Podologia
Localizadas nas extremidades dos dedos, as unhas protegem as pontas dos dedos dos pés e das mãos de

As micoses estão entre as causas que podem levar a modificações nas unhas dos pés, podendo comprometer a sua saúde e aparência. Responsável por mais de metade das patologias que afetam as unhas e mais frequente nas unhas dos pés, a onicomicose (micose das unhas) é uma infeção provocada por microrganismos designados por fungos, que originam a doença quando encontram condições de humidade e temperatura favoráveis ao seu desenvolvimento e reprodução, assim como uma debilidade no hospedeiro, sendo, na maioria dos casos, causada por fungos dermatófitos.

Mais comum em pessoas com mais de 55 anos e no verão, pois passamos nesta época mais tempo na praia e na piscina (sítios propícios à proliferação de fungos) e porque se verifica também um aumento da transpiração nos pés (causado pelas altas temperaturas), a onicomicose é mais rara nas crianças. Embora, numa fase inicial, se revele silenciosa e não provoque dor, não devemos desvalorizá-la, dado que a onicomicose é uma infeção de elevado grau de contágio, transmitindo-se de pessoa para pessoa ou através do contacto indireto com objetos pessoais ou com superfícies contaminadas. Pelo que um caso de onicomicose pode estender-se a toda a família.

Coloração diferente, geralmente amarelada, perda de brilho, unhas deformadas, espessas, frágeis, quebradiças ou a “esfarelar”, resíduos presos debaixo da unha e descolamento do leito ungueal são alguns dos sintomas, que apresentam variações tendo em conta o tipo de fungo e a gravidade da infeção.

As micoses nas unhas podem funcionar ainda como uma porta de entrada a agentes patogénicos causadores de infeções graves e, numa fase mais avançada, podem causar desconforto e dor.

Por forma a prevenir o contágio é importante evitar andar descalço em ambientes húmidos, sendo recomendado o uso de chinelos em piscinas, saunas e balneários. Por outro lado, deve usar, sempre que possível, calçado arejado e que permita a ventilação do pé, bem como trocar de meias diariamente e sempre que estas estiverem húmidas. Preferir meias de fibras naturais (preferencialmente de algodão) e evitar utilizar calçado apertado são também bons princípios. Deve ainda assegurar uma higiene cuidada dos pés, mantendo-os limpos e secos, especialmente entre os dedos. Relativamente ao corte das unhas, este deve ser feito em linha reta, sem cortar as cutículas e considerando que o comprimento das unhas não deve ultrapassar a ponta dos dedos. Em caso de excesso de transpiração é aconselhável aplicar um antitranspirante específico para os pés. Não é recomendável partilhar meias nem calçado.

No que diz respeito aos produtos de beleza e estética é preciso ter uma atenção especial, visto que o verniz pode levar à acumulação de humidade e o uso da acetona a unhas mais fracas e quebradiças. Por isso, evite utilizar verniz por mais de 15 dias, de forma a deixar as unhas respirar e de modo a não “camuflar” eventuais problemas. Nas idas ao salão de beleza, assegure-se de que todos os cuidados de higiene são cumpridos.

A onicomicose tem tratamento, sendo este, porém, um processo moroso, uma vez que um dos objetivos da terapêutica é alcançar uma completa renovação da unha, desde a raiz até à ponta, o que poderá demorar cerca de um ano. Os restantes objetivos passam por erradicar o patógeno causal e impedir a reinfeção.

O acompanhamento por parte de um podologista é crucial, de modo a instituir um tratamento adequado o mais precocemente possível, já que este terá em consideração a origem da infeção, o tipo de fungo, a gravidade do problema e a aparência da unha. As opções de tratamento incluem antifúngicos tópicos, medicamentos de toma oral e laserterapia (tratamento a laser).

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer assinala-se a 21 de setembro
As Demências não têm ainda cura, mas conhecem-se hoje vários fatores de risco que lhes estão associados e que podem ser...

É que a demência não faz parte do envelhecimento normal, pode ser evitada ou pelo menos o início dos sintomas pode ser adiado e/ou progredir de forma mais lenta, designadamente “em pessoas que fizeram mais estudos e que têm maior atividade intelectual”, confirma Celso Pontes, neurologista e presidente da Comissão Científica da Alzheimer Portugal. Por isso mesmo, aconselha ser importante cuidar do cérebro, desde novos e ao longo da vida.

“Conhecem-se hoje vários fatores de risco associados às Demências que podem ser minimizados se forem adotadas estratégias adequadas, relacionadas com um estilo de vida saudável e com a estimulação intelectual e social”, acrescenta Catarina Alvarez, responsável pelas Relações Institucionais da Alzheimer Portugal, que salienta ainda a importância de aumentar a literacia dos portugueses sobre o tema e, ao mesmo tempo, “levar a cabo iniciativas que contribuam para melhorar a saúde do nosso cérebro e contrariar as estimativas previstas referentes ao número de pessoas que desenvolverão Demência nos próximos anos”.

Para isso, durante o mês de setembro, a Associação lança uma campanha que “convida os cidadãos a participarem em experiências, online, que os ajudem a conhecer os fatores de risco modificáveis e o que podem fazer para os reduzir”, refere Catarina Alvarez. Serão cinco: uma "sala de convívio" em direto, uma de leitura partilhada, um workshop de alimentação saudável, um ensaio musical e uma sessão de treino.  Todas dinamizadas por figuras públicas.

Não se conhece ainda o número exato de Pessoas com Demência em Portugal, mas os dados existentes permitem fazer estimativas, que apontam para “cerca de 205.000 casos de Demência, sendo a Doença de Alzheimer cerca de 60 a 70% destes. A incidência, para Portugal, seria de 19,9 por mil habitantes. Para uma população de dez milhões, daria cerca de 199.000, o que seria próximo do número estimado, e dá-nos uma ordem de grandeza do problema”, refere Celso Pontes.

