Dados
O Diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde, André Peralta Santos, adiantou hoje que Portugal...

De acordo com o responsável, ocorreu uma inversão da tendência de incidência, registando-se agora um aumento de casos na faixa etária dos 0 aos 9 anos de idades. As regiões do Porto e Lisboa e Vale do Tejo são aquelas onde o aumento das taxas de infeção entre os mais jovens é mais vísivel. 

Por outro lado, revela o especialista, começa a registar-se também um aumento da incidência entre os 25 e os 55 anos, que corresponde à população ativa.

Já as faixa etárias acima dos 80 anos, mais vulnerável à hospitalização e à morte por Covid-19, apresenta uma tendência decrescente. 

André Peralta indicou ainda que, nas ultimas semas, houve uma diminuição das hospitalizações e dos internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), bem como da mortalidade.

Segundo o diretor da DSIA, "houve uma intensificação da testagem da semana 13 para a semana 14”, verificando-se que concelhos com maior incidência têm maior testagem".

No mesmo período, houve uma diminuição da taxa de positividade, que é inferior a 4%.

 

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, cinco mortes e 408 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, foram registadas mais cinco mortes, três na região de Lisboa e Vale do Tejo, uma na região Centro e outra no Norte. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 408 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 137 novos casos e a região norte 153. Desde ontem foram diagnosticados mais 48 na região Centro, 24 no Alentejo e 13 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais nove infeções e nos Açores 24.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 459 doentes internados, menos 20 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos passaram a ter menos um doente internado. Atualmente, estão em UCI 118 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 746 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 785.809 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.441 casos, menos 343 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 217 contactos, estando agora 18.013 pessoas em vigilância.

 

 

Reunião Infarmed
Portugal apresenta atualmente uma incidência cumulativa a 14 dias “moderada, próxima dos 71 casos por 100.000 habitantes, e com...

Durante a sua intervenção na sessão de apresentação sobre a “Situação epidemiológica da COVID-19 em Portugal”, o responsável referiu que “o Algarve é a região de Portugal Continental que apresenta uma incidência mais elevada”.

No que diz respeito à dispersão geográfica da incidência, existem 22 concelhos com uma incidência cumulativa superior a 120 casos por 100.000 habitantes, o que corresponde a uma população de aproximadamente 646.000 pessoas.

Estes concelhos estão dispersos por todas as Administrações Regionais de Saúde (ARS), mas o Alentejo e o Algarve são as regiões que apresentam mais concelhos com uma incidência superior.

Na semana de 21 a 27 de março, o Baixo Alentejo e o Algarve registaram maiores crescimentos, depois na semana seguinte “algum crescimento também na zona do Algarve, do Barlavento para o Sotavento, e depois na última semana com algum crescimento também na zona norte da zona do Grande Porto e de Trás os Montes”.

 

Com capacidade para vacinar cerca de 600 pessoas por dia
Montado no Pavilhão Bernardino Coutinho, o centro de vacinação de Covid-19 de Marco de Canaveses, entrou hoje em funcionamento...

Segundo a Diretora do Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega (ACES) I Baixo-Tâmega, este centro de vacinação, que funciona no pavilhão municipal, “reúne todas as condições para funcionar com normalidade, tendo disponível, todos os dias entre as 8 e as 20 horas, quatro equipas de enfermagem e um médico”.

A mesma acrescentou que “os nossos centros de saúde não estão dotados de espaço, sobretudo para o recobro. Assim, garantimos condições ótimas para a população e para os profissionais”, sublinhando que dispõem de “um stock considerável de vacinas”, que permitirá “vacinar as pessoas elegíveis para esta fase da vacinação.

No concelho de Marco de Canaveses têm estado a funcionar dois centros de vacinação, que se mantêm em funcionamento na Unidade de Saúde do Marco de Canaveses.

 

Exposição Itinerante
A Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina inaugura, dia 20 de abril às 11:30h, na Faculdade...

O propósito da iniciativa é revisitar os principais marcos históricos relativos ao tratamento da diabetes desde o antigo Egipto, onde em 1550 A.C. havia já referência a uma doença que se assemelha à diabetes, até 1921, o ano da descoberta da insulina.

A exposição faz ainda referência aos anos 80 do século XX, a década em que a insulina passou a ser comparticipada a 100% pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em Portugal destaca-se a figura de Ernesto Roma, a quem se deve a criação da primeira associação de diabetes do mundo, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), atualmente presidida por José Manuel Boavida.

A Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina é constituída por José Luiz Medina, Luís Gardete Correia e Manuel Almeida Ruas, médicos endocrinologistas que acompanharam mais de meio século da história da insulina. As comemorações contam com o patrocínio da Federação Internacional da Diabetes.

A exposição inaugura no dia 20, às 11h30 e irá permanecer na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra até ao dia 3 de maio. Depois irá viajar até à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Para mais informações, consultar o link www.100anosinsulina.pt

 

 

Luiz Bronze é o novo presidente
No próximo dia 17 de abril, sábado, realiza-se a sessão de tomada de posse dos novos Corpos Sociais da Sociedade Portuguesa de...

A sessão decorre presencialmente pelas 11h, no Clube Militar Naval e será possível assistir por link Zoom dedicado: Iniciar a reunião - Zoom |  ID da reunião: 859 4886 4368  | Senha de acesso: 044126 .

Luís Bronze, cardiologista, diretor de Saúde da Marinha Portuguesa, e investigador integrado do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Universitário Militar (CIDIUM), será o novo presidente. “É um grande orgulho ter sido escolhido para a esta honrosa posição. Esta eleição enriquece também a minha carreira clínica e científica. E, certamente, espero que contribua para o esforço que constitui o combate às doenças cardiovasculares, fonte de tanto sofrimento. Afinal, é mister da alma de cada médico o alívio da dor dos seus semelhantes… Também foi e será sempre aquele o meu objetivo, enquanto médico”, salienta.

Neste momento “as sociedades científicas são muito importantes para assegurar a informação científica mais atual e as boas práticas em relação à sua área científica de interesse. Esse papel é ainda mais relevante neste tempo pandémico em que as informações se sucedem, muitas vezes contraditórias e eivadas de “achismo”. Assim, no seu mandato, Luís Bronze quer dar destaque “aos principais desafios que são contribuir de todas as formas para o diagnóstico, combate e informação pública relativas a esta doença crónica e, ao cumprir este nobre desiderato, assegurar o engrandecimento e a continuidade do bom trabalho iniciado pelos meus antecessores, durante o biénio 2021-2023”.

