Distinção atribuída no âmbito das comemorações do 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, irá receber no próximo dia 16 de dezembro, em nome da...

De acordo com Rui Nunes, é o “reconhecimento da importância desta proposta nomeadamente num momento histórico em que os direitos humanos das mulheres foram severamente afetados devido à pandemia provocada pela COVID-19”.

O júri deliberou por unanimidade “em particular pela proposta portuguesa (à UNESCO) de Declaração Universal de Igualdade de Género, uma iniciativa de grande atualidade e alcance na promoção da igualdade de género como direito humano fundamental, que se quer traduzir numa ferramenta concreta, na qual valores como a justiça e a não discriminação são aplicados no domínio da igualdade de género em diversas áreas”, proposta que mereceu o acolhimento do Senhor Presidente da Assembleia da República.

Para Rui Nunes, presidente da Associação Portuguesa de Bioética, esta distinção ao mais alto nível, é um marco fundamental na proposta à UNESCO desta declaração tornando-se mais provável a sua discussão e aprovação ao longo de 2022.

 

Comunicado
De acordo com uma análise da informação genética atualmente disponível da variante Omicron, levada a cabo pelo laboratório que...

Segundo o comunicado, Remdesivir o inibe diretamente a replicação do SARS-CoV-2 dentro das células infetadas tendo como alvo a RNA polimerase viral. “A análise genética inicial de mais de 200 sequências disponíveis de isolados da variante Omicron, incluindo os da África do Sul, Ásia e Europa, demonstrou que não estão presentes novas mutações na variante Omicron das quais resultem expetáveis alterações da RNA polimerase viral do SARS-CoV-2, em comparação com as variantes anteriores conhecidas. Isto sugere que o remdesivir continuará a ser ativo contra a variante Omicron”.

Para além das análises genéticas, a Gilead vai continuar a avaliar experimentalmente a atividade do medicamento contra as variantes do SARS-CoV-2 identificadas através de testes antivirais in vitro. “A atividade antiviral foi confirmada in vitro contra todas as principais variantes do SARS-CoV-2 previamente identificadas, incluindo Alfa, Beta, Gama, Delta e Epsilon”, sublinha o laboratório adiantando que se encontra a trabalhar “em parceria com entidades governamentais e académicas para obter isolados virais e realizar testes laboratoriais in vitro da atividade antiviral contra a variante Omicron. Assim que os testes estejam completos, a Gilead partilhará os dados com as agências reguladoras, profissionais de Saúde e autoridades de saúde pública”.

Até à data, salienta, “não foram identificadas alterações genéticas importantes em qualquer uma das variantes de preocupação e variantes de interesse conhecidas do SARS-CoV-2 que alterariam significativamente a RNA polimerase viral alvo do mecanismo de ação de por do remdesivir. Em contraste, todas as variantes identificadas mostram mutações em diferentes locais das proteínas espiculares (“spike”) do SARS-CoV-2, que se encontram na superfície externa do vírus e servem como alvo para todos os anticorpos neutralizantes anti-SARS-CoV-2”.

Este medicamento está aprovado ou autorizado para utilização temporária em cerca de 50 países em todo o mundo. Remdesivir foi já utilizado em nove milhões de doentes em todo o mundo, incluindo 6,5 milhões de pessoas em 127 países de rendimento médio e baixo, através des programas de licenciamento específicos.

Trata-se de um antiviral standard of care para o tratamento de doentes hospitalizados com COVID-19, que “contribui para a diminuição da progressão da doença e permite que os doentes hospitalizados recuperem mais rapidamente, libertando recursos hospitalares limitados e poupando dinheiro aos sistemas de saúde”.

Projeto visa desmistificar mitos e os monstros associados ao cancro
O IPO do Porto lança iniciativa dirigida a toda a população, sob o tema “Cancro sem Temor”. Trata-se de um projeto inédito que...

O projeto ganha forma num podcast composto por uma série de sete episódios, em que numa conversa se aborda a perspetiva de três intervenientes, entre os quais, profissionais de saúde de diferentes áreas e especialidades, doentes e familiares/amigos. Um conjunto de testemunhos que procuram simplificar e retirar a carga negativa, bem como o medo associado à doença, clarificando diferentes aspetos, para ajudar a saber lidar melhor com ela. Olhar para a doença de diferentes perspetivas, psicológico, emocional, farmacológico, médico e social. O impacto do diagnóstico no indivíduo e no seu mundo. 

“Tendo em atenção o número de crescente de novos casos, o cancro é cada vez mais uma realidade com que os portugueses são confrontados. Existe a consciência, felizmente, que em muitas situações já não é uma “sentença de morte”, mas sim como uma doença crónica, com a qual se aprende a lidar. Ainda assim, não deixa de ser encarada como “a doença” sobre a qual muitos têm ainda dificuldade em falar”, esclarece Susana Sousa, médica oncologista do IPO do Porto e mentora deste projeto. Acrescenta “é muito importante que os mitos e os monstros associados ao cancro sejam desmitificados, para que seja possível lidar com a doença da melhor forma possível”.

De acordo com projeções do Global Cancer Observatory, em Portugal, em 2020, existiram 60 467 novos casos de cancro.

O podcast, que conta com o apoio da Novartis, está disponível no canal Youtube do IPO do Porto e nas plataformas de podcast (Spotify e Apple Podcasts).

 

Dicas
Todos nós já ouvimos a expressão “estar com as defesas em baixo” – mas o que quer isso dizer exatame

“Devemos estar muito atentos a dores de cabeça e tonturas frequentes, feridas na boca, náuseas e vómitos, sensação excessiva e contínua de cansaço e olhos secos,” detalha Reme Navarro, farmacêutica e Business Strategy Director da Atida para o Sul da Europa. “O nosso organismo também se manifesta no exterior, pelo que também devemos ter em consideração sintomas como a queda de cabelo e manchas escuras, brancas ou vermelhas na pele.”