E, apesar de se falar mais sobre o tema, Catarina Alvarez alerta para o estigma, que “ainda persiste, sendo que as falsas crenças, os estereótipos e as atitudes negativas em relação à doença contribuem para adiar o diagnóstico”. O que significa que, muitas vezes, “os primeiros sintomas podem ser desvalorizados junto dos familiares e amigos e não serem reportados numa consulta médica porque não se quer fazer parte de um grupo-alvo de exclusão e deixar de ser aceite. Além disso, o estigma gera outras consequências graves: evitação, isolamento, baixa autoestima, depressão, redução da independência e da qualidade de vida”.

Um estigma que afeta também os familiares e cuidadores e que urge combater, com mais e melhor informação. “Por todas estas razões, é fundamental combater o estigma, aumentando a consciencialização, aceitação e compreensão”, avança Catarina Alvarez “Apesar de a Demência implicar vários desafios, o importante é criar condições que facilitem não só a ocupação e o lazer, como a efetiva participação social das Pessoas com Demência e defesa dos seus direitos.”

E é por isso que luta também a Alzheimer Portugal, que há 32 anos informa, apoia e encaminha para as respostas na comunidade, capacita quem vive com a doença e quem presta cuidados e desenvolve respostas específicas e especializadas em vários pontos do país. 

Tumor maligno do sistema linfático
Sabia que atualmente a Organização Mundial de Saúde considera que existem mais de 60 variantes do Li

O Linfoma “é um tumor maligno do sistema linfático em que as células tumorais são os linfócitos, um tipo particular de glóbulos brancos, cuja função é a defesa contra as infeções, e que têm origem na medula óssea”.

De acordo com Manuel Abecasis, existem muitos tipos de Linfoma – segundo a OMS há 60 tipos diferentes. “Estes classificam-se em dois grandes grupos: os linfomas de Hodgkin e os linfomas não-Hodgkin”, começa por explicar o presidente da APCL.

De entre os linfomas não-Hodgkin, os mais frequentemente diagnosticados, o médico adianta que “os mais frequentes são os Linfomas de Células B e, destes, os conhecidos como Linfomas B Difusos de Grandes Células (LBDGC) constituem cerca de 40% dos casos, seguidos pelos Linfomas Foliculares que são cerca de 30%”. Há ainda os linfomas não-Hodgkin de Células T e de Células NK, “que são entidades mais raras”.

Quanto ao linfoma de Hodgkin, o especialista salienta que esta é “uma variante distinta que merece ser considerada à parte, não só pelo facto do seu tratamento ser diferente, mas também pelo seu prognóstico, em geral mais favorável”.

No que diz respeito à sua apresentação clínica esta pode ser “muito variável consoante o tipo de linfoma”.

Assim, Manuel Abecasis, explica: “Se considerarmos as formas mais frequentes, os Linfomas B Difusos de Grandes Células (LBDGC), as manifestações habituais são o aparecimento de gânglios linfáticos aumentados de volume por exemplo no pescoço ou nas axilas, febre, emagrecimento, suores excessivos”.

Quanto aos linfomas foliculares, estes “têm uma apresentação mais discreta, sendo que o gânglio no pescoço ou nas virilhas aumenta um pouco e só passado algum tempo é que isso leva o doente a consultar o médico”. O especialista reforça, no entanto, que nenhum destes sintomas é exclusivo dos linfomas, pelo que podem confundir-se com os de outras doenças.

A alteração de um ou mais genes que controlam o desenvolvimento ou a morte dos linfócitos é o que está na origem da doença. No entanto, a causa dessas mutações – adquiridas e não hereditárias – é, habitualmente, desconhecida. Em todo o caso, admite-se que alguns linfomas possam estar associados a infeções crónicas provocadas por vírus ou bactérias, alterações da imunidade ou exposição prolongada e repetida a alguns agentes tóxicos.

Admite-se ainda que “as condições ambientais: poluição, alimentação e outras menos conhecidas” possam contribuir para um aumento da incidência, nos últimos anos, sobretudo, no que diz respeito aos dos linfomas foliculares.

“O diagnóstico de linfoma é sempre feito através da biopsia de um gânglio ou órgão envolvido”, adianta Manuel Abecasis. “Por vezes, quando há células do linfoma no sangue, a utilização de citometria de fluxo para caracterização dessas células pode sugerir o diagnóstico. O diagnóstico de linfoma hoje baseia-se não só na morfologia clássica (histologia) do gânglio, mas recorre à imunocitoquímica, citogenética por FISH e genética molecular para uma caracterização adequada da doença”, acrescenta.

Relativamente ao tratamento, o presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) refere que este assenta, sobretudo, na quimioterapia e radioterapia. “Para os linfomas não-Hodgkin B, a imunoquimioterapia é regra geral, associando anticorpos monoclonais. Se quisermos simplificar os avanços no tratamento destes linfomas podemos recorrer à menemónica ABC. Assim, A para Antibody drug conjugates (anticorpos conjugados com medicamentos), B para Bispecific antibodies (anticorpos biespecificos que potenciam o sistema imunitário do doente) e C para CAR T cells (modificação dos linfócitos T do doente através da introdução de um recetor quimérico)”, explica.

“Há ainda os imunomoduladores e as pequenas moléculas específicas que atuam bloqueando vias de transmissão de sinais responsáveis pela proliferação das células do linfoma”, adianta Manuel Abecasis, sublinhando que “Em alguns casos, a transplantação de medula óssea autóloga ou alogénica pode ser uma opção válida”.

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Com vista a um maio conhecimento científico sobre a doença
O Grupo Parlamentar do PAN - Pessoas-Animais-Natureza deu hoje entrada na Assembleia da República de uma iniciativa em que...

“Apesar de Portugal contar com um Programa Nacional para a Diabetes, que tem entre as suas competências a promoção e a dinamização do conhecimento sobre a doença em Portugal, não existe, contudo, um programa estruturado e único, que integre e disponibilize, de forma atualizada, toda a informação no que respeita à diabetes tipo 1, nomeadamente em relação à sua incidência e prevalência em todas as faixas etárias”, esclarece em nota de imprensa.

