Grupo de Estados contra a Corrupção
Os governos devem gerir rigorosamente os riscos de corrupção que surgiram devido à necessidade de tomar medidas extraordinárias...

A GRECO sublinha que, há mais de um ano, os governos tiveram de implementar medidas de emergência que implicassem concentrações de poderes e derrogações de direitos fundamentais, medidas que acompanham riscos de corrupção que não devem ser subestimados. Estes riscos podem ser particularmente pronunciados no que respeita aos sistemas de contratação pública no que respeita a questões como os conflitos de interesses e o papel do lóbingue, alerta o grupo.

A Secretária-Geral Marija Pejčinović Burić afirmou: "Nos tempos difíceis que enfrentamos, os governos devem intensificar os seus esforços para garantir que todas as políticas e ações destinadas a enfrentar as crises de saúde pública e económica satisfaçam os padrões de combate à corrupção. Não basta legislar e enquadrar-se em termos institucionais adequados para combater a corrupção. Temos de ver estas normas aplicadas de forma eficaz na prática, e os governos devem agir com transparência e responsabilidade".

No relatório, a presidente da GRECO, Marin Mrčela, exorta os Estados a seguirem de perto as orientações emitidas pela GRECO em 2020 para prevenir riscos de corrupção no contexto da pandemia. "É fundamental que, em situação de emergência, todas as decisões e procedimentos sejam concebidos com transparência, integridade e responsabilização", afirmou.

Com base no trabalho da GRECO em 2020, Marin Mrčela lamenta também que em alguns Estados-membros haja "tentativas evidentes" do executivo e/ou dos poderes legislativos para atacar, intimidar ou subjugar o poder judicial. "Quando olhamos para as medidas de prevenção da corrupção, temos de ter em conta que não devemos encarar o combate à corrupção como separado, ou mesmo contra a independência judicial. O primeiro é essencial para o segundo, e vice-versa", acrescentou.

O relatório analisa as medidas para prevenir a corrupção tomadas nos Estados-membros do GRECO em 2020 na sua 4ª fase de avaliação – que diz respeito a deputados, juízes e procuradores - e à sua quinta fase de avaliação, que se centra nos governos centrais – incluindo as principais funções executivas – e nas agências de aplicação da lei.

Até ao final de 2020, os Estados-membros da GRECO tinham implementado na íntegra quase 40% das suas recomendações para prevenir a corrupção em relação a deputados, juízes e procuradores. As recomendações com o menor cumprimento foram as emitidas em relação aos deputados (apenas 30% totalmente implementados), seguidas pelos juízes (41%) e promotores (47%).

 A 5ª fase de avaliação estava em curso até ao final do ano, com relatórios de avaliação sobre 21 Estados já concluídos. A maioria dos países avaliados até agora foi solicitado a adotar códigos de conduta para as funções executivas de topo ou a revê-los. Uma questão particularmente preocupante, revela em comunicado, foi a relutância de alguns Estados em divulgar informações oficiais em conformidade com as leis de liberdade de informação, bem como lóbingue, conflitos de interesses e "portas giratórias". O relatório analisa igualmente as principais questões anticorrupção relevantes para as autoridades responsáveis pela aplicação da lei, incluindo as políticas anticorrupção e integridade, as políticas de recursos humanos e a proteção dos denunciantes.

Até ao final de 2020, 16 países foram sujeitos ao 4.º processo de incumprimento da ronda de avaliação da GRECO: Andorra, Arménia, Áustria, Bósnia e Herzegovina, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Hungria, Luxemburgo, República da Moldávia, Mónaco, Polónia, Portugal, Roménia, Sérvia e Turquia. A Bielorrússia foi o único país no âmbito do processo de incumprimento no âmbito da 3ª fase de avaliação.

Campanha
O Alex, um menino de 10 anos com hemofilia, é a personagem principal da campanha que será lançada no âmbito do Dia Mundial da...

A campanha dá a conhecer o Alex, um rapaz ativo, que gosta de partilhar com os outros como ter uma vida mais saudável e como passar o tempo de lazer de forma divertida e segura.

Como todas as crianças, o Alex vai passando por desafios. Um deles é o de explicar aos amigos o que é a hemofilia, um distúrbio da coagulação, na maioria das vezes hereditário, em que o sangue não coagula devidamente.

“Queres que te ajude a saber mais sobre a hemofilia? Juntos, vamos aprender tudo o que precisamos de fazer para sermos saudáveis, partilhar ideias originais para passar o nosso tempo livre em casa, e aprender a explicar aos nossos amigos o que é a hemofilia”: Esta é a mensagem que o Alex deixa a todas as crianças em Portugal.

Elsa Rocha, Pediatra do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, apoia a campanha e explica: “Nesta coletânea de banda desenhada e vídeos, o Alex transporta-nos de uma maneira lúdica, na complexidade da sua doença. Com uma linguagem acessível à criança, sem descurar o rigor científico, são desmistificados os inúmeros equívocos que permanecem associados a esta doença e que, muitas vezes, dificultam mais a vida do doente, do que a própria doença em si. A campanha permite explorar o mundo da hemofilia, de uma forma lúdica, autêntica e rigorosa, numa perspetiva de prevenção, com o objetivo de ensinar para melhor cuidar.”

A campanha é materializada em vídeo e em banda desenhada, podendo ser consultada no site oficial da Roche.

Manuel Marques, o conhecido ator que há mais de 20 anos tantas personagens nos tem dado a conhecer, será a voz do jovem Alex, o herói desta história.

Investimento
A Clínica de Stº António tem vindo a reforçar a sua oferta de equipamentos médicos tecnologicamente avançados e tem agora à...