Alimentos que melhoram a imunidade

Uma das formas mais simples de reforçar o sistema imunitário e restabelecer as defesas durante o inverno passa por fazer algumas adaptações na alimentação, reforçando a quantidade de alimentos ricos em vitamina C, probióticos e antioxidantes. Alguns exemplos:

  • Citrinos – devido ao seu alto teor de vitamina C, frutas como laranjas, tangerinas ou limões ajudam a reforçar as defesas do organismo;
  • Alho e cebola – por terem um alto poder antibacteriano e antiviral, estes dois alimentos ajudam a prevenir e curar algumas doenças e gripes;
  • Antioxidantes – alimentos como a beterraba, os brócolos e a romã auxiliam a eliminação de toxinas e fortalecem o sistema imunológico;
  • Ovos – para além de serem uma fonte importante de vitaminas, proteínas e ácidos gordos, contêm zinco e selénio, dois minerais essenciais para as defesas do corpo.

Como reforçar a imunidade do organismo

A insuficiência imunológica não pode ser prevenida ou revertida com medicamentos. Por essa razão, para além de apostar numa alimentação correta, é vital alterar certos hábitos para podermos repor a capacidade defensiva do corpo.

A alimentação saudável pode ser complementada com cápsulas de defesa especificamente recomendadas para enfrentar as mudanças sazonais, que ajudam a reforçar a resistência do corpo a agressões externas; ou suplementos naturais compostos por ingredientes que estimulam o sistema imunitário, como própolis, mel, equinácea e limão.

O estado do nosso organismo em geral – e das nossas defesas em particular - também depende de fatores psicológicos e emocionais. Por essa razão, o descanso é essencial para manter o sistema imunológico equilibrado e evitar situações de stress, que podem causar a diminuição das defesas do corpo.

“Nos meses mais frios do ano temos de ter especial atenção às ameaças externas, nomeadamente o clima mais agreste, mas também situações de stress elevado, como o trabalho excessivo,” aconselha Reme Navarro. “Devemos seguir uma dieta equilibrada e esforçar-nos por manter hábitos saudáveis, que permitam defender a manter a saúde, tanto mental como física, e ainda o bem-estar e a qualidade de vida”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ação de norte a sul do país
O Natal é sinónimo de partilha e de solidariedade. Este ano, as Farmácias Holon juntam-se à Associação Ajuda de Mãe e promovem...

Através desta iniciativa solidária, os utentes das Farmácias Holon vão poder apoiar as mães e as famílias que beneficiam do apoio desta instituição. Assim, ao comprar um produto das gamas Holderma e Holoncare – que incluem Creme Hidratante Ultra-Rico, Champô Extra Suave, Gel de Duche, Bálsamo Labial Natural, Creme de Mãos e muito mais –, está a apoiar a associação Ajuda de Mãe.

“Desde sempre que assumimos um papel ativo junto da comunidade e sabemos o quanto é importante saber fazer a diferença. Este ano, queremos fazer parte da estória dos 30 anos da associação Ajuda de Mãe. Falamos de três décadas de um trabalho notável, cheio de desafios, mas com muitos sucessos a registar. Por isso, este ano assumimos a nossa ação de responsabilidade social com os projetos que esta associação tanto promove e acarinha”, explica Jorge Aldinhas, responsável pela Marca Própria das Farmácias Holon.

Assim, neste Natal, por cada produto vendido das nossas gamas de marca própria - Holderma e Holoncare -, as Farmácias Holon doam 50 cêntimos a esta instituição.

“Esta parceria com as Farmácias Hollon vai contribuir para reforçarmos o apoio em géneros, que atribuímos às mulheres grávidas e mães, e vai ainda permitir chegar a mais mães que precisem ou que venham a recorrer à Ajuda de Mãe”, explica Madalena Teixeira Duarte, presidente da instituição. “A Ajuda de Mãe é uma IPSS que acompanha Grávidas e Mães recentes que precisam de apoio para conseguirem orientar e melhorar a vida da família. Precisamos da ajuda de todos para atingir este objetivo - Mães apoiadas, bebés mais felizes! Ajudemo-nos a ajudar”, reforça.

A ação decorre nas Farmácias Holon, de norte a sul do país, e a comunicação será reforçada nas redes sociais das Farmácias Holon.

 

 

Opinião
Estima-se que em Portugal existam entre sete a oito mil portadores de Esclerose Múltipla (EM); a nív

É uma doença crónica inflamatória e degenerativa que afeta o sistema nervoso central. O processo é mediado por uma alteração do sistema imune que provoca o aparecimento de lesões recorrentes a nível do encéfalo, nervos óticos e medula espinhal. Estas lesões atingem principalmente a mielina (substância esbranquiçada que envolve os prolongamentos neuronais), mas também os neurónios em si, causando assim a perda de função destas estruturas e levando ao aparecimento dos sintomas associadas à doença.

As manifestações da doença são muito variadas e dependem em grande parte da localização das lesões no sistema nervoso central. Os sintomas mais comuns são: perda da sensibilidade de um membro, falta de força, de coordenação dos movimentos, dificuldades na marcha, perda de visão, visão dupla, tonturas / vertigens e dificuldades no controlo da urina. Para além destes sintomas de origem focal, é muito frequente a ocorrência de fadiga, sintomas depressivos e perda de funções cognitivas.

Combinação de fatores

As causas da EM não são ainda conhecidas. Os dados disponíveis sugerem que a EM resulta de uma combinação adversa de vários fatores genéticos e ambientais. A infeção pelo vírus Epstein-Barr, baixos níveis de vitamina D, tabagismo, obesidade e o trabalho por turnos são alguns dos fatores de risco de natureza ambiental que, face a uma suscetibilidade genética podem contribuir para aumentar o risco de desenvolver doença.

Como não existe nenhum teste específico para confirmar a doença, o diagnóstico de EM é estabelecido pela conjugação de dados clínicos e dos resultados da Ressonância magnética, tendo como base critérios que estão estabelecidos internacionalmente.

A suscetibilidade genética para a doença traduz a presença de características do ADN que podem estar presentes em outros membros da família. É reconhecida a existência de alguma agregação familiar – cerca de 20% dos portadores de EM têm um familiar afetado -, não se identificando contudo um padrão de transmissão.

O risco de um familiar vir a desenvolver EM é, de um modo geral, proporcional à quantidade de informação genética partilhada com o doente (grau de parentesco). Os filhos de um portador têm um risco de desenvolver a doença 15 a 40 vezes superior à população normal. Todavia, se atendermos que a prevalência da EM é baixa (Portugal 0.7 a 0.8/ 1000) esse risco relativo para os descendentes é de 10 a 32/1000, o que é pouco significativo e não deve interferir no planeamento familiar.