O médico naval da Marinha Portuguesa é cardiologista com o grau de consultor da carreira médica hospitalar. É doutorado em Medicina/Cardiologia pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa, sendo professor auxiliar e coordenador do Bloco Cardiocirculatório do Mestrado Integrado de Medicina da Universidade da Beira Interior.

Entre outros cargos, é coordenador da linha de investigação da saúde, no Centro de Investigação Naval (CINAV), Escola Naval, Marinha Portuguesa. É diretor de Saúde da Marinha Portuguesa desde 26 de julho de 2018 e investigador integrado do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Universitário Militar (CIDIUM).

No passado, foi cardiologista do Hospital da Marinha, subdiretor do Centro de Medicina Naval e responsável pela Secção de Cardiologia da referida instituição. Foi igualmente chefe de serviço de Cardiologia do Hospital das Forças Armadas (HFAR)/Polo de Lisboa, diretor do referido polo e, por inerência, subdiretor daquele grupo hospitalar militar, que inclui um polo em Lisboa e outro no Porto.

Entrevista
O cancro do pulmão continua a ser uma das principais causas de morte em todo o mundo.

Sabendo que o cancro do pulmão continua a ser umas das principais causas de morte a nível mundial, e para que possamos fazer o seu enquadramento na realidade no nosso país, começo por lhe perguntar qual a incidência do Cancro do Pulmão em Portugal? E qual a sua taxa de sobrevivência?

A nível mundial, o cancro do pulmão é o segundo cancro mais prevalente, logo a seguir ao cancro da mama, com 2 206 771 novos casos por ano, o que representa 11.4% do total de cancros (dados Globocan 2020). Além da elevada prevalência, o cancro do pulmão é ainda o que tem uma mortalidade mais elevada, em ambos os sexos. A nível nacional, os dados mais recentes indicam que, em 2020, foram diagnosticados 5.415 novos casos de cancro do pulmão, sendo a terceira neoplasia mais frequente, e aquela geradora de maior mortalidade, com 4.797óbitos (dados Globocan 2020).

A taxa de sobrevivência é dependente do estadio em que a doença é diagnosticada, pelo que é fundamental que se faça o diagnóstico o mais precocemente possível.

Quais os principais fatores de risco associados a esta doença? E quais as faixas etárias mais atingidas por esta neoplasia?

O tabaco é o principal fator de risco para o aparecimento de cancro do pulmão: oitenta e cinco a noventa por cento dos novos casos são detetados em fumadores. Se queremos diminuir o número de novos casos de cancro do pulmão, é fundamental prevenir o início do hábito nos mais jovens e ajudar os fumadores motivados a parar de fumar.

Existem outros fatores de risco associados a esta doença, como a contaminação ambiental, fatores genéticos ou alterações moleculares, mas numa percentagem muito pequena, quando comparados com o tabagismo.

É fundamental perceber que o tabagismo não provoca doenças de imediato. São necessárias várias décadas para que as alterações genéticas e inflamatórias causadas pelo uso continuado do tabaco se acumulem e provoquem doenças. Por isso, habitualmente, os tumores do pulmão dos fumadores são diagnosticados em média entre os sessenta e oitenta anos.

Mesmo sabendo que o cancro do pulmão pode apresentar sintomas apenas numa fase mais avançada da doença, a que sinais devemos estar atentos?

O cancro do pulmão pode crescer durante bastante tempo sem dar sintomas, porque o pulmão “não dói”. Só quando o seu tamanho é muito grande, invade um vaso, um brônquio ou uma estrutura próxima, ou tem já lesões noutros órgãos ou sistemas é que aparecem os sintomas.

Qualquer variação do nosso estado de saúde deve ser avaliada, particularmente se se prolongar no tempo. Os sintomas de alerta para o cancro do pulmão podem ser muito variáveis, relacionados com o próprio tumor e a sua localização no tórax (hemorragia pela boca de sangue vivo, dificuldade respiratória, pieira ou chiadeira no peito, rouquidão ou alteração da voz, dificuldade em engolir, edema da face e do pescoço,...), relacionados com localizações secundárias (dores de cabeça, desequilíbrio, dores ósseas,...), ou com efeitos gerais (falta de apetite, fadiga, emagrecimento). É também preciso estar atento, particularmente nos fumadores ou doentes com doenças respiratórias, a alterações de sintomas já existentes, como tosse do fumador que se torna mais forte e persistente.

Qualquer pessoa com estes sintomas deve consultar rapidamente o seu médico assistente.

Sabendo que existem vários tipos de cancro do pulmão, dividindo-se em dois grupos principais baseados no aspeto das células ao microscópio, que se comportam de forma diferente no que respeita à forma como se desenvolvem e metastizam, o que distingue o cancro de pulmão de pequenas células (CPPC) e o cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC)?

O cancro do pulmão de pequenas células é mais raro, com uma grande agressividade porque cresce muito depressa, invade os vasos e metastiza para outros órgãos rapidamente. É um tumor muito relacionado com o tabagismo.

O cancro do pulmão de não pequenas células é mais frequente (cerca de 85% dos casos) e tem um crescimento mais lento que o de pequenas células. Durante muito tempo foi tratado como uma entidade única, mas ao longo dos tempos fomo-nos apercebendo que existem dois subtipos com comportamento e tratamento diferentes. Por um lado, os tumores escamosos, ou epidermoides, mais centrais, e durante muito tempo os mais frequentes e associados com o tabagismo. Por outro lado, o grupo de tumores não escamosos, que engloba o adenocarcinoma e o carcinoma de grandes células. O adenocarcinoma é atualmente o mais frequente, e acredita-se que tal se relacione com alterações na composição dos cigarros, levando os fumadores a inalar mais profundamente e a manter apneia mais tempo. São, no entanto, também os mais frequentes no sexo feminino e também em não fumadores, podendo estar por vezes relacionados com mutações celulares que estarão na sua origem.

Destes, qual o mais frequente e o que apresenta melhor prognóstico?

