Estudo
Uma investigação, com a destacada participação do Centro de Pesquisa em Economia e Saúde (CRES-UPF) e do Instituto Max Planck...

Um estudo realizado por um grupo de investigadores pertencentes a várias universidades e centros de investigação internacionais, entre os quais os professores do Departamento de Economia e Negócios da UPF Héctor Pifarré Arolas (primeiro autor) e Guillem López Casasnovas, ambos investigadores do Centro de Pesquisa em Economia da Saúde (CRES-UPF) estimou o impacto da mortalidade prematura por Covid-19. Fizeram-no a partir do cálculo dos anos de vida perdidos (YLL, em inglês) devido à Covid-19 e a medida relativa do YLL em relação a outras doenças comuns, como gripe ou doenças cardiovasculares.

Os investigadores Mikko Myrskylä, Enrique Acosta e Tim Riffe (Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica, Alemanha) também participaram da pesquisa, publicada recentemente na revista Scientific Reports (Nature Research); Adeline Lo (University of Wisconsin-Madison, EUA) e Catia Nicodemo (University of Oxford, Grã-Bretanha) e que foi cofinanciada pela Fundação "la Caixa".

“Os nossos resultados confirmam que o impacto da mortalidade por Covid-19 é grande, não só em termos do número de mortes, mas também em termos de anos de vida perdidos”, dizem os autores, que consideram o seu estudo uma radiografia da situação pandémica deste início de 2021.

Quantos anos de vida foram perdidos com a Covid-19? E em relação a outras doenças?

O índice de anos de vida perdidos (YLL) é a diferença entre a idade de um indivíduo na morte e a sua expectativa de vida. Os investigadores estimaram o YLL causado pela Covid-19 usando dados de mais de 1.279.866 mortes em 81 países. Também analisaram dados de expectativa de vida e fizeram projeções do total de mortes por Covid-19 por país.

Os autores estimam que um total de 20.507.518 anos de vida foram perdidos devido à Covid-19 nos 81 países incluídos no estudo, com uma média de 16 anos devido à morte individual. Do total de anos perdidos, 44,9% ocorreram em indivíduos com idade entre 55 e 75 anos, 30,2% em indivíduos menores de 55 anos e 25% em indivíduos maiores de 75 anos. Em países para os quais estava disponível o cálculo do número de mortes por sexo, o YLL foi 44% maior nos homens do que nas mulheres.

Nos países mais afetados pela Covid-19, e em relação a outras causas globais comuns de morte, a taxa de anos de vida perdidos devido à pandemia foi de duas a nove vezes maior do que a média de YLL associada à gripe sazonal, e entre 1/4 e 1/2 maior do que o YLL atribuível a doenças cardíacas.

Interpretação dos resultados no contexto de uma pandemia em evolução

Para 35 dos países analisados, a cobertura de dados abrange pelo menos nove meses. Nesses casos, isso sugere que provavelmente inclui todos os impactos da pandemia em 2020, ou pelo menos as suas primeiras vagas, enquanto que para outros países, esses dados ainda estão a aumentar.

Os autores alertam que "os resultados devem ser entendidos no contexto de uma pandemia em andamento e em evolução. Pode-se dizer que o estudo fornece uma análise instantânea dos possíveis impactos da Covid-19 em termos de anos de vida perdidos até a data de 6 de janeiro de 2021".

Por outro lado, os autores apontam que "as valorizações dos anos de vida perdidos podem estar subestimadas, devido à dificuldade de registar com precisão as mortes relacionadas com a Covid19", uma vez que, "tanto as políticas como práticas de codificação de mortes estão em desenvolvimento e padronização". Além disso, destaca-se o facto do estudo se limitar a analisar a mortalidade prematura e que uma avaliação completa do impacto da pandemia na saúde deveria considerar a carga de incapacidade associada à doença.

Além do apoio financeiro por parte da Fundação "la Caixa", a investigação recebeu financiamento do Social Sciences and Humanities Research Council, do Fonds du Recherche du Quebec – Societé et Culture (Canadá) e da University of Oxford's Covid-19 Research Response Fund (Grã Bretanha).

Estudo está a ser conduzido em Israel
A TechnoPhage, empresa biofarmacêutica Portuguesa, anunciou que foi iniciado o Ensaio Clínico de Fase I/IIa do TP-102, um...

Este cocktail de bacteriófagos foi desenvolvido para tratar infeções causadas pelas bactérias Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Acinetobacter baumannii, que contribuem para a morbilidade e mortalidade de doentes diabéticos, e cuja resolução não é muitas vezes encontrada nas abordagens terapêuticas atuais.

“Este é o primeiro produto do pipeline da TechnoPhage a entrar em fases clínicas, constituindo um marco da maior relevância não só para a empresa, mas também para a terapia fágica”, referiu Miguel Garcia, CEO da TechnoPhage. “O nosso principal objetivo é fornecer um tratamento seguro para uma necessidade médica que atualmente não dispõe de tratamentos verdadeiramente eficazes”.

O estudo está a ser conduzido em Israel, sob a aprovação do Ministério da Saúde local, assim como pela FDA - Food and Drug Administration - dos Estados Unidos da América. Este será o primeiro medicamento biológico, com patente Portuguesa, a obter uma autorização para ensaio clínico concedida por esta entidade.

 

Há menos de 3000 doentes internados
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 50 mortes e 1.480 novos casos de infeção por Covid-19. Os valores mais baixos dos...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 31 das 50 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões do centro e norte sete mortes cada. No Alentejo houve quatro mortes a lamentar e no Alentejo nenhuma.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira registou uma morte desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 1.480 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 772 novos casos e a região norte 327. Desde ontem foram diagnosticados mais 198 na região Centro, no Alentejo 84 casos e no Algarve mais 51. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 45 infeções e no dos Açores apenas três.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.767 doentes internados, menos 245 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 30 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 567 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 3.078 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 709.054 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 75.396 casos, menos 1.648 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 7.365 contactos, estando agora 63.402 pessoas em vigilância.

