HeartMate
O Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação de Órgãos Torácicos (CCTOT) do Centro Hospitalar e Universitário de...

A este propósito, o diretor do serviço de CCTOT, David Prieto, adianta que “existem outros dispositivos de assistência cardíaca, mas o HeartMate, sendo portátil e intracorpóreo, permite ao doente ter uma capacidade funcional e autonomia próximo do normal. Este dispositivo aspira o sangue do ventrículo esquerdo e injeta-o diretamente na aorta ascendente, o doente apenas tem de recarregar e substituir as baterias que mantêm esta “bomba” a funcionar”.

A cirurgia foi liderada pelo diretor do serviço, David Prieto, em colaboração com Gonçalo Coutinho e Carlos Branco e o apoio de uma equipa experiente de médicos do Hospital Universitário de Bellvitge, Barcelona, Espanha. Destaca-se,

também, o trabalho conjunto desenvolvido com a UTICA (Unidade de tratamento de insuficiência Cardíaca Avançada), do Serviço de Cardiologia do CHUC, liderado pelas médicas Fátima Franco e Susana Costa.

O Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação de Órgãos Torácicos do CHUC, considerado uma referência nacional na área da transplantação cardíaca, dispõe agora de uma nova abordagem terapêutica. David Prieto refere que “embora o Serviço de CCTOT seja aquele que tem o maior número de transplantes cardíacos em Portugal, nem sempre a implantação de um coração de um dador é a melhor solução para esta doença tão complexa e debilitante”. Adianta, ainda, que no CHUC “são realizados, por ano, cerca de 20 transplantes cardíacos e enquanto alguns doentes aguardam por um coração compatível, outros poderão agora receber um “coração artificial” e beneficiar desta nova opção terapêutica”.

 

Acima dos 18 anos
A Agência Europeia de Medicamentos aprovou, esta segunda-feira, a comercialização, em espaço Europeu, da vacina Nuvaxovid, a...

Em comunicado, a EMA refere que a autorização de entrada no mercado foi dada após ter sido concluído que os dados sobre a vacina eram robustos e satisfaziam os critérios da UE em termos de eficácia, segurança e qualidade.

A avaliação teve início em 17 de novembro, sendo a Nuvaxovid a quinta vacina a receber autorização para ser comercializada na UE.

No seu conjunto, os resultados de dois estudos mostram uma eficácia vacinal para Nuvaxovid de cerca de 90% para a estirpe original do SARS-CoV-2 e algumas variantes preocupantes como Alpha e Beta. Os dados em relação à eficácia da vacina contra outras variantes preocupantes, incluindo a Ómicron, são ainda limitados.

Na UE está ainda autorizada a comercialização de mais quatro vacinas anticovid-19: Pfizer BioNtech, Moderna, Astrazeneca e Johnson&Johnson.

 

 

 

2022 Global Medical Trend Rates Report
As empresas portuguesas vão voltar a registar um aumento dos custos com planos de saúde no próximo ano. De acordo com o 2022...

O intervalo entre as duas métricas encontra-se agora nos 2,8%, uma percentagem 1,2% superior em comparação com o período homólogo – ano em que os custos com planos de saúde disponibilizados pelas empresas aos seus colaboradores subiram 3% e a inflação 1,4%. Já a nível global, as projeções indicam que este gap se mantenha estável nos 5%, com os custos de saúde das empresas a aumentar 7,4% (face aos 7,2% de 2021), e a inflação 2,4% (em comparação com os 2,2% deste ano).

Segundo a nova edição do já conhecido estudo da Aon, ainda que os dois últimos anos tenham ficado marcados por uma redução da utilização dos planos de saúde pelos colaboradores derivada da pandemia de Covid-19 e os consecutivos confinamentos, existem diversos fatores que vão impactar a subida dos custos com a saúde para as empresas. São estes o envelhecimento da população, o declínio geral da saúde – em parte resultado da ausência de diagnostico e de acompanhamento para algumas situações clínicas consideradas “não urgentes” nos últimos dois anos –, estilos de vida pouco saudáveis – associados ao sedentarismo, stress e maus hábitos de nutrição – e o aumento da prevalência de doenças crónicas, fatores aos quais se junta agora uma outra realidade: o impacto a longo prazo que o adiamento das idas ao médico durante a pandemia terá nesta tendência de crescimento de custos.

Para Rita Silva, Senior Associate em HR Solutions da Aon Portugal, “na edição do estudo deste ano, verificamos que cerca de 60% dos países inquiridos reportaram níveis de utilização do plano de saúde por parte dos colaboradores inferiores ou muito inferiores aos níveis observados durante o ano pré-pandémico de 2019, e embora ainda haja alguma incerteza quanto ao impacto dos cuidados de saúde no longo prazo, espera-se um gradual retorno aos valores anteriores. De destacar que, na análise, a doença mental é considerada como uma das patologias a integrar o top 5 na Europa, o que pode ser visto como uma condição claramente agravada pela pandemia e pela forma como obrigou a uma adaptação forçada nos estilos de vida e de bem-estar, quer pelas horas de trabalho excessivas, pela dificuldade de separação do ambiente profissional e pessoal, pelo medo, ansiedade e incerteza gerados pelo contexto a que todos fomos expostos, ou até a situações mais extremas de solidão e vícios/dependências que se agravaram”.

Quando analisadas as tendências por região, a América Latina e Caraíbas destaca-se com o maior aumento dos custos de saúde face ao ano anterior, de 8.8% para 10.6%, o que revela uma aproximação aos dados registados no período de pré-pandemia. Em oposição, e a assinalar uma diminuição com os custos de saúde, encontram-se a região do Médio Oriente e África, que passou de 12% para 11.1%, e a América do Norte, que desceu de 7.0% para 6.6% – na edição do ano anterior esta foi a única região a registar um aumento efetivo dos custos com planos de saúde. Com uma tendência estável encontramos as regiões Ásia-Pacífico e Europa, a registarem 8.2% e 5.6% respetivamente.

