Nova variante pode escapar às vacinas
A empresa farmacêutica Moderna afirmou, esta sexta-feira, que planeia "avançar rapidamente" um impulsionador da...

Na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reuniu o seu painel consultivo de peritos para discutir a nova estirpe B.1.1.529, que designou oficialmente como variante de preocupação e à qual atribuiu o nome de Ómicron. Segundo a OMS, a estirpe tem "um grande número" de mutações, e "evidências preliminares sugerem um risco acrescido de reinfeção com esta variante, em comparação com outras variantes de preocupação".

Stéphane Bancel, chefe executivo da Moderna, comentou que "as mutações na variante Omicron são preocupantes e, há vários dias, temos vindo a avançar o mais rapidamente possível para levar a cabo a nossa estratégia para abordar esta variante". A empresa disse que mostrou que pode avançar com testes clínicos para reforços específicos para a nova variante, dentro de 60 a 90 dias, sublinhando que já o havia feito com as estirpes Beta e Delta.

Entretanto, se a dose de reforço autorizada de 50μg da sua vacina Covid-19 - a Spikevax (mRNA-1273) - se revelar insuficiente para reforçar a imunidade em relação à Omicron, a empresa diz que a sua estratégia inclui duas outras linhas possíveis de defesa. A primeira envolve uma dose mais forte de Spikevax. Moderna concluiu recentemente a dose de 306 adultos saudáveis num estudo que avalia uma injeção de 100μg de Spikevax.

A empresa também está a estudar dois candidatos a reforço que diz terem sido projetados para antecipar mutações como as que surgiram na variante Omicron. O primeiro candidato, chamado mRNA-1273.211, inclui várias mutações vistas no Omicron que também estavam presentes na variante Beta. O segundo, apelidado de mRNA-1273.213, também inclui muitas das mutações em Omicron que estiveram presentes em Beta e Delta. Ambos os candidatos a impulsionador multivalente também serão testados para ver como resistem à nova variante, com Bancel a notar que os dados são esperados "nas próximas semanas".

Várias outras empresas com vacinas ou terapêuticas contra a Covid-19, incluindo a AstraZeneca, a Johnson & Johnson e a Novavax, disseram que também estão a trabalhar para enfrentar a nova variante. A Pfizer e a BioNTech indicaram sexta-feira que esperam dados laboratoriais nas próximas duas semanas sobre se a sua vacina Comirnaty terá de ser reformulada em resposta à Omicron. A BioNTech referiu que foram implementados planos "há meses para poder adaptar [a nossa] vacina mRNA dentro de seis semanas e enviar lotes iniciais no prazo de 100 dias em caso de uma variante de fuga".

 

Tratamento de PHDA e PEA
Uma equipa multidisciplinar de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) vai realizar o primeiro ensaio clínico em Portugal...

Esta nova abordagem de tratamento foi desenvolvida no âmbito do projeto europeu STIPED, que envolve a colaboração científica entre 10 universidades, clínicas e empresas de toda a Europa, incluindo a UC, e baseia-se em métodos de estimulação cerebral inovadores, eficazes, seguros e fáceis de realizar, «através da estimulação transcraniana por corrente contínua (em inglês, tDCS), uma técnica não invasiva que fornece ao cérebro correntes diretas de baixa amplitude em regiões do cérebro que se pensa estarem comprometidas naquelas perturbações», explica Miguel Castelo-Branco, coordenador da equipa portuguesa e professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

Com um financiamento global de seis milhões de euros, verba atribuída pelo programa de investigação e inovação Horizonte 2020 da União Europeia, o projeto teve uma primeira fase de investigação em ambientes clínicos e académicos e foi recentemente aprovado pelas entidades reguladoras em vários países europeus para ser testado como dispositivo médico em casa.

Em Portugal, antes de iniciar este primeiro ensaio a partir de casa, a equipa de Miguel Castelo-Branco realizou vários estudos e três ensaios clínicos em laboratório, no Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do ICNAS, e em ambiente hospitalar, envolvendo cerca de uma centena de crianças e adolescentes saudáveis e com PHDA e PEA.

Após a conclusão do primeiro teste clínico com o novo dispositivo biomédico, os cientistas da UC pretendem realizar novos ensaios, estando, por isso, recetivos ao contacto de famílias

e potenciais voluntários. Os interessados em participar no projeto STIPED podem inscrever-se através da página: https://voluntarios.cibit.uc.pt/stiped/.

O projeto STIPED, que junta médicos, psicólogos, matemáticos, engenheiros e especialistas em bioética, tem como grande objetivo encontrar alternativas para substituir «as opções terapêuticas tradicionais, baseadas em medicação, que no caso do autismo são meramente sintomáticas e com efeitos secundários frequentemente severos», salienta Miguel Castelo-Branco.

Trata-se de um conceito completamente novo de terapia para perturbações neuropsiquiátricas crónicas em pediatria, que aposta no «tratamento personalizado, no uso de um dispositivo biomédico de tratamento domiciliário (uma touca de elétrodos) e num serviço de telemedicina que permite o controlo remoto da segurança, das configurações de estimulação e a monitorização contínua dos sintomas clínicos», enfatiza o consórcio do projeto.

Mais informação sobre o projeto está disponível em: https://www.stiped.eu/ e um vídeo explicativo em: https://youtu.be/XGJppOwLgfY.

 

 

Impacto da Incontinência Urinária
Embora as alterações de marcha ou equilíbrio sejam consideradas as principais causas de incapacidade
Incontinência urinária na Esclerose Múltipla

“A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica na qual o sistema imunitário do doente provoca a destruição da camada de mielina (daí o termo doença desmielinizante) que reveste as fibras do sistema nervoso central e que é essencial para a condução nervosa normal”, começa por explicar Ricardo Pereira e Silva, médico urologista do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Segundo o especialista, a doença “pode afetar o cérebro e a medula espinhal em graus e localizações muito variáveis, com manifestações clínicas distintas, existindo diferentes tipos de EM de acordo com a evolução clínica”. Embora possa afetar pessoas de qualquer idade, o seu diagnóstico é mais frequente entre os 20 e os 40 anos.

Resultando da uma interação “entre múltiplos fatores ambientais e genéticos”, existem outros fatores como a obesidade, tabagismo, deficiência de vitamina D ou infeção pelo Virus Epstein-Barr que parecem contribuir para o seu desenvolvimento.

Quanto à complicações associadas, Ricardo Pereira e Silva, sublinha que embora as “sequelas motoras ou alterações do equilíbrio e da marcha” sejam as principais causas de incapacidade nestes doentes, outras há que embora sejam menos “visíveis” causam um grande impacto na qualidade de vida. “Outros sintomas possíveis são, nomeadamente, incontinência urinária, disartria (perturbação da fala), disfunção sexual ou alterações a nível psicológico/psiquiátrico (nomeadamente depressão)”, enumera.

Destas, há que prestar especial atenção às disfunções do aparelho urinário. É que “mesmo perante um cenário de incapacidade significativa gerada pelos sintomas já referidos, a incontinência urinária tem uma carga emocional e psicológica intrínseca que não deve nunca ser negligenciada”. “Um doente incontinente tem uma forte probabilidade de evitar o contacto pessoal, social, profissional ou sexual devido à sua condição, agravando ainda mais o impacto da doença em diversas valências da sua vida”, explica o especialista em urologia.

