Falta de definição deve-se a oscilação de peso ou ter origem hormonal
A procura por tratamentos estéticos minimamente invasivos para definição dos braços tem vindo a crescer em Portugal,...

“Ter braços bonitos e definidos é um dos maiores desejos da maioria das mulheres. Tal como há uns anos as mulheres davam mais importância às pernas devido ao uso de saias, atualmente os braços são mais notados devido ao uso de roupa que deixa os braços expostos. Este tipo de tratamento é um dos mais solicitados pelas minhas pacientes, em grande parte devido a alterações na definição dos braços motivadas por oscilação de peso ou por alterações hormonais”, diz o especialista.

Dentro da Medicina Estética existem vários tratamentos que permitem a melhoria da definição dos braços, tal como o BodyTite. O Bodytite é uma radiofrequência bipolar fracionada, que para além de eliminar as células de gordura, permite retrair a pele, evitando a flacidez e dando mais firmeza ao braço. O tratamento consegue uma retração de aproximadamente 50%, com uma duração que pode ser permanente, dependendo do estilo de vida da paciente.

“O procedimento é realizado sob anestesia local e sedação em regime ambulatório. Uma das vantagens é que não deixa grandes cicatrizes como outros procedimentos, como o lifting braquial. Além disso, permite a eliminação da gordura localizada e a retração simultânea da pele, evitando a flacidez. Isto é algo que nenhum tratamento consegue alcançar da mesma forma que o Bodytite”, explica Olivas Menayo.

O perfil de paciente que procura este tipo de tratamento situa-se maioritariamente entre as mulheres de 30-65 anos e que não se sentem confortáveis com a aparência dos seus braços, o que as leva a limitar o tipo de roupa que vestem, optando por peças que cubram ou escondam os braços.

Antes do tratamento, não se recomenda nenhum cuidado especial, embora se deva individualizar cada caso. Após a realização do tratamento, a paciente deve ficar dez dias sem praticar exercício físico com os braços, sendo aconselhável a realização de massagens de drenagem linfática para potenciar o resultado. Os hábitos de vida saudável, tais como evitar substâncias tóxicas, fazer uma boa alimentação e praticar exercício físico regularmente, podem potenciar e prolongar ainda mais os resultados.

 

 

O projeto arranca em dez escolas do 1º ciclo do País
Aumentar o conhecimento sobre as doenças raras é uma das grandes missões da RD-Portugal - União das Associações das Doenças...

O projeto arranca em dez escolas do 1º ciclo do País, cinco das quais na grande Lisboa (três no Estoril, no concelho de Cascais, uma em Lisboa e uma na Charneca da Caparica, no concelho de Almada), duas na Ilha da Madeira (Prazeres e Fajã da Ovelha, ambas no concelho da Calheta), uma na zona centro (Alvorninha no concelho de Caldas da Rainha), uma na zona sul (Portimão) e uma na Ilha de São Miguel nos Açores (Ponta Delgada), cinco das quais públicas e as restantes privadas ou semi privadas. Este projeto piloto tem como grande objetivo, explica Paulo Gonçalves, presidente da RD-Portugal, “ser feita uma avaliação do projeto para posterior alargamento a nível nacional no 1º ciclo e aos restantes níveis de ensino. O nosso propósito é acabar com os mitos associados a estas doenças e ajudar a sensibilizar todas as crianças e jovens do País, para que, também estes, possam ser agentes de mudança”.

Os conteúdos do projeto foram desenvolvidos por uma equipa da RD-Portugal, com o apoio da designer Inês Gaspar, que desenvolveu a parte gráfica do 1º ciclo, e vai chegar a 49 turmas deste ciclo, às quais se vão juntar 10 turmas do 2º e 3º ciclos, inseridas num pré-piloto do projeto.

Os materiais associados ao IsD (apresentação powerpoint, livro do professor, materiais para cada aluno) vão chegar às escolas, após as sessões de esclarecimentos aos professores realizadas pela RD-Portugal na semana passada.

“Trata-se de um projeto gratuito para as escolas e para os alunos e integralmente implementado pelas escolas, seguindo as orientações dadas e materiais fornecidos”, acrescenta Paulo Gonçalves, presidente da RD-Portugal. “Foram ainda elaborados questionários de avaliação e de recolha de sugestões e comentários por parte dos professores, alunos e encarregados de educação, tornando este projeto uma verdadeira parceria.”

As escolas que queiram participar no alargamento do projeto a todo o país podem inscrever-se, desde já, através do email [email protected], indicando o número de turmas e o número de alunos em cada turma. 

 

 

Para assinalas os 25 anos do Dia da Comunidade
Mais de uma centena de colaboradores da Novartis em Portugal aceitaram o desafio de cozinhar para a comunidade, em colaboração...

“O Dia da Comunidade é celebrado anualmente através de uma ação que nos junta e fortalece como equipa, mas que simultaneamente se materializa em algo que oferecemos à comunidade. Este ano, ainda marcado pela pandemia, mantivemos o foco da nossa intervenção em colmatar carências alimentares na comunidade. E se há algo que ficou ainda mais evidente durante a pandemia é o poder da colaboração que uniu todos os colaboradores em torno deste desafio e que uniu a Novartis à Refood”, refere Patrícia Adegas, Diretora de Comunicação e Relação com Associações de Doentes, da Novartis.

Nas palavras do Chef Chakall “este foi um convite que acolhi com muito entuasiasmo, e que se tornou numa experiência muito especial. Cozinhar em conjunto é um processo de partilha, que ganhou aqui um outro significado ao podermos ajudar as famílias apoiadas pela Refood. Foi muito gratificante. Procurámos ter receitas que fossem consensuais e nutritivas, que reconfortassem. Agradeço à Novartis a oportunidade de fazer parte deste projeto”.

Como refere Hunter Halder, fundador da Refood, “durante a pandemia, com encerramento de muitos restaurantes e hotéis, o número de refeições que recebíamos reduziu drasticamente e, por isso, lançámos o desafio Há sempre espaço para mais um. A pandemia teve um impacto drástico na vida de muitas pessoas, algumas delas, até então, nunca tinham passado por dificuldades a um nível tão básico como a alimentação. Mas também nos aproximou enquanto sociedade e reforçou redes de solidariedade. A forma como a Novartis se envolveu nesta iniciativa ajuda-nos a ir ao encontro do nosso objetivo de levar alimentos a quem mais precisa, mas simultaneamente ajuda-nos a transformar o nosso mundo, trazendo mais pessoas para a nossa esfera de atuação.”