A aquisição do Cone Beam Computerized Tomography é um contributo muito importante, uma vez que nos permite analisar detalhadamente áreas como os dentes, a cavidade oral, região maxilofacial, ouvidos, nariz, garganta e coluna cervical graças à sua elevada qualidade de imagem. Além disso, garante níveis elevados de segurança muito relacionado com os baixos níveis de radiação que emite. Tudo isto permite-nos dar uma resposta diferenciada e de qualidade a quem nos procura, ao mesmo tempo que reforçamos uma área em que a procura é cada vez mais exigente, como é o caso da medicina dentária, maxilo-facial e desenvolvimento facial”, esclarece João Castaño, coordenador da Unidade de Imagiologia da Clínica de Stº António.

“Este equipamento permite uma aquisição bidimensional panorâmica, obtendo imagens que possibilitam reconstruções 3D com elevado detalhe e precisão no estudo da definição facial, com destaque para a avaliação do esqueleto maxilar, das peças dentárias, da pirâmide nasal e da cavidade orbitária, da articulação temporo-mandibular; do estudo das vias respiratórias superiores, nariz e ouvidos e do estudo da boca e faringe”, conclui João Castaño.

A tecnologia avançada deste novo equipamento torna os procedimentos rápidos e cómodos e garante baixos níveis de radiação durante a sua utilização, fatores com uma importância acrescida, por exemplo, nos cuidados de saúde pediátricos.

O Cone Beam Computerized Tomography permite a realização de exames 2D, nomeadamente, ortopantomogra­fias, cefalometria (Telerradiografia da Face), seios serinasais e ATM (Articulação Temporo–Mandibular) e 3D à coluna cervical, vias aéreas, seios perinasais, ouvidos e também à articulação temporo–mandibular.

A utilização deste equipamento está indicada para o estudo da definição fácil, para o planeamento de implantes, projeções panorâmicas, dentes inclusos, estrutura óssea, estudo das vias e cavidades oral e nasal e ainda para o planeamento de cirurgias e estudo do ouvido.

 

Prevenção de cegueira
O programa Galaxy Upcycling transforma smartphones obsoletos em câmaras de diagnóstico médico para ajudar populações...

A Samsung Electronics Co. Ltd. está a reunir smartphones mais antigos para permitir um melhor acesso a cuidados de saúde oftalmológicos em comunidades carenciadas em todo o mundo. Em associação com a Agência Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB) e com a Yonsei University Health System (YUHS) na Coreia, a Samsung pretende criar dispositivos médicos que rastreiam doenças oftalmológicas através da reciclagem dos smartphones Samsung Galaxy que já não são utilizados. O programa Galaxy Upcycling tem como objetivo ajudar a prevenir os cerca de mil milhões de casos globais de deficiência visual que podem ser evitados através de um diagnóstico atempado e adequado.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas têm alguma deficiência visual e quase metade destes casos eram evitáveis ou ainda não foram resolvidos. Existe uma grande disparidade na prevalência da deficiência visual, dependendo da acessibilidade e disponibilidade de serviços de cuidados oftalmológicos. Estima-se que este facto seja quatro vezes mais comum em regiões de baixo e médio rendimento do que em regiões desenvolvidas.

"As pessoas em todo o mundo enfrentam barreiras no acesso aos cuidados médicos fundamentais, por isso vimos uma oportunidade de conceber soluções inteligentes e inovadoras que reutilizam produtos para impulsionar práticas mais sustentáveis e ter um impacto positivo nas nossas comunidades", disse Sung-Koo Kim, VP do Gabinete de Gestão de Sustentabilidade, Mobile Communications Business da Samsung Electronics. "Este programa encarna a crença da Samsung de que a tecnologia pode enriquecer a vida das pessoas e ajudar-nos a construir um futuro mais equitativo e sustentável para todos".

Em 2017, a Samsung criou o programa Galaxy Upcycling para introduzir formas inovadoras que façam com que dispositivos Samsung Galaxy possam ter um impacto positivo. Através deste programa, um smartphone mais antigo pode tornar-se o cérebro da EYELIKE™ fundus câmara portátil, que se liga a uma lente para um melhor diagnóstico, enquanto que o smartphone é utilizado para captar imagens. O dispositivo utiliza, então, um algoritmo de inteligência artificial para analisar e diagnosticar as imagens de doenças oftalmológicas, e liga-se a uma aplicação que capta com precisão os dados do paciente e sugere um regime de tratamento a uma fração do custo dos instrumentos comerciais. Esta câmara de diagnóstico única e acessível pode fazer o rastreio dos pacientes com condições que podem levar à cegueira, incluindo retinopatia diabética, glaucoma e degeneração macular relacionada com a idade.

"Estávamos à procura de uma solução de diagnóstico da saúde ocular que fosse económica para atingir o maior número de pessoas possível, e quando vimos o desempenho dos smartphones Samsung Galaxy quisemos integrar os seus esforços de upcycling na nossa investigação", disse Sangchul Yoon, do Sistema de Saúde da Universidade de Yonsei. "A combinação da utilização de múltiplas tecnologias óticas e de inteligência artificial, juntamente com o desempenho da câmara de um smartphone Galaxy, criou um dispositivo médico acessível que é tão capaz como uma câmara de fundo utilizada por profissionais médicos. Isto não só resolveu um problema de saúde, como também uma crescente preocupação ambiental".

Desde 2018, a Samsung tem-se associado ao IAPB e ao Yonsei Medical Center para beneficiar as vidas e a visão de mais de 19.000 residentes no Vietname, com a sua câmara retinal portátil. Só em 2019, forneceu 90 oftalmoscópios portáteis a profissionais de saúde que operam em regiões remotas do país, sem acesso a clínicas de acolhimento. Agora, a Samsung expandiu o programa para a Índia, Marrocos e Papua-Nova Guiné. A Samsung está também a alargar as suas capacidades a novas áreas de rastreio, incluindo a utilização de dispositivos Galaxy upcycled, com o objetivo de criar colposcópios portáteis baseados em smartphones para rastrear o cancro do colo do útero e melhorar o acesso das mulheres a cuidados de saúde de qualidade.

