Processo de rebranding
O Grupo Lusíadas Saúde avança com um processo de rebranding da Clínica Lusíadas Sacavém, que passa a designar-se a partir de...

Este rebranding surge no âmbito de um vasto plano de reorganização das unidades de saúde Lusíadas que integram o Cluster de Lisboa, a concretizar ao longo das próximas semanas, e traduz o forte compromisso do Grupo com o sistema nacional de saúde.

A Clínica Lusíadas Oriente conta com uma vasta equipa de profissionais especializados, permite o acesso a consultas e exames de diagnóstico das diferentes especialidades médicas e dispõe agora de um horário ainda mais alargado. Com mais de 8.500 metros quadrados, esta unidade de saúde tem 35 gabinetes de consultas, 45 salas de exames e uma sala de pequena cirurgia.

“A Lusíadas Saúde considerou que seria fundamental reforçar a oferta na zona oriental da cidade de Lisboa, uma das áreas geográficas que mais população ganhou nos últimos anos. Temos vindo a apostar nos conceitos de proximidade e comodidade, cada vez mais valorizados pelos nossos Clientes, e a reforçar o investimento no projeto clínico da atual Clínica Lusíadas Oriente”, explica Nuno España, Administrador das Clínicas Lusíadas Lisboa.

Este processo de rebranding integra a campanha transversal ao Grupo Lusíadas Saúde que comunica a reorganização das unidades do Cluster sob o mote “Lisboa em boas mãos. Em mãos Lusíadas”.

 

Opinião
Cada vez mais pessoas procuram um estilo de vida baseado no consumo de produtos naturais, saudáveis,

Ouvimos diariamente sobre a necessidade de reduzir a utilização de plástico, de comer menos carne e de aprender a viajar de forma mais sustentável, por exemplo. Mas talvez menos conhecidos sejam os impactos das nossas escolhas no que diz respeito a cuidados de saúde.

A Homeopatia é, indiscutivelmente, uma das opções mais ecológicas atualmente disponíveis. É um método terapêutico que não contém produtos químicos, uma vez que tudo o que está contido nos seus medicamentos é de origem natural (animal, vegetal ou mineral), apresentando-se seguro para as pessoas e para o planeta.

O processo de fabrico de medicamentos homeopáticos tem um impacto muito reduzido a nível ambiental. A diluição/sucussão repetida envolvida no processo de fabrico significa que, literalmente, milhares de doses podem ser feitas a partir de uma única amostra da substância original, não existindo passagem de resíduos para a cadeia alimentar ou para o ambiente. Ao contrário dos medicamentos convencionais, a toma de medicamentos homeopáticos não gera descargas complexas a eliminar pelas estações de tratamento de água.

Quanto mais conhecemos e utilizamos a Homeopatia, mais evidente se torna o lugar que esta terapêutica está destinada a ocupar nos cuidados de saúde. É um tratamento que não é “anti”, que não vai contra os fenómenos fisiológicos. Pelo contrário, acompanha-os. Em paralelo, responde à crescente procura por naturalidade da parte dos doentes: respeito pela fisiologia, ausência de moléculas químicas na dose ponderal e ausência de efeitos tóxicos para o organismo.

Estas características permitem que os medicamentos homeopáticos sejam prescritos ou aconselhados por profissionais de saúde a todos os doentes, desde os mais novos até aos mais velhos: mulheres grávidas, crianças, idosos. E por todas estas razões, pode-se afirmar que os medicamentos homeopáticos são dos medicamentos mais seguros com que um médico e um doente podem contar.

A Homeopatia oferece, assim, uma solução segura, de baixo custo e eficaz, ocupando lugar num futuro com cuidados de saúde mais sustentáveis e integrados, deixando as abordagens convencionais para quando elas são mais necessárias e valiosas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
9th International IVIRMA Congress, presente e futuro da Medicina da Reprodução
A reativação ovárica é uma opção promissora para pacientes com uma reserva ovárica diminuída e com mau prognóstico, com...

À medida que as mulheres adiam o momento de serem mães devido a fatores demográficos e socioeconómicos, o envelhecimento reprodutivo e a disfunção ovárica associada tornam-se causas cada vez mais comuns de infertilidade. Com a idade, os óvulos diminuem qualitativa e quantitativamente, causando frequentemente problemas reprodutivos.

“É importante observar que os distúrbios do envelhecimento estão frequentemente associados à disfunção mitocondrial, assim como às alterações na ovogénese – processo de formação das células sexuais femininas – e na embriogénese – formação e desenvolvimento do embrião”, aponta o Dr. Emre Seli, Diretor de Investigação do IVI nos Estados Unidos da América.

Partindo deste contexto, o Dr. Seli apresenta na nona edição do Congresso IVIRMA um estudo que explora o papel da disfunção mitocondrial no envelhecimento ovárico e as possíveis formas de explorar os mecanismos mitocondriais para abrandar ou reverter as mudanças relacionadas com a idade nas gônadas femininas – glândula genital que é responsável pela produção de células reprodutivas.

“As mitocôndrias são organelas muito especiais e importantes que desempenham um papel fundamental no metabolismo celular. Além disso, têm o seu próprio DNA mitocondrial e estiveram implicadas durante muito tempo no envelhecimento somático. A hipótese da qual os cientistas partiram era que o DNA mitocondrial sofreria mutações com o tempo, o que tornaria a produção de proteínas derivadas do DNA mitocondrial menos eficiente e, uma vez que a célula perdesse a capacidade de gerar energia de forma eficaz, envelheceria mais rápido”, comenta o Dr. Seli.

Embora essa hipótese seja sólida e tenha sido apoiada por modelos animais, geralmente não é uma causa comum de envelhecimento de células somáticas em humanos.

Desde então, muitas outras teorias surgiram sobre como as mitocôndrias podem afetar a saúde e o envelhecimento das células. Alguns sugerem que problemas de fusão mitocondrial – entendo por fusão que as mitocôndrias se encontram ou se fundem – ou os problemas derivados do stress das mitocôndrias podem acelerar o envelhecimento. Na

verdade, esse cenário foi observado em testes em animais, causando o envelhecimento ovárico acelerado e danificando a reserva”, explica o Dr. Seli.

Além disso, as mitocôndrias têm sido utilizadas como ferramentas de diagnóstico medindo o número de cópias de DNA mitocondrial como um prognóstico da saúde e da viabilidade do embrião.

Até o momento, não há solução para a aceleração do envelhecimento ligada às mitocôndrias, mas o IVI lidera uma linha de investigação que pode ser uma alternativa.