Ainda no âmbito desta iniciativa, a Novartis reforçou o contributo dos colaboradores através da aquisição de 1500 cabazes de alimentos para doação a famílias em situação de carência económica à Semear – Terra de Oportunidades, uma associação de cariz social que tem como propósito empregar pessoas com deficiência e combater o desperdício alimentar. Os 1500 cabazes produzidos pela Semear serão entregues, ao longo de 3 meses, à Câmara Municipal de Oeiras no âmbito do programa Rede Oeiras Solidária e à Refood Carnaxide, destinando-se a apoiar na alimentação das famílias identificadas pelas duas organizações.

Nas palavras de Joana Santiago, Presidente da Semear “o apoio dos nossos parceiros permite-nos crescer em conjunto, tornando a inclusão um benefício comum. Acreditamos que juntos podemos criar uma sociedade sem margens para fenómenos como a indiferença ou a exclusão social.”

De acordo com Teresa Bacelar, Vereadora da Câmara Municipal de Oeiras, “é muito importante para o desenvolvimento do programa Rede Oeiras Solidária a participação das empresas que atuam na nossa região. Estas parcerias unificam e fortalecem o nosso concelho”.

 

Aberta a toda a comunidade científica nacional e internacional
O Instituto Piaget acaba de lançar o primeiro número da sua nova revista científica, a Germinare. A publicação, de acesso livre...

Criada a pensar nos alunos, docentes e investigadores do Instituto como um espaço de eleição para a divulgação dos seus artigos científicos, a revista estará também aberta a toda a comunidade científica nacional e internacional. A coordenação é da responsabilidade do CIIERT - Centro Internacional de Investigação, Epistemologia e Reflexão Transdisciplinar do Instituto Piaget.

Todos os artigos submetidos para publicação estão, como é norma em publicações de carácter científico, sujeitos a um processo de avaliação pelo sistema double blind peer review realizado por especialistas externos ao Instituto Piaget. Uma forma de assegurar que todos os potenciais autores são tratados com total rigor e isenção.

O primeiro número da Germinare abre com três textos de opinião, seguindo-se oito artigos científicos em diversas áreas, entre as quais a enfermagem, a inteligência artificial e o desporto e exercício físico. A edição inclui ainda um artigo sobre as diversas etapas necessárias à redação de um artigo científico, o que pode ser uma ferramenta de grande utilidade para os alunos que estão a iniciar o seu percurso na investigação científica.

A ideia de criar uma revista científica – “um momento único”, como o classifica António Oliveira Cruz, presidente do Instituto Piaget, que traz à lembrança o “patrono” que deu o seu nome ao Instituto, o psicólogo e pensador Jean Piaget, “um dos mais modelares investigadores de todos os tempos” – aconteceu logo nas primeiras reuniões da nova equipa do CIIERT.

“Não se trata apenas de partilhar este conhecimento com um público cientificamente especializado, que o legitima, mas também de o levar a um público mais geral, cada vez mais interessado, ou seja, à sociedade civil, onde no final se aferem e refletem os seus impactos", refere, por seu turno, Rui Tomás, secretário-geral do Instituto.

A Germinare foi, assim, construída de raiz, utilizando os recursos internos disponíveis e com uma equipa diversificada, que permitiu que o projeto visse agora a luz do dia. “Uma realidade que rapidamente se percebeu ter potencial para crescer além das suas fronteiras internas e, assim, contribuir de forma significativa para o desafio de gerar e divulgar o conhecimento científico”, complementa Rui Tomás.

“O lançamento da 1.ª edição da Germinare ocorre aproximadamente um ano depois de iniciado um novo ciclo de vida do CIIERT”, frisa o responsável deste Centro, Luís Moreira. Um ciclo – acrescenta – que fica marcado “pela redefinição da estratégia para a área da investigação no Instituto Piaget”, cuja operacionalização passou, entre outros aspetos, pela reestruturação das estruturas de investigação em três unidades distintas: o LabEST, o KinesioLab e a RECI.

A Germinare está acessível através do link https://germinare.ipiaget.org.

Opinião
Vivemos um momento de particular incerteza este outono pois, para além do aparecimento de novas esti

Muito se falou sobre a diminuição generalizada (e até inexistência) de casos de gripe, desde o aparecimento da pandemia em março de 2020. A utilização regular da máscara, o distanciamento social e o confinamento, enquanto medidas de combate à Covid-19, ajudaram a prevenir e proteger as pessoas de possíveis infeções de Covid-19. E ajudaram também a reduzir substancialmente os casos de gripe no ano passado. Porém, neste próximo Inverno, a circulação sazonal do vírus da gripe pode conduzir ao aumento expressivo de novos casos gripais.

A atividade gripal - embora habitual - é, este ano, motivo de maior apreensão. A vacinação anual é a principal forma de prevenção da gripe sazonal. O que nos deve igualmente preocupar é efetivamente o grau de imunidade que a população tem para a gripe, dado que no ano passado, poucas pessoas foram vacinadas. Ao desconhecermos o nível de anticorpos, não temos outra alternativa se não confiar na imunidade alcançada por inoculações ou casos anteriores de gripe.

Este ano, vamos deparar-nos com uma questão nas nossas vidas: sofrendo de uma infeção respiratória, com sintomas de febre, tosse e dificuldade respiratória, estamos perante um caso de Covid-19, ou gripe? Cada uma das patologias tem implicações terapêuticas distintas, mas quadros clínicos muito semelhantes. É importante, por isso, fazer-se uma correta distinção.

Para ajudar a população e a comunidade médica a efetuar a distinção entre a Covid-19 e a gripe, a SYNLAB Portugal dispõe do Teste de Diagnóstico de Infeções Respiratórias, que avalia qual o agente patogénico responsável pela infeção respiratória em causa. Disponível para adultos e crianças, o teste de diagnóstico diferencial entre a Covid-19 e a gripe é realizado através de uma zaragatoa, sem prescrição médica obrigatória, e os resultados são enviados até 2 dias úteis. Este teste poupa quarentenas desnecessárias ao utente, e ajuda a comunidade médica a obter um diagnóstico mais preciso, bem como um tratamento dirigido e eficaz. E, nesta fase da crise pandémica, que ainda não está vencida, todas as ferramentas disponíveis que permitam evitar contágios, hospitalizações e internamentos são bem-vindas.

