No valor de 5 mil euros
Como tem vindo a acontecer todos os anos, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) vai atribuir uma Bolsa...

Esta Bolsa destina-se a financiar, parcial ou totalmente, o melhor projeto de investigação científica na área clínica de estudo da Doença Vascular Cerebral, e terá a duração máxima de dois anos, iniciada no momento de atribuição da mesma e terminada no momento em que seja entregue o relatório final em formato de artigo científico.

"Concorrer a esta Bolsa é uma excelente oportunidade para obter financiamento para um projeto que de outra forma será mais difícil concretizar”, salienta a Prof.ª Patrícia Canhão, presidente da Comissão Científica da SPAVC.

As candidaturas devem ser enviadas até ao dia 16 de janeiro de 2022 por via eletrónica à Direção da SPAVC ([email protected]), num formulário disponível no website da Sociedade, fazendo-se acompanhar de outros elementos necessários para apreciação do Júri, sendo o vencedor divulgado publicamente no encerramento do 16.º Congresso Português do AVC (5 de fevereiro de 2022) com a correspondente atribuição monetária.

Na perspetiva da médica neurologista, “obter esta distinção da SPAVC é uma força e motivação para concretizar esse projeto” e “é uma forma de melhorar a participação de instituições portuguesas na investigação da doença vascular cerebral”. Por isso, a Professora convida todos “aqueles que estão à espera de uma oportunidade para iniciar um projeto de investigação” a apresentar a sua candidatura à Bolsa “destinada a premiar um projeto de investigação clínica que venha a ser desenvolvido, pelo menos parcialmente, em instituições portuguesas”.

De acordo com o Regulamento, o júri de avaliação “terá em conta o interesse e mérito da candidatura, assim como o mérito científico dos candidatos e instituições participantes”. Este documento abrange ainda outros aspetos sobre o Processo de Avaliação, bem como sobre a Constituição do Júri e a Comissão de Acompanhamento, estando disponível para consulta no separador de Bolsas e Prémios no website da SPAVC (https://www.spavc.org/pt/informacoes/bolsa-de-investigacao-em-doenca-vascular-cerebral). 

 

 

"É fundamental reforçar o quadro de enfermagem"
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reúne amanhã, a partir das 10 horas, com os enfermeiros do Centro Hospitalar de Vila Nova de...

O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros recorda que “o CHVNG/E chegou a ter mais 37 enfermeiros do que no início de 2021, mas desde julho até final de outubro deste ano saíram já 14 enfermeiros”. “É fundamental reforçar o quadro de enfermagem para garantir a prestação de cuidados de saúde adequados a um hospital com uma população de referência direta de 350 mil pessoas, e também para reforçar a capacidade do Centro Hospitalar na recuperação de consultas e cirurgias adiadas devido à situação pandémica do país nos últimos quase dois anos”, salienta Pedro Costa.

A situação de 18 enfermeiros em cargos de chefia é outra das situações que será analisada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, “estamos a falar de profissionais que estão em cargos de chefia, alguns há mais de uma década, mas sem estarem enquadrados na categoria de enfermeiro especialista”. “No limite, estes enfermeiros vão ficar impedidos de progredir na sua carreira, de concorrerem à categoria de enfermeiro gestor, por não verem resolvida uma situação que, no nosso entender, teria soluções simples desde que haja vontade da tutela”, conclui Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE estará disponível para prestar declarações aos jornalistas por volta das 11 horas na entrada principal do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho, antigo Hospital Eduardo Santos Silva.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados quase de 3.600 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 23 mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 11, em 23. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com quatro óbitos a assinalar nas últimas 24 horas.  A região Centro e o Algarve contabilizam agora mais três mortas cada, e o Alentejo duas. As regiões Autónomas da Madeira e Açores não têm mortes a assinalar, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.588 novos casos. A região Norte foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.161, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 1.104 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 723 casos na região Centro, 126 no Alentejo e 371 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 76 infeções, e os Açores com 27.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 961 doentes internados, mais 44 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais quatro doentes internados, desde o último balanço: 142.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.269 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.097.554 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 65.130 casos, mais 2.296 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.451 contactos, estando agora 83.528 pessoas em vigilância.

Certificado “Biosphere – Sustainable Lifestyle”
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) acaba de receber o certificado “Biosphere –...

O certificado “Biosphere – Sustainable Lifestyle” foi atribuído após a realização de uma auditoria ao trabalho desenvolvido pela ESTeSC-IPC na implementação de práticas e iniciativas que contribuam para um futuro mais sustentável e inclusivo. Ao todo, a Escola apresentou 165 ações que comprovam o seu esforço na concretização dos ODS das Nações Unidas para 2030, tendo a Biosphere confirmado que a instituição apresenta “uma clara orientação para a sustentabilidade, não apenas ao nível do seu posicionamento e orientação, mas igualmente em termos de boas práticas efetivas”.

A atribuição do certificado acontece menos de meio ano depois de a ESTeSC-IPC ter assumido o Compromisso com a Sustentabilidade da Biosphere, numa cerimónia realizada em julho. Desde então, a ESTeSC-IPC tem vindo a trabalhar para evidenciar as suas boas-práticas nesta área, considerada estratégica para a Presidência da Escola. A atribuição do certificado “Biosphere – Sustainable Lifestyle” confere “consistência ao papel da ESTeSC-IPC neste âmbito e reforça o compromisso da Escola em contribuir para formar as novas gerações, integrando comportamentos e atitudes compatíveis com os desafios da sustentabilidade nas suas práticas diárias”, afirma o Presidente, João José Joaquim.

 

De 11 a 27 de dezembro
A exposição “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina” viaja até ao Hospital Divino Espírito...