Deste modo, o PAN defende “a criação de um Registo Único para a Diabetes de tipo 1, capaz de garantir um melhor conhecimento científico sobre a doença, e, consequentemente, uma melhor definição de políticas de saúde”.  Considera também que a melhor entidade para colocar em prática este registo, é o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e explica: “por ser um organismo público integrado na Administração Indireta do Estado, sob a tutela do Ministério da Saúde, com autonomia científica, técnica, administrativa, financeira, bem como experiência e prática de recolha deste tipo de dados”.

Em Portugal, a diabetes (tipo 1 e 2) afeta mais de um milhão de pessoas, a que acrescem mais de dois milhões de pré-diabéticos. Anualmente, morrem mais de quatro mil portugueses devido à diabetes, ocorrem mais de sete mil casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e são efetuadas cerca de 1.500 amputações dos membros inferiores em portadores desta doença. O relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes – “Diabetes: Factos e Números”, de 2018, revela que a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos foi de 13,6%.

“Isto significa que mais de um milhão de portugueses neste grupo etário tinha diabetes, 56% já diagnosticados e 44% ainda não diagnosticados. Por outro lado, o impacto do envelhecimento da estrutura etária da população portuguesa refletiu-se num aumento de 1,9 pontos percentuais da taxa de prevalência da diabetes entre 2009 e 2018, correspondendo a um crescimento de 16,3% nesse intervalo”, revela em comunicado.

Estudos
Três estudos realizados nos EUA sugerem que as vacinas Covid-19 oferecem uma forte proteção contra o internamento e a morte,...

Os dados dos EUA sobre a hospitalização de nove estados, durante o período em que a variante Delta foi dominante, também sugerem que a vacina da Moderna foi mais eficaz na prevenção de internamentos em indivíduos de todas as idades quando comparada com as vacinas BioNTech/Pfizer ou Johnson & Johnson, relata a Reuters.

De acordo com um do estudo, que analisou os dados de 32.000 consultas em centros de saúde, urgências e hospitais, a vacina da Moderna foi 95% eficaz na prevenção de internamentos, contra 80% para a Pfizer e 60% para a J&J.

Ainda assim, os especialistas continuam a garantir que as vacinas contra a Covid-19 protegem contra doenças graves e morte, o que se reflete nas estatísticas.

 

Simpósio Nutricia
No próximo dia 17 de setembro, às 15h00, realiza-se o Simpósio Nutricia, integrado no Congresso da Sociedade Portuguesa de...

Esta sessão conta com a de Sylvia Jacob, Alergologista do Hospital de São João no Porto e a participação de Jorge Amil, médico Pediatra Gastroenterologista e Presidente do Colégio de Especialidade de Pediatria na Ordem dos Médicos.

O simpósio Nutricia pretende abordar o tema da prevenção alérgica, proporcionando a discussão e a sensibilidade junto da comunidade científica. A mudança de paradigma na prevenção e tratamento da prevenção alérgica face aos mais recentes avanços e mudanças das orientações internacionais, abrindo espaço para a discussão das novas linhas orientadoras internacionais. Um tema que pretende, acima de tudo, colocar os bebés na “jornada certa”, com a fórmula nutricional mais adequada, de acordo com as novas recomendações.

O congresso da Sociedade de Alergologia Pediátrica no qual o Simpósio Nutricia ““Da Prevenção ao tratamento da alergia alimentar. Novas atualizações” se insere, terá lugar no próximo dia 17 de setembro, às 15h00 e decorrerá em formato híbrido, podendo ser visto em formato híbrido, mediante inscrição.

Consulte o programa em: http://www.spaponline.pt/

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 1060 casos de infeção pelo novo coronavírus e seis mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou maior número de mortes, desde o último balanço: quatro mortes de um total de seis. Seguem-se as regiões Norte e Centro com um óbito cada a assinalar. 

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 1.058 novos casos. Desta vez, foi a região Norte aquela que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 406, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 312 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 183 casos na região Centro, 51 no Alentejo e 67 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 33 infeções, e os Açores com seis.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 551 doentes internados, menos 35 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos três doentes internados, relativamente ao último balanço: 116.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.428 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.003.239 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 35.989 casos, menos 1.376 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 1.113 contactos, estando agora 35.303 pessoas em vigilância.

Vacina contra a Covid-19
O governo britânico planeia administrar uma dose de reforço da vacina contra o coronavírus, a maiores de 50 anos, no âmbito de...

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, irá anunciar mais detalhes das medidas anticovid para os próximos meses, esta tarde, em conferência de imprensa. No entanto, sabe-se que o governo do Reino Unido desenvolveu este plano depois de receber o parecer de um grupo de peritos independentes.

De acordo com a BBC, o programa de reforço será composto por uma dose da vacina da Pfizer, que em princípio será oferecida seis meses depois de uma pessoa ter completado o esquema de vacinação.

O Serviço Nacional de Saúde britânico tem vindo a preparar este plano de vacinação desde julho, com o objetivo de controlar a propagação do coronavírus e aliviar a pressão sobre a saúde pública nos difíceis meses de inverno.

Os primeiros a receber a vacina de reforço, segundo a comunicação social, será quem tem mais de 70 anos e os mais vulneráveis ao coronavírus, antes de serem estendidos aos maiores de 50 anos.

 

Dados Task Force
Segundo a Task Force de vacinação, mais de 84% dos jovens entre os 12 aos 17 anos já receberam pelo menos uma dose da vacina...

Esta segunda-feira, adianta a mesma fonte, “cerca de 497 mil jovens dos 12 aos 17 anos já possuíam pelo menos uma dose”, o que representa  “cerca de 84,4% do universo elegível” para a toma da vacina.

Recorde-se que o plano de vacinação dos jovens com menos de 18 anos arrancou durante o verão e só no último fim de semana, por exemplo, mais de 131 mil jovens dos 12 aos 15 anos foram vacinados contra a Covid-19.

Cerca de 150 mil jovens deveriam ter recebido a segunda e última dose este fim de semana: mais de 127 mil compareceram e receberam as segundas doses, ao contrário de cerca de 23 mil que faltaram ao agendamento.