Em apenas 10 meses
A Linha de Apoio Psicológico da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, criada durante a primeira vaga da pandemia,...

Segundo a Administração Regional de Saúde do Norte, deste total de chamadas, de 7.700 chamadas foram realizadas por utentes e mais de 150 por profissionais de saúde no âmbito da pandemia.

“Perante esta situação de indefinição que a pandemia nos provoca e a indefinição em termos do tempo do que vai suceder, as reações de ansiedade, são as reações mais frequentes”, explicou Luís Pimentel, um dos coordenadores da linha.

De acordo com o mesmo, a linha tem ainda um papel mais relevante para os profissionais de saúde, ao permitir que, sob a garantia de anonimato e “confidencialidade total”, se possam “reorganizar e adaptar ao contexto vivido, muitas vezes causador de burnout (esgotamento profissional), não só entre os que estão na linha da frente, mas também na retaguarda e em regime de teletrabalho”.

Além da ansiedade, destacam-se, também, os contactos relacionados com depressão e perturbação do sono, bem como os problemas com a vivência da doença, dificuldades na esfera relacional, dificuldades de natureza económica e problemas laborais.

Os resultados indicam que em apenas 9% dos casos, houve necessidade de sinalização para a Rede de Cuidados de Saúde Primários.

“Em cada Agrupamento de Centro de Saúde (ACES) e em cada unidade da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências temos um psicólogo, pelo que, se entendermos que é uma situação que exige continuidade, sinalizamos e, dentro do ACES, é encontrada a melhor forma de dar seguimento e de responder às necessidades dos utentes”, explicou.

Luís Pimentel referiu ainda que a procura pela linha tem oscilado ao longo da pandemia, tendo-se registado um primeiro pico, durante a primeira vaga, e um novo pico no momento atual, com um crescimento gradual da procura.

Esta linha conta , atualmente, com 50 profissionais que asseguram, de forma rotativa, o apoio psicológico, "um número que pode vir a ser reforçado em caso de necessidade".

Em funcionamento desde 14 de abril de 2020, a linha, que tem como objetivo a promoção da saúde mental, oferece uma primeira resposta de cuidados psicológicos a utentes e profissionais de saúde, contribuindo para uma gestão mais adequada da situação de crise e para a prevenção do pânico, agitação, agressividade, conflitos, violência e doença psicológica.

Dia Mundial das Doenças Raras assinala-se a 28 de fevereiro
O termo doenças raras, é usado para as patologias que ocorrem com baixa frequência na população em g

O número exacto de doenças raras não é conhecido, admitindo-se que existam, até agora, seis a oito mil. E se individualmente cada doença é rara, no seu conjunto têm outro impacto, acabando por afetar entre 6% e 8% da população, o que corresponde a mais de 600 mil pessoas em Portugal, cerca de 27 a 36 milhões na União Europeia e mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de 80% das doenças raras são de origem genética, já identificada, o que aponta desde logo para a importância do reconhecimento de famílias de risco e sua orientação. As restantes doenças raras estão relacionadas com causas infeciosas, inflamatórias, autoimunes, cancros raros e outras ainda sem causa conhecida.

Existe uma enorme diversidade de doenças raras, com apresentações e envolvimentos totalmente distintos. Na sua maioria são doenças graves, crónicas, progressivas, muitas vezes incapacitantes e com risco, por vezes elevado, de complicações associadas e sobrevida encurtada. São doenças de abordagem complexa, para as quais o diagnóstico precoce é urgente, necessário para definição de plano de orientação e prevenção de complicações, exigindo a intervenção especializada de peritos, de equipas multidisciplinares e cujo tratamento, quando existe, é frequentemente oneroso, com a utilização de meios terapêuticos inovadores. Assim, para além da raridade e da diversidade destas doenças, a sua gravidade e a complexidade de orientação, associadas à escassa informação, ocasionam frequentemente consequências desfavoráveis a nível individual, familiar e social.

Muitas destas doenças apresentam-se ao nascer ou durante os primeiros anos de vida (66%), mas outras causam sintomas apenas mais tarde, na adolescência ou idade adulta. Os sintomas de apresentação podem ser diversos, muitas vezes sobreponíveis aos de outras doenças comuns; contudo, estas doenças não são evocadas, quer pelo desconhecimento dos profissionais e má referenciação do doente, quer pela necessidade de meios específicos de avaliação, sendo o diagnóstico final difícil, prolongado no tempo, sem a intervenção terapêutica e de aconselhamento necessários, originando qualidade de vida menos favorável e sofrimento ao doente, à família e cuidadores. De uma forma geral a família sabe "que algo não está bem", mas por vezes o diagnóstico é tardio e os apoios não acontecem.

Desde o início deste século XXI, na Europa, com os programas dirigidos para as doenças raras, têm sido desenvolvidas políticas de saúde, procurando centrar os cuidados no doente raro, de forma a “garantir o igual acesso ao tratamento e melhor orientação, à melhor qualidade de cuidados e apoios”. Em Portugal, foi publicado em 2008 o Programa Nacional de Doenças Raras, focando a importância do papel de equipas experientes multidisciplinares coordenadas, para a melhor orientação destes doentes.