A exposição refere ainda os anos 80 do século XX, década em que a insulina passou a ser comparticipada a 100% pelo Serviço Nacional de Saúde. Em Portugal destaca-se a figura de Ernesto Roma, a quem se deve a criação da primeira associação de diabetes do mundo, a APDP.

A Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina conta com elementos que acompanharam mais de meio século da história da insulina para trabalhar com Instituições e Sociedades ligadas ao tratamento da diabetes num programa vasto de atividades adequadas à ocasião que tiveram início em janeiro de 2021. O objetivo desta comissão é reforçar a importância da descoberta da insulina e os principais avanços que se fizeram sentir nos últimos cem anos. As comemorações contam com o patrocínio da Federação Internacional da Diabetes.

A exibição, que percorreu Portugal de norte a sul, iniciou o seu percurso em Lisboa e esteve já presente em cidades como Coimbra, Porto, Braga e Funchal.

Poderá visitar a exposição no Hospital Divino Espírito Santo até ao próximo dia 27 de dezembro. Para mais informações, consulte www.100anosinsulina.pt.

 

Nova abordagem
Esta doença pode causar problemas cognitivos, musculoesqueléticos, cardíacos e respiratórios, aumento do volume do fígado e do...

A síndrome de Hurler é uma doença genética grave, com efeitos devastadores para os doentes, caracterizada pela falta de uma determinada enzima no organismo, que resulta na acumulação de açúcares complexos nos tecidos e órgãos.

Esta síndrome, que afeta uma em cada 200 mil pessoas na Europa, pode causar problemas cognitivos, musculoesqueléticos, cardíacos e respiratórios, aumento do volume do fígado e do baço e alterações na visão e audição.

Uma das estratégias de tratamento usadas atualmente, e que o doente tem de fazer durante toda a vida, assenta numa terapêutica de substituição enzimática para suprir a enzima que está em falta no organismo. Este tratamento permite a melhoria dos sintomas e o aumento da esperança de vida destes doentes.

Contudo, quando a Síndrome de Hurler é detetada até aos dois anos e meio de idade, a opção ideal de tratamento é um transplante, a partir de um dador compatível, com células estaminais hematopoiéticas (que formam novas células do sangue e do sistema imunitário). Através do transplante, a criança passará a produzir a enzima em falta, mitigando os sintomas da doença e aumentando a sua esperança de vida.

O sangue do cordão umbilical, pelas suas vantagens, é a melhor fonte de células estaminais no caso da Síndrome de Hurler, devido à sua disponibilidade imediata (reduzindo o tempo entre diagnóstico e transplante), maior tolerância relativamente aos fatores de compatibilidade (facilitando a escolha de um dador compatível), probabilidade reduzida de doença do enxerto contra o hospedeiro (uma complicação potencialmente fatal dos transplantes hematopoiéticos), e melhores níveis de enzima nos indivíduos transplantados, associados a melhor controlo da doença.

 A otimização dos transplantes para a Síndrome de Hurler

 Um estudo publicado na revista científica Bone Marrow Transplantation sugere uma metodologia para a otimização dos resultados dos transplantes – a utilização de um medicamento biológico (rituximab), composto por um anticorpo que permite eliminar linfócitos B (células do sistema imunitário produtoras de anticorpos), que já é utilizado no tratamento de outras doenças.

O estudo da utilização do rituximab partiu da hipótese de que a eliminação dos linfócitos B, aquando do transplante, poderia conduzir a melhores resultados. Para o efeito, os autores analisaram os resultados do tratamento de 57 crianças com Síndrome de Hurler transplantadas (em média, aos 12 meses) com sangue do cordão umbilical.

Vinte crianças receberam rituximab 10 dias antes e 30 depois do transplante para além do regime de condicionamento necessário. As restantes 37 crianças não receberam o medicamento, tendo constituído o grupo controlo do estudo.

Embora a taxa de sobrevivência aos dois anos tenha sido igual em ambos os grupos, a taxa de sobrevivência livre de complicações (e.g., rejeição do transplante), um ano após o transplante, foi de 85 por cento no grupo que recebeu o rituximab, muito acima dos 45,9 por cento do grupo controlo.

Estes dados indicam que a adição do rituximab ao protocolo de tratamento ajuda a melhorar os resultados da transplantação com sangue do cordão umbilical para esta síndrome. Adicionalmente, os autores verificaram que, seis meses após o transplante, os níveis de linfócitos B eram semelhantes em ambos os grupos e que a taxa de infeções não foi superior nas crianças que receberam rituximab, indicando que esta abordagem não acarreta riscos acrescidos de infeções no período pós-transplante.

Este estudo é mais um passo no sentido de otimizar os resultados dos transplantes de sangue do cordão umbilical em crianças com síndrome de Hurler, cuja melhor hipótese de cura é a realização de um transplante deste tipo o mais rapidamente possível após o diagnóstico.

Impacto dos medicamentos é maior do que pensávamos
Somos uma das gerações mais medicadas de humanos a viver no nosso planeta. As doenças cardiometabólicas como diabetes tipo 2,...

Investigadores do grupo Bork do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) de Heidelberg, que trabalham em conjunto com um consórcio europeu que envolve mais de vinte institutos europeus, demonstraram agora que muitos medicamentos geralmente utilizados têm efeitos poderosos nos nossos micróbios intestinais. Estes incluem fármacos usados para tratar distúrbios cardiometabólicos e antibióticos. Os resultados foram publicados na revista Nature.

O microbioma intestinal consiste em biliões de microrganismos essenciais ao funcionamento normal do corpo.