O adenocarcinoma é o tumor maligno do pulmão mais frequente, representando 30 a 50% dos casos. É, por isso, não só o mais estudado, mas, uma vez que é o tumor que mais frequentemente apresenta mutações, também o que tem mais opções terapêuticas, e, por isso, melhor prognóstico.

Como é feito o seu diagnóstico? E quais os principais desafios associados?

Quando existe uma suspeita de cancro do pulmão, o primeiro exame habitualmente realizado é uma radiografia do tórax (RX), seguida de uma tomografia computadorizada (TC). Se for identificada uma lesão suspeita, é necessário confirmar o diagnóstico através da recolha de fragmentos da lesão (biópsia) ou de células tumorais (citologia). Este material pode ser obtido através de uma broncoscopia ou de uma biópsia trans-torácica. Por vezes, estes exames não conseguem obter amostras e fazer o diagnóstico, tendo que se avançar para outras técnicas, como a ecoendoscopia, a biópsia de metástases conhecidas ou mesmo a biópsia cirúrgica.

Depois de feito o diagnóstico, o maior desafio é determinar, de forma correta, o estadio ou extensão da doença, que vai ser determinante na escolha do tratamento mais adequado. O estadiamento baseia-se no sistema internacional TNM. O T caracteriza o tumor (tamanho, localização e invasão das estruturas vizinhas). O N caracteriza os gânglios linfáticos (nodes), que são a primeira defesa, tentando conter a doença e, por isso, aumentando de tamanho. São classificados de acordo com o número e localização dos gânglios. O M indica se existem ou não metástases, o seu número e localização. De acordo com o T, o N e o M vamos obter o estadio da doença, que pode ser I, II, III ou IV. Para se fazer o estadiamento, podem ser efetuados vários exames complementares, como tomografias computadorizadas (TC), ressonâncias magnéticas (RM), tomografia de emissão de positrões (PET), cintigrafias, entre outros.

Como se trata o cancro do pulmão, em particular o cancro do pulmão de não pequenas células?

A escolha do tratamento depende do tipo histológico (pequenas células, carcinoma escamoso, adenocarcinoma, carcinoma de grandes células), da expressão do PDL-1 (um marcador que nos ajuda a avaliar a resposta à imunoterapia), e, no caso do adenocarcinoma, da presença de mutações. O segundo fator é o estadio TNM, e, por fim, as condições do doente, como idade, emagrecimento, estado geral, doenças e condições associadas.

Uma equipa multidisciplinar, formada por pneumologistas, oncologistas, imagiologistas, patologistas, radioncologistas e cirurgiões), avalia todos estes fatores e decide qual o protocolo mais adequado para cada caso, que é depois proposto ao doente. Os tratamentos podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, tratamentos alvo e imunoterapia, isolados ou em combinação.

Quais as grandes novidades no que diz respeito ao seu tratamento?

Nos últimos anos, assistimos a uma evolução extraordinária no tratamento do cancro do pulmão, particularmente do CPNPC em estadio IV. Passámos de uma época em que tínhamos como única arma terapêutica a quimioterapia para uma nova era, com a descoberta das mutações driver e as terapêuticas alvo dirigidas a estas mutações, com taxas de resposta e durações de resposta nunca antes vistas. Tratam-se de terapêuticas orais (em comprimidos), tomadas diariamente e mantidas por tempo indeterminado, enquanto controlarem a doença, desde que não tenham efeitos secundários graves (raros). São tratamentos habitualmente muito bem tolerados, podendo ser feitos mesmo em doentes mais debilitados.

São, no entanto, poucos os doentes que apresentam estas mutações, sendo as mais frequentes a mutação EGFR (10-15%) e a translocação ALK (3-7%). Para os restantes doentes, restava-nos a quimioterapia, e foi por isso, com grande entusiasmo, que vimos surgir um novo tratamento: a imunoterapia. O nosso sistema imunitário protege-nos de tudo o que é estranho, como as bactérias e os vírus, mas os tumores têm a capacidade de se esconder do sistema imunitário, crescendo sem controlo. A imunoterapia estimula e desbloqueia a resposta imune, constituindo uma terapêutica mais “fisiológica” do que as outras existentes para tratar esta doença. Os fármacos atualmente disponíveis são inibidores da via PD-1/PDL-1, uma via que frena a resposta imunitária. Estes fármacos foram utilizados, inicialmente, em segunda linha, depois da quimioterapia, mostrando ser francamente superiores a uma segunda linha de quimioterapia. Permitem uma sobrevivência superior, mantêm a resposta mesmo após suspensão do fármaco, têm uma baixa toxicidade com impacto na qualidade de vida dos doentes e são eficazes nos vários tipos de tumores pulmonares. Posteriormente, mostrou-se também a sua superioridade face à quimioterapia em primeira linha, em monoterapia, em tumores que expressavam um PDL-1 superior ou igual a 50%. E, mais recentemente, surgiu a evidência do benefício da sua utilização em combinação com a quimioterapia, em primeira linha. Primeiro nos adenocarcinomas, e agora também nos CPNPC escamosos, tumores que até há bem pouco tempo tinham menos escolhas terapêuticas, e, consequentemente, pior prognóstico.

Vivemos tempos de grande entusiasmo, com a descoberta de novas mutações driver e terapêuticas alvo dirigidas, com a crescente utilização da imunoterapia, passando também para estádios mais precoces, e a possibilidade de combinar as várias terapêuticas. Acreditamos que, num futuro próximo, poderemos não curar as neoplasias em estádios avançados, mas transformá-las em doenças crónicas com as quais os doentes consigam conviver, com boa qualidade de vida.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Plataforma online de acesso generalizado
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um programa psicoterapêutico inovador destinado a...

Chama-se iACTwithPain, está disponível numa plataforma digital desenhada para o efeito – https://iact.isr.uc.pt – e foi desenvolvido por investigadores do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) e do Instituto de Sistemas e Robótica, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC) e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), respetivamente.

No essencial, este programa de intervenção psicológica de terceira geração, em formato online, pretende promover o desenvolvimento de competências de autogestão da dor e de autorregulação emocional, de modo a diminuir o impacto da dor e a melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem desta patologia. Tem uma duração de oito semanas e inclui dois momentos de follow-up – aos 3 e 6 meses após a conclusão da intervenção.