Em Portugal, estima-se que até 80% dos doentes com Esclerose Múltipla pode “ter disfunção do aparelho urinário, incluindo incontinência”. Habitualmente, esta condição surge associada à bexiga hiperativa.

“A bexiga hiperativa é uma síndrome clínica que consiste na ocorrência de episódios de urgência miccional (vontade súbita e inadiável de urinar) que podem ou não ser acompanhados de incontinência urinária (que é o sintoma que consiste na perda involuntária de urina)”, distingue Ricardo Pereira e Silva. Entre os sinais a que devemos estar atentos, o especialista esclarece que “a necessidade de ir com muita frequência (por vezes de meia em meia hora) ao WC, com consequente interrupção das atividades, necessidade de planeamento prévio e, frequentemente, de procura antecipada de casas-de-banho ao chegar a qualquer lugar” são os que mais impactam a qualidade de vida destes doentes.

Para o seu tratamento existem duas classes de medicamentos disponíveis. “Quando o tratamento inicial e ineficaz, a injeção de toxina botulínica na bexiga ou a implantação de um neuromodulador de raízes sagradas são igualmente tratamentos passíveis de ser utilizados”, acrescenta o especialista.

“A neuromodulação de raízes sagradas consiste na implantação de um elétrodo junto às raízes nervosas da cavidade pélvica que é ligado a um gerador de estímulos (semelhante a um pacemaker cardíaco)” e tem como objetivo reduzir o número de idas à casa-de-banho, reduzir a sensação de urgência e da incontinência urinária “quando presente”, permitindo “a melhoria ou normalização do esvaziamento”.

Segundo o urologista, esta intervenção “é realizada sob anestesia local (em dois tempos, um primeiro para a colocação do elétrodo e um segundo para o gerador de estímulos) – o procedimento em si é relativamente rápido e, após a implantação do gerador definitivo, o dispositivo fica alojado na nádega, não exigindo cuidados específicos”.

Apesar de ter tratamento, Ricardo Pereira e Silva admite que o estigma associado à incontinência urinária “é ainda um grande obstáculo”. “Existem problemas e doenças sobre os quais as pessoas não gostam de falar, por se sentirem envergonhadas ou diminuídas. Surpreendentemente, os próprios médicos nem sempre questionam o suficiente também. É por isso que batalhamos diariamente pela consciencialização da sociedade para estas questões que devem ser adequadamente diagnosticadas e tratadas”, sublinha.

“O doente neurológico, porque muitas vezes tem limitações de outra índole, pode cair no erro de relegar este sintoma para um segundo plano, tentando simplesmente aceitá-lo, mesmo que a incontinência fira a sua dignidade e condicione gravemente a sua vida. No entanto, o ganho de qualidade de vida decorrente do tratamento adequado é muito grande e vale a pena envidar todos os esforços nesse sentido”, reforça apelando a que os doentes procurem ajuda.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Evento solidário surge em linha com do Mês de Prevenção do Cancro da Próstata
A Escola Superior de Enfermagem do Porto – ESEP (Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 4200-072, Porto) vai acolher um evento...

A iniciativa inserida no “Mês da Prevenção do Cancro da Próstata” vai decorrer esta terça-feira, dia 30 de novembro, pelas 15h00, e vai contar com a participação do futebolista Ricardo Quaresma.

O evento, da responsabilidade da ESEP Solidária, está inserido na iniciativa "Novembro Azul”, que alerta para a saúde masculina, nomeadamente para a prevenção do cancro da próstata. Durante a tarde desta terça-feira será feita uma recolha de donativos e venda de máscaras, cujas verbas vão reverter para apoiar a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

“A taxa de sucesso para a cura desta doença está diretamente relacionada com o diagnóstico precoce, pelo que iniciativas preventivas e que alertam para a vigilância ativa são fundamentais”, salienta Paulo Marques, enfermeiro e professor na Escola Superior de Enfermagem do Porto.

Recorde-se que, em 2020, foram registados mais de 6 mil novos casos de cancro da próstata. Estima-se que a doença – que representa a segunda causa de morte por cancro no homem – tenha uma incidência de 82 casos por 100 mil habitantes e uma mortalidade de 33 por 100 mil habitantes.

 

Dados DGS
Este fim de semana, foram administradas mais de 146 mil doses de vacinas contra a Covid-19 e aproximadamente 55.100 vacinas...

Durante o dia de sábado e até ao final da tarde de domingo foram, assim, administradas 201.100 doses de ambas as vacinas nos Centros de Vacinação. 

Portugal já administrou, até à data, mais de 1,1 milhões de doses de reforço da vacina contra a COVID-19 e perto de 1,9 milhões de vacinas contra a gripe. 

Estes resultados foram possíveis devido à aceleração da vacinação diária dos Centros de Vacinação, incluindo ao fim de semana. 

A Direção-Geral da Saúde recorda que a vacinação é a melhor forma de proteção contra a doença grave, internamentos e morte, reforçando o apelo para que as pessoas que ainda não estão vacinadas efetuem o agendamento em https://covid19.min-saude.pt/pedido-de-agendamento.

 

"a inteligência, em especial a das crianças, tem sido reduzida"
A 4ª edição do Tomorrow Summit, encontro internacional de tecnologia e inovação, organizado pela Federação Académica do Porto ...

De acordo com o especialista, a inteligência, em especial a das crianças, que em poucos anos de vida, passam a usar tablets, smartphones e notebooks, tem sido reduzida. “Se não agirmos desde já, será passado geneticamente para a próxima geração e assim por diante”.

Fabiano de Abreu explica ainda, que a internet proporciona um ambiente no qual o sistema de recompensa do cérebro é ativado constantemente. “Os mecanismos das redes sociais, estão intimamente relacionados à exploração da sensação de bem-estar causada pela liberação de dopamina”, detalha. "A dopamina é um neurotransmissor, liberado quando uma atividade agradável é realizada ou na expectativa desta atividade e conclusão dela, quando há consumo de alimentos que se gosta ou ainda, quando há o uso das redes sociais, por exemplo".

Esse sistema de recompensa, por sua vez, ativa a ansiedade. “A dopamina não é liberada só quando você tem a recompensa, mas também quando você imagina que a terá. Se você está ansioso por circunstâncias diversas, você mergulha em uma atmosfera negativa. Então, achar que você vai conquistar algo, já faz liberar dopamina”, explica. O problema é que a intensidade do alívio gerado pela dopamina é cada vez menor quanto há situações semelhantes, logo, não alcançar o nível de intensidade esperado causa ainda mais ansiedade, gerando um ciclo vicioso.

Esse looping é prejudicial, pois propicia a liberação do hormônio cortisol, que está relacionado ao sistema imunológico. “Além disso, esse ciclo de ansiedade acaba afetando o sistema emocional e a região responsável pela tomada de decisões no cérebro. Existe uma cultura de não absorção de conhecimento útil por conta das redes sociais e isso causa uma "atrofia" no córtex cerebral, pela não plasticidade eficiente. Desse modo, a capacidade de dominação de emoções é reduzida e transtornos ou doenças como a depressão podem surgir”, afirma o neurocientista.

Para combater este cenário, Fabiano de Abreu acredita que a neuroplasticidade cerebral é essencial. “Ela vai desde a alimentação, o exercício físico e sono regular, até processos de ginásticas cerebrais para estimular a região responsável pela tomada de decisões e domínio das emoções a se desenvolver melhor”.

 

 

Plataforma de estudantes pretende promover a melhoria da saúde mental
MyCare, uma plataforma de estudantes para promover a melhoria da saúde mental na fase de prevenção e tratamento, proposta por...

