Lesão cutânea
Vulgarmente conhecido por frieira, o eritema pérnio ou perniose é uma inflamação cutânea desencadead

Inchaço, dor, prurido por vezes intenso, sensação de queimadura, ulceração ou fissura são alguns dos principais sintomas do eritema pérnio - uma patologia cutânea inflamatória que, embora possa surgir em qualquer idade, atinge, sobretudo, as mulheres.

Para além dos dedos das mãos e dos pés, o nariz, as orelhas, e mais raramente a região das coxas e nádegas, são as zonas do corpo que podem ser acometidas por estas lesões. E embora suas causas exatas permaneçam desconhecidas – até porque nem sempre as frieiras precisam de temperaturas extremas para de desenvolverem (há casos relatados noutras épocas do ano, como outono ou primavera) –, estima-se que estas possam dever-se a uma reação desadequada do organismo ao frio.

Num artigo de sua autoria, a médica de Medicina Geral e Familiar, Márcia de Carvalho de Sá explica que “perante a exposição ao frio, a pele protege o organismo através da vasoconstrição”, sendo que esta, habitualmente, se processa em duas fases: “vasoconstrição maciça das anastomoses, com diminuição da temperatura cutânea, seguida de vasodilatação cíclica, com aumento gradual e lento da temperatura cutânea”. Durante a exposição prolongada ao frio surge uma terceira fase com vasoconstrição também ela prolongada e que interrompe o fluxo sanguíneo nos tecidos expostos. Trocado por miúdos, quer isto dizer que, sendo a vasoconstrição um fenómeno que “encurta” o diâmetro dos vasos sanguíneos, ela resulta numa diminuição significativa do fluxo sanguíneo nestes vasos que, em condições extremas, como seja em caso de vasoconstrição prolongada, conduz a danos nos tecidos circundantes, provocando lesões cujo grau e gravidade vai depender da duração da exposição ao frio.

As lesões de eritema pérnio podem ser classificadas em agudas, quando duram entre 12 a 24 horas, ou crónicas se persistirem por mais tempo (sendo estas as que estão habitualmente associadas às exposição prolongada ao frio). Segundo a médica, “clinicamente, caracterizam-se por máculas ou pápulas eritematosas, dolorosas e pruriginosas, com edema”, resolvendo-se espontaneamente em cerca de uma a três semanas. No entanto, é frequente haver recidivas, pelo que a cura, muitas vezes, só é atingida no verão. Para além do frio, também a humidade contribui para o seu desenvolvimento.

Caso sofra de frieiras, saiba que existem vários cuidados simples que pode implementar no seu dia-a-dia para aliviar a dor e que auxiliam o seu tratamento, como:  

  • Manter a pele bem hidratada. As loções hidratantes podem ajudar a aliviar o prurido;
  • Evitar a exposição ao frio e outras agressões externas, como lavar muitas vezes as mãos água fria ou usar detergentes;
  • Manter a pele afetada seca e quente (use peças de roupa em lã e massaje a zona afetada com movimentos suaves, sem esfregar);
  • Evitar o contacto direto com fontes de calor (não caia na tentação de, mesmo que esteja muito frio, tentar aquecer as mãos à lareira ou junto de um aquecedor!);
  • Evitar fumar ou beber café, uma vez que estes contribuem para a constrição dos vasos sanguíneos, o que poderá agravar ainda mais o problema.

Saiba ainda que deve consultar o médico sempre que:

  • A pele começar a ficar esbranquiçada ou pálida e com bolhas;
  • Se perder a mobilidade ou sentir dor intensa na zona afetada;
  • Se os sintomas se agravaram, ou surgirem outros mais intenso;
  • Se tiver febre.

É que, de acordo com a dermatologista Leonor Girão, “em casos mais complicados, senão forem prevenidas ou devida e atempadamente tratadas, as frieiras podem provocar danos nas camadas mais profundas da pele, lesões nos tecidos e nos músculos, problemas nos osso e até infeções”. Em situações extremas pode haver morte dos tecidos por falta de circulação.

Quem sofre de diabetes ou de problemas circulatórios deve prestar atenção redobrada a estas situações.

Fonte:
https://www.researchgate.net/publication/320688069_Evidencia_no_tratamento_farmacologico_do_eritema_pernio

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Direcionado a associações de doentes, profissionais de saúde e academia, gestores e responsáveis políticos
“Excesso de Intervenções na Saúde: Problemas e Perigos” é o tema do próximo webinar promovido pela Plataforma Saúde em Diálogo,...

A sessão pretende abordar os perigos e os problemas do excesso de intervenções na área da saúde, o modo de avaliar a evidência científica que suporta a prática clínica, ao mesmo tempo que serão discutidas as melhores formas de comunicar informação complexa em saúde. O objetivo final é que o público perceba os conceitos de sobrediagnóstico e sobretratamento, os seus problemas e as soluções para uma gestão correta da saúde.

“A intervenção médica excessiva é uma ameaça para o cidadão que contacta com o Sistema de Saúde. Este será um debate que vai, sem dúvida, contribuir para elucidar os cidadãos sobre o que são as intervenções em excesso e como é que cada um de nós pode ter um papel ativo nas suas decisões de saúde, reduzindo ao máximo a necessidade de recorrer a cuidados de saúde que serão desnecessários”, afirma a presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, Maria do Rosário Zincke. 

“A Medicina moderna caracteriza-se por uma grande intensidade prática – a chamada “medicalização” – que pode, em circunstâncias específicas, apresentar uma análise de benefício-risco negativa (a intervenção faz mais mal que bem). É por isso importante evitar estas intervenções, que são no mínimo inúteis e no máximo perigosas”, refere António Vaz Carneiro, presidente do Conselho de Administração do ISBE e coordenador do Programa Choosing Wisely Portugal.