«A intervenção é constituída por 8 módulos, de cerca de 20 minutos de duração cada, disponibilizados uma vez por semana. Os participantes são orientados, ao longo da intervenção, mediante o recurso a vídeos explicativos e animados ou com os próprios terapeutas (ou os seus avatares) em tópicos relacionados com a gestão da dor e das respostas emocionais e cognitivas associadas, através da prática de exercícios experienciais e meditativos guiados», descreve Paula Castilho, coordenadora do projeto.

No final de cada módulo é sugerida a prática de exercícios relacionados com o tópico abordado e solicitado o preenchimento de um pequeno questionário sobre a sessão e o seu impacto. A progressão no programa «depende da conclusão de cada um dos módulos. A prática continuada e comprometida é fundamental para a eficácia da intervenção, pelo que os/as participantes serão incentivados/as e motivados/as através do envio de uma mensagem, via email, uma vez por semana, entre cada sessão a praticar/treinar as competências ensinadas», sublinha Paula Castilho.


Plataforma está disponívem em 
https://iact.isr.uc.pt

Agora, a equipa pretende validar a eficácia deste programa. Está, por isso, a pedir a colaboração de pessoas com diagnóstico de dor crónica nos últimos três meses, com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos, que possuam acesso à internet e que não estejam envolvidas noutra forma de intervenção psicológica para a dor crónica. A elegibilidade para a participação no programa será aferida mediante questionários de autorresposta disponibilizados na plataforma, assim que cada voluntário tiver lido e aceite o consentimento informado depois de efetuado o registo.

No fim do estudo, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), os participantes que ficarão distribuídos no grupo controlo terão a possibilidade de usufruir integralmente do programa iACTwithPain.

A investigadora do CINEICC e professora da FPCEUC nota que «cerca de 37% da população portuguesa sofre de um quadro com dor crónica, o que acarreta importantes custos sociais e económicos significativos. Além disso, a dor crónica está presente em diversos problemas psicológicos e quadros clínicos, como a ansiedade e a depressão».

Através o programa iACTwithPain, conclui, «pretendemos testar a eficácia de determinados componentes e estratégias terapêuticas e o seu contributo diferencial na gestão emocional e da dor. O iACTwithPain conta com a vantagem de ter um formato online, possibilitando o acesso generalizado da população a uma intervenção promotora da saúde (eHealth), aspeto ainda mais relevante pelas circunstâncias atuais decorrentes da crise pandémica. Deste modo, as pessoas podem efetuar a intervenção ao seu próprio ritmo, no seu ambiente natural e de acordo com as suas necessidades».

Iniciativa visa a promoção de mudanças de comportamento
A Direção-Geral da Saúde em parceria com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), promove, no próximo dia...

Esta formação, que abrange as cinco regiões de saúde, pretende transmitir informação relevante sobre as principais medidas na prevenção de transmissão do vírus, o processo de vacinação contra a Covid-19, as estratégias de comunicação e o Papel do Microinfluenciador.

De acordo com a nota da DGS, "o contexto da atual pandemia veio sublinhar a importância da disseminação de informação fidedigna e válida pelo maior número de pessoas possível. A ativação dos Microinfluenciadores deve visar a promoção de mudanças comportamentais bem-sucedidas e mantidas ao longo do tempo".

Para tal, a Direção-Geral da Saúde desenvolveu este projeto de Mobilização Social com o objetivo de garantir a formação de Microinfluenciadores sociais - considerados elementos “chave” da comunidade - para que estes "transmitam informação relevante e capacitem a comunidade nos diferentes settings e oportunidades de atuação".

Segundo a DGS, "o papel destes Microinfluenciadores será o de transmitir a informação recebida junto das suas comunidades, estabelecendo-se desta forma uma disseminação em cascata das principais recomendações que visem a resposta à pandemia, constituindo-se em verdadeiros agentes de Saúde Pública".

 

Estudo
As mulheres que foram vacinadas contra a Covid-19 no início do terceiro trimestre têm maior probabilidade de passar anticorpos...

Para este estudo, os investigadores analisaram o sangue de 27 mulheres grávidas que receberam a vacina da Pfizer ou Moderna no terceiro trimestre e o sangue do cordão umbilical dos seus 28 recém-nascidos (entre eles um par de gémeos).

Descobriu-se que as mulheres desenvolveram uma resposta imunológica robusta após a vacinação, sugerindo que a vacina protegerá as grávidas da Covid-19. Além disso, na maioria, um período mais longo (latência) entre a vacinação e o parto foi associado a uma transferência mais eficaz de anticorpos Covid para o recém-nascido. Apenas três bebés (incluindo o conjunto de gémeos) não tinham anticorpos positivos à nascença, e essas duas mulheres tinham recebido a primeira vacina menos de três semanas antes do parto.

As mulheres que receberam a segunda dose da vacina antes do parto também tinham uma maior probabilidade de transferir anticorpos para o seu bebé, segundo o estudo.

De acordo Emily Miller, professora assistente de obstetrícia e ginecologia na Northwestern University Feinberg School of Medicine, estes resultados podem dar alento àquelas mulheres que estão com dúvidas sobre vacinar ou não durante a gravidez e que pensam esperar pelo nascimento dos seus bebés para receberem a vacina. "Recomendamos vivamente que tomem a vacina durante a gravidez. Mas se teme que a vacinação possa prejudicar o bebé, estes dados dizem-nos o contrário. A vacina é um mecanismo para proteger o seu bebé, e quanto mais cedo a conseguir, melhor”, afirmou.

O estudo foi publicado a 1 de abril no American Journal of Obstetrics and Gynecology e baseia-se em pesquisas recentemente publicadas por uma instituição externa que encontrou descobertas semelhantes em 10 amostras do cordão umbilical. Este novo estudo da Northwestern examinou 28 amostras de sangue do cordão umbilical.

"Ter mais sangue do cordão umbilical permitiu-nos olhar para os fatores que podem prever a transferência de anticorpos, como o tempo entre a vacinação e a entrega", disse Miller. "Quais são as características que podemos controlar para otimizar a imunidade passiva para o neonato?"

