, as principais características observáveis são uma leitura lenta, silábica, sem ritmo, com leitura parcial de palavras, substituição de palavras, repetições, hesitações e correções constantes, confusões quanto à ordem das letras e confusão entre os sons semelhantes. No entanto, e embora esta perturbação da aprendizagem seja, geralmente, identificada no “2º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico”, existem alguns sinais que podem ser observados precocemente.

Entre os sinais precoces destacam-se o atraso no desenvolvimento da linguagem, como dizer as primeiras palavras ou construir frases mais tarde do que o habitual; dificuldade em pronunciar determinados sons; dificuldade em memorizar canções e lengalengas ou dificuldade em contruir frases lógicas, recorrendo a frases curtas ou palavras mal pronunciadas.

“O diagnóstico da dislexia é um processo complexo, que deverá ser realizado por um técnico especializado, e que envolve a avaliação de aspetos como o processamento fonológico e a própria leitura, entre outros”, explica o Centro SEI. Assim, se os pais os pais suspeitarem de que algo está errado, “deverão consultar um técnico especializado para que este os esclareça e possa, se necessário, fazer a avaliação da criança”.

“Após o diagnóstico é fundamental iniciar-se um trabalho multifacetado e que envolva vários participantes, que poderá ser gerido por um centro de aprendizagem. Assim, para além do trabalho direto com a criança ou jovem, deverá haver uma articulação entre o centro de aprendizagem, a escola e a família”, esclarece referindo que esta intervenção deve estar orientada não só para as competências de leitura, “mas também para aspetos emocionais (e.g., autoestima) e psicológicos (e.g., memória de trabalho) da criança ou jovem”.

“Naturalmente, os pais são um elemento fundamental no prognóstico desta perturbação do desenvolvimento, pois o modo como eles veem os seus filhos influencia a maneira com estes se veem a si próprios. De facto, se os pais pensarem que o diagnóstico de dislexia condena o futuro do seu filho, este irá sentir isso mesmo”, sublinha o Centro SEI. Deste modo, é importante que os pais interiorizem que dislexia não tem nada a ver com a inteligência. É sim um problema que pessoas inteligentes têm com a leitura e que “através de um ensino adequado é possível aprender a ler”.  “Existem muitas pessoas famosas, inteligentes, bem-sucedidas e que têm dislexia”, acrescenta o Centro SEI.

Sabendo que a dislexia pode ter um grande impacto na autoestima da criança é fundamental, para além do apoio familiar, que esta obtenha apoio da própria escola. Isto porque, tal como explica o Centro SEI “a diminuição da autoestima de uma criança com dislexia está muito relacionada com a sua perceção de que não consegue corresponder às expectativas dos pais e dos professores, e de que não conseguir alcançar os seus próprios objetivos”.

Deste modo, importa reforçar que se não for dada “uma atenção precoce e ajustada, aquele que começa por ser um problema na aprendizagem da leitura, pode tonar-se um problema, emocional, académico, profissional, social”.

Aos pais fica a recomendação: “deixem que sejam as competências dos vossos filhos a defini-los como pessoas e não as suas dificuldades. Ajudem os vossos filhos a encontrar uma área na qual eles possam ter experiências positivas, não importa o que seja (desporto, arte, ou outra), desde que lhes permita sentirem a experiência de serem capazes e competentes numa área”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Orientação DGS
A Direção-Geral da Saúde publicou uma Orientação sobre os Centros de Vacinação Covid-19, que destaca que estes devem ter...

De acordo com o documento, estes centros devem ter, como referência, um ou mais módulos de vacinação, cada um com cinco postos de vacinação com a capacidade de vacinar cerca de 50 pessoas por hora, uma pessoa a cada 6-10 minutos.

Os espaços devem ser amplos e arejados, têm de ter uma rede de frio adequada às especificidades de cada vacina instruções do fabricante, profissionais de saúde com treino e formação a vacinação e para a atuação em caso de reações anafiláticas e equipamento de emergência para tratar estas situações.

Resultando da adaptação de pontos de vacinação já existentes no Serviço Nacional de Saúde ou de infraestruturas próprias ou adaptadas especificamente para o efeito, a DGS esclarece que estes centros de vacinação devem, igualmente, ter acesso à Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação – VACINAS.

De acordo com a orientação, os centros de vacinação contra a Covid-19 devem ser constituídos de acordo com o planeamento regional das Administrações Regionais de Saúde, sob a coordenação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e Unidades Locais de Saúde (ULS) e em articulação com as autoridades de saúde locais, as autarquias e demais parceiros locais.

Além de terem de estar instalados em espaços amplos e arejados, devem ser de fácil acesso a pessoas com mobilidade reduzida, ter dois acessos (entrada e saída), facilidade de estacionamento e de acesso em transportes públicos e ser organizados para funcionarem de forma fluída, evitando o aglomerado de pessoas e garantindo o distanciamento entre elas.

Quanto aos recursos humanos, a orientação indica que cada módulo de cinco postos de vacinação deve ter um médico/enfermeiro para a coordenação, cinco assistentes técnicos para apoio administrativo, dois técnicos de farmácia/enfermeiros para a preparação das vacinas, pelo menos cinco enfermeiros para a administração e um a dois enfermeiros para vigiar os utentes depois de vacinados.

Este documento refere ainda que todos os procedimentos devem ser articulados em equipa, com supervisão do médico/enfermeiro coordenador, de todos os momentos do processo, desde a preparação das vacinas, sua administração e vigilância de reações adversas.