A abertura do webinar está a cargo da presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, seguindo-se uma sessão com o tema “Sobrediagnóstico e Sobretratamento”, que ficará à responsabilidade de António Vaz Carneiro.

A sessão conta ainda com a intervenção de Miguel Bigotte Vieira, médico especialista em Nefrologia e membro da equipa de gestão do Programa Choosing Wisely Portugal. Na sua intervenção irá dar a conhecer este programa cujo objetivo principal é promover escolhas em saúde baseadas na melhor evidência científica disponível, promovendo a utilização adequada de exames complementares de diagnóstico e reduzindo o número de intervenções desnecessárias.

No final, existirá espaço para responder às questões do público, sendo o encerramento feito pelo presidente do Conselho de Administração do ISBE.

O webinar “Excesso de Intervenções na Saúde: Problemas e Perigos” é direcionado a associações de doentes, profissionais de saúde e academia, gestores e responsáveis políticos, bem como para o público em geral, mediante inscrição aqui.

 

 

 

Recomenda extensão de indicação
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou, início desta semana, que se estenda a indicação do medicamento tocilizumab...

O fármaco em questão foi aprovado para o tratamento de problemas inflamatórios como a artrite reumatoide ou artrite idiopática sistémica juvenil.

A agência europeia decidiu alargar a indicação do fármaco depois de analisar dados de um estudo com 4.116 doentes com Covid grave que estavam em ventilação mecânica ou suplementação de oxigénio e tinham altos níveis de proteína C-reativa, um indicador de inflamação.

Em julho, a Organização Mundial de Saúde já tinha recomendado o uso de tocilizumab em doentes com Covid-19 severa.

O estudo mostrou que a adição de tocilizumab à terapia padrão reduziu o risco de morte em comparação com o tratamento convencional. Especificamente, 31% dos doentes que receberam tocilizumab (621 em 2022) morreram em 28 dias. No grupo que não recebeu o tratamento, esta percentagem foi de 35%.

Por outro lado, 57% dos doentes que seguiram o tratamento com tocilizumab para além da terapêutica convencional tiveram alta nas quatro semanas seguintes, enquanto no grupo de controlo 50% dos doentes deixaram o hospital no período acima referido.

O estudo observa que não é possível excluir um aumento da mortalidade em doentes que não estejam em tratamento prévio com corticosteroides, pelo que este fármaco só deve ser administrado no caso de esta terapia ser previamente indicada. Em doentes já em terapia corticosteroide, a adição de tocilizumab traz mais benefícios do que riscos, de acordo com a EMA.

Tocilizumab é um anticorpo monoclonal que é adicionado aos recetores em moléculas chamadas interleucinas 6, que o sistema imunológico produz em resposta à inflamação sistémica. Estas moléculas desempenham um papel importante no desenvolvimento de Covid severo. Portanto, ao ligar-se aos recetores acima mencionados, o fármaco consegue reduzir a inflamação e melhorar os sintomas da doença.

Dados preliminares
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a nova variante do coronavírus – a Ómicron - parece ter uma taxa de reinfeção mais alta...

“Dados preliminares da África do Sul sugerem um risco acrescido de reinfeção da Ómicron, mas são necessários mais dados para tirar conclusões mais firmes", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus cautelosamente aos jornalistas em Genebra.

"Também há evidências que sugerem que a Ómicron causa sintomas menos graves do que o delta [a variante mais difundida hoje], mas ainda é muito cedo para ter certeza", acrescentou.

A Pfizer e a BioNTech, por seu lado, insistiram na eficácia da sua vacina contra a variante Ómicron.

Estes anúncios foram precedidos pelos de cientistas seniores da OMS e da Casa Branca, que apontam que as vacinas anticovid existentes “a priori” permanecem relevantes contra esta nova variante, cuja recente descoberta na África do Sul gerou uma onda de pânico.

 

Decisão tomada
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, com prioridade para as crianças com...

Esta recomendação surge na sequência da posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), que considerou, com base nos dados disponíveis, que a avaliação risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública, é favorável à vacinação das crianças desta faixa etária.

O número de novos casos da doença em crianças tem vindo a aumentar e, embora ligeira, têm existido formas graves de Covid-19 nestas faixas etárias. Por ouro lado, nota-se que embora o risco de hospitalização seja maior em crianças com doenças de risco, muitos dos internamentos ocorrem em crianças saudáveis.

De acordo com a DGS, para esta posição foram considerados os contributos de um grupo de especialistas em Pediatria e Saúde Infantil, bem como de membros consultivos da CTVC.

A CTVC acrescenta que se deve manter o acompanhamento da situação epidemiológica, da evidência científica e de recomendações dos Estados membros. A recomendação pode ser alterada sempre que se justifique, nomeadamente, caso venham a ser conhecidos mais dados sobre novas variantes.

A DGS e o Núcleo de Coordenação de Apoio ao Ministério da Saúde vão prestar esclarecimentos técnicos adicionais e sobre o calendário de vacinação e respetiva logística em conferência de imprensa a realizar já amanhã.

 

Conclusões de estudo realizado em contexto português
O Estudo ‘Modelo de estimativa de custos dos cuidados de saúde e acesso às unidades de cuidados intensivos (UCI) para doentes...