“Durante este fim de semana, cerca de 23 mil jovens faltaram à segunda dose. À semelhança do ocorrido na semana passada, estima-se que a grande maioria destes jovens seja vacinada ao longo da presente semana, na modalidade “casa aberta”, referiu a estrutura que coordena a logística da vacinação.

 

 

 

 

 

Abordagem “One Health” para garantir um futuro mais sustentável
O XVII Congresso Internacional Veterinário Montenegro, um dos maiores eventos europeus nesta área, vai juntar de 22 a 23 de...

O Hospital Veterinário Montenegro (HVM) pretende ser pioneiro na abordagem “One Health” em Portugal, encarando-a como estratégia de futuro. “Indubitavelmente e incluindo a atual situação de pandemia, interligar os três setores da saúde entre si – humana, animal e ambiental – permite-nos alcançar resultados mais eficazes e um melhor aproveitamento de recursos. Ambicionamos ser pioneiros na introdução deste conceito no nosso país, realçando a sua importância, para que seja visto por toda a sociedade como uma prioridade” introduz Luís Montenegro, presidente do Congresso e diretor clínico do HVM.

O congresso terá quatro salas a debitar ciência sem interrupções ao longo de 2 dias, com destaque para a “One Health”, que contará com a intervenção de várias personalidades e especialistas nas áreas da saúde animal, humana e ambiental, nomeadamente Maria do Céu Antunes, Ministra da Agricultura, António Lobo Ferreira, especialista em medicina interna do Hospital de S. João, Patrícia Poeta, docente e investigadora da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Bernardo Mateiro Gomes, especialista em saúde pública e Pedro Simas, virologista.

O programa do congresso pode ser consultado aqui e todos os interessados em participar no evento podem formalizar a sua inscrição no seguinte link: https://xviicongressohospitalveterinariomontenegro.admeus.pt/forms/index?menu=yes#page_emo_form

 

Tecnologia não cirúrgica é cada vez mais uma alternativa à cirurgia
Os tratamentos de estética destinados à região das pálpebras encontram-se em ascensão em Portugal, já existindo tecnologias não...

O procedimento AccuTite apresenta-se como uma alternativa à cirurgia e permite, através do aquecimento de áreas específicas ao nível das pálpebras, que as camadas mais profundas da pele recebam maior quantidade de energia, retraindo-se e eliminando o excesso de tecido. A energia produzida no interior é dirigida da profundidade para a superfície, sendo a temperatura controlada por dois sensores, o que torna o procedimento confortável e muito seguro. 

“Trata-se de um novo tratamento baseado na tecnologia RFAL (lipólise assistida por radiofrequência), que tem vindo a exceder as expectativas e a apresentar resultados muito similares aos da blefaroplastia, atuando nas camadas mais profundas da pele e permitindo não só eliminar o excesso de pele, como até retraí-la”, explica João Martins. 

O procedimento tem a capacidade de alcançar as áreas mais profundas, o que não é possível com outras tecnologias mais superficiais. Além disso, não deixa cicatrizes, é menos agressivo para os tecidos e permite um período de recuperação quase nulo, uma vez que não são realizados cortes na pele. 

“Ao não exigir a remoção da pele, este tratamento também pode reduzir riscos associados como o ectropion, por exemplo, em que a pálpebra se dobra para fora”, acrescenta.

As sessões de tratamento podem ser realizadas com anestesia local, em ambulatório, numa sala de pequena cirurgia e têm uma duração de cerca de 30 minutos. O resultado da redução de gordura é quase imediato e a retração da pele ocorre durante as primeiras semanas, com particular evidência entre as primeiras quatro a seis semanas após o tratamento e com melhorias até cerca de um ano. Nos primeiros cinco a sete dias, recomenda-se massagem local e a manutenção de um estilo de vida saudável. 

 “O paciente ideal para o tratamento é aquele que apresenta um excesso de pele moderado, especialmente na pálpebra inferior, e bolsas de gordura excessivas, os chamados papos”, diz o João Martins. 

Tanto na fase de pré e de pós-tratamento, e tal como em todos os procedimentos, deve-se evitar consumo de tabaco nos dois meses anteriores, não devem ser consumidas bebidas alcoólicas nas 48h prévias e posteriores e deve ser evitada qualquer medicação ou suplementação que possa provocar um aumento do risco de sangramento. A exposição solar direta e intensa deve também ser evitada na primeira semana.  

Iniciativa ‘De Sol a Sol’ acontece dia 16 de setembro entre as 14h00 e as 19h00
Como o risco não dá folga a quem trabalha ao Sol, a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo em parceria com a Sanofi Genzyme e...

A Lota de Peniche, por toda a sua relevância na atividade piscatória, foi o sítio escolhido para esta iniciativa. No local estará um conjunto de profissionais que dará informação sobre o cancro de pele e medidas de proteção. A Câmara Municipal de Peniche também estará representada nesta iniciativa dada a relevância desta atividade para a região e o facto de a prevenção da saúde dos seus munícipes ser uma das prioridades da autarquia.

Para João Maia e Silva, Presidente da APCC, “a iniciativa ‘De Sol a Sol’ permite-nos falar de uma doença oncológica tantas vezes subvalorizada. Contudo, o cancro de pele não melanoma é o cancro com mais diagnósticos em todo o mundo e que representa um impacto enorme nas vidas destes dentes e nos próprios cuidados de saúde. Este é um tipo de cancro muito característico dos trabalhadores de exterior, onde os pescadores se inserem, e com uma elevada prevalência neste grupo profissional. A maioria dos cancros da pele são curáveis se diagnosticados precocemente, pelo que a realização do autoexame seguida de consulta de Dermatologia em caso de uma lesão suspeita, são determinantes para a cura”.

Os cancros da pele estão a aumentar a nível mundial e estima-se que em Portugal são diagnosticados anualmente mais de 12 mil novos casos de cancros da pele, sendo que 11 mil são cancros de pele não melanoma. Nesse sentido, esta ação visa promover um conhecimento mais vasto sobre os riscos que correm os trabalhadores que exercem as suas atividades ao sol, como é o caso dos pescadores. Gestos simples como o uso de chapéu de abas largas e camisolas de manga comprida, utilização de proteção solar nas partes do corpo expostas ao sol e evitar as horas de maior intensidade dos raios UV poderão ajudar a prevenir um problema oncológico grave e com elevadas consequências físicas e emocionais.