A sessão final da competição teve lugar este sábado, 27 de novembro, onde foram apresentados os 10 melhores projetos selecionados de entre os vencedores das 26 fases regionais que decorreram em outubro e novembro em outras tantas localidades europeias. Os finalistas, em 4 minutos, apresentaram o problema, a solução e o conceito de negócio na forma de apresentação oral (“pitch”) e responderam a questões colocadas pelo júri da fase final.

Avaliados todos os projetos, a solução MyCare foi a grande vencedora. Esta plataforma de estudantes pretende promover a melhoria da saúde mental na fase de prevenção e tratamento, promovendo a literacia e combatendo o isolamento através de uma solução integrada de promoção de atividades sociais e acesso facilitado a apoio especializado e a serviços de tratamento na área da saúde mental.

A equipa é constituída por Milena Alves (estudante de licenciatura da Faculdade de Economia da UC), Kevin Leandro (estudante de doutoramento da Faculdade de Farmácia da UC e a desenvolver trabalho de investigação no CNC), Jefferson Silva de Lima (estudante de doutoramento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC e a desenvolver trabalho de investigação no CISUC) e Susana Paixão (investigadora doutorada do Centro de investigação CEGOT, da Faculdade de Letras da UC, e docente no Instituto Politécnico de Coimbra – IPC).

Além do apoio no desenvolvimento do projeto e o prémio de 500 euros que já tinha ganho anteriormente, na fase regional – Coimbra Innovation Days –, a equipa vai receber apoio e mentoria de especialistas do EIT Health, por forma a desenvolver o conceito de negócio, e terá a oportunidade de se deslocar à EIT Health Summit, que decorrerá em maio de 2022, em Estocolmo (Suécia).

«É um orgulho para nós sabermos que uma equipa multidisciplinar da UC conseguiu, pela primeira vez, ganhar este prémio europeu numa área tão relevante. Numa altura em que se iniciaram as comemorações do centenário do nosso grande escritor José Saramago, recordo-me de uma das pequenas frases do Livro dos Conselhos que apareciam na contracapa dos seus livros: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”. A equipa de Coimbra analisou com atenção a realidade que nos rodeia, no que diz respeito à saúde mental, e reparou numa área específica que carecia de melhoria e na qual acharam que poderiam acrescentar valor», afirma Cláudia Cavadas, Vice-Reitora da UC para a investigação e doutoramentos.

«Aprofundaram o seu conhecimento sobre este problema, auscultando no terreno as partes interessadas, e propuseram uma solução que achamos bastante inovadora e original. É também muito importante saber que um júri europeu tenha reconhecido o mérito desta equipa e deste projeto, dando-lhes agora a oportunidade de crescer e amadurecer o conceito. O sucesso da equipa é naturalmente devido ao seu empenho e dedicação, mas também à qualidade da sua formação, à equipa de apoio desta iniciativa e ainda ao ambiente de partilha, multidisciplinaridade, investigação e inovação que a UC tem promovido junto de toda a sua academia», acrescenta a Vice-Reitora da UC.

Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado promove encontro internacional
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a organizar o Encontro Internacional de Cuidados Paliativos em...

“Aos dias de hoje, ainda falta fazer muita coisa no que respeita aos Cuidados Paliativos para doentes hepáticos. É preciso mudar mentalidades e formas de atuação em relação a estes doentes que, por serem doentes crónicos também precisam de Cuidados Paliativos. É esse o objetivo deste encontro e é, por essa razão, que temos um painel constituído por profissionais de saúde de ambas as áreas. Os hepatologistas devem incluir nas suas rotinas, quando se justifique, a referenciação para os Cuidados Paliativos e os paliativistas devem aceitar sem reservas os doentes hepáticos”, afirma José Presa, presidente da APEF.

E continua: “É de referir o grande envolvimento da Sociedade Brasileira de Hepatologia e da Associação Espanhola para o Estudo do Fígado, Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e do GesPal da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar na promoção deste encontro, com o intuito de reunir os profissionais das áreas envolvidas dos vários países, a fim de abordar as diferentes temáticas no que aos Cuidados Paliativos nas doenças do fígado diz respeito. É preciso desenvolver a relação entre ambas as áreas, em benefício dos doentes hepáticos. Com certeza, será um momento muito enriquecedor e profícuo”.

Programa e inscrições para o International Palliative Care Meeting in Liver Diseases em https://apef.com.pt/events/palliative-care-meeting-liver-diseases/.

As doenças hepáticas são as que causam inflamação ou lesão do fígado, afetando sua função essencial à nossa sobrevivência. As mais comuns são a cirrose hepática, o cancro do fígado, as hepatites e o fígado gordo. Na maior parte dos casos trata-se de situações resultantes de hábitos de vida pouco saudáveis - como alimentação inadequada, sedentarismo, consumo de álcool e drogas, entre outros -, pelo que podem ser prevenidas.

 

Investimento
O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira, dia 25 de novembro, o decreto-lei que estabelece as condições necessárias à...

Com esta iniciativa, o Governo prossegue a sua política de reforço das respostas de cuidados continuados, em articulação com o setor social.

O diploma define os meios e mecanismos de atribuição dos apoios financeiros previstos no PRR para a concretização de investimentos na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e na Rede Nacional de Cuidados Paliativos, conforme já contratualizado entre a Administração Central do Sistema de Saúde e a Estrutura de Missão ‘Recuperar Portugal’.

Assim, com a entrada em vigor do referido diploma, no dia seguinte ao da sua publicação, será possível iniciar a emissão dos regulamentos e demais instrumentos com vista à execução dos ditos investimentos pelas entidades promotoras de respostas nas referidas redes.

Com o objetivo de reforçar a área das Ciências da Saúde
A Universidade Europeia e o Grupo Lusíadas Saúde estabeleceram uma parceria com o objetivo comum de reforçar o ensino e a...

Esta é uma área estratégica para a Universidade Europeia que, nos próximos tempos, prevê um investimento significativo na área da Saúde em Portugal (tecnologia, inovação, capital humano e novos programas), permitindo a formação de profissionais qualificados para ir ao encontro das necessidades da própria sociedade portuguesa.

Esta aposta na área de Ciências da Saúde em Portugal advém de um conhecimento profundo que a Universidade Europeia tem adquirido nos últimos anos, a nível ibérico, através da abordagem One Health (Saúde Humana, Animal e Ambiental) e de um vasto portefólio de programas (Biomedicina, Veterinária, Medicina Dentária, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Nutrição, entre outros), assim como uma aprendizagem experiencial única e infraestruturas inovadoras, sendo disso exemplos o hospital simulado, um centro de formação clínica, investigação e inovação pedagógica que dispõe de tecnologia de ponta, ou o uso de realidade aumentada nas aulas.

“Os estudantes de Ciências da Saúde devem ter acesso a uma formação profissional e académica em ambiente especializado hospitalar, capaz de assegurar uma interligação entre a prática clínica e as atividades de ensino, formação e investigação. A parceria entre a nossa instituição e o Grupo Lusíadas Saúde permite concretizar este desiderato e diferenciar a nossa oferta educativa”, salienta a Reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira.

“A Lusíadas Saúde tem vindo a apostar consistentemente no ensino com o intuito de se tornar um centro de referência nacional e internacional em educação, formação, investigação e inovação clínica. Este Protocolo de Cooperação com a Universidade Europeia é mais uma materialização desse desígnio, através do desenvolvimento futuro de projetos à escala europeia”, acrescenta o CEO do Grupo Lusíadas Saúde, Vasco Antunes Pereira.

