Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alerta
Segundo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), a Europa precisa "urgentemente" de medidas para...

Com mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil mortes registadas numa semana, este continente é de longe a região do mundo mais afetada pela pandemia. E a tendência continua a aumentar, especialmente nos países onde a taxa de vacinação é mais baixa.

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), a agência de saúde da UE responsável pelas epidemias, recomendou esta quarta-feira que se acelerasse a vacinação e se generalizasse uma dose de reforço para todos os cidadãos com mais de 18 anos, dando prioridade às pessoas com mais de 40 anos.

A agência europeia também exortou a um aumento do nível global de vacinação na UE, especialmente nos países mais atrasados.

A Europa enfrenta o risco de ter de suportar um fardo "demasiado pesado" para a saúde a meio do inverno "se as medidas de saúde pública não forem implementadas com urgência", alertou ainda o ECDC.

 

 

Teva Talks: "Quem cuida dos Cuidadores"
A existência - ou falta dela - de um plano para a pessoa cuidada foi uma das necessidades identificadas nas Teva Talks, uma...

Manuel Caldas de Almeida, administrador executivo e diretor clínico do Hospital do Mar e vice-presidente da União das Misericórdias Portuguesas, concorda, até porque, como reforçou, tendo em conta o aumento das necessidades, “vamos ter poucos recursos e não nos podemos dar ao luxo de os esbanjar. E só com um plano é que isso será possível, um plano interdisciplinar”.

Uma interdisciplinaridade que, de resto, foi muito referida ao longo dos dois encontros, sobretudo por ser, de acordo com os especialistas, uma tarefa difícil, nomeadamente no que diz respeito à articulação entre Segurança Social e Saúde.

Numa altura em que, como refere Maria de Belém Roseira, antiga ministra da Saúde e da Igualdade e que, enquanto tal, procurou dar aos cuidadores informais um estatuto apenas agora reconhecido, “conseguimos viver mais tempo, mas mais dependentes de cuidados de saúde que não sabemos dar e para os quais é necessário treino e prática”, é preciso “ter sensatez a legislar”, o que, na sua opinião, não tem sido uma realidade até ao momento.

“Entendo que o Estado não possa dar o que não tem, mas não pode exigir o que não é exigível. Legislemos bem, ponhamos objetivos para o cumprimento de metas e que se cumpram os prazos. O que se pede é bom-senso”, refere, numa crítica ao Estatuto do Cuidador Informal, que os palestrantes nos dois eventos são unânimes em classificar como insuficiente.

“Há muito a fazer”, refere Rosário Zincke dos Reis. “O Estatuto ficou muito aquém das expectativas, afunila muito o que ficou consagrado na Lei de Bases. E ficou muito aquém também na implementação - ainda estamos na fase piloto!” A isto juntam-se outras questões: “um cuidador informal tem de ser forçosamente um familiar e sabemos que muitos não são, que há vizinhos, amigos a fazer este papel; é preciso que a pessoa cuidada tenha total dependência e que o cuidador o faça de forma permanente e tem de ter rendimentos muito baixos para ter acesso ao subsídio".

O caminho é ainda longo no sentido de dotar os cuidadores informais das condições para a realização de um papel considerado essencial. E as autarquias podem aqui dar um importante contributo, confirma Isabel Mota, assessora de Laurinda Alves, vereadora de Direitos Humanos e Sociais e da Saúde da Câmara Municipal de Lisboa. Ainda que a capital não disponha, para já, de qualquer apoio específico para os cuidadores, foi concluído um estudo que indica qual o perfil destas pessoas. “Foi feito um levantamento nas 24 freguesias e percebeu-se que os cuidadores informais são, na sua maioria, mulheres, com uma idade média de 47 anos e maioria licenciados”. Dados importantes porque, “quanto mais se souber sobre quem são os cuidadores, mais estratégias podemos desenvolver”.

Podem as autarquias e podem também as farmácias fazer mais pelos cuidadores informais, confirma Ema Paulino, presidente da direção da Associação Nacional das Farmácias. “Sensibilizar para a existência do estatuto e motivar a que as pessoas procurem informações” é uma das formas de o fazer. Mas há mais. “Outra forma de apoio é ter esta perceção de que é preciso cuidar do cuidador. Temos pessoas que começam a estar sobrecarregadas, cansadas e não reconhecem em si próprias muitos problemas. Pessoas que se vão ocupando dos outros e se esquecem de si mesmas. E podemos chamar a pessoa a cuidar de si própria, sensibilizar para a sua própria saúde.” O que é preciso, reforça, é “articulação e partilha de informação” com as farmácias.

Abordagem extraperitoneal que evita o contacto com as vísceras
A equipa de Urologia da CUF desenvolveu e implementou uma técnica inovadora para o tratamento cirúrgico do cancro da próstata -...

Esta nova abordagem, que já está a ganhar reconhecimento internacional, vem, ainda, alargar os critérios que até agora determinavam quem poderia ser submetido a uma cirurgia robótica, tornando-a acessível a um maior número de doentes. 

“Recentemente desenvolvemos e passamos a aplicar na CUF, a abordagem extraperitoneal que evita o contacto com as vísceras, como o intestino. A nova técnica, denominada de CUF Technique, quando em comparação com a técnica cirúrgica utilizada até então, por via intraperitoneal, apresenta um menor risco de complicações cirúrgicas e permite, por exemplo, que seja realizada a doentes com patologias respiratórias”, explica Estevão Lima, Coordenador de Urologia da CUF.

A nova técnica desenvolvida pelos urologistas da CUF é, ainda, a única que permite realizar uma prostatectomia assistida por robô em doentes com múltiplas cirurgias abdominais ou com história prévia de peritonites. Até ao surgimento desta nova técnica, estes doentes apenas podiam ser submetidos à cirurgia convencional.  

“A abordagem que desenvolvemos garante, consequentemente, uma recuperação pós-operatória ainda mais rápida e menos dolorosa, sendo possível, muitas vezes, a sua realização em ambulatório, ou seja, sem necessidade de internamento”, refere o Urologista.

O desenvolvimento desta técnica tem vindo a merecer reconhecimento nacional e internacionalmente, nomeadamente, através de convites para demonstrações cirúrgicas ao vivo em congressos de urologia, nacionais e internacionais, e através da publicação da descrição da “CUF Technique” no livro de edição internacional “Springer Editorial”, dedicado exclusivamente à cirurgia prostática feita por robô.