Recentemente, com a aprovação da Estratégia Integrada para as Doenças Raras 2015-2020 e a criação de uma Rede Nacional para Doenças Raras, o reconhecimento de Centros de Referência já ocorrido e em curso para alguns grupos destas doenças, permite e permitirá, mais e mais, maximizar as perspectivas futuras destes doentes, com real melhoria da qualidade de vida, dos cuidados e apoios aos doentes, sua família e cuidadores. Paralelamente neste campo, é de salientar o papel fundamental que as organizações de doentes representam, agregando e defendendo os interesses comuns de quem vive com uma doença rara, impondo-se como parceiros essenciais na divulgação, no incentivo da investigação dirigida, no apoio global e defesa do Doente Raro, com participação alargada em trabalho de rede, procurando que nenhum doente com doença rara seja esquecido. Muito se tem feito e muito mais se fará com a colaboração de todos.

*O texto foi redigido, pelo autor, de acordo com antigo Acordo Ortográfico.

Ligações:
1. Programa Nacional para Doenças Raras: https://ec.europa.eu/health/ph_threats/non_com/docs/portugal.pdf
2. Orphanet: http://www.orpha.net/national/PT-PT/index/sobre-doenças-raras/
3. «Useful Information on Rare Diseases from an EU Perspective» (PDF). European Commission: http://ec.europa.eu/health/rare_diseases/policy/index_en.htm
4. https://ec.europa.eu/health/non_communicable_diseases/rare_diseases_en
5. https://www.eurordis.org/pt-pt/doencas-raras
6. www.aliancadoencasraras.org

Dra. Elisa Leão Teles - Pediatra, Centro de Referência de Doenças Hereditárias do Metabolismo do Centro Hospitalar Universitário São João, Porto

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Durante o evento decorrem 4 Simpósios
Um dos maiores Congressos internacionais irá decorrer 100% em formato digital e contará com a colaboração da APNEP, do Ganepao...

Nos próximos dias 27 e 28 de fevereiro realiza-se o VII Congresso Anual da ASCI – Associação de Apoio ao Serviço de Cuidados Intensivos - com o mote “E de Repente tudo Mudou...”, cujo tema em destaque assentará no combate à pandemia Covid-19 e inevitáveis alterações que a mesma trouxe aos profissionais de saúde. Apesar deste tema comum, o congresso aposta na diversidade de assuntos e de palestrantes nacionais e internacionais, que se distribuirão por 3 salas em simultâneo, onde serão discutidas desde questões mais técnicas até às últimas novidades na área.

O congresso encontra-se acessível a todos os profissionais de saúde, mediante pagamento de inscrição e com acesso a todas as palestras, sendo grátis para todos os profissionais de CHUP e para sócios APNEP.

Estão inscritos cerca de 3000 congressistas, com a possibilidade de assistirem a mais de 200 palestras, proferidas por cerca de 200 palestrantes, 26 dos quais internacionais.

Para Anibal Marinho, Presidente da APNEP e Presidente da organização do VII Congresso Internacional de Cuidados Intensivos, “esta será a altura ideal para fazer uma reflexão intercalar, sobre o extraordinário caminho percorrido pela especialidade neste primeiro ano de pandemia. Altura para partilharmos experiências e otimizar cuidados, mas acima de tudo aproveitar a oportunidade para alertar a todos os participantes que a nossa atuação vai muito para alem de conseguirmos evitar a rutura do sistema nacional de saúde”.

O Presidente da APNEP acrescenta ainda que “No futuro iremos ser confrontados com uma significativa franja de população que foi afetada pela infeção por SARS-COV2 que vai necessitar de cuidados nutricionais e de reabilitação motora e cognitiva por um período prolongado. Teremos também que nos preocuparmos com o estado de saúde, associado a carência nutricional de inúmeros doentes que não tiveram infeção por SARS-Cov2, mas que viram os seus cuidados de saúde descurados, com neoplasias em estádios mais avançados ou com outro tipo de doenças crónicas que não foram sendo controladas de uma forma eficaz durante o período de pandemia”

O Simpósio Nutricia decorrerá no dia - 27 Fev - 15h - 16h30

No simpósio Nutricia conta com a participação de Emanuel Cereda, Md. PhD na Fondazione IRCCS Policlínico San Mateo, que irá partilhar a sua experiência clínica na gestão nutricional do doente covid- 19 numa das zonas mais afetadas pela pandemia, a zona da Lombardia em Itália.

Promover a literacia em saúde
Resultado de uma candidatura da Plataforma Saúde em Diálogo, o Projeto Espaço Saúde 360º Algarve foi apresentado recentemente e...

O Espaço Saúde 360º Algarve tem como objetivo combater o problema social da iliteracia em saúde através de uma abordagem personalizada, centrada no cidadão e assente em parcerias e colaborações locais, tais como municípios, freguesias, instituições particulares de solidariedade social, associações de doentes e outras entidades públicas e privadas na área social e da saúde. Neste momento, apesar da conjuntura pandémica e do confinamento, conta já com 40 beneficiários, mas a ambição para os próximos dois anos é alcançar os 500, alargando o projeto a várias freguesias do interior algarvio, de forma a impulsionar a qualidade de vida dos idosos e da comunidade, especialmente fora dos grandes centros urbanos. 

Os utentes do projeto, através do Plano de Ação Individual, têm acesso a um conjunto de atividades adaptadas às suas necessidades, tais como sessões informativas sobre saúde e prevenção da doença, sessões e workshops de nutrição, sessões de navegação no sistema de saúde, atividade física adaptada e yoga. Os utentes dispõem ainda de exercícios de estimulação cognitiva, promoção de competências socioemocionais, encontros com associações de doentes, atendimentos psicossociais, sessões sobre literacia na área do medicamento e outras atividades de saúde e bem-estar, já dinamizadas por entidades parceiras na comunidade.

