Pelo seu trabalho junto das pessoas com diabetes
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) foi a organização distinguida com o Prémio de “Excelência, Inovação e...

O prémio foi recebido ontem à tarde e trata-se de uma iniciativa da Federação Internacional da Diabetes – Europa, para distinguir o que melhor se faz na inovação e em prol da comunidade da diabetes. 

José Manuel Boavida, presidente da APDP, declara, em resposta à atribuição do prémio, que “Estamos muito honrados e felizes por este reconhecimento internacional atribuído à associação pelo seu constante compromisso com a melhoria da vida das pessoas com diabetes em Portugal, na Europa e no mundo. Em pleno ano de pandemia por covid-19 tudo é pouco para salientar o impacto que a diabetes tem em Portugal e no mundo, principalmente nas atuais condições. A vontade política para por na ordem do dia a luta contra a diabetes penso que receberá um novo impulso com este prémio”. 

A APDP é a associação de diabetes mais antiga do mundo, com mais de 95 anos de experiência na área da diabetes. Foi fundada em 1926 pelo médico Ernesto Roma para fornecer insulina a quem não tinha meios económicos para a obter, facto que torna ainda mais relevante a atribuição deste prémio no ano em que se assinala o centenário da descoberta da insulina. 

Em comunicado a Associação explica que “a necessidade de aumentar a consciencialização para uma melhor gestão e prevenção da diabetes na comunidade levou a APDP a criar a Escola da Diabetes, um centro de formação dedicado para profissionais de saúde, pessoas com diabetes, seus familiares e cuidadores e a promover o desenvolvimento de Casas da Diabetes onde a educação e a interajuda encontrem novas formas de promoção da autonomia e capacitação das pessoas com diabetes”.

“A APDP está fortemente empenhada nesta capacitação da comunidade e tem implementado projetos de intervenção em bairros da área da Grande Lisboa, e em breve por todo o país, com o objetivo de implementar um sistema de cuidados à diabetes mais resiliente e humano a nível local”, acrescenta.

 

Academia Mamãs Sem Dúvidas promove sessão no próximo dia 27 de dezembro.
Antes de o ano terminar, a Academia Mamãs Sem Dúvidas tem preparada mais uma edição do “Especial Grávida”, que se vai realizar...

Tendo como objetivo dar continuidade ao compromisso de estar ao lado das futuras mães, promovendo um espaço de partilha de conhecimento e esclarecimento de dúvidas das grávidas portuguesas, a Mamãs Sem Dúvidas vai ter em destaque na sua 21.ª edição do “Especial Grávida” três temáticas:

  • “Primeiros socorros pediátricos”, com o contributo da Enfermeira Carmen Pacheco, especialista em saúde materna e obstetrícia, e fundadora do projeto Mãe.
  • “O presente e o futuro das células estaminais”, com as explicações de Adélia Mendes, formadora do laboratório de criopreservação BebéVida;
  • “Sinais do trabalho de parto”, com a participação da Enfermeira Telma Cabral, especialista em saúde materna e obstetrícia, e fundadora do projeto Momentos de Ternura.

Apesar de a participação ser gratuita, as futuras mamãs devem inscrever-se obrigatoriamente no site Mamãs sem Dúvidas, aqui. Desta forma, as participantes ficam habilitadas a ganhar um cabaz de produtos no valor de 440€, que será composto por: uma mala de maternidade Bioderma; um intercomunicador Miniland; uma bomba manual Nuvita; um peluche das Mascotes BebéVida; um pack pós-parto Elifexir; um aquecedor biberões Philips; e um Baby Nest Voksi. A vencedora será anunciada no dia 28 de dezembro no perfil de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas .

Para mais informações sobre a Academia Mamãs sem Dúvidas, conteúdos informativos ou próximos eventos consulte o website mamassemduvidas.pt . 

Nova tabela inclui pela primeira vez consultas de nutrição
A Ordem dos Nutricionistas aplaude a ADSE pela correção da tabela de preços do regime convencionado, que passa agora a incluir,...

“Só podemos estar satisfeitos com esta decisão. Se já é inimaginável que existam poucos nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde, ao serviço da população, seria impensável que a ADSE não comparticipasse consultas de nutrição”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.  

Para Alexandra Bento, esta retificação é o resultado direto do diálogo aberto que a ADSE permitiu que a Ordem dos Nutricionistas estabelecesse, desde o primeiro momento. “É fundamental que entidades como a ADSE tenham a competência de refletir sobre a preponderância que a nutrição tem na saúde de todos os portugueses e que, principalmente, tenham a capacidade de tomar as melhores decisões”, acrescenta a bastonária. 

Recorde-se que a ADSE emitiu, a 01 de setembro, tabelas de preço a pagar pelo subsistema de saúde e beneficiários aos prestadores com acordo, que não incluíam a comparticipação de consultas de nutrição. A Ordem dos Nutricionistas considerou esse um “erro crasso”, que agora se vê corrigido. 

Estudo FMUC
A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), em conjunto com profissionais de saúde, está a realizar um estudo...

Este estudo faz parte do projeto IDIAL-NET, um projeto inovador e colaborativo entre Portugal e Espanha, intitulado “Rede Transfronteiriça de Inovação no Diagnóstico Precoce da Leucemia para um envelhecimento saudável”, no qual participa uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, bem como a Administração Regional de Saúde Centro (ARSC).

Os interessados em participar neste programa de deteção da leucemia devem entrar em contacto com o seu médico de família. O agendamento para colheita de sangue é efetuado pelo médico de família e a colheita do sangue é realizada na Faculdade de Medicina (Pólo 3, junto ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, CHUC) por profissionais de saúde experientes.

Liderado pela Fundacion de Investigacion del Cáncer da Universidad de Salamanca (FICUS), o projeto é desenvolvido no âmbito da IDIAL-NET, uma rede multidisciplinar na área de medicina preventiva populacional, financiada pela União Europeia em 1,15 milhões de euros, através programa INTERREG/POCTEP, que visa promover o envelhecimento saudável e ganhos em saúde em ambas as regiões (região Centro de Portugal e Leão e Castela de Espanha), apostando na prevenção e deteção precoce da leucemia linfocítica crónica (LLC), a leucemia mais frequente no mundo ocidental, bem como das complicações da doença.