A prevenção, lembremo-nos, é capaz de mudar o rumo da evolução das doenças, e o seu impacto na saúde pública do país. Uma das surpresas mais agradáveis que assistimos durante o decorrer do processo de vacinação no combate à pandemia de Covid-19 foi testemunhar a participação em massa de milhares de portugueses, em especial de jovens, que, pelo próprio pé e voluntariamente, se deslocaram aos centros de vacinação. É tempo de repetirmos esse ato de consciencialização social, desta vez no que respeita à vacinação contra a gripe.

Nesta altura de aparecimento de uma nova variante, importa lembrar que não devemos baixar a cautela no que toca aos cuidados de higiene respiratória e proteção individual. O uso da máscara deve continuar a fazer parte do nosso dia a dia, em nossa proteção e daqueles que nos rodeiam, em particular quando estivermos com uma infeção respiratória (gripe, constipação) ou em contacto direto com doentes. Evitará, certamente, muitas infeções respiratórias nesta altura de sazonalidade de gripe e em tempo de pandemia!

A Organização Mundial da Saúde veio a público alertar que o vírus SARS-CoV-2 não está controlado, nem a pandemia vencida. Neste outono/inverno, façamos da “prevenção” a nossa principal causa individual. Se nos prevenirmos, ajudamos a que a doença não progredia - seja ela qual for.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
4 episódios
A Biogen, empresa de biotecnologia pioneira na área das Neurociências, está a assinalar o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM...

Num total de 4 episódios, o novo formato de conteúdos da Biogen tem como objetivo juntar um conjunto de especialistas para esclarecerem algumas dúvidas e desafios vividos por quem lida com a EM, e partilharem algumas estratégias de gestão da doença no dia a dia. Nutrição, benefícios sociais, coaching e gravidez na Esclerose Múltipla são os temas principais que serão debatidos neste podcast que junta neurologistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.

Para Anabela Fernandes, Diretora Geral da Biogen Portugal, “o compromisso da empresa para com os doentes e com a comunidade tem de ir muito mais além da inovação que já aportamos a áreas terapêuticas inexploradas. É fundamental que trabalhemos para promover quer uma maior prevenção destas patologias, quer uma melhor gestão das mesmas, e é por isso que ferramentas como este novo podcast são uma aposta que acreditamos virem a acrescentar valor ao dia a dia de quem vive com Esclerose Múltipla”.

Os primeiros episódios do podcast ‘Impulsos’ encontram-se disponíveis nas plataformas Spotify, SoundCloud e Apple Podcast.

Novos conteúdos de nutrição chegam à app CLEO

Além deste lançamento, a Biogen vai ainda atualizar o conjunto de conteúdos disponíveis na CLEO, a app dedicada a prestar suporte diário às pessoas com Esclerose Múltipla, familiares e cuidadores, com a criação de um novo programa de nutrição.

Este programa consiste num pacote de artigos com informação básica sobre alimentação saudável, receitas e orientações úteis que os utilizadores da app poderão seguir para obter uma alimentação equilibrada e adequada para quem vive com esta doença (e não só).

Lançada há um ano em Portugal, a app CLEO tem como objetivo facilitar o dia a dia dos doentes com EM e melhorar a sua qualidade de vida. Entre as suas principais funcionalidades estão: o diário pessoal, uma ferramenta que permite a cada utilizador acompanhar o seu estado de saúde, podendo, posteriormente, partilhar essa informação com a equipa de profissionais de saúde que o acompanham; um serviço de chat, através do qual uma equipa de profissionais de saúde poderá responder a todas as questões do utilizador relacionadas com a doença; e um conjunto de informações, artigos e histórias de pessoas com EM, com recomendações úteis para o quotidiano dos doentes, assim como diversos programas de saúde e bem-estar, dos quais o programa de nutrição é a novidade.

A aplicação pode ser instalada de forma gratuita em qualquer dispositivo Android ou iPhone.

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crónica que afeta o sistema nervoso central. Por ser uma patologia autoimune, esta decorre do ataque do sistema imunitário à mielina (uma camada de gordura responsável por proteger as fibras nervosas, essenciais para a transmissão de impulsos elétricos pelo sistema nervoso), através de um processo inflamatório que pode danificar ou até mesmo destruir esta camada e, consequentemente, dar origem aos sintomas neurológicos causadores de incapacidade progressiva. Esta doença surge frequentemente no jovem adulto, entre os 20 e os 40 anos de idade, afetando com maior incidência as mulheres e manifesta-se de diferentes formas em cada doente. Atualmente estão diagnosticadas cerca de 8 mil pessoas com esta patologia em Portugal, num total de mais de 2 milhões de casos no mundo.

Clínica virtual da FPP permite alterar o curso clínico das doenças respiratórias
A pensar na saúde pulmonar dos portugueses, a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) acaba de lançar a Clínica do Pulmão. A partir...

A Telemedicina veio para ficar. A pandemia mostrou-nos que para haver uma consulta, nem sempre é necessária uma deslocação física e que, em casos concretos, médicos e utentes podem optar por uma conversa online.

O contexto que vivemos criou condições para que a FPP fundasse a Clínica do Pulmão. Entre outras vantagens, a clínica virtual vai fazer a ponte entre médicos e utentes de todo o País. Utentes e especialistas passam a relacionar-se, não pela proximidade, mas com base em critérios como a reputação, a especialidade ou preferência.

“Com o aperfeiçoamento das técnicas e dos dispositivos digitais, a prática da consulta remota tenderá desenvolver-se cada vez mais. Tal como aconteceu com outros serviços, que habituaram os consumidores a encomendar refeições ou a fazer compras online, também a prática clínica pode ser complementada com teleconsultas, quando não houver necessidade de presença física.”, explica José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. A pensar nas vantagens do virtual, nasce o mais recente projeto da FPP. “Um projeto de que muito nos orgulhamos, com o potencial para alterar o curso clínico das doenças respiratórias nos nosso País”, continua.