O cancro da próstata é um dos mais incidentes e o quinto mais mortal. Pela dimensão da sua incidência urge uma contínua aposta em novas abordagens de tratamento. Nos últimos anos têm surgido várias inovações cirúrgicas, desde o recurso à laparoscopia, passando pela robótica. Em resultado destas novas técnicas, os riscos de comorbidades têm vindo a decrescer e agora, “com esta nova abordagem, conseguimos que a prostatectomia robótica seja ainda mais precisa, segura e esteja disponível para um maior número de doentes”, refere Estevão Lima.

 

Estudo
Um estudo da docente Margarida Serrano, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC),...

A investigadora acompanhou dois grupos de 24 crianças – uma amostra constituída por crianças com hipoacusiva ligeira e outra por normo-ouvintes – entre a pré-primária e o 2º ano de escolaridade, avaliando parâmetros como a memória fonológica, vocabulário, discriminação auditiva, conhecimento das letras, consciência fonológica, descodificação de palavras e de pseudopalavras e compreensão na leitura de frases. Os resultados indicam que as crianças com hipoacusia ligeira têm pior desempenho, quando comparadas com os seus colegas normo-ouvintes, em tarefas que requerem memorização e repetição de sequências fonémicas sem suporte de informação lexical, revelando maior lentidão na aprendizagem da leitura. “As crianças com hipoacusia ligeira utilizam recursos cognitivos que implicam um maior esforço para conseguirem os resultados obtidos, especialmente na leitura de pseudopalavras, no 2º ano de escolaridade. Este esforço pode requerer maior atenção e consequentemente uma maior fadiga sentida por estas crianças”, descreve Margarida Serrano.

Estima-se que 20% das crianças portuguesas em idade pré-escolar tenham hipoacusia ligeira, dificuldade de audição provocada por alterações no ouvido médio, como otites, por exemplo. O nível de hipoacusia oscila ao longo do ano, mas o problema pode tornar-se permanente se não houver intervenção médica. Razão pela qual Margarida Serrano defende que “a avaliação audiológica das crianças no início da aprendizagem da leitura devia ser obrigatória”. Na perspetiva da investigadora, cabe aos professores estarem atentos aos sinais de alerta e implementar alterações na sala de aula (por exemplo, colocando a criança com suspeita de dificuldade auditiva num lugar privilegiado na sala de aula, onde possa ver a comunicação global do professor), se necessário.

No estudo “Impacto da Hipoacusia ligeira na aprendizagem da leitura (estudo longitudinal)” – que é amanhã apresentado em livro, numa cerimónia que acontece às 14H30, na ESTeSC-IPC – Margarida Serrano concluiu ainda que o desempenho dos dois grupos de crianças é pior no ruído do que no silêncio, quer na repetição de palavras, quer na repetição de pseudopalavras. “O ruído e a reverberação são uma constante nas salas de aula e as condições acústicas interferem na aprendizagem, especialmente nas fases iniciais, em que a criança ainda não tem autonomia de leitura e está dependente de audição”, nota Margarida Serrano. “Melhorar as condições acústicas das nossas escolas, através de pavimentos de madeira, paredes com isolamento acústico ou, pelo menos, material que permita diminuir a reverberação é algo imperativo nas nossas escolas, para o bem da qualidade da aprendizagem de todas as crianças”, sublinha.

 

 

27 de novembro
A Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia realiza nos próximos dias 26, 27 e 28 de novembro o seu 20º Congresso no...

O simpósio de dia 27 de novembro da Sanofi Genzyme decorre pelas 12h15 e conta com as intervenções de: Prof.ª Dr.ª Margarida Gonçalo, dermatologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Prof. Dr. Tiago Torres, dermatologista do Centro Hospitalar Universitário do Porto – Hospital Santo António, que dará voz ao tema ‘Changing the treatment of AD: real world evidence in Portugal and rest of the world’, e Dra.  Simona Tavecchio, dermatologista no hospital policlínico de Milão, com o tema ‘Long-term control AD: reality of clinical practice in Italy’.

A Dermatite Atópica é uma doença crónica, imunomediada, determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais, com um impacto elevado nas várias dimensões da vida dos doentes e das suas famílias.

Os principais efeitos visíveis são a vermelhidão, edema (inchaço), prurido (comichão), pele seca, fissuras, lesões descamativas, crostas e exsudação, afetando principalmente braços (56%), mãos (49%), cabeça, pescoço e pernas (39%). Além disso, 67% dos doentes com dermatite atópica apresenta outras doenças atópicas concomitantes, como rinite, asma e alergias alimentares.

 

Players do setor premiados pelo seu desempenho na cadeia de valor
A GS1 Portugal, organização neutra e sem fins lucrativos que impulsiona a eficiência ao longo de todas as cadeias de valor,...

Numa manhã em que se destacou a importância da rastreabilidade e codificação neste setor como forma de promover a segurança dos pacientes, Hugo Pedrosa, Engagement Manager da IQVIA, deu início à sessão com o tema o Impacto da pandemia na Supply Chain.

Em termos económicos, Hugo Pedrosa falou sobre o aumento do investimento em saúde e na despesa em medicamentos, destacando “o reforço dos contactos de proximidade e a capacitação dos centros de saúde” como pontos positivos do Plano de Recuperação e Resiliência. No que diz respeito à cadeia de abastecimento, o representante da IQVIA realçou que a pandemia trouxe uma rutura de stocks em medicamentos para o tratamento de patologias crónicas em ambulatório, assim como teve um impacto significativo em consultas de prevenção, cuidados primários, especialidades, diagnóstico e tratamento.

Hugo Pedrosa explicou ainda que não foram só desafios e que a pandemia trouxe também oportunidades que podem e devem ser aproveitadas. “Portugal tem agora a oportunidade de se diferenciar ao absorver a necessidade de produção de medicamentos na Europa, por ser um mercado muito concentrado na Ásia”, explicou. “A telemedicina e novos serviços da farmácia, tornando-as mais próximas do paciente, são também tendências que devem ser mantidas”, acrescentou. Por último, Hugo Pedrosa referiu a importância que o e-commerce ganhou no setor, alertando, no entanto, para os perigos da contrafação e para a necessidade do desenvolvimento de mecanismos de defesa para o consumidor.

Já no Painel de Debate sobre Factores de estrangulamento e Boas Práticas de Eficiência – Colaboração como fator crítico de sucesso para a eficiência, indústria e laboratórios, armazenistas e farmácias, partilharam a sua realidade, reforçando a confiança, a segurança, a transparência e a colaboração como pilares da cadeia de abastecimento da saúde.

O debate moderado por Cátia Gouveia, Gestora Sénior de Estudos de Níveis de Serviço da GS1 Portugal, contou com a presença de Tiago Baleizão, General Manager do Laboratório Stada, Pedro Paiva, Sales & Trade Marketing Director do Laboratório Perrigo, Hugo Ramos, Diretor Executivo Upstream & Downstream da Alliance Healthcare, Pedro Vasques, CEO da Rede Claro e Eunice Barata, Owner do Grupo Reis Barata.