Outros objetivos desta parceria são o alargamento do número de profissionais qualificados que acedem a uma carreira universitária, a inclusão das atividades de ensino, docência e formação profissional pós-graduada, tendo em vista a valorização e melhoria contínua do desempenho profissional, e o incremento das atividades de investigação através da promoção de um crescente número de projetos de dimensão nacional e internacional.

A Lusíadas Saúde é um dos principais grupos privados de referência a atuar no setor da Saúde em Portugal, através de uma rede integrada de prestação de cuidados de saúde que incorpora unidades hospitalares e clínicas ambulatórias, entre os quais, o Hospital Lusíadas Lisboa, a Clínica de Stº. António, o Hospital

Lusíadas Porto, o Hospital Lusíadas Braga, o Hospital Lusíadas Albufeira, as Clínicas Lusíadas Gaia, Almada, Oriente, Faro, Fórum Algarve, e o Hospital de Cascais em regime de parceria público-privada. Estas unidades disponibilizam valências técnicas e tecnológicas, médicas e cirúrgicas, estando equipadas com as mais recentes inovações tecnológicas ao nível de equipamentos e das tecnologias e sistemas de informação, designadamente, equipamento de diagnóstico e tratamento e técnicas cirúrgicas de vanguarda, em instalações modernas e equipadas segundo os mais elevados padrões de qualidade, segurança, conforto, funcionalidade e certificação.

A Universidade Europeia prossegue, assim, a missão de formar profissionais preparados para dar resposta às exigências de um mundo cada vez mais global, desempenhando um papel ainda mais ativo e predominante no desenvolvimento das sociedades e na formação de cidadãos.

“Um PRR para a Diabetes – A Oportunidade é Agora”
São três os objetivos fundamentais do Plano de Reconstrução para a diabetes, divulgado pela iniciativa “Um PRR para a Diabetes ...

Face a um diagnóstico complexo e multifatorial da realidade da diabetes em Portugal, significativamente agravado pelo impacto da pandemia, a iniciativa “Um PRR para a Diabetes – A oportunidade é agora” defende a necessidade da existência de um exercício de ampla planificação estratégica que alavanque inovação estrutural nos modelos operacionais e uma resposta ao universo de desafios adjacentes à diabetes.

O plano anunciado esta sexta-feira aponta os três objetivos prioritários defendidos pelo Steering Committee e pela Task Force que integram o projeto “Um PRR para a Diabetes”:

Menos pessoas com diabetes: Prevenir, mitigar ou reverter a prevalência da diabetes, atuando na sua forte relação causal com fatores de risco bem identificados, como a obesidade, o sedentarismo e as condicionantes socioeconómicas. O sucesso passa pela estabilização da incidência da diabetes e obesidade até 2030, pela definição e análise contínua de indicadores de sinalização e controlo da pré-diabetes nos Cuidados de Saúde Primários, pela melhoria nos estilos de vida na população e pela implementação de uma Estratégia Local para Prevenção da Diabetes em 100% de ACES/Municípios até 2030;

Mais pessoas com acesso aos melhores cuidados: isto é, aumento do número de pessoas com diabetes com acompanhamento adequado nos Cuidados de Saúde Primários e o alcance de um conjunto de metas, entre as quais:  a definição e implementação de rácios adequados de cobertura de equipa multidisciplinar da patologia, 100% de Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes com Protocolo de Integração de Cuidados e 100% de cobertura nacional da Plataforma Digital Centralizada para a gestão do doente;

Melhores resultados em saúde: Pretende-se estimular a disseminação de boas práticas intra e inter níveis de cuidados, de forma a que, gradualmente, mais pessoas com diabetes possam beneficiar de modelos inovadores, geradores de melhores resultados em saúde e, idealmente, de mais eficiência na alocação de recursos. Para o fazer, o plano defende a criação e avaliação de métricas de qualidade de vida e experiência do doente, a redução dos valores reportados de carga de doença associada à diabetes em 25% até 2030, a criação de um repositório de boas práticas assistenciais e desenvolvimento de um Registo Nacional da Diabetes.

Para alcançar estes objetivos, o Steering Committee e a Task Force definiram seis áreas de intervenção e respetivas linhas de ação. São elas, Prevenção: um dos pilares fundamentais da proposta de intervenção, que deverá envolver todos os setores da sociedade através da promoção da literacia em saúde e do reforço de ferramentas de estratificação de risco e da resposta atempada e holística;

Educação: Capacitar o cidadão para o processamento de informação de saúde, envolvendo e formando pessoas com diabetes e pré-diabetes, cuidadores e equipas de saúde;

Capacidade resolutiva: Por muito eficaz que seja um diagnóstico de desafios e prioridades, é crucial garantir a capacidade de resposta atempada, proativa e eficaz às necessidades. Para o fazer, as linhas de ação apontadas são a inovação e o investimento na gestão de recursos humanos e a promoção de experiências de integração e multidisciplinaridade;

Governação e cooperação: Defendendo a ideia de que a diabetes deve ser encarada como doença social, a visão e aposta de reforço das intervenções praticadas em contexto comunitário ganham um lugar de destaque. Isto deve ser conseguido através da capacitação das Unidades de Cuidados na Comunidade, implementação plena do Plano Individual de Cuidados, parcerias multissetoriais na comunidade e intervenções comunitárias na modalidade de partilha de risco e responsabilidade;

Inovação digital: neste ponto, o plano identifica como linhas de ação a construção de um ecossistema sólido de SI (sistemas de informação) e partilha de dados, modalidades inovadoras de monitorização integrada do doente crónico e modelos protocolados de telegestão da pessoa com diabetes;

Modelo de financiamento: Os grupos de trabalho defendem uma reconfiguração para que este passe a assentar numa visão preventiva e de intervenção comunitária, através do desenvolvimento de um modelo de financiamento inovador, de visão populacional, que promova intervenções de cariz comunitário e a reformulação do conjunto de indicadores de desempenho associados à prevenção e gestão da diabetes.

Alexandre Lourenço, presidente da APAH espera “que esta iniciativa tenha um impacto significativo na forma como é gerida a diabetes em Portugal e que em 2030 o nosso país possa estar num outro patamar de prevenção proactiva, de acesso, de efetividade dos cuidados e de inovação nesta área. O setor da Saúde, por força da acumulação crónica de pontos de constrangimento e no rescaldo de uma sequência de meses de pressão organizacional sem precedentes, evidencia hoje argumentos em várias das suas dimensões que justificam um investimento setorial estratégico, como é o caso deste PRR para a diabetes”.

Esta ideia também é sublinhada por João Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e membro do steering committee. O especialista explica que “os desafios na área da diabetes são claros e cada vez mais prementes: precisamos de diminuir o impacto da doença em Portugal e melhorar o acesso aos cuidados. Temos de tratar de forma mais eficaz e universal e apostar fortemente na prevenção, mitigando e idealmente revertendo a prevalência da diabetes. Este desígnio depende fortemente de mais inovação e compromisso na Educação e Promoção da Saúde, devendo ter por base o princípio de “diabetes em todas as políticas” e o instinto promotor de sinergias entre o setor da saúde e os demais”.