“Da mesma forma, a substituição mitocondrial foi usada, retirando mitocôndrias autólogas das células mãe da paciente e colocando-as na fonte com uma finalidade potencialmente rejuvenescedora, embora um estudo do IVI Valencia tenha mostrado que essa abordagem ainda não é conclusiva”, comenta o Dr. Seli.

Reativação ovárica: Uma opção viável para reverter o envelhecimento ovárico

Um dos temas que recentemente tem despertado maior interesse na área reprodutiva é o Envelhecimento Ovárico. Sabemos que aproximadamente 1 em cada 100 mulheres com menos de 40 anos sofre de falência ovariana prematura (POI, nas suas siglas em inglês). Essa situação impede-as de conceber um bebé com os seus próprios óvulos, tendo indicação para fazer tratamentos com óvulos doados para satisfazer o seu desejo de ser mãe.

Aqui torna-se importante o estudo apresentado neste Congresso pelo Professor Antonio Pellicer, Presidente e CEO do IVI, sobre a Reativação Ovárica, uma opção viável e eficaz para essas pacientes.

“Nos últimos anos, o nosso grupo de investigação concentrou-se no desenvolvimento de novas alternativas para pacientes com reserva ovárica diminuída, cuja única opção era a doação de óvulos. Os nossos estudos anteriores mostram que o transplante autólogo de células mãe ováricas foi capaz de otimizar o crescimento dos folículos existentes, permitindo gestações e nascimentos de bebés de pacientes com baixa resposta ovárica e com mau prognóstico reprodutivo”, explica o Prof. Pellicer.

Num esforço para projetar uma técnica mais eficiente, mas também menos invasiva, o IVI desenvolveu um estudo experimental para testar a capacidade de diferentes fatores segregados pelas células mãe para reativar os ovários.

“Também testámos outros fatores contidos nas plaquetas, que são a base do tratamento com PRP (Plasma Rico em Plaquetas) proposto para mulheres com insuficiência ovárica. Neste estudo observamos que diferentes fontes de plasma ou fatores de células mãe ou plasma do sangue do cordão umbilical foram capazes de induzir diferentes graus de vascularização ovárica local, proliferação celular, reduzindo a apoptose e finalmente promovendo o crescimento folicular em ratos com ovários danificados”, revela o Prof. Pellicer.

Colóquio
Três conferências e dois painéis de discussão, além de um período de comunicações livres, compõem o “III Colóquio Internacional...

Com o propósito de «discutir a vulnerabilidade das pessoas, as formas como nos podemos organizar para minimizar a vulnerabilidade, mesmo em tempos de pandemia, e de como podemos utilizar a comunicação e a relação interpessoal para melhor cuidar cada pessoa na sua individualidade», os trabalhos do colóquio – cuja sessão de abertura, pela Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, está marcada para as 9h15 – começam com a conferência “Metáforas baseadas em dados rigorosos pelo tratamento da diabetes” (9h30), a proferir por Fabrizio Macagno e Maria Grazia Rossi, da Universidade Nova de Lisboa.

O colóquio, em formato misto (sessão presencial nas instalações do Polo B, em São Martinho do Bispo, e videoconferência via Zoom), prossegue com duas outras conferências: “A narrativa no cuidar” (10h15), por Susana Magalhães, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto; e “Cuidados centrados nas pessoas” (11h30), por Joakim Öhlén, do University of Gothenburg Centre for Person-centred Care, na Suécia.

No período da tarde, surge, logo pelas 14h00, o painel “Cuidado em tempos de pandemia”, com os contributos de Isadora Vasques P. Rusga, Andreia Sofia Ferreira Gomes e Ângela Rosa Pereira de Jesus (do Agrupamento e Centros de Saúde da Amadora), bem como de Célia Maria Pessoa Manso, Helena Dias Pires e Isabel Maria Lucas dos Santos (do CHUC – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra).

Maria da Conceição Bento, diretora-geral do Ensino Superior e docente da ESEnfC, está de volta às iniciativas da instituição onde leciona e a que presidiu, ao participar, pelas 15h30, no painel “Cuidar”. Intervêm, também, Paula Diogo (Escola Superior de Enfermagem de Lisboa) e Maria da Conceição Alegre (ESEnfC).

Mais informações sobre o colóquio, cuja sessão de encerramento ocorrerá pelas 17h30, podem ser consultadas a partir do sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/cifc3.

 

 

 

Iniciativa organizada pela Angelini Pharma
O projeto “+ Segura” um sistema de apoio à gestão terapêutica, dirigido a profissionais de saúde, e a reportagem “Todos os...

O projeto “+ Segura”, distinguido com o primeiro prémio no valor de 10 mil euros, é um sistema de apoio à gestão terapêutica, dirigido a profissionais de saúde, que procura aumentar a eficácia e segurança no processo de gestão terapêutica e foi desenvolvido por estudantes da Universidade NOVA de Lisboa - NOVA Medical School. O sistema + Segura traz a vertente inovadora de integrar automaticamente toda a informação do utente, tornando-a acessível a todos os profissionais de saúde, complementando os atuais sistemas de prescrição. Em simultâneo, o projeto sugere também o desenvolvimento de uma aplicação móvel para utentes, que fomente o papel ativo destes na gestão da sua medicação e aumento da literacia em saúde.

Em segundo lugar ficou o trabalho ReCov19 - Recovery from COVID-19, um projeto comunitário totalmente gratuito e adaptado ao contexto atual de telerreabilitação que procura garantir o distanciamento imposto pela pandemia, providenciando uma reabilitação respiratória viável dos utentes, feito por estudantes da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal. Recebeu um prémio no valor de 5 mil euros.

 A estes dois projetos vencedores junta-se o trabalho “Sistema Colaborativo para gestão e monitorização de cuidados de saúde no domicílio através de uma app/ plataforma digital e algoritmos inteligentes”, vencedor da votação do público, dos estudantes do Instituto Politécnico de Braga. Este projeto tem em vista a possibilidade de digitalizar, automatizar e otimizar o processo operacional e de gestão de visitas domiciliárias, capacitando as entidades de saúde com ferramentas digitais e inteligência artificial.

Do júri da edição dos Prémios AUA! deste ano fizeram parte Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Telo de Arriaga – Chefe de Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da Direção Geral da Saúde e Miguel Xavier – Subdiretor, Presidente do Conselho Científico e Professor Catedrático da Nova Medical School. Os critérios de avaliação dos mais de 100 projetos a concurso foram a inovação, criatividade, metodologia utilizada, pertinência do projeto e a viabilidade da sua implementação.  