Este estudo pretende ainda «melhorar o conhecimento sobre os mecanismos moleculares envolvidos no desenvolvimento e progressão da linfocitose B monoclonal (MBL), uma doença benigna que pode preceder o desenvolvimento da LLC. A identificação precoce desta entidade poderá promover o

desenvolvimento de programas de monitorização minimamente invasivos essenciais para um envelhecimento saudável», explica Ana Bela Sarmento Ribeiro, docente da FMUC e coordenadora do projeto em Portugal.

«Caso o resultado da análise seja positivo (deteção da alteração no sangue), o médico de família, em articulação com médicos hematologistas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), fará o acompanhamento clínico», esclarece.

Colaboram no projeto médicos e outros profissionais de saúde e investigadores altamente especializados nas áreas da saúde pública, oncologia, hematologia, envelhecimento, genética e diagnóstico laboratorial e com vasta experiência em robótica e desenvolvimento de dispositivos médicos. Mais informação sobre o projeto IDIAL-NET está disponível em: http://idialnet.usal.es/pt/projeto/.

8ª Farmacopeia reeditada
A Bluepharma, em parceria com a Universidade de Coimbra, lança edição fac-similada da Pharmacopea Bateana. Este é o oitavo...

A apresentação da obra, realizada na Sala de São Pedro da Biblioteca Geral, esteve a cargo de João Rui Pita, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, contando ainda com a presença de Amílcar Falcão, Reitor da Universidade, de João Gouveia Monteiro, Diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e de Alexandre Dias Pereira, Diretor da Imprensa da Universidade.

Publicada pela primeira vez em 1690 pelo prestigiado clínico britânico George Bate, a Pharmacopea Bateana chega a Portugal em 1713 numa tradução de D. Caetano de Santo António, que explica mesmo porque se decidiu avançar com este trabalho: lendo a achei nela tão excelentes receitas que as comuniquei a alguns sapientíssimos Professores assim da Medicina, como da Pharmaceutica, os quaes me pediram as mandasse imprimir.

A reedição agora apresentada conta ainda com alguns tópicos importantes que D. Caetano, com base na sua experiência profissional, acrescentou ao original.

Num ano em que celebra 20 anos de história, a Bluepharma afirma desta forma o compromisso para com um projeto que teve início em 2014 e prolongar-se-á por mais dois anos. No total, dez farmacopeias serão reeditadas, numa criteriosa seleção do Professor Doutor João Rui Pita, para evocar o conhecimento do passado e facilitar a sua partilha no futuro.

Para o Presidente da Bluepharma, Paulo Barradas Rebelo, “a partilha de conhecimento histórico é fundamental. Reconhecemos e respeitamos o contributo dos nossos antepassados, que nos trouxe até ao momento presente, e consideramos importante celebrá-lo sempre com os olhos postos no futuro.”.

A Universidade de Coimbra orgulha-se de continuar a divulgar, em condições de grande dignidade científica e editorial, o nosso mais rico património bibliográfico e documental. Numa parceria que se tem revelado muito produtiva e afetuosa, prosseguimos numa rota de disseminação do conhecimento no seio da sociedade, pressuposto crucial para a tomada de decisões informadas e para a existência de políticas sustentáveis.

Dois estudos independentes
Duas investigações independentes, uma da Universidade de Oxford e outra da Universidade de Innsbruck, chegaram à mesma...

Segundo a investigação da Universidade de Oxford, o regime completo com duas doses da vacina contra o coronavírus não induz um nível suficiente de anticorpos contra a nova variante e existe o perigo de reinfeção. De acordo com o estudo, qualquer uma das vacinas atuais contra o coronavírus não gera anticorpos suficientes para proteger contra uma nova infeção.

Para chegar a estas conclusões, a equipa da Universidade de Oxford isolou espécimes da variante ómicron num paciente do Reino Unido e inocularam-no com o soro de pessoas vacinadas com AstraZeneca ou Pfizer. Descobriram que, face a esta nova variante, houve "uma diminuição substancial" do nível gerado de anticorpos neutralizantes – os anticorpos que se ligam a um vírus e interferem com a sua capacidade de infetar uma célula.

Os especialistas recordam que "atualmente não existem evidências que indiquem que a Ómicron tenha um maior potencial para causar doenças graves, hospitalizações ou morte entre a população vacinada".

Entre os vacinados com a vacina da AstraZeneca, o nível de anticorpos gerados contra a nova variante ficou abaixo do que era detetável em todos, menos num caso. Enquanto que no grupo vacinado com a vacina da Pfizer os níveis de anticorpos caíram quase 30 vezes contra a Ómicron em comparação com as outras variantes e num dos casos, abaixo dos níveis detetáveis.

Um dos principais autores deste estudo, sublinha que "estes dados serão de ajuda para aqueles que estão a desenvolver vacinas e estratégias de vacinação".

"Embora não haja indícios de um risco acrescido de doença grave ou morte por causa do vírus nas populações vacinadas, temos de ser cautelosos, uma vez que o aumento das infeções irá pressionar o sistema de saúde", disse.

A investigação da Universidade de Innsbruck também registou uma queda significativa de anticorpos que reagiram à nova variante, e muitas amostras de sangue não mostraram resposta.

Tanto as equipas de Innsbruck como de Oxford disseram que iriam expandir a sua investigação para as doses de reforço.

Opinião
Ansiedade, stress, cansaço são “estados de alma” cada vez mais prementes nos dias que correm.

Noites mal dormidas, dores de cabeça, esquecimento, tristeza, transtornos gastrointestinais, um sistema imunitário mais fragilizado são muitos dos sinais que o organismo vai evidenciado como alerta.

Além de uma correta higiene de sono, praticar exercício físico e tentar baixar os níveis de stress, a questão que se impõe é: haverá alimentos estratégicos, capazes de aumentar os níveis de energia? Capazes de levantar o estado de espírito?

Na verdade, a alimentação funciona como um todo. As vitaminas e sais minerais funcionam em sinergia para manter todas as funções vitais e o equilíbrio do organismo, mas há umas vitaminas em particular que têm essa particularidade, as do complexo B.