Já Jorge Caria, Diretor Médico da Novo Nordisk Portugal, também membro do Steering Committee, considera que “este é um projeto ambicioso e inadiável. Portugal figura como um dos países da UE em que a prevalência da diabetes tipo 2 e os indicadores relacionados com os fatores de risco modificáveis que lhe estão associados, dos quais se destaca a obesidade - apresentam valores mais elevados. É imperativo assumir a inovação na gestão da diabetes tipo 2 como uma prioridade de saúde pública, actuando nas suas causas visando a redução da prevalência e da incidência, de forma a aliviar o peso que esta doença representa para o indivíduo, para o sistema de saúde e para a sociedade portuguesa”.

A iniciativa “Um PRR para a Diabetes – A Oportunidade é Agora” junta 20 especialistas com o objetivo de definir um plano de ação que venha alterar o paradigma da resposta aos desafios da diabetes em Portugal. O evento público de apresentação e discussão das soluções propostas realiza-se hoje, às 10h, via streaming e no Auditório do Jornal Público.

 

Medicina genómica terá grande impacto em doenças como o cancro, doenças neurodegenerativas ou metabólicas
Ter a funcionar uma rede de referência para a área da medicina genómica na região Centro do país, dentro de dois anos, é o...

A medicina genómica – personalizada e de precisão – é uma área emergente da medicina que, através de testes genéticos (análise de DNA), é capaz de detetar várias doenças, permitindo antecipar resultados em saúde, estabelecer políticas de prevenção e desenvolver ações e sistemas inovadores que facilitem o diagnóstico precoce e novos tratamentos e tipos de terapias. No futuro, a medicina genómica terá grande impacto em doenças como o cancro, doenças neurodegenerativas, doenças metabólicas, doenças respiratórias e doenças cardiovasculares, entre outras.

Com a duração de dois anos, o designado “Projeto de Capacitação da Região Centro para a Medicina Personalizada/de Precisão, de base genómica” envolve mais de uma dezena de centros de investigação da Universidade de Coimbra, da Universidade de Aveiro (UA) e da Universidade da Beira Interior (UBI), bem como vários hospitais e unidades de saúde da região Centro, e conta com o financiamento de 1,2 milhões de euros, atribuído no âmbito do Programa Operacional da Região Centro (PO Centro 2020).

A medicina genómica «está a emergir em diversas regiões do mundo, nomeadamente, nos países com maior desenvolvimento económico e social, como uma área de inovação do diagnóstico clínico e do planeamento terapêutico, com forte impacto na qualidade de vida, na redução dos custos da saúde, globalmente, na economia da saúde», contextualiza Fernando Regateiro, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e coordenador do consórcio.

Com a medicina baseada em testes genéticos, acrescenta, «os médicos e os doentes esperam, tratamentos mais precisos, com individualização da dose e dos efeitos, diagnósticos precoces de doença, pré-sintomáticos, e a identificação de suscetibilidade para uma determinada doença».

O projeto deste consórcio tem como principais eixos o mapeamento de disponibilidades existentes na região Centro na área da genómica, a definição e elaboração do Relatório de Estratégia Regional para o período 2023-2030, capacitação para a medicina genómica, transferência de conhecimento e disseminação do conhecimento junto dos profissionais de saúde e do público em geral e ações de natureza educativa.

Está já em curso o mapeamento aprofundado dos recursos atuais e a avaliação das necessidades, a médio e longo prazo, dos atores da região Centro que atuam ou tenham interesse na área da medicina genómica. Segundo o consórcio, «não existe um mapeamento específico e detalhado que identifique a capacidade tecnológica disponível, por exemplo, para o armazenamento de amostras biológicas humanas (biobancos) e para o processamento das mesmas, para a extração de DNA genómico de alta qualidade de vários tipos de amostras (sangue, saliva, biópsias sólidas, etc.) e para a implementação de procedimentos padronizados de controlo de qualidade do DNA».

No que respeita à capacitação técnica para a medicina genómica, isto é, preparar os diversos stakeholders para os desafios colocados por esta abordagem médica, as três universidades envolvidas no projeto vão realizar estudos laboratoriais de genómica nas áreas do cancro, diabetes e doença pulmonar obstrutiva crónica.

Na UC, a capacitação técnica vai focar-se na área do cancro, a segunda causa de morte a nível mundial e em Portugal. Na última década, salienta Fernando Regateiro, que irá coordenar o estudo, o tratamento do cancro «sofreu uma verdadeira revolução deixando de estar dependente apenas do diagnóstico histológico e estadio da doença, para ser individualizado de acordo com o perfil molecular do tumor, o perfil genético do paciente e a sua resposta imunológica. A descoberta de novos marcadores de prognóstico e preditivos da resposta terapêutica tem sido acompanhada pelo lançamento no mercado de um número crescente de fármacos-alvo, isto é, dirigidos a alterações genéticas tumorais específicas».

Por sua vez, a UA vai desenvolver um estudo em sequenciação de exomas de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), em particular na identificação de variantes genéticas associadas à resposta destes pacientes à reabilitação pulmonar (RP). Em Portugal, a DPOC atinge mais de 800 mil pessoas e a sua incidência na região Centro é aproximadamente de 13%.

Na UBI vão ser realizados estudos moleculares em doenças do metabolismo, com foco na identificação das formas monogénicas da diabetes (sequenciação de exomas), uma doença crónica que é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira, e a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos.

O consórcio prevê, ainda, desenvolver uma plataforma de transferência de tecnologia para apoio à criação de “startups”, com o objetivo de encontrar parceiros de negócio e potenciar a procura de investimento, bem como encontrar oportunidades de colaboração.

As instituições de saúde que integram o consórcio são: Centro Hospitalar de Leiria, Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Centro Hospitalar do Oeste, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, ULS da Guarda e ULS de Castelo Branco.

Colaboram ainda a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, através da Delegada Regional de Educação do Centro, a Associação Portuguesa de Imprensa e a Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia.

Entrevista
Apesar de ser um problema frequente, estima-se que mais de 80% daqueles que sofrem de anemia desconh

Estima-se que, em Portugal, cerca de 20% da população sofra de anemia. No entanto, considera-se que uma grande percentagem dos casos se encontra por diagnosticar. Deste modo, pergunto, por que motivo não se dá a devida atenção a este problema? Fala-se pouco sobre o tema?

Penso que sim. Talvez as pessoas estejam pouco alertadas para os sintomas. Talvez estejam centradas noutros problemas. Temos a pandemia a ocupar as nossas preocupações, os problemas do dia-a-dia, a economia… As pessoas podem facilmente atribuir o seu excesso de cansaço diário, a sua dificuldade em concentrar-se no trabalho, a fadiga exagerada, a todas essas coisas. Muitas vezes, demasiadas vezes, será anemia ou simplesmente deficiência de ferro a causar tudo isso. Bastaria estar atento e falar sobre esses sintomas ao seu médico.

Para ajudar a compreender a temática, peço que explique o que é a anemia, quais as causas associadas e que tipos de anemia existem? Quais os mais frequentes?

De forma direta e simplificada, a anemia consiste na diminuição da hemoglobina nos glóbulos vermelhos que entram na constituição do sangue. A hemoglobina é a molécula que, dentro dos glóbulos vermelhos, transporta o oxigénio para todas as células do nosso corpo. Sem esse oxigénio as células não podem respirar e produzir energia. É assim como uma espécie de pilha. Sem energia as células não conseguem realizar as suas funções. É por isso que quando temos anemia nos sentimos fracos, debilitados, cansados.