O 2022 Global Medical Trend Rates Report apresenta também um conjunto de tendências ao nível dos planos de saúde empresariais. Desde logo, esta análise mostra que em termos globais as coberturas dos planos de saúde mais procuradas são as que estão relacionadas com a hospitalização (88%), os serviços clínicos de laboratório e de análises clínicas (83%), e os serviços médicos (74%). De referir que esta mesma análise no mercado nacional regista uma semelhança, com a hospitalização, serviços clínicos de laboratório e de análises clínicas e estomatologia a serem os mais procurados.

As projeções com os custos de saúde associados a cada patologia retratam uma situação muito idêntica em todos os países. A edição do Global Medical Trend Rates Report deste ano assinala que a nível global foram as condições cardiovasculares e cancerígenas, 65% e 64% respetivamente, seguindo-se das condições de pressão arterial elevada ou de hipertensão, com 56%, que registaram o maior custo nos planos de saúde. Na Europa destacam-se as doenças relacionadas com a doença mental (48%), o que vem mostrar o impacto que a pandemia estar a ter nas rotinas da população. O top 5 em Portugal regista ainda as doenças cardiovasculares, cancerígenas, diabetes, musculoesqueléticas associadas a problemas de costas e pressão arterial elevada ou hipertensão como as que mais contribuem para os custos dos planos de saúde empresariais.

No que diz respeito aos fatores de risco que determinam os custos associados ao plano de saúde empresariais verifica-se que os efeitos da pandemia tiveram um grande impacto na saúde dos colaboradores, nomeadamente os maus hábitos de estilo de vida que se deterioraram com os confinamentos. Quando comparados com o período homólogo, os fatores de risco que registaram uma subida significativa foram os que estão relacionados com a falta de exercício físico (62% vs 54%) e a incorreta gestão do stress (56% face a 47%). No que diz respeito a dados de Portugal, o top 3 dos fatores de risco são a falta de rastreio médico – fator que também pode ser associado à pandemia, devido ao adiamento de idas ao médico durante este período – a condição genética e o envelhecimento da população. Portugal tem vindo a tornar-se um dos países mais envelhecidos do Mundo – em linha com o que acontece também com outros países da Europa do Sul – o que traz um desafio acrescido para as empresas e para a sustentabilidade dos planos privados de saúde.

No sentido de mitigar o aumento dos custos dos planos de saúde, tem-se registado um aumento do número de empresas a desenvolver programas ligados à promoção da saúde e do bem-estar dos colaboradores. O Global Medical Trend Rates Report mostra-nos que a nível global iniciativas de bem-estar (86%) e planos de benefícios flexíveis (59%) são os modelos a ter em consideração, enquanto nos programas de bem-estar considera-se a estratégia de deteção, que comporta check-ups físicos (87%) e exames de oftalmologia (70%). Ao nível do bem-estar, ações relacionadas com promoção de alimentação saudável, atividade física (ambos com 72%) e controlo de peso (64%) são algumas medidas adotadas pelas empresas. A Europa apresenta valores em linha com estes resultados, com as iniciativas de bem-estar a liderarem, com 81%, assim como Portugal também regista estes programas no top 5, como forma de incentivar os colaboradores.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de três mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 18 mortes em território nacional....

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: seis, em 18. Segue-se a região Norte com cinco óbitos a assinalar nas últimas 24 horas. A região Centro teve mais quatro mortes por Covid-19 e Alentejo duas. O Algarve registou um óbito.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.752 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.083, seguida da região Norte com 873 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 370 casos na região Centro, 94 no Alentejo e 158 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 112 infeções, e os Açores com 62.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 943 doentes internados, mais doze que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais sete doentes internados, desde o último balanço: 152.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.023 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.135.358 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 73.700 casos, mais 711 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 616 contactos, estando agora 100.955 pessoas em vigilância.

Valorizar a função, capacitar e disponibilizar espaços para formação
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), através do Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI), vai...

Com esta iniciativa pretende-se valorizar a função de Orientador de Formação em Medicina Interna (OFMI), capacitar para a atividade formativa e disponibilizar espaços para a sua própria formação e desenvolvimento profissional.

“Queremos que o AOFMI seja um movimento que envolva toda a Medicina Interna portuguesa, sendo fundamental a articulação com estrutura da SPMI e restantes Núcleos de Estudo, e ainda com o Colégio de Especialidade de Medicina Interna” afirma Nuno Bernardino Vieira, coordenador do NEForMI. 

A SPMI pretende ainda identificar os Orientadores de Formação em Medicina Interna e criar uma rede, até agora inexistente, que facilite o contacto de forma eficiente entre a estrutura da SPMI e todos os orientadores de Formação. Segundo Nuno Bernardino Vieira “até ao final de 2022 queremos que em cada serviço de medicina interna do país onde exista formação de IFEs de Medicina Interna seja identificado um OFMI que funcione como elo-de-ligação”.

O ano do Orientador de Formação tem diversas iniciativas previstas onde se destaca a Escola de Formadores em Medicina Interna, que terá a sua primeira edição entre 27 e 29 de maio de 2022, no Luso e, a elaboração de um Guia de Apoio à Formação em Medicina Interna (GAFMI), uma ferramenta que pretende ajudar a encontrar resposta a questões inerentes ao exercício desta função.