Paralelamente à realização dos Prémios AUA!, decorreu também a 4.ª edição do Prémio de Jornalismo e a Conferência “Reflexões AUA! Como será o futuro pós pandemia”.

O Prémio de Jornalismo também foi ligado ao tema “Soluções de Crises em Saúde: Identificar, gerir e cuidar” e o trabalho vencedor foi o da jornalista Inês Moura Pinto, enquanto ainda trabalhava no Jornal Público, com a reportagem “Todos os minutos e estímulos contam na luta contra a demência. A pandemia roubou alguns a Regina e Rosa” que abordou a preocupante prevalência da demência em Portugal e de que forma é que esta foi prejudicada a nível de diagnóstico e tratamento, devido à pandemia da covid-19. O trabalho focou-se numa solução criada pelo Complexo de Neurointervenção da Cruz Vermelha, em Vila Nova de Gaia, para melhorar a vida destes utentes durante o confinamento. A vencedora recebeu um prémio no valor de 2.500€.

A entrega dos prémios foi feita ontem, durante a tarde, numa Cerimónia que teve lugar no Teatro Thalia em Lisboa, onde decorreu também a Conferência “Reflexões AUA! Como será o futuro pós pandemia”. Nesta Conferência, foi feita a apresentação de um estudo sobre “Necessidades não atendidas e soluções para crises em saúde em Portugal”.

Todos os trabalhos vencedores e finalistas da 12.ª edição do Angelini University Award e da 4.ª edição do Prémio de Jornalismo serão disponibilizados no website da Angelini Pharma, como forma de agradecimento e reconhecimento a todos os participantes inscritos, aqui: https://www.angelinipharma.pt/.

 

Elegibilidade para vacinação é confirmada através da declaração médica
As farmácias aderentes ao Programa “Vacinação SNS Local” começaram a vacinar gratuitamente pessoas entre os 6 meses de idade e...

Para receber a vacina do SNS nas farmácias, é necessária a apresentação de uma declaração médica. O médico emite essa declaração através da plataforma de Prescrição Eletrónica Médica (PEM) e pode enviar por SMS ou entregar em papel.

A lista de farmácias que dispõem de vacinas do contingente do SNS será divulgada através do site das Farmácias Portuguesas e do site da Associação de Farmácias de Portugal.

As farmácias continuam a vacinar contra a gripe a população não elegível para as doses gratuitas. Até ao dia 11 de novembro, foram dispensadas 610.099 de vacinas em farmácias (mais 141.03% do que em 2020) das quais aproximadamente 65% foram administradas nas farmácias.

 

Infeções contraídas em ambiente hospitalar são a causa de cerca de 25 mil mortes por ano na Europa
São perto de 4 milhões de euros que estão a ser investidos no desenvolvimento de novas tecnologias e métodos de diagnóstico...

Um desafio a que aderiram 14 entidades internacionais ligadas ao mundo académico e industrial, entre as quais o CeNTI, instituto português de I&DT de referência em Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes.

Além da pesquisa microbiológica clínica, a investigação inclui estudos funcionais de adesinas [complexos proteicos à superfície das bactérias que determinam a sua capacidade de adesão aos organismos] e o desenvolvimento de novos testes e dispositivos de diagnóstico. Com estes resultados, além da prevenção das infeções, os investigadores pretendem contribuir para a definição de novos tratamentos, mais eficientes, assertivos e até personalizados. O estudo da adesão bacteriana e viral [processo de adesão de uma bactéria a células e tecidos de um organismo] tem sido, por isso, determinante na criação de novas estratégias que evitem a proliferação destas doenças.

“As bactérias e os vírus aderem a superfícies orgânicas e inorgânicas, a si próprios, e também a outras tipologias de moléculas e células, o que permite a sua colonização nos mais variados ambientes, resultando no aparecimento das infeções. Este processo inicial e decisivo de adesão é ainda uma área pouco explorada”, revelam os investigadores. “O conhecimento dos mecanismos moleculares essenciais para a sua ocorrência tem grande potencial para o desenvolvimento de novas estratégias de anti adesão, novos métodos e dispositivos de diagnóstico e tratamentos inovadores que combatam a problemática das doenças infeciosas”, sublinham ainda os responsáveis.

A investigação, que reúne cientistas e 15 estudantes de doutoramento, centra-se assim nas descobertas sobre os processos inerentes às adesinas patogénicas, nomeadamente a sua interação com hospedeiros, e no desenvolvimento de novas superfícies com anti adesividade bacteriana e dispositivos de diagnóstico de maior sensibilidade, personalizados, miniaturizados, capazes de diferenciar entre infeções bacterianas e víricas, o que irá contribuir para a redução do uso desnecessário de antibióticos. Segundo os estudiosos, na base da maioria das infeções está o (re-) surgimento de novos vírus e a resistência das bactérias aos antibióticos, pelo que reduzir a dependência desta tipologia de medicamentos é também um dos principais propósitos dos investigadores.

Com este Projeto, os jovens cientistas terão, assim, a oportunidade de transformar a sua investigação fundamental em tecnologias com um grande impacto positivo no cuidado de pacientes com doenças infeciosas. Estas descobertas terão, também, um impacto relevante no desenvolvimento socioeconómico da Europa, de acordo com os estudiosos.

Denominado ViBrANT – Viral and Bacterial Adhesin Network Training, o Projeto é uma rede intersectorial de nove instituições académicas, um instituto de investigação sem fins lucrativos, três pequenas e médias empresas e uma empresa de grande dimensão, englobando áreas científicas como a Física, Biologia Estrutural, Proteómica, Genética, Engenharia de Materiais e Nanobiossensores.

APEF alerta para o elevado consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a assinalar a Semana de Consciencialização para os Danos...

Segundo dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2019, que considera indivíduos a partir dos 15 anos, o consumo de álcool por parte dos jovens portugueses é elevado, uma vez que, em 2019, 84,5 por cento dos inquiridos, com 18 anos, 70,1 por cento, com 16 anos, e 37 por cento, com 14 anos, afirmou ter ingerido bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses. O estudo demonstra também que o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,4 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros.