"Analisámos os efeitos de 28 medicamentos diferentes e várias combinações de fármacos", explicou Peer Bork, Diretor de Atividades Científicas do EMBL Heidelberg: "Muitos fármacos impactam negativamente a composição e o estado das bactérias intestinais, mas outros, incluindo a aspirina, podem ter uma influência positiva no microbioma intestinal. Descobrimos que os fármacos podem ter um efeito mais pronunciado no microbioma hospedeiro do que doenças, dieta e tabagismo combinados."

Embora o impacto negativo e duradouro dos antibióticos nas bactérias intestinais já seja bem conhecido, este estudo mostrou que tais efeitos provavelmente se acumulam ao longo do tempo. "Descobrimos que o microbioma intestinal dos pacientes que tomam vários tratamentos com antibióticos ao longo de cinco anos tornou-se menos saudável. Isso incluía sinais que indicam resistência antimicrobiana", disse a coautora do estudo Sofia Forslund, antiga bolseira de pós-doutoramento do grupo Bork e agora líder do grupo no Max Delbrück Center for Molecular Medicine (MDC), Berlim.

"Quisemos distinguir o efeito que as doenças têm nos microbiomas hospedeiros do efeito dos medicamentos, particularmente em pacientes que tomam mais do que um fármaco ao mesmo tempo", disse a coprimeira autora Maria Zimmermann-Kogadeeva, líder do grupo no EMBL Heidelberg. "Fazer parte do consórcio MetaCardis permitiu-nos usar dados de mais de 2000 doentes com doenças cardiometabólicas", acrescentou. A grande coorte também permitiu que os investigadores estabelecessem que a dosagem de medicamentos prescritos também tem um efeito significativo no nível de impacto no microbioma.

"Sabemos que o microbioma pode refletir o estado da saúde do paciente e fornecer uma gama de biomarcadores para avaliar a gravidade das doenças. O que é muitas vezes negligenciado, no entanto, é que a medicação usada para tratar uma doença também afeta o estado do microbioma", acrescentou Rima Chakaroun, uma das principais autoras do estudo e uma cientista clínica do Centro Médico da Universidade de Leipzig.

Ao desenvolver uma abordagem estatística que explica os efeitos de múltiplos fatores de confusão, os investigadores podem provocar separadamente os efeitos dos fármacos e doenças. "Temos agora um quadro metodológico robusto que permite livrar-se de muitos dos erros padrão", disse o professor Bork. "Isso permitiu-nos mostrar que a medicação pode mascarar as assinaturas de doenças e ocultar potenciais biomarcadores ou alvos terapêuticos."

Os investigadores esperam que estes resultados possam fornecer conhecimentos que possam potencialmente ajudar na reposição de fármacos, bem como no planeamento de estratégias de tratamento e prevenção individualizadas.

O estudo combinou a perspicácia, conhecimento e abordagens de especialistas em seis países. "Foi muito motivador trabalhar com uma equipa interdisciplinar de clínicos, bioinformáticos e biólogos de sistemas computacionais para avançar a nossa compreensão das interações moleculares na doença cardiometabólica", disse Zimmermann-Kogadeeva.

Estudo “Portugal Biotech: tendências, oportunidades e desafios no sector da biotecnologia em Portugal”
O número de empresas ativas em Portugal dedicadas a investigação e desenvolvimento em biotecnologia como atividade principal...

O estudo “Portugal Biotech: tendências, oportunidades e desafios no sector da biotecnologia em Portugal” foca-se nas empresas que desenvolvem como atividade principal I&D e inovação na área da biotecnologia em Portugal e revela que, de 2011 a 2019, o volume de negócios deste tipo de empresas aumentou 33%. O setor da biotecnologia está em franco crescimento no nosso país. As exportações representam mais de 60% do volume de negócios para 53% das empresas analisadas.

A sessão de apresentação do estudo, que decorreu no passado dia 3 de dezembro, contou com a participação de João Cerejeira, coordenador científico do estudo, bem como de Fernando Alexandre (Universidade do Minho) e a moderação de Simão Soares, Presidente da P-BIO. João Cerejeira afirmou que o setor da biotecnologia “mostra resiliência em períodos de crise, incluindo mais recentemente durante a pandemia”, acrescentou.

“90% do volume de negócios está concentrado em 30 empresas. Este é um tipo de negócio com características especiais, já que um número considerável de empresas espera até quatro anos de tempo necessário para lançar o produto no mercado, sendo que 44,1% das empresas não têm produto no mercado”, referiu, ainda, João Cerejeira. Segundo o estudo, os principais mercados-alvo das empresas são nas áreas da saúde humana (36,0%), agroalimentar (20,0%) e ambiental (16,0%).

Em Portugal, a biotecnologia ocupa o 5º lugar nas 35 classificações tecnológicas relativas a publicações de patentes. Mais de 80% de todas as patentes publicadas pelas empresas portuguesas de biotecnologia teve lugar nos últimos dez anos. “Em Portugal, o setor tem uma dimensão relativamente pequena”, mas o número de patentes está “acima daquilo que seria esperado para a sua dimensão, o que é um aspeto positivo”, assinalou João Cerejeira. Contudo, “grande parte do investimento é feito, em cerca de um terço dos casos, com recurso a fundos próprios”.

O estudo aponta também para alguns entraves para o crescimento das empresas, como o acesso ao financiamento, a falta de investidores privados, a dimensão do mercado, as questões regulamentares e o subdesenvolvimento do ecossistema biotecnológico. Segundo o estudo, este é um setor com equipas altamente qualificadas, em que cerca de 86% possui, pelo menos, uma licenciatura. 59% dos colaboradores são mulheres e a idade média dos colaboradores é inferior à média nacional: 51% tem menos de 35 anos de idade, em comparação com 32% a nível nacional.

