Opinião
O angioedema hereditário (AEH) é uma doença genética autossómica dominante que se manifesta por epis

O AEH com deficiência de C1 inibidor tem uma prevalência estimada de 1:50000 e está associado a mutações no gene SERPING1, estando descritas mais de 450. A deficiência de C1 inibidor pode ser quantitativa (AEH tipo I; cerca de 85% dos casos) ou funcional (AEH tipo II).

Os sintomas têm, habitualmente, início na adolescência/início da idade adulta, sendo que, quanto mais precoce o seu início, mais grave o curso da doença.

O AEH com C1 inibidor normal foi descrito mais recentemente, tendo sido identificadas mutações em vários genes, designadamente do Fator XII da coagulação, da angiopoetina, do plasminogénio, do cininogénio e da mioferlina. Outras estarão ainda por identificar. A prevalência deste tipo de angioedema não é conhecida. As primeiras manifestações ocorrem mais tarde, frequentemente após o início de terapêutica com estrogénios.

O C1 inibidor esterase é uma enzima serino-protease com papel na regulação sistema do complemento, fibrinolítico e de contacto, através da inibição de várias proteínas. A sua deficiência vai conduzir à produção exagerada da bradicinina, principal mediador do AEH, que atua a nível dos recetores β2 na superfície das células endoteliais. Na crise aguda, o aumento de bradicinina promove a permeabilidade vascular e a passagem de líquido do espaço intravascular para o espaço extravascular, causando angioedema.

O diagnóstico de AEH é baseado na clínica e confirmado laboratorialmente, através do estudo do complemento e/ou estudo genético. A ausência de história familiar não exclui o diagnóstico, uma vez que cerca de 20-25% dos casos correspondem a mutações de novo.

A expressão clínica dos vários tipos de mutações é comum e traduz-se por crises recorrentes e imprevisíveis de angioedema, que pode ser doloroso, exuberante e incapacitante e que afeta tipicamente as extremidades, face, genitais, mucosa gastrintestinal e das vias aéreas superiores, incluindo a da laringe. O angioedema laríngeo é a forma mais grave de apresentação e é potencialmente fatal. Urticária e prurido cutâneo não são manifestações da doença.

Vários fatores foram identificados como potenciais desencadeantes de crise aguda, nomeadamente hormonais, ansiedade/stress emocional, traumatismo, infeções e fármacos (estrogénios, IECAs, fibrinolíticos).

O AEH pode ter elevado impacto na atividade diária e qualidade de vida do doente. Assim, o diagnóstico precoce e a instituição de estratégias terapêuticas adequadas são fundamentais.

O tratamento inclui 3 vertentes. O tratamento da crise aguda tem por objetivo impedir a progressão da mesma, reduzindo a morbilidade e prevenindo a potencial mortalidade. Deve ser instituído o mais precocemente possível, com fármacos específicos (concentrado de C1 inibidor, via endovenosa e/ou inibidor seletivo dos recetores β2 da bradicinina, via subcutânea), preferencialmente em autoadministração. O tratamento com corticosteróides, anti-histamínicos e adrenalina não é eficaz e não está indicado.

A profilaxia de curta duração, com concentrado de C1 inibidor, está recomendada previamente a todos os procedimentos médicos ou cirúrgicos (dentários, endoscópicos e outros), associados a impacto mecânico no trato respiratório ou digestivo superior, potencialmente causador de crise aguda, nomeadamente laríngea.

A profilaxia de longa duração visa reduzir o número global e a gravidade das crises, bem como o impacto na qualidade de vida do doente. Existem várias opções terapêuticas, de acordo com as características do doente e o curso da sua doença.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Posição conjunta
A Sociedade Portuguesa de Pediatria defende a reabertura urgente das escolas sobretudo no ensino pré-escolar e nos 1.º e 2.º...

Numa posição conjunta, a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), a direção do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos e a Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, consideram urgente a reabertura das escolas e a integração das crianças em atividades adequadas às suas reais necessidades.

Para estas entidades, a urgência é maior no ensino pré-escolar e nos primeiro e segundo ciclos do ensino básico. Isto porque defendem que o contacto com os educadores e com outras crianças é de extrema importância para o desenvolvimento psicomotor de competências básicas.

“A abertura das escolas para as restantes fases de ensino poderá ter de seguir uma progressão gradual, por ciclos de ensino, deixando os mais diferenciados, em que o os métodos de ensino não presencial colocam menos dificuldades, para mais tarde. Mas não esqueçamos a necessidade de socialização dos adolescentes, cuja saúde mental está em risco”, referem.

Na opinião destes especialistas, os planos definidos para o início do presente ano letivo mostraram-se eficazes, com boa adesão de profissionais escolares e de alunos, não se tendo verificado surtos relevantes com origem nos estabelecimentos de ensino.