Doença evolui por surtos

Em cerca de 75-80% dos casos a doença evolui por “surtos-remissão”. O surto representa o aparecimento de sintomas de novo pela ocorrência de novas lesões no sistema nervoso; após algumas semanas estas manifestações tendem a regredir (remissão), podendo contudo deixar sequelas definitivas. Com a evolução da doença e a repetição de surtos tendem a acumular-se os défices e a consequente incapacidade.

Após 15-20 anos de evolução, cerca de 50% dos doentes começam a apresentar formas progressivas – agravamento lentamente progressivo dos défices (“secundária-progressiva”).

Num pequeno grupo de doentes a doença tem desde o início um curso progressivo, com ou sem surtos – formas “primárias-progressivas”.

Nas últimas duas décadas registaram-se avanços notáveis no tratamento da EM. Atualmente dispomos de mais de uma dezena de fármacos que, ao atuarem nas alterações imunológicas presentes na doença, permitem modificar o seu curso reduzindo a ocorrência de surtos e a evolução para formas secundárias-progressivas.

É importante que o tratamento seja iniciado precocemente e que seja ajustado de acordo com a evolução da doença. A par da eficácia estes fármacos trouxeram também alguns problemas de segurança. A complexidade do tratamento da EM aumentou significativamente e é crucial que todos os doentes sejam acompanhados regularmente em consultas especializadas.

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Segurança, Automação e Eficiência em debate num evento internacional promovido pela GS1
A GS1, rede global que promove a eficiência ao longo de toda a cadeia de valor na qual está incluída, a nível local, a GS1...

Uma das sessões de maior destaque foi subordinada ao tema Pharmaceutical Regulation Spotlight, em que foram apresentados casos de sucesso da implementação de uma identificação única para a rastreabilidade no combate à falsificação de medicamentos e dispositivos médicos.

No caso da World Federation of Hemophilia, Georgios Ampartzidis explicou que todos os produtos doados à instituição têm um número de identificação, que permite rastreá-los em qualquer ponto da cadeia de valor. “Todos os movimentos são registados através de uma aplicação, que permite que todos tenham visibilidade de onde está cada produto”, esclareceu. Além disso, “se um produto atinge a data de validade, uma mensagem é enviada para o local onde o produto está, com um alerta. Da mesma forma, quando um produto é administrado, fica registado na aplicação quando e onde teve lugar essa administração. A aplicação permite a rastreabilidade completa de todos os produtos”, concluiu.

Sobre os beneficíos desta partilha, transparência e interoperabilidade dos dados, Georgios Ampartzidis destacou: “uma maior visibilidade e confiança, dados em tempo real, melhor gestão do stock, diminuição do risco de mercado negro e de falsificação de produtos e a redução da necessidade de controlo manual e dos custos de auditoria”. Embora estas vantagens sejam reconhecidas, “os utilizadores finais, nomeadamente, alguns médicos, pessoal de enfermagem e administradores hospitalares vêm este processo como uma tarefa adicional indesejada”, concluiu.

Na sessão Helping Healthcare emerge smarter: What does the future of healthcare need to consider?, especialistas do setor refletiram sobre de que forma podem os standards globais, combinados com os avanços tecnológicos, gerar mudanças impactantes, não só para o paciente, como para o corpo clínico e o próprio sistema de cuidados de saúde.

William Smart do Dedalus Group explicou que “as empresas já fizeram muito, mas ainda há outro tanto a ser feito no setor de saúde no que diz respeito à tecnologia. Um dos maiores desafios que o setor enfrenta é a capacidade de fazer convergir as múltiplas dinâmicas da indústria numa solução que assegure a interoperabilidade dos vários elos da cadeia de valor”.

 Já Paul Coplan, da Johnson & Johnson, destacou a importância da recolha de dados reais sobre dispositivos médicos para aplicação em ensaios clínicos. “A inclusão de UDI - Unique Device Identifiers em bases de dados de saúde melhora e facilita a investigação sobre segurança, eficácia e qualidade de dispositivos médicos”, explicou. Paul Coplan alertou ainda que, para isso, são necessárias “novas soluções para incluir UDI nessas bases de dados”.

Eric Hans Eddens do International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM), na sua intervenção, falou sobre a importância da rastreabilidade de dispositivos médicos e da qualidade dos dados recolhidos não só para alcançar a melhor eficiência, mas sobretudo para reduzir custos ao longo de toda a cadeia de valor. “O valor real está na oportunidade de reunir todas as informações, que conduzirão a uma boa relação custo-benefício”, concluiu.

Ainda nesta sessão ficou claro que todos os intervenientes acreditam que ter uma linguagem global, através de standards como os da GS1, que seja implementada de forma correta, é uma mais valia para todo o setor da saúde, desde o fornecedor ao paciente.

Na sessão How do digital technology and global standards improve clinical outcomes? especialistas debateram como podem standards globais trazer dados relevantes sobretudo num setor em constante e rápida mudança. Os intervenientes do painel acreditam que estes dados poderão ajudar líderes do setor da saúde a tomarem decisões informadas e apoiar as equipas médicas para proporcionarem um melhor serviço e melhores resultados.

Alberto Sanna, Diretor do San Raffaele Hospital, em Itália, partilhou o caso de sucesso implementado através de um sistema denominado Medication Management Platform. “Esta plataforma garante a rastreabilidade e monitorização de produtos médicos através de um veículo que retira medicamentos de forma automática de um dispensário, assegurando o total controlo e segurança dos produtos administrados”, explicou. Alberto Sanna relatou ainda as principais vantagens da implementação de um sistema deste género, entre as quais se destacam “a rapidez e segurança da operação, visibilidade da tarefa em tempo real e uma gestão otimizada do stock de produtos”.

Ao longo de três dias, o evento contou com mais de 700 participantes de 85 países que quiseram perceber como podem os standards GS1 ajudar a melhorar os resultados clínicos e processos de abastecimento, de que forma estão a ser utilizados ​​para garantir a segurança da cadeia de valor e obter insights sobre regulamentos importantes neste setor.

Como tratar uma infeção viral
Apresentando diversas formas clínicas, as verrugas são resultado de uma infeção viral e podem surgir

No que diz respeito ao aparecimento das verrugas, é importante falar sobre o seu agente etiológico: o vírus do papiloma humano (HPV). Este é um vírus muito frequente, que engloba mais de 200 vírus relacionados, responsável por um elevado número de infeções. A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como as verrugas, sendo estas as manifestações mais características e frequentes da infeção por HPV. No entanto, existem vírus considerados de alto risco, pela maior probabilidade de provocarem lesões persistentes e de estarem associados a lesões pré-cancerosas.