“A área da biotecnologia vai ser essencial”, destaca Fernando Alexandre, sendo “uma área que traz uma enorme esperança para resolver vários problemas da Humanidade, por exemplo, no caso da crise climática”. Para um maior desenvolvimento, o desafio passa por “integrar com outros setores da economia”, sublinhou Simão Soares na sessão.

Os objetivos deste estudo passaram por caracterizar as tendências, oportunidades e desafios do setor da biotecnologia português. Desta forma, pretende-se que possa ser um instrumento de apoio ao crescimento e desenvolvimento deste setor, bem como orientar o desenvolvimento de novas políticas. O estudo foi desenvolvido no âmbito do BioData.pt, a infraestrutura portuguesa de dados biológicos, e resulta de uma análise mais ampla e completa de um primeiro estudo sobre a Indústria Portuguesa da Biotecnologia, lançado pela P-BIO em 2016.

13 de dezembro às 18h00
A gravidez, apesar de ser uma etapa muito especial na vida de qualquer mãe, é também um momento particularmente difícil, devido...

A gravidez é caracterizada por grandes modificações no organismo da mulher, sendo que a pele é um dos órgãos especialmente sensível às alterações hormonais que ocorrem durante este período. Por isso, é natural que surjam várias questões, como de que forma as pode evitar, quais os cuidados diários a ter, quais os problemas de pele mais comuns e de que modo os pode prevenir. Assim, na primeira parte da sessão, “Cuidados da pele da mamã e do bebé”, a Enfermeira Marlene Duarte irá esclarecer todas as participantes acerca do tema.

Na segunda parte da Masterclass, “Ansiedade na gravidez – Estar grávida e agora?”, Miguel Oliveira, Especialista em Desenvolvimento Pessoal, irá ajudar as futuras mamãs a perceber de que forma podem ultrapassar os momentos de maior ansiedade, havendo espaço para que este momento seja mais feliz e menos receoso. O essencial é que as grávidas consigam usufruir ao máximo desta etapa tão especial das suas vidas.

No final da Masterclass, haverá ainda uma oferta especial para todas as participantes.

A inscrição é feita através deste link.

 

12 de dezembro - Dia Mundial da Cobertura Universal de Saúde
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) associa-se à celebração do Dia Mundial da Cobertura Universal de...

“Não deixe a saúde de ninguém para trás: invista em sistemas de saúde para todos”, alerta a campanha de sensibilização do Dia Mundial da Cobertura Universal de Saúde.

Para Raúl de Sousa, Presidente da APLO, Portugal enfrenta “ainda muitos desafios” – os quais devem ter uma resposta célere – no que concerne ao acesso aos cuidados para a saúde da visão que são, à escala nacional e nos dias de hoje, “manifestamente insuficientes”.

No período de julho a setembro de 2021, de acordo com dados divulgados no site do Ministério da Saúde, o Tempo Máximo de Resposta Garantido no Serviço Nacional de Saúde (SNS) fixava-se em “30 dias em casos muito prioritários, 60 dias em casos prioritários e 150 dias em casos considerados normais” – números de dias, esses, não correspondentes à realidade de vários hospitais do país.

Em Portugal, 260 mil pessoas sofrem perda de visão moderada a grave e 42 mil sofrem de cegueira. Dois milhões de pessoas têm dificuldade em ver e um milhão sofre de erros refrativos.

Estima-se que 90 por cento dos casos de deficiência visual e cegueira poderiam ser evitados se referenciados e tratados atempadamente. “116 mil utentes estão em lista de espera para a consulta hospitalar da especialidade de Oftalmologia”, num país onde há “desrespeito pelos tempos máximos de resposta garantida e uma total inexistência de cuidados primários para a saúde da visão”, frisa Raúl de Sousa.

A saúde da visão deve ser incluída no planeamento, definição de recursos e prestação de cuidados de saúde.

“Para assegurar cuidados de saúde abrangentes, incluindo promoção, prevenção, tratamento e reabilitação é necessária uma ação intersectorial coordenada, para melhorar de forma sistemática e definitivamente a saúde da visão da população”, defende ainda o presidente da APLO.

A regulamentação da profissão de optometrista – não regulamentada há mais de três décadas – deve ser encarada como prioridade pelo governo uma vez que a mesma permitirá “assegurar o exercício da profissão por profissionais com qualificação e habilitações adequadas, garantir mão de obra qualificada, formação, inovação e capacidade de desempenho e permitir prestação de cuidados de saúde com qualidade, segurança e prevenir a fraude”.

Em linha com a campanha de sensibilização promovida no Dia Mundial da Cobertura Universal de Saúde exorta-se todos os países, incluindo Portugal, a considerarem os cuidados para a saúde da visão como essenciais dentro da cobertura universal de saúde.

“O Covid-19 chegou a quase toda a gente, mas os cuidados de saúde ainda não. Vamos mudar esta realidade, começando agora”, apela a campanha mundial.

Lesão cutânea
Vulgarmente conhecido por frieira, o eritema pérnio ou perniose é uma inflamação cutânea desencadead

Inchaço, dor, prurido por vezes intenso, sensação de queimadura, ulceração ou fissura são alguns dos principais sintomas do eritema pérnio - uma patologia cutânea inflamatória que, embora possa surgir em qualquer idade, atinge, sobretudo, as mulheres.

Para além dos dedos das mãos e dos pés, o nariz, as orelhas, e mais raramente a região das coxas e nádegas, são as zonas do corpo que podem ser acometidas por estas lesões. E embora suas causas exatas permaneçam desconhecidas – até porque nem sempre as frieiras precisam de temperaturas extremas para de desenvolverem (há casos relatados noutras épocas do ano, como outono ou primavera) –, estima-se que estas possam dever-se a uma reação desadequada do organismo ao frio.