Atualmente, entre 2 e 3 milhões de cancros de pele não melanoma são detetados todos os anos a nível mundial, ou seja, um em cada três cancros diagnosticados é um cancro de pele. Zonas como as orelhas, rosto, e antebraços são especialmente afetadas, aparecendo com maior incidência nos homens.

A campanha ‘De Sol a Sol’ pretende assim contribuir para um maior conhecimento sobre esta patologia, alertando que a prevenção é a melhor ferramenta para uma vida saudável e livre de doença.

16 de setembro
“Ética no acesso a cuidados de saúde - desafios pós-pandemia” é o tema do próximo webinar promovido pela Plataforma Saúde em...

O debate pretende promover a discussão e a reflexão sobre a ética no acesso a cuidados de saúde e os respetivos desafios num mundo pós-pandemia e, para isso, vai desenvolver temas como: o panorama da Saúde em Portugal no pós-pandemia; o papel dos prestadores privados e da indústria farmacêutica; o papel e expectativas das associações de doentes; aspetos éticos referentes às regras de acesso aos cuidados de saúde; compatibilidade entre o custo crescente da inovação terapêutica e o débil crescimento do orçamento em saúde e, por fim, as implicações éticas, legais e políticas das decisões a serem tomadas no pós-pandemia.

«Ao tentar minimizar o impacto da pandemia na vida de todos nós, importa debater questões relacionadas com a ética no acesso aos cuidados de saúde num cenário pós-pandémico, assim como é importante antecipar e analisar a situação da Saúde após termos ultrapassado os desafios do surto sanitário. Isto irá permitir que melhor nos prepararemos para o futuro e, consequentemente, melhor consigamos promover a equidade no acesso aos cuidados de saúde», refere a presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, Maria do Rosário Zincke.

«A ética das intervenções em saúde no pós-pandemia é assunto de grande atualidade. E o tópico da equidade é de particular importância», refere António Vaz Carneiro, presidente do Conselho Científico do ISBE.

A sessão conta com a participação de Vítor Neves, em representação da Europacolon Portugal; Maria do Céu Patrão Neves, professora catedrática de Ética na Universidade dos Açores; Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário São João, EPE, e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP); Joana Roque, vice-presidente da Associação Nacional de Fibrose Quística (ANFQ); Vítor Herdeiro, presidente do Conselho Diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P (ACSS); Fátima Cardoso, diretora da unidade de mama da Fundação Champalimaud e presidente da ABC Global Alliance; André Vasconcelos, diretor-geral da Roche Farmacêutica, e Eduardo Nogueira Pinto, Partner da PLMJ.

A abertura do webinar ficará a cargo de António Vaz Carneiro, presidente do Conselho Científico do ISBE, e o encerramento será da responsabilidade da presidente da Plataforma Saúde em Diálogo. A moderação fica a cargo de Hélder Mota Filipe, professor associado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e membro do Conselho de Administração do ISBE, e Marina Caldas, jornalista e diretora da FDC Consulting.

O webinar “Ética no acesso a cuidados de saúde - desafios pós-pandemia” é aberto a profissionais da área da saúde, assim como ao público em geral, mediante inscrição obrigatória aqui.

Saúde mental
A depressão nos jovens é um tema que está cada vez mais no radar dos especialistas e a pandemia veio

Contudo, e acreditando que este ângulo “covidiano” deverá ser auscultado regularmente nos tempos mais próximos, também sabemos que a génese desta problemática não é de agora, nem tão pouco só pelo Covid-19, mas sim pela gigante mudança que as nossas sociedades foram sofrendo nas últimas décadas.

A Era Digital sim. Esta teve, tem e continuará a ter um papel muito mais profundo do que a pandemia na contribuição dos estados depressivos, de isolamento e de falta de IE (Inteligência Emocional) na vida dos jovens. Estamos a alimentar de forma astronómica um processo de individualização que agora ficou “justificado” com o facto de termos mesmo de ter os nossos filhos em casa. Fomos obrigados a estar em casa, mas precisamos de não esquecer as consequências de permitirmos que a única forma de entretenimento sejam as plataformas sociais, jogos e internet. Estas ferramentas exploram quase de forma impercetível, elementos como o preconceito e as vulnerabilidades psicológicas representativas da juventude. Estes meios estão intrinsecamente relacionados com o desejo de autoafirmação e, quase sempre, ao medo de rejeição. Por isso, o uso muito passivo das redes sociais, ainda que seja somente a navegação pelos “posts” alheios, está relacionado a sentimentos negativos como a inveja, rancor e insatisfação com a vida.

Mas não são só as redes sociais. Jogos violentos e esta nova forma de consumo desenfreado de filmes e séries contribuem largamente para os sintomas de depressão, medo, ansiedade patológica, isolamento social e privação de sono. Em qualquer idade, mas especialmente na juventude, o excesso de tecnologia faz com que o indivíduo passe a maior parte do tempo a interagir virtualmente, o que afeta muito o seu desenvolvimento e faz perder outras experiências sociais importantes.

A situação é tão preocupante que já em 2018 a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o vício de jogos eletrônicos na classificação das doenças mentais, o problema foi comparado aos casos de dependência química, já que as consequências mentais e físicas são muito semelhantes aos efeitos que as drogas ilícitas causam no organismo de um jovem.