O estudo incidiu sobre a utilização do antiviral remdesivir (RDV) e teve como objetivo simular o impacto que esta opção de tratamento poderá ter sobre o curso pandémico a longo prazo. O modelo de previsão foi desenvolvido para estimar como o RDV teria impacto na capacidade das UCI e nos custos dos cuidados de saúde relacionados com a gestão hospitalar do doente com COVID-19. Este modelo foi aplicado no contexto português com uma projeção de 20 semanas com início em 1 de maio e conclusão em 18 de setembro de 2021. Os dados foram cuidadosamente recolhidos consultando diferentes fontes, tais como, literatura publicada a nível global, relatórios governamentais oficiais e bases de dados de reconhecido mérito disponíveis sobre doenças infeciosas, nomeadamente, Our World in Data, além dos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde e Direção Geral da Saúde, e ainda pareceres de peritos.

O modelo de previsão mostrou que a introdução de tratamento baseado em RDV em doentes com pneumonia COVID-19 que requerem oxigenoterapia suplementar produziria mais de 23 milhões de euros em economias de custos e evitaria mais de 261 internamentos em UCI e 166 mortes. Além disso, para melhorar a condição clínica dos doentes e reduzir o tempo até à recuperação total, foi demonstrado que as opções de tratamento, como o RDV, podem reduzir os efeitos económicos negativos da pandemia por COVID-19, reduzindo os custos diretos dos cuidados de saúde e otimizando a gestão de recursos limitados, nomeadamente menos internamentos em UCI, menor tempo de internamento em enfermaria e menor taxa de mortalidade.

Durante o processo de seleção dos dados, três peritos portugueses - João Rua, Nuno Luís, Sandra Braz - foram convidados a dar o seu contributo para a investigação. Estes profissionais foram selecionados com base na sua experiência ao serviço do sistema de saúde português em geral e com a gestão e tratamento da doença COVID-19, em particular, fruto da atividade exercida nas suas respetivas Instituições.

Principais resultados

Durante o período de 20 semanas em análise, foram observados 23.579 casos ativos, e foram estimados mais de 692 internamentos em UCI e 251 mortes. Contudo, se fosse introduzido o tratamento com remdesivir em doentes com COVID-19 com pneumonia e necessidade de suporte de oxigénio suplementar, tanto os internamentos em UCI como o número de mortes estimam-se que diminuíssem para 261 e 165, respetivamente. O tratamento baseado em remdesivir geraria uma poupança de custos total de 23.531.000 euros, o que pode ser explicado principalmente pela estimativa da redução do número de admissões e da duração da estadia em UCI.

Este estudo apoia as conclusões de estudo anterior e de natureza semelhante no contexto italiano (Ruggeri et al., 2020). O remdesivir, quando administrado a doentes com pneumonia e que necessitam de oxigenoterapia suplementar, pode ter um grande impacto na sobrecarga do sistema de saúde, especialmente em termos de poupança de custos de hospitalização (enfermaria e UCI) e mortes.

O modelo de previsão é construído com base em estimativas de dados, nomeadamente epidemiológicos, com os valores de Rt associados. O modelo simula e apresenta um cenário hipotético, que tem em consideração dados históricos, medidas restritivas governamentais, e outros fatores externos, tais como as campanhas de vacinação. Consequentemente, existe a possibilidade de esta simulação não representar com precisão a situação epidemiológica real.

Esta contingência pode ser facilmente resolvida, pois o modelo pode ajustar-se facilmente com os dados mais recentes disponíveis. Dada a extensa disponibilidade de dados, a sua aplicação pode ser customizada a áreas mais restritas, tais como regiões particulares. Como resultado, o modelo pode ser utilizado como instrumento de suporte à decisão para os decisores no âmbito das suas atividades de gestão da pandemia da COVID-19 qualquer nível territorial. O modelo pode ser ajustado para avaliar o impacto de campanhas de vacinação e de outros tratamentos para além do RDV e pode estimar tanto o impacto no curso da pandemia como os custos diretos associados aos diferentes tratamentos. Isto aumenta a relevância do modelo para os administradores e/ou decisores políticos, uma vez que pode ser utilizado como suporte à decisão caso ocorram vagas pandémicas.

Este modelo pode oferecer aos decisores de saúde, reguladores e autoridades governamentais potenciais recursos para a gestão de emergências de saúde pública, tais como a emergência da SARS-CoV-2 e a pandemia COVID-19.

 

Testemunho
Obter o diagnóstico certo quando se tem uma doença rara como a esclerose sistémica pode ser demorado

Muitos têm sintomas durante anos e ninguém consegue explicar-lhes o que está a acontecer. Os sintomas podem ser confusos, e o médico de família por vezes não consegue dizer o que se passa, mas pode dar um tratamento para o fenómeno de Raynaud, pois o fenómeno de Raynaud não é raro enquanto tal.

Foi este o início da minha viagem através do labirinto, e penso que demorei 5 anos até obter o meu diagnóstico, esclerose sistémica cutânea limitada. Mas foi de facto rápido, porque quando os sintomas mais estranhos surgiram e o meu médico de família sugeriu um especialista para me enviar, demorou cerca de 4 semanas. A minha teoria é que (por coincidência) fui enviada a uma especialista que sabe muito sobre diferentes tipos de doenças do tecido conjuntivo, incluindo esclerose sistémica, e ela sabia quais os testes sanguíneos a fazer e o que procurar.

A viagem do doente até ao diagnóstico pode, para alguns, ser rápida através do labirinto, mas já vi muitos casos em que a viagem é para trás e para a frente e em várias direções diferentes. Independentemente dos sintomas que tenha, vá ao seu médico de família. Ele pode não reconhecer os sintomas ou dizer: "vamos aguardar e ver o que acontece". Depois a maioria de nós faz pesquisa online sobre os sintomas - é tão fácil hoje em dia procurar os sintomas e obtém-se um resultado. Mas não posso recomendar que faça uma pesquisa online, quer seja para os sintomas ou depois de ter sido diagnosticado recentemente. Poderá encontrar a resposta errada ou encontrar histórias que são muito assustadoras. Passado algum tempo, acabará por regressar ao seu médico de família. Agora é encaminhado para um especialista, que pode não reconhecer completamente os sintomas e é encaminhado para outro especialista, que não lhe dá um diagnóstico, ou está a ser mal diagnosticado e a receber o tratamento errado. Eventualmente, recebe o diagnóstico.