Num artigo de sua autoria, a médica de Medicina Geral e Familiar, Márcia de Carvalho de Sá explica que “perante a exposição ao frio, a pele protege o organismo através da vasoconstrição”, sendo que esta, habitualmente, se processa em duas fases: “vasoconstrição maciça das anastomoses, com diminuição da temperatura cutânea, seguida de vasodilatação cíclica, com aumento gradual e lento da temperatura cutânea”. Durante a exposição prolongada ao frio surge uma terceira fase com vasoconstrição também ela prolongada e que interrompe o fluxo sanguíneo nos tecidos expostos. Trocado por miúdos, quer isto dizer que, sendo a vasoconstrição um fenómeno que “encurta” o diâmetro dos vasos sanguíneos, ela resulta numa diminuição significativa do fluxo sanguíneo nestes vasos que, em condições extremas, como seja em caso de vasoconstrição prolongada, conduz a danos nos tecidos circundantes, provocando lesões cujo grau e gravidade vai depender da duração da exposição ao frio.

As lesões de eritema pérnio podem ser classificadas em agudas, quando duram entre 12 a 24 horas, ou crónicas se persistirem por mais tempo (sendo estas as que estão habitualmente associadas às exposição prolongada ao frio). Segundo a médica, “clinicamente, caracterizam-se por máculas ou pápulas eritematosas, dolorosas e pruriginosas, com edema”, resolvendo-se espontaneamente em cerca de uma a três semanas. No entanto, é frequente haver recidivas, pelo que a cura, muitas vezes, só é atingida no verão. Para além do frio, também a humidade contribui para o seu desenvolvimento.

Caso sofra de frieiras, saiba que existem vários cuidados simples que pode implementar no seu dia-a-dia para aliviar a dor e que auxiliam o seu tratamento, como:  

  • Manter a pele bem hidratada. As loções hidratantes podem ajudar a aliviar o prurido;
  • Evitar a exposição ao frio e outras agressões externas, como lavar muitas vezes as mãos água fria ou usar detergentes;
  • Manter a pele afetada seca e quente (use peças de roupa em lã e massaje a zona afetada com movimentos suaves, sem esfregar);
  • Evitar o contacto direto com fontes de calor (não caia na tentação de, mesmo que esteja muito frio, tentar aquecer as mãos à lareira ou junto de um aquecedor!);
  • Evitar fumar ou beber café, uma vez que estes contribuem para a constrição dos vasos sanguíneos, o que poderá agravar ainda mais o problema.

Saiba ainda que deve consultar o médico sempre que:

  • A pele começar a ficar esbranquiçada ou pálida e com bolhas;
  • Se perder a mobilidade ou sentir dor intensa na zona afetada;
  • Se os sintomas se agravaram, ou surgirem outros mais intenso;
  • Se tiver febre.

É que, de acordo com a dermatologista Leonor Girão, “em casos mais complicados, senão forem prevenidas ou devida e atempadamente tratadas, as frieiras podem provocar danos nas camadas mais profundas da pele, lesões nos tecidos e nos músculos, problemas nos osso e até infeções”. Em situações extremas pode haver morte dos tecidos por falta de circulação.

Quem sofre de diabetes ou de problemas circulatórios deve prestar atenção redobrada a estas situações.

Fonte:
https://www.researchgate.net/publication/320688069_Evidencia_no_tratamento_farmacologico_do_eritema_pernio

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Direcionado a associações de doentes, profissionais de saúde e academia, gestores e responsáveis políticos
“Excesso de Intervenções na Saúde: Problemas e Perigos” é o tema do próximo webinar promovido pela Plataforma Saúde em Diálogo,...

A sessão pretende abordar os perigos e os problemas do excesso de intervenções na área da saúde, o modo de avaliar a evidência científica que suporta a prática clínica, ao mesmo tempo que serão discutidas as melhores formas de comunicar informação complexa em saúde. O objetivo final é que o público perceba os conceitos de sobrediagnóstico e sobretratamento, os seus problemas e as soluções para uma gestão correta da saúde.

“A intervenção médica excessiva é uma ameaça para o cidadão que contacta com o Sistema de Saúde. Este será um debate que vai, sem dúvida, contribuir para elucidar os cidadãos sobre o que são as intervenções em excesso e como é que cada um de nós pode ter um papel ativo nas suas decisões de saúde, reduzindo ao máximo a necessidade de recorrer a cuidados de saúde que serão desnecessários”, afirma a presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, Maria do Rosário Zincke. 

“A Medicina moderna caracteriza-se por uma grande intensidade prática – a chamada “medicalização” – que pode, em circunstâncias específicas, apresentar uma análise de benefício-risco negativa (a intervenção faz mais mal que bem). É por isso importante evitar estas intervenções, que são no mínimo inúteis e no máximo perigosas”, refere António Vaz Carneiro, presidente do Conselho de Administração do ISBE e coordenador do Programa Choosing Wisely Portugal.

A abertura do webinar está a cargo da presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, seguindo-se uma sessão com o tema “Sobrediagnóstico e Sobretratamento”, que ficará à responsabilidade de António Vaz Carneiro.

A sessão conta ainda com a intervenção de Miguel Bigotte Vieira, médico especialista em Nefrologia e membro da equipa de gestão do Programa Choosing Wisely Portugal. Na sua intervenção irá dar a conhecer este programa cujo objetivo principal é promover escolhas em saúde baseadas na melhor evidência científica disponível, promovendo a utilização adequada de exames complementares de diagnóstico e reduzindo o número de intervenções desnecessárias.