As Teleconsultas podem ser adaptadas a diferentes situações. Evitam a deslocação do utente e permitem a telemonitorização regular por parte dos profissionais de saúde. Entre outras vantagens, os pacientes passam a ser acompanhados pelo médico da sua escolha, independentemente da sua localização geográfica. Também o acesso à consulta de pessoas com mobilidade reduzida fica facilitado, e há um menor risco de exposição a doenças e infeções. Aumenta, também, o conforto e a privacidade de quem vai à consulta, e reduz-se o tempo de ausência (laboral ou de acompanhamento à família, no caso do utente ter de cuidar de crianças ou idosos), sempre que há um encontro.

Para os profissionais de saúde envolvidos no projeto, também há mais-valias, desde a redução da exposição a doenças e infeções, à rentabilização do tempo (passa a haver mais tempo para cada paciente, uma vez que se rentabiliza o tempo perdido nas deslocações). Permite a prática de Medicina para além das barreiras geográficas e fortalece a confiança com o paciente através da ideia de contacto rápido e permanente, à distância de um clique.

“Não pretendemos, com este projeto, substituir totalmente os encontros presenciais, mas sim complementá-los. Sempre que a consulta não envolver contacto físico, como é o caso da avaliação de exames, acompanhamento de situações, follow-up de paciente, prescrição de exames e medicamentos, a prática da consulta virtual pode ser uma alternativa”, continua José Alves, para quem estes encontros podem funcionar de forma individual ou mesmo em grupo, se falarmos de consultas de cessação tabágica, por exemplo. “Com este projeto podemos fazer a diferença, quer a nível individual, quer coletivo – alterar hábitos, diagnosticar atempadamente e acompanhar os nossos utentes com uma proximidade que os constrangimentos do quotidiano e a deslocação física não permitem.”, conclui.

Balanço DGS
Portugal já administrou mais de 1,5 milhões de doses de reforço da vacina contra a covid-19 e mais de 2,06 milhões de doses...

Este domingo, iniciou-se primeiro de quatro dias de vacinação para as pessoas com mais de 50 anos que foram vacinadas com a vacina da Janssen. A vacinação deste grupo prossegue no feriado de 8 de dezembro e nos domingos seguintes, dias 12 e 19 de dezembro.

“Os centros de vacinação estão a trabalhar para que o processo seja fluído e célere, mesmo com grande afluência, apelando à melhor compreensão dos utentes face a eventuais constrangimentos pontuais que possam ocorrer”, sublinha a DGS.

A Direção-Geral da Saúde mantém o apelo à vacinação contra a gripe e contra a COVID-19 e à compreensão das pessoas. “Esta é a melhor forma de proteção dos mais vulneráveis, especialmente nesta altura do ano, em que as temperaturas são mais baixas”, pode ler-se.

 

Reforço da testagem a nível nacional
O Ministério da Saúde aumentou o valor da comparticipação dos Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional de 10 para...

Numa altura em que é recomendado o esforço de testagem a nível nacional, esta medida visa aumentar os incentivos para que mais laboratórios de análise clínicas e farmácias adiram ao esforço conjunto de combate à pandemia, através da deteção precoce de casos de infeção por SARS-CoV-2, sem aumentar os constrangimentos financeiros por parte dos utentes.

A adesão a este regime, que entrou em vigor em julho, é voluntária. Neste momento, dos 278 concelhos em Portugal Continental 216 têm pelo menos um laboratório ou uma farmácia que realizam TRAg comparticipados.

Este regime especial de comparticipação é apenas uma componente de uma estratégia de incentivo à testagem a nível nacional. Nesse sentido, a Task Force de Testagem tem vindo a reforçar a rede de testagem no país, que já conta neste momento com 163 laboratórios e mais de 1300 entidades que realizam TRAg de uso profissional.

Estão ainda a ser desenvolvidos mecanismos no sentido de reforçar a abrangência da testagem a nível nacional, nomeadamente através de iniciativas das câmaras municipais, da colaboração do setor social e da Cruz Vermelha, ente outros organismos.

 

 

 

"Neuroplasticidade cerebral é essencial"
A 4ª edição do Tomorrow Summit, encontro internacional de tecnologia e inovação, organizado pela Federação Académica do Porto ...

O artigo, que foi publicado em 2018, está ganhando notoriedade no período pós pandemia. “É o maior evento do ano sobre educação. É crucial tratar esse tema hoje em dia. Todas as circunstâncias do mau uso da internet acarretam em transtornos. Muito do que está acontecendo em relação à questão mental, está conectado ao mau uso da internet”, explica o neurocientista.

Fabiano de Abreu explica ainda, que a internet proporciona um ambiente no qual o sistema de recompensa do cérebro é ativado constantemente. “Os mecanismos de aprovação das redes sociais, estão intimamente relacionados à exploração da sensação de bem-estar causada pela liberação de dopamina”, detalha. A dopamina é um neurotransmissor, liberado quando uma atividade agradável é realizada, quando há consumo de alimentos que se gosta ou ainda, quando há o uso das redes sociais.

Esse sistema de recompensa, por sua vez, pode ser ativado pela ansiedade. “A dopamina não é liberada só quando você tem a recompensa, mas também quando você imagina que a terá. Se você está ansioso por circunstâncias diversas, você mergulha em uma atmosfera negativa. Então, achar que você vai conquistar algo, já faz liberar dopamina”, explica. O problema é que a intensidade do alívio gerado pela dopamina é cada vez menor quanto há situações semelhantes, logo, não alcançar o nível de intensidade esperado causa ainda mais ansiedade, gerando um ciclo vicioso.

Esse looping é prejudicial, pois propicia a liberação do hormônio cortisol, que está relacionado ao sistema imunológico. “Além disso, esse ciclo de ansiedade acaba afetando o sistema emocional e a região responsável pela tomada de decisões no cérebro. Existe uma cultura de não absorção de conhecimento por conta das redes sociais e isso causa a atrofia no córtex cerebral. Desse modo, a capacidade de dominação de emoções é reduzida e transtornos como a depressão podem surgir”, afirma o neurocientista.

Para combater este cenário, Fabiano de Abreu acredita que a neuroplasticidade cerebral é essencial. “Ela vai desde a alimentação, o exercício físico e sono regular, até processos de ginásticas cerebrais para estimular a região responsável pela tomada de decisões e domínio das emoções a se desenvolver melhor. A plasticidade também ocorre quando buscamos nos aprofundar em conhecimentos, a absorção de informações é fundamental para a saúde do cérebro”.

Distinção atribuída no âmbito das comemorações do 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, irá receber no próximo dia 16 de dezembro, em nome da...