Por isso, defendem que o reforço da vigilância epidemiológica, pelos serviços de saúde, vai permitir minimizar o risco associado à abertura das escolas. Por outro lado, dizem que uma atuação direcionada permitirá o controlo da disseminação da doença, sem que se torne necessário regressar a medidas mais agressivas.

Nesta posição conjunta, lembram que “desde o início verificou-se que as crianças eram pouco afetadas, apresentando em regra doença ligeira, com casos muito esporádicos de doença grave, e cedo se percebeu que, em contraste com outras doenças virais mais conhecidas, contribuíam pouco para a disseminação da doença”.

Para estas entidades, o encerramento das escolas e a obrigatoriedade de permanência em casa das crianças de todos os escalões etários contribui de forma direta para os efeitos que a doença covid-19 tem sobre estas ao nível do desenvolvimento, da aprendizagem, dos comportamentos, das rotinas e no relacionamento familiar e social.

“As crianças de risco social elevado, que têm na escola momentos de normalidade, de segurança e alimentação adequada, estão ainda mais propensas ao risco causado pelo distanciamento. Recordamos que, muitas vezes, é da escola que parte o primeiro alerta que dá início a investigação e medidas de proteção”, referem.

Segundo a SPP, o Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos e a Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, todas as alterações e as desigualdades sociais e riscos associados, têm um efeito direto na esperança de vida destas crianças e na capacidade de evolução da própria sociedade nos anos futuros.

 

Taxas de ocupação caiem na região Centro
Com o número de doentes internados a descer na região centro, o número de camas em enfermarias Covid-19, têm vindo a reduzir....

O boletim diário revela que às 23:59 de segunda-feira, os hospitais da região Centro contabilizavam 307 internados em enfermaria e 88 em unidades de cuidados intensivos, que representava uma taxa de ocupação de 54% e 57%, respetivamente.

Relativamente ao último ponto de situação, realizado na quarta-feira passada, registam-se menos 227 internados em enfermaria e menos 17 em unidades de cuidados intensivos.

A ARS do Centro refere ainda que na segunda-feira os hospitais do Centro emitiram 59 altas médicas e registaram seis vítimas mortais e 23 novas admissões.

Nas unidades do setor social, privado, militar e estruturas de apoio de retaguarda estavam internados 18 doentes com Covid-19 e 57 com outras patologias.

 

 

Mais de metade da população tem peso a mais
Conceição Calhau, professora catedrática da NOVA Medical School e investigadora do CINTESIS – Centro de Investigação em...

A investigadora, que também é coordenadora da Licenciatura em Ciências da Nutrição da NOVA Medical School, explica que “a microbiota intestinal é constituída por triliões de micro-organismos, entre os quais bactérias, fungos, vírus, em número equivalente às células humanas, e que contribuem para o equilíbrio do organismo”. Acrescenta que, quando esta vasta comunidade de micro-organismos entra em desequilíbrio (disbiose), podem ocorrer uma série de alterações metabólicas, não só associadas à obesidade, como a doenças neurodegenerativas, diabetes, cancro ou doenças cardiovasculares. 

“A disbiose em doentes com excesso de peso e obesidade tem sido amplamente estudada nos últimos 15 anos. Está provado que a microbiota saudável é crucial na regulação de vários processos fisiológicos, entre eles os envolvidos no controlo do apetite”, refere Conceição Calhau. Entre os fatores que podem levar a este desequilíbrio do ecossistema intestinal estão, por exemplo, os estilos de vida, a dieta, a atividade física, a exposição a medicamentos (antibióticos, por exemplo), o stresse e a qualidade do sono, sublinha a investigadora. 

Bactéria Hafnia alvei HA4597 é promissora 

De acordo com Conceição Calhau, a investigação biomédica está cada vez mais focada na microbiota. Recentemente foram publicados estudos clínicos e pré-clínicos que demonstram que “a administração crónica de uma bactéria produtora de ClpB está associada à perda de peso, com diminuição da hiperfagia e ativação da lipogénese no tecido adiposo”, mesmo quando há exposição a uma dieta obesogénica, que induz o aumento de peso. 

A proteína ClpB é produzida pelas enterobactérias Hafnia alvei. Atua no controlo do apetite, suprimindo a fome, e tem a capacidade de comunicar com os neurónios responsáveis pela sensação de saciedade, ao nível do hipotálamo.  

“A bactéria Hafnia alvei HA4597 apresenta-se como um probiótico promissor na gestão de peso, quer em pessoas com excesso de peso, quer em obesos”, remata a investigadora Conceição Calhau. 