Nos dias 4 de fevereiro, em Lisboa, e 21 de outubro, no Porto, terá lugar o Curso de Orientadores de Formação que passará a ter um modelo diferente com parte da formação em e-learning, com a introdução de novos módulos, entre outros Liderança e Comunicação, mantendo os módulos de Gestão de Tempo e de Prioridades, e ainda Gestão de stress e Conflitos em modelo b-learning.

Nos dias 3 de fevereiro, 27 de abril, 6 de julho e 21 de setembro de 2022 vão, por sua vez, realizar-se Webinars de formação para os OFMI, em horário pós-laboral.

Com vista à consolidação dos objetivos será reservada a “Tarde do Orientador de Formação”, no 28º Congresso Nacional de Medicina Interna, o qual se realizará em Vilamoura, em outubro de 2022. Para Carla Araújo, do NEForMI e responsável pela dinamização do AOFMI, “será uma oportunidade para reunir os OFMI de forma presencial criando aqui um espaço de reflexão sobre o papel do Orientador de Formação”.

 

Setor farmacêutico é um dos que mais se destaca no pedido de patentes
Com o intuito de acompanhar a evolução dos pedidos de proteção de patentes em Portugal, a Inventa, consultora especializada em...

Em termos gerais, comparando a posição de Portugal face a outros países europeus, o nosso país subiu nove posições no ranking europeu de pedidos de patente entre 2001 e 2019, o que corresponde a um aumento de sete vezes (em 2001, Portugal tinha 305 pedidos submetidos; em 2019 alcançou os 2150 pedidos). Muito embora não tenha alcançado o top 10 europeu, a taxa média de crescimento anual de pedidos com origem em Portugal foi de 10,8%. A liderar o ranking europeu encontram-se a Alemanha, França e Reino Unido, sendo que Portugal, em 2019, se encontrava no 20.º lugar.

O investimento foi, maioritariamente, a nível nacional, mas importa ressalvar o crescimento dos pedidos de patentes submetidos no estrangeiro a partir do ano de 2016. A taxa média de crescimento anual entre 2001 e 2020 do número total de pedidos de patentes com origem em Portugal e submetidos no nosso país foi de 10,16%. Por comparação, no mesmo período, assistimos a um aumento de pedidos de patente submetidos no estrangeiro, sendo a taxa média de crescimento anual de 11,44%.

Em relação aos pedidos de patente apresentados, entre 2001 e 2019, cerca de 29% do somatório de pedidos de patentes (19.631 pedidos de patente, com origem em Portugal, apresentados no nosso país ou no estrangeiro) foram concedidos, tendo Portugal alcançado uma taxa média de crescimento anual de concessões de 10,27%. Esta taxa de crescimento foi superior a outros países europeus, tais como o Reino Unido (3,44%), Alemanha (3,69%), Espanha (3,80%), Grécia (3,81%), França (3,88 %), Itália (7,52%) ou a Polónia (8,25%).

Temos vindo a assistir a uma maior procura por requerentes portugueses na proteção para as suas invenções nos Estados Unidos e no Instituto Europeu de Patentes (EPO). Porém, cada vez mais, a China continua a ganhar projeção, superando o Brasil, o Reino Unido ou o Japão, sendo expectável que seja, muito em breve, a terceira jurisdição de interesse para os requerentes com origem em Portugal.

Apesar do crescimento nos pedidos de patente de origem portuguesa, estes mesmo pedidos relativizados ao número de habitantes estão em valores baixos quando comparado com outros países europeus.
Assim, de acordo com dados de 2020 elaborados pelo EPO, o número referente aos pedidos de patente europeia por milhão de habitantes, para um conjunto selecionado de países europeus, revela a baixa posição de Portugal neste ranking, tendo o nosso país sofrido inclusive uma descida de 8% face a 2019. Um dos fatores relevantes é a ausência do uso do sistema de patentes por parte de grandes corporações multinacionais de origem portuguesa, por contraste com países nas posições de topo como a Suíça, Suécia ou Dinamarca.

Numa análise feita às regiões portuguesas, mais especificamente em pedidos submetidos no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), assiste-se a um crescimento de 90,3% na região do Alentejo quando comparado com 2019. Por sua vez, a região Centro e Norte tiveram aumentos de 8,1% e 7%, respetivamente, o Algarve registou um decréscimo na ordem dos 69,6%, a Madeira de 28,6% e a Área Metropolitana de Lisboa de 21,3%. A região Norte tem consolidado a sua posição como origem predominante dos requerentes, tanto em pedidos de patente nacionais, quanto em pedidos de patentes europeias.

Os setores farmacêutico, de engenharia civil, de tecnologias médicas e da química orgânica fina são os que mais se destacam nos pedidos de patente com origem em Portugal, embora invenções relacionadas com tecnologias computacionais e comunicação digital estejam em franca ascensão.

Quanto aos principais requerentes com origem em Portugal, com pedidos submetidos em 2020, a Universidade do Minho e a Universidade do Porto dividem a liderança no número de invenções apresentadas e importa, ainda, destacar o grupo Bosch em Portugal que, em 2019, estava posicionado em 7.º lugar, tendo um crescimento de 131% no número de famílias de patentes este ano.

No barómetro, é possível também verificar algumas patentes de interesse histórico com origem em Portugal, dando como exemplos Raul Mesnier de Ponsard que construiu os elevadores da Glória ou do Carmo, e o pedido de patente sobre um sistema subterrâneo de cabos para a tração de veículos utilizados como elétricos no transporte de passageiros ou a obra do Engenheiro Jaime Filipe, conhecido por ter apresentado vários pedidos relacionados com tecnologias voltadas para pessoas com necessidades especiais, entre outros.

