Apoiar 250 doentes por ano
A Unidade de Internamento de Cuidados Paliativos (UICP) no Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira entrou em...

A funcionar num espaço físico independente, refere a nota publicada na página do Serviço Nacional de Saúde, e com uma equipa multidisciplinar a tempo inteiro, este serviço vai cobrir toda a área de influência do centro hospitalar de Leiria, com um total de cerca de 400 mil utentes.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio Carvalho, estima-se que esta valência, “há muito ambicionada e necessária” venha a prestar cuidados especializados a “cerca de 250 doentes por ano”.

A nova UICP, que ocupa o antigo Serviço de Cirurgia Geral do hospital, conta com 12 camas, distribuídas por 10 quartos, espaços de trabalho para os profissionais, sala de tratamentos, zona de limpos e sujos, refeitório, e sala de convívio e de atividades.

A unidade integra o Serviço de Cuidados Paliativos, que inclui uma equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos, a consulta externa e o hospital de dia.

O projeto teve um investimento de cerca de 680 mil euros, cofinanciado em 156.825 mil euros no âmbito do Programa Portugal 2020. A unidade contou ainda com uma contribuição da Câmara Municipal de Alcobaça, no valor de 75 mil euros, para aquisição de equipamentos e mobiliário.

As UICP são serviços específicos de cuidados paliativos em unidades hospitalares, que dispõem de espaço físico independente, com médicos e enfermeiros a tempo inteiro, e que se destinam ao acompanhamento dos doentes com necessidades paliativas mais complexas, em situação de descompensação clínica ou emergência social, como seja a exaustão grave do cuidador.

Movimento nacional 50+
Entre os dias 15 de março e 14 de abril a Fundação Ageas, a Médis, as Farmácias Portuguesas, a Fundação Millennium bcp, a...

De acordo com os dados da International Agency for Research on Cancer, 90% dos casos são detetados a partir dos 50 anos e 85% surgem sem qualquer relação de histórico familiar. Se este tipo de cancro for detetado numa fase inicial, a taxa de sobrevivência é de 90%, enquanto que se for descoberto num estado mais avançada as hipóteses de sobrevivência caiem para 10%, segundo o Global Cancer Observatory.

Em Portugal, só o ano passado, foram diagnosticados 10501 novos casos deste tipo de cancro. Ou seja, 28 casos por dia. Ao todo, em igual período, registaram-se 2972 mortes.

Na sequência da pandemia, os rastreios CCR foram suspensos durante alguns meses o que, de acordo com a entidades envolvidas nesta campanha, “irá ter, num futuro próximo, consequências dramáticas”. De acordo com as estimativas da Liga Portuguesa Contra o Cancro, mais de mil cancros colorretal.

“Com o objetivo de contribuir positivamente para uma alteração estrutural do panorama atual”, esta ação, desenvolvida no âmbito de uma política de responsabilidade social corporativa da Médis e das Farmácias Portuguesas, à qual a Fundação Ageas se associou, assenta no lançamento de um movimento nacional chamado “50+”.

“Esta é uma campanha desenvolvida com o objetivo de colocar o foco na importância de fazer uma deteção precoce através de um processo muito simples de testagem”, referem em comunicado. “O processo está acessível a todos os interessados através da obtenção de um kit de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Destina-se a pessoas entre os 50 e os 74 anos, assintomáticas, sem histórico de neoplasia e/ou pólipos colorretais, doença inflamatória intestina ou história familiar em 1º ou 2º grau de contro colorretal ou adenoma”.

Katrien Buys, Diretora de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade do Grupo Ageas Portugal, reforça que “num momento em que os rastreios e a prevenção passaram para segundo plano, fruto das circunstâncias, é imperativo trabalhar para ajudar a prevenir aquela que é considerada a terceira causa de morte por cancro no mundo. Precisamente por este motivo, a Fundação Ageas, em conjunto com a Médis, as Farmácias Portuguesas, a Fundação Millennium bcp e a Fundação Calouste Gulbenkian, procuraram encontrar uma solução fácil, simples e acessível a todos os portugueses, de apoiar na deteção precoce do cancro colorretal”.

Para tal, os interessados só têm de se deslocar a uma das farmácias que participam na iniciativa e aderentes à rede de prestadores da Médis para solicitar um kit, que vem acompanhado de um livro de banda desenhada alusivo ao tema, da autoria do Dr. Luc Colemont, que fundou a associação belga sem fins lucrativos ‘Stop Darmkanker’ (Stop Cancro Colorretal), e ilustrado por Mario Boon.

Após a colheita das amostras de fezes, estas devem ser entregues na farmácia onde foi requisitado o kit da campanha e, com base no resultado, o farmacêutico irá aconselhar sobre os passos seguintes a serem tomados.

O kit tem o custo simbólico de 5€, sendo que os primeiros 4 mil vão ser oferecidos pela Fundação Ageas. Para todos os clientes Médis, os kits são totalmente grátis.

A Câmara Municipa de Cascais juntou-se ao movimento, adquirindo rastreios para oferecer aos seus residentes e a Trivalor, a Super Bock e a Inter Partner Assistance Portugal para oferecer aos seus colaboradores.

A Fundação Ageas vai ainda oferecer kits de rastreio a algumas instituições de solidariedade social parceiras.

Doenças Congénitas de Glicosilação (CDG)
A Associação Portuguesa para as Doenças Congénitas da Glicosilação e Outras Doenças Metabólicas Raras (APCDG), em conjunto com...