“O elevado consumo de álcool traz consequências graves em termos de saúde, nomeadamente, do fígado, e os números do estudo do SICAD também o demonstram, uma vez que indicam que, em 2019, foram registados 38.122 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal e/ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 28.245 indivíduos em Portugal. O mesmo estudo refere ainda que, em 2018, morreram 2.493 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 26 por cento das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado. O consumo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens, sobretudo relacionado com a vida noturna e social, é também preocupante e motivo de intervenção por parte das autoridades reguladoras”, afirma José Presa, presidente da APEF.

E continua: “É importante que a população adulta pense nos seus comportamentos a nível social e nas consequências que os mesmos trazem para a saúde; e que alerte os seus jovens para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas. A ingestão excessiva e continuada de álcool pode conduzir a doença hepática alcoólica ou a consequências indiretas como as resultantes dos acidentes de viação. Estas situações, quando não tratadas ou prevenidas, trazem consequências graves para a saúde e podem, até, levar à morte. Neste sentido, a nossa recomendação é de tolerância ZERO para o consumo de álcool.”

Dia Mundial da Prematuridade
De acordo com a Organização Mundial de Saúde nascem, todos os anos, cerca de 13 milhões de bebé prem

A duração normal de uma gravidez é de 37 a 42 semanas. Quando os bebés nascem antes das 37 semanas de idade gestacional, estamos perante um bebé prematuro ou pré-termo.

O bebé prematuro nasce com uma imaturidade dos seus órgãos e sistemas (respiração, controlo da temperatura, digestão, metabolismo, etc.), o que o torna mais vulnerável a determinadas enfermidades e, também, mais sensível a determinados factores externos (como a luz e o ruído).

Um bebé prematuro pode ter uma de três classificações, de acordo com a sua idade gestacional:

Pré-Termo Limiar: que nasce entre as 33 e as 36 semanas de idade gestacional e/ou tem um peso à nascença entre 1500g e 2500g.

Prematuro Moderado: que nasce entre as 28 e as 32 semanas de idade gestacional e/ou tem um peso à nascença entre 1000g e 2500g.

Prematuro Extremo: Aquele que nasce antes de ter completado as 28 semanas de idade gestacional e/ou pesa menos de 1000g. Como consequência desta maior imaturidade, é classificado como grande prematuro e apresenta problemas mais frequentes e mais graves.

Características do bebé prematuro:

  • Tamanho pequeno
  • Baixo peso ao nascer
  • Pele fina, brilhante e rosada, por vezes coberta por lanugo (penugem fina)
  • Veias visíveis sob a pele
  • Pouca gordura sob a pele
  • Cabelo escasso
  • Orelhas finas e moles
  • Cabeça grande e desproporcional em relação ao resto do corpo
  • Músculos fracos e actividade física reduzida (ao contrário de um lactente de termo, um lactente prematuro tende a não elevar os membros superiores e inferiores)
  • Reflexos de sucção e de deglutição fracos ou inexistentes
  • Respiração irregular

Dados da Direção-Geral da Saúde mostram que 1% dos bebés, que nasceram entre 2009 e 2012, tinham menos de 1,5 quilos. Dez anos antes – em 1999 – esta taxa rondava os 0,8 por cento, o que significa que a prematuridade tem vindo a aumentar em Portugal.

A idade avançada da mulher, tabagismo, stress, hipertensão, obesidade e diabetes estão entre as principais causas da prematuridade.

Sabe-se que a média de idade da mulher, durante a primeira gravidez, ronda os 31,5 anos. No entanto, há cada vez mais mulheres que são mães depois dos 35 anos - idade a partir da qual aumenta o risco de nascer um prematuro.

Também os tratamentos de fertilidade – que aumentam o risco de gravidez gemelar - contribuem para o aumento do número de bebes pré-termo.

As possibilidades de sobrevivência de um bebé prematuro estão condicionadas pela sua idade gestacional, o peso ao nascer e pela presença de problemas de saúde significativos aquando do seu nascimento.

Hoje em dia, o limiar da viabilidade para um bebé prematuro são 25 semanas e 600 gramas de peso.

Antes disso, há 50% de probabilidades de o bebé sofrer alterações graves do desenvolvimento, displasias broncopulmonares, alterações sensoriais graves (como a cegueira ou surdez) e paralisia cerebral.

Na realidade, dados revelam que 10% dos prematuros – que nascem com menos de 32 semanas – sofrem de paralisia cerebral e 25% têm atrasos no desenvolvimento.

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1 em cada 10 bebés nasce prematuro

Retinopatia de prematuridade: bebés muito prematuros são os que apresentam maior risco de cegueira

“A paralisia cerebral não é uma doença mental”

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Campanha da Pfizer alerta para o consumo inapropriado de antibióticos
Em Portugal, como no resto do mundo, o consumo inapropriado de antibióticos é apontado como um dos fictores responsáveis pelo...

Para alertar para a utilização excessiva ou incorreta dos antimicrobianos, um comportamento que conduz ao desenvolvimento e à disseminação crescente de bactérias multirresistentes, a Pfizer Portugal lança a campanha “Tome a atitude certa” que, para além da chancela científica do GIS – Grupo de Infeção e Sépsis, conta este ano com o apoio da Ordem dos Farmacêuticos.

Esta campanha vai ter uma presença forte nos canais digitais, com principal foco nas redes sociais, e nas redes nacionais de mupis. Inclui-se nas celebrações da Semana Mundial de Consciencialização Sobre o Uso de Antimicrobianos, marcada para o período entre os dias 18 e 24 de novembro, e tem como público-alvo decisores políticos, administradores hospitalares, médicos e enfermeiros, farmacêuticos, comunicação social e público em geral.

O “Consumo de Antibióticos” em números

Realizado pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, o inquérito “Consumo de Antibióticos” foi lançado no ano passado, no âmbito do Dia Europeu do Antibiótico, com o objetivo de retratar os hábitos, as perceções e comportamentos das famílias portuguesas face aos antibióticos, tendo sido possível concluir que 73% dos inquiridos confirmaram que tomam antibióticos; dos restantes 27%, cerca de metade (13%), afirmaram nunca ter tido necessidade de tomar antibióticos e os outros 14% recusam tomar antibióticos mesmo quando prescritos pelo seu médico. Dos inquiridos que afirmam tomar antibióticos, 76% só o faz quando prescrito pelo seu médico. São os mais jovens que tomam menos antibióticos, o que é expectável dada a melhor condição geral de saúde.

Dos portugueses que tomam antibióticos, cerca de 59% recebeu a indicação para a toma em consultas médicas de ambulatório ou similares, 19% em consultas de emergência, 14% teve o antibiótico prescrito por dentistas e 7% durante internamentos hospitalares.