Formato híbrido
A Associação Portuguesa para as Doenças Congénitas da Glicosilação e Outras Doenças Metabólicas Raras (APCDG), em conjunto com...

“Embora muito provavelmente não nos possamos juntar pessoalmente este ano, devido às contínuas incertezas em torno da pandemia Covid-19, estamos a planear o Congresso de forma híbrida. Assim, a opção online assegura o acesso, a equidade e a inclusão de todos os participantes”, afirma Vanessa Ferreira, fundadora da APCDG e co-fundadora e investigadora da rede de investigação CDG & Allies - PPAIN.

O evento tem como objetivo identificar as principais necessidades e desafios que as famílias CDG e profissionais enfrentam. Pretendendo-se também conhecer as últimas inovações nesta área de forma a proporcionar soluções adaptadas a cada doente.

"Estamos profundamente gratos a todos os voluntários que estão atualmente envolvidos em assegurar as atividades importantes relacionadas com este evento. Em particular, deixamos o nosso enorme agradecimento aos voluntários do Programa de Voluntariado NOVA Sci & Tech que estão a criar muitos recursos de consciencialização e educação que serão lançados pela primeira vez no decorrer do Congresso. ", afirma Sandra Brasil (investigadora da CDG & Allies - PPAIN e voluntária na APCDG). 

Além disso, "Andrea Miller da CDG CARE (EUA) deu uma enorme ajuda na definição da agenda, a equipa da CDG & Allies - PPAIN está a assegurar outras operações relevantes relacionadas com a logística e, José Graça a prestar apoio informático. Todos têm sido fundamentais para que o evento seja um sucesso", acrescenta Carlota Pascoal (investigadora da CDG & Allies - PPAIN e voluntária na APCDG).

O Congresso de cariz bianual vai ter novidades, como é exemplo o programa Academia “Think Metabolic, Think CDG,” que visa fornecer conhecimentos e competências para que os intervenientes se tornem especialistas em investigação e desenvolvimento de terapias em CDG. Assim, e de forma a assegurar uma participação ativa na conferência, os participantes poderão alcançar o distintivo de "CDG Expert Level 2".

“De dois em dois anos, 450 famílias e profissionais de todo o mundo reúnem-se no nosso Congresso para aprender os mais recentes avanços dedicados ao mundo das CDG. É a oportunidade de muitas famílias terem contacto direto com outras que lutam diariamente por uma melhor qualidade de vida destas crianças e adultos. Este evento também simboliza apoio, força, esperança e amizade.”, conclui Paula Videira (co-fundadora e investigadora da rede CDG & Allies PPAIN). Como foi já referido, na iniciativa vão participar cerca de 120      palestrantes: famílias, associações de doentes, investigadores, médicos, empresas farmacêuticas e especialistas em doenças raras, provenientes de 25 países diferentes. 

A submissão dos abstracts requer inscrição prévia, que decorre entre os dias 1 de março a 1 de abril de 2021. Para mais informações e inscrições, consultar:  https://worldcdg.org/world-conference-cdg     

Pode também consultar o programa em: https://worldcdg.org/world-conference-cdg/program

Perda de massa muscular, problemas de sono e de funcionamento intestinal
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai lançar um conjunto de vídeos...

Os outros vídeos são dedicados aos problemas relacionados com o sono e com o regular funcionamento dos intestinos.

O confinamento tem diversas consequências nas pessoas e em especial nos idosos. Não só sobre a componente emocional e afetiva, sensação de solidão, de abandono, de inutilidade, monotonia de dias seguidos sem atividades fora de casa num ambiente fechado, como também sobre a componente física.

“A pouca mobilidade a que o idoso está sujeito, limitando-se a deslocações dentro das divisões da sua residência e a longos períodos sentado ou deitado, ocasionam perde de massa muscular. Sabendo como a massa muscular dos idosos se reduz fisiologicamente, tanto mais quanto mais se envelhece, podendo a redução ser de 50% aos 80 anos, percebemos como a hipomobilidade agrava este fenómeno. A atrofia muscular originada pelo confinamento traduz-se na perda parcial ou total da autonomia motora e pelo agravamento da incidência de quedas” afirma João Gorjão Clara, coordenador do NEGERMI.

Este primeiro vídeo, além da importância do exercício físico, aborda temas como a necessidade de uma dieta rica em proteínas com o recurso eventual a suplementos nutricionais ricos em proteínas e outras medidas simples, mas igualmente importantes.

O primeiro vídeo está disponível em: https://www.spmi.pt/negermi-confinamento-nos-idosos/

 

Estabelecimentos de ensino e locais de trabalho
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou, na passada sexta-feira, uma atualização da norma referente à Estratégia Nacional de...