Neste estudo, composto por dois inquéritos, é possível compreender o percurso que os doentes e os seus familiares realizaram desde os primeiros sintomas ao diagnóstico; as suas preocupações e necessidades; bem como as estratégias adotadas para viver com este tipo de doença.

“Esta investigação é pioneira, porque vem compreender aspetos nunca antes analisados: além de mapear a vertente funcional e clínica, trata também da vertente emocional, que é uma parte muito importante do processo. Pode-se mesmo aferir que a viagem emocional é o que dá a verdadeira visão holística da pessoa que passa por este percurso”, afirma Vanessa Ferreira, fundadora da APCDG e co-fundadora da rede CDG & Allies PPAIN.

Segundo Cátia Neves, investigadora da rede CDG & Allies PPAIN, esta é também uma forma de as famílias perceberem que não estão sozinhas neste percurso, e que, existem pessoas realmente interessadas em compreendê-las. “Para nós, as pessoas que vivem com CDG e os seus familiares não se traduzem apenas em números”, afirma.

De forma a auxiliar as famílias na resposta aos inquéritos, foram realizados e disponibilizados materiais educativos, como glossários e uma secção dedicada exclusivamente às perguntas mais frequentes. Além disso, e pela primeira vez, os resultados preliminares dos inquéritos vão ser divulgados publicamente à medida que forem analisados e partilhados em WorldCDG.Org.

Os resultados da investigação científica serão anunciados na 5.ª edição da Conferência Mundial das CDG, que decorrerá entre os dias 13 a 16 de maio. As inscrições podem ser feitas, até ao dia 1 de abril, através do link https://worldcdg.org/world-conference-cdg/registration

Para responder ao inquérito, pode fazê-lo em https://worldcdg.org/research/cdg-journey-mapping.

Formação de coágulos sanguíneos
As autoridades de saúde portuguesas decidiram suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 invocando motivos de ...

Esta decisão, anunciada pelo Infarmed, Direção-Geral da Saúde e o coordenador da Task Force para a vacinação contra a Covid-19 em conferência de imprensa, surge após vários países europeus também já terem suspendido a administração desta vacina devido a relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.

Alguns países como Espanha, Itália, Alemanha, França, Noruega, Áustria, Estónia, Lituânia, Letónia, Luxemburgo e Dinamarca também suspenderam, por “precaução”, o uso da vacina da AstraZeneca, depois de terem sido registados casos graves de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas com doses do fármaco da AstraZeneca.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), no entanto, já vieram a público afirmar que os dados disponíveis não sugerem que a vacina da AstraZeneca tenha causado os coágulos e que as pessoas podem continuar a ser imunizadas com esta vacina.

 

Opinião
A história de aumento de mama tem mais de um século.

Após a II Guerra Mundial, as prostitutas japonesas injetavam silicone nas mamas para as aumentar e assim serem mais atraentes para os soldados Americanos, tendo “revolucionado” a história dos implantes fazendo do silicone um elemento crucial na história dos implantes mamários, passando a ser um dos materiais mais debatidos e estudado, com o objectivo de aumentar as mamas. O uso precoce de silicone injetado teve muitas complicações e infeções causando uma série de problemas de saúde, pelo que foi proibido nos Estados Unidos.

A era moderna do silicone começa em 1962, em que o gel de silicone é envolvido por uma película, encontrando-se assim dentro de uma “bolsa”. Era a revolução em termos de próteses de mama. De então para cá, quase decorridos 50 anos, muitas coisas se passaram. O gel de silicone passou por várias etapas de melhoramento na qualidade, a membrana envolvente passou por vários tipos e formas – lisas, texturizadas, micro texturizadas, poliuretano, entre outros materiais. O próprio silicone foi “vitima” de uma grande polémica por volta dos anos 90, tendo sido incriminado de várias doenças e problemas, onde estudos posteriores não foram concludentes nem esclarecedores de tal polémica, o que ainda hoje vai acontecendo, mas em menor escala. À conta disso apareceram próteses alternativas ao silicone, preenchidas com soro fisiológico, mucopolissacáridos (hidrogel) ou óleo de soja. A maioria destas trouxeram muito mais problemas sendo que estas últimas passaram a ser proibidas, as de hidrogel desapareceram e as de soro estão em extinção. A evolução veio para a nova geração de silicone – gel coesivo – com muito mais qualidade e garantia.

Existem organismos reguladores e controladores da qualidade do silicone utilizado pelos vários fabricantes de próteses de silicone, sendo a NUSIL o leader mundial do controlo do silicone usado no meio Médico.

Existem hoje em dia muitos fabricantes, marcas, modelos, formas e tipos de próteses para se aumentarem mamas. Existem bons e maus fabricantes. Existem próteses de boa e má qualidade. Existem próteses baratas sem qualquer tipo de controlo, tipo “marca branca” em que não se sabe quem as fez, donde vêm nem como são feitas. As próteses são para ser introduzidas dentro das mamas, ficarem para sempre sem problemas, por isso deve ter muito cuidado quando vai fazer uma cirurgia destas, onde vai fazer, com quem vai fazer e que próteses vão ser usadas. Todas as próteses implantadas devem ter uma informação escrita onde está tudo – a marca, modelo, tipo, volume, número de série e o lote – que deve ser dada a todas as portadoras de prótese de mama, que serve de segurança e garantia.

O aumento de mamas com próteses, até aos dias de hoje, é um processo mais seguro, eficaz e com resultado para toda a vida.

Cada cirurgião tem uma preferência para a escolha de próteses que utiliza, em relação à marca, modelo, forma, tipo de gel e de cobertura das próteses. Cada cirurgião tem a sua técnica e claro que entende, e bem, ser a melhor técnica e a melhor opção pelas próteses que usa.