Face à situação atual, as atividades do projeto estão a decorrer por meios telemáticos. Aos idosos que não têm acesso a internet, nem possuem literacia digital, as atividades são enviadas pelo correio para que assim possam cumprir o Plano de Ação Individual.

«Sabemos que a iliteracia em saúde é um problema social global com impacto tanto para o cidadão como para os sistemas de saúde. São vários os estudos que têm vindo a demonstrar que um nível inadequado de literacia em saúde tem implicações na utilização dos recursos e serviços de saúde, nomeadamente no que diz respeito a uma maior sobrecarga do sistema, ao aumento da prevalência e da gravidade de algumas doenças crónicas, assim como a um maior do número de hospitalizações», afirmou Rosário Zincke, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo. E acrescenta: «O Algarve foi das primeiras regiões do país a acolher este projeto devido às suas características geográficas e pelo facto de os indicadores de saúde anteverem a sua necessidade. Acreditamos que juntos podemos mudar este paradigma de forma inovadora e adaptada à população».

Esta iniciativa, inspirada pelas diretrizes e objetivos macro definidos no Plano de Ação para a Literacia em Saúde 2019-2021, da Direção Geral da Saúde, está alinhada com os princípios da coesão social e territorial. É apoiada pelo Programa de Promoção da Operacional Regional do Algarve (CRESCAlgarve) e pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

Semana da Epilepsia
No próximo dia 8 de março, vai decorrer, em formato virtual, a cerimónia de abertura da Semana da Epilepsia, organizada pela...

Este ano, a LPCE abre as portas à campanha “Eu sou mais do que Epilepsia” e, através deste mote, procura sensibilizar a sociedade e o governo para as barreiras de quem vive com epilepsia, as inovações nos tratamentos e os próximos passos a traçar. Desta forma, para dar vida a esta iniciativa, podemos contar, durante a cerimónia, com a participação de Francisco Pinto e Dílio Alves, antigos Presidentes da LPCE, Manuela Santos, atual Presidente da LPCE, da neuropediatra Cristina Pereira e das neurologistas Cristina Rosado e Joana Parra. Um momento de discussão que espelha o futuro da epilepsia.  

“Esta iniciativa tem como objetivo assinalar os 50 anos da LPCE, que ao longo dos anos tem tido uma contribuição relevante no apoio da formação em epilepsia, na melhoria da prestação de cuidados e na literacia em saúde das pessoas com epilepsia e da população em geral. Para isso, ao longo da semana, será possível assistir a vários webinares, workshops, palestras e simpósios.” destaca Manuela Santos, presidente da LPCE e reforça que “caminhamos a largos passos para garantir que os doentes com epilepsia tenham o máximo de controlo da sua vida”. 

Esta semana marca ainda a realização do 33.º Encontro Nacional de Epileptologia (33ºeENE), que se realiza nos dias 12 e 13 de março e terá como tema transversal os avanços nas diversas áreas da epilepsia durante os últimos 10 anos. 

 

Webinar: Blueprint for Action on Diabetes in the European Union by 2030
As prioridades a serem abordadas nos próximos dez anos para travar a ascensão da pandemia da diabetes vão ser discutidas amanhã...

Este webinar conta com a participação da eurodeputada Marisa Matias, com o diretor clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), João Filipe Raposo e com uma mensagem em vídeo da Ministra da Saúde, Marta Temido. O objetivo é apresentar um plano que apoia a criação de uma União Europeia da Saúde, o reforço dos mandatos do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e a Agência Europeia dos Medicamentos (EMA) e o alinhamento com as prioridades do Programa EU4Health no que diz respeito às doenças não transmissíveis.

“Na União Europeia cerca de 32 milhões de pessoas vivem com diabetes e, em toda a Europa, os números rondam os 59 milhões. Além deste impacto, é importante frisar que a diabetes também representa 9% do total de despesas europeias com saúde, registos avassaladores que continuam a aumentar. É assim fundamental destacar as prioridades definidas no plano de ação da diabetes para travar a ascensão de uma pandemia que preocupa cada vez mais os especialistas e é um importante fator de risco para outras doenças não transmissíveis, como, por exemplo, o cancro e as doenças cardiovasculares.” destaca João Filipe Raposo.

Com o intuito de reforçar a importância de uma resposta rápida e prioridades na área da diabetes, o plano de ação contempla ainda uma transformação digital do setor da saúde, estimular a adoção de ferramentas e tecnologias inovadoras para apoiar as pessoas com diabetes e promover o desenvolvimento de sistemas de dados padronizados em toda a União Europeia, incluindo registos da diabetes.

“A tecnologia e a digitalização são ferramentas naturais no apoio à pessoa com diabetes, pois trata-se de uma doença que requer muitos cálculos, dados e autogestão para toda a vida. Junte-se a este cenário os avanços recentes em medicamentos e novas tecnologias e percebemos que temos de capacitar os doentes e os nossos serviços ligados à saúde, para que possamos proporcionar ganhos significativos para a saúde e bem-estar das pessoas com diabetes.” refere João Filipe Raposo.

Esta iniciativa reforça ainda a importância do acesso a medicamentos e dispositivos, seguindo um modelo justo e adequado às tecnologias de saúde. E tem também um grande foco na saúde mental, com apoio psicológico integrado como componente fundamental do tratamento da diabetes, apostando em força no investimento para a investigação e inovação para melhorias futuras na prevenção e gestão da diabetes.

Dia 28 de fevereiro
A Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge organizam, no próximo dia 28 de fevereiro, um...