Um diagnóstico, qualquer que ele seja, pode ser uma má notícia, mas também pode ser uma boa notícia. Para a maioria de nós, o diagnóstico é um alívio. Nessa altura podemos juntar-nos a outros, tal como nós, e as melhores “equipas” encontram-se através das organizações de doentes. Será altura de sentir que podemos iniciar um tratamento; estamos prontos para lutar contra isso.

Para mim, o diagnóstico foi um alívio. Eu sabia que não estava a inventar os meus sintomas. Fui reconhecida. O caminho que escolhi para a minha vida foi alterado e, após alguns anos, aceitei e encontrei outro percurso. Lutei de verdade!

Apesar das diferenças na doença, vejo as mesmas coisas, quando falo com outros doentes. Todos nós temos este impulso especial, alguns mais do que outros, mas por trás da dor e das lutas vejo o brilho nos olhos. Todos temos esta paixão a dizer que somos muito mais do que a nossa doença. Quer as nossas paixões sejam paraquedismo, patins, tricotar, ler, pintar, viajar, cozinhar, ser mãe, etc. - provamos repetidamente, que somos a nossa paixão, não a nossa doença!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 3.500 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 21 mortes em território nacional. O...

A região Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: sete, em 21. Seguem-se a região Norte com seis óbitos a assinalar nas últimas 24 horas, o Algarve com quatro mortes e a região autónoma da Madeira com três. A região Centro registou uma morte desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.417 novos casos. A região Norte foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.094, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 1.036 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 799 casos na região Centro, 74 no Alentejo e 272 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 115 infeções, e os Açores com 27.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 936 doentes internados, menos 12 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos dois doentes internados, desde o último balanço: 133.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 4.969 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.093.264 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 60.584 casos, menos 1.573 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.255 contactos, estando agora 79.538 pessoas em vigilância.

Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
Para colmatar uma necessidade há muito identificada, dada a dimensão e diferenciação do Centro Hospitalar Universitário Cova da...

Para assinalar a introdução desta técnica diferenciada, o hospital contou no dia 27 de novembro de 2021 com a presença do Prof. Dr. Luís Lopes, diretor do Serviço de Gastrenterologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Minho.

O médico, considerado uma referência na área da gastrenterologia nesta técnica, conta no seu vasto currículo com mais de 6000 CPREs realizadas e considera este procedimento como “o estado da arte para o tratamento de um grande número de doenças do foro pancreatobiliar”.

Cálculos (pedras) localizados nos canais biliares são a indicação mais frequente para este procedimento, dado que permite a sua remoção com elevada eficácia e baixo risco de complicações na maioria dos doentes. Mas a CPRE é também um procedimento importante na abordagem de lesões/tumores das vias biliares e do pâncreas e em caso de pancreatite crónica.

Esta técnica endoscópica diferenciada comporta muitas vantagens em relação ao tradicional método cirúrgico, pois “é uma técnica muito menos invasiva, é muito melhor para o doente, tem menos mortalidade e menos morbilidade e ainda menos tempo de internamento. Por norma o doente tem alta, em menos de 24 horas, com uma recuperação muito mais rápida, menor dor e menos complicações”, esclarece Luís Lopes.

De acordo com o comunicado do CHUCB, a introdução desta técnica “requereu muito trabalho preparatório e dedicação pela direção e elementos do Serviço de Gastrenterologia, como também pelo Departamento de Logística do centro hospitalar”.

Para além de médicos e enfermeiros do Serviço de Gastrenterologia com formação técnica na área da CPRE, e de médicos do Serviço de Anestesiologia e de técnicos de Radiologia, “esteve ao leme dos primeiros procedimentos o Dr. João Fernandes, gastrenterologista responsável pela introdução da técnica neste centro hospitalar, cujo treino e experiência foram adquiridos com o Prof. Dr. Luís Lopes”.

 

Coordenador científico da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem
O professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), João Luís Alves Apóstolo, está entre os investigadores mais...

Esta lista inclui, em termos nacionais, apenas três investigadores que se destacam com publicações na área científica de Enfermagem, sendo um deles o investigador João Apóstolo.

Coordenador científico da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida pela ESEnfC, João Luís Alves Apóstolo é docente na instituição desde 2001, sendo o primeiro professor do ensino superior em Portugal com o título académico de agregado no ramo do conhecimento em Ciências de Enfermagem (2017).

É pós-doutorado (2013) e doutorado em Ciências de Enfermagem (2008), dispondo de um mestrado em Adições e Patologias Psicossociais (2000), de uma especialização em Saúde Mental e Enfermagem Psiquiátrica (1997) e de uma pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde (2000).

 Diretor do Portugal Centre for Evidence Based Practice (Centro de Excelência do JBI, da Austrália), João Luís Alves Apóstolo já recebeu mais de uma dezena de distinções. Pertence ao grupo de Declínio Cognitivo da EIPAHA – European Innovation Partnership on Active and Healthy Ageing) e integra a equipa coordenadora do consórcio Ageing@Coimbra.

O investigador da UICISA: E tem coordenado e integrado equipas multidisciplinares de vários projetos de investigação financiados por fundos nacionais e internacionais, nas áreas do envelhecimento, dos cuidados de saúde informados pela evidência e das tecnologias de cuidados de saúde, fomentado assim o avanço do conhecimento na área científica de Enfermagem.