Evita assim problemas e complicações se seguir todos estes princípios de escolher corretamente o cirurgião, a clínica, onde possa ser acompanhada com regularidade. O turismo estético pode sair caro e com consequências dramáticas, pois há locais destes que nem se sabe que material usam, quem faz, em que condições e nunca mais voltam a ser vistos no mesmo local.

Deve colocar próteses devidamente qualificadas e legalizadas (há quem use próteses que traz doutros países sem qualquer controlo por serem mais baratas, etc.) e pedir (se não lhe derem) um folheto informativo das próteses, fornecido pelas marcas, e o respetivo “passaporte” com as etiquetas das próteses que lhe foram introduzidas. Este documento é muito importante e deve guardar para toda a vida.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
eDiabetes destina-se ao apoio à autogestão da diabetes
As pessoas com diabetes tipo 2 e os seus acompanhantes terão em breve disponível uma nova solução para facilitar a integração...

Nesta fase inicial, a plataforma eDiabetes vai ser utilizada por 200 pessoas com diabetes tipo 2 e cuidadores informais. Esta iniciativa foi a vencedora de um concurso recente para financiamento pela Direção-Geral de Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Diabetes.

A eDiabetes destina-se ao apoio à autogestão da diabetes e à promoção da literacia digital, facilitando a capacitação e motivação das pessoas com diabetes tipo 2 para a gestão holística da sua saúde, incluindo a promoção dos estilos de vida saudáveis e a aquisição de conhecimentos e competências na área da literacia digital. Pretende ainda facilitar a comunicação entre a pessoa com diabetes e a equipa de saúde, bem como o esclarecimento e envolvimento dos cuidadores informais através de uma área dedicada de acesso personalizado.

“Esta plataforma vem responder à nossa preocupação de proporcionar às pessoas com diabetes e cuidadores a aprendizagem das necessárias competências para tirarem proveito do apoio que as novas tecnologias aplicadas à diabetes podem proporcionar”, explica Rogério Ribeiro, investigador da APDP.

João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, adianta que “Esta intervenção foi desenhada para colmatar várias lacunas que têm sido apontadas em investigações recentes, como o estudo nacional DAWN2 que sublinhou as dificuldades que a diabetes ainda representa no dia-a-dia das pessoas com diabetes, dos seus familiares e dos profissionais de saúde.”

Para o Coordenador da USF Amora Saudável, Luís Eusébio, “este projeto, em parceria com a APDP, uma instituição cujo trabalho é reconhecido internacionalmente, vem ao encontro do que pretendemos desenvolver ainda mais em detalhe na nossa USF, com os utentes com diabetes. O recurso à plataforma vai melhorar a capacitação do utente a vários níveis, além de otimizar os equipamentos digitais disponíveis.”

A APDP conta com uma equipa multidisciplinar experiente na área dos cuidados à diabetes, educação e apoio social, assim como na formação de profissionais de saúde, pessoas com diabetes, e cuidadores formais e informais. A USF Amora Saudável serve cerca de 20.000 utentes, e inclui nas suas prioridades identificadas a melhoria dos cuidados à diabetes e a promoção da literacia em saúde.

Já passou um ano: está na altura de “Olhar pelas Suas Costas”
Um ano depois de ter sido descoberto o primeiro caso de Covid-19 em Portugal, a grande maioria dos portugueses continua num...

“Passou um ano desde o início da pandemia, o que significa que, para algumas pessoas, o teletrabalho dura há uns largos meses. Consequentemente, foram muitos os portugueses que tiveram de adaptar as suas tarefas diárias ao formato online, passando o dia sentados em frente ao seu computador. Torna-se imperativo adotar vários cuidados para garantir a saúde da coluna, como manter uma postura correta e não estar na mesma posição durante horas seguidas”, alerta Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador da campanha “Olhe pelas suas Costas”.

A longo prazo, o que começou como uma pequena dor, poderá tornar-se numa dor crónica, trazendo consequências para a vida pessoal e profissional dos afetados. Com a pandemia e a adoção do teletrabalho, este problema poderá vir a afetar ainda mais portugueses. Além das dores, a má postura e a falta de exercício poderão trazer consequências ainda mais graves, como o desgaste dos discos e outras lesões (por exemplo, hérnias discais).

“Cuidados a ter quando está sentado” e “Exercícios para fazer em casa” são dois dos vídeos disponíveis na plataforma de Youtube da campanha “Olhe pelas Suas Costas”, que deixa algumas recomendações enquanto está em teletrabalho:

Não fique na mesma posição durante longos períodos de tempo: é fundamental fazer intervalos regulares e caminhar um pouco pela casa, alongando os músculos e as articulações. Não trocar de posição durante várias horas poderá tornar a coluna mais rígida e aumentar a tensão muscular;

Atenção à postura enquanto trabalha: tal como estar na mesma posição durante muito tempo, a má postura representa uma ameaça para a coluna vertebral. Mantenha as costas encostadas, a cabeça equilibrada, o olhar direcionado para a frente, os ombros relaxados, cotovelos e joelhos dobrados num ângulo de 90º e os pés apoiados no chão;

Escolha o local da sua casa mais seguro para as suas costas: não ceda à tentação de trabalhar na cama ou no sofá, mesmo que seja apenas durante algumas horas. Opte por escolher uma cadeira com um bom apoio das costas e uma mesa que permita manter o monitor ao nível dos olhos e o teclado ligeiramente abaixo do nível dos cotovelos.