Para Tiago Baleizão, da Stada, “a questão da confiança é transversal. Para podermos criar valor, temos de ter e criar confiança”.

Já Pedro Paiva, da Perrigo, explicou que têm utilizado os resultados dos estudos de benchmarking do setor da saúde promovidos pela GS1 Portugal como forma de melhorar os seus processos. “Mais do que entendermos, temos de fazer o diagnóstico, para projectarmos o que vamos fazer a seguir. O que não se mede, não se gere e é daqui que partimos”, garantiu.

No mesmo debate, Hugo Ramos, da Alliance Healthcare, afirmou que as duas palavras fundamentais para a cadeia de valor da saúde são “integração e colaboração”. “Qualquer player/stakeholder que queira trabalhar sozinho não terá sucesso”, assegurou.

Por seu lado, Pedro Vasques, da Rede Claro, falou da competitividade sentida neste setor: “factualmente, e de forma pragmática, se não temos resultados, estamos em dificuldade”. “Na Rede Claro, mais do que um KPI, vemos a evolução como a nossa cultura. Queremos, não só estar entre os melhores, mas ter o melhor propósito”, rematou.

Ainda nesta sessão, Eunice Barata, do grupo Reis Barata, destacou a importância dos estudos de benchmarking da GS1 Portugal, em particular o Bechmarking Saúde, instrumento de gestão essencial: “até participarmos nestes estudos não medíamos a satisfação dos nossos parceiros/fornecedores e foi interessante essa análise. Foi importante perceber, sobretudo, que toda uma equipa faz um resultado final”, explicou.

Em todas as intervenções, ao longo do painel de debate, ficou clara a importância dada pelos vários players à colaboração e à partilha de informação como formas de melhorar os resultados e tornar a cadeia de de valor cada vez mais segura e eficiente.

O evento culminou com a entrega de prémios do estudo de níveis de serviço da GS1 Portugal para o setor da saúde, Benchmarking Saúde, referentes à 7.ª edição. Depois de explicada a metodologia e algumas informações sobre o processo, ficou claro que os resultados do estudo apresentam não só tendências do setor, como uma perspetiva dos níveis de serviço dos laboratórios e dos respetivos clientes, e parceiros, ao longo da cadeia de valor.

Quanto aos vencedores, do lado dos Laboratórios, a Perrigo venceu nas categorias de Armazenistas, Parafarmácias de Retalho e Grupos de Farmácias, enquanto o galardão de Fármacias foi entregue à GSK Consumer. Do lado dos Clientes, nesta cadeia de valor, na categoria Parafarmácia de Retalho a vencedora foi a marca Bem-Estar da insígnia Pingo Doce, em Armazenistas venceu a Alliance Healthcare e, por fim, a Rede Claro ganhou o prémio na categoria de Grupos de Farmácias.

Inquérito
Quase três em cada dez mulheres (29%) com menos de 44 anos de idade admitem ter adiado os seus planos de maternidade por causa...

Mas a pandemia teve outros impactos, como o stress e a ansiedade (49%), medo e incerteza (38%), os sentimentos que afetaram mais de um terço das pessoas em Portugal, um stress que passou para 48% nos homens mais jovens e 57% nas mulheres. De resto, os problemas psicológicos (33%) são mesmo uma das principais consequências da pandemia indicadas pelos portugueses, valor que nos coloca ligeiramente acima da média europeia (30%), e que se faz acompanhar pela dificuldade em cumprir as responsabilidades familiares e laborais (27%, o mesmo que a média dos restantes países onde foi realizada a sondagem).

Convidados a avaliar o seu estado de saúde físico, 42% dos portugueses consideram-no “bom” ou “muito bom”, o que nos torna o país europeu com menos cidadãos que assim o caracterizam, seguido da Bélgica e Alemanha (ambos com 49%). Um estado que é ainda percecionado como pior quando a questão tem a ver com a saúde emocional: aqui, apenas 38% a classificam como “boa” ou “muito boa”, um valor que nos coloca no segundo pior lugar, apenas atrás dos alemães (37%).

Ainda de acordo com o estudo, 76% dos inquiridos defendem ser necessário mais investimento em medicina preventiva e de saúde pública, um valor bem acima da média europeia (56%), seguido por uma maior aposta na saúde mental (57% vs 41% da média europeia) e cuidados de saúde primários (49% vs 43%).

Mas, afinal, também houve aspetos positivos associados à pandemia. Quase metade dos portugueses viram a sua solidariedade (44%) melhorar, um valor acima da média europeia (33%). Quanto à sua resiliência, também aumentou, pelo menos para 40% dos inquiridos (vs 22% da média europeia).

A vida social foi reduzida para seis em cada 10 europeus, um valor muito superior ao nacional. Por cá, apenas dois em cada 10 sofreram esta consequência da pandemia, com 21% a afirmarem ter melhorado a sua dieta após um ano de Covid-19 (vs 20% da média europeia) e 25% a confirmarem uma redução no consumo de álcool e drogas (vs 24%). Para 33%, houve mesmo uma redução das relações sexuais.

“Todos comentam que esta pandemia teve como consequências uma grande crise a nível da saúde, social e económico e, por isso mesmo, na Merck quisemos saber, através dos números reais e representativos, o seu verdadeiro impacto junto dos Portugueses e Europeus. Acreditamos que só questionando as pessoas sobre o que elas sentem, pensam e precisam conseguiremos ajudar com respostas. Uma sociedade saudável é a base para a construção de uma sociedade mais forte, segura e que cria valor”, explica Pedro Moura, Diretor-Geral da Merck.

O estudo ‘Merck survey: Europeans' perception of health two years after the start of Covid 19’ foi realizado junto de pessoas com idades compreendidas entre os 18 e 65 anos, em 10 países europeus (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Suíça), através de uma abordagem CAWI (entrevistas realizadas através da Internet). A amostra nacional foi de 600 pessoas e as entrevistas decorreram entre 31 de agosto a 8 de setembro de 2021.

Anemia Working Group Portugal alerta para falta de sensibilização para este problema e realiza rastreios no País
Foi há pouco menos de um mês que a Assembleia da República publicou a Resolução nº 269/2021, que recomenda ao Governo “que...