Existem vários tipos de anemia, desde as de causa hereditária às de causa renal, mas as mais frequentes ocorrem por perdas de sangue (devido a diversas doenças) e por carência de ferro na alimentação. Mais de metade das anemias ocorrem por deficiência de ferro.

De um modo geral, a que sintomas devemos estar atentos?

A anemia, na maior parte das vezes, instala-se de forma insidiosa. Primeiro pode começar por se traduzir por nos sentirmos com menos energia do que habitualmente, com menos concentração nas nossas tarefas, com cansaço fácil, dores de cabeça, depois a pele e as mucosas (lábios, por exemplo) começam a ficar pálidos e o cansaço agrava-se, instala-se fadiga muscular, sentimos tonturas e podem ocorrer desmaios.

Quais as principais complicações da anemia, quando não tratada?

Se a anemia não for tratada pode ocorrer fadiga extrema, insuficiência cardíaca, desmaios frequentes, angina de peito, a doença que está na origem da anemia agrava-se e sabemos que as pessoas com anemia estão sujeitas a maior tempo de internamento hospitalar, são mais vezes internadas nos cuidados intensivos após serem sujeitas a cirurgia e têm maior índice de mortalidade.

Podemos falar em grupos de risco?

Diria que sim. As mulheres, sobretudo as jovens entre os 18 e os 34 anos, as grávidas, os recém-nascidos e crianças, os doentes de cancro, as pessoas que sofrem de doença crónica e os idosos.

Como se trata a anemia?

Em primeiro lugar trata-se a doença que está a causar a anemia (excluindo os casos, menos frequentes, de a anemia ser hereditária). É frequente acontecer, por exemplo, uma mulher ter menstruações muito abundantes e nunca ter investigado a causa. Não valorizou. Por vezes até acha normal. Quando se investiga a causa descobre-se, por exemplo, que sofre de pólipos uterinos. Tratam-se os pólipos, trata-se a anemia e o

problema fica resolvido. Outras vezes são pessoas que sofrem de doença colo-rectal ou têm doença renal na base da sua situação de anemia. Os tratamentos são por isso muito diferentes e direcionados para a doença de base. A anemia, nessas situações, é a consequência e não a causa, mas nem por isso carece de grande atenção e de tratamento adequado. Muitas vezes o tratamento da causa é cirúrgico. Este aspeto é muito importante, pois sabe-se que, na União Europeia, 20 a 40% das cirurgias major são efetuadas em doentes com anemia não corrigida. Este facto sujeita os doentes ao risco demasiadamente elevado de terem que ser transfundidos. Por esta razão se começa agora a falar (embora demasiado tardiamente) de Patient Blood Management ou simplesmente PBM. Este é um conceito emergente, a que o Estado português na sequência de uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde de 2010, tem que dar resposta e a que devemos começar a dar mais atenção e que está intimamente ligado à anemia.

É possível prevenir o seu desenvolvimento?

É possível e desejável prevenir a anemia, estando atento aos sinais de alerta, procurando o seu médico, fazendo uma alimentação equilibrada. Num país (com toda a razão) orgulhoso da sua dieta mediterrânica, rica em ferro e em outros nutrientes essenciais, talvez façamos uma dieta pouco mediterrânica e pobre nesses nutrientes.

Qual o impacto socioeconómico da anemia no nosso país? Dispõe de dados sobre esta matéria?

Não disponho de dados sobre o impacto económico da anemia em Portugal, tendo que ser avaliados os dias de absentismo, a baixa produtividade dos doentes com anemia que estão a trabalhar e que não estão a ser tratados, os custos com as complicações da doença de base agravadas pela anemia, o maior número de dias de internamento, o custo do maior número de eventos adversos em internamento hospitalar associados à anemia, o custo com mais dias de internamento em Unidades de Cuidados Intensivos, etc. Disponho, contudo, de uma estimativa levada a cabo por uma parceria do Anemia Working Group Portugal com a EXIGO Consultores, em 2017, a qual avaliou o ganho da implementação de PBM (referido atrás) em Portugal durante um ano. Seriam reduzidas em 51,2% as transfusões, evitadas 594 mortes prematuras, reduzidos 10,3% os internamentos hospitalares e obtido um benefício económico global de 67,7 milhões de euros.

Qual a importância da criação de uma estratégia nacional para prevenir e tratar a anemia?

A importância da criação de uma estratégia nacional pode ser aferida pela publicação recente da resolução nº 269/2021 da Assembleia da República que aprovou, no passado dia 8 de outubro, a recomendação para que o Governo crie essa estratégia nacional e que institua o Dia Nacional da Anemia no dia 26 de novembro. Estes são objetivos que o Anemia Working Group Portugal persegue há vários anos e esta estratégia nacional poderá finalmente dar resposta a este problema de Saúde Pública que consiste em ter uma prevalência de 20% de anemia na população adulta portuguesa.

No âmbito deste tema, que mensagem gostaria de deixar?

Gostaria de deixar 3 mensagens: a primeira é que a anemia tem uma prevalência elevada na população portuguesa adulta (nas crianças e adolescentes ainda estamos por saber exatamente). Um cada cinco portugueses adultos sofre de anemia, 84% dos doentes anémicos desconhecem que o são e apenas 2,8% estão a ser tratados. A segunda mensagem consiste na chamada de atenção para a resolução da Assembleia da República que recomenda a criação de uma estratégia nacional para a prevenção de uma estratégia nacional para a prevenção e tratamento da anemia, assim como a criação do Dia Nacional da Anemia.

Por fim, a terceira é um apelo para que se comece a dar a necessária e urgente atenção à implementação efetiva do PBM em Portugal.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados DGS
Mais de 900.000 pessoas foram já vacinadas com a dose de reforço da vacina contra a covid-19 e cerca de 1,7 milhões receberam a...

As pessoas que foram inoculadas com a vacina da Janssen vão também poder receber a dose de reforço 90 dias após a administração da primeira dose.

A modalidade “Casa Aberta” está disponível para as pessoas com 75 ou mais anos que tenham a vacinação completa e queiram vacinar-se com a dose de reforço e/ou contra a gripe, assim como o agendamento local para utentes elegíveis, sendo dada prioridade às pessoas com mais idade e abrangendo, gradualmente, faixas etárias mais baixas, até chegar aos 65 anos.

É igualmente possível o auto agendamento para pessoas com 65 anos ou mais (https://covid19.min-saude.pt/pedido-de-agendamento/) e mantém-se a convocatória através de SMS para a toma em simultâneo da vacina contra a gripe e contra a COVID-19 ou apenas para a vacina contra a gripe, se não forem elegíveis para covid-19.

 

Pessoas com diabetes constituem um grupo de alto risco para as formas mais graves de infeções
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) defende que a atualização da vacina contra a covid-19 é uma...

A APDP enfatiza o apelo para que a atualização da vacina contra a covid-19 esteja completa nas pessoas com mais de 80 anos antes do início do inverno e do novo surto que se avizinha. Os indivíduos com mais de 65 anos podem agora recorrer à modalidade “casa aberta”, disponível nos centros de vacinação de norte a sul do país. A APDP reforça a necessidade de garantir que os portugueses com mais de 80 anos estejam todos vacinados antes do outono acabar.

Em França, o número de infetados já ultrapassou os 60 mil casos diários e a Alemanha registou mais de 75 mil casos nas últimas 24 horas. A nova vaga da covid-19 já está em Portugal e o número de infetados pode crescer abruptamente, alerta a associação.