As verrugas podem localizar-se em qualquer ponto da pele e ainda nas mucosas, distinguindo-se pela sua localização e/ou morfologia e pelo tipo de HPV. Relativamente às verrugas plantares, estas têm um formato redondo ou irregular e podem causar dor ou dificuldade a caminhar, principalmente, quando se encontram nas zonas de pressão do pé, devido à tensão exercida pelo peso do corpo.

Mais frequentes em crianças e adolescentes, as verrugas plantares podem ser transmitidas entre pessoas que frequentem os mesmos espaços sem proteção ou calçado, mas também por contacto direto e pelo contacto com objetos contaminados. Estas lesões cutâneas desenvolvem-se quando o vírus entra no organismo, parasitando as células da epiderme e conduzindo a um aumento da sua proliferação, multiplicando-se nas camadas mais superficiais. O vírus penetra na pele, geralmente, através de pequenos cortes, feridas, arranhões (que funcionam como portas de entrada) ou quando existem soluções de continuidade traumáticas da parte superior da epiderme, motivo pelo qual as verrugas são mais comuns nas zonas de traumas. A infeção é também favorecida por estados em que o sistema imunitário se encontra com poucas defesas. No entanto, é possível que passem meses até ao surgimento da verruga, após a infeção, uma vez que o vírus pode permanecer em incubação e manifestar-se depois desse período.

Em relação à sua aparência, com um tamanho variável, as verrugas plantares caracterizam-se por serem saliências duras, ao estarem circundadas por um anel de pele espessa, podendo apresentar uma superfície áspera, um aspeto esbranquiçado ou mais escuro e, normalmente, pequenos pontos negros (capilares trombosados) ao centro. Apesar de se confundirem, muitas vezes, com calosidades, por apresentarem uma pequena formação queratosa, podem ser distinguidas pela tendência de sangramento em pequenos pontos, quando rompida a sua superfície.

O seu contágio é mais comum em ambientes quentes e húmidos, como piscinas, balneários e ginásios, dado que a humidade tende a amolecer a pele, facilitando a entrada do vírus, pelo que o excesso de transpiração pode também beneficiar o desenvolvimento das verrugas. Face aos fatores de risco, a adoção de um comportamento preventivo é fundamental para evitar as verrugas plantares: deve-se assim utilizar chinelos em locais públicos e húmidos; não devem ser partilhadas toalhas, calçado, meias, corta-unhas e outros utensílios/objetos pessoais; deve ser evitado o contacto direto com as verrugas, uma vez que estas podem também disseminar-se para outras partes do corpo; sendo imprescindível uma correta e diária higiene do pé, o que inclui uma secagem eficaz sem fricção. A vigilância é também um ponto central, dado que, em caso de suspeita, é importante certificar-se que os seus familiares utilizam calçado em casa, de modo a evitar que toda a família entre em contacto com o HPV.

Devido ao risco de transmissão e possível aparecimento de novas verrugas, esta patologia não deve ser tratada em casa, sendo crucial um acompanhamento podológico adequado e especializado. Além disso, uma vez que a opção de tratamento deverá ter em conta a localização da verruga plantar e as suas características, um diagnóstico correto, que se baseia no exame da pele e da verruga, é essencial.

Em várias áreas, têm vindo a ser introduzidas novas técnicas com o propósito de oferecer soluções mais eficazes, algo também notório na Podologia, que tem procurado inovar os seus procedimentos e equipamentos. O laser terapêutico tem sido utilizado como um tratamento alternativo e não invasivo, com o objetivo de estimular a regeneração celular e acelerar os processos de cicatrização, apresentando resultados ao nível da redução da dor, bem como do inchaço e vermelhidão. No tratamento das verrugas localizadas na planta do pé, a laserterapia atua no sentido de eliminar o vírus causador desta patologia, sendo necessária apenas uma sessão de laser para a sua extração.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo de João Almeida, docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), mostra que...

Após um estudo realizado nas imediações (até uma distância máxima de 15 quilómetros) de três parques eólicos do distrito de Leiria – Cela (Alcobaça), Marvila (Batalha) e Chão Falcão (concelhos de Batalha e Porto de Mós) – João Almeida concluiu que “a distância não é um fator relevante na redução dos níveis de ruído, em especial dos infrassons e do ruído de baixa frequência”. O impacto pode, no entanto, ser afetado pela velocidade do ar: quanto maior a velocidade do ar, maior a pressão sonora. O perfil do terreno, a existência de grutas, a proximidade à costa e a existência de florestas são outros fatores com influência na propagação do ruído.

Apesar dos avanços tecnológicos, as turbinas eólicas ainda produzem infrassons resultantes da sua mecânica e aerodinâmica, assim como infrassons de ruído e baixa frequência, que podem afetar a qualidade de vida das populações humanas e animais. Este impacto pode ser dividido em duas categorias: uma mais ligeira, que se caracteriza por mal-estar geral e prolongado, com dores de cabeça, dificuldade em dormir, falta de concentração ou irritabilidade, entre outros sintomas; e outra mais grave, com problemas pulmonares (muita tosse e dificuldade em respirar), apneias, arritmias cardíacas ou espessamento do pericárdio, a dupla membrana que envolve o coração.

“É importante adotar medidas de gestão territorial tomando em conta a proteção da saúde pública, particularmente na instalação de parques eólicos a distâncias consideradas seguras, incluindo os infrassons e o ruído de baixa frequência em estudos de impacte ambiental”, aponta João Almeida, alertando para "um lapso na legislação portuguesa", que não prevê a medição e análise de infrassons nos estudos de impacto ambiental necessários à instalação de parques eólicos.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 3.000 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 13 mortes em território nacional. O...

A região Lisboa e Vale do Tejo foi e o Algarve foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: quatro cada, em 13. Segue-se a região Norte com dois óbitos a assinalar nas últimas 24 horas e o Alentejo com uma morte.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.898 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 937, seguida da região Norte com 914 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 599 casos na região Centro, 97 no Alentejo e 237 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 91 infeções, e os Açores com 23.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 916 doentes internados, mais 75 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais 12 doentes internados, desde o último balanço: 128.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.025 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.078.708 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 57.638 casos, mais 1.860 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.805 contactos, estando agora 69.610 pessoas em vigilância.