O maior grupo de risco são as mulheres em idade fértil, que pelas perdas hemáticas mensais, perdem ferro, sendo necessário a sua reposição. O principal sintoma é a fadiga, e em regra geral, este grupo de risco, por todas as responsabilidades laborais, familiares e domésticas, considera ser normal o sentimento de fadiga, pelo que é comum desvalorizarem este sintoma, e em consequência não procurarem ajuda clínica. Outro dos sintomas é a perda de cabelo e unhas quebradiças, que como sabemos, todas tendemos a procurar ajuda nos nossos cabeleireiros e manicures.

Doentes com insuficiência cardíaca, insuficiência renal, grávidas e doentes oncológicos são também outros grupos de risco.

Apesar de confundidas por muitos, ferropénia e anemia são diferentes, ainda que partilhem uma ligação forte. “A ferropénia traduz a diminuição do ferro disponível no nosso organismo, para integrar a hemoglobina. Estando, por esta razão, reduzida a hemoglobina nos glóbulos vermelhos, estamos perante a existência de anemia”, refere o especialista, que dá conta das consequências de uma ferropénia por tratar. “Implica menor disponibilidade de captação de oxigénio pelos glóbulos vermelhos e menor disponibilidade de energia para as funções do organismo. Por isso, a ferropénia está associada globalmente a sensação de fadiga, de fraqueza, de dificuldade de concentração, por vezes pode ser confundida com estado depressivo. Na gravidez, está associada ao parto pré-termo, ao baixo peso ao nascer e a maior mortalidade peri-natal. Está também associada ao agravamento da condição clínica dos doentes com insuficiência cardíaca, insuficiência renal e doença oncológica.”

Motivos de sobra para lhe prestar atenção, mais ainda tendo em conta, como acredita o presidente do AWGP, a existência de uma falta de sensibilização da população para o tema. “É preocupação atual o nível de literacia em Saúde dos portugueses. As pessoas têm acesso ilimitado à informação, sobretudo através da internet, mas nem sempre estão capacitadas para diferenciar a credibilidade das fontes de informação e não entendem o peso relativo dos assuntos. Para isso, é necessário atuar nas escolas com programas de literacia, o que leva tempo.”

O tempo tem levado também à implementação em Portugal do Patient Blood Management (PBM) o qual está intimamente ligado ao tratamento da anemia. João Mairos explica que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, trata-se de “uma abordagem sistematizada, baseada em evidências e focalizada no doente, de forma a otimizar a gestão da transfusão, com o objetivo de garantir um tratamento eficaz e de qualidade, assegurando os melhores cuidados de saúde em termos de segurança e eficiência. Não sendo fácil de explicar o conceito, poder-se-á afirmar que consiste em considerar o sangue de cada um de nós como um tesouro único e tomar uma série de ações clínicas e organizacionais para o preservar como primeira prioridade, evitando o recurso à transfusão”.

No que diz respeito à anemia, e porque “os doentes que sofrem de anemia e/ou de ferropénia estão mais sujeitos ao risco transfusional, impera, pois, tratar a anemia, a ferropénia e as suas causas subjacentes, como uma prioridade para o doente, respeitando assim o conceito de PBM”.

Uma gestão com ganhos comprovados. “Aos importantíssimos ganhos clínicos obtidos com o PBM, surgem associados ganhos económicos muito significativos. Um programa de PBM implementado na Austrália, entre 2008 e 2014, gerou uma poupança ao sistema de saúde na ordem dos 18.5 milhões de dólares só no que respeita a produtos do sangue e globalmente na ordem dos 80 a 100 milhões de dólares. Em Portugal, as estimativas apontam para uma poupança de 67,7 milhões de euros num ano.”

Apesar disto, e de já existirem, no nosso país, programas a decorrer, “há ainda muito para fazer, sobretudo consciencializar, de forma eficaz, todos os atores envolvidos (onde se incluem os profissionais de saúde) para a necessidade de implementar o PBM”. Esta é, defende o especialista, “simultaneamente uma obrigação clínica, ética e económica”.

Para aumentar a informação e conhecimento sobre a anemia e ferropénia, o AWGP em colaboração com a Federação Portuguesa de Futebol, realiza no dia 26 de novembro, rastreios junto da Seleção Nacional A de futebol Feminino.

Luís Alcoforado, especialista em Ciências da Educação, é o orador convidado
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, hoje à tarde (15h15-16h30), o webinar "MulticulturalCare...

O seminário online (sessão Zoom), gratuito, com possibilidade de participação presencial na ESEnfC (auditório do Polo A), enquadra-se no âmbito do projeto MulticulturalCare - Educating students through innovative learning methods to intervene in multicultural complex contexts, que a ESEnfC está a liderar e que pretende educar estudantes de enfermagem europeus para saberem intervir em contextos multiculturais complexos, capacitando os futuros profissionais de saúde para o atendimento adequado a migrantes, refugiados e populações em contextos culturais diversos.

Coordenado pela docente da ESEnfC, Ana Paula Monteiro, o projeto, financiado pela Comissão Europeia (programa Erasmus+), envolve profissionais de mais duas instituições de ensino superior europeias – UC Limburg (Bélgica) e Universidad de Castilla-La Mancha (Espanha) –, peritos nas áreas de enfermagem, psicologia, sociologia, antropologia e ciências da saúde.

De acordo com a equipa da ESEnfC, «o projeto pretende dar resposta a uma necessidade crescente no espaço europeu, de formar profissionais de saúde com competências para prestar cuidados de saúde culturalmente sensíveis e congruentes, através de um modelo de formação transnacional».

 

Iniciativa do Ministério da Agricultura conta com dotação orçamental de €5M
Iniciativa do Ministério da Agricultura, o Plano Nacional da Alimentação Equilibrada e Sustentável disponibiliza 5 milhões de...

“Este Plano configura-se como um passo fundamental na garantia do direito humano a uma alimentação adequada e a salvaguarda do nosso planeta”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, acrescentando “contem com os nutricionistas para operacionalizar este plano e desenvolver ambientes facilitadores de escolhas alimentares mais saudáveis e amigas do ambiente, enquadradas, naturalmente, naquilo que é a Dieta Mediterrânica.”

O Plano Nacional da Alimentação Equilibrada e Sustentável vai ser materializado por uma equipa interdisciplinar, nomeadamente por nutricionistas, que vão ter a responsabilidade de promover hábitos alimentares saudáveis, identificar produtos alimentares de produção local e sazonal e reduzir o desperdício alimentar.

Com a iniciativa, o Ministério da Agricultura pretende estimular a produção nacional; promover a adoção de sistemas de produção e distribuição mais sustentáveis, com base nas cadeias curtas de abastecimento e nos sistemas alimentares locais; valorizar os produtos endógenos de qualidade; valorizar e salvaguardar a Dieta Mediterrânica, enquanto sistema e padrão alimentar caraterístico do território nacional, criando e promovendo estímulos à sua adesão; e sensibilizar e aconselhar os consumidores e a população em geral para a adoção de uma alimentação nutricionalmente equilibrada e informada.