"À medida que o mundo recupera lentamente da pandemia COVID-19, começa a ser mais evidente do que nunca que a tecnologia pode ser utilizada como uma solução para a saúde ocular. Países com terrenos difíceis e populações remotas contribuem para a necessidade de a tecnologia melhorar o acesso aos cuidados médicos e é aqui que a Plataforma EYELIKE está a ser testada.", disse Drew Keys, Coordenador da Região do Pacífico Ocidental (WPR) na Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB). "A IAPB está muito satisfeita pelo facto de a Samsung estar a trabalhar em estreita colaboração com as suas organizações-membro para criar estas soluções. Trabalhar com a Samsung permite-nos fornecer tecnologia em países piloto e construir relações cooperativas e construtivas nestas regiões".

Para além do seu compromisso com a inovação com propósito, a Samsung está a construir a sustentabilidade ambiental em tudo aquilo que faz. Isto inclui trabalhar para o nosso objetivo de recolher 7,5 milhões de toneladas de lixo eletrónico e fazer uso de 500 mil toneladas de plástico reciclado até 2030. Ao transformar os smartphones Galaxy em equipamentos portáteis e de baixo custo de diagnóstico ocular, a Samsung ajuda a desviar o lixo eletrónico, ao mesmo tempo que fornece soluções médicas inovadoras às comunidades carenciadas. Além disso, o equipamento de diagnóstico da fundus camera é feito com 35% de material reciclado e foi concebido para fácil reutilização. Foi reconhecido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) com o prémio Sustainable Materials Management Cutting Edge Champion. O programa Galaxy Upcycling faz parte do compromisso contínuo da Samsung de apoiar a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030 através de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Decisão será anunciada em breve avançam os jornais
A Dinamarca deverá ser o primeiro país a deixar de administrar a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, tendo em conta sua...

Segundo a informação avançada, as autoridades sanitárias dinamarquesas realizarão uma conferência de imprensa onde se espera que seja anunciada a decisão de deixar de usar a vacina e onde seja apresentado um novo calendário para o programa de vacinação do país.

A Direção-Geral da Saúde da Dinamarca tomou a decisão de suspender a administração das doses de AstraZeneca, considerando que existe uma provável ligação entre a AstraZeneca e os casos anormais de trombose, que existem vacinas suficientes no mercado e que a situação epidémica neste país é controlada.

De facto, as autoridades de saúde dinamarquesas notaram que estão "completamente de acordo" com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) de que a vacina AstraZeneca é "segura e eficaz" contra a Covid-19, embora tenham recordado que a decisão final é de cada país.

 

Aplicação e formato papel
A Alemanha terá o seu certificado de vacinação operacional até ao verão. Este consistirá numa aplicação de telemóvel com um...

Este certificado, que também estará disponível em formato papel para quem não tem telemóvel, permitirá que as pessoas com vacinação completa não tenham de cumprir determinadas medidas de segurança.

Segundo faz saber o jornal El Mundo, as informações pessoais recolhidas não vão ser armazenadas num servidor, mas sim no dispositivo individual de cada pessoa, como medida de proteção de dados.  

 

Vacinas Covid-19
A Pfizer vai avançar com a entrega de 50 milhões de vacinas Covid19, que estavam previstas para o último trimestre do ano,...

"Estamos numa corrida contra o tempo, mas a boa notícia é que a taxa de vacinação está a acelerar na Europa. Os Estados-Membros receberam mais de 126 milhões de doses e congratulo-me por poder dizer que, hoje, conseguimos ultrapassar o limiar de 100 milhões de vacinas. Um marco para se orgulhar. Mais de um quarto são duas doses, por isso temos 27 milhões totalmente vacinados na UE", afirmou a presidente da Comissão Europeia citada pelo jornal El Mundo.

De acordo com Ursula von der leyen, sublinhou que estas 50 milhões de doses vão chegar ao espaço comunitário antes do final de junho.

Confrontada com a notícia avançada pelo jornal italiano La Stampa, que dá conta da não renovação de contratos com a AstraZeneca ou com a Johnson&Johnson, a presidente da Comissão Europeia apesar de não abordar diretamente o assunto, revelou que “chegará um momento em que podemos ter de reforçar e prolongar a imunidade; e se houver variantes, teremos de desenvolver vacinas que se adaptem a elas, por isso vamos precisar de vacinas precocemente e em quantidades suficientes. Com isto em mente, temos de nos concentrar em tecnologias que provaram o seu valor. As vacinas contra o MRNA são um exemplo claro".

"Pensando a médio prazo para nos prepararmos para o futuro, estamos a aprender as lições (...) Com tudo em mente, temos de nos concentrar em tecnologias que funcionem. Os MNNEs são claramente um exemplo e é por isso que estamos a entrar em negociações com a Pfizer para um terceiro contrato, que prevê mais 1.800 doses em 2022 e 2023. Não só a produção de vacinas, mas também componentes essenciais. As negociações começam hoje e esperamos fechá-las em breve", disse.

Von der Leyen acrescentou que "outros contratos com outros podem seguir" nestas etapas, pelo que não exclui ninguém nem qualquer opção. No entanto, parece claro que os estados europeus e as instituições se sentem muito mais confortáveis com a tecnologia mRNA e com quem, como a Pfizer e a Moderna, também estão a conseguir cumprir as entregas acordadas e até acelerá-las.