“É preciso avisar os familiares, os amigos e os vizinhos de que deverão ser já vacinados e, nesta fase, a maior prioridade são os maiores de 80 anos. Apelamos às autarquias, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, para se organizarem no sentido de assegurarem o transporte para as pessoas que têm dificuldade em deslocar-se aos centros de vacinação. Apelamos às associações de doentes e às organizações locais que, junto dos seus associados, passem a palavra: É preciso atualizar a vacinação da covid-19”, refere José Manuel Boavida, presidente da APDP.

João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, reforça que “provavelmente, a atualização da vacinação contra a covid-19 irá realizar-se periodicamente, à semelhança do que acontece com a vacina contra a gripe. Relembramos que as pessoas com diabetes constituem um grupo de alto risco para as formas mais graves de infeções, incluindo a covid-19. Além da vacinação e do uso da máscara, a compensação da diabetes é fundamental.”

Galardão foi entregue esta quinta-feira, 25 de novembro, no Casino Estoril
Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, foi eleita “Nutricionista do Ano” nos primeiros prémios nacionais...

“É muito gratificante ver o nosso percurso reconhecido, principalmente pela classe em que nos inserimos, uma vez que é em prol desta que trabalho, todos os dias, para elevar o papel que os nutricionistas têm na promoção da saúde de todos os portugueses. É à classe, aos nutricionistas, que dedico esta distinção!”, salienta Alexandra Bento.  

A primeira edição dos Prémios Viver Saudável pretendeu distinguir a excelência e premiar o que de melhor se faz na nutrição, em Portugal, e reconhecer os nutricionistas pelo seu trabalho diário na melhoria da saúde dos portugueses, enquanto agentes estruturais da promoção e garantia da saúde pública. Para além do prémio "Nutricionista do Ano", a Viver Saudável entregou, também, o galardão "Projeto do Ano". 

Paulo Silva, diretor da Revista Viver Saudável, justifica a escolha de Alexandra Bento enquanto “Nutricionista do Ano” por “contribuir decisivamente para que os Nutricionistas sejam cada vez mais reconhecidos como os profissionais de saúde que de facto são; por enfrentar os desafios e superá-los, sempre em nome e defesa da profissão; pela capacidade de mobilização e liderança; também pela resiliência; mas igualmente pelo muito que esperamos que construa sobre as vitórias obtidas, seja no quadro institucional ou na prática pessoal da profissão.” 

Este galardão vem somar-se à Medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde, Grau Ouro, recebida em 2018, pelo trabalho desenvolvido por Alexandra Bento na defesa e promoção de hábitos alimentares saudáveis. Já em 2015, a atual bastonária da Ordem dos Nutricionistas, foi reconhecida pela Câmara Municipal do Porto com a Medalha de Mérito – Grau Ouro, por ter sido uma das impulsionadoras do processo de criação da Ordem dos Nutricionistas, cuja sede acabaria por ficar instalada na cidade. 

Alexandra Bento é doutorada em Ciências do Consumo Alimentar e Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e mestre em Inovação Alimentar pela Universidade Católica Portuguesa, onde é professora convidada e regente das unidades curriculares de Política Alimentar e Nutricional e Gastrotecnia. 
 
Recorde-se que Alexandra Bento foi, durante mais de uma década, presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, onde abriu caminho para a criação da Ordem dos Nutricionistas. Iniciou o seu percurso profissional como nutricionista no Hospital de Amarante, cidade onde cresceu, sendo atualmente assessora superior de nutrição da Administração Regional de Saúde do Norte.  

Beleza
Quando falamos de estética e na procura incansável de fórmulas mágicas temos sempre um denominador c

Para o ajudar a ter uma pele mais saudável, a Art Beauty Clinic partilha quatro dicas para retardar o envelhecimento da mesma:

  1. Limpar o rosto todos os dias, sem exceção

Quantas vezes vamos dormir e pensamos “É só desta vez?” Pois é, mas todas essas vezes acumuladas resultam em muitas impurezas e uma renovação incompleta da pele! Há muitas pessoas que também não têm o hábito de limpar o rosto de manhã e é igualmente importante. Quando falamos em limpar o rosto de manhã não é apenas lavar com água, mas utilizar um produto de limpeza que consiga remover todos os resíduos. Antes de iniciar a sua rotina matinal é muito importante começar por limpar, pois como a pele renova durante a noite é normal que exista resíduos de manhã.

  1. Recorrer a procedimentos não invasivos

A Medicina Anti-Aging é uma medicina preventiva que tem como objetivo proporcionar uma melhor qualidade de vida, retardando sinais e sintomas relacionados com o envelhecimento através da análise e deteção de fatores de risco e estilos de vida prejudiciais à saúde e bem-estar. Na Art Beauty Clinic, o procedimento de Medicina Anti-Aging é um verdadeiro sucesso junto dos seus pacientes que pretendem ter uma pele mais saudável e rejuvenescida.

  1. Utilizar protetor solar diariamente

Sempre que falamos em envelhecimento da pele temos de referir a utilização de protetor solar. A verdade é que muitas pessoas apenas utilizam protetor solar no verão ou quando estão na praia. No entanto, é muito importante utilizar diariamente, mesmo nos dias mais cinzentos, pois a nossa pele está exposta a raios solares e, por isso é importante bloquear os seus efeitos na pele.

  1. Adotar um estilo de vida mais saudável

Podemos ter a melhor rotina diária, com os melhores cuidados de rosto, mas se não tivermos um estilo de vida saudável a pele irá envelhecer de forma precoce. Por isso, repense o seu estilo de vida: comer de forma saudável, praticar exercício físico, não fumar e dormir o necessário.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Efeito protetor contra lesões renais
Melhoria da taxa de sobrevivência, proteção contra lesões renais, correção de desequilíbrios do sistema imunitário são alguns...

A aplicação de células estaminais do cordão umbilical alcançou resultados positivos num modelo animal de Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), segundo um estudo recentemente publicado na revista científica Stem Cell Research & Therapy. A melhoria na taxa de sobrevivência, o efeito protetor contra lesões renais e a capacidade para corrigir desequilíbrios do sistema imunitário foram alguns dos efeitos benéficos reportados.

Caracterizada pela presença de anticorpos contra o próprio organismo (autoanticorpos) que habitualmente conduzem à lesão de diversos órgãos, esta doença crónica de natureza autoimune afeta vários milhares de portugueses, manifestando-se geralmente entre os 16 e os 49 anos. Apesar de existirem fármacos atualmente disponíveis para o tratamento dos sintomas – como lesões cutâneas e dor e inflamação nas articulações -, e também para a indução da remissão e prevenção dos períodos de agudização da doença que normalmente se verificam, há doentes que não respondem adequadamente a estes tratamentos.

Adicionalmente, o facto de os efeitos secundários dos medicamentos utilizados levarem frequentemente à redução da qualidade de vida dos doentes torna urgente a procura por alternativas terapêuticas mais eficazes e seguras para estes casos. Nesse sentido, a administração de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical, conhecidas pela sua capacidade de regulação do sistema imunitário, constitui uma das abordagens em investigação.

“O potencial das células estaminais do cordão umbilical para o tratamento de LES tem vindo a ser demonstrado ao longo da última década e foi uma vez mais evidenciado no estudo agora publicado”, explica Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal.  “Aguarda-se agora a realização de ensaios clínicos que permitam avaliar a utilidade desta abordagem terapêutica em doentes com lúpus, nomeadamente nos que não respondem adequadamente às terapêuticas convencionais”, sublinha.