Naquela que é a segunda edição do barómetro, a Inventa recorreu a bases de dados disponibilizadas pela WIPO (Organização Mundial de Propriedade Industrial), pelo Instituto Europeu de Patentes, consultando dados desde 2001 a 2020, pela PORDATA, assim como a relatórios anuais do INPI (instituto Nacional de Propriedade Industrial) e outros institutos de patentes.

175 anos de história
O Grupo ZEISS terminou o ano fiscal de 2020/21 (encerrado a 30 de setembro de 2021) com os melhores resultados da sua história...

Mais de 90% da receita da ZEISS foi gerada em mercado fora da Alemanha, país de origem da tecnologia que opera em quatro segmentos de mercado: Semiconductor Manufacturing Technology, Research & Quality Technology, Medical Technology, Vision Care/Consumer Optics. De destacar que os gastos com pesquisa e desenvolvimento aumentaram e atingiram os 943 milhões de euros, ou seja 13% da receita.

Os resultados antes de juros e impostos (EBIT) também alcançaram um novo máximo,e situam-se agora nos 1,479 mil milhões de euros, resultando num EBIT de 20% face a igual período homólogo de 2019/2020, onde o valor foi de 922 milhões de euros.

As encomendas, por seu turno, aumentaram para 8,974 mil milhões de euros. Em igual período homólogo de 2019/2020 as encomendas foram de 6,814 mil milhões de euros.

No ano em que comemora 175 anos de história, o Grupo ZEISS viu ainda o número de colaboradores crescer para 35.375, o que traduz um aumento de 10%.

 

Estima-se que mais de três milhões de portugueses tenham esteatose hepática
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) alerta para a importância de adotar uma alimentação saudável e...

“Pretendemos alertar a população para a existência do fígado gordo, aproveitando esta época festiva para reforçar que a melhor prenda que podemos ter é a nossa saúde. Por isso, adote uma dieta equilibrada, evite refeições abundantes em gorduras saturadas, hidratos de carbono refinados, privilegie os legumes, o consumo de peixe e mantenha-se hidratado bebendo muita água”, afirma José Presa, presidente da APEF.

E reforça: “Cerca de um terço dos portugueses tem fígado gordo. Como causas temos de destacar a sua relação direta com os excessos e tipo da alimentação moderna e o estilo de vida sedentário. Esta doença está intimamente ligada ao excesso de peso, diabetes e ao aumento das gorduras no sangue (colesterol e triglicerídeos). Outra causa, não menos importante, é o consumo excessivo de álcool.

O fígado gordo resulta da acumulação de gordura nas células do fígado, resultante da sua ingestão em excesso, de modo que o organismo não a consiga processar. Considera-se que o fígado é gordo quando a gordura corresponde entre 5 a 10 por cento da massa do fígado. Pode ser uma situação simples, que não cause grande dano, ou, pelo contrário, pode evoluir para inflamação deste órgão, e levar ao comprometimento da sua função e a doenças graves, como cirrose hepática ou cancro do fígado.

 

 

Sidefarma comercializa e fabrica formas farmacêuticas próprias e de terceiros
A Atena Equity Partners concretizou a aquisição da farmacêutica Sidefarma - Sociedade Industrial de Expansão Farmacêutica,...

Com mais de 40 anos de experiência tecnológica na indústria farmacêutica, a Sidefarma deverá registar um volume de negócios de 12 milhões de euros em 2021, empregando mais de 100 colaboradores.

A empresa conta com uma unidade fabril na Grande Lisboa, cuja capacidade foi expandida nos últimos anos, proporcionando uma vantagem competitiva no mercado português, mas também contribuindo para o crescimento das exportações. Para além de produtos próprios a Sidefarma trabalha em regime de contract manufacturing para algumas das principais empresas mundiais do setor. Entre os produtos fabricados e comercializados estão medicamentos sujeitos a receita médica e não sujeitos a receita médica, suplementos alimentares, cosméticos, dispositivos médicos, medicamentos hospitalares e biocida.

Miguel Lancastre, founding partner da Atena Equity Partners, afirma: “A área da saúde regista uma procura crescente a nível mundial e a Sidefarma é uma empresa de forte potencial que nos permite explorar esta tendência. Com as suas competências fabris e tecnológicas, a empresa pode aproveitar o crescimento sustentado do sector farmacêutico, tanto a nível nacional como internacional”. E revela: “A estratégia prevê a potenciação da capacidade instalada, o reforço da equipa de gestão, a melhoria continua de processos e a dinamização da atividade comercial”.

A Sidefarma vem reforçar o portefólio de investimentos do Fundo Atena II, que em 2021 já concretizou, entre outras operações, a aquisição do Hospital Particular de Almada, unidade hospital de referência na margem sul de Lisboa.

A Atena Equity Partners é uma sociedade de capital de risco que investe em empresas portuguesas líderes de mercado que apresentam fortes posições competitivas nos seus sectores. Os seus fundos apostam em situações de investimento onde o seu envolvimento operacional acrescente valor significativo, tais como consolidações sectoriais, sucessões, reestruturações e carve-outs. A aquisição da Sidefarma enquadra-se no âmbito da temática da sucessão empresarial, tendo os anteriores acionistas reconhecido o valor acrescentado da opção pela alienação da empresa à Atena Equity Partners.

A Atena foi assessorada na aquisição da Sidefarma pela Cuatrecasas , tendo o vendedor sido assessorado pela CCA.

A Atena Equity Partners foi fundada por profissionais com forte experiência em fusões e aquisições e em processos de desenvolvimento operacional, trabalhando ativamente com as equipas de gestão das participadas no desenvolvimento de planos de expansão internacional, melhoria operacional e consolidação sectorial.

Os fundos geridos pela sociedade de capital de risco têm como beneficiários últimos, para além da própria equipa de gestão, instituições europeias (não-nacionais) e norte-americanas, onde se incluem fundações, universidades, seguradoras e fundos de pensões.