Entre os que tomam antibióticos, 40% considera a duração do tratamento o mais importante. Para 27%, a informação mais importante são os efeitos indesejáveis. São os mais idosos e em particular os homens que dão mais importância à duração do tratamento. As mulheres dão também grande importância a esta dimensão e aos efeitos indesejáveis, mas tal como os mais jovens atribuem maior importância à interação dos antibióticos com outra medicação. Entre os mais jovens há uma maior preocupação com a frequência das tomas que nas outras faixas etárias.

Dois terços dos inquiridos declarou seguir a prescrição até ao final do tratamento; 9% deixa de tomar o antibiótico assim que se sente melhor, sendo este valor muito superior entre os homens e os mais jovens.

Metade dos inquiridos afirma devolver na farmácia os antibióticos que sobram, mas 30% guarda-os para uma próxima necessidade. 25% diz ter sempre um stock de antibióticos em casa – a esmagadora maioria fruto do último tratamento.

Somente 36% da amostra identificou corretamente o propósito dos antibióticos: tratar infeções provocadas por bactérias; 35% afirmou não saber. São as mulheres e os mais jovens que melhor conhecimento demonstram sobre o consumo dos antibióticos: 39% das mulheres face a 33% dos homens identificou corretamente as infeções tratadas por antibióticos, em contraste com apenas 24% dos mais idosos.

Por outro lado, dois terços dos inquiridos afirmaram conhecer o conceito de resistência aos antimicrobianos, registando-se um maior desconhecimento na população acima de 65 anos (44%). Para 95% dos que conhecem o conceito, este é um problema sério.

Resistência aos antibióticos em Portugal e no Mundo

A resistência aos antibióticos é a capacidade dos microrganismos se modificarem, desenvolvendo mecanismos que os tornam resistentes à ação dos antibióticos. O consumo de antibióticos é, atualmente, um dos determinantes principais do desenvolvimento desta resistência. Caso este ritmo se mantenha, dentro de 30 anos os problemas relacionados com a resistência aos antibióticos matarão mais do que o cancro e afetarão pessoas de todas as idades em todo o mundo, com efeitos laterais para a sociedade e o ambiente.

O consumo de antibióticos começa a revelar alguma diminuição no nosso país, mas continuamos acima da média europeia no que toca à sua utilização. Apresentamos uma das mais elevadas taxas de infeções hospitalares da Europa e quase diariamente registamos casos em que pequenos problemas se transformam em situações graves ou mesmo em mortes devido a infeções hospitalares por bactérias multirresistentes. Mais, este tipo de bactérias pode já não estar restrito aos ambientes hospitalares.

A resistência aos antibióticos tem-se revelado uma grave ameaça para a saúde pública. Na Europa, a prevalência de infeções causadas por microrganismos resistentes a antibióticos é igual à soma da prevalência de tuberculose, VIH/SIDA e gripe e há 30.000 mortes associadas a este tipo de infeções por agentes resistentes. Mais de um terço destes casos é causado por bactérias resistentes a antibióticos “de última-linha”. Se não forem tomadas medidas, dentro de 3 décadas a resistência aos antimicrobianos será responsável por mais mortes do que o cancro e a diabetes juntos, o equivalente a cerca de 10 milhões de óbitos por ano, ou seja, uma morte a cada 3 segundos, à escala mundial.

 

 

Reconhecimento como centro de excelência a nível nacional e internacional na área da coagulação
O Laboratório de Hemostase (LH) do Serviço de Patologia Clínica (SPC) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)...

“O Serviço de Patologia Clínica do CHUC reforça, através do Laboratório de Hemostase, a sua afirmação como um centro de excelência a nível nacional e internacional na área da coagulação” como nos refere o diretor do SPC, Fernando Rodrigues.

O responsável pelo Laboratório de Hemostase do SPC, João Mariano Pego, refere que “o Teste de Geração de Trombina permite avaliar riscos e fenómenos trombóticos, hemorrágicos, bem como avaliar o perfil inibidor de terapêutica anticoagulante. Apesar de uma em cada quatro pessoas em todo o mundo morrer anualmente devido a condições causadas por trombose, este facto não é amplamente conhecido, sendo uma questão urgente de saúde pública.”

“O Laboratório de Hemostase tem tido um crescimento sustentado e é expectável que em 2021 realize mais de 450 mil análises de coagulação. Tem apostado fortemente na sua diferenciação, nomeadamente com a introdução de novos testes, realizando mais de 50 parâmetros diferentes de coagulação, alicerçando-se em metodologias de referência e acompanhando o que de melhor e mais inovador se faz nos Centros de Referência Internacionais desta área”, prossegue o responsável do LH, João Mariano Pego.

O Laboratório de Hemostase serve de forma transversal todos os serviços dos CHUC. Para além das amostras recebidas do CHUC, quer dos serviços de internamento, quer do ambulatório, o LH recebe amostras de diversas outras instituições, incluindo de vários Centros Hospitalares e Hospitais Públicos Nacionais, Hospitais Privados, Laboratórios Privados e também amostras provenientes do estrangeiro.

O Laboratório de Hemostase do SPC do CHUC integra três laboratórios: um nos Hospitais da Universidade de Coimbra, um no Hospital Geral (Covões) e outro no Hospital Pediátrico, com funcionamento durante 24 horas/dia e 365 dias por ano, prestando, desta forma, um serviço de proximidade aos utentes.

 

Resultados da segunda edição do “Índex Nacional do Acesso ao Medicamento Hospitalar”
O acesso à inovação terapêutica enfrenta desafios que condicionam a capacidade da mesma de servir o seu objetivo fundamental,...

É essa discussão que se pretende fomentar a partir da apresentação dos resultados do ‘Patients WAIT Indicator 2020’ e da discussão sobre o papel que o novo “Regulamento Europeu para a Avaliação de Tecnologias de Saúde” pode ter como facilitador desse acesso, na 13ª edição do Fórum do Medicamento, uma iniciativa que terá lugar no dia 19 de novembro, na Academia das Ciências, em Lisboa. Sob o tema “Acesso ao Medicamento: Novas Oportunidades”, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) em parceria com a AstraZeneca, convidam a que se faça uma reflexão sobre os modelos de acesso aos medicamentos hospitalares a nível nacional e europeu.