Não corte a atividade física: mesmo em casa, é fundamental não esquecer os exercícios de fortalecimento dos músculos das costas, da região abdominal e dos membros inferiores. Se tiver apenas 10 minutos para o fazer, força! O exercício físico é o pilar da prevenção e dos tratamentos dos problemas relacionados com a coluna, por isso, qualquer atividade física é melhor do que nenhuma, existindo exercícios muito simples que podem ser facilmente realizados em casa. Sempre que possível, faça caminhadas.

“Por si só, as dores nas costas afetam cerca de 7 milhões de portugueses em algum momento da sua vida e a pandemia só acentuará este problema. É importante ter em atenção as pequenas ações diárias que fazemos ou não enquanto estamos em teletrabalho. Já passou um ano, esperar por amanhã poderá ser fatal para a saúde das suas costas”, frisa Bruno Santiago.

Universidade de Leicester
De acordo com um estudo levado a cabo por investigadores do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde (NIHR) do Leicester...

O estudo que contou com 412.596 participantes de meia-idade analisou a associação relativa entre o índice de massa corporal (IMC) e o ritmo de caminhada com o risco de contrair mortalidade grave por Covid-19 e a doença.

A análise descobriu que aqueles que caminhavam mais lentamente, embora tivessem um peso normal, estavam 2,5 vezes mais propensos a desenvolver Covid-19 grave e 3,75 vezes mais propensos a morrer do vírus quando comparados a indivíduos que andam rápido.

O professor Tom Yates, pesquisador-chefe do estudo e professor de Atividade Física, Comportamento Sedentário e Saúde da Universidade de Leicester afirmou que “a obesidade e a fragilidade são fatores-chave para o mau prognóstico da Covid-19”. “Este é o primeiro estudo a mostrar que aqueles que caminham muito devagar têm um risco muito maior de contrair formas mais graves da doença, independentemente do seu peso”.

"Com a pandemia a colocar uma pressão sem precedentes sobre os serviços de saúde e sobre as comunidades, identificar indivíduos em maior risco e tomar medidas preventivas para protegê-los é crucial”, acrescentou.

Por outro lado, outro dado relevante, é que, independentemente do peso, estes indivíduos têm um risco aumentado de contrair e morrer pela infeção provocada pelo novo coronavírus, quando comparados aqueles que têm um ritmo de passada mais acelerado, mesmo aqueles que têm excesso de peso.

"Aqueles que têm um ritmo mais rápido têm mostrado geralmente com boa saúde cardiovascular, o que os torna mais resistentes a fatores externos, incluindo infeção viral, mas essa hipótese ainda não foi estabelecida para doenças infeciosas”, clarificou Tom Yates.

"Embora grandes estudos de banco de dados de rotina tenham relatado a associação da obesidade e fragilidade com os desfechos da Covid-19, as bases de dados clínicas de rotina não possuem atualmente dados sobre medidas de função física ou aptidão”, adiantou.

"Na minha opinião, estudos contínuos de vigilância em saúde pública e pesquisa devem considerar a incorporação de medidas simples de aptidão física, como o ritmo de caminhada, além do IMC, como potenciais preditores de risco para o prognóstico da doença que poderiam, em última análise, permitir melhores métodos de prevenção para salvar vidas", conclui o investigador.

O estudo 'Obesidade, ritmo de caminhada e risco de COVID-19 grave e mortalidade: análise do Uk Biobank' foi publicado em 26 de fevereiro de2021 no International Journal of Obesity.

Dados publicados em artigo no BMC Psychiatry
Um artigo científico de três investigadores da Escola de Medicina da Universidade do Minho destaca a importância e eficácia da...

Várias psicoterapias incluídas neste estudo como a terapia cognitiva-comportamental, a terapia cognitiva, a terapia de exposição e a terapia de casal, entre outras, revelam resultados promissores no tratamento do jogo patológico. Os dados agora apresentados por, Eliana Ribeiro, Nuno Afonso e Pedro Morgado investigadores da Escola de Medicina da Universidade do Minho e do ICVS foram publicado na revista BMC Psychiatry.

“O distúrbio do jogo ou jogo patológico é agora classificado como uma desordem viciante em vez de um distúrbio de controlo de impulsos. Os pacientes com doenças como cleptomania ou piromania (distúrbio de controlo de impulsos) sentem-se esmagados pelos seus impulsos para agir e depois, sentem uma sensação de alívio depois de ter agido. Por sua vez, os pacientes com distúrbio de jogo acham o seu jogo agradável e apenas quando deixam de jogar ou sofrem perdas, começam a sentir stress e angústia” afirma o investigador Pedro Morgado.

As pessoas que sofrem de perturbação de jogo patológico têm distorções cognitivas que as levam a acreditar que a probabilidade de ganharem é superior à probabilidade real – o que as leva a minimizar o impacto das perdas e a pensar que controlam o jogo e a vontade de jogar.

O tratamento não farmacológico aborda os pensamentos, atitudes e as crenças, que são a raiz dos problemas comportamentais, como os desejo ou impulso de jogar. “O objetivo é identificar os estímulos externos, praticar com os doentes a resposta a esses estímulos e encontrar e promover alternativas. O objetivo das terapias cognitivas é corrigir distorções e pensamentos irracionais” indica Pedro Morgado.

Geralmente referido como “vício do jogo”, o jogo patológico refere-se ao comportamento persistente em jogar, apesar das perdas, consequências negativas ou desejo de parar esse ímpeto. É comumente associado a jogos de casino e apostas desportivas, mas também afeta outro tipo de jogos, como o caso das raspadinhas.

No caso das raspadinhas trata-se de um vício negligenciado em Portugal como ficou demonstrado no estudo dos mesmos autores publicado no ano passado na revista The Lancet Psychiatry.