A Atena Equity Partners e os seus fundos sob gestão são autorizados e regulados pela CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Sessão gratuita
“Viver com cancro do sangue” é o mote do próximo webinar promovido pela Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL)...

Com o objetivo de prestar apoiar a doentes e cuidadores, o webinar terá início com a temática “A vida muda: o diagnóstico”, juntando Helena Vitória, hematologista no Hospital de Viseu, Rosa Romão, enfermeira no Hospital dos Capuchos, e Catarina Rogado, doente que dará o seu testemunho.

A sessão continua explorando o tópico “O doente como um todo: a equipa”, com outros três intervenientes: Diana Alexandre, nutricionista no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, Marta Guerra, fisioterapeuta no Hospital dos Capuchos, e Margarida Miranda, psicóloga também no Hospital dos Capuchos.

A última temática a ser abordada será “Regressar a casa: as dúvidas” com a participação de Rita Bruto da Costa, assistente social no Hospital de Santa Maria, Fátima Costa, hematologista no Hospital dos Capuchos, e Cláudia Mendanha, cuidadora.

A sessão, que é já a quarta de um conjunto de webinares organizados pela APCL este ano, terá a moderação do jornalista Paulo Farinha.

Com este tipo de iniciativas, a associação pretende promover a interação entre especialistas, cuidadores e doentes, criando um espaço de partilha de conhecimentos e experiências úteis para os participantes.

O programa deste webinar, que conta com o apoio das farmacêuticas Janssen e Takeda, pode ser consultado no website da APCL aqui: https://www.apcl.pt/pt/novidades/webinar-viver-com-cancro-do-sangue-28-12-2021

Caso a aumentar em todo o mundo
Segundo o analista médico, Jonathan Reiner, a Ómicron “é extraordinariamente contagiosa”. Em entrevista à CNN, acrescenta que...

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os casos da nova variante duplicam a cada 1,5 a 3 dias em países onde as transmissões comunitárias são documentadas.

Nos Estados Unidos, espera-se que a Ómicron se torne a "estirpe dominante" nas próximas semanas, afirmou esta sexta-feira a diretora do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, Rochelle Walensky.

Reiner, professor de medicina e cirurgia na George Washington University School of Medicine and Health Sciences, diz acreditar que quase todos estarão expostos ao vírus, embora aqueles que completaram o esquema vacinal não contraiam “necessariamente Covid-19”.

 

Doente novos ou cuidadores
A pandemia da covid-19 trouxe vários desafios aos doentes de Parkinson: o número de diagnósticos diminuiu, as consultas...

“Nesta fase, é fundamental olhar para os doentes não covid, pensar numa estratégia de recuperação de tudo o que ficou para trás. Nenhum doente pode ficar para trás!”, afirma Ana Botas, Presidente da APDPk, que revela que têm chegado muitas queixas à associação.

Para contrariar os efeitos da pandemia, a APDPk continua a apostar no site, que foi lançado em 2019 e já foi visitado por quase 20 mil pessoas, num total de quase 80 mil visualizações da página. Desde pedidos de doentes de Parkinson consultas psicológicas à distância a pessoas que procuram formas para apoiar familiares com esta doença, até ao momento foram recebidas 500 mensagens através deste site, 355 das quais em tempo de pandemia.

“Toda esta conjuntura afetou muito as pessoas a nível físico e psicológico e os pedidos de apoio são recorrentes. Por norma, são doentes novos que chegam à associação, ou cuidadores, uma vez que os sócios têm ligação à associação por outras vias”, revela Ana Botas.

Além do site, a associação criou ainda o projeto “Lado a Lado”, que tem como objetivo facilitar a fase de aceitação e aumentar o apoio psicológico, fundamental não apenas numa fase inicial da doença, mas também para combater o isolamento e promover a melhoria da qualidade de vida. Foi ainda criado o projeto “Pára-quedas” para colmatar as necessidades criadas pela ausência de fisioterapia. O objetivo passa por capacitar todos os doentes para que saibam prevenir as quedas e, caso não consigam, gerir o processo de recuperação. Atualmente, estes dois projetos continuam ativos via online e por telefone.

Ainda assim, a presidente da associação explica que “os meios telemáticos são uma mais-valia, mas as sessões presenciais fazem a diferença”, acrescentando: “Neste momento, estamos a utilizar os dois meios. Já voltámos a dinamizar as sessões de fisioterapia e terapia da fala presenciais, bem como algumas atividades lúdicas, como o Projeto Pingue-Pongue ou o Dançar com Parkinson. E o feedback tem sido muito bom, as pessoas pedem-nos muito para não descurarmos a parte presencial, mas continuamos a contar com a vertente mais tecnológica”.

Reunião ocorre hoje
O regulador de medicamentos da União Europeia (UE) decide hoje se aprova a vacina anticovid da Novavax, um laboratório norte...

Se for aprovada, a vacina da Novavax, baseada em proteínas da mesma classe que é utilizada em todo o mundo para proteger contra muitas doenças infantis, seria a quinta contra o inoculável coronavírus na UE.

Esta autorização significaria também um impulso para a Novavax, que há muito estava atrasada no desenvolvimento da vacina.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou que vai realizar uma reunião extraordinária esta segunda-feira para decidir sobre a Novavax e "comunicar a sua decisão".

 

Alzheimer e outras demências
A integração de todos os elementos da família com demência na preparação da quadra natalícia pode tr

Mantenha as tradições familiares

Muitas famílias têm pelo menos uma tradição relacionada com o Natal. Poderá ser cozinhar os doces de natal em conjunto, ter lugares marcados à mesa ou abrir as prendas após a meia-noite de dia 24 de dezembro. Estas tradições tornaram-se verdadeiros hábitos ou rituais familiares ao serem vividas e repetidas ao longo de vários anos. As pessoas com demência beneficiam de um ambiente estável e previsível que privilegie comportamentos automáticos e memórias repetidamente ensaiadas.