Estas vitaminas são as que retardam a fadiga, aumentam os níveis de energia e auxiliam a função psicológica. As fontes alimentares são variadas: leguminosas, carne, peixe, ovos, cereais integrais, vegetais de folha verde e lacticínios.

Mas foquemo-nos em duas em especial, as vitaminas B6 e B9. Estas duas vitaminas podem ser consideradas “as vitaminas do humor” já que a primeira está diretamente relacionada com transtornos de humor e a segunda tem uma intervenção direta no sistema neurológico.

A vitamina B6, ou piridoxina, é importante para o sistema imunitário e para a produção de neurotransmissores como por exemplo a serotonina. A serotonina atua como um regulador de sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal e funções cognitivas. Por isso mesmo, quando se encontra em baixa concentração pode causar mau humor, dificuldades em dormir, ansiedade ou mesmo depressão. As maiores concentrações de vitamina B6 podem ser encontradas na banana, nozes, batata, carne e peixe.

No caso da vitamina B9 ou ácido fólico, participa diretamente na formação de novas células através da síntese de DNA, na formação do tubo neural na gestação, na produção de glóbulos vermelhos levando um maior aporte de oxigénio a todo o organismo, assim como na formação de neurotransmissores, aumentado a eficácia na transmissão de impulso nervosos entre neurónios. Feijão, vegetais de folha escura, gema do ovo e amendoins são fontes alimentares de ácido fólico.

E como nem só de emoções vive o cérebro, há que fazer a ligação entre estas duas vitaminas e a saúde intestinal. Com toda a certeza que já ouviu falar que o intestino é o nosso segundo cérebro e que as emoções e frustrações podem ter impacto não só na saúde digestiva, como no sistema imunitário, já que 70% das células de defesa vivem nas paredes do intestino.

Quem nunca sentiu uma deceção tão grande que parece que levou um murro no estômago? Ou quando estamos apaixonados e sentimos borboletas na barriga? Ou andarmos num estado de ansiedade tão grande que passamos a vida a “correr” para a casa de banho? Não é mais do que a ligação direta entre o cérebro e o intestino. Nesse sentido podemos afirmar que estas duas vitaminas têm uma abordagem holística, melhorando não só o humor, mas também alavancando o sistema imunitário, desta forma aumentamos a nossa energia e as nossas defesas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cidadãos elegíveis devem apresentar uma declaração médica eletrónica
Numa carta enviada à Direção-Geral da Saúde (DGS), a Plataforma Saúde em Diálogo alertou para a falta de informação...

A Plataforma Saúde em Diálogo tem recebido diversos relatos, através das 56 associações de doentes que a integram, que evidenciam um desconhecimento generalizado, por parte dos cidadãos com doença crónica, da informação e respetivos procedimentos para aceder às vacinas gratuitas contra a gripe que fazem parte do contingente público do SNS nas farmácias comunitárias.

“Foram já vários os cidadãos que, cumprindo os requisitos para vacinação gratuita nas farmácias, nos informaram não conseguir usufruir deste seu direito, devido à ausência de uma declaração médica eletrónica. Isto leva-nos a antecipar algum grau de insucesso no processo de vacinação da população inserida nos grupos de risco, e com idade inferior a 65 anos, e uma possível sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde quando atingirmos o pico do inverno”, refere a presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, Rosário Zincke. 

Na carta enviada à DGS, a Plataforma reforça a importância de existir uma “comunicação estruturada e objetiva por parte das autoridades de saúde, tanto para os cidadãos como para os profissionais de saúde”, de forma a garantir “o sucesso de medidas de saúde pública como esta, contribuindo simultaneamente para ganhos em saúde da população e para uma redução do desperdício de recursos públicos”.

Para receberem a vacina contra a gripe de forma gratuita, os cidadãos elegíveis devem apresentar uma declaração médica emitida eletronicamente através da Plataforma de Prescrição Eletrónica de Medicamentos (PEM), que pode depois ser enviada ao utente por SMS ou entregue em papel.

As vacinas gratuitas contra a gripe fazem parte do contingente do Serviço Nacional de Saúde disponibilizado às farmácias aderentes ao Programa “Vacinação SNS Local” e são destinadas aos cidadãos que cumpram os critérios de elegibilidade da Norma 006/2021 da DGS. A Norma da DGS indica que as vacinas são dirigidas a todas as pessoas entre os seis meses de idade e os 64 anos, inclusive, com as doenças crónicas ou condições identificadas pela DGS.

A lista de farmácias que dispõem de vacinas do contingente do SNS está disponível através do site das Farmácias Portuguesas e do site da Associação de Farmácias de Portugal.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados cerca de 3.600 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 14 mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: cinco em 14. Segue-se a região Centro com quatro óbitos a assinalar nas últimas 24 horas, e o Algarve com três mortes registadas. A região de Lisboa e Vale do Tejo, a par da região Autónoma da Madeira, registou um óbito deste ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.591 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.159, seguida da região Norte com 1.148 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 792 casos na região Centro, 98 no Alentejo e 211 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 170 infeções, e os Açores com 13.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 953 doentes internados, menos 41 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos dois doentes internados, desde o último balanço: 142.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 6.358 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.115.749 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 65.757 casos, menos 2.781 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 950 contactos, estando agora 91.709 pessoas em vigilância.

Saiba o que são, para que servem e quais os cuidados a ter
Os medicamentos antipsicóticos são uma classe de fármacos utilizados para o tratamento sintomático d

1. O que são e como funcionam os medicamentos antipsicóticos? Quais os seus mecanismos de ação?

Os medicamentos antipsicóticos são psicofármacos que atuam nas Perturbações Psicóticas (Esquizofrenia, Mania, Agitação Psicomotora grave) controlando a agitação grave (tranquilização e sedação), combatendo os delírios e as alucinações.

O seu mecanismo de ação consiste no bloqueio dos neurorreceptores dopaminérgicos.