Apresentação da obra durante uma conferência no dia 6 de dezembro
A LIDEL apresenta o livro “Humanização em Cuidados Paliativos”, coordenado pelos especialistas Abel García Abejas, e Cristina...

Os coordenadores fundamentam que a publicação desta obra faz todo o sentido “No contexto atual, em que a Pessoa como sujeito único e irrepetível tem cedido espaço à Pessoa como objeto, é essencial e necessário fazer-se uma reflexão sobre o conceito de humanização em cuidados paliativos, onde o respeito pelo princípio de autonomia é fulcral na tomada de decisões focadas no cuidar” (In descrição).

Nesta obra, com uma abordagem integradora de várias áreas do saber, são desenvolvidos aspetos importantes para a necessária humanização do cuidado, como o controlo de sintomas, o sofrimento social e a pessoa doente em todas as suas dimensões, lançando desafios aos novos paradigmas da relação das equipas de cuidados paliativos com cada Pessoa. Assim, destina-se às equipas de cuidados nas diferentes áreas envolvidas, estudantes, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas: é um manual para uma equipa multidisciplinar, inter e intradisciplinar, que nos convida à humanização do cuidar.

Os principais conteúdos abordados em “Humanização em Cuidados Paliativos” são: Aspetos psicossociais e antropológicos; Cuidados paliativos na comunidade; Qualidade de vida individual e plural; Gestão de sintomas: Dor; Caquexia, anorexia e fadiga; Distúrbios do sono; Sintomas digestivos e respiratórios; Cuidados paliativos pediátricos; Cuidados sociais e espirituais e redes de suporte; Ética e tratamento responsável em fim de vida.

No evento de apresentação do livro, que terá transmissão em direto, para além dos coordenadores da obra, participará Isabel Galriça Neto, Diretora na Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos do Hospital da Luz e Alexandra Ramos Cortês, Assistente Social no Centro Hospital Universitário Lisboa Norte EPE. A moderação estará a cargo de Jorge Lopes da Costa, professor auxiliar convidado no ISCSP-ULisboa.

 

Cuidados para a saúde da visão
Vera Carneiro, anterior membro da Direção da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria e Doutoranda em Optometria e...

É vencedora do prémio Eye Health Hero 2020, na categoria de Change-Maker, com formação em Promoção do Acesso a Cuidados para a Saúde da Visão, pelo World Council of Optometry e Brien Holden Vision Institute, em Cegueira Global: Planeamento e Gestão de Serviços de Saúde da Visão pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e em Fortalecimento de Sistemas de Saúde pelo Instituto de Saúde Global Nossal da Universidade de Melbourne, foi até Outubro de 2020 responsável pelos assuntos regulamentares e legislativos da APLO.

A portuguesa está a contribuir para a implementação das recentes recomendações e iniciativas da Organização Mundial de Saúde e Nações Unidas, relativas aos cuidados para a saúde da visão que fazem antever importantes mudanças na prestação destes cuidados. Em Novembro de 2020, foi adotada na 74.ª Assembleia Mundial da Saúde, a Resolução ‘Cuidados para a saúde da visão integrados e centrados nas pessoas, incluindo deficiência visual e cegueira evitável' (sigla em inglês IPEC); posteriormente, em Maio de 2021, foram endossadas as metas globais de aumento de cobertura efetiva para catarata e erro refrativo e em Julho de 2021 foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a Resolução ‘Visão para Todos; acelerar ações para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável’. Portugal está entre os países que mais pode beneficiar das recomendações da Organização Mundial de Saúde, no que diz respeito aos cuidados para a saúde da visão. A prestação de cuidados para a saúde da visão, integrados e baseados em sólidos cuidados primários, com a integração dos Optometristas, é a resposta às necessidades dos Portugueses, baseada em evidência e nos recursos existentes em Portugal.

“Lutadora incansável pelo direito ao acesso para a saúde da visão, com a qualidade e com a segurança que os Portugueses merecem, é com enorme orgulho que os Optometristas e todos os Portugueses lhe desejam as maiores felicidades na sua nova missão, desta vez, ao serviço do mundo”, escreve em comunicado a APLO - Associação de Profissionais Licenciados de Optometria.

 

Bolsa de 15 mil euros para distinguir melhor projeto de investigação
O prazo de candidaturas à bolsa de investigação sobre leucemia mieloide crónica (LMC), promovida pela Associação Portuguesa...

A história da LMC sofreu importantes mudanças nas últimas décadas com a introdução de novas opções terapêuticas. Atualmente, é cada vez maior o número de pessoas que vive com esta doença. Por outro lado, a esperança média de vida dos doentes também tem crescido. Com efeito, os desafios da doença passam hoje pelo impacto na qualidade de vida dos doentes.

Foi neste contexto que foi criada a Bolsa de Investigação em LMC, resultado de uma parceria entre a APCL, a SPH e a Novartis, com o intuito de aprofundar o conhecimento da doença. Podem candidatar-se todos os projetos de investigadores nacionais ou estrangeiros, a trabalhar em instituições portuguesas, e com formação profissional e/ou académica superior. Serão valorizados projetos de caráter multidisciplinar e de colaboração e parceria entre várias instituições, nomeadamente com associações de doentes.

O regulamento pode ser consultado no site oficial da APCL e as candidaturas devem ser enviadas para o email da APCL [email protected], associação responsável pela aceitação e gestão das mesmas.  

Por ano, surgem cerca de 1-1,5 novos casos de LMC por 100.000 habitantes. Em Portugal estima-se que surjam cerca de 100-150 novos casos por ano. Esta patologia, que representa cerca de 15% do total de todas as leucemias, é ligeiramente mais frequente no sexo masculino e, apesar de poder aparecer em qualquer idade, é mais frequentemente diagnosticada entre os 50-60 anos de idade.

A LMC é uma doença tumoral da medula óssea em que as células estaminais, já mais diferenciadas, os mieloblastos, se multiplicam e amadurecem de forma autónoma. Esta alteração conduz ao aparecimento de um elevado número de glóbulos brancos (leucócitos), particularmente os neutrófilos, na medula e no sangue periférico.