Em complemento à discussão, será também realizada a apresentação pública dos resultados da segunda edição do “Índex Nacional de Acesso ao Medicamento Hospitalar”, estudo que tem como objetivos quantificar e monitorizar o nível de acesso ao medicamento hospitalar e analisar os correspondentes modelos de gestão, mecanismos de criação de evidência e de medição de resultados; identificar as barreiras e/ou problemas associados à equidade de acesso, gestão e dispensa do medicamento nas unidades hospitalares do SNS e promover o benchmarking e o desenvolvimento de ações conjuntas e concertadas de melhoria contínua. Este estudo promovido pela APAH, tem a coordenação científica da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e o apoio da Ordem dos Farmacêuticos.

À semelhança das edições anteriores, o Fórum do Medicamento terá novamente um formato híbrido, cuja participação presencial está sujeita a uma inscrição prévia com limite de lotação. Mais informações aqui

 

Investigação Universidade de Coimbra
Um estudo desenvolvido no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) revela que a...

Coordenado por Luís Pereira de Almeida, docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) e investigador principal do CNC-UC, e por Ana Ferreira, do CNC-UC, este trabalho já se encontra publicado na revista científica Neuropathology and Applied Neurobiology.

A doença de Machado-Joseph, também conhecida como ataxia espinocerebelosa do tipo 3, é uma doença neurodegenerativa hereditária sem cura, causada por uma alteração num gene. Essa alteração origina uma forma mutada da proteína ataxina-3 que tende a acumular em forma de agregados no cérebro, conduzindo também a disfunção e morte neuronal. A doença provoca problemas na marcha, no equilíbrio, na fala, na deglutição, nos movimentos oculares e ainda no sono.

A carbamazepina é um fármaco aprovado para outras indicações patológicas, incluindo a epilepsia, e, por isso, pode ser rapidamente reutilizado para tratar outras doenças, o que acaba por ser vantajoso. Com o objetivo de encontrar novas terapias farmacológicas para tratar a doença de Machado-Joseph, os investigadores testaram o potencial deste medicamento como promotor da autofagia (mecanismo de eliminação de proteínas anormais), através de modelos in vitro e in vivo da doença.

A equipa decidiu testar este fármaco depois de ter percebido, «numa investigação anterior, que a via da autofagia está desregulada na doença de Machado-Joseph, o que significa que a proteína mutante não é eliminada eficazmente. Por outro lado, observámos que a estimulação da autofagia, por uma estratégia de terapia génica, promoveu neuroproteção em modelos da doença», explica Ana Ferreira, a primeira autora do artigo científico.

Nas experiências realizadas com ratinhos, «após a administração da carbamazepina, num regime de tratamento específico, percebemos que o fármaco foi capaz de aumentar a autofagia e promover a degradação da proteína mutante. Além disso, o tratamento reduziu os défices motores e a neuropatologia nos modelos animais de doença», destaca a investigadora do CNC.

Além de Luís Pereira de Almeida e Ana Ferreira, participaram no estudo Sara Carmo-Silva, José Miguel Codêsso, Patrick Silva e Clévio Nóbrega, também investigadores do CNC, e Alberto Martinez e Marcondes França Jr., do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Brasil).

Ao demonstrar que o fármaco carbamazepina pode ser útil para tratar a doença de Machado-Joseph, e possivelmente outras doenças semelhantes, este estudo representa «um passo em frente na procura por um tratamento eficaz para esta doença neurodegenerativa, apesar de estar longe de ser uma cura», concluem os autores do estudo.

Dia Mundial do Não Fumador
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o tabaco é uma das maiores ameaças de saúde pública e

O AVC continua a ser a primeira causa de morte e incapacidade em Portugal, sendo que 90% dos AVC estão associados a fatores de risco modificáveis, como o tabagismo. O consumo de tabaco está relacionado com a ocorrência de um em cada dez AVCs. Fumar está ainda associado ao aumento do colesterol LDL e do risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2, bem como ao aumento da pressão arterial, sendo todos estes fatores de risco para AVC. Diversos estudos mostram também que fumar está associado a risco de progressão mais acelerada da aterosclerose das artérias carótidas e que este risco também existe nos fumadores passivos.

Para além da sua associação com doença cerebrovascular, fumar tem efeitos prejudiciais em quase todos os órgãos, sendo um conhecido fator de risco para doenças cardiovasculares, cancro e doenças respiratórias crónicas. Para além destas, pode associar-se a problemas de fertilidade e complicações na gravidez, entre muitos outros.

Não existe um nível de exposição seguro ao tabaco. Os efeitos prejudiciais do tabaco estão presentes mesmo para quem fuma menos de 5 cigarros por dia e para os fumadores passivos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que metade das crianças sejam vítimas de tabagismo passivo e que cerca de 65 000 crianças morram por ano vítimas de doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. O tabagismo passivo pode, inclusivamente, aumentar o risco de síndrome de morte súbita do lactente.

Todas as formas de consumo de tabaco são nocivas. Recentemente, tem havido um crescente aumento do consumo de outras formas de tabaco, nomeadamente de Produtos de Tabaco Aquecido (“heat-not-burn technology”). Estes utilizam dispositivos que aquecem o tabaco, produzindo aerossóis que contêm nicotina e químicos tóxicos. Até à data não existe evidência de que sejam menos prejudiciais do que os cigarros convencionais, tanto para os fumadores ativos como passivos.

Parar de fumar antes dos 40 anos reduz os riscos para a saúde em mais de 90%, mas deixar de fumar tem benefícios em qualquer idade. Concretamente, o risco de AVC reduz progressivamente nos anos seguintes a parar de fumar. Parar de fumar tem benefício mesmo para quem já tenha sofrido de doenças relacionadas com o tabaco. A ajuda de profissionais de saúde duplica a probabilidade de sucesso na cessação tabágica e existem hoje diversas estratégias possíveis, desde terapias farmacológicas a psicoterapia.

O tabaco mata praticamente metade dos seus consumidores. Não seja mais uma vítima dele.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Lei do tabaco eficaz na redução do consumo
Os confinamentos foram uma oportunidade para os portugueses quebrarem rotinas, levando até a que muitos fumadores (34,9%)...

Cada vez menos portugueses fumam: apenas 14,5% dos inquiridos revela fumar, com 20,9% a indicarem serem ex-fumadores. Estes números confirmam a tendência verificada pelo Instituto Nacional de Estatística, que em 2019 registava uma redução de 3 pontos percentuais da população fumadora, de 20% em 2014, para 17% em 2019.

Apesar de muitos fumadores terem abandonado o vício durante os confinamentos, para 25,5% o aumento da ansiedade provocada pela pandemia e as condições proporcionadas pelo home-office provocaram uma subida no consumo de tabaco. Apenas 7,5% indica ter passado a fumar com menor frequência.