Entre os objetivos do plano, a Ordem destaca a valorização da Dieta Mediterrânica, um padrão alimentar com uma oferta predominantemente de origem vegetal e amiga do ambiente, de proximidade, e que integra uma enorme biodiversidade de produtos sazonais. 

O Plano Nacional da Alimentação Equilibrada e Sustentável foi apresentado esta quarta-feira, dia 24 de novembro, em Tavira, no Algarve, pela Ministra da Agricultura, com a presença da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, e baseia-se em quatro eixos: Consumo, Produção, Dieta Mediterrânica e Educação e Literacia Alimentar.

Recorde-se que um terço dos alimentos produzidos são, anualmente, desperdiçados em todo o mundo e que se estima que, em 2050, a população mundial ultrapasse os 9 mil milhões de habitantes, o que obriga a uma transformação significativa do sistema alimentar global para que este possa responder às necessidades do crescimento populacional. 

Perda total de controlo
A Compulsão Alimentar é um transtorno alimentar, tal como a anorexia e a bulimia.

Quem sofre desta perturbação descreve episódios recorrentes de compulsão, ou seja, uma necessidade urgente de querer comer muito, sem, no entanto, sentir fome fisiológica. Há uma perda total do controlo alimentar. As pessoas comem para sentir saciedade, para sentir o corpo cheio. Sentir-se cheio para preencher um vazio, que é na realidade emocional.

Em alguns casos, a Compulsão Alimentar pode ter uma fase mais calma e controlada, levando a pessoa a pensar que já não tem esta perturbação. Contudo, por norma, se não for realizado qualquer tratamento, a pessoa pode viver em constantes oscilações ao longo de toda a sua vida.

Por que surge esta perturbação?

As perturbações emocionais surgem quando temos emoções negativas que de alguma forma não conseguimos gerir. E enquanto a pessoa está a comer, vai devorando os medos, a tristeza, a raiva, a solidão, emoções e sofrimentos que não consegue enfrentar de outra forma. Em alguns casos, este “escape” pode até tornar-se uma compulsão.

Isto pode acontecer em pessoas com maior carência afetiva, com baixa autoestima, autoimagem negativa, que realizam dietas muito restritivas, para fugir de emoções negativas sentidas no momento, outras por causa de perturbações psicológicas (ansiedade, depressão…), outras até para não pensar e sentir. Todas estas variáveis dependem do que as pessoas experienciam ao longo das suas vidas.

Os alimentos fazem-nos sentir sensações de prazer e quanto mais se consome, mais prazer ou alívio é gerado e maior será a necessidade de comer. Todo este processo transforma-se num círculo vicioso que dificilmente se consegue sozinho quebrar e parar. A falta de controlo está ligada à parte inconsciente, como se o indivíduo entrasse numa espécie de piloto automático não conseguindo parar até sentir a sensação de alívio.

Abuso ou Compulsão Alimentar?

É importante saber distinguir o que é um transtorno de compulsão alimentar e os comportamentos alimentares que se tem, por exemplo, num contexto de festa e/ou de celebração. O convívio à volta da mesa faz parte da nossa cultura. Estas situações levam por vezes a alguns exageros na quantidade de comida ou até na escolha dos alimentos.

Mas, em dias de festa, quem sofre desta perturbação encontra uma justificação para a sua compulsão, «hoje posso comer mais porque toda a gente o faz», permitindo-se novamente entrar neste círculo vicioso.

Fora o contexto de convívio, é também comum sentir aquela “fome de doces” por estarmos mais tristes ou aborrecidos e, por vezes, comemos de forma mais descontrolada. Contudo, estas situações não querem dizer que se sofre de uma perturbação alimentar. Faça as seguintes questões:

  • Os excessos são constantes?
  • Surgem com alguma frequência ou são apenas momentâneos?
  • Porque sente esta necessidade de comer?
  • Sente que está a tentar preencher um vazio? Qual?

Se a resposta for não, provavelmente não se tratará de Compulsão Alimentar.

Quais são os sintomas?

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM V), os sinais de Compulsão alimentar pode ser:

  • a ingestão excessiva de comida num período determinado de tempo;
  • sensação de falta de controlo sobre a ingestão;
  • comer mais rapidamente do que o normal
  • comer até sentir um desconforto
  • comer grandes quantidades sem ter fome;
  • sentir frustração, revolta e tristeza logo após o episódio;

Todos estes critérios são sinais de preocupação quando ocorrem de forma constante.

Quem sofre deste transtorno sente uma mistura de dor, vergonha e culpa perante esta falta de controlo. Após um episódio de compulsão, a pessoa tenta mentalizar-se que não pode mais voltar a ter estas atitudes e promete a si mesma que vai se esforçar para se controlar. Este processo representa uma luta interna entre a consciência e a nossa parte automática/inconsciente. As emoções associadas à parte inconsciente são tão fortes que conseguem sobrepor-se à própria vontade de controlo.

Neste sentido, é frequente ocultar os sintomas e realizar estas compulsões em segredo ou o mais discretamente possível. Por norma, quando a pessoa está sozinha estes comportamentos costumam acontecer. A solidão pode influenciar momentos de introspeção, de “olhar para dentro”, deixando a pessoa mais vulnerável, confrontando-se com a sua própria dor.

Qual o tratamento mais adequado?

É importante trabalhar a raiz do problema. Para isso, torna-se importante um acompanhamento especializado de Psicoterapia, para percebermos e trabalharmos o vazio emocional que está a ser preenchido.

A conjugação com um profissional na área da nutrição é também importante na medida em que por vezes é necessário desmistificar algumas crenças relativas à alimentação e fomentar hábitos alimentares saudáveis.

Se o tratamento passar apenas pela nutrição, dificilmente a perturbação irá ser ultrapassada. No entanto, não resolve a parte interna, os conflitos psicológicos, as crenças associadas à autoimagem, todos estes fatores devem ser trabalhados em contexto terapêutico.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A importância da Ciência Biomédica como base para a melhoria da Saúde e Bem-estar da Humanidade, de

Tudo isto só foi possível graças a algumas características da Ciência que se pratica atualmente, nomeadamente a utilização de tecnologias altamente diferenciadas e especializadas, aliadas a uma elevada inter e multidisciplinaridade, e beneficiando de uma grande colaboração interinstitucional e transnacional. De facto, nunca como hoje se assistiu a uma tão ampla partilha de conhecimento e informação, potenciada pelas modernas tecnologias digitais que colocam o mundo à distância de um clique.

