Lei do tabaco eficaz na redução do consumo

Quase 35% dos fumadores deixaram de fumar durante os confinamentos

Os confinamentos foram uma oportunidade para os portugueses quebrarem rotinas, levando até a que muitos fumadores (34,9%) tenham deixado de fumar, revela um estudo da aplicação Fixando, que liga clientes a especialistas, realizado entre 5 e 15 de novembro, junto de 6.530 utilizadores.

Cada vez menos portugueses fumam: apenas 14,5% dos inquiridos revela fumar, com 20,9% a indicarem serem ex-fumadores. Estes números confirmam a tendência verificada pelo Instituto Nacional de Estatística, que em 2019 registava uma redução de 3 pontos percentuais da população fumadora, de 20% em 2014, para 17% em 2019.

Apesar de muitos fumadores terem abandonado o vício durante os confinamentos, para 25,5% o aumento da ansiedade provocada pela pandemia e as condições proporcionadas pelo home-office provocaram uma subida no consumo de tabaco. Apenas 7,5% indica ter passado a fumar com menor frequência.

No entanto, as crescentes restrições ao consumo de tabaco em locais públicos revelam-se um obstáculo eficaz aos fumadores, já que 58,3% admite fumar menos devido à lei do tabaco.

As iniciativas e campanhas de sensibilização para os malefícios do tabaco também dão frutos: 82,4% dos fumadores já tentou deixar de fumar e 50% admite querer abandonar o vício nos próximos meses, sendo a saúde o principal motivo (72%) apontado para esta tomada de decisão, com 17% a referir os custos monetários do tabaco.

Portugueses recorrem a ajuda especializada para largar o tabaco

Dados deste estudo indicam ainda que 31% admite recorrer a consultas médicas e a terapias alternativas para abandonar o vício, já que o aumento da ansiedade e o stress são um dos principais receios de quem quer deixar de fumar.

“Ao longo dos últimos anos, temos reparado numa tendência crescente na procura de terapias alternativas como resposta a diversas situações, nomeadamente no combate ao tabagismo”, explica Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, revelando que 2021 registou uma subida de 37% na procura de especialistas em hipnoterapia e medicinas alternativas, face a 2020.

“Ainda que neste momento seja um mercado relativamente pequeno, acreditamos que nos próximos anos, à semelhança do que já acontece noutros países da Europa, as medicinas alternativas conquistem o seu espaço e passem a ser encaradas como uma opção viável para a prevenção da saúde e do bem-estar”, conclui Alice Nunes.

A mesma fonte avança que as consultas de medicinas alternativas e hipnoterapia têm atualmente um preço médio de 49€ por consulta, uma subida face aos 35€ praticados em 2020.

 

Fonte: 
Press Media
Nota: 
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