Durante este estudo, observou-se, nos animais que receberam o tratamento, uma melhor taxa de sobrevivência, normalização do volume do baço e diminuição significativa da quantidade de autoanticorpos no sangue, comparativamente aos animais que não receberam. Verificou-se, ainda, que a administração de células estaminais do cordão umbilical esteve associada a uma redução da inflamação e melhor funcionamento dos rins, indicando um efeito protetor contra lesões renais, uma das manifestações da doença que pode causar sérios problemas aos doentes.

O artigo debruçou-se também sobre os mecanismos relacionados com os efeitos benéficos das células estaminais mesenquimais do cordão umbilical em modelo de LES, tendo concluído que estas são capazes de corrigir desequilíbrios do sistema imunitário através do aumento da concentração de um tipo específico de células do sistema imunitário, designadas células B reguladoras.

4,4 milhões de euros
O Fundo NOS 5G, criado pela NOS e gerido pela Armilar Venture Partners, acaba de realizar um investimento na knok, uma startup...

Com capital inicial de 10 milhões de euros e um período de investimento estimado de 5 anos, o Fundo NOS 5G é o primeiro em Portugal orientado para a nova tecnologia móvel. Tem como objetivo investir em soluções tecnológicas inovadoras, abrangendo desde a infraestrutura de rede até aos produtos ou serviços para clientes, privilegiando projetos tecnológicos nas primeiras fases de desenvolvimento.

A knok é a segunda startup portuguesa a ser investida pelo Fundo NOS 5G e oferece uma solução tecnológica holística e robusta – com base em dados de mais de 160 mil consultas realizadas em 12 países, através de uma rede de mais de 3000 médicos em nove especialidades – que visa facilitar tanto o acesso, como a prestação de cuidados de saúde remotos, através de uma plataforma inovadora.

A plataforma da knok integra vídeo consultas, ferramentas de apoio à triagem e monitorização remota de pacientes via inteligência artificial num único sistema. Através desta solução, o paciente pode identificar os sintomas, partilhar informação clínica com o médico e realizar vídeo consultas, de forma integrada, segura e intuitiva. Assentando o seu modelo de saúde digital-first na conveniência, facilidade de utilização e confiança, é possível integrar esta solução de forma rápida e simples na oferta de cuidados de saúde a hospitais e unidades de saúde e seguradoras, garantindo a conetividade entre pacientes e médicos.

A tecnologia 5G tem uma elevada capacidade de débito de dados e latência quase nula, o que irá melhorar a acessibilidade a cuidados de saúde, nomeadamente, para quem vive em localidades mais remotas. Simultaneamente, o 5G trará maior flexibilidade ao corpo clínico, que conseguirá prestar estes serviços através de uma rede móvel fiável e segura e, alargar a rede colaborativa entre profissionais, promovendo a partilha de documentação e registos médicos, bem como a junção de vários especialistas na mesma consulta, tudo à distância. Com a nova geração de rede móvel, a solução desenvolvida pela knok terá, ainda, a possibilidade de se estender a especialidades que exigem alta qualidade de imagem para a observação, como é o caso, por exemplo, de dermatologia.

O 5G vai, igualmente, permitir alavancar tecnologias como a inteligência artificial assente na cloud, possibilitando o processamento de registos biométricos fornecidos por wearables que podem ser usados para detetar sinais de patologias em tempo real e, acelerar a construção de modelos de pré-diagnóstico.

Jorge Graça, CTO da NOS, salienta que “investir na knok é um importante marco para o Fundo NOS 5G, o único em Portugal constituído para apoiar startups tecnológicas a retirar o máximo partido das potencialidades do 5G. A saúde é uma das áreas que mais irá beneficiar desta tecnologia, permitindo conectar os melhores especialistas em qualquer parte do mundo com os pacientes, e contribuindo para uma democratização no acesso aos cuidados de saúde. Entusiasma-nos saber que, ao apoiar a knok no desenvolvimento de soluções que criam valor, conveniência e eficiência para pacientes e médicos, estamos a contribuir para a modernização do setor da saúde e da sociedade”.

José Bastos, CEO e Co-founder da knok refere que "a knok entra numa nova fase de desenvolvimento após o fecho desta ronda de investimento. O conjunto de excelentes investidores que reunimos contribuirão para acelerar a expansão nacional e internacional da nossa solução integrada de saúde, reforçando a presença em Espanha, Brasil e outros países da América Latina e chegando à Índia, Reino Unido e Itália. No nosso caminho para ser a porta de entrada digital nos cuidados de saúde, a NOS é um parceiro tecnológico fundamental, e estamos muito entusiasmados por poder contar com o seu apoio e know-how em 5G que nos permitirá levar o nosso produto para outro nível, tornando-o cada vez mais diferenciado a nível global”.

#PsoríaseNãoTemDeSer
Viver com Vergonha. Deixar de estar com quem mais gosta. Não aproveitar bons momentos. Muitas são as limitações de quem vive...

Incentivar à consulta de dermatologia lembrando a importância do diagnóstico e que o tratamento adequado controla a doença e melhora a qualidade de vida. Este é o objetivo da nova campanha de sensibilização #PsoríaseNãoTemDeSer. A campanha já está online e conta com a Marisa, o Ricardo, a Helena, o Artur e vários outros doentes a dar a cara para que a doença não fique escondida. Todos eles sabem o que é viver com psoríase. E sabem o que passaram e como é importante contribuir para o combate ao estigma.

Esta campanha faz parte do projeto da sensibilização para a doença que a Janssen está a levar a público desde o verão. A primeira parte arrancou com o site “Na Tua Pele”, uma iniciativa em parceria com a Boost Content.

A psoríase é, ainda, uma doença que gera várias dúvidas e muitos preconceitos na sociedade. Por ser uma doença de pele, é visível, mas muitas vezes não é entendida. O principal mito que persiste é a desconfiança de se tratar de uma doença contagiosa, o que aumenta o estigma em relação aos doentes psoriáticos.

O site Na Tua Pele tem novos conteúdos de interesse do público, com mais de 50 perguntas respondidas por médicos dermatologistas sobre a doença, diagnóstico, tratamento, comorbilidades associadas entre outros tópicos, cimentando o projecto como uma referência para quem vive com a doença, conhece alguém ou quer saber mais sobre psoríase.

Maria Faria, Corporate Affairs Director da Janssen Portugal, sublinha a preocupação da farmacêutica em ir “além do medicamento, para informar, esclarecer e desfazer mitos”. A Corporate Affairs Director da Janssen Portugal sublinha, no caso da psoríase, a necessidade de “lembrar a todos a importância de se procurar um dermatologista aos primeiros sinais”. No caso do projeto “Na Tua Pele”, o objetivo primordial foi que “a sociedade percebesse o que é estar na pele destas pessoas e soubesse mais sobre esta doença que, com acompanhamento médico e a terapêutica adequada, pode ser controlada e levar a melhor qualidade de vida”, resume.

Joana Guimarães, editora do projeto da Cofina Boost Content, destaca: “Acreditamos que se manterá um site de apoio para todos os doentes com psoríase, mas também para familiares, amigos ou conhecidos.” E prossegue: “Esta segunda fase do projeto procura cimentar a importância de se encontrarem respostas, de procurar apoio especializado, e mostra de forma muito clara a diferença que tratamentos adequados podem fazer nos doentes.”

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