2. Que patologias são tratadas com recurso a este tipo de medicamento?

Esquizofrenia, Episódio maníaco da Perturbação Bipolar e, em doses baixas, na ansiedade grave ou como potenciadores dos antidepressivos nas depressões resistentes.

3. Que tipos de antipsicóticos existem? Quais as principais diferenças entre os antipsicóticos de primeira e segunda geração?

A principal diferença entre os APG e os ASG é nos efeitos colaterais (extrapiramidais, síndrome maligno dos neurolépticos, neurotoxicidade) mais pronunciados nos primeiros.

4. Quais os principais efeitos colaterais associados a este tipo de medicação e quais os grandes benefícios/ mais valias na utilização desta segunda geração de antipsicóticos?

Os 5 principais benefícios dos ASG são: efeitos colaterais menos graves, maior adesão, maior prevenção de recaídas, efeito neuroprotetor e menor taxa de mortalidade

5. No caso particular da esquizofrenia, como atuam e como são utilizados?

Os ASG atuam nos sintomas positivos (delírios e alucinações) mas também nos sintomas negativos (inibição, anedonia).

6. Com que outros medicamentos podem ser conjugados?

Dependendo dos sintomas predominantes associados (ansiedade ou depressão) podem usar-se ansiolíticos, indutores do sono (benzodiazepinas) ou antidepressivos (predominantemente os SSRIs).

7. Quais os principais critérios para a definição de um plano terapêutico para o tratamento da esquizofrenia?

Conhecendo nós que a adesão à terapêutica dos doentes com perturbações psicóticas (esquizofrenia, mania ou outras) é reduzida, muito abaixo dos 50%, o plano terapêutico mais indicado é o da utilização de Injetáveis de Libertação Prolongada (ILP), logo no seu primeiro episódio.

Isto porque a lesão ocasionada pelo primeiro episódio psicótico a nível cerebral é substancial (diminuição da substância cinzenta cortical). Os ASG e não os de PG protegem o doente desta lesão (neuroprotetores).

8. E o que pode condicionar a resposta terapêutica? É frequente haver necessidade de ajustar a medicação? Que fatores podem contribuir para esta necessidade?

O atraso no início da terapêutica é a principal causa da ineficácia do tratamento. Quanto mais tarde for instituída a terapêutica menor é a eficácia e também a adesão. O controlo da medicação (muito difícil ou impossível quando a via é a oral), o controlo dos sintomas (através de consulta frequentes), o apoio da família (programas educacionais).

9. Quais os cuidados a ter na sua utilização?

Os principais cuidados referem-se aos efeitos colaterais (extrapiramidais, mais frequentes, síndrome maligno dos neurolépticos, mais raro).

10. Quais as principais barreiras de acesso a este tipo de medicamento, e o que pode representar a cedência gratuita de medicamentos antipsicóticos simples em contexto de acompanhamento clínico, pelos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde?

A - As principais barreiras à substituição dos APG pelos de SG 

1. Económica (doente de baixo rendimento)

2. Aparente estabilidade do doente (valorização apenas da melhoria dos sintomas positivos, desvalorizando os sintomas negativos e os aspetos da funcionalidade do doente)

3. Família (não aceitação de maior dinâmica e maior atividade do doente com algumas funcionalidades psíquicas aumentadas, nomeadamente a vontade, o desejo e o “drive”)

4. Médico (inércia, dificuldade de dialogar/empatizar com o doente)

5. Decisões das direções de gestão das instituições (má economia de custos)

B - Barreira ao uso de Injetáveis de Libertação Prolongada (ILP)

1 – Dos doentes

a) Têm um conhecimento limitado ou inadequado sobre ILD, em virtude de só 50% dos psiquiatras os informarem com pormenor. Porque quando os doentes são informados, iniciam a terapêutica mais cedo e aceitam-na ou são neutrais em 2/3 dos casos, rejeitando-a apenas em 1/3.

b) Medo da agulha e da injeção.

c) Medo de perda de controlo sobre a medicação.

d) Estigma da injeção como um ato coercivo.

e) Custos das deslocações e do medicamento.

2 – Do clínico

a) O clínico pode ser uma barreira, tanto por conhecimento insuficiente ou pouca experiência, como por excesso de confiança (acredita que o doente toma a medicação).

b) A pouca clareza das guidelines (não atualizadas) e a contradição de alguns estudos publicados contribuem para a ambivalência do médico que acaba por transmitir a sua insegurança ao doente.

3 – Dos gestores e responsáveis políticos - a barreira maior, porque desconhecem ou, pior, ignoram os estudos de farmacoeconomia existentes.

Evidentemente que se estes medicamentos forem distribuídos gratuitamente o item da barreira ao seu uso “económica (doente de baixo rendimento), predominante nesta patologia, desaparece. Contudo as outras barreiras têm de ser trabalhadas, sob pena de os doentes continuarem a não ter acesso a estes tratamentos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doença aguda viral que afeta principalmente as vias respiratórias
A gripe é uma doença contagiosa que pode causar complicações graves a quem a contrai.

1. Quem deve vacinar-se contra gripe?

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os seguintes grupos prioritários:

  • pessoas com idade igual ou superior a 65 anos
  • doentes crónicos e imunodeprimidos, com mais de 6 meses de idade
  • grávidas
  • profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados
  • residentes em instituições
  • utentes e doentes apoiados no domicílio
  • reclusos e profissionais dos estabelecimentos prisionais

Recomenda-se também a vacinação das pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos. Todos estes grupos têm acesso à vacinação gratuita. Para as pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a vacina contra a gripe é dispensada nas farmácias através de prescrição médica, com comparticipação de 37%.

2. Estou abrangido pela vacinação gratuita do SNS. Quando vou levar a vacina?

Deverá aguardar pelo contacto da sua unidade de saúde, através de SMS automático, telefonema ou carta, através dos quais será efetuado o agendamento.

3. A vacina vai impedir que tenha gripe?

A vacina diminui muito o risco de contrair infeção. No entanto, mesmo após a vacinação, é possível ter gripe, dependendo de fatores como a idade ou o estado de saúde geral e sobretudo se os vírus presentes na vacina desse ano não coincidam completamente com os vírus dessa época de gripe. De qualquer modo, se for infetada, a pessoa vacinada terá um menor risco de ter complicações.