Mas nada disto seria possível sem o caminho que a Ciência fez até aqui, conduzida pelos cientistas e investigadores mais ou menos anónimos que, todos os dias, pugnam por estender o conhecimento para além das fronteiras que foram sendo alargadas ao longo do tempo desde que o Homem decidiu empreender essa jornada. Descobertas aparentemente “menores” são muitas vezes a chave para desenvolvimentos tecnológicos e científicos de grande impacto nos mais diversos domínios. O Conhecimento é a soma desses pequenos avanços que quotidianamente nos chegam de instituições dispersas por todo o mundo.

De facto, atualmente são publicados diariamente milhares de artigos científicos sobre os mais variados temas, de tal modo que mesmo os especialistas têm dificuldade em acompanhar a evolução da Ciência em qualquer dos seus ramos. A hiperespecialização, que também é uma das características da Ciência atual, torna por vezes difícil compreender o significado e o alcance do resultado do labor dos cientistas. É, pois, muito importante saber comunicar Ciência e aumentar a literacia científica da população de modo a que, confrontados com as descobertas científicas, sejamos capazes de as interpretar adequadamente.

Numa outra vertente, segundo os dados da OCDE (disponíveis em https://www.oecd.org/science/msti.htm), em 2019, antes da pandemia, o investimento em Ciência em Portugal foi de cerca de 1,4% do PIB, enquanto a média nos 27 países da UE foi de 2,1% e nos países da OCDE foi de 2,5% (na Coreia do Sul foi de 4,6%!). Verifica-se assim que, apesar do aumento do investimento verificado nos últimos anos, estamos ainda longe dos patamares observados na maioria dos países desenvolvidos, pelo que urge reforçar a parcela do orçamento, do estado e das empresas, dedicada à Ciência. A este propósito, note-se que atualmente mais de metade do investimento em Ciência realizado no nosso País provém do sector empresarial.

Mas a Ciência não é Verdade, muito menos absoluta. É o conhecimento possível num determinado contexto histórico e tecnológico. Numa época em que, por vezes, a realidade se confunde com a ficção, em que de forma mais ou menos propositada são divulgadas notícias falsas ou enganadoras que servem propósitos obscuros, torna-se particularmente importante saber reconhecer os limites da Ciência.

É que, tão errados estão os que negam a ciência sem fundamento como aqueles que se recusam a questioná-la fundamentadamente.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
European Alliance for Medical Radiation Protection Research (EURAMED)
Graciano Paulo, docente da unidade científico-pedagógica de Imagem Médica e Radioterapia da Escola Superior de Tecnologia da...

Constituída por cinco associações europeias (representativas dos médicos Radiologistas, médicos Nuclearistas, médicos de Radioncologia, técnicos de Radiologia, Radioterapia e Medicina Nuclear e Físicos médicos), a EURAMED tem como objetivo promover a investigação e o ensino na área da utilização de radiação ionizante para fins médicos, através do desenvolvimento de uma agenda de investigação estratégica em cooperação com a Comissão Europeia e vários outros “stakeholders” internacionais e nacionais, incluindo representação de associações de doentes.

Graciano Paulo integra a direção da estrutura desde 2017. O principal objetivo para o mandato que agora se inicia passa por promover a harmonização das práticas médicas que utilizam radiação ionizante no espaço europeu e promover uma cultura de segurança radiológica.

 

 

O primeiro episódio do podcast conta com Roberta Medina
O nome do podcast, “It’s ok to not be ok”, é nada mais nada menos que um empréstimo à frase repetida durante os jogos olímpicos...

A saúde mental é um dos problemas mal resolvidos que a pandemia deixou a descoberto e, quando uma atleta olímpica de topo o trouxe para o espaço público, apenas reforçou a urgência de conversar e partilhar experiências e para que se encontrem novas respostas. Por isso, nesta série de conversas Rute Sousa Vasco, jornalista e publisher da MadreMedia, e M. Inês Cabral, Head of Marketing do LACS - Community of Creators, desafiaram empresários e gestores a partilhar as suas histórias de como a pandemia mudou a forma como trabalhamos e como nos vemos no mundo do trabalho.

As conversas são gravadas no edifício do LACS, nos Anjos, em Lisboa, onde a MadreMedia tem instalado o estúdio “Next” de produção de conteúdos.

O primeiro episódio do podcast conta com Roberta Medina, a empresária e rosto do Rock in Rio, que chegou "bagunçando o coreto" com o seu otimismo e fé inabalável no bem que todos nós podemos fazer uns pelos outros.

“Somos todos parte desse projeto único, que é a vida nesse planeta. Cada um de nós tem uma função, mas o projeto é um só. Se a gente olhar dessa forma, a gente começa a se preocupar mais com o vizinho”, diz Roberta Medina.

É com esta esperança que a produtora de eventos encara a 9.ª edição do festival Rock in Rio Lisboa, que já foi adiada duas vezes desde o início da pandemia da Covid-19.

Explica que é fácil desmotivar e que ficou “de luto” com o segundo adiamento, especialmente por ter de trabalhar a moral dos colaboradores sem certezas do que ia acontecer.

Para Roberta Medina, o período que estivemos em casa "acentuou a necessidade [de falarmos uns com os outros]” e “reforçou a importância do ser humano”.

"De alguma forma fomos obrigados a desacelerar um pouco. Eu adorava fazer o deslocamento casa-trabalho porque sempre foi um tempo de baixar a poeira. Eu agora não quero ficar 50 minutos no engarrafamento. Passei a ser muito mais mãe agora porque eu posso jantar com os meus filhos", revela.

 

 

Dados OMS
Os casos globais da Covid-19 aumentaram 6%, na semana passada, em comparação com os sete dias anteriores, totalizando 3,6...

Além disso, a variante delta, mais contagiosa, começa a tornar-se a única que circula.

A subida semanal é a quinta consecutiva, embora como nas semanas anteriores, a Europa seja na verdade a única região onde os casos estão a aumentar (11% na semana passada), enquanto estes permaneceram estáveis nas Américas e no Leste asiático e caíram em África, no Sul da Ásia e no Médio Oriente.

O Velho Continente também registou mais de metade das mortes por Covid-19 na semana passada (29.000 de um total de 51.000, o que representa um aumento de 6% em relação aos sete dias anteriores).

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de quatro mil casos de infeção pelo novo coronavírus e 17 mortes em território nacional. O...

A região Centro foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: sete em 17. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com seis óbitos e a região Norte com dois óbitos a assinalar nas últimas 24 horas.  A região autónoma da Madeira também registou duas mortes desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3773 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.126, seguida da região Norte com 1.090 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 912 casos na região Centro, 186 no Alentejo e 284 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 70 infeções, e os Açores com 105.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 681 doentes internados, mais 32 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais 12 doentes internados, desde o último balanço: 105

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.494 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.063.689 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 48.032 casos, mais 2.262 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.296 contactos, estando agora 49.654 pessoas em vigilância.