Devido à elegibilidade e ao timing da vacina, a maioria das mulheres incluídas no estudo foram profissionais de saúde que receberam a vacina no terceiro trimestre. Todos tinham respostas robustas à vacina, de acordo com os anticorpos encontrados nas amostras de sangue materna, disse Miller.

Como as vacinas para o mRNA só estão disponíveis desde o final de dezembro, é impossível saber se vacinar mulheres ainda mais cedo na sua gravidez (primeiro ou segundo trimestre) levaria a uma maior eficiência da transferência de anticorpos, disse Miller, no entanto a especialista estima que sim.  “Também ainda é muito cedo para testar quão bem ou quanto tempo os anticorpos passivamente transferidos continuarão a proteger os bebés após o parto”, referiu a investigadora.  

Novos estudos devem incluir um grupo mais diversificado de mulheres e mulheres que receberam a vacina mais cedo durante a gravidez. Os investigadores também vão examinar outras características que podem afetar a eficácia da transferência de anticorpos para o bebé, como complicações de gravidez.

"Esta é uma ótima maneira de proteger passivamente o seu bebé porque, infelizmente, este vírus não vai desaparecer tão cedo", disse Miller.

Investigação Universidade de Pittsburgh
Uma investigação da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, revela que as vacinas contra a...

A descoberta levou a Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh e os médicos-cientistas da instituição a emitirem uma declaração de precaução no jornal medRxiv, exortando estes pacientes e aqueles que interagem com eles a tomarem as vacinas Covid-19 disponíveis, mas a continuarem a usar máscaras e a praticar o distanciamento social, mesmo após a vacinação completa. Em simultâneo, prosseguem a publicação das conclusões revistas pelos pares.

"À medida que vemos mais orientações nacionais permitindo encontros sem utilização de máscara entre pessoas vacinadas, os médicos devem aconselhar os seus pacientes imunossuprimidos sobre a possibilidade de as vacinas Covid-19 não as protegerem totalmente contra a SARS-CoV-2", disse o autor sénior Ghady Haidar, cirurgião e professor assistente no Departamento de Doenças Infeciosas da Universidade de Pittsburgh. "Os nossos resultados mostram que as probabilidades de a vacina produzir uma resposta em pessoas com doenças hemato-oncológicas” são reduzidas.

No entanto, o investigador advertiu que um teste de anticorpos negativos não significa necessariamente que o paciente não tem proteção contra o vírus. Neste momento, a Universidade e os Centros de Controlo e Proteção de Doenças dos EUA não recomendam repetir vacinas em pessoas previamente vacinadas, mesmo que testem negativo para anticorpos.

As doenças Hemato-oncológicas são uma classificação de cancros tumorais não sólidos, incluindo leucemias, mielomas e linfomas. De acordo com os investigadores, estes doentes têm um risco de morte superior a 30% se contraírem Covid-19 e frequentemente recebem terapias que empobrecem os anticorpos, o que significa que devem ter prioridade na vacinação Covid-19. No entanto, foram excluídos dos ensaios da vacina Covid-19 mRNA, uma vez que os dados sobre a eficácia das vacinas são inexistentes.

Três semanas após a sua vacinação final, 67 doentes que foram vacinados com as vacinas de duas doses da Pfizer ou da Moderna, foram testados no âmbito deste estudo. Haidar e os seus colegas descobriram que mais de 46% dos participantes não tinham produzido anticorpos contra a SARS-CoV-2.

Além disso, apenas três em cada 13 doentes com leucemia linfocítica crónica (LLC) - um cancro em progressão lenta do sangue e da medula óssea - produziram anticorpos mensuráveis, embora 70% deles não estivessem a passar por qualquer forma de terapia do cancro.

"Esta falta de resposta foi surpreendentemente baixa", disse Mounzer Agha, o principal autor do estudo e hematologista no Hillman Cancer Center. "Ainda estamos a trabalhar para determinar porque é que as pessoas com doenças hemato-oncológicas - especialmente as que têm LLC - têm uma resposta mais baixa aos anticorpos e se esta resposta baixa também se estende a pacientes com tumores sólidos."

A equipa não encontrou uma ligação entre a terapia oncológica e os níveis de anticorpos que explicassem por que não desenvolveram uma resposta imune adequada à vacina. No entanto, como se esperava, os doentes mais velhos eram menos propensos a produzir anticorpos em comparação com os pacientes mais jovens.

"É extremamente importante que estas pessoas estejam conscientes do seu risco contínuo e procurem cuidados médicos imediatos se tiverem sintomas de Covid-19, mesmo após a vacinação", acrescentou o investigador. "Podem beneficiar de tratamentos ambulatórios, como anticorpos monoclonais, antes que a doença se torne grave”, acrescentou.

 

Empresário na área de saúde
Todos os anos, a Forbes identifica os líderes mais promissores do mundo com menos de 30 anos em vários setores, incluindo...

Este reconhecimento atribuído a Frederico Carpinteiro pela Forbes é o resultado de uma carreira de sucesso como empresário na área de saúde. Em 2015, cofundou a Adapttech e desenvolveu o sistema INSIGHT, um novo dispositivo médico patenteado que torna mais rápido e fácil o encaixe correto de próteses de membros inferiores em pessoas amputadas. O sistema INSIGHT, certificado pela FDA e com marca CE, combina um scanner 3D, sensores, tecnologia wearable e uma aplicação móvel e permite melhorar o encaixe de próteses para amputados de membros inferiores e monitorizar o seu processo de reabilitação. O sistema INSIGHT está agora disponível globalmente, após estudos bem-sucedidos em clínicas de próteses nos EUA, onde a eficácia do sistema INSIGHT foi validada de forma independente.

Frederico Carpinteiro formou-se em Bioengenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e lidera a Adapttech desde a sua fundação. A Adapttech já levantou no total mais de € 5 milhões entre capital de risco e apoios financeiros públicos. A Bionova Capital foi o primeiro investidor na Adapttech em 2016, e desde então juntaram-se os investidores Britânicos Mercia Asset Management, Angel CoFund, Wealth Club e Wren Capital.

“Sinto-me muito honrado por receber este prestigioso reconhecimento da Forbes, e partilho esta distinção com toda a equipa da Adapttech”, disse Frederico Carpinteiro, CEO, Adapttech. “Agradeço também à Bionova Capital pelo seu investimento e apoio crucial desde o primeiro dia”.