O “World’s Top 2% Scientists 2021", que agora o evidencia como um dos investigadores com trabalhos publicados que mais contribuíram para o avanço nas respetivas áreas do saber, apresenta resultados relativos a cerca de 190 mil cientistas de todo o mundo, de 22 áreas e 176 subáreas.

Os resultados deste ranking podem ser consultados em https://elsevier.digitalcommonsdata.com/datasets/btchxktzyw/3?fbclid=IwAR1tc4-GJKETE-ByeIN1Wk8CVi8EvYFZW5Ql9m7FEKf48J29bYnqrhDqr5M

 

 

Pilhas e pequenos eletrodomésticos
A ERP Portugal, entidade gestora de resíduos elétricos e eletrónicos e pilhas usadas, associa-se pelo segundo ano consecutivo...

A partir do dia 6 de dezembro, esta campanha vai estar mais próxima de todos os portugueses para reforçar o compromisso da ERP Portugal com esta causa ambiental e social. A iniciativa “Todos pelo IPO” vai marcar presença nos ecrãs de todos os portugueses, através do canal de televisão SIC, nas rádios Renascença e RFM, e, ainda, em mupis e canais digitais.

Os resíduos entregues pelos Portugueses até ao final do ano serão reciclados e transformados no donativo a entregar ao IPO.

No conjunto de resíduos abrangidos pela campanha encontram-se pilhas e pequenos equipamentos como torradeiras, secadores de cabelo, ferros de engomar, varinhas mágicas, brinquedos, lanternas, televisores ou relógios e baterias de computadores portáteis, telemóveis ou comandos de consolas de jogos.

Rosa Monforte, Diretora Geral da ERP Portugal, adianta que “Esta iniciativa coloca novamente o ambiente de mãos dadas com a saúde. É muito gratificante para a ERP Portugal poder ajudar uma causa tão nobre e nesta nova edição pretendemos superar as expectativas e os resultados da primeira. No ano anterior foi possível contribuirmos com aquisição de 40 PDA (Personal Digital Assistant) para o projeto de implementação de sistema de segurança transfusional e analítico LabTrack, para o reforço da segurança do doente durante os processos de transfusões de sangue e de componentes sanguíneos. Por isso, queremos

fazer mais e deixar o apelo à participação de todos os cidadãos nesta iniciativa de recolha solidária. Gestos tão simples como a entrega de resíduos nos mais de 6000 pontos em todo o país podem fazer a diferença!”.

Sandra Gaspar, Vogal Executiva do Conselho de Administração do IPO Lisboa, destaca a importância do projeto da ERP Portugal na colaboração com o Instituto e afirma que «a adesão a esta campanha reflete o reconhecimento e a confiança dos portugueses e da sociedade em relação IPO e aos seus profissionais, sempre determinados a manter a elevada qualidade do trabalho desenvolvido em benefício da melhoria da vida dos doentes e dos seus familiares.»

9, 10 e 11 de dezembro
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) realiza nos dias 9, 10 e 11 de dezembro o 64.º Congresso Português de Oftalmologia...

Este que é o principal evento realizado na área da oftalmologia em Portugal, reúne diversos especialistas para debater e refletir sobre a inovação científica nas áreas da retina, inflamação e genética, durantes os últimos anos, que são relevantes quer a nível de caracterização clínica de diversas patologias, quer a nível de intervenção terapêutica médica e cirúrgica.

No que diz respeito às doenças da retina, esta foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia devido à diminuição em 16,5% nos rastreios de retinopatia diabética durante o ano de 2020, o que deixa os oftalmologistas em alerta pelo potencial de cegueira associado a esta doença e à degenerescência macular da idade (DMI), que também afeta a retina.

Existem, no entanto, muitas outras doenças oculares como os erros refrativos, as cataratas, o glaucoma, doenças genéticas e neoplasias que afetam o olho que são igualmente preocupantes e carecem da necessidade da continuidade dos tratamentos e acompanhamento destes doentes, mesmo em contextos pandémicos. 

“As doenças oculares têm na maioria dos casos o denominador comum do fator tempo, como algo determinante. Tempo que às vezes não temos e como sabemos ficou limitado, em alguns casos, por causa da pandemia da covid-19. É neste contexto que a SPO se compromete por um lado, a continuar a acompanhar os profissionais de saúde (oftalmologistas) que tratam os doentes nas mais diversas patologias da visão; e por outro lado, continuar a trabalhar junto dos portugueses e na literacia para a saúde para que haja mais consciência do que representam as doenças oculares e de que forma estas podem ser tanto prevenidas como tratadas. Lembramos sempre que preservar a saúde dos olhos é preservar um dos nossos sentidos mais preciosos, a visão.”, refere Rufino Silva – Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

Durantes estes três dias, o Congresso Nacional da SPO vai realizar vários cursos nas diferentes áreas científicas da oftalmologia, cada dia dedicado a um dos temas - Retina, Inflamação e Genética. A European Accreditation Council for Continuing Medical Education (EACCME) acreditou recentemente o 64.º Congresso Nacional da SPO com 3 créditos europeus.

Para mais informações sobre o evento e o respetivo programa, por favor consulte: https://spoftalmologia.pt/evento/64o-congresso-portugues-de-oftalmologia/.

Opinião
Quando se fala em qualidade do ar pensamos imediatamente em poluição atmosférica, no exterior dos ed

É extrema relevância referir que o ar que se respira no interior dos edifícios é muito diferente do ar exterior. É certo que os poluentes exteriores mais frequentes podem infiltrar-se nos edifícios, mas um dos maiores problemas relativamente à qualidade do ar interior é a emissão de poluentes no próprio interior dos edifícios e a sua acumulação numa ventilação que por vezes é deficiente e apresenta baixas renovações do ar, podendo afetar consideravelmente a saúde humana. Nos países industrializados, a maioria da população passa grande parte do tempo em locais fechados, cerca de 95% (60% no local de residência, 30% no local de trabalho e 5% no tráfego urbano). Sendo que a qualidade do ar nesses locais está dependente de fatores como a emissão de poluentes no interior dos edifícios; a infiltração de poluentes do ar exterior e a acumulação no interior dos edifícios.