 

Relatório DGS
Portugal registou, nas últimas 24 horas, oito mortes e 684 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, foram registadas mais oito mortes, cinco na região de Lisboa e Vale do Tejo e três no Norte, associadas à infeção provocada pelo novo coronavírus. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 684 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 188 novos casos e a região norte 265. Desde ontem foram diagnosticados mais 66 na região Centro, 43 no Alentejo e 66 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 33 infeções e nos Açores 23.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 447 doentes internados, menos 12 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos passaram a ter menos dois doentes internados. Atualmente, estão em UCI 116 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 660 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 785.460 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.457 casos, mais 16 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 391 contactos, estando agora 18.404 pessoas em vigilância.

Agência espera emitir recomendações na próxima semana
Tal como foi anunciado na semana passada, o Comité de Segurança da EMA (PRAC) está a analisar casos muito raros de coágulos...

A FDA e o CDC dos EUA recomendaram ontem que o uso da vacina fosse interrompido enquanto revêm seis casos relatados nos Estados Unidos. Foram administradas mais de 6,8 milhões de doses da vacina.

A farmacêutica anunciou ainda a sua decisão de adiar proactivamente a implantação da vacina na UE enquanto prosseguem as investigações. A vacina foi autorizada na UE a 11 de março de 2021, mas o uso generalizado da vacina em território europeu ainda não começou. A empresa está em contacto com as autoridades nacionais, recomendando que as doses já recebidas sejam guardadas até que o PRAC emita uma recomendação.

A Agência Europeia de Medicamentos já fez saber que espera conseguir ter mais informações durante a próxima semana, sublinhando, no entanto, que “continua a considerar que os benefícios da vacina na prevenção da Covid-19 superam os riscos dos efeitos secundários”.

 

 

Dados pessoais devem ser protegidos
Num documento publicado hoje para governos de toda a Europa, a secretária-geral Marija Pejčinović Burić destaca as normas...

O documento sublinha a importância de intensificar os esforços para produzir e administrar vacinas de forma igual, em conformidade com os requisitos da Convenção dos Direitos Humanos e biomedicina (Convenção de Oviedo), para que as restrições às liberdades individuais possam ser gradualmente revistas à medida que a imunidade mais ampla é alcançada entre as populações.

Sublinha ainda que na batalha contra a pandemia Covid-19, nomeadamente no contexto da viagem, vale certamente a pena tomar quaisquer medidas para harmonizar ou facilitar o processo de certificação de que alguém é vacinado, imune ou sem infeções – desde que os dados pessoais sejam protegidos e sejam tomadas medidas para prevenir a contrafação.

“Os Estados-Membros são convidados a tomar medidas em conformidade com a Convenção para a Proteção de Indivíduos no que respeita ao tratamento automático de dados pessoais, à Convenção sobre a Contrafação de Produtos Médicos e a crimes semelhantes que envolvam ameaças à saúde pública (Convenção MEDICRIME) e à Convenção sobre cibercriminalidade (Convenção de Budapeste)”, pode ler-se em comunicado.

Por outro lado, sublinha-se que “a utilização desses dados de certificação ou imunização para fins não médicos para conceder acesso privilegiado e exclusivo aos direitos levanta muitas questões relacionadas com o respeito pelos direitos humanos” e que por isso deve ser considerada com cautela.

 

 

Linfomas Não-Hodgkin
Os linfomas cutâneos são um tipo de tumor raro, com origem nos linfócitos, e que afetam a pele.

Os linfomas cutâneos são um tipo de Linfoma Não-Hodgkin que envolvem a pele, e que se subdividem em vários tipos. Tratam-se de uma “forma de tumor composto por células que derivam de linfócitos”, a grande maioria dos quais com origem em Linfócitos T. “Podemos ainda ter linfomas cutâneos com origem em Linfócitos B e células NK. Apesar de serem o segundo tipo mais frequente de linfomas extra-nodais (que não afetam os gânglios linfáticos), são doenças raras, com uma prevalência de cerca de 1 casos por 100.000 habitantes nos países ocidentais”, acrescenta o especialista.

Apresentando um quadro clínico que pode variar, desde manchas ou placas na pele, até tumores, que podem ulcerar, e que podem atingir uma área limitada da pele ou a sua totalidade, o seu diagnóstico exige experiência. “Sendo doenças raras e com aspetos morfológicos que muitas vezes se podem confundir com processos reativos (alergias, inflamação, atopia) são essenciais um elevado índice de suspeita e o apoio de um anatomopatologista com experiência na área”, justifica Carlos Costa.

Linfomas cutâneos de células T e de células B

De acordo com o hematologista do Hospital CUF Cascais, “estes dois grandes grupos de linfomas têm origem biológica em diferentes tipos de linfócitos” e, embora não se saiba “o suficiente sobre os mecanismos que levam as células a adquirirem as características malignas que levam à formação de linfomas, assumimos que esses processos sejam diversos”. Fatores microbiológicos, ambientais, ocupacionais, bem como algumas alterações epigenéticas ou disfunção imunológica são algumas das hipóteses que têm sido alvo de discussão nos últimos anos e que podem explicar a origem da doença. No entanto, a verdade é que, ainda se desconhece a sua etiologia.

“Segundo a classificação da Organização Mundial de Saúde, entre os Linfomas T Cutâneos encontramos a Micose Fungóide e respetivas variantes, a Síndrome de Sézary, os Linfomas T Cutâneos CD30+ (onde se incluem os Linfomas Anaplásticos primariamente cutâneos e a Papulose Linfomatóide), e ainda outras formas mais raras como o Linfoma T Subcutâneo tipo paniculite, o Linfoma cutâneos de células T/NK tipo nasal, e o Linfoma T Periférico sem outra especificação (que inclui os Linfomas T CD8+ epidermotrópico e acral, o Linfoma T CD4+ pleomófico de células médias e pequenas e o Linfoma cutâneo com fenótipo T gama-delta)”, esclarece Carlos Costa.