Os números em Portugal são brutais quando comparados com Espanha – e com o resto da Europa. O gasto médio por pessoa nestes jogos é de 160€ por ano em Portugal, um valor extremamente elevado quando comparado com os 14€ médios em Espanha. Este valor significa que o número de pessoas com problemas de jogo patológico, adição ou vício do jogo, associado a raspadinhas também é potencialmente maior.

O grande consumo de raspadinhas em Portugal está associado a vários fatores, como indica Pedro Morgado: “em primeiro lugar, a facilidade de acesso e o grande número de pontos de distribuição; em segundo, a aceitação social e o baixo estigma associado a este tipo de vício; em terceiro, a grande publicidade que alguns órgãos de comunicação social fazem aos prémios atribuídos, com muitas histórias na primeira pessoa que fazem acreditar que ganhar muito é mais fácil do que efetivamente é. O facto de o resultado da aposta ser imediato é outro dos fatores que torna mais fácil as pessoas ficarem viciadas”.

“Em regra, os doentes chegam à consulta trazidos por familiares depois terem consumido todas as poupanças da família ou estarem com dívidas absolutamente incomportáveis”, relata o psiquiatra, advertindo para um fenómeno largamente ignorado pela sociedade. “Existe a perceção de que o número de pessoas com este problema tem aumentado, mas não existem estudos concretos que o demonstrem”.

Presentes para ajudar
Face à situação pandémica que se vive em Portugal há mais de um ano, a Associação Abraço tem procurado alternativas para...

Com o objetivo de ajudar e continuar a proporcionar experiências, a Odisseias lançou a sua loja solidária que conta agora com uma nova parceria com a Associação Abraço, onde por apenas 2€, pode proporcionar uma pequeno almoço a uma família. Mas a oferta não se fica por aqui e, se a generosidade for maior, podem ser garantidas refeições quentes, produtos de higiene, botijas de gás, e bens alimentares, como pode verificar aqui.

Durante a pandemia a Associação Abraço nunca deixou de prestar apoio a todos os seus utentes, de acordo com as recomendações sanitárias da DGS, mantendo em funcionamento todas as suas respostas essenciais como apoio domiciliário, unidade residencial e centros de rastreio.

 

O acordo junta potenciais medicamentos complementares
A MSD e a Gilead anunciam um acordo para o desenvolvimento e comercialização de tratamentos de longa duração para a infeção por...

Islatravir e lenacapavir são potenciais medicamentos inovadores na sua classe, em fase avançada nos ensaios clínicos, com importante evidência clínica gerada até ao momento. Ambos medicamentos têm tempos de semi-vida mais longos e demonstraram atividade em doses baixas durante os ensaios clínicos que suportam o seu desenvolvimento como regime em combinação, com formulações de longa duração, orais e injetáveis.

Os primeiros ensaios clínicos da combinação oral estão previstos começar no segundo semestre de 2021. Nos termos do presente acordo, a MSD e a Gilead trabalharão em parceria, partilhando responsabilidades operacionais bem como os custos inerentes ao desenvolvimento, comercialização e atividades de marketing e receitas futuras.

A MSD e a Gilead procuram, assim, construir sobre os seus legados de transformação do tratamento da infeção por VIH através de um foco nas soluções de longa duração, que podem constituir uma inovação importante no desenvolvimento de medicamentos para a infeção por VIH. Enquanto regimes diários de comprimido único estão disponíveis para o tratamento das pessoas que vivem com a infeção por VIH, opções que permitam uma toma oral menos frequente ou injeções espaçadas terão o potencial de responder a preferências individuais bem como a aspetos relacionados com a adesão ao tratamento e privacidade.

Com a evolução no tratamento da infeção por VIH, os medicamentos de longa duração podem representar opções adicionais para as pessoas que vivem com VIH e para os profissionais de saúde, que sabemos que colocam as necessidades dos doentes no centro das suas decisões.

“Na MSD estamos empenhados no nosso compromisso de desenvolver o tratamento das pessoas que vivem com VIH como parte da nossa missão de salvar e melhorar vidas” sublinha Kenneth C. Frazier, Chairman e CEO da MSD. “Esta colaboração com a Gilead une duas companhias dedicadas à luta contra a infeção por VIH no desenvolvimento de potenciais opções de tratamento de longa duração, e constitui um importante passo na nossa estratégia de explorar o potencial máximo de islatravir no tratamento da infeção por VIH”.

“Através deste acordo com a MSD, a Gilead reforça o seu compromisso duradouro em transformar o tratamento do VIH” sublinha Daniel O’Day, Chairman e CEO da Gilead. “O nosso trabalho no âmbito do VIH nas últimas décadas tem sido desenvolvido ouvindo as pessoas que vivem com VIH e os profissionais de saúde que tratam destas pessoas. Assumimos agora a mesma abordagem com os tratamentos de longa duração, ao combinar a ciência mais avançada de ambas companhias para acelerar o seu progresso.”

Islatravir e lenacapavir, sozinhos ou em combinação, encontram-se em desenvolvimento e não estão aprovados em nenhum país do mundo. A sua segurança e eficácia ainda não foram confirmadas.

Comemorações arrancam esta quarta-feira
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) assinala, em 2021, 140 anos ao serviço da formação em saúde, herança que...

As comemorações, com início esta quarta-feira, 17 de março – data que marca a publicação, em 2006, dos estatutos que consagraram a fusão das escolas superiores de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca e de Bissaya Barreto na atual ESEnfC –, prolongam-se até 17 de outubro, dia que recorda a primeira lição proferida na "Escola dos Enfermeiros de Coimbra", por Ignácio Rodrigues da Costa Duarte, no longínquo ano de 1881.