Para além do alargamento na testagem, já previsto na versão anterior, a Direção Geral da Saúde decidiu consolidar alguns contextos, particularmente no que se refere aos rastreios comunitários ou ocupacionais. Neste caso, “a operacionalização é implementada de forma progressiva através de planos sectoriais, para melhor se adaptarem às necessidades de testagem”, pode ler-se na nota informativa agora publicada no site da DGS.

Esta atualização determina que “nos estabelecimentos de ensino e nos locais com maior risco de transmissão em meio laboral estes rastreios devem ser periódicos nos concelhos com incidência cumulativa a 14 dias superior a 120/100.000 habitantes”. Para o efeito, devem ser utilizados testes rápidos de antigénio, podendo também ser considerada a amostra de saliva para a realização dos rastreios laboratoriais, utilizando-se, nesses casos, os testes moleculares.

“Os testes em larga escala, integrados com outras medidas de Saúde Pública, são um elemento chave para limitar a propagação da Covid-19 e a DGS continua a alinhar as atualizações da estratégia nacional de testes com as necessidades decorrentes da evolução da pandemia a nível nacional e com as recomendações internacionais”, refere a nota.

 

Balanço diário
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 38 mortes e 691 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 18 das 38 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 10 e centro com sete. No Alentejo há uma morte e no Algarve duas.

Quanto aos arquipélagos, não há registo de mortes, nem na Madeira nem nos Açores, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 691 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 255 novos casos e a região norte 166. Desde ontem foram diagnosticados mais 73 na região Centro, no Alentejo 27 casos e no Algarve mais 11. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 140 infeções e no dos Açores 19 nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.997 doentes internados, menos 170 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 23 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 446 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 3.230 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 723.465 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 65.793 casos, menos 2.577 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 4.368 contactos, estando agora 36.859 pessoas em vigilância.

Movimento Saúde em Dia apresenta medidas essenciais
O Governo quer que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que esteve em consulta pública até ao passado dia 1, seja “o...

Inserido no Next Generation EU, um “instrumento europeu temporário concebido para impulsionar a recuperação económica e social, tendo presentes os danos causados pela pandemia Covid-19”, o documento era aguardado com expectativa, sobretudo tendo em conta os dados dados partilhados por este Movimento com base no Portal da Transparência, que dão conta de: menos 7,8 milhões de consultas médicas presenciais nos cuidados de saúde primários, menos 3,6 milhões de contactos presenciais de enfermagem, menos 1,3 milhões de consultas hospitalares, menos 126 mil cirurgias e menos 25 milhões de meios complementares de diagnóstico e terapêutica em 2020, dados aos quais se juntam as mais de 169 mil mulheres com rastreio ao cancro da mama  e as mais de 140 mil com o rastreio ao cancro do colo do útero por realizar, assim como mais de 125 mil portugueses sem rastreio ao cancro do cólon e reto.

Perante estes números, é seguro afirmar que muitos doentes ficaram por diagnosticar, o que vai conduzir a diagnósticos em estadios mais avançados e, muito possivelmente, a situações já dificilmente recuperáveis. Era, por isso, um imperativo nacional ter um plano de recuperação para estes doentes, que não se verifica. E não se verifica ainda, alerta o Movimento Saúde em Dia, uma visão estratégica para o sistema de saúde português.

Sendo a área da saúde uma das mais afetadas pela pandemia, e tendo o PRR disponíveis cerca de 14 mil milhões de euros, com um período de execução até 2026, tornava-se essencial compreender de que modo é que as verbas disponíveis poderiam ser utilizadas na reforma do sistema de saúde. No entanto, o que se faz é aproveitar os fundos europeus para concretizar promessas antigas, algumas já iniciadas e projetadas há 15 anos, perdendo-se a oportunidade de responder aos imensos desafios que se apresentam ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que a pandemia veio evidenciar.

Não inclui estratégias destinadas ao setor social, com o objetivo de proteger os idosos; identifica a fragmentação de cuidados, mas perpetua medidas independentes para os diferentes níveis de cuidados, em vez de fomentar a sua integração; não acautela como será feita a gestão do conjunto de profissionais de saúde esgotados, depois da dedicação exemplar e irrefutável no combate à pandemia.

Enquanto parceiro do SNS, este Movimento elaborou um conjunto de medidas que acredita serem relevantes para um plano de recuperação, a incluir no PRR ou noutro mecanismo de financiamento nacional. 

Estas medidas passam por identificar as áreas e os doentes prioritários a recuperar, através da análise dos dados dos Cuidados de Saúde Primários, definindo um conjunto de metas para a recuperação destes doentes; aumentar o acesso a todos os cuidados de saúde, através de um Programa Excecional para a resolução de listas de espera para cirurgias, consultas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica.