Um dado a reter é que uma parte substancial do consumo total de energia em edifícios consiste em ventilação mecânica. No entanto, nos últimos anos esta tem vindo a ser reduzida ao mínimo, devido ao aumento dos preços da energia. Verificando-se, ainda, a introdução de novos materiais de construção que contribuem para o aumento do problema emitindo gases.

Todas estas razões levaram ao aparecimento do Síndroma do Edifício Doente que, também em Portugal, afeta cada vez mais indivíduos e que ocorre frequentemente em edifícios com sistema central de ventilação em que o tipo de sistema de humidificação resulta em fonte de contaminação por micróbios e fungos. Este termo tem vindo a ser usado há mais de 15 anos e, hoje em dia, descreve, mais precisamente, irritações das membranas mucosas, sintomas no sistema nervoso central, rigidez do tronco, alergias e afeções da pele. Muitas destas afeções são originadas por microrganismos em suspensão na atmosfera que se designam por bioaerossóis.

A acrescer a esta preocupação com os poluentes típicos do ar interior, anteriormente referidos, este é também um meio propício para a transmissão de vírus, entre os quais o coronavírus SARS-Cov-2, responsável pela COVID-19. Na verdade, a propagação deste vírus pode ocorrer a partir de pessoas infetadas e através de gotículas respiratórias, aerossóis (partículas aéreas de dimensão muito pequena) que podem viajar até dezenas de metros nos espaços fechados, o que levou à tomada de medidas de prevenção como o uso de máscaras respiratórias e observação de distâncias de segurança em espaços interiores.

Por todas estas razões, é de importância primordial, efetuar-se uma regular monitorização dos parâmetros que definem a boa qualidade do ar interior, ou seja, da concentração dos poluentes atmosféricos, por forma a definir condições adequadas de ventilação e renovação do ar interior e, assim garantir a existência de meios salubres para os seus ocupantes. Através da realização da recolha de amostras em contínuo dos vários poluentes existentes, poderá ser possível responder e resolver cada situação específica.


João Gomes - Consultor da Innovair (Eng. e Doutor Engª Química IST); Delegado nacional à Cost Action 17136 – Indoor Air Pollution Network; Prof. Coordenador com Agregação, ISEL.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aumento de sintomas de ansiedade, depressão, trauma e burnout
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) está a...

Para alcançar o maior número possível de profissionais de saúde nestas condições em Portugal, a equipa, coordenada por Marcela Matos, investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da FPCEUC, procura voluntários que pretendam participar na investigação.

Podem participar neste estudo todos os profissionais de saúde que estiveram e/ou estão diretamente envolvidos no tratamento de doentes com Covid-19, designadamente os profissionais dos serviços de Medicina Interna, Medicina Intensiva (unidades de cuidados intensivos, UCIs), Serviço de Urgência e Serviço de Pneumologia, de centros hospitalares do país. Para tal, basta aceder ao link: https://limesurvey.fpce.uc.pt/limesurvey/index.php/117816?lang=pt. A equipa do projeto informa que «todas as questões de privacidade, confidencialidade da informação e anonimato dos participantes estão asseguradas».

«Há evidências crescentes de que os profissionais de saúde da linha da frente no combate à Covid-19 experienciaram reações emocionais adversas, o que pode estar associado a um aumento dos níveis de sintomas de ansiedade, depressão, trauma e burnout. Este estudo visa expandir a compreensão da natureza multifacetada da experiência emocional dos profissionais de saúde da linha da frente no cuidado de doentes Covid-19», explica Marcela Matos, coordenadora do estudo em Portugal.

Para além disso, acrescenta a investigadora do CINEICC e docente da FPCEUC, «estes profissionais têm sido confrontados com prolongada exaustão física e emocional e intensa tristeza, associadas à especificidade desta situação trágica e sem precedentes que é a pandemia de Covid-19, que se revela assim uma experiência única que difere de outras formas de trauma pessoal».

A compreensão das experiências emocionais destes profissionais de saúde, salienta ainda Marcela Matos, ajudará a desenhar estratégias «específicas de promoção da saúde mental e do bem-estar, por forma a tentar ajudá-los a lidar com a situação e a aliviar algumas das dificuldades vivenciadas».

 

 

Processo de inoculação está em fase de preparação e aguarda aval da Comissão Técnica de Vacinação
As primeiras 300 mil vacinas contra a Covid-19 para crianças dos 5 aos 11 anos, do consórcio farmacêutico BioNTech/Pfizer,...

“Vão chegar cerca de 300 mil vacinas no dia 13 de dezembro e, depois, durante o mês de janeiro, chegarão mais 400 mil vacinas, o que, para esta população, será suficiente”, explicou António Lacerda Sales, esta segunda-feira, dia 6 de dezembro, acrescentando que se trata de “uma vacinação diferente porque é por unidose, de 10 microgramas, cerca de um terço da dose de um adulto”.

O total de 700 mil vacinas asseguram as necessidades nacionais “para vacinar todas as crianças dos 5 aos 11 anos”, num processo de inoculação que está em fase de preparação e que aguarda pelo aval da Comissão Técnica de Vacinação.

 

Testagem das equipas será realizada no âmbito do protocolo estabelecido com o LaBMI, IPP e Hospital-Escola Fernando Pessoa
A Pantest, o primeiro laboratório português licenciado pelo INFARMED para o fabrico de testes rápidos por imunocromatografia, é...