No final, existirá espaço para responder às questões do público, sendo o encerramento feito pelo presidente do Conselho de Administração do ISBE.

O webinar “Excesso de Intervenções na Saúde: Problemas e Perigos” é direcionado a associações de doentes, profissionais de saúde e academia, gestores e responsáveis políticos, bem como para o público em geral, mediante inscrição aqui.

 

 

 

Recomenda extensão de indicação
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou, início desta semana, que se estenda a indicação do medicamento tocilizumab...

O fármaco em questão foi aprovado para o tratamento de problemas inflamatórios como a artrite reumatoide ou artrite idiopática sistémica juvenil.

A agência europeia decidiu alargar a indicação do fármaco depois de analisar dados de um estudo com 4.116 doentes com Covid grave que estavam em ventilação mecânica ou suplementação de oxigénio e tinham altos níveis de proteína C-reativa, um indicador de inflamação.

Em julho, a Organização Mundial de Saúde já tinha recomendado o uso de tocilizumab em doentes com Covid-19 severa.

O estudo mostrou que a adição de tocilizumab à terapia padrão reduziu o risco de morte em comparação com o tratamento convencional. Especificamente, 31% dos doentes que receberam tocilizumab (621 em 2022) morreram em 28 dias. No grupo que não recebeu o tratamento, esta percentagem foi de 35%.

Por outro lado, 57% dos doentes que seguiram o tratamento com tocilizumab para além da terapêutica convencional tiveram alta nas quatro semanas seguintes, enquanto no grupo de controlo 50% dos doentes deixaram o hospital no período acima referido.

O estudo observa que não é possível excluir um aumento da mortalidade em doentes que não estejam em tratamento prévio com corticosteroides, pelo que este fármaco só deve ser administrado no caso de esta terapia ser previamente indicada. Em doentes já em terapia corticosteroide, a adição de tocilizumab traz mais benefícios do que riscos, de acordo com a EMA.

Tocilizumab é um anticorpo monoclonal que é adicionado aos recetores em moléculas chamadas interleucinas 6, que o sistema imunológico produz em resposta à inflamação sistémica. Estas moléculas desempenham um papel importante no desenvolvimento de Covid severo. Portanto, ao ligar-se aos recetores acima mencionados, o fármaco consegue reduzir a inflamação e melhorar os sintomas da doença.

Dados preliminares
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a nova variante do coronavírus – a Ómicron - parece ter uma taxa de reinfeção mais alta...

“Dados preliminares da África do Sul sugerem um risco acrescido de reinfeção da Ómicron, mas são necessários mais dados para tirar conclusões mais firmes", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus cautelosamente aos jornalistas em Genebra.

"Também há evidências que sugerem que a Ómicron causa sintomas menos graves do que o delta [a variante mais difundida hoje], mas ainda é muito cedo para ter certeza", acrescentou.

A Pfizer e a BioNTech, por seu lado, insistiram na eficácia da sua vacina contra a variante Ómicron.

Estes anúncios foram precedidos pelos de cientistas seniores da OMS e da Casa Branca, que apontam que as vacinas anticovid existentes “a priori” permanecem relevantes contra esta nova variante, cuja recente descoberta na África do Sul gerou uma onda de pânico.

 

Decisão tomada
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, com prioridade para as crianças com...

Esta recomendação surge na sequência da posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), que considerou, com base nos dados disponíveis, que a avaliação risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública, é favorável à vacinação das crianças desta faixa etária.

O número de novos casos da doença em crianças tem vindo a aumentar e, embora ligeira, têm existido formas graves de Covid-19 nestas faixas etárias. Por ouro lado, nota-se que embora o risco de hospitalização seja maior em crianças com doenças de risco, muitos dos internamentos ocorrem em crianças saudáveis.

De acordo com a DGS, para esta posição foram considerados os contributos de um grupo de especialistas em Pediatria e Saúde Infantil, bem como de membros consultivos da CTVC.

A CTVC acrescenta que se deve manter o acompanhamento da situação epidemiológica, da evidência científica e de recomendações dos Estados membros. A recomendação pode ser alterada sempre que se justifique, nomeadamente, caso venham a ser conhecidos mais dados sobre novas variantes.

A DGS e o Núcleo de Coordenação de Apoio ao Ministério da Saúde vão prestar esclarecimentos técnicos adicionais e sobre o calendário de vacinação e respetiva logística em conferência de imprensa a realizar já amanhã.

 

Conclusões de estudo realizado em contexto português
O Estudo ‘Modelo de estimativa de custos dos cuidados de saúde e acesso às unidades de cuidados intensivos (UCI) para doentes...

O estudo incidiu sobre a utilização do antiviral remdesivir (RDV) e teve como objetivo simular o impacto que esta opção de tratamento poderá ter sobre o curso pandémico a longo prazo. O modelo de previsão foi desenvolvido para estimar como o RDV teria impacto na capacidade das UCI e nos custos dos cuidados de saúde relacionados com a gestão hospitalar do doente com COVID-19. Este modelo foi aplicado no contexto português com uma projeção de 20 semanas com início em 1 de maio e conclusão em 18 de setembro de 2021. Os dados foram cuidadosamente recolhidos consultando diferentes fontes, tais como, literatura publicada a nível global, relatórios governamentais oficiais e bases de dados de reconhecido mérito disponíveis sobre doenças infeciosas, nomeadamente, Our World in Data, além dos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde e Direção Geral da Saúde, e ainda pareceres de peritos.