O Movimento Saúde Dia sugere ainda a criação de uma via verde de oncologia, que permita a identificação rápida dos potenciais diagnósticos oncológicos que não foram realizados devido à pandemia e a emissão de credenciais eletrónicas para realização de rastreios oncológicos no setor convencionado, com a possibilidade de os prestadores convencionados com o SNS agendarem diretamente consulta posterior com os hospitais do SNS.

A análise tem o apoio da MOAI, consultora do para o Movimento Saúde em Dia.

Investimento na nanotecnologia
Bill Gates acredita que vivemos na iminência de novos e mais perigosos surtos, ao mesmo tempo que lutamos contra a mudança...

O fundador e filantropo da Microsoft já tinha alertado sobre a possibilidade de vir a existir uma pandemia global como a Covid-19 numa Ted Talk realizada em 2015 e deixouas suas últimas previsões numa entrevista sobre o seu novo livro.

Questionado sobre "qual será o próximo desastre global?", Bill Gates respondeu sugerindo uma pandemia mais sinistra causada, deliberadamente, por humanos, além do espectro contínuo da mudança climática:

“Relacionado às pandemias está algo sobre o qual as pessoas não gostam muito de falar, que é o bioterrorismo; que alguém possa criar um vírus para causar uma catástrofe mundial…”

A Fundação Bill e Melinda Gates já doou vários biliões de dólares para inovações e tecnologia para prevenir e proteger contra pandemias: em 2010, a fundação prometeu 10 biliões de dólares para o desenvolvimento de vacinas em dez anos e, recentemente, doou cerca de 250 milhos de dólares extra para fazer frente ao surto da Covid-19.  

A necessidade potencial e o crescimento neste setor também está a atrair mais investimento. Exemplo disso, é o Vector Innovation Fund, com sede em Luxemburgo, que investiu um subfundo, no valor de 300 milhões de dólares, em tecnologia para cuidados de saúde em preparação para o ' próximo Covid '.

Este subfundo está a ajudar a iniciar a nova era de investimento impulsionado pela tecnologia na saúde global, um setor que deverá crescer 50%, a cada ano, em direção a um mercado de 1,333 triliões de dólares em 2027 (fonte: Precedence Research 2020).

Numa entrevista recente à Forbes, Bill Gates sugeriu que devemos preparar-nos para futuras pandemias como se fossem uma ameaça de guerra, e a carta anual da fundação de Gates para 2020 pediu às nações ricas que investissem dezenas de biliões de dólares para estarem prontas para a próxima pandemia após Covid-19.

A apoiar Bill Gates está a The World Nano Foundation (WNF), a organização sem fins lucrativos que promove a inovação e a comercialização de tecnologias em nanoescala.

Paul Sheedy, o cofundador da organização disse que "Bill Gates não está a prometer apenas grandes quantias da sua própria fundação, mas também a pedir o investimento governamental e privado em questões globais como proteção contra pandemia e mudança climática, onde as nanotecnologias podem desempenhar um papel vital."

A nanotecnologia ajudou a acelerar o desenvolvimento e a distribuição de vacinas Covid-19, o investimento para desenvolver uma vacina de mRNA universal e outras medidas mais que vão ser cruciais para a proteção global de outro surto de vírus.

“Nanomedicinas e diagnósticos baseados em nano e outros avanços da nanotecnologia têm sido vitais para a batalha contínua contra a Covid-19”, acrescentou Paul Sheedy, destacando a necessidade de apoiar a ciência e a tecnologia com investimentos” que podem beneficiar a todos nós, ao mesmo tempo em que agregam valor e estendem a longevidade humana”.

Dependência Tecnológica
Hoje a tecnologia está presente em todas as áreas da nossa vida.

É muito importante fazer com que os nossos filhos percebam que a tecnologia não é má. É uma ferramenta muito eficaz na hora de aprender e, nestes tempos difíceis, de estar conectado com pessoas que estão longe.

No entanto, eles não devem ocupar todas as suas horas de lazer com dispositivos tecnológicos. Aqui estão cinco dicas para ajudá-los a libertarem-se um pouco da tecnologia:

Limite o tempo de uso. É muito importante estabelecer horários de uso dos ecrãs. Embora o estudo geralmente esteja vinculado à tecnologia, é fundamental limitar as horas de lazer relacionadas com este tipo de dispositivos.

Promova atividades ao ar livre. A melhor maneira de as crianças esquecerem a tecnologia por um tempo é fazendo todos os tipos de atividades ao ar livre. Embora na situação atual os passeios sejam mais escassos e com menos companhia, praticar desporto em família podem ser uma boa solução.