A sessão solene comemorativa do Dia da ESEnfC (17 de março), que começa às 15h00, com o assinalar do hastear da Bandeira Eco-Escolas que lhe foi atribuída, será transmitida por streaming, a partir da plataforma Videocast/FCCN, para todos os interessados em acompanharem o evento, sendo reservado o modo presencial, no Polo A da instituição, aos homenageados e responsáveis de unidades e serviços.

“Entre guerras e epidemias: a consolidação do ensino de enfermagem em Portugal” é o título da conferência, a proferir, às 15h30, pela professora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Helena da Silva. Seguir-se-ão, a partir das 16h20, as mensagens de aniversário, pela presidente da Associação de Estudantes, pela Presidente e pelo presidente do Conselho Geral da ESEnfC.

Entre outras iniciativas inscritas no programa do Dia da Escola, realiza-se, pelas 16h50, uma homenagem a funcionários da ESEnfC: docentes e não docentes que completaram 25 anos de serviço e recém-aposentados.

A efeméride, sob a divisa “Há 140 anos, por si, pela saúde, por todos!”, termina com um momento musical oferecido, à distância, pela Tuna de Enfermagem de Coimbra.

Programa de Educação e Atualização da SPPCV regressa em formato virtual
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai realizar mais uma reunião no âmbito do seu Programa de...

“Em 2020 o resultado das reuniões virtuais foi muito positivo. Desta forma, decidimos dar continuidade ao Programa, em 2021, indo ao encontro do objetivo da SPPCV de se posicionar como uma entidade promotora da educação e atualização contínua dos médicos, no que toca aos conhecimentos específicos em patologia da coluna e sua prevenção, diagnóstico e tratamento”, avança Nuno Neves, ortopedista e presidente da SPPCV.

Dirigida a médicos, esta reunião permite que exista “troca de ideias e de conhecimento científico entre especialistas da área, por meio de sessões sobre o tema Trauma da Charneira Occipito-Cervical, abordando os conceitos recentes no trauma da coluna crânio-cervical; as técnicas cirúrgicas; e a prevenção e tratamento de complicações”, acrescenta.

As lesões traumáticas da região mais alta da coluna cervical (charneira crânio-cervical) são menos frequentes do que as fraturas noutras regiões da coluna. O seu diagnóstico atempado é importante, por forma a evitar complicações como a dor cervical, as deformidades da coluna ou os defeitos neurológicos potencialmente graves.

 

Situação Epidemiológica
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 10 mortes e 256 novos casos de infeção por Covid-19. Os internamentos ficaram abaixo...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 7 das 10 mortes registadas em todo o País. Segue-se a região centro com dois óbitos e o Alentejo um.

As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não têm registo de mortes, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 256 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 91 novos casos e a região norte 64. Desde ontem foram diagnosticados mais 22 na região Centro, no Alentejo 12 casos e no Algarve mais quatro. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 57 infeções e nos Açores seis.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 996 doentes internados, mais 20 que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos registaram novamente uma descida, tendo agora menos 11 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 231 pessoas.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.371 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 761.788 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 36.031 casos, menos 2.125 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 30 contactos, estando agora 16.685 pessoas em vigilância.

Projeto FairFood
O FairFood, um projeto europeu focado na Dieta Mediterrânica, tem como objetivo contribuir para a educação nutricional e...

Os resultados do projeto, explica a nota da universidade, embora se dirijam a toda a população interessada em melhorar a sua saúde e qualidade de vida, visam sensibilizar, sobretudo, as gerações mais jovens, nomeadamente através da criação de um conjunto de recursos didáticos concebidos para estudantes do ensino profissional dos ramos de hotelaria e cozinha. O FairFood contempla ainda uma plataforma educativa multilingue de acesso livre que funcionará como repositório de conhecimentos sobre o património cultural gastronómico dos países do Mediterrâneo. 

O projeto FairFood, coordenado pela Universidade de Málaga, enquadra-se no âmbito do programa Erasmus+ e conta com vários Parceiros Associados de referência em Portugal: a ANESPO - Associação Nacional das Escolas Profissionais, a ACPP - Associação dos Cozinheiros Profissionais de Portugal, a APN - Associação Portuguesa de Nutrição, e a EPA - Escola Profissional de Aveiro.

A equipa da UA, composta por docentes do ISCA-UA, confia nos resultados do projeto enquanto dinamizador de práticas educativas inovadoras no Ensino Profissional, contribuindo para a formação e bem-estar da comunidade: “O projeto FairFood acompanha as iniciativas de internacionalização da UA em áreas relevantes a nível global: recuperação de hábitos alimentares mais saudáveis, com alimentos de cada estação, numa cultura de proximidade”, refere Claúdia Santos, uma das investigadoras responsáveis pelo projeto.

 

Parceria com entidades externas
Cirurgiões de oito especialidades do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, vão operar 500 doentes em hospitais privados, no...

Em comunicado, a unidade hospitalar explica que os protocolos estabelecidos este mês com o Hospital SAMS e a Clínica São João de Deus visam a realização de cerca de 500 cirurgias, nas áreas clínicas de Cirurgia Geral, Ortopedia, Senologia, Ginecologia, Cirurgia Pediátrica, Urologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia Maxilo-facial.

Tendo em conta que a pandemia de Covid-19 implicou a ativação do nível máximo de contingência do hospital para tratar um número crescente e elevado de doentes positivos para o SARS-COV-2 (causador da Covid-19), foi necessário reorganizar os espaços e circuitos internos, o que limitou o funcionamento da Unidade de Cirurgia de Ambulatório, explica o hospital.