4. A vacina pode provocar gripe?

A vacina contra a gripe não contém vírus vivos, pelo que não pode provocar a doença. O que pode acontecer é o desenvolvimento de alguns efeitos que se assemelham aos sintomas da gripe ou constipação, como inchaço ou dor na zona onde foi administrada a vacina, náuseas ou febre ligeira.

5. Estou com gripe. Posso tomar a vacina?

Não. A vacinação deve ser adiada em caso de doença febril, moderada ou grave, ou doença aguda.

6. Quanto tempo depois de administrada a vacina fico protegido contra a gripe?

A vacina faz com que o organismo desenvolva anticorpos cerca de 2 semanas após a sua administração.

7. Porque tenho de repetir a vacina todos os anos?

Os vírus da gripe estão em constante mudança. Deste modo, a imunidade que a vacina nos oferece num ano não é duradoura ou válida no ano seguinte. Assim, a vacina é diferente em cada ano.

8. Tomei a vacina contra a Covid-19. Também preciso de tomar a da gripe?

Sim. A vacina contra a gripe deve ser administrada todos os anos e é importante para prevenir a gripe e as suas complicações. A vacina contra a COVID-19 desempenha um papel fundamental no controlo da pandemia, já que diminui o risco de contrair a doença, além de evitar complicações e a morte.

9. Tomei a vacina contra a Covid-19 na semana passada. Já posso tomar a vacina contra a gripe?

Não. A administração da vacina contra a gripe deve respeitar um intervalo mínimo de 14 dias em relação à administração da vacina contra a COVID-19.

10. Até quando pode ser administrada a vacina contra a gripe?

A vacinação deve ser feita durante o outono/inverno, de preferência até ao final do ano civil. As receitas médicas com a prescrição da vacina contra a gripe são válidas até 31 de dezembro do corrente ano.

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Opinião
A inexistência de cuidados primários para a saúde da visão no Serviço Nacional de Saúde (SNS), as gi

Em Portugal, 260 mil pessoas sofrem perda de visão moderada a grave e 42 mil sofrem de cegueira. Dois milhões de pessoas têm dificuldade em ver e um milhão sofre de erros refrativos.

Devemos questionar-nos por que motivo o SNS continua a falhar não assegurando cuidados primários para a saúde da visão. Porque falha o Estado Português em não assegurar a proteção dos utentes de pessoas sem as qualificações para a prática de atos optométricos. Porque falha o Ministério da Saúde em não assegurar o acesso aos cuidados primários para a saúde da visão. Porque falha em não assegurar cuidados para a saúde da visão atempados. Porque falham os Optometristas por cumplicidade com todas estas situações. Só reconhecendo porque se falha, é possível encontrar soluções e implementar estratégias bem-sucedidas.

Não podemos pactuar com inércia de quem decide, com corporativismo de interesses instalados, com esquemas formativos ilusórios e com interesses comerciais que se sobreponham aos interesses dos utentes. Não aceitaremos, nem cederemos um milímetro na defesa de quem sofre de deficiência visual e cegueira nas infindáveis listas de espera do SNS, das crianças prejudicadas no seu desenvolvimento porque não lhes foram prestados atempadamente os devidos cuidados, dos idosos que mergulham no isolamento e perda de autonomia devido à deficiência visual, dos adultos que não veem para sustentar os seus e de todos os utentes que são defraudados por quem usurpa a nobre profissão de Optometrista.

A luta contra a deficiência visual e cegueira evitável foi, e continuará a ser, uma batalha perdida pelo SNS, caso uma verdadeira estratégia não seja adotada.

A saúde da visão é uma componente essencial da cobertura universal de saúde, deve ser incluída no planeamento, definição de recursos e prestação de cuidados de saúde. A cobertura universal de saúde não é universal sem cuidados para a saúde da visão acessíveis, de qualidade e equitativos.

Para assegurar cuidados de saúde abrangentes, incluindo promoção, prevenção, tratamento e reabilitação é necessária uma ação intersectorial coordenada, para melhorar de forma sistemática e definitivamente a saúde da visão da população, assim

como em iniciativas de envelhecimento saudável e literacia para a saúde da visão, nas escolas e locais de trabalho.

No que respeita aos cuidados para a saúde da visão, este é um SNS que sofre de cegueira seletiva às soluções existentes. Enquanto alguns não quiserem ver, muitos outros irão cegar.

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Pedro Curto e Isaura Simões
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) descobriu como é...

Ao contrário do que se possa pensar, as carraças não são as responsáveis pela febre da carraça, mas sim os microrganismos que podem estar no seu interior. A Rickettsia é uma das bactérias que podem ser encontradas em parasitas, como as carraças, pulgas ou piolhos e que podem ser transmitidas aos humanos através da sua picada. Atualmente, as alterações climáticas estão a favorecer estes parasitas, pois o aumento da temperatura global permite que estes estejam ativos mais tempo durante o ano. Como consequência, há uma maior dispersão geográfica de parasitas que podem transportar bactérias perigosas para a saúde humana.

Com o objetivo de perceber como é que estas bactérias infetam o nosso organismo, Pedro Curto e Isaura Simões, investigadores do CNC-UC, estudaram uma proteína presente na superfície da bactéria Rickettsia, a APRc. «Após a picada de uma carraça infetada, a Rickettsia entra na corrente sanguínea onde vai ser exposta a toda a maquinaria do nosso sistema imunitário. Neste ponto, a prioridade da bactéria será proteger-se e entrar a todo o custo nas nossas células, pois a sua sobrevivência e capacidade de infeção dependem disso», esclarece Pedro Curto, primeiro autor do estudo.

«Os microrganismos infeciosos possuem diversos mecanismos de escape ao nosso sistema imunitário. Já suspeitávamos que a proteína APRc, presente na superfície de Rickettsia, tem um papel importante na evasão da bactéria, mas neste estudo descobrimos que, para além disso, também a protege, impedindo que o sistema imunitário a elimine», explica Isaura Simões, líder do estudo.