Em 2016, a Bionova Capital garantiu o capital inicial da Adapttech. “Fomos os primeiros investidores a reconhecer o grande potencial da tecnologia inovadora da Adapttech. O Frederico, com uma sólida formação em engenharia e excelente capacidade de execução, foi fundamental para a nossa decisão de investimento”, disse Peter Villax, Chairman, Bionova Capital. “A direção do Frederico na Adapttech foi fundamental para o sucesso da empresa, estamos muito orgulhosos com o que ele tem vindo a construir”.

“Tem sido um privilégio trabalhar com o Frederico, a sua visão e liderança permitiram que a Adapttech crescesse de Portugal para o Reino Unido e EUA”, disse Ricardo Perdigão Henriques, CEO, Bionova Capital. “O Frederico transformou a Adapttech numa empresa global que oferece uma solução única para milhões de amputados em todo o mundo, ele certamente inspirará outros a seguirem os seus passos”

Sem médico de família
A Associação RESPIRA, com o apoio técnico da Spirituc - Investigação Aplicada, no âmbito do Plano de Vacinação contra a Covid...

No momento em que o estudo foi realizado os doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, de acordo com as informações disponíveis pela Direção-Geral de Saúde, deveriam aguardar o contacto das autoridades de saúde, por mensagem SMS, chamada telefónica ou Carta, para o processo de vacinação. Sendo considerados um grupo de risco e por isso prioritários neste processo, devem incluir a 1ª fase de vacinação que teve início a 27 de dezembro.

“Decidimos avançar com um Estudo junto dos doentes com DPOC em Portugal para conseguirmos aferir alguns dados relevantes que possam ajudar as autoridades competentes a tomar melhores decisões”, explica Isabel Saraiva, Presidente da RESPIRA.

O Estudo “Acesso à vacinação contra a Covid-19: O Doente com DPOC em Portugal”, que envolveu 565 pessoas com DPOC em Portugal, incluindo ilhas, permitiu aferir (extrapolando os resultados para o universo de 800 mil doentes com esta patologia no nosso país) que cerca de 81.000 doentes com DPOC não têm atualmente médico de família.

Estes números ganham maior expressão junto da população residente na área da Grande Lisboa e região Sul, onde esse valor varia mesmo entre os 15% e os 17% respetivamente.

Por outro lado, o estudo mostra que cerca de 220 mil doentes, sem médico de família ou sem o respetivo acompanhamento por parte deste profissional de saúde, não têm qualquer tipo de informação sobre os critérios de inclusão para a vacinação contra a Sars-Cov-2, sendo este grau de conhecimento é inferior nos inquiridos da região Norte e superior nos doentes que residem nas grandes metrópoles (Lisboa e Porto).

Em termos etários verifica-se que, quanto maior é a idade dos doentes, maior é o seu desconhecimento relativamente ao plano de vacinação contra a Sars-Cov-2.  

“Perante estes resultados questionamos como serão envolvidos no processo de vacinação estes cerca de 220 mil doentes que não têm qualquer informação sobre os critérios de inclusão para a vacinação contra a Sars-Cov-2? Que alternativas apresentam as autoridades competentes para o contacto e esclarecimento destes doentes, uma vez que não têm ou não são acompanhados por um médico de família? Se a idade é um fator de desconhecimento para o plano de vacinação qual o grau de eficácia do contacto por SMS e telefone com estes doentes?”, questiona Isabel Saraiva.

De acordo com as últimas informações da Direção-Geral da Saúde, as pessoas entre os 50 e os 79 anos com doenças associadas (como a DPOC) que não são seguidas pelo Serviço Nacional de Saúde devem contactar o seu médico assistente, para garantir a inclusão na primeira fase do plano de vacinação. Serão, depois, contactadas pelo centro de saúde para o agendamento da vacinação.

“No entanto, se os doentes não são acompanhados pelo médico de família e não têm informação sobre a vacinação a quem cabe a responsabilidade de os informar sobre estes procedimentos e que acompanhamento lhes garantem?” conclui Isabel Saraiva.

A Multicare associou-se à RESPIRA, na realização e promoção do estudo “Acesso à vacinação contra a covid-19: O Doente com DPOC em Portugal”.

Webinar
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) vai promover uma sessão online gratuita, dedicada ao tema “Urologia no...

“A Urologia é uma especialidade que assumiu grande projeção na cirurgia de ambulatório, nos últimos anos, porque inclui diversos procedimentos de baixa e média complexidade que dispensam internamento hospitalar, bem como pelo exponencial desenvolvimento tecnológico,” explica Carlos Magalhães, presidente da APCA.

E acrescenta: “Neste sentido e tendo em conta a partilha de conhecimentos e experiências, pela primeira vez, em Portugal, a APCA promove uma sessão online exclusivamente dedicada à Urologia. Com esta iniciativa, pretendemos que sejam discutidos os principais pontos daquilo que é a prática de cirurgia urológica, em contexto nacional”.

A iniciativa conta com a participação de Frederico Branco, presidente da Secção de Urologia da APCA, João Figueiredo, Diretor de Mercado da Healthcare da Glintt, José Bastos, CEO da Knokcare, João Pedro Barreto, investigador da Universidade de Coimbra, João Koehler, empresário, Luís Meneses, CEO da Unilabs, Rui Amorim, urologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia /Hospital da Prelada, Jorge Órfão, anestesista do Centro Hospitalar do Porto e ainda com a presença de Ângelo Santos, Diretor do Departamento Pedagógico F.C. Porto.

A participação é gratuita, mas requer de inscrição prévia: https://diventos.eventkey.pt/geral/detalheeventos.aspx?cod=317

 

 

Autoridades esperam por novos dados
A Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 da Direção-Geral da Saúde (DGS) admite a segunda dose da vacina da...

Em declarações à TSF, Luís Graça, um dos membros de comissão técnica, esclarece que “Portugal está numa posição em que pode esperar para ver aquilo que se passa noutros países e em estudos que estão a ser feitos para perceber quais são as alternativas à AstraZeneca”, referindo-se especificamente ao trabalho que está a ser "promovido pela Universidade de Oxford para estudar a eficácia e a segurança de fazer uma troca de vacinas - uma segunda dose diferente da primeira dose".