Seja flexível

É muito importante estabelecer expectativas realistas em relação ao Natal. Se a família sempre foi habituada a fazer uma festa muito elaborada do ponto de vista logístico, talvez poderá ser útil simplificar as celebrações para bem de todos. Por um lado, tente manter algumas tradições. Por outro, não tenha medo de fazer alterações ao plano habitual se isso ajudar a aliviar a pressão. Poderá elaborar menos refeições ou distribuir essa tarefa por outros membros da família. Poderá também comprar comida já feita, desde que consiga garantir a sua qualidade. Se a presença de muitas pessoas for uma fonte de agitação para a pessoa com demência, poderá ser necessário fazer uma celebração mais intimista.

Prepare-se

É fundamental que todos estejam preparados para as exigências destes dias que se avizinham. O Natal pode ser uma oportunidade para a pessoa com demência estar com familiares que já não vê há algum tempo, o que, por um lado é positivo mas, por outro, pode ser desestabilizador. Prepare os familiares mais distantes para aquilo que poderão vir a observar (alterações comportamentais ou cognitivas que surgiram/pioraram desde a última vez que estiveram juntos), para que a sua reação não seja tão inesperada nem negativa.

É possível que a pessoa com demência não se lembre dos nomes ou não reconheça todos os membros familiares. No caso de isso acontecer, não confronte a pessoa – evite perguntar “Então não sabe quem é esta pessoa?”. O que para nós pode parecer uma recordação simples pode ser extremamente difícil e frustrante para uma pessoa com demência. Diga, por exemplo, “Esta menina bonita é a Joana, a sua neta, e já estava com saudades suas.”

Evite o ruído

Algumas pessoas com demência reagem mal à confusão e ao excesso de estimulação. É fundamental promover uma comunicação adequada entre a pessoa com demência e os restantes familiares, de modo a evitar manifestações comportamentais como a irritabilidade e a agitação. Fale devagar, construa frases simples e não muito compridas. Dê tempo à pessoa para responder (não tenha medo do silêncio!). Evite ter mais do que uma pessoa a falar ao mesmo tempo.

Se a pessoa com demência tem alterações visuo-percetivas, por exemplo, se tem tendência para olhar para um objeto e vê-lo distorcido, evite ter muitas decorações de natal espalhadas pela casa pois estas podem causar confusão.

Promova a segurança

Assegure-se de que os elementos decorativos não representam um perigo para a pessoa com demência e os restantes membros da família. Objetos inflamáveis exigem uma monitorização constante; as facas de cozinha devem ser mantidas fora do alcance da pessoa com demência; a árvore de natal e os objetos de parede devem estar bem fixos para que não haja risco de caírem em cima da pessoa. Esteja atento a estes aspetos.

Finalmente, lembre-se que errar é humano e que nem sempre as coisas correm na perfeição. A tolerância e a compaixão são ingredientes essenciais para que os obstáculos que surgem nestes momentos festivos possam ser ultrapassados e para que as festividades sejam harmoniosas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Através de procedimento minimamente invasivo
Realizou-se pela primeira vez em Portugal, no Hospital CUF Tejo, a substituição da válvula cardíaca tricúspide por uma prótese...

Esta intervenção, feita sob anestesia geral, é menos invasiva que a cirurgia convencional - por se tratar de um procedimento percutâneo realizado através duma veia da virilha, a veia femoral, sem recurso a qualquer incisão cirúrgica - requer menos tempo de internamento e possibilita uma recuperação mais rápida. É uma abordagem, particularmente, apropriada nas pessoas com contraindicação cirúrgica ou cujo risco cirúrgico seja considerado elevado. “Esta é a primeira vez que se faz no nosso país a substituição de uma válvula tricúspide completamente personalizada por via percutânea”, indicam Ruben Ramos e Duarte Cacela, cardiologistas da CUF que lideraram a equipa que procedeu a esta intervenção única em Portugal.

A prótese valvular foi construída após um estudo detalhado do coração do doente que necessitava desta intervenção. “A realização de um AngioTAC, prévio, permitiu estudar minuciosamente os detalhes anatómicos do coração do doente, efetuando-se medições muito precisas das estruturas cardíacas, permitindo desenhar uma prótese única, customizada e adaptada especificamente ao coração deste doente”, explica Ruben Ramos. O processo de construção da prótese demorou cerca de 8 semanas e foi realizado na Alemanha.

A técnica de substituição de uma válvula cardíaca por via totalmente percutânea, isto é, através de cateterismo, com próteses estandardizadas já é feita para a válvula aórtica desde 2008 em Portugal. Nos últimos anos tem-se introduzido esta opção terapêutica também para as outras válvulas cardíacas.

Válvula tricúspide, a válvula “esquecida”

“A válvula tricúspide é apelidada, no meio médico, como a válvula esquecida porque, habitualmente, é a menos intervencionada”, refere Ruben Ramos.

Os motivos são vários: “a começar pelo facto de, durante muitos anos, se ter julgado que a válvula tricúspide era um mero espectador de outras patologias cardíacas, valvulares ou não. Contudo, e sobretudo na última década, provou-se que a insuficiência valvular tricúspide é um importante preditor de mortalidade nas pessoas com doenças das válvulas mitral e aórtica (as doenças valvulares mais comuns) e nas doenças do músculo cardíaco, o miocárdio”, aponta o cardiologista da CUF. 