De acordo com Rui Nunes, é o “reconhecimento da importância desta proposta nomeadamente num momento histórico em que os direitos humanos das mulheres foram severamente afetados devido à pandemia provocada pela COVID-19”.

O júri deliberou por unanimidade “em particular pela proposta portuguesa (à UNESCO) de Declaração Universal de Igualdade de Género, uma iniciativa de grande atualidade e alcance na promoção da igualdade de género como direito humano fundamental, que se quer traduzir numa ferramenta concreta, na qual valores como a justiça e a não discriminação são aplicados no domínio da igualdade de género em diversas áreas”, proposta que mereceu o acolhimento do Senhor Presidente da Assembleia da República.

Para Rui Nunes, presidente da Associação Portuguesa de Bioética, esta distinção ao mais alto nível, é um marco fundamental na proposta à UNESCO desta declaração tornando-se mais provável a sua discussão e aprovação ao longo de 2022.

 

Comunicado
De acordo com uma análise da informação genética atualmente disponível da variante Omicron, levada a cabo pelo laboratório que...

Segundo o comunicado, Remdesivir o inibe diretamente a replicação do SARS-CoV-2 dentro das células infetadas tendo como alvo a RNA polimerase viral. “A análise genética inicial de mais de 200 sequências disponíveis de isolados da variante Omicron, incluindo os da África do Sul, Ásia e Europa, demonstrou que não estão presentes novas mutações na variante Omicron das quais resultem expetáveis alterações da RNA polimerase viral do SARS-CoV-2, em comparação com as variantes anteriores conhecidas. Isto sugere que o remdesivir continuará a ser ativo contra a variante Omicron”.

Para além das análises genéticas, a Gilead vai continuar a avaliar experimentalmente a atividade do medicamento contra as variantes do SARS-CoV-2 identificadas através de testes antivirais in vitro. “A atividade antiviral foi confirmada in vitro contra todas as principais variantes do SARS-CoV-2 previamente identificadas, incluindo Alfa, Beta, Gama, Delta e Epsilon”, sublinha o laboratório adiantando que se encontra a trabalhar “em parceria com entidades governamentais e académicas para obter isolados virais e realizar testes laboratoriais in vitro da atividade antiviral contra a variante Omicron. Assim que os testes estejam completos, a Gilead partilhará os dados com as agências reguladoras, profissionais de Saúde e autoridades de saúde pública”.

Até à data, salienta, “não foram identificadas alterações genéticas importantes em qualquer uma das variantes de preocupação e variantes de interesse conhecidas do SARS-CoV-2 que alterariam significativamente a RNA polimerase viral alvo do mecanismo de ação de por do remdesivir. Em contraste, todas as variantes identificadas mostram mutações em diferentes locais das proteínas espiculares (“spike”) do SARS-CoV-2, que se encontram na superfície externa do vírus e servem como alvo para todos os anticorpos neutralizantes anti-SARS-CoV-2”.

Este medicamento está aprovado ou autorizado para utilização temporária em cerca de 50 países em todo o mundo. Remdesivir foi já utilizado em nove milhões de doentes em todo o mundo, incluindo 6,5 milhões de pessoas em 127 países de rendimento médio e baixo, através des programas de licenciamento específicos.

Trata-se de um antiviral standard of care para o tratamento de doentes hospitalizados com COVID-19, que “contribui para a diminuição da progressão da doença e permite que os doentes hospitalizados recuperem mais rapidamente, libertando recursos hospitalares limitados e poupando dinheiro aos sistemas de saúde”.

Projeto visa desmistificar mitos e os monstros associados ao cancro
O IPO do Porto lança iniciativa dirigida a toda a população, sob o tema “Cancro sem Temor”. Trata-se de um projeto inédito que...

O projeto ganha forma num podcast composto por uma série de sete episódios, em que numa conversa se aborda a perspetiva de três intervenientes, entre os quais, profissionais de saúde de diferentes áreas e especialidades, doentes e familiares/amigos. Um conjunto de testemunhos que procuram simplificar e retirar a carga negativa, bem como o medo associado à doença, clarificando diferentes aspetos, para ajudar a saber lidar melhor com ela. Olhar para a doença de diferentes perspetivas, psicológico, emocional, farmacológico, médico e social. O impacto do diagnóstico no indivíduo e no seu mundo. 

“Tendo em atenção o número de crescente de novos casos, o cancro é cada vez mais uma realidade com que os portugueses são confrontados. Existe a consciência, felizmente, que em muitas situações já não é uma “sentença de morte”, mas sim como uma doença crónica, com a qual se aprende a lidar. Ainda assim, não deixa de ser encarada como “a doença” sobre a qual muitos têm ainda dificuldade em falar”, esclarece Susana Sousa, médica oncologista do IPO do Porto e mentora deste projeto. Acrescenta “é muito importante que os mitos e os monstros associados ao cancro sejam desmitificados, para que seja possível lidar com a doença da melhor forma possível”.

De acordo com projeções do Global Cancer Observatory, em Portugal, em 2020, existiram 60 467 novos casos de cancro.

O podcast, que conta com o apoio da Novartis, está disponível no canal Youtube do IPO do Porto e nas plataformas de podcast (Spotify e Apple Podcasts).

 

Dicas
Todos nós já ouvimos a expressão “estar com as defesas em baixo” – mas o que quer isso dizer exatame

“Devemos estar muito atentos a dores de cabeça e tonturas frequentes, feridas na boca, náuseas e vómitos, sensação excessiva e contínua de cansaço e olhos secos,” detalha Reme Navarro, farmacêutica e Business Strategy Director da Atida para o Sul da Europa. “O nosso organismo também se manifesta no exterior, pelo que também devemos ter em consideração sintomas como a queda de cabelo e manchas escuras, brancas ou vermelhas na pele.”

Alimentos que melhoram a imunidade

Uma das formas mais simples de reforçar o sistema imunitário e restabelecer as defesas durante o inverno passa por fazer algumas adaptações na alimentação, reforçando a quantidade de alimentos ricos em vitamina C, probióticos e antioxidantes. Alguns exemplos:

  • Citrinos – devido ao seu alto teor de vitamina C, frutas como laranjas, tangerinas ou limões ajudam a reforçar as defesas do organismo;
  • Alho e cebola – por terem um alto poder antibacteriano e antiviral, estes dois alimentos ajudam a prevenir e curar algumas doenças e gripes;
  • Antioxidantes – alimentos como a beterraba, os brócolos e a romã auxiliam a eliminação de toxinas e fortalecem o sistema imunológico;
  • Ovos – para além de serem uma fonte importante de vitaminas, proteínas e ácidos gordos, contêm zinco e selénio, dois minerais essenciais para as defesas do corpo.