No entanto, as crescentes restrições ao consumo de tabaco em locais públicos revelam-se um obstáculo eficaz aos fumadores, já que 58,3% admite fumar menos devido à lei do tabaco.

As iniciativas e campanhas de sensibilização para os malefícios do tabaco também dão frutos: 82,4% dos fumadores já tentou deixar de fumar e 50% admite querer abandonar o vício nos próximos meses, sendo a saúde o principal motivo (72%) apontado para esta tomada de decisão, com 17% a referir os custos monetários do tabaco.

Portugueses recorrem a ajuda especializada para largar o tabaco

Dados deste estudo indicam ainda que 31% admite recorrer a consultas médicas e a terapias alternativas para abandonar o vício, já que o aumento da ansiedade e o stress são um dos principais receios de quem quer deixar de fumar.

“Ao longo dos últimos anos, temos reparado numa tendência crescente na procura de terapias alternativas como resposta a diversas situações, nomeadamente no combate ao tabagismo”, explica Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, revelando que 2021 registou uma subida de 37% na procura de especialistas em hipnoterapia e medicinas alternativas, face a 2020.

“Ainda que neste momento seja um mercado relativamente pequeno, acreditamos que nos próximos anos, à semelhança do que já acontece noutros países da Europa, as medicinas alternativas conquistem o seu espaço e passem a ser encaradas como uma opção viável para a prevenção da saúde e do bem-estar”, conclui Alice Nunes.

A mesma fonte avança que as consultas de medicinas alternativas e hipnoterapia têm atualmente um preço médio de 49€ por consulta, uma subida face aos 35€ praticados em 2020.

 

Estudo
Que o diagnóstico de um cancro da mama tem impacto negativo na vida de quem o recebe e rodeia, não é grande novidade. Mas um...

Os resultados completos vão ser apresentados hoje, num evento que se realiza entre as 10h30 e as 12h30, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde se vai ainda fazer uma análise e comentário aos dados, assim como ter oportunidade de ouvir novamente a música “Voltei”, um tributo de Gisela João à LPCC e a quem enfrenta ou já enfrentou esta doença.

O estudo revela também que o diagnóstico de cancro da mama levou 41% a recorrerem a ajuda profissional ao nível da saúde mental, metade dos quais com diagnóstico de depressão ou outra perturbação mental. Revela ainda que 21,1% dos inquiridos adiaram ou abandonaram o “sonho de ter filhos” e que apenas 15% das mulheres optaram por realizar preservação da fertilidade.

 

Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica assinala-se a 17 de novembro
O Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), é este ano assinalado em Coimbra com uma conferência e exposição...

Considerada uma das doenças respiratórias mais subdiagnosticadas, sabe-se que a DPOC que afeta cerca de 14% dos portugueses com mais de 40 anos. Atualmente mais de 80% dos doentes com DPOC são fumadores, pelo que a sua sintomatologia acaba por ser desvalorizada por doentes e médicos. A tosse, a expetoração e a fadiga são queixas que as pessoas associam ao hábito tabágico.

A responsável da RESPIRA, também ela com DPOC, alerta para a necessidade de não se desvalorizarem determinados sintomas: “Há quem esteja anos a queixar-se de tosse e de cansaço sem ter acesso a uma espirometria. Note-se que um diagnóstico precoce permite que o doente possa iniciar o tratamento adequado o quanto antes, de modo a que o impacto nas tarefas do dia-a-dia seja minimizado.”

José Alves, Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, acrescenta ainda que na altura em que os doentes manifestam os primeiros sintomas (falta de ar, tosse ou expetoração), a doença já está avançada. “As pessoas são doentes ainda antes de terem sintomas, porque estes só se manifestam quando há uma perda da função respiratória em cerca de 40 por cento”, explica.

Por se tratar de uma doença com um forte carácter evolutivo, com tendência para o agravamento dos sintomas, os profissionais de saúde chamam a atenção para o impacto que a pandemia teve no diagnóstico e o tratamento de doentes. Para Carlos Robalo Cordeiro “não só é preocupante perceber que houve uma diminuição de cerca de 15% de novos diagnósticos de doentes com DPOC, como constatar que se realizaram menos 30% de atos complementares de diagnóstico. É importante recuperar estes doentes que ficaram sem acesso aos cuidados de saúde, de modo a evitar o agravamento de uma doença que necessita de ser vigiada e controlada”.

Organizado pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e pela Associação de Estudos Respiratórios, o encontro conta ainda com a Inauguração da exposição comemorativa dos 50 anos do Serviço de Pneumologia, no átrio dos HUC- CHUC e com a Apresentação do livro de Homenagem ao Prof. Doutor António José de Amorim Robalo Cordeiro, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia que desta forma homenageia o médico, docente, investigador e uma das mais notáveis referências na medicina em Coimbra, a nível nacional e Internacional. António José de Amorim Robalo Cordeiro foi Diretor do Serviço de Pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, diretor do Centro de Pneumologia da Faculdade De Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), tomando a iniciativa da criação do Centro de Imunologia na mesma instituição.

Projeto “Desprende-Te” identifica condicionantes à inclusão social de pessoas com deficiência
A Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) acaba de apresentar os resultados do estudo «Desprende-Te!», uma investigação...

“Neste momento, já conseguimos analisar alguns dados que dão resposta à nossa pergunta de partida: «O que condiciona negativamente a inclusão social de pessoas com deficiência?». Com este estudo podemos refletir sobre as acessibilidades existentes a nível nacional e podemos concluir que, neste momento, a maioria das pessoas com deficiência ou algum tipo de incapacidade sente que as acessibilidades que existem atualmente não dão resposta às suas verdadeiras necessidades”, explica Joaquim Brites, presidente da APN.

E acrescenta: “Um fator que nos preocupa é que mais de 40 por cento dos inquiridos, mediante a sua experiência pessoal, não sentem recetividade por parte das empresas para a contratação de pessoas com deficiência e incapacidade. Outro aspeto que merece a nossa maior atenção é o facto de mais de 50 por cento referir que a sua entidade patronal não está devidamente adaptada às suas necessidades”.

Segundo o estudo é possível aferir que 56.1 por cento dos inquiridos não consideram acessível o acesso à informação sobre os seus direitos; e 60.1 por cento avançam que as respostas sociais existentes não se adequam às diferentes fases da sua vida ou evolução da doença, sendo que a maioria considera existir uma menor proteção social na área dos apoios financeiros.