Na sequência do aumento das necessidades de resposta a cuidados de saúde cirúrgicos, o Hospital Garcia de Orta adotou um conjunto de medidas necessárias para adequar a capacidade de resposta e assegurar as cirurgias aos utentes «não-Covid-19».

Assim, foram reforçadas parcerias com entidades externas, tendo sido realizadas cerca de 300 cirurgias, correspondentes a um investimento na ordem dos 400 mil euros no ano passado.

“Os protocolos do HGO com unidades do setor privado têm permitido, a curto prazo, não descurar o acesso cirúrgico dos doentes ‘não-Covid-19’ de ambulatório e enquadram-se numa estratégia de melhoria do acesso que tem vindo a ser prosseguida desde 2019, na área cirúrgica”, de acordo com Ana Sofia Ferreira, vogal financeira do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta.

 

 

 

Em parceria com o European Innovation Council (EIC)
O Grupo José de Mello vai promover, nos dias 17 e 18 de março, em parceria com o European Innovation Council (EIC), estrutura...

O EIC Procurers Day powered by José de Mello Group recebeu a candidatura de 125 startups, de 23 países, tendo sido selecionadas 37 de 17 países pelas equipas de inovação da Brisa, CUF e José de Mello Residências e Serviços.  Serão estas startups que, durante dois dias, vão partilhar as suas ideias e soluções e participar em reuniões individuais com as três empresas do Grupo José de Mello.

Esta iniciativa do EIC visa acelerar a entrada de startups no mercado, aproximando-as de grandes empresas para que explorem potenciais parcerias, tal como sucede com o Grow, criado em 2017 com o propósito de reforçar a ligação das empresas do Grupo José de Mello ao ecossistema de startups, com o objetivo de apoiar e acelerar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras.

Salvador de Mello, presidente executivo do Grupo José de Mello, considera que “esta é uma oportunidade única para conhecermos algumas das startups mais disruptivas da Europa. A inovação é um dos nossos valores e estas iniciativas permitem prosseguir, e reforçar, o compromisso do Grupo José de Mello de contribuir para o crescimento e desenvolvimento sustentável das comunidades onde opera. As sinergias que surgem nestes eventos fomentam a partilha de conhecimento, contribuem para o crescimento das startups e para a introdução de tecnologias inovadoras nos nossos negócios.”

 

Pandemia veio a agravar listas de espera
A Deputada Cristina Rodrigues submeteu hoje uma iniciativa que recomenda ao Governo que defina um plano especial de recuperação...

Em Portugal, a PMA foi regulada em 2006 pela Lei n.º 32/2006, de 26 de julho. Esta lei criou, também, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), entidade reguladora da prática desta atividade, ao qual compete, genericamente, pronunciar-se sobre as questões éticas, sociais e legais da PMA.

De acordo com o Relatório sobre a atividade em PMA no ano de 2017, divulgado pelo CNPMA em setembro de 2020, nasceram em Portugal naquele ano 2796 crianças como resultado do uso das várias técnicas de PMA, o que representa 3,2% do número total de crianças nascidas no nosso país nesse ano.

Menciona, também, o Relatório que “o número total de ciclos das principais técnicas de PMA (excluindo inseminação artificial) foi 11,1% superior em relação a 2016 mantendo-se as taxas de gravidez e de parto em valores semelhantes. O número de inseminações artificiais aumentou cerca de 10,6% em relação a 2016, sendo clara a estabilidade dos resultados do uso desta técnica”.

Ora, atendendo a que tem aumentado o número de casais que recorre a técnicas de PMA e que se prevê que este número possa continuar a aumentar, é fundamental que estejam garantidas condições para dar resposta a estas pessoas.

Contudo, aquilo que se verifica é que as listas de espera no sector público são longas, situação que foi agravada com a pandemia, e os preços no sector privado são demasiado elevados.

No que diz respeito ao SNS, importa mencionar que o CNPMA realizou, junto dos Centros de PMA, um inquérito sobre o impacto da pandemia de COVID-19 na atividade de PMA, demonstrando os resultados, que reportam ao período de 8 de Março a 15 de Agosto de 2020, que a maioria dos Centros de PMA reduziu a atividade em 75 a 100%, estimando-se que possam ter sido cancelados/adiados aproximadamente 2900 ciclos e que, no caso dos centros públicos, a estimativa é de que a suspensão ou redução da atividade em PMA se repercuta em até 8 meses adicionais de tempo de espera.

“Ora, se já antes da pandemia não era possível responder às necessidades existentes, estes dados demonstram que esta veio agravar, de forma dramática, as longas listas de espera do SNS, o que demonstra a importância de implementar rapidamente medidas que salvaguardem o futuro da PMA no SNS. Para além disto, consideramos também que se deve acabar com a diferenciação que existe entre o sector público e privado no que diz respeito à idade limite para aceder a tratamentos de PMA.”, refere a parlamentar.

De acordo com o previsto no artigo 6.º da Lei n.º 32/2006, de 26 de julho, as técnicas só podem ser utilizadas em benefício de quem tenha, pelo menos, 18 anos de idade, não fixando a lei idade limite para tal.

Em complemento, as circulares normativas n.º 18/2011/UOFC[6], n.º 8/2018/DPS/ACSS[7] e 15/2019/DPS/ACSS sobre condições e procedimentos de pagamento das prestações de saúde realizadas aos beneficiários do SNS, estabelecem que são admitidas para técnicas de PMA de 1.ª linha (indução da ovulação e inseminação intrauterina) todas as mulheres que não ultrapassem os 42 anos (41 anos e 365 dias) e são admitidas a técnicas de PMA de 2.ª linha (fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozoide) todas as mulheres que não ultrapassem os 40 anos (39 anos e 364 dias).