Como reforçar a imunidade do organismo

A insuficiência imunológica não pode ser prevenida ou revertida com medicamentos. Por essa razão, para além de apostar numa alimentação correta, é vital alterar certos hábitos para podermos repor a capacidade defensiva do corpo.

A alimentação saudável pode ser complementada com cápsulas de defesa especificamente recomendadas para enfrentar as mudanças sazonais, que ajudam a reforçar a resistência do corpo a agressões externas; ou suplementos naturais compostos por ingredientes que estimulam o sistema imunitário, como própolis, mel, equinácea e limão.

O estado do nosso organismo em geral – e das nossas defesas em particular - também depende de fatores psicológicos e emocionais. Por essa razão, o descanso é essencial para manter o sistema imunológico equilibrado e evitar situações de stress, que podem causar a diminuição das defesas do corpo.

“Nos meses mais frios do ano temos de ter especial atenção às ameaças externas, nomeadamente o clima mais agreste, mas também situações de stress elevado, como o trabalho excessivo,” aconselha Reme Navarro. “Devemos seguir uma dieta equilibrada e esforçar-nos por manter hábitos saudáveis, que permitam defender a manter a saúde, tanto mental como física, e ainda o bem-estar e a qualidade de vida”.

Fonte: 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ação de norte a sul do país
O Natal é sinónimo de partilha e de solidariedade. Este ano, as Farmácias Holon juntam-se à Associação Ajuda de Mãe e promovem...

Através desta iniciativa solidária, os utentes das Farmácias Holon vão poder apoiar as mães e as famílias que beneficiam do apoio desta instituição. Assim, ao comprar um produto das gamas Holderma e Holoncare – que incluem Creme Hidratante Ultra-Rico, Champô Extra Suave, Gel de Duche, Bálsamo Labial Natural, Creme de Mãos e muito mais –, está a apoiar a associação Ajuda de Mãe.

“Desde sempre que assumimos um papel ativo junto da comunidade e sabemos o quanto é importante saber fazer a diferença. Este ano, queremos fazer parte da estória dos 30 anos da associação Ajuda de Mãe. Falamos de três décadas de um trabalho notável, cheio de desafios, mas com muitos sucessos a registar. Por isso, este ano assumimos a nossa ação de responsabilidade social com os projetos que esta associação tanto promove e acarinha”, explica Jorge Aldinhas, responsável pela Marca Própria das Farmácias Holon.

Assim, neste Natal, por cada produto vendido das nossas gamas de marca própria - Holderma e Holoncare -, as Farmácias Holon doam 50 cêntimos a esta instituição.

“Esta parceria com as Farmácias Hollon vai contribuir para reforçarmos o apoio em géneros, que atribuímos às mulheres grávidas e mães, e vai ainda permitir chegar a mais mães que precisem ou que venham a recorrer à Ajuda de Mãe”, explica Madalena Teixeira Duarte, presidente da instituição. “A Ajuda de Mãe é uma IPSS que acompanha Grávidas e Mães recentes que precisam de apoio para conseguirem orientar e melhorar a vida da família. Precisamos da ajuda de todos para atingir este objetivo - Mães apoiadas, bebés mais felizes! Ajudemo-nos a ajudar”, reforça.

A ação decorre nas Farmácias Holon, de norte a sul do país, e a comunicação será reforçada nas redes sociais das Farmácias Holon.

 

 

Opinião
Estima-se que em Portugal existam entre sete a oito mil portadores de Esclerose Múltipla (EM); a nív

É uma doença crónica inflamatória e degenerativa que afeta o sistema nervoso central. O processo é mediado por uma alteração do sistema imune que provoca o aparecimento de lesões recorrentes a nível do encéfalo, nervos óticos e medula espinhal. Estas lesões atingem principalmente a mielina (substância esbranquiçada que envolve os prolongamentos neuronais), mas também os neurónios em si, causando assim a perda de função destas estruturas e levando ao aparecimento dos sintomas associadas à doença.

As manifestações da doença são muito variadas e dependem em grande parte da localização das lesões no sistema nervoso central. Os sintomas mais comuns são: perda da sensibilidade de um membro, falta de força, de coordenação dos movimentos, dificuldades na marcha, perda de visão, visão dupla, tonturas / vertigens e dificuldades no controlo da urina. Para além destes sintomas de origem focal, é muito frequente a ocorrência de fadiga, sintomas depressivos e perda de funções cognitivas.

Combinação de fatores

As causas da EM não são ainda conhecidas. Os dados disponíveis sugerem que a EM resulta de uma combinação adversa de vários fatores genéticos e ambientais. A infeção pelo vírus Epstein-Barr, baixos níveis de vitamina D, tabagismo, obesidade e o trabalho por turnos são alguns dos fatores de risco de natureza ambiental que, face a uma suscetibilidade genética podem contribuir para aumentar o risco de desenvolver doença.

Como não existe nenhum teste específico para confirmar a doença, o diagnóstico de EM é estabelecido pela conjugação de dados clínicos e dos resultados da Ressonância magnética, tendo como base critérios que estão estabelecidos internacionalmente.

A suscetibilidade genética para a doença traduz a presença de características do ADN que podem estar presentes em outros membros da família. É reconhecida a existência de alguma agregação familiar – cerca de 20% dos portadores de EM têm um familiar afetado -, não se identificando contudo um padrão de transmissão.

O risco de um familiar vir a desenvolver EM é, de um modo geral, proporcional à quantidade de informação genética partilhada com o doente (grau de parentesco). Os filhos de um portador têm um risco de desenvolver a doença 15 a 40 vezes superior à população normal. Todavia, se atendermos que a prevalência da EM é baixa (Portugal 0.7 a 0.8/ 1000) esse risco relativo para os descendentes é de 10 a 32/1000, o que é pouco significativo e não deve interferir no planeamento familiar.