São inúmeras as consequências prejudiciais à saúde relacionadas com o excesso do uso de tecnologia, mas enuncio as 4, provavelmente, mais graves neste âmbito:

  1. O aumento da solidão: a felicidade momentânea desencadeada por um ‘like’ pode aliviar temporariamente os sentimentos de isolamento. Contudo, esse tipo de “aceitação virtual” nem sempre supre os desejos mais profundos e, com isso, acaba por aumentar os sentimentos de frustração e angústia.
  2. A redução da autoestima: quanto mais a interação virtual, maior a tendência a desenvolver mais inseguranças em relação à aparência física. A baixa autoestima e os sentimentos negativos contribuem para o surgimento de alguns distúrbios alimentares como a bulimia, a anorexia e outras doenças com consequências graves para o organismo e estado psicológico do jovem.
  3. A exposição ao cyberbullying: As pessoas mais vulneráveis são facilmente “detetadas” pelos colegas no percurso da interação nas redes sociais, consequentemente, os mal-intencionados podem, apenas por diversão, disseminar palavras, imagens violentas ou até mesmo ofensas para humilhar os mais frágeis. Este tipo de “violência digital” influência bastante o estado psicológico do jovem mais vulnerável, dado que a sua sensibilidade e emoções estão à flor da pele, o que aumenta a probabilidade de se sentir ofendido ou frustrado com mais facilidade. Todos sabemos que em casos mais extremos, estes ataques recorrentes já levaram jovens à automutilação ou à decisão de suicídio.
  4. Sentimentos de depressão: um estudo feito com 10 mil jovens canadenses com idades entre 12 e 14 anos revelou que quem passa mais de cinco horas por dia em redes sociais tem mais de 50% de chance de sofrer de depressão. Ainda que já vá existindo alguma informação sobre o real vs fantasia, que se saiba que a maioria dos conteúdos são apenas ostentação e que cada detalhe é elaborado no photoshop, a falta de maturidade emocional dos jovens contribui para o aumento das crises depressivas.

O uso de tecnologias veio para ficar e também representa muitos benefícios, mas é preciso atenção e cuidados especiais para ajudar os jovens e adolescentes a superar os impactos altamente negativos deste problema sobre a saúde mental e física.

Neste contexto, o Mentoring pode ter um papel ativo no alívio da carga que representa o modus vivendi dos jovens nos dias de hoje, e também não deve ser descartado o tratamento num hospital ou clínica especializados em saúde mental.

Nos casos, digamos, de sintomas iniciais em que o mote poderá ser desencadear novos hábitos e interesses no jovem, a Mentoria goza de ferramentas e processos que contribuem para essa mudança de forma contínua. Tão ou mais importante do que hábitos, por força da dormência que a Tecnologia traz à mente dos jovens, o desenvolvimento da sua inteligência emocional e técnicas de integração social são também imprescindíveis para o desenvolvimento dos adolescentes e para a diminuição das chances de contrair sintomas depressivos.

Há um longo e novo caminho a fazer, mas a boa notícia é que está ao alcance de todos. Basta querer.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Evento online
A Academia Mamãs sem Dúvidas vai realizar no dia 15 de setembro, entre as 18h00 e as 20h00, mais uma edição do “Especial...

Durante aproximadamente duas horas, vários especialistas vão explorar temáticas que são do interesse das mulheres que se preparam para a chegada do seu bebé, com o objetivo de partilhar conselhos úteis e esclarecer as dúvidas que tenham.

Esta sessão conta com o tema “Manual SOS das cólicas” no qual a Enfermeira Teresa Coutinho, especialista em saúde materna e obstetrícia e instrutora de massagem infantil, vai explicar o que pode originar as cólicas e o que fazer nestas situações.  

Os participantes podem ainda ficar a saber mais sobre o “O Presente e o Futuro das Células Estaminais”. Um tema que contará com as explicações de Diana Santos, formadora do laboratório de criopreservação BebéVida, quanto às potencialidades terapêuticas dos tecidos e células estaminais do cordão umbilical do bebé.

E a enfermeira Sandra Evangelista, especialista em saúde materna e obstetrícia vai abordar a “Sexualidade durante e depois da gravidez”.

A participação é totalmente gratuita, contudo a inscrição é obrigatória no site da Mamãs sem Dúvidas. Ao inscreverem-se as participantes habilitam-se a receber um cabaz de produtos no valor de 400€, que inclui: um berço BebeConfort IORA; uma mala da maternidade Bioderma; um ninho Voski; um aquecedor de biberões Philips e um conjunto de copos de leite Philips. A vencedora será anunciada no dia 16 de setembro, no Instagram da Mamãs sem Dúvidas. 

Para saber mais sobre a Mamãs sem Dúvidas, conteúdos informativos ou próximos eventos visite o website mamassemduvidas.pt . 

 

A iniciativas independentes
Está a decorrer o processo de Submissão de Propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, denominado 4th...

De acordo com o comunicado de imprensa divulgada, a empresa sublinha ainda que "os projetos deverão ser submetidos até dia 22 de setembro de 2021", sendo apenas aceites as propostas que respeitem estes prazos. 

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores independente, que irá selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre nenhum aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o impacto dos mesmos, para partilha pública.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

Para mais informações consulte a página ADVANCE Global Awards for Advancing Chronic Pain Research

 

 

Artigo publicado no The Lancet
Uma semana antes de a administração Biden começar a administrar as doses reforço da vacina COVID-19 à maioria dos americanos...

A decisão de implementar uma campanha de reforço em massa, nos EUA, baseia-se em dados que mostram uma imunidade diminuída ao longo do tempo e uma proteção mais fraca contra a variante Delta. No entanto, os autores do artigo publicado no The Lancet analisaram uma série de estudos observacionais no mundo real, bem como dados de ensaios clínicos antes da aprovação das vacinas. Notaram que as tentativas de avaliar os efeitos sobre variantes específicas ou a durabilidade da eficácia da vacina basearam-se, em grande parte, em estudos observacionais, cujas conclusões são "preliminares e difíceis de interpretar".

Além disso, os cientistas disseram que nenhum dos estudos forneceu até agora "provas credíveis" de uma proteção substancialmente diminuída contra doenças graves, mesmo quando parece haver declínios na eficácia contra a doença sintomática. Isto pode ser porque a proteção contra doenças graves é mediada não só por respostas de anticorpos, que podem ser de curta duração, mas também por respostas de memória e imunidade mediada por células.