 

Guia de Gravidez e da Primeira Infância do Bebé
Um teste pré-natal não invasivo (NIPT – Non Invasive Prenatal Test) é um teste que permite detetar anomalias cromossómicas...

Este teste, que pode ser feito a partir da 10.ª semana de gestação, necessita apenas de uma colheita de sangue da grávida, a partir da qual são obtidos fragmentos de ADN em circulação, tanto maternos como fetais. A partir desta amostra é possível detetar alterações fetais com uma precisão superior e taxas de falsos resultados inferiores. Isto tudo de uma forma não invasiva, salvaguardando a mãe e o feto e diminuindo o risco de aborto.

“O teste BabySafe é mais uma forma de manter a tranquilidade dos futuros papás. Não apresenta quaisquer riscos e pode ser encarado como um teste complementar ao rastreio combinado (idade materna + ecografia)”, explica João Sousa, Diretor de Qualidade do laboratório BebéVida.

Como tal, este teste pode ser particularmente vantajoso para grávidas com mais de 35 anos; com risco elevado para as trissomias 21, 18 e 13; com trissomia diagnosticada em gravidez anterior; com história de interrupção da gravidez repetida; com resultados ecográficos sugestivos das cromossomopatias testadas ou que desejam saber mais informações sobre o seu bebé.

“Na ausência de qualquer rastreio, cerca de um em cada 700 fetos nascem com Síndrome de Down, por exemplo. Como tal, este teste é crucial na deteção de anomalias no número de cromossomas do feto, como as Trissomias 21, 18 ou 13, bem como do sexo fetal e das aneuploidias dos cromossomas sexuais (Monossomia X, XXX, XXY, XYY). Além disso, permite tudo isto com um risco de aborto muito menor face ao observado noutros procedimentos, como a amniocentese (risco de 0,5%) ou a biópsia de vilosidades coriónicas (risco de 1 a 2%)”, garante João Sousa.

Este é um dos vários temas ligados à gravidez abordados pelo recém-publicado Guia de Gravidez e da Primeira Infância do Bebé, lançado pela “Mamãs Sem Dúvidas”, que tem como objetivo continuar a reforçar o apoio já dado, através das iniciativas online, a pais e futuros pais. O guia pode ser encontrado online para download gratuito em mamassemduvidas.pt

 

Semana da Epilepsia
Com o intuito de promover a sensibilização para a Epilepsia, a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE) lança a campanha “Eu...

“A epilepsia é uma doença que tem ponto de partida numa perturbação do funcionamento do cérebro, devido a uma descarga anormal de alguns ou da quase totalidade dos neurónios cerebrais. Mas saber lidar com a epilepsia não é só conhecer a existência de crises, é crucial saber como minimizar as consequências, que afetam os doentes não só a nível familiar, como também social e profissional. Afinal, esta patologia pode causar uma grande incerteza” menciona Manuela Santos, presidente da LPCE.  

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 50 a 70 mil pessoas afetadas pela epilepsia, mas que evitam a exposição, preferindo não assumir publicamente a doença. Além disto, cerca de 20 mil pessoas apresentam formas mais graves desta doença, vivendo diariamente com grandes condicionalismos em relação ao exercício de uma vida ativa. No cenário que vivemos atualmente, com a pandemia da COVID-19, esta patologia ganha ainda maior impacto, pois estamos perante vários fatores que podem levar a um descontrolo da doença e recorrência de crises.   

“A pandemia da COVID-19 é mais um desafio que estes doentes vão ter de enfrentar, é muito importante que haja uma boa gestão do stock de medicação e que os profissionais de saúde possam assegurar uma resposta rápida em cenários de crise. Afinal, podemos estar perante crises mais frequentes e prolongadas que o habitual, o limite na forma de estado de mal epilético, uma situação extremamente grave com necessidade de internamento em unidade de cuidados intensivos” reforça Dr. Francisco Sales, neurologista e coordenador da comissão organizadora do 33ºENE.  

Tendo tudo isto em conta, a LPCE está focada em alertar a população geral para esta doença e as suas especificidades, que não devem ser descuradas. A sua ação começou no passado dia 8 de fevereiro, relembrando a campanha “Epilepsia é mais do que ter crises”, e continua em

março, com a realização da Semana da Epilepsia. Com uma comunicação que explora ainda os problemas de aprendizagem, psicopatologias, relacionamento e cenários de discriminação e exclusão social.  

“COVID-19 e Epilepsia”, “A Mulher com Epilepsia em idade fértil”, “Canabinóides em Epilepsia: Factos e Ficção”, “Tratamento farmacológico” e “Dispositivos e inteligência artificial em epilepsia: Ficção científica?” são alguns dos temas em destaque nos eventos online que se irão realizar ao longo da semana e que pretendem desmitificar alguns dos conceitos associados à epilepsia, nomeadamente no que diz respeito à gravidez e à epilepsia refratária. 

Além dos webinares, será ainda realizado o 33.º Encontro Nacional de Epileptologia da LPCE. Uma iniciativa que explora os avanços na área da epilepsia onde serão apresentados os derradeiros avanços e desafios na área, referindo que os últimos anos foram marcados por novos projetos e descobertas no tratamento da Epilepsia, em particular na área da neuro-estimulação e das técnicas minimamente invasivas. 

O evento realiza-se de forma totalmente online e as inscrições podem ser feitas aqui. Para mais informações consulte a página oficial do evento, aqui

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