Nos Linfomas B cutâneos, encontram-se “o Linfoma não-Hodgkin B da Zona Marginal, o Linfoma não-Hodgkin Folicular primariamente cutâneo e os Linfomas não-Hodgkin B de células grandes da pele tipo-perna (leg-type)”.

Segundo o especialista, de entre os linfomas T cutâneos, os linfomas cutâneos do tipo Micose Fungóide apresentam o melhor prognóstico. “Este facto deriva de fatores biológicos, da restrição à pele (por oposição a linfomas cutâneos com rápida progressão para outras localizações) e boa resposta a terapias simples como os corticoides tópicos”, explica.

Seguem-se os linfomas cutâneos CD30+ (um marcador imune da superfície dos linfócitos). O bom prognóstico deste tipo de LCCT prende-se com a própria “biologia destes linfomas – de características mais indolentes – e com o facto de haver terapias específicas que têm como alvo o CD30”.

Os Linfomas Cutâneos de Células T (LCCT) que apresentam pior prognóstico são: Síndrome de Sézary – “uma forma agressiva caracterizada por eritrodermia, aumento dos nódulos linfáticos e presença de linfócitos anormais na circulação sanguínea” - e os linfomas de células T periféricos “sem outra especificação, usualmente doenças com maior extensão, com maior agressividade e menor resposta aos tratamentos disponíveis”.

No que diz respeito aos Linfomas Cutâneos de Células B, “os de melhor prognóstico são os da Zona Marginal e os Foliculares primariamente cutâneos, o que advém do comportamento biologicamente menos agressivo das células originárias, dando origem a doenças com uma proliferação mais lenta, menos disseminada e de tratamento com maiores taxas de sucesso”.

Tratamento

De acordo com o especialista há “diversas alternativas terapêuticas sendo sempre necessário fazer um diagnóstico correto, determinar a extensão da doença e fazer uma avaliação individualizada do risco de cada doente em função de outras doenças que possa ter”. No entanto, regra geral, explica, “a primeira abordagem em lesões da pele de extensão limitada pode passar por fazer terapia tópica com corticoides, que apresenta uma elevada taxa de resposta e pode induzir respostas duradouras”.

“Caso um linfoma cutâneo se apresente com grandes lesões ou progrida após a primeira abordagem pode-se optar por outros imunossupressores tópicos (incluindo citostáticos), terapia com fotões (UVA, UVB) ou eletrões (incluindo radioterapia) ou, caso a doença afete gânglios linfáticos, fazer imunoterapia sistémica , retinoides e/ou quimioterapia em associação com imunoterapia”, adianta sublinhando que a escolha sobre o tratamento a seguir “tende a ser feita de forma a maximizar a relação risco benefício e inclui, muitas vezes, a combinação de várias estratégias”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vacinas Covid-19
Segundo a edição de hoje do jornal italiano La Stampa, a Comissão Europeia decidiu não renovar os contratos com as...

“Em acordo com os líderes de muitos estados-membros”, escreve a publicação, a Comissão Europeia “decidiu que os contratos com as empresas que produzem vacinas válidos para o ano em curso, não serão renovados no seu termo".

Segundo apurou, esta irá focar a sua atenção nas vacinas contra a covid-19 que utilizam a tecnologia de “RNA mensageiro” (mRNA), como as vacinas produzidas pela Pfizer e Moderna.

Esta decisão torna-se conhecida depois do regulador de medicamentos norte-americano (FDA) e o Centro de Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos terem pedido para suspender temporariamente a administração da vacina da Janssen, na sequência de terem sido reportados seis casos de coágulos sanguíneos após a vacinação.

 

Iniciativa Solidária
Ricardo Martins, sobrevivente de leucemia, vai realizar uma caminhada entre Lagos e Fátima, entre os dias 14 e 21 de maio, com...

Em 2004, aos 31 anos, Ricardo foi diagnosticado com leucemia das células pilosas, considerada na altura um tipo muito raro de leucemia. Poucos dias passaram entre a primeira consulta, exames e o diagnóstico. Seguiu-se o tratamento que “na altura só tinha sido feito nos Estados Unidos, Japão, Alemanha e França. Em Portugal seria o primeiro a fazer e havia muito pouca informação em relação aos efeitos secundários. O meu médico teve de pedir uma autorização especial ao Ministério da Saúde para que pudesse fazer o tratamento”, explica o empresário residente em Lagos.

“Na semana que estive em tratamentos tive muito tempo livre e comecei a pesquisar sobre a doença. Percebi que já tinha sintomas há bastantes meses e nunca liguei por andar sempre muito ocupado, ao ponto de não dar a devida atenção à minha própria saúde. Nessa altura, vi também as dificuldades que os pais de crianças em tratamento tinham para estar com eles. Muitos com poucas possibilidades para suportar as despesas e poder acompanhar os filhos numa altura em que mais precisa”, recorda Ricardo.

No dia em que soube que tinha leucemia, Ricardo fez uma promessa a si mesmo: fazer uma caminhada entre Lagos e Fátima em maio de 2020, a qual teve de ser adiada devido à situação pandémica. Determinado a cumprir a promessa este ano, decidiu aproveitar a ação simbólica e angariar fundos para uma causa com a qual se identificasse.

“Fiz uma pesquisa para encontrar algo que tivesse alguma relação comigo e que ajudasse as famílias das crianças que mais precisam nestas alturas difíceis. A escolha recaiu naturalmente sobre a APCL. A casa de acolhimento que está a ser construída relacionava-se perfeitamente com o que assisti quando fiz os meus tratamentos e que sempre pensei que um dia gostaria de contribuir para ajudar essas famílias”, refere Ricardo.