Ajude-os a encontrar um hobby “analógico”. Nem todos os hobbies devem estar relacionados à tecnologia. Ajude o seu filho a encontrar uma atividade analógica, experimentando algumas delas: artesanato, desenho, leitura, jogos de tabuleiro... Os seus filhos vão se sentir completos e ocupados a fazer algo de que gostam.

Promova “tempo para a família”. A comunicação familiar é muito importante para o bom desenvolvimento dos filhos. Com o ritmo de vida atual, isso está a tornar-se cada vez mais complicado. Reservar algum tempo para a família, como jantares sem televisão ou tecnologia, vai ajudar a família a esquecer um pouco o mundo digital.

Seja um modelo. O mais importante de tudo é dar o exemplo. Tratar dos nossos filhos enquanto prestamos atenção ao telemóvel apenas reforça a sua dependência da tecnologia.

As crianças devem saber as coisas boas sobre tecnologia, mas sem se tornarem dependentes dela. Um bom controlo parental sobre os dispositivos que os filhos usam também é uma ferramenta essencial para que eles tenham uma relação saudável com a tecnologia. Aceite estes conselhos da TP-Link para uma vida mais equilibrada e saudável.

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Sessões gratuitas
Depois do sucesso da primeira edição, a Mamãs e Bebés regressa, em março, com o projeto “Mamãs em Forma”. Esta continuará a ser...

De forma a combater o sedentarismo, provocado pelo confinamento obrigatório, esta segunda edição pretende continuar a incluir o exercício físico na rotina das futuras mães, quebrando rotinas e apelando a que todas as grávidas se mantenham em forma e saudáveis durante esta etapa tão especial das suas vidas.

João Dias, Personal Trainer certificado e especializado em exercício físico para grávidas e pós-parto, continuará a conduzir todas as sessões da “Mamãs em Forma”. Esta renovação, por mais um mês, tem como objetivo motivar as futuras mães à prática de exercício físico, prevenindo a diabetes gestacional e o aparecimento de varizes. É fundamental relembrar a importância de uma postura correta durante a gravidez previne o aparecimento de lombalgias e facilita o trabalho de parto devido ao exercício a nível do soalho pélvico.

 

1 em cada 3 portugueses sofre de dor crónica
No âmbito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala no próximo dia 8 de março, a Associação Portuguesa para o Estudo da...

Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), afirma que “a dor crónica tem um impacto negativo na mulher que vai muito além da dor física, já que provoca sequelas psicológicas, isolamento, incapacidade, absentismo e perda de qualidade de vida. É fundamental compreender que existe uma necessidade urgente no acesso ao tratamento e gestão da dor crónica por parte das mulheres para que estas possam melhorar a sua saúde e qualidade de vida”. 

As mulheres tendem a ter dores mais recorrentes, intensas e douradoras do que os homens, sobretudo devido ao facto de estarem associadas a condições ou doenças que são também mais frequentes nas mulheres. Entre os tipos de dor que afetam mais as mulheres e que têm um impacto significativo na sua qualidade de vida, destacam-se a fibromialgia, em que 80 a 90% dos casos diagnosticados são mulheres, a lombalgia, a artrite reumatoide, a osteoartrose, a disfunção da articulação temporomandibular, a dor ginecológica, a dor pélvica crónica e as cefaleias que são também muito prevalentes na população feminina. 

A dor crónica na mulher tem um impacto global significativo, mas persiste a falta de consciência e reconhecimento. Fatores psicossociais e biológicos, em conjunto com as barreiras económicas e políticas ainda existentes, influenciam a forma como a dor é percecionada e deixam milhões de mulheres a viver sem o tratamento adequado. Desta forma, é extremamente importante sensibilizar para o controlo da gestão da dor crónica nas mulheres para garantir acompanhamento e tratamento adequados e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida. 

 

Fim à discriminação entre Enfermeiros
O Grupo Greve Cirúrgica apresentou ontem, dia 01 de março, uma proposta de Decreto-Lei aos representantes do SITEU e SIPENF,...

Atualmente, aos Enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho (CIT) e Enfermeiros com Contrato de Trabalho em Funções Públicas (CTFP) que laborem para o Ministério da Saúde, são-lhes impostos os mesmos deveres e oferecidos regimes de progressão de carreira e níveis remuneratórios diferentes, numa clara violação do princípio constitucional da igualdade.

O Grupo Greve Cirúrgica apresenta agora uma proposta de Decreto-Lei que visa pôr fim a esta discriminação entre Enfermeiros, garantindo uma Carreira Única para a Profissão de Enfermagem. O documento foi ontem entregue para apreciação dos dois sindicatos, o SITEU e o SIPENF, que mostraram interesse em receber o documento para análise.