Governos instados a concentrarem-se nos não vacinados

Os cientistas sugeriram que mais vidas poderiam ser salvas se o fornecimento de vacinas atuais fosse usado para inocular populações anteriormente não vacinadas, em vez de aumentar os indivíduos já vacinados. Esta posição tem sido defendida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que pediu uma moratória sobre as doses de reforço até, pelo menos, o final de setembro. O grupo de cientistas alerta ainda para os riscos de segurança de introduzir em grande medida o reforço da vacina "muito cedo, ou com demasiada frequência", notando que "se o aumento desnecessário causar reações adversas significativas, pode haver implicações para a aceitação da vacina que vai além das vacinas COVID-19".

Um grupo consultivo da FDA vai reunir-se no dia 17 de setembro para discutir os dados para apoiar a utilização alargada da dose de reforço. O foco será na recente submissão da Pfizer/BioNTech, procurando a aprovação de uma terceira dose da sua vacina Comirnaty para prevenir a COVID-19 em pessoas com idades a partir dos 16 anos.

O lançamento em massa da dose de reforço da vacina nos EUA está previsto começar a 20 de setembro com a administração de uma terceira dose de uma vacina baseada em mRNA a ser oferecida oito meses após as pessoas receberem a sua segunda dose. Além da Comirnaty, a mRNA-1273 da Moderna é a única vacina baseada em mRNA atualmente autorizada nos EUA. No início deste mês, as autoridades de saúde norte-americanas dizem ter aconselhado a administração Biden a reduzir os seus planos de reforço, em parte porque os dados fornecidos pela Moderna, que também procura um aceno da FDA para uma terceira dose, foram considerados "inadequados".

Os autores do artigo no The Lancet incluem Marion Gruber, diretora do Gabinete de Investigação e Revisão de Vacinas da FDA (OVRR), que planeia reformar-se em outubro, e Philip Krause, subdiretor do Centro de Avaliação e Investigação biológica da FDA, que se demite em novembro. Essa notícia suscitou dúvidas sobre se as suas partidas poderiam afetar o trabalho da agência. Fontes também sugeriram que tanto Gruber como Krause consideraram a mudança da administração Biden para lançamento generalizado das doses de reforço como uma pressão indevida sobre a FDA. Os funcionários da OMS, Soumya Swaminathan, Ana-Maria Henao-Restrepo e Mike Ryan, também foram coautores da crítica.

5.ª Edição do Workshop “O doente no centro da imunoterapia”
No próximo dia 16 de outubro, a MSD Portugal desafia, pelo 5º ano consecutivo, os profissionais de saúde a participar no...

Nesta edição, a dinâmica do evento mantém-se com sessões interativas, alavancadas por uma dimensão tecnológica, que faz deste um dos eventos mais inovadores nesta área. Será igualmente possível a partilha de perspetivas e experiências sobre as abordagens terapêuticas do tratamento no cancro do pulmão de uma forma disruptiva e envolvente.

A iniciativa irá reunir especialistas prestigiados em formato exclusivamente digital, ficando a sessão de abertura a cargo do Comité Científico, composto por Encarnação Teixeira, pneumologista do Hospital CUF Descobertas, Fernando Barata, pneumologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e Venceslau Hespanhol, pneumologista do Centro Hospitalar de São João.

Os participantes serão depois encaminhados para uma sessão plenária dedicada ao tema “Relação médico-doente: a gestão da doença na Transformação Digital”. Esta sessão contará com a participação especial de Gonçalo Madail, diretor da RTP Memória e Inovação, e do Prof. Doutor António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto.

Após estes dois momentos coletivos, os convidados poderão participar nos workshops selecionados, que serão liderados por especialistas de diferentes especialidades e que vão abordar os mais recentes avanços ao nível da Imunoterapia no tratamento do Cancro do Pulmão.

Ao longo das últimas quatro edições, o Workshop tem vindo a posicionar-se como uma iniciativa de relevo na área da Oncologia, superando, a cada ano, as expectativas e captando a atenção dos especialistas nesta área, quer pelo formato diferenciador, quer pela abordagem de temas relevantes para a prática clínica.

Para mais informações sobre o programa e inscrição no evento aceda aqui.

 

Revela neurocientista
Apesar de muito ainda a ser descoberto sobre os efeitos da Covid-19, neurocientista revela que pelo menos já se sabe que as...

A relação entre doenças no cérebro e os efeitos do coronavírus tem chamado a atenção da comunidade científica internacional. Enfermidades que envolvam infeções virais nas vias respiratórias não é algo totalmente inédito para a humanidade, tanto que a relação desta enfermidade com a disfunção cerebral já foi alvo de estudos desde a pandemia da gripe espanhola, em 1917.

“Naquela época, já foi descoberto que após 40 milhões de pessoas perderem a vida, muitos dos que se salvaram apresentaram um quadro chamado encefalite letárgica. Essa enfermidade causou uma série de distúrbios motores, com o comprometimento muscular bem parecido com aqueles que são portadores da Doença de Parkinson, além de sofrer com distúrbios psiquiátricos ao longo de toda a vida”, revela o neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu.

Quarenta anos depois, o mundo passou por um surto de gripe. Entre aqueles que foram contaminados e se salvaram, mais uma vez as consequências na saúde cerebral vieram à tona. “Naquele período, houve relatos de pessoas que apresentaram distúrbios parecidos com Parkinson ou tiveram problemas psiquiátricos graves. Isso também foi observado após a síndrome respiratória do médio oriente e também na pandemia de H1N1, em 2009”, observa Fabiano.

Ou seja, o que se percebe é que esta relação entre danos cerebrais e o vírus é algo que já é comum, e com a Covid-19, a realidade também vem passando por este caminho. Diante deste cenário, o neurocientista explica que “agora, os cientistas têm observado que aqueles que foram contaminados com o novo coronavírus apresentam em geral um quadro de anosmia, que é algo muito frequente em doenças neurológicas e psiquiátricas, como Alzheimer e Parkinson, que é a perda do olfato”. 