O laboratório português será responsável pela testagem à COVID19. de todos os elementos das seleções que participam no Campeonato Europeu, de forma a cumprir as normas de segurança sanitárias necessárias para este tipo de eventos. O processo será feito com recurso aos testes produzidos pela Pantest, realizado in loco por investigadores do LaBMI e em colaboração com o Hospital-Escola Fernando Pessoa e o Instituto Politécnico do Porto. A iniciativa integra o primeiro ensaio clínico realizado no país com recurso a entidades exclusivamente portuguesas, mais um passo para o reforço e validação da investigação científica em Portugal.

De salientar que a Pantest é a única empresa a produzir testes antígeno e PCR em Portugal e com capacidade de responder às necessidades atuais do mercado nacional. 

Os testes são sensíveis a todas as variantes já identificadas do SARS-COV2. Os testes desenvolvidos e produzidos pela Pantest utilizam a tecnologia de imunocromatografia.

“O nosso teste para deteção do coronavírus Sars-CoV 2 é o primeiro teste rápido feito e validado por instituições portuguesas, o que nos deixa muito orgulhosos e confiantes na qualidade da investigação científica que se realiza em Portugal,” comenta Catarina Almeida, diretora da Pantest. “Estamos muito satisfeitos por esta parceria com a Federação Portuguesa de Hóquei pois sentimos que é um reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver.”

Da parte da Federação Portuguesa de Hóquei: “A atual situação de saúde pública, obriga-nos a ter os melhores parceiros e os que nos conferem mais confiança para mantermos a realização dos eventos desportivos com a maior segurança para jogadores, equipas técnicas e público. A Pantest, uma empresa portuguesa, foi o parceiro natural para podermos cumprir os requisitos da DGS”, afirma Bruno Santos da Presidente da Federação Portuguesa de Hóquei.

Obra dos psicólogos Sofia Gabriel, Mauro Paulino e Telmo Mourinho Baptista
Apresentação da obra decorre no próximo dia 9 de dezembro, pelas 19h00, no El Corte Inglés, em Lisboa, durante conferência ...

Os psicólogos Sofia Gabriel, Mauro Paulino e Telmo Mourinho Baptista abordam o difícil processo de perder alguém e como lidar com a ausência física, num momento especialmente delicado, em que somos afetados por uma pandemia que ceifou inúmeras vidas.

A obra “LUTO: Manual de Intervenção Psicológica”, com a chancela da PACTOR, aborda as especificidades da intervenção em função do tipo de perda (luto inesperado, luto antecipatório, luto patológico), do momento do ciclo da vida em que ocorre (infância, adolescência, terceira idade) e da sua natureza (homicídio, suicídio, doença crónica), apresentando as estratégias e ferramentas de intervenção atuais que se adequam às especificidades referidas e que apelam à concetualização da perda em função das diferenças individuais da pessoa em luto, da sua história e da natureza da relação com a pessoa perdida.

“O recurso a casos clínicos permite alcançar uma maior compreensão dos processos de luto e dos desafios associados, por exemplo, a identificação de rituais do luto e a gestão das dinâmicas familiares num contexto de inúmeras perdas (como a perda do futuro, dos planos e das expectativas), que acentuam o sofrimento atroz vivenciado pela perda real da pessoa”, afirmam os coordenadores.

Este manual é uma mais-valia pelos conhecimentos cientificamente validados, constituindo-se como um recurso essencial aos profissionais e estudantes da área da psicologia e da saúde que trabalham com uma das experiências humanas mais avassaladoras – a morte.

O evento de lançamento, além dos coordenadores, contará com a intervenção de Pedro Frade, psicólogo clínico, investigador e docente em cursos pós-graduados na FNUL sobre Cuidados Paliativos e Luto. A apresentação terá também transmissão online.

7 de dezembro
O 8º Congresso em Envelhecimento Ativo e Saudável tem lugar amanhã, dia 7 de dezembro, no Convento São Francisco em Coimbra....

Para João Malva, Coordenador do Ageing@Coimbra “a valorização do papel do idoso na sociedade e a aplicação de boas práticas em prol do seu bem-estar geral e de um envelhecimento ativo e saudável, é algo que tem de ser assumido por toda a sociedade como uma maior determinação. O aumento da esperança de vida não tem sido acompanhado por melhoria equivalente na saúde dos cidadãos nos últimos anos da sua vida”.

O consórcio Ageing@Coimbra surge, assim, como um facilitador de projetos inovadores na área do envelhecimento activo e saudável, assumindo-se como um estimulador da economia e do empreendedorismo jovem em torno dos serviços de saúde. “É urgente mudar o perfil de saúde dos idosos apostando na informação em saúde e na promoção de estilos de vida saudável. Foi essa a motivação que esteve na origem da criação do Ageing@Coimbra, o primeiro Centro de Referência Europeu para o Envelhecimento Ativo e Saudável em Portugal”, acrescenta o também investigador da Faculdade de Medicina Da Universidade de Coimbra.

Concurso de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável com 10 Projetos finalistas:

São 10 os projetos finalistas da edição de 2021 do concurso de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável na Região Centro, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em colaboração com os membros nucleares do consórcio Ageing@Coimbra (Universidade de Coimbra, Administração Regional de Saúde, Instituto Pedro Nunes, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Cáritas Diocesana de Coimbra).

Foram admitidas a concurso 145 candidaturas, que traduzem uma grande diversidade institucional, temática e geográfica, sendo 7 da categoria Conhecimento+, 40 da categoria Saúde+ e 98 da categoria Vida+. As candidaturas apresentadas foram promovidas por cerca de 123 entidades de 81 dos 100 municípios da região Centro.