O evento, subordinado ao tema “Somos muitos; Somos Raros; Somos Fortes e estamos orgulhosos” é organizado em colaboração com a Comissão Interministerial de Coordenação da Estratégia Integrada para as Doenças Raras, com o Mirror Group Português do Programa Europeu Conjunto para as Doenças Raras e em conjunto com as associações de apoio às doenças raras e outros profissionais dedicados a esta área.

Pretende-se promover o debate sobre as doenças raras em Portugal, abordando-se, entre outros temas, os resultados de cinco anos da Estratégia Integrada para as Doenças Raras, as redes europeias de referência, as respostas e os apoios educativos e sociais, bem como um balanço da utilização dos medicamentos órfãos.

O Dia Internacional das Doenças Raras, integrado na iniciativa mundial da rarediseaseday.org® (https://www.rarediseaseday.org/), assinala-se em todo o mundo no último dia de fevereiro e tem como objetivo principal sensibilizar o público e os decisores políticos para as doenças raras e o seu impacto na vida dos doentes e famílias.

A participação é gratuita, contudo, carece de inscrição prévia até dia 26 de fevereiro, às 17 horas, através do Formulário.

 

Relatório DGS
Segundo dados da Direção Geral da Saúde, cerca de 250 mil cidadãos já receberam as duas doses da vacina para a Covid-19. A...

Os dados divulgados pela DGS mostram que, desde o início do plano de vacinação contra o SARS-CoV-2 (causadora a doença Covid-19) em 27 de dezembro, já receberam pelo menos uma dose da vacina 433.475 pessoas, tendo sido inoculadas na última semana 96.701 pessoas.

Na região Centro encontram-se vacinadas 163.749 pessoas, mais 34.271 que na passada semana, correspondendo a 4% da população, enquanto no Alentejo estão 51.347 pessoas com as duas doses da vacina, mais 6.683, representando, igualmente 4% da população.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais vacinas administradas 221.815, mais 49.844 que na semana anterior, correspondendo a 2% da população, enquanto na região Norte a vacinação completa foi administrada a 219.961 pessoas, mais 47.000.

Na região do Algarve encontram-se vacinadas 23.995, mais 5.236 que na semana anterior, correspondendo igualmente a 2% da população da região.

De acordo com o relatório da DGS, 52.470 pessoas com 80 ou mais anos já têm a vacinação completa, ou seja, as duas doses da vacina, o que representa 8% da população desta faixa etária, sendo que 126.259 pessoas com 80 ou mais anos receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, o que representa 19%.

As faixas etárias entre 25–49 anos e 50-64 são aquelas que surgem em segundo lugar da tabela como com a vacinação completa, representando ambos 3%, correspondendo 102.757 e 61.291, respetivamente.

São também estas as faixas etárias com maior número de pessoas com a primeira vacina administrada: 154.192 (na faixa etária 25-49 anos) e 102.444 (50-64 anos).

Já na faixa etária dos 65 aos 79 anos, encontram-se inoculados 36.921, ou seja, 2%, tendo a vacinação completa 24.108 pessoas, igualmente dois por cento da população nesta faixa etária.

Segundo o relatório semanal, agora divulgado, já foram distribuídas 718.143 doses das 830.730 que o país recebeu.

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Hemp seed oil é o óleo extraído especificamente das sementes de cânhamo.

Ao consumir este óleo terá muitos benefícios para a sua saúde, porque para além de prevenir muitas doenças, verá muitos resultados tanto na pele, como nas unhas e cabelo.

Conheça os 12 benefícios do Óleo de Sementes de Cânhamo para a saúde:

Para o Cérebro

O óleo de semente de cânhamo é composto de ácidos gordos essenciais, que são fundamentais para o desenvolvimento cerebral. O DHA (ácido docosa-hexaenóico / ómega 3) é essencial para a saúde do cérebro, e para a retina dos olhos, em especial no primeiro ano de vida. As mães que incluem este óleo na alimentação/suplementos durante a gravidez reforçam a proteção do bebé em desenvolvimento.

Para o Sistema Imunitário

Os ácidos gordos essenciais, presentes no óleo de semente de cânhamo têm mostrado que estimulam a flora intestinal e apoiam o sistema imunitário. Isto é muito benéfico durante a temporada das gripes e constipações.

Para a Saúde do Coração

O óleo de semente de cânhamo é composto por uma proporção de ácidos gordos ómega-6 e ómega-3 – o equilíbrio que tem sido comprovado para apoiar a saúde do coração e melhorar de forma adequada a função cardiovascular. Este tipo de nutrição pode ajudar em numerosos processos biológicos e até mesmo ajudar a prevenir diversas doenças degenerativas.

Para as Inflamações

As pessoas que têm doenças inflamatórias a longo prazo podem consumir o óleo de semente de cânhamo. O óleo de semente de cânhamo é muito rico em ácidos gordos essenciais ómega-3 e ómega-6 – que são altamente anti-inflamatórios. Estes tipos de ácidos gordos são essenciais para o corpo reduzir as inflamações sistemáticas. Com o uso regular, vêm-se grandes melhorias na inflamação, dor e artrites.

Para a Suplementação 

Tomar o óleo de semente de cânhamo como um suplemento, é um método eficaz para aumentar os ácidos gordos ómega-3 na dieta diária. Este é um nutriente essencial para o desenvolvimento do cérebro, saúde do sistema imunológico, bem como a regulação do humor. 

Para a Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma doença rara e perigosa, que provoca a degeneração do sistema nervoso. Esta doença afeta principalmente os adultos e os jovens. Um estudo recente constatou que a suplementação e uma dieta adequada, juntamente com óleo de semente de cânhamo, melhoram a saúde dos pacientes com esclerose múltipla. Este fato é relacionado com a biodisponibilidade de nutrientes a partir desses óleos.