Com partida marcada para 14 de maio, o percurso entre Lagos e Fátima, levará sete dias a ficar completo, totalizando mais de 340 quilómetros a pé. A iniciativa pode ser acompanhada nas páginas de Facebook e Instagram da APCL, assim como na Página de Facebook da própria ação. A campanha de angariação de fundos já está a decorrer e os donativos podem ser feitos através da plataforma Go Fund Me: http://gofund.me/93caf6b7

“Ficámos muito sensibilizados ao receber o contacto do Ricardo, não só pelo gesto simbólico de assinalar a vitória da batalha contra a leucemia, como o cariz solidário da iniciativa. Além disso, esta ação não podia vir em melhor altura. Neste momento precisamos de toda a ajuda possível para garantir o recheio e pintura da casa «Porto Seguro»”, refere o Prof. Manuel Abecasis, presidente da APCL.

O projeto “Porto Seguro” da APCL consiste numa casa de acolhimento em Lisboa para  doentes hemato-oncológicos, a transplantar ou em fase de terapêutica, e respetivo agregado familiar, para que durante o período de tratamentos e isolamento inerente à recuperação do doente, criança ou adulto, a família possa estar próximo e acompanhar, proporcionando assim o suporte emocional fundamental à recuperação. A casa, que se encontra em fase de construção, será a primeira casa de acolhimento para o efeito na capital. Este projeto de cariz social partiu da necessidade crescente que a Associação sentiu de apoiar famílias carenciadas com necessidade de se deslocar a outra cidade para se submeter a um transplante de medula óssea ou para acompanhar um familiar nessas circunstâncias.

Webinar
A Acreditar realiza já amanhã, dia 15 de abril, pelas 12 horas, o webinar “Espiritualidade e Cancro”. De participação gratuita,...

Em comunicado, a Acreditar faz saber que este “será um momento de partilha e reflexão sobre esta dimensão das nossas vidas, tão presente quando surge o diagnóstico de um cancro pediátrico”.

Por isso, “aproveite esta oportunidade e partilhe as suas questões com a oncologista pediátrica Ana Maia, a professora Helena Marujo e Júlia Stefanato, sobrevivente de cancro pediátrico”.  

A conversa será moderada pela jornalista Margarida Alpuim.

Para fazer a sua inscrição basta seguir o link: https://zoom.us/webinar/register/WN_vGtQ-6-_RHWqABBFLNi_Zw.

 

Dia Aberto Virtual
O Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA) vai realizar o Dia Aberto 2021 em modo...

“Em tempos de pandemia, o IHMT-NOVA decidiu abrir as portas virtuais e mostrar através de uma série de vídeos o que se faz neste instituto que reúne cientistas, professores e médicos a trabalharem para o objetivo comum do progresso científico e para formar futuros profissionais que possam fazer a diferença no mundo”, diz em comunicado.

Ao longo deste dia vão realizar-se ainda vários Webinares, que contam com a participação de “alunos e professores de escolas de norte a sul do país, com temas como Higiene e Parasitas, COVID-19: Infeção e vacinação, Saúde dos Migrantes e COVID-19, Infeções Sexualmente Transmissíveis, entre outros”.

O Dia Aberto realiza-se todos os anos e tem como objetivo dar a conhecer à comunidade a história e missão do IHMT-NOVA, tal como o trabalho desenvolvido na investigação, docência e serviços à comunidade (clínicos, laboratoriais e de saúde pública), com ênfase na contribuição da resolução dos problemas associados à saúde global e das regiões tropicais em particular e em consonância com os objetivos do desenvolvimento sustentável. “O Dia Aberto poderá também influenciar na descoberta de vocações profissionais dos jovens que nos visitam”, sublinha na sua nota.

Ao longo dos anos, explica o IHMT-NOVA, “têm sido inúmeros os visitantes que acorrem ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical no Dia Aberto: alunos de escolas, grupos de cidadãos que se organizam ou que o fazem individualmente, em família ou com amigos”.

Estes visitantes têm a oportunidade de participar em atividades como a extração de ADN e de observar diversos organismos como células infetadas com vírus e bactérias, bactérias, fungos, vermes, outros parasitas, moluscos, insetos e vetores transmissores de agentes causais de doença.

Têm também a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido na Consulta do Viajante, Biotério e visitar o museu ou as suas exposições.

“No ano de 2021 estão todos convidados para uma visita virtual… Boa viagem pelo mundo da ciência e medicina tropical!”, finaliza em comunicado.

 

Doença Venosa Crónica
As pernas são uma parte importante do nosso corpo, logo as queixas referentes a elas não são de desp

Em Portugal a prevalência da doença venosa crónica é de 20% nos homens e 40% nas mulheres. Num inquérito efetuado em 2010 verificou-se que 2 milhões de mulheres com mais de 30 anos de idade sofrem desta doença.

É responsável por 1 milhão de dias de trabalho perdidos por ano. Em cerca de 21% dos doentes existe como motivo para mudança de local de trabalho e leva a reformas antecipadas em 8% destes doentes.

Em outubro de 2010, no jornal “Noticias Médicas” foi publicado um estudo que revelou que 64% das mulheres com 50 anos de idade ou mais, veem a sua qualidade de vida significativamente afetada pela doença venosa crónica.

Como curiosidade histórica a 1ª descrição que existe de varizes dos membros inferiores surgiu em 1550 A.C. no “Papyrus Ebers”, os egípcios descreveram-nas como dilatações serpentiformes, enroladas, endurecidas e com nódulos. Mais tarde Hipócrates (460-377 A.C.) já recomendava a compressão como tratamento e citava os efeitos benéficos do repouso em situações de úlcera.

Galeno (130-200 D.C.) que viveu em Pérgamo, na Ásia menor, descreveu a extirpação das varizes entre duas laqueações e referiu que a dilatação das varizes tinha como causa a quantidade de sangue que existia no seu interior. Foi o cientista que descreveu pela 1ªvez a laqueação cirúrgica.