Doença evolui por surtos

Em cerca de 75-80% dos casos a doença evolui por “surtos-remissão”. O surto representa o aparecimento de sintomas de novo pela ocorrência de novas lesões no sistema nervoso; após algumas semanas estas manifestações tendem a regredir (remissão), podendo contudo deixar sequelas definitivas. Com a evolução da doença e a repetição de surtos tendem a acumular-se os défices e a consequente incapacidade.

Após 15-20 anos de evolução, cerca de 50% dos doentes começam a apresentar formas progressivas – agravamento lentamente progressivo dos défices (“secundária-progressiva”).

Num pequeno grupo de doentes a doença tem desde o início um curso progressivo, com ou sem surtos – formas “primárias-progressivas”.

Nas últimas duas décadas registaram-se avanços notáveis no tratamento da EM. Atualmente dispomos de mais de uma dezena de fármacos que, ao atuarem nas alterações imunológicas presentes na doença, permitem modificar o seu curso reduzindo a ocorrência de surtos e a evolução para formas secundárias-progressivas.

É importante que o tratamento seja iniciado precocemente e que seja ajustado de acordo com a evolução da doença. A par da eficácia estes fármacos trouxeram também alguns problemas de segurança. A complexidade do tratamento da EM aumentou significativamente e é crucial que todos os doentes sejam acompanhados regularmente em consultas especializadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Segurança, Automação e Eficiência em debate num evento internacional promovido pela GS1
A GS1, rede global que promove a eficiência ao longo de toda a cadeia de valor na qual está incluída, a nível local, a GS1...

Uma das sessões de maior destaque foi subordinada ao tema Pharmaceutical Regulation Spotlight, em que foram apresentados casos de sucesso da implementação de uma identificação única para a rastreabilidade no combate à falsificação de medicamentos e dispositivos médicos.

No caso da World Federation of Hemophilia, Georgios Ampartzidis explicou que todos os produtos doados à instituição têm um número de identificação, que permite rastreá-los em qualquer ponto da cadeia de valor. “Todos os movimentos são registados através de uma aplicação, que permite que todos tenham visibilidade de onde está cada produto”, esclareceu. Além disso, “se um produto atinge a data de validade, uma mensagem é enviada para o local onde o produto está, com um alerta. Da mesma forma, quando um produto é administrado, fica registado na aplicação quando e onde teve lugar essa administração. A aplicação permite a rastreabilidade completa de todos os produtos”, concluiu.

Sobre os beneficíos desta partilha, transparência e interoperabilidade dos dados, Georgios Ampartzidis destacou: “uma maior visibilidade e confiança, dados em tempo real, melhor gestão do stock, diminuição do risco de mercado negro e de falsificação de produtos e a redução da necessidade de controlo manual e dos custos de auditoria”. Embora estas vantagens sejam reconhecidas, “os utilizadores finais, nomeadamente, alguns médicos, pessoal de enfermagem e administradores hospitalares vêm este processo como uma tarefa adicional indesejada”, concluiu.

Na sessão Helping Healthcare emerge smarter: What does the future of healthcare need to consider?, especialistas do setor refletiram sobre de que forma podem os standards globais, combinados com os avanços tecnológicos, gerar mudanças impactantes, não só para o paciente, como para o corpo clínico e o próprio sistema de cuidados de saúde.

William Smart do Dedalus Group explicou que “as empresas já fizeram muito, mas ainda há outro tanto a ser feito no setor de saúde no que diz respeito à tecnologia. Um dos maiores desafios que o setor enfrenta é a capacidade de fazer convergir as múltiplas dinâmicas da indústria numa solução que assegure a interoperabilidade dos vários elos da cadeia de valor”.

 Já Paul Coplan, da Johnson & Johnson, destacou a importância da recolha de dados reais sobre dispositivos médicos para aplicação em ensaios clínicos. “A inclusão de UDI - Unique Device Identifiers em bases de dados de saúde melhora e facilita a investigação sobre segurança, eficácia e qualidade de dispositivos médicos”, explicou. Paul Coplan alertou ainda que, para isso, são necessárias “novas soluções para incluir UDI nessas bases de dados”.

Eric Hans Eddens do International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM), na sua intervenção, falou sobre a importância da rastreabilidade de dispositivos médicos e da qualidade dos dados recolhidos não só para alcançar a melhor eficiência, mas sobretudo para reduzir custos ao longo de toda a cadeia de valor. “O valor real está na oportunidade de reunir todas as informações, que conduzirão a uma boa relação custo-benefício”, concluiu.

Ainda nesta sessão ficou claro que todos os intervenientes acreditam que ter uma linguagem global, através de standards como os da GS1, que seja implementada de forma correta, é uma mais valia para todo o setor da saúde, desde o fornecedor ao paciente.

Na sessão How do digital technology and global standards improve clinical outcomes? especialistas debateram como podem standards globais trazer dados relevantes sobretudo num setor em constante e rápida mudança. Os intervenientes do painel acreditam que estes dados poderão ajudar líderes do setor da saúde a tomarem decisões informadas e apoiar as equipas médicas para proporcionarem um melhor serviço e melhores resultados.

Alberto Sanna, Diretor do San Raffaele Hospital, em Itália, partilhou o caso de sucesso implementado através de um sistema denominado Medication Management Platform. “Esta plataforma garante a rastreabilidade e monitorização de produtos médicos através de um veículo que retira medicamentos de forma automática de um dispensário, assegurando o total controlo e segurança dos produtos administrados”, explicou. Alberto Sanna relatou ainda as principais vantagens da implementação de um sistema deste género, entre as quais se destacam “a rapidez e segurança da operação, visibilidade da tarefa em tempo real e uma gestão otimizada do stock de produtos”.

Ao longo de três dias, o evento contou com mais de 700 participantes de 85 países que quiseram perceber como podem os standards GS1 ajudar a melhorar os resultados clínicos e processos de abastecimento, de que forma estão a ser utilizados ​​para garantir a segurança da cadeia de valor e obter insights sobre regulamentos importantes neste setor.

Como tratar uma infeção viral
Apresentando diversas formas clínicas, as verrugas são resultado de uma infeção viral e podem surgir

No que diz respeito ao aparecimento das verrugas, é importante falar sobre o seu agente etiológico: o vírus do papiloma humano (HPV). Este é um vírus muito frequente, que engloba mais de 200 vírus relacionados, responsável por um elevado número de infeções. A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como as verrugas, sendo estas as manifestações mais características e frequentes da infeção por HPV. No entanto, existem vírus considerados de alto risco, pela maior probabilidade de provocarem lesões persistentes e de estarem associados a lesões pré-cancerosas.