Para a Pele

Hidratante: O óleo de semente de cânhamo é um hidratante natural e não oleoso

Antienvelhecimento: O óleo de semente de cânhamo tem efeitos antienvelhecimento na pele. Aumenta a composição de lipídios (gordura dentro da camada mais externa) e melhora o funcionamento global da pele.

Para o Tratamento do Acne

Ao usar o óleo de semente de cânhamo na dieta, tem efeitos benéficos sobre o acne. O teor de ómega-3, ajuda o corpo a diminuir a inflamação da pele, diminuindo a vermelhidão e acne.

Para a Dermatite Atópica

As pessoas que sofrem de dermatite atópica geralmente têm a pele seca, uma vez perdem uma quantidade excessiva de humidade. Estudos, revelam que o uso de óleo de semente de cânhamo pode ajudar a eliminar estes sintomas.

Para o Cabelo

O óleo de semente de cânhamo oferece ao couro cabeludo uma quantidade de aminoácidos vitais. Pode ser utilizado em tratamentos de capilares (cabelo e couro cabeludo). Ao usar o óleo de semente de cânhamo no couro cabeludo previne a queda de cabelo. Por outro lado, também melhora a saúde do couro cabeludo. O ómega-3 contido neste óleo, reforça a textura do cabelo, deixando-o mais forte e brilhante.

Para os Distúrbios Digestivos 

O óleo de semente de cânhamo é rico em fibras solúveis que mantêm o trato digestivo saudável e limpo, contribuindo para a redução dos distúrbios digestivos, como prisão de ventre e inchaço.

Para a Diabetes

As sementes de cânhamo também trazem benefícios para o caso de ser vulnerável a diabetes, ou mesmo se é diabético, uma vez que modera os níveis de açúcar.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Depressão e ansiedade
A pandemia de Covid-19 teve um significativo impacto negativo na saúde mental dos jovens portugueses, especialmente nos níveis...

Os resultados preliminares do estudo, que conta com a colaboração de investigadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos da América, e da Universidade da Islândia, mostram que 14% dos adolescentes, com idades compreendidas entre os 13 e os 16 anos e uma média de idades de 14 anos, apresentam sintomatologia depressiva elevada (acima do percentil 90) durante a pandemia de Covid-19, uma percentagem superior à encontrada num estudo conduzido pela mesma equipa de investigadores durante a crise financeira portuguesa de 2009-2014, que era de 8%.

A equipa verificou também um aumento de emoções negativas, “como tristeza, medo e raiva, e de sintomas de ansiedade e uma descida da felicidade”, sublinha Ana Paula Matos, esclarecendo que as raparigas “estiveram sempre em desvantagem, apresentando níveis de medo, tristeza e raiva significativamente mais elevados do que os rapazes”.

Neste estudo longitudinal, os investigadores começaram por comparar os níveis de emocionalidade negativa e positiva vivenciados pelos jovens, antes e depois da pandemia de Covid-19, numa amostra constituída por 206 adolescentes a frequentar o 9º ano de escolaridade (51% raparigas). Verificou-se um aumento significativo da tristeza, do medo e da raiva e uma descida da felicidade.

Posteriormente, na segunda vaga da pandemia em Portugal, em novembro/dezembro, em que se verificou um aumento de casos na população mais jovem, parte da amostra (122 adolescentes) foi reavaliada, “tendo-se verificado nova subida dos níveis de medo, assim como um aumento significativo de sintomas de ansiedade, comparando os dois momentos da pandemia (1ª vaga e 2ª vaga). As raparigas apresentaram níveis significativamente mais elevados do que os rapazes, de medo, tristeza e raiva, quer antes do surto pandémico de Covid-19, quer nas duas vagas da pandemia”, indica a docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação e investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC).

A equipa analisou ainda os fatores de proteção e de risco para o desenvolvimento da depressão, concluindo que “competências de autocompaixão e de mindfulness (atenção plena), uma visão mais positiva de si próprio/a e a realização de mais atividades de lazer são fatores de proteção, isto é, fatores que previnem a depressão. Pelo contrário, a sintomatologia de ansiedade constitui um fator de risco e um preditor de depressão”, relata Ana Paula Matos.

Este estudo sobre o efeito da pandemia na saúde mental dos jovens integra-se no projeto SMS (“Sucesso, Mente e Saúde”), financiado pelo programa Portugal Inovação Social e pelo Município da Figueira da Foz, que tem como grande objetivo a promoção da saúde mental e o combate ao estigma social e ao insucesso escolar associados à doença mental.

Os resultados obtidos neste estudo, conclui Ana Paula Matos, “salientam a necessidade de se dotarem os jovens de mecanismos de proteção para a depressão, promovendo competências de autocompaixão e mindfulness e uma perceção mais positiva de si próprio/a. Estes são alguns dos objetivos do projeto SMS cujos resultados preliminares indicam uma redução de sintomatologia depressiva e tristeza, bem como um aumento de mecanismos de autorregulação emocional”.

Os beneficiários vão ser contatados diretamente pelos Centros de Saúde
A vacinação contra a Covid-19 à população do concelho de Abrantes, arrancou esta manhã. Nesta primeira fase vão ser vacinados...

Os beneficiários vão ser contatados diretamente pelos Centros de Saúde e todos os utentes que não tenham transporte para o local de vacinação deverão dar conhecimento dessa situação no momento do agendamento e aguardar que depois sejam contactados para agendar o deslocamento, numa articulação feita entre a Câmara Municipal de Abrantes e as Juntas de Freguesia.