A edição de 2021 apresenta pretende dar a conhecer as mais inovadoras formas de promover saúde e bem-estar, numa lógica de um envelhecimento ativo e saudável, induzidas ou implementadas no âmbito de todas as restrições decorrentes da pandemia provocada pela COVID-19.

As 10 boas práticas finalistas nas três categorias são:

Categoria Conhecimento+

  • Carrinho A-Mexer, da AEVA - Associação para a Educação e Valorização da Região de Aveiro;
  • Walk-ID, da Universidade de Aveiro.

Categoria Saúde+

  • CENTR(AR): pulmões em andamento, da Universidade de Aveiro;
  • Hospital amigo dos + velhos, do Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC);
  • Mais Saúde no Trabalho, da Grestel - Produtos Cerâmicos, SA.

Categoria Vida+

  • Aqui e acolá por onde andará? Maletas pedagógicas para trabalho com seniores, da Câmara Municipal de Torres Vedras;
  • Maiores Pela Janela, da Câmara Municipal de Ílhavo;
  • Palco em Casa, da Sociedade Artística Musical dos Pousos;
  • Projeto de Inovação Social Ombro Amigo, da Fundação Dr. Agostinho Albano de Almeida;
  • VirtuALL (Simbiose entre Inovação, Envelhecimento e Qualidade de Vida), da AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego.

Com a presença de Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, o encontro será realizado de acordo com todas as normas definidas pela Direção Geral da Saúde em vigor à data do mesmo.

Reconhecimento do trabalho científico desenvolvido
Fernando Guerra, professor de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foi eleito...

A BBB Academy é uma academia internacional de âmbito científico, sem fins lucrativos, que tem como objetivo a «disseminação do conhecimento acerca de biomateriais de substituição óssea de origem animal (porcina e equina) que preservam a sua matriz de colagénio nas suas aplicações clínicas, quer em medicina dentária quer em cirurgia maxilo-facial».

Apostando na cooperação internacional entre instituições públicas e privadas, as atividades deste organismo incluem a concretização de projetos de investigação e a realização de cursos de formação contínua, simpósios e congressos. Estimula igualmente a publicação científica, a atribuição de bolsas de estudos e de prémios de mérito assim como outras iniciativas que contribuam para o progresso científico.

Esta eleição, que decorreu em Sevilha, Espanha, durante a última Assembleia Geral da BBB Academy, «significa o reconhecimento do trabalho científico desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra», declara Fernando Guerra, que elege como prioridades do seu mandato, com a duração de quatro anos, «o incremento da formação dos profissionais e a expansão do conhecimento nos processos biológicos de reconstrução óssea».

 

Programa "Melhora quem Sabe": registo de doentes decorre até ao final de dezembro
Criado em Portugal em março de 2020, o Programa “Melhora Quem Sabe!” é um projeto de monitorização de qualidade, promovido pela...

Recentemente, durante a 12.ª Reunião Nacional das Unidades de AVC, que decorreu em formato virtual no dia 24 de setembro de 2021, a internista do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Ana Gomes, apresentou alguns números da participação dos hospitais portugueses neste projeto da Angels, para realçar “A importância da monitorização de Qualidade” (apresentação disponível em https://spavc.livewebinar.pt/12uavc/): na sua primeira edição, de 15 a 30 de março de 2020, 15 hospitais fizeram 61 registos referentes a doentes com AVC isquémico submetidos a terapia de reperfusão (trombólise endovenosa ou trombectomia); ainda no mesmo ano, ao longo de todo o mês de novembro, 14 hospitais fizeram 351 registos que incluíram dados de todos os doentes com AVC, independentemente do tipo (e no caso do AVC isquémico, de ter feito ou não, terapia de reperfusão); já a última edição, que aconteceu entre 15 e 30 de março de 2021, incluiu também todos os doentes com AVC e participaram 17 hospitais, correspondendo a um total de 202 registos. “Os três períodos coincidiram com a primeira, segunda e terceira vagas da pandemia por COVID-19 em Portugal com todas as implicações inerentes”, justificou Ana Gomes.

Tal como referido pela internista no final da sua apresentação, ao longo dos anos, “o número de doentes registados no RES-Q tem vindo a aumentar em Portugal”. Por isso, o seu desejo é que esta quarta edição permita ultrapassar o número já atingido em 2020, que teve um total de 2860 doentes registados no RES-Q. 

Neste sentido, a Angels e a SPAVC “juntam-se” novamente para incentivarem os hospitais a participarem no Programa “Melhora Quem Sabe!” e, paralelamente, criarem uma cultura de monitorização de qualidade com registos contínuos de dados concretos para, assim, se conhecer a realidade dos cuidados ao doente com AVC em Portugal.

“A monitorização de qualidade está presente de forma clara nas guidelines e inúmeros estudos têm demonstrado ser um aspeto crucial na melhoria dos cuidados ao doente com AVC. E por isso tem sido uma das áreas que a Angels tem procurado desenvolver”, sublinha Ânia Gonçalves, consultora da Iniciativa Angels, completando: “Os hospitais beneficiam conhecendo a sua própria realidade, o que lhes permite, assim, identificar pontos de melhoria, de forma a prestar os melhores cuidados aos doentes”.

O Programa “Melhora Quem Sabe!” conta, anualmente, com dois períodos de recolha de dados – março e novembro – durante os quais os hospitais são convidados a participar, introduzindo os dados na plataforma RES-Q (https://qualityregistry.eu), “escolhida por ser uma base de dados da European Stroke Organisation, por já haver um número elevado de hospitais portugueses registados na mesma e na qual os hospitais têm acesso contínuo aos seus dados, que nunca deixam de ser sua propriedade.

 

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