4 recomendações
Sensação de sede excessiva, vontade frequente de urinar, fadiga, visão embaçada, fome e perda de pes

Para prevenir e controlar a Diabetes é fundamental reconhecer estes sintomas, realizar rastreios regulares e adotar hábitos de vida saudável como, por exemplo, uma alimentação cuidada, o controlo do peso e a prática de exercício físico.

Com a quadra natalícia mesmo à porta – tão propícia, muitas vezes, a alguns excessos –conheça quatro recomendações do Mundo Z da Zurich para diminuir o risco de desenvolver a doença e ter um estilo de vida mais saudável.

  1. Adote uma alimentação saudável e variada. Uma alimentação saudável, variada e rica em fibras é um dos pilares da prevenção da Diabetes – e é o melhor instrumento para controlar o peso e evitar problemas de obesidade. Procure consumir diariamente frutas e legumes e evite os alimentos processados ou ricos em gordura.
  2. Diga não ao sedentarismo. A prática de exercício regular é também um fator determinante para a prevenção da Diabetes, uma vez que o exercício físico contribui para o bom funcionamento do pâncreas e para controlar os níveis de glicose. Procure, por exemplo, realizar caminhadas rápidas de 150 minutos por semana (50 minutos em três dias alternados). Contudo, antes de começar a fazer exercício físico deverá aconselhar-se com o seu médico para saber qual é a atividade mais aconselhável à sua condição física.
  3. Elimine o tabaco. As pessoas fumadoras apresentam um risco de 30% a 40% maior de desenvolver a Diabetes do Tipo 2, a forma mais comum e frequente da doença. Por essa razão, o tabaco deverá ser eliminado.
  4. Monitorize a saúde com regularidade. Como a Diabetes é uma doença que se instala sem dar sinais óbvios, é importante realizar os seus exames e análises de saúde de rotina e monitorizar periodicamente os níveis de glicémia.

Estes conselhos são válidos não só para prevenir o aparecimento da Diabetes, mas também para quem já tem a doença conseguir mantê-la sob controlo. Comece já hoje a adotar um estilo de vida saudável, contribuindo para prevenir o risco de desenvolvimento da Diabetes e também de outras doenças.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
25 de novembro é o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) promove, amanhã à tarde, um seminário internacional subordinado ao tema ...

Organizado pelo projeto da ESEnfC, (O)Usar & Ser Laço Branco, o seminário, por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres (que se assinala a 25 de novembro), procura, não só, dar a conhecer diferentes manifestações e comportamentos de violência sexual, suas implicações na saúde e respostas socio-legais para a minimização e erradicação deste flagelo, mas também analisar a implementação de planos de ação para a igualdade de género nas instituições de ensino superior, identificando áreas prioritárias de intervenção.

Os trabalhos do encontro (em formato virtual, via Zoom) começam às 14h15, hora da sessão de abertura, pelos professores Cristina Veríssimo (projeto (O)Usar & Ser Laço Branco) e João Apóstolo (coordenador da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem).

Segue-se (14h30) a conferência “Masculinidades: trabalhar com homens na prevenção da(s) violência(s)”, por Ritxar Bacete González (CEO na Promundo Spain Consulting), e, uma hora depois, a exibição de um vídeo feito por estudantes e professores do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, que procura contribuir para informar, sensibilizar e educar jovens através dos seus pares, para prevenirem e combaterem a violência exercida diretamente sobre as mulheres, especialmente no contexto das relações de intimidade.

“(Des)Ocultar Violências” é o título do painel programado para as 15h45, no qual se discutirá “Violência(s) nas relações de intimidade: a violência sexual como a face menos visível” (por Sofia Neves, investigadora, professora universitária e presidente da Associação Plano i), “Prevenção da violência sexual em estudantes do ensino superior” (por Natália Cardoso, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) e “Programas de intervenção em violência sexual”, por Conceição Alegre (ESEnfC/(O)Usar & Ser Laço Branco).

Antes da sessão de encerramento do seminário, haverá ainda lugar à conferência “Implementação de planos de ação para a igualdade de género (GEPs) nas instituições de ensino superior”, a proferir, às 17h00, por Mónica Lopes (Universidade de Coimbra/Centro de Estudos Sociais).

Mais informações sobre este seminário estão disponíveis no sítio do evento na internet, em www.esenfc.pt/event/lacobranco2021.

 

Menos doentes com diabetes tratados nos hospitais do SNS
No âmbito da iniciativa “Um PRR para a Diabetes – A Oportunidade é Agora”, promovida pela Associação Portuguesa de...

No que diz respeito aos Cuidados de Saúde Primários, entre março e dezembro de 2020, o receio de interação com estas unidades e uma potencial limitação na capacidade de vigilância e monitorização ativa por parte destes serviços resultou num decréscimo de 23% nos valores de incidência (novos casos) de diabetes. O mesmo aconteceu com a obesidade, principal fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 – foram registados menos 62% de novos casos.

Por outro lado, a alocação exaustiva de recursos humanos e técnicos para responder à covid-19 comprometeu a dinâmica assistencial em vários domínios relevantes para a prevenção de complicações na diabetes. Só no primeiro ano de pandemia foi possível verificar um decréscimo de 13,5% por cento na cobertura populacional de consultas de enfermagem de vigilância da diabetes; de 16,5% nos rastreios de retinopatia diabética e de 19% na cobertura da consulta de pé diabético.

Por outro o lado, o número de pessoas com diabetes com uma gestão adequada do regime terapêutico caiu 14,5%.

Na globalidade, a proporção de pessoas com diabetes com registo de acompanhamento adequado sofreu um decréscimo de 56% no primeiro ano de pandemia, face a 2019.

Joana Sousa, da MOAI Consulting, explica que “A diabetes já é atualmente reconhecida como uma das prioridades globais de saúde pública e uma das mais impactantes doenças crónicas não transmissíveis. Isto quer dizer que, mesmo antes da pandemia e dos seus efeitos no sistema de saúde, os esforços levados a cabo para melhorar o acesso aos devidos cuidados de saúde e, num espectro mais amplo, otimizar a gestão integrada da diabetes se manifestavam insuficientes. Sabemos que em custos diretos com cuidados de saúde, a diabetes representa anualmente no nosso país um encargo na ordem dos 1,5 mil milhões de euros, ou seja, cerca de 0,7% do PIB. Estes números refletem a necessidade de trabalhar na prevenção da diabetes tipo II e diminuir a prevalência desta doença em Portugal – onde os casos registam valores superiores à média da União Europeia em cerca de 100 casos por 100.000 habitantes. A quebra que os dados nos mostram ao nível do acompanhamento das pessoas com diabetes por parte da rede de Cuidados de Saúde Primários poderá contribuir para agravar esta tendência.” 