Manuel Jorge Valamatos, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, afiançou que este centro de vacinação "foi construído em colaboração e sob a égide da DGS por forma a garantir todas as condições de dignidade e conforto para os nossos munícipes", garantindo ainda "que em parceria com as nossas Juntas de Freguesia e os nossos serviços apoiaremos todos aqueles que não tenham possibilidade de se deslocarem ao centro de vacinação, porque ninguém poderá ficar para trás".

 

 

Festival Mental
As M-Talks 4ALL são conversas digitais diárias, de 22 de fevereiro a 14 de Maio, no site do Programa Nacional para a Saúde...

As M-Talks 4ALL representam um espaço de diálogo e de partilha de experiências de convidados de diversas áreas profissionais, nomeadamente, da área da saúde e saúde mental e da área da cultura.

Estas conversas procuram colocar à disposição dos espectadores informação e perspetivas que contribuam para a promoção da resiliência e recuperação no contexto pandémico atual: o que os preocupa, que dificuldades têm sentido, o que têm feito para as ultrapassar, que estratégias têm adotado, que sentimentos têm vivido, que ajustes têm feito e que ensinamentos têm retirado.

Este projeto teve início em março de 2020, coincidindo com o início da pandemia, e regressa agora para a 2ª temporada, num período em que vivemos o segundo confinamento a nível nacional.

Esta 2.ª série de conversas digitais, dedicada aos temas da Resiliência e Recuperação, integra convidados provenientes das cinco regiões de saúde de Portugal – Alentejo, Algarve, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Norte – com contextos institucionais díspares, que falam do modo como têm lidado com as atuais restrições devido ao confinamento.

As M-Talks 4ALL, são uma iniciativa do Programa Nacional Para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde em parceria com a Safe Space Portugal, co-produtora do Festival Mental.

 

Face à redução do número de internamentos por Covid-19
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) já está a devolver enfermarias e camas da Unidade de Cuidados Intensivos...

“Se a tendência de redução de casos se continuar a verificar, o CHUC irá progressivamente e de forma segura, devolver unidades de internamento à sua finalidade original e desativar os diversos níveis do plano de contingência para doente crítico, até ficar apenas com um dispositivo de resposta adequado à situação da pandemia”, revelou hoje o CHUC.

À data de hoje, o centro hospitalar contabiliza 214 internados em enfermaria Covid-19 e 50 em unidade de cuidados intensivos, o que representa 74% e 67% da taxa de ocupação, respetivamente.

De acordo com o CHUC salienta as cirurgias prioritárias e muito prioritárias nunca foram interrompidas e espera-se, em breve, a retoma de “toda a cirurgia eletiva que foi adiada, bem como aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica que, não sendo urgentes, foram também adiados”.

 

Cirurgia Estética
Durante muitos anos a abdominoplastia foi considerada uma cirurgia de risco elevado.

O objetivo da abdominoplastia para além do seu caracter estético ao reduzir o perímetro e o volume abdominal, é funcional ao permitir a reparação da parede abdominal.

São inúmeras as indicações para a realização de uma abdominoplastia sendo a deformação da parede abdominal resultante da separação muscular e o excesso de pele pós-parto a mais frequente. No entanto, a perda massiva de peso pós cirurgia bariátrica, que nos últimos anos se tem popularizado para o tratamento da obesidade, tem registado uma procura crescente da abdominoplastia para remoção da flacidez, estrias e excesso de pele resultantes.

A abdominoplastia como outros procedimentos cirúrgicos exige um planeamento exigente com discussão e informação consciente de toda a técnica, resultados e eventuais complicações com os pacientes.

Na primeira consulta é efetuada uma história clínica cuidadosa que deve incluir o registo da medicação, patologistas existentes, cirurgias efetuadas, número de gravidezes e cesarianas, índice de massa corporal e feito um exame objetivo em que é avaliada a qualidade da pele, a existência de cicatrizes e estrias, a quantidade de gordura. O tabagismo é desaconselhado de modo a evitar complicações trombo embólicas futuras. São assim pedidos exames complementares de diagnóstico tais como análises, eletrocardiograma e ecografia da parede abdominal o que permite informar o especialista sobre a diástase, separação muscular e a eventual existência de hérnias.

Em consultas posteriores é feita a documentação fotográfica pré e pós-operatória; tal como outros procedimentos cirúrgicos são explicadas as incisões a realizar, o tipo de anestesia sendo que preferimos a sedação com local para maior conforto pós-operatório do paciente, quais os riscos e complicações desta cirurgia.

A cirurgia demora entre 2 a 3 horas. A lipoaspiração, quando indicada por excesso de gordura na parede abdominal, é realizada de imediato sendo, posteriormente, efetuada uma incisão na zona do púbis ou na cicatriz de cesariana previa, quando existente, e cuja direção depende do bikini ou calção de banho usado sendo mais baixa no homem que na mulher. A reparação da parede abdominal é efetuada com encerramento da diástase dos músculos retos e dos oblíquos de modo a permitir uma definição anatómica correta da parede abdominal. O Umbigo é transposto e o encerramento cutâneo é efetuado com pontos absorvíveis pelo que não é preciso retirar pontos. Drenos são deixados por 24 a 48h.

É efetuada terapia anti trombótica, antibioterapia e analgesia bem como são utilizadas meias de compressão elástica.

Os recentes avanços das técnicas cirúrgicas permitem que a maioria dos pacientes faça esta cirurgia com internamento inferior a 24h, conduzam ao fim de uma semana e retomem a sua

atividade profissional ao fim de 2 semanas sendo desaconselhados esforços físicos durante 2 meses.

Como qualquer procedimento cirúrgico os resultados estão assentes nas corretas expectativas dos pacientes, na escolha do cirurgião, no tipo morfológico do paciente, nas patologias que tem associadas bem como num pós-operatório tranquilo e consciente.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 63 mortes e 1.032 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 36 das 63 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões centro com 11 e norte com nove. No Alentejo houve cinco mortes a lamentar e no Alentejo duas.