Com a Covid-19, a comunidade científica vem a observar alguns sintomas que chamam a atenção: “Há casos de pessoas que tiveram a doença na forma aguda e agora precisam tratar de crises epiléticas, apresentaram confusão mental e outros sinais de inflamação cerebral difusa. Alguns até apresentaram quadro de AVCs, o que comprova este comprometimento na circulação cerebral. Há casos também de pessoas que sofreram lesões nos nervos periféricos, causando até a síndrome de Guillain-Barré, assim como fraqueza muscular profunda”, cita Fabiano.

Outro detalhe que chama a atenção dos cientistas, destaca Abreu, é que “essa ligação entre vírus e cérebro já foi demonstrado que, ao menos em algumas amostras, que ele pode ser detetado dentro do cérebro, no tecido cerebral de pessoas que morreram. Além disso, há também relatórios de autoanticorpos nessas pessoas, que não são uma consequência direta da invasão cerebral, mas sim uma resposta da imunidade anormal ao vírus voltada em primeiro lugar contra recetores neuronais, inclusive o recetor de glutamato do tipo NMDA que é comumente expressado por neurónios”. Ou seja, isso comprova que o vírus se instala dentro do cérebro e afeta a estrutura dele em modo semelhante ao que acontece com o Alzheimer. “E isso se comprova com exames de neuroimagem que indicam que as pessoas que foram acometidas pela Covid-19 apresentam alterações morfológicas e funcionais no hipocampo e outras estruturas que também estão associadas à doença de Alzheimer precoce”.

Tal situação intriga e preocupa cientistas de todo o mundo, tanto que estudos em 30 países e em mais de 40 instituições tentam confirmar estes efeitos, principalmente nas pessoas idosas. “E o que chama a atenção é que elas em geral expressaram vários problemas cognitivos, esquecimento frequente, problemas com a organização de tarefas sequenciais ou a chamada disfunção executiva, e até casos mais graves, como orientação especial”, analisa o neurocientista luso-brasileiro. Diante deste cenário, Fabiano recomenda que “o melhor é seguir os estudos pelos próximos anos, para que assim possa entender como eventos ambientais interagem com os genes, e como esses fatores genéticos também agem e quais serão os efeitos dessa doença nos próximos anos junto ao organismo”, finaliza.

Sintomas e tratamento
A Dermatite Atópica é uma das doenças inflamatórias crónicas de pele mais comuns, afetando até 20% d

Esta é uma doença física e emocionalmente debilitante para doentes e familiares, sendo causa de exclusão e absentismo social, laboral e escolar, noites mal dormidas, prejuízo do desempenho escolar e profissional e gastos económicos avultados em tratamentos e consultas. Ainda assim, é demasiadas vezes desvalorizada como “só uma doença de pele” o que em nada ajuda o sofrimento daqueles que dela padecem.

A Dermatite Atópica é de causa multifatorial, e é comum haver antecedentes familiares de Dermatite Atópica, rinite alérgica ou asma. Sumariamente, na Dermatite Atópica temos:

1. uma pele com destruturação da função de barreira (se considerarmos a pele como um “muro” que protege do exterior, na Dermatite Atópica o cimento que une os tijolos desse muro está deficitário);

2. um sistema imunitário inadequadamente reativo, produzindo inflamação que também agrava a disfunção do “muro”;

3. um microbioma da pele alterado que contribui para agravar a inflamação e a disfunção de barreira.

Toda esta cascata de alterações origina e perpetua as lesões características da doença.

Na Dermatite Atópica é muito característica a comichão (prurido), muitas vezes diária, que pode ser intensa e impossibilitar o sono. As lesões são bem visíveis e resultantes da inflamação da pele – vermelhidão (eritema), descamação, exsudação, escoriações (feridas resultantes do ato de coçar a pele) – e, quando a inflamação é prolongada, liquenificação (aumento da espessura da pele). As lesões tendem-se a localizar na face, nas crianças mais jovens, e nas pregas dos cotovelos e dos joelhos, no pescoço e nas mãos, no caso dos adolescentes e adultos. Existem também formas mais graves, que podem outras partes do corpo ou mesmo a sua totalidade (eritrodermia) e motivar internamento hospitalar. Mesmo a pele aparentemente bem do doente com Dermatite Atópica é habitualmente “frágil”, no sentido em que as mais pequenas agressões (alguns produtos de higiene, determinados têxteis, fragrâncias e outros), tendencialmente inócuas para a maioria da população, podem para estes doentes desencadear flagelantes crises de inflamação.

Apesar de ainda não haver uma cura, assistimos hoje a uma promissora (R)evolução terapêutica na Dermatite Atópica.

Na doença ligeira e limitada, a evicção de triggers, o uso regular de emolientes (sobretudo após o banho) e de produtos de higiene adequados, bem como o uso proativo de anti-inflamatórios tópicos (como os dermocorticoides ou inibidores tópicos da calcineurina) é uma estratégia habitualmente muito eficaz e segura.

Já na doença moderada a grave, em que os cuidados gerais e tópicos são insuficientes, é necessário intervir com tratamentos sistémicos. É neste campo que os avanços científicos e terapêuticos têm sido particularmente impressionantes, marcada com a aprovação pela Comissão Europeia em 2017 do primeiro biotecnológico para a Dermatite Atópica. E, só desde o último ano, a mesma Comissão aprovou outros três fármacos inovadores: um novo biotecnológico e duas moléculas orais. Alguns destes fármacos inovadores já estão disponíveis em Portugal e a nossa experiência de vida real vai de encontro aos excelentes resultados publicados na literatura internacional. Histórias como “já não me lembrava do que era tomar banho de água quente, agora já consigo!” ou “finalmente posso usar calções sem vergonha de mostrar a pele!” são alguns testemunhos reais da prática clínica que traduzem o sucesso no tratamento destes casos mais graves.

Por último, saúda-se as várias iniciativas que têm sido realizadas nos últimos anos para aumentar a visibilidade desta doença que vai muito além da pele. O Presente e o Futuro do tratamento da Dermatite Atópica aparenta ser muito promissor e seremos cada vez mais capazes de melhorar a qualidade de vida dos nossos doentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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