Significa que, no sector público, estes tratamentos só têm financiamento se concretizados antes dos 40 anos da mulher (para as técnicas de fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozoides) ou antes dos 42 anos da mulher (no caso de indução da ovulação e inseminação intrauterina). No entanto, no sector privado, estes tratamentos podem ser feitos até ao dia em que a mulher completa 50 anos de idade (49 anos e 365 dias), de acordo com a Deliberação n.º 15/II, de 20 de outubro, do CNPMA.

“Os custos para aceder a tratamentos de PMA são bastante elevados no sector privado, não sendo acessíveis para grande parte das famílias. Em consequência, a diferenciação de idade limite para aceder aos tratamentos de PMA constitui um fator de discriminação, uma vez que as mulheres a partir dos 40 ou 42 anos ficam impedidas de aceder a estas técnicas no SNS e caso não tenham disponibilidade financeira para prosseguir os tratamentos no sector privado ficam impedidas de serem mães. É preciso garantir que as mulheres possam aceder a estas técnicas, independentemente da sua capacidade financeira.”, afirma a Deputada.

Plano de desconfinamento
As novas medidas do plano de desconfinamento, anunciado pelo Governo, entraram hoje em vigor. Creches, ensino pré-escola e...

Para além destas, hoje reabriram também as atividades de tempos livres (ATL) para as mesmas idades e passou a ser autorizado o comércio ao postigo.

Os cabeleireiros, as manicures e estabelecimentos similares, assim como as livrarias, o comércio automóvel, a mediação imobiliária, as bibliotecas e arquivos passam a estar também abertos a partir de hoje.

No dia 5 de abril dá-se início à segunda fase de desconfinamento.  Neste segundo momento, voltam ao ensino presencial os alunos do segundo e terceiro ciclos, reabrem as atividades de tempos livres (ATL) para as mesmas idades e os equipamentos sociais na área da deficiência.

Nesta data reabrem também os museus, monumentos, palácios e galerias de arte e as lojas com uma área até 200 metros quadrados e que tenham porta para a rua.

Está ainda previsto que voltem a funcionar as feiras e os mercados não alimentares, sendo essa decisão de âmbito municipal.

As esplanadas podem voltar a ser frequentadas até ao limite de quatro pessoas, podem ser praticadas as modalidades desportivas de baixo risco e a atividade física ao ar livre é autorizada em grupos de até quatro pessoas. Os ginásios reabrem, mas sem aulas de grupo.

Para o dia 19 de abril está prevista a reabertura das escolas do ensino secundário e as universidades.

Na área da cultura, abram os cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculo.

Reabrem ainda as lojas de cidadão, que voltam a ter atendimento presencial por marcação, assim como todas as lojas e centros comerciais.

Na área da restauração, passa a ser autorizada a abertura de restaurantes, cafés e pastelarias, mas com a restrição de lotação máxima a quatro pessoas ou seis pessoas em esplanadas e com horário até às 22 horas ou às 13 horas ao fim de semana.

A atividade física volta a ser permitida ao ar livre em grupo de até seis pessoas, assim como as modalidades desportivas de médio risco.

O plano prevê ainda que se possam realizar eventos exteriores com diminuição de lotação e casamentos e batizados com a restrição de 25% da lotação dos espaços.

A partir do dia de 3 maio os restaurantes, cafés e pastelarias possam funcionar sem limite de horário, mas com a lotação limitada a um máximo de seis pessoas ou a 10 em esplanada.

Além disso, todas as modalidades desportivas, a atividade desportiva ao ar livre e os ginásios voltam a não ter restrições.

A partir desta data voltam a ser permitidos os grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação e os casamentos e batizados podem realizar-se com 50% da lotação.

Conferência interativa
No Mês Europeu de luta contra o cancro colorretal, a MSD Portugal vai promover, no próximo dia 25 de março, a partir das 18h00,...

Nos avanços alcançados na compreensão do microambiente tumoral e na identificação de alvos terapêuticos para prevenção e tratamento do cancro colorretal, a imunoterapia tem-se destacado como uma opção adicional. Pela primeira vez, em janeiro de 2021, foi aprovada uma nova opção terapêutica para o tratamento em primeira linha do cancro colorretal metastático com instabilidade de microssatélites elevada (MSI-H) ou com deficiência de reparação por incompatibilidade mismatch (dMMR) em adultos, que se estima afetar 5% dos doentes com cancro colorretal em estadio IV.

Para analisar a evolução das abordagens terapêuticas e os benefícios da utilização da imunoterapia enquanto primeira linha no tratamento do carcinoma colorretal, estará presente, nesta reunião totalmente digital, Rocío García-Carbonero, coordenadora da Unidade de Tumores Gastrointestinais do Hospital Universitário Doze de Outubro, em Madrid.

Esta discussão será conduzida por Paula Borralho, patologista na CUF Descobertas e presidente da Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica (SPAP) e por Judy Paulo, oncologista no IPO de Coimbra, que também vão apresentar casos clínicos e best practices em relação ao teste MSI-H, respondendo às principais questões: como, quando e quem testar.

Com duração estimada de 1h30, os participantes vão ter a oportunidade de colocar questões e interagir com os oradores via chat. Todos os profissionais de saúde interessados em participar, podem consultar mais informação e inscrever-se a partir da plataforma da MSD.

 

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