Este trabalho, já publicado na revista mBio, mostrou que a proteína APRc consegue ligar-se a anticorpos presentes na corrente sanguínea, impedindo o ataque do sistema imunitário e atuando como um escudo. Verificou-se ainda que a APRc oferece proteção extra à bactéria contra a atividade bactericida das proteínas presentes no soro (parte do sangue).

«Este é um passo importante da biologia fundamental e um contributo para o desenvolvimento de novas terapêuticas contra doenças infeciosas, que, infelizmente, estão a assumir um papel cada vez mais presente no mundo atual», salientam os autores da investigação.

O estudo contou com o financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do programa COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização –, e de fundos nacionais, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

O artigo científico está disponível em https://journals.asm.org/doi/10.1128/mBio.03059-21

A tecnologia PET/CT é essencial em oncologia
Os Hospitais da Universidade de Coimbra-CHUC, promovem hoje uma sessão para assinalar a entrada em funcionamento do novo...

A sessão irá contar com a presença do Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, do Presidente do Conselho de Administração do CHUC, Carlos Santos, do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro, do Presidente do Centro Académico Clínico de Coimbra, Joaquim Murta, do Coordenador da BIN (Rede Nacional de Imagiologia Funcional Cerebral), Miguel Castelo-Branco, do Diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa, Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, do Conselho Diretivo do Departamento de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica do CHUC e da Diretora do Serviço de Medicina Nuclear do CHUC, Gracinda Costa.

O tomógrafo PET/CT, agora instalado no CHUC, foi adquirido no âmbito da rede científica BIN. Para além de outros equipamentos, o projeto envolveu a aquisição de dois tomógrafos PET/CT, um vocacionado para a investigação médica que foi instalado no ICNAS e o outro, focado na vertente clínica, que foi instalado no CHUC. O investimento para o projeto ascendeu a vários milhões de euros, e foi co-financiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Os dois tomógrafos PET/CT digitais, agora instalados, vão aproximar ainda mais o Hospital da Universidade, tendo como suporte o Centro Académico Clínico de Coimbra, permitindo, assim, uma colaboração mais profícua entre os profissionais de saúde e os investigadores.

Este equipamento médico veio substituir um tomógrafo com mais de 16 anos representando, deste modo, um importante salto tecnológico para o CHUC, uma vez que se trata de um modelo com tecnologia digital, o 1º a ser instalado em todo o SNS. Os profissionais do Serviço de Medicina Nuclear já tiveram a oportunidade de constatar a excelência da qualidade de imagem, que se irá também refletir na produtividade e na menor dose de radiação ionizante associada a cada exame.

A tecnologia PET/CT é essencial em oncologia, uma vez que contribui para um conhecimento mais profundo da doença auxiliando, deste modo, na definição da melhor estratégia de tratamento e de seguimento de cada doente. Trata-se de uma ferramenta que está alinhada com a chamada Medicina Personalizada. O entusiasmo da comunidade médica é tão grande, que as indicações para esta técnica de imagem estão em franca expansão, sendo atualmente realizada também em contextos inflamatórios, em várias doenças neurológicas e em patologia cardíaca.

 

Minimizar a ansiedade e a sensação de claustrofobia
Para minimizar a ansiedade e a sensação de claustrofobia de quem realiza este exame, as clínicas Joaquim Chaves Saúde em...

É um exame que causa ansiedade a muitos daqueles que têm que fazê-lo, não por causar dor, mas pela sensação de claustrofobia. Contudo, segundo Carla Sá, Técnica Superior de Radiologia, responsável pelo serviço de Imagiologia das Clínicas Médicas da Joaquim Chaves Saúde, “a Ressonância Magnética é um dos exames mais avançados de diagnóstico por imagem. No entanto, pode demorar entre vinte a sessenta minutos, é barulhento (o que está inerente ao funcionamento do equipamento) e realizado em ambiente fechado”. Para melhorar a experiência dos pacientes, a Joaquim Chaves dispõe agora, nas suas três clínicas (Cascais, Miraflores e Sintra), novos espaços para a realização deste exame, onde tudo foi pensado ao pormenor, com o intuito de “criar um ambiente agradável, de modo a obter bons resultados”, já que “é fundamental, em saúde, ambientes que transmitam tranquilidade, harmonia e conforto e, assim, minimizem o excesso de tensão e apreensão durante o tempo do exame”.

“A iluminação e as cores são fatores que atuam no equilíbrio psicofisiológico dos pacientes”. Por isso, desde a decoração até aos equipamentos, quem procura as clínicas Joaquim Chaves para realizar uma Ressonância Magnética tem agora à sua disposição um serviço melhorado. Cada uma das salas de exame das clínicas foi decorada com base num tema – Clínica de Cascais: praia, com vista para a Ponta do Salmôdo e para o farol de Santa Marta; Clínica de Sintra: serra de Sintra, com imagens do Palácio de Sintra; Clínica de Miraflores: Parque Urbano de Miraflores, com vista para a ribeira de Algés –, para que o paciente possa “entrar numa sala que transmita uma sensação de espaço amplo, luminoso, tranquilo, transportando-o, através da ilusão ótica, para um sítio que não a sala de exame”. Como refere Carla Sá, isto “ajudará, em muito, a eliminar o excesso de tensão e ansiedade, permitindo maior colaboração do paciente durante o exame, o que resulta em qualidade e celeridade do mesmo”.

Atualmente, os “equipamentos recentes já têm um diâmetro de abertura maior, melhor iluminação e o ‘tubo’ é aberto nas duas extremidades, ajudando a reduzir a claustrofobia”. Ainda assim, na maioria dos locais, o exame é realizado num ambiente simples, onde é pedido a quem realiza este exame que imagine estes cenários tranquilos, de olhos fechados. Nas clínicas Joaquim Chaves, com esta decoração, com estes novos equipamentos e ainda com a possibilidade do paciente ouvir música durante o exame, estes têm uma experiência melhorada, com um atendimento diferenciado.

Maioria dos influenciadores de saúde não possuem conhecimento científico
A Ordem dos Nutricionistas assinala o “Dia do Nutricionista” com uma conferência totalmente dedicada à comunicação digital na...