"Do ponto de vista do sistema imunitário, na segunda dose aquilo que se pretende é expor o nosso organismo às proteínas do vírus que estavam na primeira dose e todas as vacinas usam a mesma proteína - a proteína spike -, pelo que do ponto de vista da imunologia, à partida, será equivalente a resposta imunitária induzida com uma vacina de uma marca diferente", explica o especialista.

Uma vez que até agora os estudos não avaliaram esta solução, Luís Graça considera mais seguro esperar por pelos resultados.

Segundo o especialista, "isto é uma mensagem de segurança também para estas pessoas de que não se está a tomar uma medida precipitada com base em dados incompletos, esperando algum tempo por dados mais robustos".

Uma vez que a segunda dose da vacina da AstraZeneca deve ser dada 12 semanas após a primeira, Portugal tem até maio para tomar uma decisão.

 

Semana arranca com mais 271 casos confirmados de Covid-19
Portugal registou, nas últimas 24 horas, duas mortes e 271 novos casos de infeção por Covid-19. No entanto, há mais doentes...

Segundo o boletim divulgado, foram registadas mais duas mortes, uma na região de Lisboa e outra na região norte, associadas ao novo coronavírus. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 271 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 60 novos casos e a região norte 70. Desde ontem foram diagnosticados mais 18 na região Centro, 52 no Alentejo e 21 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 27 infeções e nos Açores 23.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 473 doentes internados, mais 13 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos passaram a ter mais seis doentes internados. Atualmente, estão em UCI 119 pessoas.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 445 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 785.063 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.784 casos, menos 176 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 488 contactos, estando agora 18.230 pessoas em vigilância.

4 tipos principais de cirurgia
Ao longo da vida acontece uma normal modificação do contorno abdominal e estas modificações podem se

Assim, na área da cirurgia de contorno da parede abdominal, não existe uma técnica única que possa ser aplicada a todos os casos. É importante analisar o corpo e avaliar vários parâmetros: o tipo de pele, a presença de estrias e/ou cicatrizes, a quantidade de gordura, o padrão de distribuição dessa gordura, a tonicidade dos músculos abdominais, o afastamento dos músculos abdominais, a morfologia do abdómen, assim como os objetivos e expectativas do paciente.

Na presença de um pedido de cirurgia de contorno da parede abdominal, quatro tipos principais de cirurgia podem ser equacionados:

  • Lipoaspiração abdominal
  • Mini-abdominoplastia
  • Abdominoplastia
  • Lipoabdominoplastia

A lipoaspiração abdominal isolada está indicada quando o único problema é uma acumulação de gordura na região abdominal. Neste caso, associa-se frequentemente uma lipoaspiração das costas combinada com a lipoaspiração da parede abdominal anterior para obter um resultado mais cintado. Em alguns casos selecionados é mesmo possível esculpir o abdómen de modo a criar um efeito de

definição dos músculos. A quantidade de gordura removida é, dentro dos limites de segurança cirúrgica, a necessária para obter o contorno corporal desejado, sendo também adaptada à qualidade da pele, que é um dos fatores determinantes para a qualidade do resultado.

Nesta cirurgia as cicatrizes são praticamente inexistentes uma vez que as incisões são muito pequenas e discretas (cerca de 3 a 5 mm).

A abdominoplastia tem como propósito remover a pele abdominal em excesso ou danificada (distendida, com estrias, com cicatrizes).

A pele saudável remanescente, geralmente localizada acima do umbigo, é então esticada para baixo, de modo a reconstruir uma parede abdominal com pele de boa qualidade. Se necessário os músculos são apertados de modo a melhorar o contorno da barriga e a corrigir diástases (afastamento dos músculos) ou hérnias.

A cirurgia deixa uma cicatriz de tamanho variável, na zona supra-púbica escondida na zona da roupa interior, e uma cicatriz à volta do umbigo.

A mini-abdominoplastia é um procedimento semelhante à abdominoplastia utilizado quando existe menos pele abdominal excedentária. A cirurgia também permite apertar os músculos abdominais, sempre que necessário. A mini-abdominoplastia deixa uma cicatriz mais pequena que a da abdominoplastia clássica, e não deixa cicatriz à volta do umbigo.

A lipoabdominoplastia é um procedimento que combina uma abdominoplastia com uma lipoaspiração da parede abdominal, permitindo tratar as alterações de pele e/ou da parede muscular, mas também o excesso de gordura da barriga, numa só cirurgia.

Na maioria das vezes quer a lipoaspiração abdominal quer a abdominoplastia são realizadas sob anestesia geral, em que o paciente dorme completamente. Também podem ser realizadas sob raqui-anestesia e sedação, na qual o paciente está acordado, mas sem dores e sedado. A escolha da anestesia é realizada pelo médico anestesiologia antes da cirurgia, direcionada para a que considerar ter menos riscos para cada paciente e tendo em conta os seus desejos.

No caso das lipoaspirações não há necessidade de uso de drenos, mas na generalidade dos casos de abdominoplastias, são colocados 1 ou 2 drenos aspirativos, que geralmente são removidos ao fim de 24 a 48 horas. Um dreno é um dispositivo destinado a evacuar o sangue e líquido que se pode acumular na barriga.

No final do procedimento, é feito um penso e colocada uma cinta abdominal compressiva (previamente recomendada pelo cirurgião).

O uso de cinta compressiva está recomendado habitualmente durante 4 a 8 semanas.

O tempo necessário para se recuperar de uma cirurgia de contorno abdominal é variável, dependendo da técnica utilizada, áreas e volume aspirados, condição física do paciente e cuidados no pós-operatório. No pós-operatório, nódoas negras (equimoses) e inchaço (edema) surgem frequentemente nas áreas tratadas.

As dores são variáveis, mas em regra são leves e geralmente muito suportáveis com analgésicos simples. As equimoses desaparecem habitualmente dentro de 10 a 20 dias após a cirurgia. O uso de cintas de compressão elástica é recomendado durante 3 a 8 semanas.

No pós-operatório de cirurgias de contorno abdominal, o acompanhamento por um fisioterapeuta dermatofuncional é essencial. A realização de drenagens linfáticas e tratamento das cicatrizes por profissionais experientes através de um plano individualizado e adaptado a cada caso assume um papel fundamental na recuperação, permitindo uma regressão das equimoses e edema, melhoria das dores e alterações de sensibilidade, recuperação cicatricial, obtenção do resultado final mais rapidamente.