O modelo de previsão mostrou que a introdução de tratamento baseado em RDV em doentes com pneumonia COVID-19 que requerem oxigenoterapia suplementar produziria mais de 23 milhões de euros em economias de custos e evitaria mais de 261 internamentos em UCI e 166 mortes. Além disso, para melhorar a condição clínica dos doentes e reduzir o tempo até à recuperação total, foi demonstrado que as opções de tratamento, como o RDV, podem reduzir os efeitos económicos negativos da pandemia por COVID-19, reduzindo os custos diretos dos cuidados de saúde e otimizando a gestão de recursos limitados, nomeadamente menos internamentos em UCI, menor tempo de internamento em enfermaria e menor taxa de mortalidade.

Durante o processo de seleção dos dados, três peritos portugueses - João Rua, Nuno Luís, Sandra Braz - foram convidados a dar o seu contributo para a investigação. Estes profissionais foram selecionados com base na sua experiência ao serviço do sistema de saúde português em geral e com a gestão e tratamento da doença COVID-19, em particular, fruto da atividade exercida nas suas respetivas Instituições.

Principais resultados

Durante o período de 20 semanas em análise, foram observados 23.579 casos ativos, e foram estimados mais de 692 internamentos em UCI e 251 mortes. Contudo, se fosse introduzido o tratamento com remdesivir em doentes com COVID-19 com pneumonia e necessidade de suporte de oxigénio suplementar, tanto os internamentos em UCI como o número de mortes estimam-se que diminuíssem para 261 e 165, respetivamente. O tratamento baseado em remdesivir geraria uma poupança de custos total de 23.531.000 euros, o que pode ser explicado principalmente pela estimativa da redução do número de admissões e da duração da estadia em UCI.

Este estudo apoia as conclusões de estudo anterior e de natureza semelhante no contexto italiano (Ruggeri et al., 2020). O remdesivir, quando administrado a doentes com pneumonia e que necessitam de oxigenoterapia suplementar, pode ter um grande impacto na sobrecarga do sistema de saúde, especialmente em termos de poupança de custos de hospitalização (enfermaria e UCI) e mortes.

O modelo de previsão é construído com base em estimativas de dados, nomeadamente epidemiológicos, com os valores de Rt associados. O modelo simula e apresenta um cenário hipotético, que tem em consideração dados históricos, medidas restritivas governamentais, e outros fatores externos, tais como as campanhas de vacinação. Consequentemente, existe a possibilidade de esta simulação não representar com precisão a situação epidemiológica real.

Esta contingência pode ser facilmente resolvida, pois o modelo pode ajustar-se facilmente com os dados mais recentes disponíveis. Dada a extensa disponibilidade de dados, a sua aplicação pode ser customizada a áreas mais restritas, tais como regiões particulares. Como resultado, o modelo pode ser utilizado como instrumento de suporte à decisão para os decisores no âmbito das suas atividades de gestão da pandemia da COVID-19 qualquer nível territorial. O modelo pode ser ajustado para avaliar o impacto de campanhas de vacinação e de outros tratamentos para além do RDV e pode estimar tanto o impacto no curso da pandemia como os custos diretos associados aos diferentes tratamentos. Isto aumenta a relevância do modelo para os administradores e/ou decisores políticos, uma vez que pode ser utilizado como suporte à decisão caso ocorram vagas pandémicas.

Este modelo pode oferecer aos decisores de saúde, reguladores e autoridades governamentais potenciais recursos para a gestão de emergências de saúde pública, tais como a emergência da SARS-CoV-2 e a pandemia COVID-19.

 

Testemunho
Obter o diagnóstico certo quando se tem uma doença rara como a esclerose sistémica pode ser demorado

Muitos têm sintomas durante anos e ninguém consegue explicar-lhes o que está a acontecer. Os sintomas podem ser confusos, e o médico de família por vezes não consegue dizer o que se passa, mas pode dar um tratamento para o fenómeno de Raynaud, pois o fenómeno de Raynaud não é raro enquanto tal.

Foi este o início da minha viagem através do labirinto, e penso que demorei 5 anos até obter o meu diagnóstico, esclerose sistémica cutânea limitada. Mas foi de facto rápido, porque quando os sintomas mais estranhos surgiram e o meu médico de família sugeriu um especialista para me enviar, demorou cerca de 4 semanas. A minha teoria é que (por coincidência) fui enviada a uma especialista que sabe muito sobre diferentes tipos de doenças do tecido conjuntivo, incluindo esclerose sistémica, e ela sabia quais os testes sanguíneos a fazer e o que procurar.

A viagem do doente até ao diagnóstico pode, para alguns, ser rápida através do labirinto, mas já vi muitos casos em que a viagem é para trás e para a frente e em várias direções diferentes. Independentemente dos sintomas que tenha, vá ao seu médico de família. Ele pode não reconhecer os sintomas ou dizer: "vamos aguardar e ver o que acontece". Depois a maioria de nós faz pesquisa online sobre os sintomas - é tão fácil hoje em dia procurar os sintomas e obtém-se um resultado. Mas não posso recomendar que faça uma pesquisa online, quer seja para os sintomas ou depois de ter sido diagnosticado recentemente. Poderá encontrar a resposta errada ou encontrar histórias que são muito assustadoras. Passado algum tempo, acabará por regressar ao seu médico de família. Agora é encaminhado para um especialista, que pode não reconhecer completamente os sintomas e é encaminhado para outro especialista, que não lhe dá um diagnóstico, ou está a ser mal diagnosticado e a receber o tratamento errado. Eventualmente, recebe o diagnóstico.

Um diagnóstico, qualquer que ele seja, pode ser uma má notícia, mas também pode ser uma boa notícia. Para a maioria de nós, o diagnóstico é um alívio. Nessa altura podemos juntar-nos a outros, tal como nós, e as melhores “equipas” encontram-se através das organizações de doentes. Será altura de sentir que podemos iniciar um tratamento; estamos prontos para lutar contra isso.