Task Force da Testagem
Portugal realizou cerca de 117 mil testes à Covid-19 na última terça-feira. Este foi o novo máximo de testes num só dia desde o...

Em comunicado, o grupo de trabalho para a promoção do Plano de Operacionalização da Estratégia de Testagem para SARS-CoV-2 em Portugal lembra que estes dados não incluem os autotestes.

“Este número reflete o esforço de testagem levado a cabo em Portugal desde março de 2020”, refere a task force, recordando que, até agora, o dia de maior número de testes realizados tinha ocorrido a 21 de abril deste ano, com cerca de 98 mil testes.

Em termos gerais, a 26 de novembro, o país tinha atingiu a marca de 21 milhões de testes à Covid-19, e só neste mesmo mês se realizaram cerca de 1,5 milhões de testes de diagnóstico, com uma média diária que rondou os 50 mil testes.

No que diz respeito à tipologia de testes, realizaram-se até à data cerca de 15 milhões de testes TAAN/PCR e aproximadamente 6,3 milhões de TRAg de uso profissional (testes de antigénio), num total de 21,4 milhões.

Desde o dia 19 de novembro que os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação voltaram a ser gratuitos.

A medida, que abrange agora toda a população, “pretende reforçar a proteção da saúde pública e o controlo da pandemia Covid-19 e vigora até 31 de dezembro”, refere a task force.

No comunicado, o grupo de trabalho lembra que a “reativação do regime excecional e temporário de comparticipação visa contribuir para a deteção e isolamento precoce de casos, prevenir e mitigar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 nos serviços de saúde e nas populações vulneráveis, assim como reduzir e controlar a transmissão da infeção por SARS-CoV-2 e monitorizar a evolução epidemiológica da Covid-19”.

 

5 mil euros cada
Proporcionar momentos de descanso a quem cuida; apoiar as famílias das crianças com cancro; reconhecer e ajudar os jovens...

Prémios que distinguem iniciativas levadas a cabo por instituições cuidadoras, num reconhecimento do trabalho de quem se dedica a cuidar, isto num País onde se estima que mais de um milhão de pessoas desempenhem a missão de cuidador informal, sendo que apenas algumas (poucas) têm apoios que facilitem uma tarefa considerada essencial para a sustentabilidade dos serviços de saúde. Aos cinco vencedores foi atribuído o valor de 5.000 €, sob a forma de donativo, para o desenvolvimento e implementação dos seus projetos.

Marta Gonzalez Casal, diretora-geral da Teva Portugal, refere que ”na grande maioria das ocasiões não nos lembramos dos cuidadores e da extrema importância que eles têm na nossa sociedade, apesar de, nalgum momento, todos nós termos sido, ou podermos vir a ser, cuidadores. Em Portugal existem quase um milhão e meio de cuidadores informais, que são pouco reconhecidos e com uma carga emocional e de trabalho muito elevada. Por tudo isto, sinto-me especialmente orgulhosa de apresentar os Prémios Humanizar a Saúde em Portugal, que têm como objetivo reconhecer, dar visibilidade e ajudar financeiramente 5 projetos, dos mais de 20 que nos foram apresentados nesta primeira edição (e que diariamente realizam uma obra tão louvável). Cuidar é um dos valores da TEVA e queremos que, anualmente, os projetos desenvolvidos em Portugal vejam a TEVA como um parceiro que também pretende cuidar deles”.

Porque cuidar é, na maioria dos casos, uma tarefa a tempo inteiro, que desgasta, que cansa, que exige, há cinco anos que a Associação Cuidadores implementa o projeto Breves Pausas para Descanso do Cuidador, um serviço inovador e específico que disponibiliza visitas semanais/quinzenais de voluntários às pessoas cuidadas, nas suas casas, permitindo o acesso ao descanso do cuidador informal.

Uma iniciativa agora reconhecida pela sua importância através dos Prémios Teva, também atribuídos à Casa Acreditar do Porto, uma instituição que acolhe, de forma gratuita, as famílias de crianças com cancro que vivem longe dos hospitais onde os seus filhos são tratados. Uma Casa organizada para os pais que cuidam, para que possam reorganizar a sua vida face à nova realidade imposta pelo cancro, com apoio social e emocional.

Porque cuidar é uma missão também abraçada pelos mais jovens, e que os pode colocar em risco físico e mental, de pobreza e exclusão social, o projeto Jovens Cuidadores, promovido pela Cuidadores Portugal, destina-se a apoiar estes jovens. Um trabalho, resultado de uma parceria com o Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPDJ), desenvolve respostas personalizadas e integradas, envolvendo diversos setores, como saúde, juventude ou educação, que conquistou um dos Prémios Teva.

Prémio também atribuído a dois outros projetos: os Cuidados Domiciliários Pediátricos, desenvolvidos pela Fundação do Gil, que acompanha crianças e jovens com doença crónica complexa, numa parceria com seis Hospitais Centrais, quatro na Grande Lisboa e dois no Grande Porto e que, com uma equipa multidisciplinar, proporciona às crianças cuidados ajustados às suas necessidades, bem como às das suas famílias; e o projeto "Viver Novamente", que implementa uma abordagem inovadora, multidisciplinar e única, desenhada com e para pessoas com traumatismo crânio-encefálico, em resposta à urgência de cuidados de saúde e sociais adaptados ao indivíduo.

Os projetos foram selecionados de entre 24 candidaturas e os prémios entregues em Lisboa, no dia 26, numa cerimónia que decorreu na Fundação Champalimaud.

 

Uma em cada quinze pessoas que vive com VIH não se encontra diagnosticada
Desde o lançamento do 1º autoteste para a deteção do vírus da imunodeficiência humana (VIH), que mais de 7000 pessoas já o...

Este é um contributo importante para o alcance das metas 95-95-95 estabelecidas pelo programa conjunto das Nações Unidas sobre VIH e SIDA (ONUSIDA) que propõe até 2030 que 95% das pessoas que vivem com VIH sejam diagnosticadas, 95% das pessoas diagnosticadas estejam em tratamento antirretroviral e que 95% das pessoas em tratamento se encontrem com carga viral indetetável. A ONUSIDA sublinha a necessidade de realização de um maior número de testes de VIH. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que o autoteste é uma forma inovadora de alcançar mais pessoas que desconhecem que vivem com VIH e recomenda a sua utilização.