A melhoria estética das cirurgias de contorno abdominal é frequentemente apreciável, tendo um grande efeito na melhoria da silhueta e permitindo habitualmente uma melhoria assinalável em termos de conforto e de bem-estar psicológico.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI)
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) acaba de lançar o quarto vídeo...

A Pressão Arterial varia constantemente ao longo das estações do ano, ao longo do dia, com a postura corporal, com a ingestão de alimentos e, a amplitude de variação é mais acentuada nos idosos.

“O isolamento cria condições de solidão e ansiedade que atuam como fatores hipertensores, mas o sedentarismo e as longas horas que os idosos passam deitados ou sentados retardam os mecanismos de acerto da pressão arterial no ortostatismo (na posição de pé) e pela hora do almoço, originando situações de hipotensão postural e pós-prandial. A ansiedade aumenta por entenderem que qualquer das duas situações são graves e que só podem e devem ser resolvidas na urgência hospitalar”, afirma João Gorjão Clara, Coordenador do NEGERMI.

O primeiro vídeo teve como objetivo ensinar a evitar ou a recuperar a perda de massa muscular nos idosos em virtude da pouca ou reduzida mobilidade provocada pelo confinamento, o segundo, apresenta um conjunto de conselhos para melhorar o sono e o terceiro foi dedicado aos problemas de obstipação.

 Veja aqui o vídeo sobre a oscilação arterial:

Baixa eficácia
O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da China, Gao Fu, admitiu que a eficácia das vacinas contra a Covid-19...

Gao indicou numa conferência de imprensa, em Chengdu, este sábado, que Pequim está a estudar como " resolver o problema de que a eficácia das vacinas atuais não é muito elevada". De acordo com o jornal South China Morning Post, que avançou com a notícia, uma das possibilidades seria ajustar a inoculação – quer aumentando a dose, o número de doses ou o espaçamento entre elas – e a outra através da combinação de vacinas de diferentes tipos de tecnologia.

Segundo a publicação, "esta é a primeira vez que um cientista chinês debate em público a eficácia relativamente baixa das vacinas chinesas". No entanto, numa entrevista ao jornal estatal Global Times publicada no domingo, Gao considerou que os meios de comunicação não entendem as suas palavras como uma admissão de que as vacinas chinesas são ineficazes.

"As taxas de proteção de todas as vacinas no mundo são por vezes altas e por vezes baixas. Melhorar a sua eficácia é uma questão que os cientistas de todo o mundo precisam de levantar", disse. "A este respeito, sugiro que ponderemos ajustar o processo de vacinação, bem como o número de doses e intervalos, e adotar a vacinação sequencial com diferentes tipos de antigénios", acrescentou.

O especialista em vacinas, Tao Lina, presente na conferência de Chengdu, afirmou que "os níveis de anticorpos gerados pelas nossas vacinas (chinesas) são inferiores aos do RNA mensageiro (tecnologia usada pelas vacinas Pfizer e Moderna), e os dados de eficácia também são mais baixos." "É por isso que acho que é uma conclusão natural que as nossas vacinas inativadas do vírus e do vetor do adenovírus são menos eficazes do que as vacinas de RNA mensageiro", prosseguiu.

Por enquanto, a China deu aprovação de emergência a quatro vacinas contra a Covid-19: duas desenvolvidas pela empresa farmacêutica Sinopharm (ambos vírus inativados), uma pela Sinovac (vírus inativado) e outra por CanSino (vetor viral não replicante). Pequim enviou milhões de vacinas que estão a ser inoculadas em países da Ásia, África e América Latina.

No caso da vacina Sinovac, foram realizados ensaios clínicos fora da China que deixaram diferentes taxas de eficácia: enquanto os testes na Turquia eram 91,25% eficazes, os dados fornecidos pela Indonésia tinham como alvo 65,3% e o Brasil baixou a percentagem para 50,4%, uma semana depois de ter anunciado 78%. As taxas de eficácia das vacinas Sinopharm estão entre 72,5% e 79%, enquanto a CanSino afirma que o seu medicamento é 75% eficaz.

 

 

 

Concurso dirigido a jovens universitários na área da saúde
Termina hoje o prazo para inscrições na 12ª edição dos Angelini University Award! (AUA), concurso dirigido a jovens...

Uma vez encerrado o período de inscrições, tem início a fase eliminatória até 20 de maio, seguido do período de entrega dos relatórios finais que decorre até 20 de julho. Em outubro são conhecidos os semifinalistas e, por fim, em novembro, são anunciados os dois projetos vencedores, através de uma cerimónia em dia e local a definir, onde serão atribuídos os prémios.

Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Arriaga, Chefe da Divisão de Literacia em Saúde e Bem Estar da Direção Geral de Saúde, e Miguel Xavier, Professor Catedrático de Psiquiatria, Subdiretor e Presidente do Conselho Científico da Nova Medical School, fazem parte do painel de jurados que irão avaliar os projetos a concurso. Inovação, criatividade, pertinência e viabilidade de implementação são alguns dos critérios que serão tidos em consideração na avaliação dos trabalhos.

Promovidos em Portugal há mais de dez anos, os AUA têm como principal objetivo estimular a criatividade e o empreendedorismo de alunos a frequentar o ensino superior da área da saúde, premiando os melhores trabalhos. Ao participarem, os estudantes têm oportunidade de aplicar os conhecimentos académicos, ao mesmo tempo que procuram e propõem soluções com aplicabilidade na sociedade no âmbito de um tema de relevância empresarial e social no país, que este ano é “Soluções de Crises em Saúde”.

Sob o mesmo mote, decorre também a 4.ª edição do Prémio de Jornalismo, promovido pela Angelini Pharma, que pretende distinguir o melhor trabalho jornalístico publicado ou emitido por um meio de comunicação social em Portugal, entre 1 de janeiro e 30 de setembro de 2021, com um prémio monetário no valor de € 2.500. As candidaturas podem ser submetidas até 30 de outubro.  

Para mais informações sobre o prémio AUA! e o Prémio Jornalismo consulte o site oficial: www.aua.pt

 

Páginas