As verrugas podem localizar-se em qualquer ponto da pele e ainda nas mucosas, distinguindo-se pela sua localização e/ou morfologia e pelo tipo de HPV. Relativamente às verrugas plantares, estas têm um formato redondo ou irregular e podem causar dor ou dificuldade a caminhar, principalmente, quando se encontram nas zonas de pressão do pé, devido à tensão exercida pelo peso do corpo.

Mais frequentes em crianças e adolescentes, as verrugas plantares podem ser transmitidas entre pessoas que frequentem os mesmos espaços sem proteção ou calçado, mas também por contacto direto e pelo contacto com objetos contaminados. Estas lesões cutâneas desenvolvem-se quando o vírus entra no organismo, parasitando as células da epiderme e conduzindo a um aumento da sua proliferação, multiplicando-se nas camadas mais superficiais. O vírus penetra na pele, geralmente, através de pequenos cortes, feridas, arranhões (que funcionam como portas de entrada) ou quando existem soluções de continuidade traumáticas da parte superior da epiderme, motivo pelo qual as verrugas são mais comuns nas zonas de traumas. A infeção é também favorecida por estados em que o sistema imunitário se encontra com poucas defesas. No entanto, é possível que passem meses até ao surgimento da verruga, após a infeção, uma vez que o vírus pode permanecer em incubação e manifestar-se depois desse período.

Em relação à sua aparência, com um tamanho variável, as verrugas plantares caracterizam-se por serem saliências duras, ao estarem circundadas por um anel de pele espessa, podendo apresentar uma superfície áspera, um aspeto esbranquiçado ou mais escuro e, normalmente, pequenos pontos negros (capilares trombosados) ao centro. Apesar de se confundirem, muitas vezes, com calosidades, por apresentarem uma pequena formação queratosa, podem ser distinguidas pela tendência de sangramento em pequenos pontos, quando rompida a sua superfície.

O seu contágio é mais comum em ambientes quentes e húmidos, como piscinas, balneários e ginásios, dado que a humidade tende a amolecer a pele, facilitando a entrada do vírus, pelo que o excesso de transpiração pode também beneficiar o desenvolvimento das verrugas. Face aos fatores de risco, a adoção de um comportamento preventivo é fundamental para evitar as verrugas plantares: deve-se assim utilizar chinelos em locais públicos e húmidos; não devem ser partilhadas toalhas, calçado, meias, corta-unhas e outros utensílios/objetos pessoais; deve ser evitado o contacto direto com as verrugas, uma vez que estas podem também disseminar-se para outras partes do corpo; sendo imprescindível uma correta e diária higiene do pé, o que inclui uma secagem eficaz sem fricção. A vigilância é também um ponto central, dado que, em caso de suspeita, é importante certificar-se que os seus familiares utilizam calçado em casa, de modo a evitar que toda a família entre em contacto com o HPV.

Devido ao risco de transmissão e possível aparecimento de novas verrugas, esta patologia não deve ser tratada em casa, sendo crucial um acompanhamento podológico adequado e especializado. Além disso, uma vez que a opção de tratamento deverá ter em conta a localização da verruga plantar e as suas características, um diagnóstico correto, que se baseia no exame da pele e da verruga, é essencial.

Em várias áreas, têm vindo a ser introduzidas novas técnicas com o propósito de oferecer soluções mais eficazes, algo também notório na Podologia, que tem procurado inovar os seus procedimentos e equipamentos. O laser terapêutico tem sido utilizado como um tratamento alternativo e não invasivo, com o objetivo de estimular a regeneração celular e acelerar os processos de cicatrização, apresentando resultados ao nível da redução da dor, bem como do inchaço e vermelhidão. No tratamento das verrugas localizadas na planta do pé, a laserterapia atua no sentido de eliminar o vírus causador desta patologia, sendo necessária apenas uma sessão de laser para a sua extração.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo de João Almeida, docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), mostra que...

Após um estudo realizado nas imediações (até uma distância máxima de 15 quilómetros) de três parques eólicos do distrito de Leiria – Cela (Alcobaça), Marvila (Batalha) e Chão Falcão (concelhos de Batalha e Porto de Mós) – João Almeida concluiu que “a distância não é um fator relevante na redução dos níveis de ruído, em especial dos infrassons e do ruído de baixa frequência”. O impacto pode, no entanto, ser afetado pela velocidade do ar: quanto maior a velocidade do ar, maior a pressão sonora. O perfil do terreno, a existência de grutas, a proximidade à costa e a existência de florestas são outros fatores com influência na propagação do ruído.

Apesar dos avanços tecnológicos, as turbinas eólicas ainda produzem infrassons resultantes da sua mecânica e aerodinâmica, assim como infrassons de ruído e baixa frequência, que podem afetar a qualidade de vida das populações humanas e animais. Este impacto pode ser dividido em duas categorias: uma mais ligeira, que se caracteriza por mal-estar geral e prolongado, com dores de cabeça, dificuldade em dormir, falta de concentração ou irritabilidade, entre outros sintomas; e outra mais grave, com problemas pulmonares (muita tosse e dificuldade em respirar), apneias, arritmias cardíacas ou espessamento do pericárdio, a dupla membrana que envolve o coração.

“É importante adotar medidas de gestão territorial tomando em conta a proteção da saúde pública, particularmente na instalação de parques eólicos a distâncias consideradas seguras, incluindo os infrassons e o ruído de baixa frequência em estudos de impacte ambiental”, aponta João Almeida, alertando para "um lapso na legislação portuguesa", que não prevê a medição e análise de infrassons nos estudos de impacto ambiental necessários à instalação de parques eólicos.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 3.000 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 13 mortes em território nacional. O...

A região Lisboa e Vale do Tejo foi e o Algarve foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: quatro cada, em 13. Segue-se a região Norte com dois óbitos a assinalar nas últimas 24 horas e o Alentejo com uma morte.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.898 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 937, seguida da região Norte com 914 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 599 casos na região Centro, 97 no Alentejo e 237 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 91 infeções, e os Açores com 23.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 916 doentes internados, mais 75 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais 12 doentes internados, desde o último balanço: 128.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.025 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.078.708 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 57.638 casos, mais 1.860 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.805 contactos, estando agora 69.610 pessoas em vigilância.

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