Ambroise Paré (1510-1590) foi um ilustre cirurgião de Paris, que em 1552 se tornou médico de Henrique II, “o tirano”, que foi acometido de uma úlcera de perna. Já nesta altura foram usados pensos e contensão elástica.

Ao longo dos séculos houve pessoas importantes que tiveram problemas graves do sistema venoso dos membros inferiores, como por exemplo” El Greco” (1541-1614), Henrique VIII e Catherine Parr, sua última mulher.

O que causa as varizes? De uma maneira simplista pudemos dizer que é tudo o que impeça o fluxo do sangue nas pernas. Por exemplo o uso de roupa apertada, a gravidez, determinados desportos (levantamento de pesos), o sentar e cruzar as pernas por períodos prolongados, obesidade, álcool, calor, hormonas (pilula, terapêutica de substituição na menopausa), o estar de pé ou sentado por períodos muito prolongados, uso regular de saltos altos, mas o maior risco é a predisposição genética.

Os primeiros sintomas da doença são pernas pesadas, edema dos tornozelos (inchaço), prurido, cãibras noturnas e dor nas pernas. Os sinais variam desde pequenos derrames, sem qualquer tipo de queixas, passando pelas varizes tronculares, dermatite e em último caso o aparecimento de úlcera de perna.

As dores das pernas podem ter várias origens, não são sempre doença venosa, temos que fazer o diagnóstico diferencial com a osteoartrite, as mialgias, a neuropatia periférica, a tendinite e a claudicação intermitente. O edema também existe noutras patologias, com por exemplo na insuficiência cardíaca, na insuficiência renal, no edema linfático, na lipodistrofia e em casos de hipoalbuminémia.

A avaliação da doença venosa passa sempre pela realização de um ecodoppler, que é um exame ecográfico, minimamente invasivo, que faz o estudo da circulação venosa superficial e profunda que permite determinar se existe refluxo, ou seja, insuficiência das válvulas venosas devido a dilatação ou se existe qualquer obstrução nos vasos. Em casos mais complicados pode se recorrer ao uso da flebografia, que é muito raro atualmente pois o ecodoppler fornece nos todos os dados necessários. Trata-se de um estudo radiológico com utilização de contraste e implica uma punção duma veia do membro inferior (exame invasivo).

Após termos o diagnóstico passamos à terapêutica, e aqui temos vários grupos. Temos a terapêutica médica, compressiva, a escleroterapia, a terapia por laser e a cirurgia.

Os mecanismos de ação da terapêutica oral (comprimidos) traduzem-se num efeito anti edema, um aumento do tónus venoso e um efeito na microcirculação, não tem qualquer ação profilática no aparecimento de varizes. Está indicado fazer a medicação sempre que exista edema, sensação de peso e cansaço, como coadjuvante do tratamento das úlceras de perna, na síndrome pré-menstrual e como profilaxia do edema nos voos de longo curso.

Na terapêutica compressiva consta de dois tipos as meias ou as ligaduras elásticas. A meia apresenta a máxima compressão ao nível do tornozelo, 100% e vai diminuindo conforme se sobe ou seja cerca de 70% na região gemelar e 40% na raiz da coxa. Existem meias até ao joelho, até raiz da coxa e collants, com ou sem biqueira, encontram-se distribuídas por 4 classes, consoante o tipo de compressão, então temos classe 1, compressão suave (até 20 mm Hg), que deve ser usada na prevenção das pernas pesadas em caso de gravidez ou por estar em pé durante muito tempo e até após uma sessão de escleroterapia. Temos a classe 2, compressão moderada (até 30 mm Hg), que deve ser usada em casos de veias varicosas pronunciadas, pernas inchadas, após cirurgia ou quando existem varizes na gravidez. Usar uma classe 3, compressão forte (até 40 mm Hg), após uma trombose venosa profunda ou úlcera de perna. A classe 4, compressão extraforte (até 60 mm Hg), deve ser usada no linfedema.

Existem as meias de descanso, cuja pressão varia entre os 6 e os 14 mm Hg, são exclusivamente para pessoas sem patologia documentada.

É muito importante a compra correta de uma meia pois esta tem que ter a medida certa, pois de modo contrário não vai ser possível calçar e sentir-se bem com ela. Aconselha-se sempre a escolher lojas da especialidade pois tem técnicos que sabem fazer uma avaliação correta do tamanho, não vão mudar a prescrição médica e vão ensinar a calçar e lavar a sua meia.

Quando existem derrames ou pequenos trajetos varicóticos, após um exame clínico e por ecodoppler que mostre que não existe patologia das safenas, pudemos tratar com escleroterapia ou até por laserterapia.

A escleroterapia (vulgarmente conhecida por secagem) consiste numa injeção de um medicamento num pequeno vaso, que vai provocar uma irritação da parede da veia levando à sua esclerose, ou seja, desaparecimento. Este tratamento implica várias sessões, muito bem toleradas, pois a dor da punção é mínima devido a agulha ser de um calibre muito reduzido. Uma noção que é preciso ter é que o facto de esclerosar umas veias não vai aumentar o número noutros locais. Deve ser tomado em atenção que não se pode fazer praia ou solário durante 3 semanas, em virtude do risco de pigmentação da pele, não se pode fazer atividade física intensa até às 48 h, mas pode caminhar, deve usar contensão elástica após o tratamento durante 3 dias e deve aplicar creme nos locais de punção, do tipo gel de arnica ou angiogel, para evitar os hematomas.

Quanto ao tratamento por laser, também são necessárias várias sessões, é praticamente indolor, tem indicação quando os “derrames” têm menos de 1mm, quando existe alergia ao medicamento da escleroterapia ou em caso de “medo das agulhas”. Após o tratamento mantem atividade diária normal.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinars
Durante dois dias, nutricionistas de todo o país estarão reunidos, nas plataformas digitais, para debater a evolução da...