Por outro lado, Duarte Cacela refere que “os sintomas de insuficiência tricúspide são mais insidiosos no seu aparecimento, levando a um diagnóstico tardio. Acresce, ainda, o facto da insuficiência tricúspide estar, frequentemente, associada a doença concomitante de outras válvulas ou estruturas cardíacas, cujas manifestações são mais agudas ou exuberantes e que acabam, assim, por receber uma maior atenção médica; e, ainda, o facto de haver um insuficiente aperfeiçoamento das ferramentas de diagnóstico disponíveis para avaliação das estruturas do lado direito coração". 

Por último, Ruben Ramos, justifica que “os resultados da cirurgia convencional na válvula tricúspide parecem ser menos bons que os das outras válvulas e o próprio risco cirúrgico, em doentes frequentemente muito frágeis e com múltiplas comorbilidades, pode ser muito alto ou até proibitivo”, destacando que “esta última barreira está agora a ser ultrapassada através desta técnica de substituição valvular totalmente percutânea”.

Estima-se que mais de 85% da população tenha algum grau de insuficiência tricúspide. Enquanto graus ligeiros de insuficiência valvular tricúspide são considerados entidades benignas, estadios mais avançados (moderada ou grave) estão associados a pior prognóstico. Sintomas como “cansaço, inchaço das pernas e/ou barriga, falta de ar, má digestão, vómitos, diarreia, emagrecimento/desnutrição (por má absorção) não podem ser ignorados e requerem avaliação médica, pois são sinais de alerta para esta patologia”, alerta o cardiologista da CUF.

A progressão da doença é influenciada pela idade e género. Em pessoas com mais de 70 anos a prevalência da doença tricúspide moderada e grave atinge cerca de 1,5% nos homens e 5,6% nas mulheres.

Duarte Cacela refere que o procedimento realizado “permite oferecer aos doentes portugueses o que de mais avançado e inovador existe a nível mundial, constituindo em Portugal um avanço no tratamento dos doentes com insuficiência tricúspide, melhorando a sua qualidade de vida”.  

Como o organismo se relaciona com o Ambiente e como as alterações ambientais
A Fundação Calouste Gulbenkian deu na passada sexta-feira um importante passo para a criação do seu Centro de investigação dos...

“Queremos ter em Portugal um centro de investigação que nos permita compreender de que forma o nosso organismo se relaciona com o Ambiente e como as alterações ambientais estão a condicionar e a ameaçar a saúde de cada ser humano. O novo centro de investigação, do Instituto Gulbenkian de Ciência, será um projeto único a nível europeu”, afirma Isabel Mota, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.

“Este centro terá uma abordagem inovadora, investigando a nossa interação com o ambiente, em particular com os micróbios, no contexto da biologia do organismo, da ecologia e evolução, usando tecnologias de ponta e abordagens quantitativas, digitais e teóricas, necessárias para fazer o campo avançar. A visão deste centro é de relevância médica, mudando o foco atual no corpo humano como uma entidade isolada para uma perspetiva integrada que olha simultaneamente para o nosso corpo e o ambiente em que vivemos como elementos-chave para a manutenção da saúde. Para acelerar a nossa ciência e impacto global, iremos reforçar a cooperação com redes científicas estratégicas, e com hospitais e indústria, através da cocriação e inovação mediada pelo Centro Colaborativo Internacional da Gulbenkian. Queremos deixar uma marca inovadora no futuro e juntamente com as outras instituições existentes no mesmo campus servirmos de foco para atração de mais massa crítica e organizações e empresas internacionais à semelhança de campus internacionais, como em Boston, São Francisco, Cambridge” declara Mónica Bettencourt Dias, diretora do Instituto Gulbenkian de Ciência.

A Fundação Calouste Gulbenkian pretende assim instalar, neste polo do IGC, um novo projeto científico centrado no organismo e na sua relação com o ambiente. O projeto focar-se-á, por exemplo, nos fatores que controlam a nossa relação com os micróbios ao longo do tempo – sejam bactérias boas que vivem dentro de nós ou organismos infeciosos como os vírus – utilizando tecnologias experimentais avançadas, além de abordagens quantitativas, digitais e teóricas inovadoras.

Os mais de 10 mil metros quadrados do novo polo do IGC (área a construir) vão alojar grupos de investigação internacionais ligados às ciências biológicas e biomédicas com formação interdisciplinar.

Além das atividades de investigação científicas, e prosseguindo a preocupação de colocar a ciência no centro da sociedade, o novo espaço do IGC alojará também um novo Centro Internacional Gulbenkian Colaborativo. Neste centro e em complementaridade com atividades que continuarão no edifício antigo do IGC, cientistas interagirão diretamente com empresários, médicos e professores, para valorizar a ciência e promover o espírito critico.

O novo polo do IGC em Lisboa permitirá ainda o aproveitamento de sinergias e o aprofundamento de novas oportunidades de colaboração com institutos de investigação vizinhos. A importância do estudo do organismo e da sua relação com micróbios traz sinergias imediatas com os programas de cancro e neurociências da Fundação Champalimaud e com o estudo de organismos marítimos e da sua segurança alimentar do Instituto Português do Mar e Atmosfera, duas instituições que também vão ocupar o mesmo campus. O Ocean Campus - nome do complexo que vai albergar estas instituições - quer ser um espaço de excelência no que respeita às Ciências Marítimas e Marinhas e à Economia Azul, apostando num cluster de desenvolvimento associado ao mar, através de uma rede de unidades de investigação, ensino e desenvolvimento tecnológico, cujo objetivo principal será gerar inovação e investigação qualificada.

A assinatura do contrato de concessão realizou-se nas instalações da Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, e contou com a presença do Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e da presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota.

 

Festas Seguras
Em comunicado, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, pede que todos adotem medidas de proteção contra o novo coronavírus...