Quanto aos arquipélagos, não há registo de mortes, que no arquipélago da Madeira quer dos Açores, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 1.032 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 493 novos casos e a região norte 186. Desde ontem foram diagnosticados mais 146 na região Centro, no Alentejo 50 casos e no Algarve mais 61. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 93 infeções e no dos Açores três.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 3.012 doentes internados, menos 310 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 30 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 597 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 4.567 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 705.976 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 77.044 casos, menos 3.598 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 8.932 contactos, estando agora 70.767 pessoas em vigilância.

Candidaturas abertas até 1 de maio de 2021
As candidaturas à 3.ª edição da bolsa “Building Future Knowledge in mature B cell malignacies” abrem já no próximo dia 1 de...

“Mesmo no ano atípico que estamos a viver, não podíamos deixar de apoiar estes projetos, sendo isto um dos pilares do nosso trabalho diário. Mais uma vez, demonstramos assim o nosso compromisso em contribuir para a investigação das doenças hemato-oncológicas malignas”, afirma Manuel Abecasis, presidente da APCL, que desde 2003 já atribuiu mais de 450 mil euros em bolsas de investigação. 

A mesma ideia é sublinhada por João Raposo, presidente da SPH, que refere ainda que “a Hemato-oncologia é das áreas oncológicas com maior taxa de sucesso na cura definitiva de um número bastante expressivo de doentes. Para mantermos essa taxa de cura é necessário continuar a fomentar e incentivar a investigação com projetos como esta bolsa que com tanta satisfação apoiamos.” 

Podem candidatar-se a esta bolsa todos os investigadores nacionais ou estrangeiros, desde que os projetos estejam a ser desenvolvidos em instituições portuguesas. Valorizam-se projetos de caráter interdisciplinar e de colaboração entre instituições que se dediquem ao estudo das áreas do tratamento, diagnóstico, epidemiologia, qualidade de vida dos doentes e impacto a nível sociológico. As candidaturas podem ser enviadas para o email [email protected] e o regulamento deve ser consultado no site da APCL.  

“Esta é a terceira vez que a Gilead apoia esta iniciativa, porque acreditamos na importância da promoção da investigação nacional na área das doenças hemato-oncológicas”, refere Vítor Papão, Diretor Geral da Gilead Sciences Portugal.  

A coordenadora do projeto vencedor da primeira edição da bolsa, Sara Duarte, médica de Hematologia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), considera que este é “um prémio que deu grande apoio ao nosso projeto e que nos dará a possibilidade de iniciar trabalhos posteriores mais vastos”, sendo que, no seu caso, o objetivo passou principalmente pelo uso deste “suporte financeiro nos estudos de citometria de fluxo”.  

Este projeto, que recebeu a bolsa no valor de 15 mil euros, foca-se no Linfoma Linfoplasmocitico/Macroglobulinémia de Waldenstrom, um tipo de linfoma não Hodgkin, que não é muito frequente e caracterizado, pertencendo ao grupo dos linfomas indolentes. 

Prestação de cuidados
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) acaba de lançar um Guia de Recomendações para Consultas de...

“Uma vez que a pandemia de Covid-19 levou a um aumento significativo da prestação de cuidados de enfermagem à distância”, refere, em comunicado, “tornou-se fundamental elencar quais as melhores práticas a adotar na aplicação da Telenfermagem, quais os maiores desafios que se apresentam ao realizar teleconsultas e como devem atuar os enfermeiros nestas situações para que se consiga mitigar o impacto causado na população portuguesa que necessita de cuidados de enfermagem”.

Neste sentido, a equipa dinamizadora deste projeto, formada pelos enfermeiros Ricardo Ferreira (coordenador do Guia); Pedro Lopes (Presidente do Conselho de Enfermagem Regional); João Neves (Vogal do Conselho de Enfermagem Regional); Andréa Marques (Presidente da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia); Georgina Pimentel (do Serviço de Consulta Externa de Reumatologia Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra - CHUC, EPE); Ricardo Correia de Matos (Presidente do Conselho Diretivo Regional); Válter Amorim (Presidente do Conselho Jurisdicional Regional); Ana Paula Morais (Presidente da Assembleia Regional) e Ana Loureiro (da Associação de Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico Cirúrgica), e por Ana Vieira (da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas), desenvolveu um conjunto de quatro princípios e dez recomendações que deverão ser adotadas ao serem dinamizadas consultas de enfermagem à distância.

O grupo de trabalho envolveu ainda um conjunto de diversos parceiros e stakeholders relacionados com a prestação de cuidados de saúde à distância e que incluíram, não só várias instituições hospitalares, mas também associações de enfermeiros, de doentes, especialistas da área e outras entidades como os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

“O Guia de Recomendações das Consultas de Enfermagem à Distância nasce do planeamento, do empenho e da perseverança de uma equipa. É um documento que deve orgulhar todos os Enfermeiros no garante da qualidade dos seus cuidados”, destaca Pedro Lopes, Presidente do Conselho de Enfermagem Regional da SRCentro.

Ricardo Ferreira, coordenador deste Guia, assinala também que “para além do benefício direto para utentes, profissionais e gestores na área da saúde, apraz-me ter constatado a satisfação pela construção potencializada pelos diferentes intervenientes no grupo de trabalho. Considero particularmente relevante a participação das associações de doentes. É excelente verificar que, estabelecendo-se uma verdadeira colaboração, todos beneficiamos”.

Poderá consultar o documento completo ‘Guia de Consultas de Enfermagem à Distância – Telenfermagem: Recomendações’ aqui.

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