Para mim, o diagnóstico foi um alívio. Eu sabia que não estava a inventar os meus sintomas. Fui reconhecida. O caminho que escolhi para a minha vida foi alterado e, após alguns anos, aceitei e encontrei outro percurso. Lutei de verdade!

Apesar das diferenças na doença, vejo as mesmas coisas, quando falo com outros doentes. Todos nós temos este impulso especial, alguns mais do que outros, mas por trás da dor e das lutas vejo o brilho nos olhos. Todos temos esta paixão a dizer que somos muito mais do que a nossa doença. Quer as nossas paixões sejam paraquedismo, patins, tricotar, ler, pintar, viajar, cozinhar, ser mãe, etc. - provamos repetidamente, que somos a nossa paixão, não a nossa doença!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 3.500 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 21 mortes em território nacional. O...

A região Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: sete, em 21. Seguem-se a região Norte com seis óbitos a assinalar nas últimas 24 horas, o Algarve com quatro mortes e a região autónoma da Madeira com três. A região Centro registou uma morte desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.417 novos casos. A região Norte foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.094, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 1.036 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 799 casos na região Centro, 74 no Alentejo e 272 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 115 infeções, e os Açores com 27.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 936 doentes internados, menos 12 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos dois doentes internados, desde o último balanço: 133.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 4.969 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.093.264 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 60.584 casos, menos 1.573 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.255 contactos, estando agora 79.538 pessoas em vigilância.

Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
Para colmatar uma necessidade há muito identificada, dada a dimensão e diferenciação do Centro Hospitalar Universitário Cova da...

Para assinalar a introdução desta técnica diferenciada, o hospital contou no dia 27 de novembro de 2021 com a presença do Prof. Dr. Luís Lopes, diretor do Serviço de Gastrenterologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Minho.

O médico, considerado uma referência na área da gastrenterologia nesta técnica, conta no seu vasto currículo com mais de 6000 CPREs realizadas e considera este procedimento como “o estado da arte para o tratamento de um grande número de doenças do foro pancreatobiliar”.

Cálculos (pedras) localizados nos canais biliares são a indicação mais frequente para este procedimento, dado que permite a sua remoção com elevada eficácia e baixo risco de complicações na maioria dos doentes. Mas a CPRE é também um procedimento importante na abordagem de lesões/tumores das vias biliares e do pâncreas e em caso de pancreatite crónica.

Esta técnica endoscópica diferenciada comporta muitas vantagens em relação ao tradicional método cirúrgico, pois “é uma técnica muito menos invasiva, é muito melhor para o doente, tem menos mortalidade e menos morbilidade e ainda menos tempo de internamento. Por norma o doente tem alta, em menos de 24 horas, com uma recuperação muito mais rápida, menor dor e menos complicações”, esclarece Luís Lopes.

De acordo com o comunicado do CHUCB, a introdução desta técnica “requereu muito trabalho preparatório e dedicação pela direção e elementos do Serviço de Gastrenterologia, como também pelo Departamento de Logística do centro hospitalar”.

Para além de médicos e enfermeiros do Serviço de Gastrenterologia com formação técnica na área da CPRE, e de médicos do Serviço de Anestesiologia e de técnicos de Radiologia, “esteve ao leme dos primeiros procedimentos o Dr. João Fernandes, gastrenterologista responsável pela introdução da técnica neste centro hospitalar, cujo treino e experiência foram adquiridos com o Prof. Dr. Luís Lopes”.

 

Coordenador científico da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem
O professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), João Luís Alves Apóstolo, está entre os investigadores mais...

Esta lista inclui, em termos nacionais, apenas três investigadores que se destacam com publicações na área científica de Enfermagem, sendo um deles o investigador João Apóstolo.

Coordenador científico da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida pela ESEnfC, João Luís Alves Apóstolo é docente na instituição desde 2001, sendo o primeiro professor do ensino superior em Portugal com o título académico de agregado no ramo do conhecimento em Ciências de Enfermagem (2017).

É pós-doutorado (2013) e doutorado em Ciências de Enfermagem (2008), dispondo de um mestrado em Adições e Patologias Psicossociais (2000), de uma especialização em Saúde Mental e Enfermagem Psiquiátrica (1997) e de uma pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde (2000).

 Diretor do Portugal Centre for Evidence Based Practice (Centro de Excelência do JBI, da Austrália), João Luís Alves Apóstolo já recebeu mais de uma dezena de distinções. Pertence ao grupo de Declínio Cognitivo da EIPAHA – European Innovation Partnership on Active and Healthy Ageing) e integra a equipa coordenadora do consórcio Ageing@Coimbra.

O investigador da UICISA: E tem coordenado e integrado equipas multidisciplinares de vários projetos de investigação financiados por fundos nacionais e internacionais, nas áreas do envelhecimento, dos cuidados de saúde informados pela evidência e das tecnologias de cuidados de saúde, fomentado assim o avanço do conhecimento na área científica de Enfermagem.

O “World’s Top 2% Scientists 2021", que agora o evidencia como um dos investigadores com trabalhos publicados que mais contribuíram para o avanço nas respetivas áreas do saber, apresenta resultados relativos a cerca de 190 mil cientistas de todo o mundo, de 22 áreas e 176 subáreas.

Os resultados deste ranking podem ser consultados em https://elsevier.digitalcommonsdata.com/datasets/btchxktzyw/3?fbclid=IwAR1tc4-GJKETE-ByeIN1Wk8CVi8EvYFZW5Ql9m7FEKf48J29bYnqrhDqr5M

 

 

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