De acordo com Graças Freitas, “o momento de festividades de Natal e de fim de ano é, tradicionalmente, marcado pelo convívio com a família e com os amigos, favorecendo a aglomeração de pessoas, com maior proximidade e contacto físico”, no entanto, é essencial que tome medidas de prevenção. “As festas podem ser realizadas com grupos mais pequenos, idealmente pertencentes à mesma bolha familiar/social. Escolha espaços amplos, sempre que possível, e assegure-se de que são ventilados”, refere.

Durante as refeições, acrescenta a diretora-geral da Saúde, deve se mantido o “devido distanciamento” entre convidados, sendo que a máscara deve ser usada sempre que não esteja a consumir alimentos ou bebidas, sobretudo quando na presença de “pessoas mais vulneráveis, que devem ser ainda mais protegidas.”

Como medida de precaução recomenda a realização de testes, “nomeadamente testes rápidos (TRAg), entre os quais os autotestes”, e caso ainda não esteja vacinado, vacine-se! “O plano de vacinação continua a decorrer, com a dose de reforço da vacina contra a COVID-19 para os adultos e a vacinação das crianças. No caso de nunca ter sido vacinado, agende a sua vacinação. A evidência científica demonstrou que a vacina é a medida preventiva mais eficaz para reduzir as complicações associadas à infeção por SARS-CoV2”, sublinha Graça Freitas.

Por fim, recorda “que é fundamental manter-se atento ao aparecimento de sintomas de COVID-19, como febre, tosse, dores de cabeça, dores musculares, dificuldade respiratória ou perda do olfato ou do paladar. No caso de se manifestarem sintomas, isole-se e contacte imediatamente o SNS 24 (808 24 24 24)”.

 

Dados DGS
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), até às 18h30 do dia de ontem, foram realizados cerca de 61 mil pedidos online para a...

Este fim de semana, os centros de vacinação estão exclusivamente reservados para a administração de vacinas às crianças de nove, 10 e 11 anos, num processo que o Governo estima que fique concluído em março, altura em que serão administradas as segundas doses.

As crianças com comorbilidades têm prioridade, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica, bastando dirigir-se aos centros para receberem a vacina contra o SARS-CoV-2.

Recorde-se que a decisão de vacinar as crianças entre os 5 e os 11 anos resulta da recomendação da Direção-Geral da Saúde, depois de ouvida a Comissão Técnica de Vacinação e ponderadas as questões de natureza logística com o núcleo de coordenação de apoio ao Ministério da Saúde, nomeadamente a disponibilidade de vacinas da Pfizer, na versão pediátrica.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 4.700 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 23 mortes em território nacional. O...

As regiões Norte e Centro foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: oito cada, em 23. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com cinco óbitos a assinalar nas últimas 24 horas. O Alentejo registou duas mortes e o Algarve uma.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 4.644 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.648, seguida da região Norte com 1.477 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 770 casos na região Centro, 147 no Alentejo e 314 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 241 infeções, e os Açores com 47.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 943 doentes internados, menos nove que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos 11 doentes internados, desde o último balanço: 147.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 3.886 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.126.627 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 70.406 casos, mais 734 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.143 contactos, estando agora 97.573 pessoas em vigilância.

 

Revela novo estudo
As células estaminais do tecido do cordão umbilical estão a ser investigadas como forma de tratamento inovadora para impedir a...

O glaucoma caracteriza-se pela perda progressiva das células do nervo ótico e constitui a principal causa de cegueira irreversível a nível mundial. Na maioria dos casos, está relacionado com o aumento da pressão intraocular, que não é dolorosa nem percetível pelo doente, podendo passar despercebida durante muitos anos até que se comecem a notar alterações na visão. Esta doença ocular afeta cerca de sete milhões de pessoas, só na Europa, e aproximadamente 200 mil indivíduos em Portugal.

Embora haja tratamentos (farmacológicos, com laser ou cirurgia) disponíveis para o tratamento de glaucoma, estes são incapazes de recuperar a visão já perdida. “O uso de células estaminais tem vindo a ser investigado como estratégia inovadora no tratamento do glaucoma, no sentido de impedir a degeneração das células do nervo ótico, ou mesmo, idealmente, promover a sua regeneração”, afirma Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

“De acordo com os resultados deste estudo, as células estaminais do cordão umbilical têm capacidade para proteger o nervo ótico, potencialmente impedindo a progressão da doença. Para além disso, a facilidade com que é possível colher estas células após o parto, de forma não invasiva e totalmente indolor, e a possibilidade de multiplicação em laboratório tornam-nas atrativas para aplicação clínica”, sublinha a especialista.

Neste estudo, foi utilizado um modelo animal de glaucoma, que apresentava pressão intraocular elevada, com subsequente lesão na retina e perda de células do nervo ótico, e procurou-se determinar a sobrevivência e a mobilidade das células estaminais após aplicação direta no olho. Para isso, as células foram marcadas com fluorescência, de forma a ser possível rastrear a sua localização ao longo do tempo.

Os resultados revelaram que as células estaminais do cordão umbilical, após aplicação no olho, são capazes de migrar para a zona lesada e sobreviver durante pelo menos dois meses. “Estes dados são de extrema relevância no âmbito da translação desta tecnologia para a prática clínica, sugerindo que estas células sobrevivem tempo suficiente para exercerem um efeito terapêutico, e que são capazes de se dirigir para o local da lesão, onde são mais necessárias”, esclarece Bruna Moreira.

Os investigadores verificaram, ainda, que as células estaminais do tecido do cordão umbilical exercem um efeito protetor contra danos na retina causados por pressão intraocular elevada, tendo a sua administração estado associada a uma menor perda de células do nervo ótico.

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