A conferência “Comunicação Nutricional Digital – Oportunidades e Riscos” vai ser dirigida pela Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e Membro da Comissão de Ética da Ordem dos Nutricionistas, Maria do Céu Patrão Neves. 

Ao longo das últimas décadas, a quantidade de informação digital na área da nutrição tem crescido de forma exponencial e não estruturada. Esta vasta informação pode ser assimilada, sem critérios de seleção plausíveis, com dificuldade em distinguir os factos das opiniões, a verdade da falsidade. Os nutricionistas, tem um importante papel a desempenhar, podendo a comunicação nutricional digital constituir uma oportunidade para a profissão, mas não é isenta de riscos. A confiança nos profissionais de saúde é a pedra angular pois sem confiança, nenhuma mensagem, por mais verdadeira e sensata que seja, logra informar e formar, educar para as novas realidades e orientar para novos comportamentos, pelo que a Ordem dos Nutricionistas considera que é necessário um detabe participado sobre este tema atual da informação que é transmitida online. 

“Este é um tema que é, inegavelmente, cada vez mais atual e fraturante. Atentos a esta tendência, não podíamos deixar de abordar a questão da comunicação digital de nutrição que, defendemos, tem de ser factual, rigorosa e de qualidade, assente em evidência científica, para que possa ser benéfica para todos: tanto para o rigor da profissão, como para a saúde de todos”, explica Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas. 

A cerimónia que assinala, em simultâneo, o 11.º aniversário da Ordem dos Nutricionistas e o “Dia do Nutricionista”, vai contar, ainda, com a entrega de Medalhas de Mérito aos profissionais que se tenham destacado ao longo do seu percurso. 

Recorde-se que a Ordem dos Nutricionistas tem vindo a comemorar o “Dia do Nutricionista”, a 14 de dezembro, de modo a que seja agradecido o contributo e o papel dos nutricionistas portugueses para a sociedade, nas suas diferentes áreas de atuação, e junto de diversos grupos populacionais, com vista à promoção da saúde e à prevenção da doença, através da alimentação. A data escolhida assinala, igualmente, a criação da Ordem dos Nutricionistas, após a publicação da Lei n.º 51/2010.

Dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias 2020
As doenças respiratórias foram responsáveis por 13.305 mortes em Portugal durante o ano de 2018 (11,7%), sendo a pneumonia uma...

O Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR) divulgou hoje, numa sessão online, o Relatório de 2020, que faz uma análise da realidade da doença respiratória em Portugal em 2019, referindo ainda o peso da pandemia da covid-19 nesta. A 14ª edição deste relatório, que juntou vários especialistas de renome da área da saúde respiratória em Portugal, destaca as 36 mortes diárias em Portugal devido às doenças respiratórias não covid. Destaca-se ainda a perda económica total anual estimada de 3,5 mil milhões de euros devido a estas doenças em 2019, um valor que se agrava para mais de 37 mil milhões de euros em 2020 devido à pandemia.

As doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade, não só em Portugal como também a nível mundial. Em 2018, estas doenças foram responsáveis por 13.305 mortes em Portugal. Ainda que a maioria possa ser prevenida ou tratada através de intervenções economicamente acessíveis, o ONDR explica que não tem havido uma redução da sua prevalência. No entanto, a mortalidade por doença das vias aéreas inferiores, tuberculose e asma diminuíram nas últimas décadas.

Já a pneumonia foi um uma das doenças respiratórias que mais matou, tendo sido responsável por 5.799 mortes em 2018, e é causa de um número crescente de internamentos hospitalares. Além disto, em Portugal, ano após ano, as taxas de mortalidade por pneumonia em Portugal são das mais elevadas dos países da OCDE.

O tumor maligno da traqueia, brônquios ou pulmão, o quarto tumor maligno mais incidente em Portugal e um dos mais letais, representou 3,8% do total de mortes em Portugal. A nível mundial, o cancro do pulmão afetou 2,1 milhões de pessoas e provocou 1,7 milhões de mortes.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) continua a ter uma expressão importante na morbilidade e mortalidade por doença respiratória, representando 2,5% da mortalidade em Portugal no ano de 2018 (2.842 mortes), o que correspondeu a um aumento de 7,9% face a 2017. Entre 2011 e 2019, o número de utentes com problemas ativos de asma e DPOC nos cuidados de saúde primários aumentou cerca de 182% e 152%, respetivamente. Em dezembro de 2019, existiam 316.578 e 137.774 doentes com estas duas patologias em acompanhamento nos cuidados de saúde primários.

O tabaco continua a ser um fator de risco para esta e outras doenças respiratórias. Em 2017, 17% da população com 15 anos ou mais era fumadora, uma redução de 3% face a 2014. Ainda assim, é expectável que o número de doentes com DPOC cresça nos próximos anos. Deu-se um aumento de ex-fumadores, mas os jovens continuam a iniciar-se nesta dependência. Em 2019, nesse grupo populacional, a percentagem de ex-fumadores era de 21,4%.

Foi ainda analisada a síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS), tendo-se verificado um aumento da sua prevalência, com estudos que apontam para SAOS moderada a grave na ordem dos 23,4% nas mulheres e 49,7% nos homens. O único estudo realizado em Portugal estimou uma prevalência de SAOS de 0,89% na população com 25 ou mais anos. Esta prevalência menor do que a estimada noutros países pode revelar um subdiagnóstico desta condição clínica no país, o que pode ser explicado pela escassez de laboratórios de sono e de especialistas em medicina do sono.

Estas doenças acarretam um peso significativo para a sociedade, que resulta da soma dos custos relacionados com a utilização dos serviços de saúde, as perdas de produção em resultado da doença e a redução da qualidade e anos de vida sofrida pelos doentes.

O peso económico das doenças respiratórias em 2019 representou uma perda de valor de cerca de 3,5 mil milhões de euros, sendo que o aparecimento da covid-19 alterou radicalmente o impacto económico destas doenças e, relação a outras com um peso mais significativo. Estima-se que em 2020 a pandemia terá provocado uma perda de valor superior a 37 mil milhões de euros.