Esta terça-feira, 13 de abril, no seminário “O nutricionista na Covid-19” estiveram presentes mais de três centenas de profissionais que, ao longo de todo o dia, abordaram temas desde as desigualdades e a insegurança alimentar, à intervenção nutricional no doente Covid-19, bem como à necessidade de se criarem estruturas para monitorizar a evolução das doenças crónicas, até à urgência da inovação e da aplicação da inteligência artificial em saúde pública.

Entre os oradores desta iniciativa estiveram João Breda, da Organização Mundial de Saúde, Ricardo Mexia, médico de saúde pública e epidemiologista e Maria João Gregório, Diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS). Durante o seminário a conclusão de que os nutricionistas têm tido um contributo muito útil na resposta à Covid-19 foi generalizada, existindo, ainda, a perceção de todos de que é necessário aumentar a dimensão da atuação destes profissionais para que o acesso aos cuidados de nutrição esteja garantido a toda a população.

Hoje é a vez do I Fórum dos Jovens Nutricionistas, uma iniciativa da Comissão de Jovens Nutricionistas, o grupo de reflexão que iniciou funções em 2019 e que incide sobre as questões de acesso e de exercício da profissão. 

O que se espera de um jovem nutricionista e o que vai mudar na profissão nos próximos anos é o principal tema em cima da mesa no evento que pretende preparar a nova geração de profissionais para os novos desafios de saúde pública.

“A nutrição e a resposta à Covid-19 estão interligadas. Se, por um lado, os doentes crónicos manifestam consequências mais graves de infeção por Covid-19, nomeadamente os doentes com obesidade, exigindo um suporte nutricional atempado e adequado, por outro lado, esta pandemia estará a agravar o estado nutricional da população. É por isso que nos orgulhamos da adesão que estes eventos estão a ter entre os nutricionistas, pois sabemos a preponderância que a nutrição tem na situação pandémica”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas. 

Para a Ordem dos Nutricionistas é fundamental manter a troca de ideias entre profissionais com a certeza de que só a evolução no conhecimento e na investigação podem trazer tomadas de decisão adequadas e com base na evidência científica.

Balanço do Plano de vacinação
Segundo o coordenador da Task Force do Plano de Vacinação, o Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo, a população com mais de 60...

“Quando vacinarmos toda a população acima dos 60 anos, na realidade, estaremos – segundo os dados dos óbitos – a proteger 96,4% das pessoas que faleceram em resultado desta pandemia. Vamos atingir este valor entre a última semana de maio e a primeira de junho”, disse o responsável no decurso da reunião que decorreu esta manhã no Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e que reúne especialistas, membros do Governo e o Presidente da República para avaliação da situação epidemiológica.

Henrique Gouveia e Melo reafirmou também a meta de proteção de 70% da população para meados do verão. “Atingiremos 70% da população, que equivale a termos todas as pessoas acima dos 30 anos vacinadas, entre julho e agosto, com a primeira dose”, explicou.

Com 1,9 milhões de vacinas disponíveis para administrar em abril, o responsável assumiu, ainda, que o programa se encontra “numa semana de transição” e que vai entrar em curso “uma nova estratégia”, uma vez que há disponibilidade de vacinas» e que o aspeto fundamental será a “fluidez” do ritmo de vacinação.

 

Webinar "COVID-19 - O que esperar da vacina?"
A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) promove amanhã (quarta-feira, 14), a partir das 17h00, o webinar ...

A iniciativa, com o objetivo de transmitir e discutir os fundamentos e a relevância clínica da vacinação, tem transmissão online, em https://youtube.com/channel/UCMRAHpos6YbipeIHqZm4u7w.

Este webinar sobre os aspetos mais importantes e as dúvidas relacionadas com o processo de vacinação contra a Covid-19 terá a abertura a cargo do Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão. Às intervenções de Manuel Santos Rosa (com o tema “Bases imunológicas da vacinação”) e Saraiva de Cunha (“Aspetos clínicos”), vai seguir-se um período de debate (aberto às questões colocadas pela audiência digital), com moderação do Diretor da FMUC, Carlos Robalo Cordeiro.

 

Casos raros de tromboembolismo
Este adiamento na entrega da vacina da Janssen surge depois de terem sido detetados dois casos suspeitos de tromboembolismo em...

Os EUA decidiram suspender a utilização da vacina da Janssen, esta terça-feira, depois de seis pessoas terem desenvolvido uma doença rara ligada ao coágulo sanguíneo no prazo de duas semanas após a vacinação, informou a FDA.

De acordo com o jornal El Mundo, as seis pessoas afetadas eram mulheres entre os 18 e os 48 anos. Uma delas morreu e outra está hospitalizado em estado crítico. Cerca de sete milhões de pessoas receberam a vacina Covid-19 da Janssen.

Na sequência destes casos foi convocada uma reunião de emergência do Centro de Controlo de Doenças (CDC), para esta quarta-feira.

Entregas na Europa ficam de “quarentena”

Enquanto se decide sobre o que fazer, a empresa já informou que irá adiar a entrega das doses contratualizadas com a Europa e que começavam a chegar esta semana.  "Revimos estes casos com as autoridades sanitárias europeias. Tomámos a decisão de adiar proativamente o lançamento da nossa vacina na Europa", explica Janssen em comunicado.

Esta rutura afeta as 200 milhões de doses compradas à empresa farmacêutica

Desde sexta-feira que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) tem vindo a investigar o risco de desenvolver tromboembolismo com a vacina da Janssen, depois de ter recebido um "sinal de alerta" relacionado com quatro casos graves de coagulação sanguínea após a vacinação com esta preparação.

 

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