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas que vive com VIH/SIDA por diagnosticar está a aumentar na Região Europeia da OMS, sendo que mais de metade dos diagnósticos (53%) acontece numa fase tardia da infeção, quando o sistema imunitário já começou a falhar. Em Portugal, e segundo o Relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2020, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Direção-Geral da Saúde (DGS), também é muito elevada a percentagem de portugueses diagnosticados tardiamente (49,7%). Sendo que a maioria dos diagnósticos tardios foram observados em homens heterossexuais (67,3%). Neste momento, no mundo, cerca de 50% das pessoas que vivem com VIH são diagnosticadas tardiamente e 7,1 milhões de pessoas infetadas não sabe que está, o que adia o acesso ao tratamento, além do risco de transmissão da infeção a novas pessoas. Uma em cada quinze pessoas que vive com VIH não se encontra diagnosticada e um terço das mortes por VIH deve-se ao atraso no diagnóstico.

O acesso ao autoteste é fácil (disponível nas farmácias), a sua utilização é simples, rápida e fiável (resultados em 15 minutos / deteção de uma infeção VIH que tenha ocorrido há pelo menos 3 meses), cómoda, e sobretudo anónima, o que constitui, por si, um aspeto essencial para a adesão ao teste.

 

Fundo lançado pela farmacêutica portuguesa ajudou dezenas de instituições e iniciativas
O fundo lançado pela BIAL para apoiar diversas iniciativas da comunidade no âmbito do combate à pandemia COVID-19 distribuiu...

Ao longo do último ano e meio, as verbas foram distribuídas por várias instituições e iniciativas, tendo em conta a evolução da pandemia e as necessidades mais urgentes, seja no sector da saúde e social, como também na vertente da educação ou em campanhas de sensibilização para a população em geral. 

José Redondo, Administrador da BIAL responsável pela gestão do Fundo, sublinha que “travámos, e ainda que numa escala diferente continuamos a travar, uma batalha de âmbito global. Face à crise pandémica que afetou o mundo, mobilizámos recursos para dar resposta à pandemia em diferentes frentes. É gratificante ver a materialização do compromisso que assumimos logo no início da pandemia, o contributo que aportámos a diferentes movimentos de solidariedade e de união que, felizmente, foram sendo criados e o impacto que o Fundo teve na sociedade a diferentes níveis no combate à Covid-19”. 

Entre os vários apoios concedidos pelo Fundo da BIAL estão a oferta de equipamentos de proteção individual, esgotados durante meses no início da pandemia, e a aquisição de materiais e equipamentos de apoio aos cuidados de saúde, nomeadamente ventiladores.  

Na área da educação, BIAL enfatiza a oferta de computadores a escolas, possibilitando que o ensino à distância fosse uma realidade para vários alunos, e a concessão de bolsas de estudo, que permitiram que estudantes de famílias mais afetadas pelos efeitos da pandemia pudessem continuar os seus percursos académicos.  

BIAL associou-se também a diferentes entidades e instituições, participando em campanhas de recolha de donativos monetários e de equipamentos, nomeadamente o movimento “Todos por quem cuida”, promovido pela Ordem dos Médicos e a Ordem dos Farmacêuticos com o apoio da Apifarma, assim como em campanhas de sensibilização e educação sobre a Covid-19. 

Numa outra vertente, o fundo da BIAL contribuiu ainda para a realização de programas de rastreios de imunidade e realização de testes para o diagnóstico do SARS-Cov-2, para apoiar estudos e projetos de investigação sobre a Covid-19, colaborações com sociedades médicas e associações de doentes no desenvolvimento de programas, webinars e outros conteúdos críticos para que muitos pacientes conseguissem gerir as suas doenças no contexto da Covid-19.  

Probióticos ajudam a prevenir as infeções respiratórias
As doenças respiratórias agudas das crianças, muito frequentes nesta altura do ano, devem ser prevenidas com recurso ao reforço...

“O outono-inverno é uma altura do ano caracterizada por um ambiente frio e húmido, condições estas que são perfeitas para a multiplicação e transmissão dos vírus respiratórios. Em Portugal, entre outubro e março, os vírus aproveitam-se destas condições climatéricas e criam um verdadeiro exército patogénico!”, explica o médico do Centro Hospitalar e Universitário do Porto e professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. 

Acrescenta, por outro lado, que “as famílias frequentam mais espaços fechados, aumentando a propagação das doenças respiratórias infeciosas”. E sublinha que, entre as crianças, “os infantários, as creches e as escolas têm exatamente estas condições necessárias para uma maior propagação destas infeções”. 

A razão para um grande aumento das infeções respiratórias baseia-se num ciclo que começa com a diminuição das temperaturas e aumento da humidade, criando condições ideais de multiplicação e sobrevivência vírica. Essas condições climatéricas levam muitas pessoas a procurarem espaços fechados e quentes. “Os vírus vão multiplicar-se com maior intensidade, alojando-se nas gotículas em suspensão nos espaços fechados e quentes”, salienta. A humidade nos vidros interiores das janelas é a parte visível deste fenómeno de condensação e as pessoas que convivem nesses espaços acabam por inalar estas gotículas. O pneumologista pediátrico alerta que “uma só pessoa tem a capacidade de infetar muitas pessoas”.  

Como é que os vírus atacam as vias aéreas? 

“As crianças são o grupo etário mais suscetível a sofrer destas infeções”, refere. Quando as crianças inalam uma quantidade suficiente de vírus, estes começam a atacar as mucosas. Nariz, ouvidos, garganta e pulmões podem ficar lesados, libertando secreções líquidas e transparentes. À medida que esta agressão aumenta, as secreções ficam mais espessas e com cor. Com o tempo, a mucosa começa a cicatrizar e as secreções espessas acabam por desaparecer. “Durante todo este processo o corpo reage para aumentar as defesas e eliminar detritos. Assim, aparece a febre, tosse, dor de garganta, nariz obstruído, expetoração ou mesmo falta de ar, sintomas característicos de uma nasofaringite, amigdalite, rinite, otite, laringite, bronquiolite ou pneumonia, alerta. 