“É urgente garantir uma Carreira Única de enfermagem, pondo fim às desigualdades existentes dentro da mesma classe, frutos de incongruências legislativas. Não é possível trabalharmos lado a lado as mesmas horas, no mesmo serviço, para a mesma entidade patronal, ter as mesmas obrigações e no final não termos os mesmos direitos” explicam os representantes do Grupo Greve Cirúrgica. “Estas desigualdades podem ser resolvidas pela alteração da Lei em vigor passando a abranger todos os enfermeiros, independentemente do seu vínculo laboral”, acrescentam.

O Grupo Greve Cirúrgica iniciou este processo no início de 2020 quando solicitou a intervenção da Provedora de Justiça. Um ano depois, em janeiro de 2021, o Provedor-Adjunto alerta para a necessidade da alteração do sistema de contagem de pontos para efeitos de progressão de carreira que penalizou os enfermeiros em regime de Contrato Individual de Trabalho, e solicita a intervenção do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Em 2018, a Comissão de Revisão da Lei de Bases da Saúde também já tinha proposto a unidade das carreiras dos profissionais de saúde do Serviço Nacional de saúde, independentemente da relação jurídica de emprego.

Iniciativa do Departamento da Criança e do Jovem
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), através do Departamento da Criança e do Jovem, vai esclarecer as principais...

De acordo com Helena Loureiro, Diretora do Serviço de Pediatria do HFF, esta iniciativa “poderá esclarecer dúvidas e assim contribuir para melhorar significativamente a qualidade do sono dos bebés e da respetiva família”. A médica pediatra, especialista em sono, refere ainda que “é muito importante a consciencialização da importância do sono do bebé e das crianças pequenas para um bom crescimento e desenvolvimento, assim como para a estabilidade de toda a família.

“Esta é também mais uma forma de aproximar o Hospital da comunidade em que nos inserimos para que sintam ainda mais apoio quando nos deixam e têm que lidar com uma nova realidade: cuidar de um bebé”, conclui Helena Loureiro.

As mensagens serão respondidas pelos especialistas em sono pediátrico do HFF. Os pais podem esclarecer as suas dúvidas, entrando em contato com o departamento responsável, através do email: [email protected].

Um bom sono desde o nascimento é condição essencial para um crescimento saudável da criança. Além disso, quando os bebés dormem bem, os pais descansam melhor. Pais descansados estão de bom humor e espalham felicidade, o que se reflete também nas próprias crianças.

 

Fertilidade
Com um impacto profundo na vida da mulher, estima-se que a endometrioses atinja uma em cada 10 mulhe

“A endometriose tem um impacto profundo na vida das mulheres. Ao causar dores intensas diminui a qualidade de vida, interfere com a intimidade nos relacionamentos e pode causar depressão e infertilidade. O tempo médio para o diagnóstico é de quatro a onze anos, o que pode protelar o sonho da maternidade”, explica Tatiana Semenova, ginecologista e especialista em fertilidade da Clínica IVI Lisboa. Acrescenta que muitas mulheres demoram a procurar ajuda médica porque a dor, menstrual ou a da intimidade, ainda pode ser um tabu.

A queixa mais frequente é dor menstrual ou dor pélvica crónica, mas também podem existir sintomas gastrointestinais ou urinários se os implantes de endometriose invadirem outras estruturas, como o intestino grosso, a bexiga ou o reto”, explica.

A endometriose pode provocar obstrução das trompas, distorção de anatomia pélvica ou formação de quistos ováricos que, em determinadas ocasiões, necessitam de cirurgia, com a consequente perda de tecido ovárico e diminuição da reserva ovárica.

MITOS

  1. É sempre doloroso

Embora na maioria das vezes cause dor intensa, há casos em que pode ser assintomática.

  1. Está ligada ao cancro do ovário

A endometriose é uma doença benigna. É muito raro tornar-se condição maligna.

  1. A gravidez cura a endometriose

Pode sentir-se alívio dos sintomas durante a gravidez – a doença “adormece”, mas na maioria dos casos os sintomas voltam após o parto.

  1. É uma doença rara

Esta doença afeta cerca de 10-15% da população feminina. A incidência não pode ser considerada pouco frequente.

VERDADES

  1. Pode causar infertilidade

Quando não tratada, a endometriose pode evoluir, dificultando a gravidez. Cerca de 35% das mulheres inférteis podem ter endometriose. E das mulheres com endometriose, 40% podem sofrer de infertilidade. Daí a importância do diagnóstico precoce.

  1. É hereditário

Não está comprovado, mas parece existir maior probabilidade de a mulher ter endometriose quando há casos na família.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dádivas benévolas de sangue
Depois da polémica, o Ministério da Saúde fez saber que foi criado um grupo de trabalho para rever, no prazo de uma semana, a...