No que diz respeito às acessibilidades nos transportes públicos, 70.3 por cento dos inquiridos consideram que é o local onde existe uma grande dificuldade de acesso, sendo que 50.7 por cento já apresentaram alguma reclamação ou sugestão para a sua melhoria, e na sua maioria não foram verificadas quaisquer alterações.

No respeitante aos estacionamentos para pessoas com mobilidade reduzida, 84.5 por cento dos inquiridos consideram que estes não são devidamente utilizados. A preocupação com as questões das acessibilidades condiciona a participação social, como por exemplo férias, espaços de cultura e lazer, de cerca de 64.9 por cento dos inquiridos.

Quando questionados sobre as acessibilidades existentes, 75 por centos dos inquiridos refere que estas não dão resposta às suas reais necessidades.

O estudo «“Desprende-Te!”», uma investigação na área da inclusão, contou com o apoio do Programa de Financiamento a Projetos do INR, I.P. de 2021. Este projeto visa conhecer e identificar os principais fatores condicionantes à inclusão de pessoas com deficiência e incapacidade, definindo posteriormente as áreas prioritárias de intervenção para a mitigação destes fatores.

 

Doença afeta cerca de 800 mil portugueses
“Os dados de que dispomos apontam para uma prevalência de DPOC nos indivíduos com idade superior a 40 anos, em Portugal, de...

Apesar de ser uma das principais causas de morte em Portugal – de acordo com o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias a DPOC foi responsável, em 2016, por 2791 óbitos, 20,7% das mortes registadas por doença respiratória – os portugueses desconhecem o que é esta doença, os seus sintomas e principais causas. “A DPOC é ainda uma doença pouco conhecida porque os sintomas que a caraterizam, como a tosse e a expetoração são, muitas vezes, atribuídas ao ato de fumar, sendo vistos como normais. O cansaço para esforços e a dificuldade respiratória, outros sintomas frequentes desta doença, são relacionados, pelos doentes, com a idade, peso excessivo ou patologia cardíaca, atrasando o diagnóstico”, reforçam os médicos pneumologistas.

João Munhá e Catarina Pissara esclarecem que “DPOC é um termo utilizado para designar uma condição crónica que engloba doença dos brônquios e do tecido pulmonar, caracterizada por dificuldade respiratória e cansaço de agravamento progressivo ao longo de anos, acompanhados de tosse e expetoração frequentes. Estas queixas podem ter episódios de agudização, designados como exacerbações, durante os quais há um agravamento anormal das queixas habituais, os quais podem ser desencadeados por infeções respiratórias ou outros fatores tais como fumos, poeiras e poluição. Estas exacerbações podem acarretar um risco de vida semelhante ao do enfarte do miocárdio, pelo que o seu reconhecimento é fundamental. Têm um impacto negativo na doença, não só pelo risco associado ao episódio, mas também por que a recuperação muitas vezes não é total e após cada episódio a condição crónica vai ficando pior”.

O fumo de tabaco é a principal causa de DPOC, sendo a cessação tabágica a medida mais eficaz para evitar o aparecimento desta doença. “Os fumadores inalam mais de 4000 compostos, muitos deles cancerígenos, que ao entrar em contacto com os pulmões desencadeiam uma inflamação que está na base do desenvolvimento da doença”, afirmam os especialistas. No entanto, a inalação de fumos e partículas também é um importante fator de risco para o aparecimento da doença. O seu diagnóstico é feito através de um exame – espirometria – que avalia a função respiratória, medindo a quantidade e fluxo de ar que entra e sai dos pulmões.

Lutando, precisamente, contra a falta de conhecimento da população em geral sobre a DPOC, os seus fatores risco e principais sintomas, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, relança a campanha “DPO… quê?”.

 

 

Opinião
O mundo lusófono congrega uma população total aproximada de 264 milhões de pessoas e sete mil optome

Acresce a esta situação o contexto próprio muito específico da saúde pública da visão de cada um dos países lusófonos, com desafios enormes e extremamente variados. Se em alguns países o acesso aos cuidados para a saúde da visão é muito limitado, noutros o envelhecimento da população coloca pressão crescente sobre o sistema de saúde. Como enfrentar tão diversos e significativos desafios? Não há uma resposta definitiva a estas questão. Mas não nos enganaremos muito se assumirmos que será necessário enfrentar estes desafios em conjunto.

Há algo que partilhamos e que nos une, a nossa língua nativa e a vontade de dialogar e entre ajudar. Foi esta visão comum aos nossos países, foi esta empatia entre optometristas, foi esta a lógica que reuniu Angola, Brasil, Moçambique, Portugal e Timor-Leste na XVIIª Edição das Conferências Abertas de Optometria, uma organização da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) e que contou com mais de 1.100 participantes.

Após análise, debate e discussão entre representantes e as associações representantes dos Optometristas de cada um destes países, foi criado o Conselho Lusófono de Optometria com a participação de Associação de Optometristas Angolanos, Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria, Associação Moçambicana de Optometria e Representantes de Timor-Leste.

Este Conselho tem como atribuições a defesa da saúde pública, a saúde da visão e o direito dos utentes a cuidados para a saúde da visão, com segurança e qualidade, a promoção de mais e melhores cuidados para a saúde da visão, a defesa do acesso a cuidados para a saúde da visão de proximidade e na comunidade, com qualidade e atempadamente, e ainda, a promoção do desenvolvimento da prevenção visual, colaborando com os organismos oficiais e autoridades internacionais da área da saúde. O momento não poderia ser mais oportuno, dado que, recentemente a Assembleia-Geral da Organização Mundial de Saúde aprovou dois objetivos para 2030. O aumento em 40% da cobertura dos cuidados para o erro refrativo e o aumento em 30% da cobertura da cirurgia à catarata. Nos países onde for possível, atingir a cobertura total.

Nas celebrações da APLO no passado 23 de março, Dia Mundial da Optometria, Sílvio Mariotti, Médico Oficial da OMS, teve a oportunidade de explicar o esforço que estes objetivos implicam para cada país, para os seus ministérios da saúde, para as suas políticas de saúde e para os seus sistemas de saúde e recursos humanos. Apelou, de forma clara e objetiva, à sinergia de todos os intervenientes relevantes, incluindo os Optometristas.

O Conselho Lusófono de Optometria é, indiscutivelmente, mais um importante contributo para dar maior relevância à necessidade dos cuidados para a saúde da visão e da Optometria na lusofonia.

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