José Alves, pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, explica que “observou-se que durante os meses de pandemia analisados (março a maio de 2020) ocorreram menos internamentos por doenças do aparelho respiratório do que o previsto anteriormente, com uma redução média nacional de 50%. Os ambulatórios tiveram uma redução de 84%.  A justificação para esta diminuição não é conhecida, sendo que poderá estar relacionada com um melhor atendimento, a diminuição da poluição sentida, a melhoria da autogestão de doenças crónicas proporcionada por um receio de contrair a covid-19”.

“No entanto, a Ordem dos Médicos revela uma quebra de três milhões de consultas durante o mesmo período. O Observatório reforça a importância de se perceber num curto espaço de tempo se esta diminuição poderá levar a um atraso em diagnósticos ou ao aumento de pessoas com doenças em estado mais avançado”, conclui José Alves.

O relatório reforça ainda a existência de vacinas contra as doenças respiratórias que têm um impacto importante na redução da morbimortalidade em Portugal, destacando as vacinas contra o Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Bordetella pertussis como as mais relevantes no nosso contexto atual.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados cerca de 2300 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 15 mortes em território nacional. Nos...

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo, a região Centro, o Alentejo e Algarve foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: três mortes cada. Segue-se a região Norte com dois óbitos a assinalar nas últimas 24 horas, e a região Autónoma da Madeira com uma morte registada.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.314 novos casos. A região Norte foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 783, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 749 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 389 casos na região Centro, 54 no Alentejo e 215 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 105 infeções, e os Açores com 19.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 994 doentes internados, mais 30 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais um doente internado, desde o último balanço: 144.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.878 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.109.391 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 68.538 casos, mais 421 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 839 contactos, estando agora 90.759 pessoas em vigilância.

Dados DGS
Portugal já administrou dois milhões de doses de reforço da vacina contra a Covid-19 e cerca de 2,2 milhões de doses da vacina...

A Direção-Geral da Saúde recorda que a vacinação é a melhor forma de proteção contra a doença grave, internamentos e morte, reforçando o apelo para que as pessoas que ainda não estão vacinadas efetuem o agendamento em https://covid19.min-saude.pt/pedido-de-agendamento. O autoagendamento está disponível para pessoas com 65 ou mais anos.

Está ainda disponível a modalidade “Casa Aberta” para a vacinação de utentes com idade igual ou superior a 75 anos. Para tal, basta que se dirijam diretamente ao centro de vacinação ou centro de saúde, devendo consultar os horários em https://covid19.min-saude.pt/casa-aberta/

“Para a dose de reforço no regime de “Casa Aberta”, são elegíveis os utentes que não tiveram Covid-19 nos últimos 150 dias e já completaram o esquema vacinal há pelo menos 150 dias”, realça a Direção Geral de Saúde.

 

Integrada na nova Ala Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de São João
Abriu hoje, dia 13 de dezembro de 2021, a Sala de Brincar Ronald McDonald, uma inovadora zona lúdica para crianças e pais...

Desenvolvido em parceria com o Centro Hospitalar de São João, o novo projeto da Sala de Brincar Ronald McDonald surge para transformar e melhorar a experiência hospitalar de crianças em internamento hospitalar e suas famílias ao proporcionar-lhes um espaço único e diferenciador, dinamizado com diversos espaços e atividades lúdicas e de relaxamento. Destinada a pais e crianças internadas nos vários serviços da nova Ala Pediátrica do Hospital São João, a Sala de Brincar Ronald McDonald visa promover o bem-estar emocional das famílias e oferecer-lhes o maior conforto possível para enfrentar os momentos mais difíceis.

A operacionalização de cada uma das zonas da Sala de Brincar Ronald McDonald- o maior espaço lúdico dedicado à criança e família dentro de um hospital em Portugal - será da responsabilidade da FIRM com o apoio de cerca de 150 voluntários para desenvolver atividades capazes de fomentar o desenvolvimento cognitivo, motor e social das crianças.

Com o objetivo de transportar crianças e pais para um ambiente estimulante e positivo, diferente do que habitualmente se espera de uma instalação hospitalar, a Sala de Brincar Ronald McDonald é composta por sete zonas distintas, que permitem materializar o conceito de Family Centered Care e zelar pelo conforto e cuidado da família e da criança.

Para além de uma zona exclusiva para pais, com acesso a copa para aquecer refeições, televisão, e locais de descanso, a Fundação apresenta ainda uma inovadora sala Snoezelen no local. Esta zona de relaxamento multissensorial permite contribuir para a redução de stress e da ansiedade de pais e crianças ao combinar aromas, com cores, imagens, música suave, massagens, colunas de água, que certamente ajudará na melhoria da qualidade do sono, e na transformação da experiência hospitalar.

A Sala de Brincar Ronald McDonald dispõe ainda de diferentes zonas dedicadas a atividades   de diversão – zona de brincadeira e pintura-, com jogos virtuais e cinema, destacando-se ainda uma biblioteca e ludoteca com centenas livros e jogos didáticos -, mas também se procura a manutenção de rotinas de estudo – na zona de apoio ao estudo que conta com professores no local e aulas interativas – e ainda uma zona dedicada à promoção do exercício físico.

Com a inauguração da Sala de Brincar Ronald McDonald, também o apoio prestado pela Casa Ronald McDonald do Porto será amplificado. Situada a poucos metros da Sala de Brincar Ronald McDonald, esta “casa longe de casa” irá alargar o apoio às famílias da ala pediátrica para que estas possam usufruir dos serviços da Casa quando necessário: utilizar a lavandaria, aquecer uma refeição, relaxar e participar nas atividades promovidas pelos voluntários - massagens de relaxamento, cabeleiro ou meditação, são alguns exemplos.

A parceria entre a Fundação Infantil Ronald McDonald e o Centro Hospitalar Universitário de São João reiterou-se em 2013, com a inauguração da Casa Ronald McDonald do Porto. Esta “casa longe casa” funciona como um segundo lar ao acolher, de forma gratuita, os familiares das crianças que se deslocam da sua residência habitual para receber tratamento no Centro Hospitalar S. João ou no IPO-Porto. Até ao presente, a Casa Ronald McDonald do Porto já acolheu mais de 690 famílias.

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