O grupo de trabalho foi constituído por decisão do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, na sequência da conclusão do estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre "comportamentos de risco com impacte na segurança do sangue e na gestão de dadores", segundo um comunicado do ministério.

Este grupo será constituído por “por representantes da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I.P. e, a título consultivo, de entidades da sociedade civil, cooptadas pelos integrantes do Grupo de Trabalho”

O gabinete de Lacerda Sales, revelou ainda que o grupo de trabalho agora criado "terá uma semana para a análise do estudo e respetiva alteração da norma em conformidade".

 

Casos globais voltaram a aumentar
Apesar da propagação da Covid-19 estar a desacelerar em alguns países devido a confinamentos e programas de vacinação, a...

De acordo com Michael Ryan, embora a vacinação das pessoas mais vulneráveis, incluindo profissionais de saúde, tenha contribuído para retirar a “tragédia e o medo” da situação e para aliviar a pressão sobre os hospitais e a “tragédia e o medo” que atingiu a sociedade, o vírus ainda está a “controlar” a situação. Recorde-se que, de acordo com The Guardian, o número de novas infeções globais voltou a aumentar.

Ainda assim, o responsável da OMS sublinha que se as vacinas começarem a ter impacto não apenas no número de mortes e de hospitalizações, mas também um efeito “significativo na dinâmica de transmissão e no risco de transmissão”, será possível acelerar o controlo desta pandemia.

Quanto ao aumento do número de casos de Covid-19 em várias regiões do globo, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aponta que embora seja “dececionante”, não está surpreendido. “Estamos a trabalhar para entender melhor esses aumentos na transmissão”, referiu adiantando que esta situação pode ser explicada, em parte com “o relaxamento das medidas de saúde pública, à circulação contínua de variantes e as pessoas a baixar a guarda”.

 

 

Alerta o INSA
De acordo com a nota publicada pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, “a aspergilose pulmonar invasiva associada a...

A síndrome respiratória aguda grave causada pelo SARS-CoV-2 causa graves danos ao epitélio das vias respiratórias, sendo este um dos fatores que contribui para a infeção por Aspergillus.

Segundo o INSA, “a CAPA foi descrita recentemente e é ainda pouco conhecida pela comunidade médica, mas o aumento do número de casos tem causado preocupação a nível internacional”. Além disso, sublinha, o seu diagnóstico “é difícil e requer uma abordagem multidisciplinar que inclui imagiologia, critérios clínicos e laboratoriais”.

O Laboratório Nacional de Referência para Infeções Parasitárias e Fúngicas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) é o laboratório de referência para o diagnóstico laboratorial das infeções fúngicas, nomeadamente infeções por Aspergillus, realizando diagnóstico laboratorial por métodos convencionais (cultura e microscopia), deteção do antigénio galactomanano de Aspergillus, e deteção molecular por RT-PCR, recomendados pela guideline recentemente publicada para o diagnóstico da CAPA.

 

 

Vacina contra a Covid-19
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou esta segunda-feira que as pessoas com trissomia 21 vão fazer parte dos...

“O plano tem uma espinha dorsal que é respeitada, mas vai sofrendo pequenos afinamentos em função dos grupos que necessitam de ser vacinados numa determinada fase”, explicou, em declarações aos jornalistas numa conferência de imprensa que decorreu no Ministério da Saúde. 

De acordo com a especialista em saúde pública, as análises e estudos realizados demonstraram que há um impacto real da Covid-19 nesta população, pelo que a proposta para a sua inclusão entre os prioritários mereceu o aval da ‘task force’ coordenadora do plano de vacinação e do gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales. 

“Questionados sobre se a Trissomia 21 devia ou não ser incluída nos grupos prioritários, fomos fazer uma análise ao impacto desta doença no internamento e na mortalidade e tendo concluído que sim, que impacta, pelo menos em Portugal e noutros países, obviamente fizemos essa proposta à ‘task force’ e ao gabinete do secretário de Estado e a proposta foi bem acolhida”, adiantou em conferência de imprensa.  

Segundo a Diretora-Geral da Saúde, vão estar abrangidas cerca de 3.500 pessoas acima dos 16 anos. Embora a população total com Trissomia 21 corresponda a “cerca de 6.000 pessoas”, explicou, não podem ser neste momento vacinadas face ao licenciamento das atuais vacinas (16 anos para a vacina da Moderna e 18 anos para as vacinas da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca). 

Graça Freitas revelou que o grupo de trabalho está aberto “a poder analisar outros grupos que vão sendo propostos, quer no âmbito de reduzir morbilidade e mortalidade, quer noutros âmbitos, nomeadamente, acrescentar resiliência à sociedade”.

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