O Contexto Hospitalar

Já nos hospitais do SNS, os dados referentes ao ano de 2020, por comparação ao ano anterior, revelam que houve um decréscimo de 15% no número de doentes com diabetes, quer em internamento, quer em hospital de dia e outras formas de tratamento ambulatório, verificando-se as maiores reduções entre os períodos homólogos de abril (-40%) e maio (-25%). Tais resultados podem ser explicados por diversos fatores como a concentração dos hospitais nos doentes com covid-19, o receio dos doentes em procurar serviços de saúde e a política geral de confinamento.

Contudo, o peso relativo dos doentes com diabetes no contexto da atividade de internamento hospitalar aumentou em cerca de 5% no mesmo período. Admite-se que a súbita falha na resposta dos serviços de saúde poderá ter tido uma repercussão mais negativa em doentes diabéticos, provocando descompensações que motivaram a procura hospitalar.

O estudo, realizado pela consultora IASIST do grupo IQVIA, mostra que a complexidade dos doentes com diabetes aumentou cerca de 15% em 2020, o que se traduz num aumento dos custos médios por doente tratado de 2.900€ (2019) para 3.300€ (2020). Quando comparado com um “doente padrão” com alta hospitalar nos hospitais do SNS em 2020, os doentes com diagnóstico principal de diabetes apresentaram um custo médio de recursos 30% superior. Se olharmos ao tempo médio de internamento, também se registou um aumento de 2,5% para doentes com diabetes como diagnóstico principal e 3,8% nos casos em que a diabetes foi diagnóstico secundário, o que parece confirmar a maior complexidade dos doentes com diabetes.

Apesar de uma redução na mortalidade geral hospitalar de 2,2% - fenómeno ainda não devidamente estudado, mas que poderá estar relacionado com a redução da procura e o confinamento, que provocaram mais mortalidade no domicílio e nas Estruturas Residenciais para Idosos (ERPIs), contrariando até a ideia de que a COVID teria induzido uma maior mortalidade hospitalar – verificou-se um aumento da mortalidade intra-hospitalar nos doentes com diabetes em  6,9% e 5,1%, respetivamente em doentes com diagnóstico principal e  diagnóstico secundário.

No entanto, a evolução mais significativa resulta da análise da letalidade da doença, ou seja, o número de óbitos face aos doentes internados que registou um aumento de 24,9% nos doentes com diabetes como diagnóstico principal e 22,6% nos doentes com diabetes como diagnóstico secundário. Parece assim, evidente, que estivemos, em 2020, perante uma casuística com diabetes mais severa, com uma letalidade francamente superior.

Relativamente às complicações, é particularmente relevante o crescimento de 2% das amputações major em doentes com diabetes como diagnóstico principal, ao contrário do que se passou a nível nacional (redução de 8,1%) e nos doentes com diabetes como diagnóstico secundário (redução de 7,6%). Assinala-se um aumento verificado logo em março, no início da pandemia, de 55% no número de amputações, face ao mês homólogo do ano de 2019.

 Este estudo analisou ainda a relação da diabetes com o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) evidenciando, no caso do AVC, um aumento de 9% no número total de óbitos e de 15,4% da letalidade, em 2020. Já nos doentes com diabetes e com EAM, os 5.500 doentes identificados em 2020 representam uma diminuição de 15%, face ao número de casos no ano anterior. Apesar de a mortalidade ter sido semelhante entre os dois períodos, a taxa de letalidade aumentou 17%.

 Manuel Delgado, Consultor da IASIST/IQVIA, aponta que “os dados deste estudo confirmam que os doentes com diabetes foram largamente afetados com as consequências da pandemia na redução da atividade hospitalar em 2020 e que é prioritário avaliar prospectivamente todos os doentes com diabetes seguidos nos hospitais, sobretudo com formas mais severas da doença e com interrupção de visitas ou consultas no ano de 2020. Esta reavaliação, que deverá estudar bem as situações de doença agravada e as suas causas, será decisiva para recuperar a qualidade de vida de muitos doentes com diabetes e, nalguns casos, poupar vidas. 

A iniciativa “Um PRR para a Diabetes – A Oportunidade é Agora” junta 21 especialistas com o objetivo de definir um plano de ação que venha alterar o paradigma da resposta aos desafios da diabetes em Portugal. O evento público de apresentação e discussão das soluções propostas vai realizar-se no próximo dia 26 de novembro, num evento que decorrerá às 10 horas, via streaming e no Auditório do Jornal Público.

Canal de Youtube da AICSO
Que tipos de cancro da mama existem? Como se vive com cancro da mama avançado? Quais os tratamentos e que tipo de reabilitação...

Em parceria com a Sociedade Portuguesa de Senologia, a Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) gravou 19 pequenos vídeos informativos sobre os diferentes tipos de cancro de mama. Episódios curtos protagonizados por quem diagnostica, gere e acompanha todas as fases de tratamento, mas também por quem vive com e para além da doença.

Uma campanha pela luta contra esta doença e por todos os sobreviventes de cancro da mama que tem como meta a desmistificação da doença. No fundo, chegar a quem recebe este diagnóstico, dotando-o informação clara e precisa, dividida em seis capítulos curtos.

“Com esta campanha, pretendeu-se assinalar o Outubro Rosa com materiais informativos credíveis e de entendimento fácil, que ficarão disponíveis para além do mês de Outubro. Acreditamos que uma população informada consegue tomar as melhores decisões com tranquilidade e segurança”, esclarece Ana Joaquim, vice-presidente da AICSO.

O cancro da mama avançado, ou metastático é um dos temas em destaque. Fala-se de cancro da mama metastático quando a doença se disseminou para além do tumor primário, neste caso na mama, para outras partes do corpo. Porque a doença está, neste caso, avançada, a pessoa terá de viver com ela para sempre, à semelhança do que acontece com outras doenças crónicas.

Felizmente, os progressos científicos e o seu contributo no desenvolvimento de tratamentos permitem que cada vez mais encontremos sobreviventes com cancro da mama metastático a viver uma vida mais longa e de melhor qualidade. O acesso à informação, o apoio e a integração destes sobreviventes na sociedade são essenciais para que tal aconteça.

Para assistir aos vídeos siga o link: https://www.youtube.com/channel/UCM4xRxHySewayLKmJeM6RMQ

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