Nota ainda que as infeções respiratórias agudas víricas criam condições ideais para o crescimento de “bactérias más”, sendo que “estas infeções bacterianas podem originar mais complicações e obrigam, com frequência, ao uso de antibióticos”. Explica que “as crianças mais pequenas têm tendência a fazer muitas otites bacterianas devido à facilidade com que as secreções se acumulam dentro do ouvido, aumentando o crescimento de bactérias que infetam o próprio ouvido”. Ou seja, “esta desregulação das bactérias boas e más (disbiose) que habitam as vias aéreas de uma criança faz com que as infeções respiratórias se perpetuem e se repitam vezes sem conta, num círculo vicioso”. 

Como os probióticos ajudam a prevenir as infeções respiratórias 

Apesar de não existirem tratamentos específicos para as infeções respiratórias víricas, o médico Manuel Ferreira de Magalhães revela que “surgiram nos últimos anos estratégias inovadoras de modelação das bactérias boas do corpo com a utilização de probióticos, parando o círculo vicioso de múltiplas infeções respiratórias”. 

Assim, de forma natural, é possível reforçar a imunidade contra as doenças respiratórias agudas utilizando as nossas próprias bactérias boas. “Estes probióticos são, neste momento, o presente e o futuro da prevenção das doenças respiratórias víricas nas crianças”, sublinha. 

Múltiplos estudos em todo o mundo validam a utilização de probióticos em recém-nascidos, bebés, crianças e adolescentes, principalmente na redução do número de infeções respiratórias, no número de otites, de dias que as crianças estão doentes durante o inverno, no número de dias que faltam às aulas, ao mesmo tempo que levam a uma menor utilização de antibióticos. 

O que nos dizem os estudos? 

De acordo com o especialista em doenças respiratórias pediátricas, os dois probióticos mais estudados para proteger as crianças destas infeções respiratórias são o Lactobacillus rhamnosus GG e o Bifidobacterium lactis. “Especificamente em lactentes, num ensaio clínico publicado em 2011 verificou-se que a suplementação com B. lactis reduziu significativamente (-31%) a ocorrência de infeções respiratórias agudas. Já em 2014, um estudo verificou uma redução na infeção por rinovírus em recém-nascidos prematuros que foram suplementados com L. rhamnosus GG (-50%), revela. Acrescenta que, num outro ensaio clínico publicado em 2012, “verificou-se que as pessoas que foram suplementadas com B. lactis durante seis semanas tiveram uma melhoria na resposta de defesa imune (+65%) quando contactaram com o vírus da gripe (influenza). 

Posteriormente, um ensaio clínico publicado em 2013 mostrou que a suplementação de jovens universitários com B. lactis + Lactobacillus rhamnosus reduziu de forma significativa a duração (-2 dias) e a gravidade (-34%) das infeções respiratórias superiores, com consequente redução no tempo que precisaram de faltar às aulas. 

Por isso, o pediatra conclui que a suplementação poderá ter um importante papel na prevenção das infeções respiratórias agudas tão frequentes, na idade pediátrica, sobretudo nos grupos etários mais jovens e/ou imunologicamente mais suscetíveis às infeções virais e bacterianas, o que neste período de pandemia se torna ainda mais relevante do ponto de vista clínico. 

Gastos são reflexo de "mau planeamento e falta de recursos", diz Sindicato dos Enfermeiros - SE
Os gastos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com o pagamento de horas extraordinárias nos primeiros nove meses do ano permitiam...

"Estes dados refletem aquilo que é a realidade do SNS: falta planeamento, faltam recursos humanos e, em particular, enfermeiros", refere Pedro Costa. Para o presidente do SE, “a carência de enfermeiros, bem como de outros profissionais da área da Saúde, é uma ferida do SNS que ficou ainda mais exposta com o combate à pandemia de COVID-19”. “Com os gastos que ano após ano o Estado tem feito com o pagamento de horas extra aos enfermeiros, já poderiam ter sido contratados mais recursos, com fortes ganhos para o SNS, a longo prazo”, frisa.

No entender do presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, "são recursos que ficam nos quadros, que se integram nas equipas e que vão adquirindo uma experiência que permite melhorar os cuidados de saúde prestados, tornando-se mais eficientes", afiança Pedro Costa.

“Infelizmente, sucessivos governos têm preferido pagar horas extra, contribuindo para um desgaste cada vez maior dos enfermeiros e demais profissionais de Saúde”, salienta Pedro Costa. O presidente do SE afirma que “não é por uma questão monetária que os profissionais de saúde fizeram mais de cinco milhões de horas adicionais”. “Estamos a falar de mais de 18 mil horas extra que todos os dias são feitos pelos enfermeiros portugueses em todas as unidades de Saúde do SNS por necessidades dos serviços, pelo combate à pandemia e pela vacinação contra a COVID-19”, acrescenta Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE deixa um desafio ao Governo: “Em vez de abrir concursos para enfermeiros que vão durar anos e anos até ficarem concluídos, o Governo deveria dar autonomia suficiente às administrações hospitalares e às Administrações Regionais de Saúde para contratar mais enfermeiros no mais curto espaço de tempo”. “A médio e longo prazo é o SNS que ganha e sobretudo todos os portugueses com o acesso a cuidados de saúde que, de outra forma, estão racionados pela escassez”, conclui.

 

Lançado no âmbito do Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla
“Alguém que me Explique” é o título do novo programa de podcasts lançado pela Sanofi Genzyme do âmbito do Dia Nacional da...

O podcast é apresentado por Joana Gama (humorista, radialista, blogger e apresentadora), terá um conjunto de 5 episódios, cada um focando um tema chave para a comunidade de EM (Origem da patologia, Família, Trabalho, Atrofia Cerebral…), contando ainda com a participação de médicos, pessoas com esclerose múltipla, cuidadores, amigos e representantes de Associações de Doentes.  Conheça aqui a iniciativa e escute desde já o episódio 0 desta série: https://www.emonetooneportugal.pt/

Para Francisco del Val, General Manager da Sanofi Genzyme. “A esclerose múltipla é uma patologia que afeta milhares de pessoas em Portugal e em todo o mundo por isso é importante continuarmos a informar e a desmistificar a doença. A par da inovação no tratamento, importa também inovar na forma de comunicar com as comunidades disponibilizando informação credível e acessível num mundo digital que apoie a gestão da doença. O nosso agradecimento e reconhecimento a todos os participantes no podcast “Alguém que me explique”.

O projeto “Alguém que me Explique” conta com o apoio das associações de doentes Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e da Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM) e viverá na plataforma web “EM One to One” e nas suas redes sociais – Facebook e Instagram.

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