EMA aprova atualizações do Resumo das Características do Medicamento (RCM)
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) procedeu a uma atualização do Resumo das Características do Medicamento (RCM) para...

“A decisão da EMA de incluir evidência de mundo real do tratamento em doentes adultos no RCM de nusinersen representa uma rara distinção, que reflete o contínuo compromisso da Biogen em providenciar aos médicos informação de alta qualidade para os apoiar na decisão terapêutica na Atrofia Muscular Espinhal”, refere Rita Lau Gomes, Diretora Médica da Biogen Portugal. “Estes dados fornecem mais confiança aos médicos em relação à efetividade e segurança de nusinersen para tratar indivíduos com Atrofia Muscular Espinhal, seja qual for a idade ou o estadio da própria doença.”

Os novos dados apresentados demonstram que o tratamento com nusinersen melhorou ou estabilizou a função motora, a função dos membros superiores e a marcha em alguns adultos com Atrofia Muscular Espinhal com início tardio (nomeadamente com SMA tipo 2 e 3). Os resultados de segurança nesta coorte de adultos foram consistentes com o perfil conhecido de nusinersen e com as comorbilidades associadas à doença subjacente. A efetividade de nusinersen em adultos é ainda demonstrada por uma meta-análise independente recentemente publicada, e que concluiu que a melhoria da função motora pode ser observada numa ampla faixa de indivíduos com Atrofia Muscular Espinhal tipo 2 e tipo 3 durante um período de observação de 10 a 14 meses.

Adicionalmente, a nova atualização do RCM inclui algumas orientações para os médicos prescritores de como ajustar o esquema posológico de nusinersen no caso de um doente falhar ou precisar de adiar o tratamento devido ao impacto da COVID-19 ou outras circunstâncias. Nos últimos dois anos, a pandemia causada pela COVID-19 interferiu nos tratamentos previstos para alguns doentes com Atrofia Muscular Espinhal quando os hospitais tiveram de alterar alguns dos seus protocolos e procedimentos.

Nesse sentido, a EMA aprovou informação adicional no RCM indicando que, se um doente falhar uma dose de carga ou de manutenção de nusinersen, o esquema posológico deve ser ajustado para restaurar os níveis do medicamento para os esperados caso não houvesse interrupção do tratamento.

A EMA aprovou ainda a remoção do triângulo preto invertido da rotulagem de nusinersen, em linha com outros medicamentos que demonstraram dados de segurança consistentes ao longo de cinco anos.

Estudo
Um estudo pioneiro, avaliou retrospetivamente mais de 5 mil doentes do Reino Unido que utilizaram cateteres intermitentes....

A recorrência de infeções do trato urinário é um dos principais problemas enfrentados. A utilização de técnicas e produtos adequados é essencial para melhorar a segurança das pessoas com disfunções do trato urinário.

Os cateteres são pequenos “tubos” que precisam de ser inseridos na uretra. Para que seja mais fácil a sua introdução, podem ser revestidos com produtos específicos. Há dois tipos de cateteres revestidos no mercado, o cateter pré-lubrificado e o cateter hidrofílico. Este estudo demonstrou que há diferença na ocorrência de ITUs de acordo com o tipo de cateter usado, uma conclusão importante para quem utiliza diariamente estes dispositivos.

As disfunções miccionais atingem pessoas com as mais variadas patologias e lesões, como é o caso das lesões medulares. Existem diversos fatores que contribuem para a retenção urinária nomeadamente: a obstrução do trato urinário, o enfraquecimento do músculo da bexiga ou complicações neurológicas. A obstrução do trato urinário pode ser sinal de doenças como hiperplasia prostática benigna, uma doença caracterizada pelo aumento de volume da próstata, que resulta na obstrução da uretra.

A empresa B. Braun, que, no âmbito do dia Mundial da Incontinência Urinária, alerta para este risco, dispõe de uma gama de cateteres leves – Actreen ® Hi-Lite – que podem ser dobrados e guardados dentro de uma bolsa discreta fornecida em cada caixa. São convenientes, uma vez que dispõem de duas opções de abertura adaptadas ao nível de destreza manual; disponibilizam o sistema “No touch”, com duas opções que permitem evitar tocar no cateter durante a utilização, prevenindo possíveis infeções.

 

 

 

A empresa de Oliveira de Frades obteve a certificação internacional que permite comercialização
A Pantest recebeu a certificação europeia que permite a comercialização dos testes de gravidez produzidos pelo laboratório...

Esta aprovação foi reconhecida pelo Conselho Europeu, após avaliação da qualidade do dispositivo médico. É o primeiro teste de gravidez produzido por uma empresa portuguesa que obtém esta certificação internacional. A licença permite à Pantest exportar para todas as farmácias da comunidade europeia. 

A Pantest prepara-se para colocar nas farmácias portuguesas e europeias, mais um teste rápido, destinado a ser utilizado pelo consumidor final e não apenas por um profissional de saúde.

De acordo com os dados da Agência Americana Data Market Forecast, o mercado dos testes rápidos de gravidez na Europa registou em 2021 um volume total de cerca de 7,1 milhares de milhões de euros, prevendo-se um crescimento de aproximadamente 4,3% até 2030.

Com a autorização de venda destes testes em farmácia, a Pantest espera um aumento do seu volume de negócios em mais de 30%, considerando que “face à dimensão do mercado português, temos condições para numa situação normal, isto é, sem pandemia, tornar Portugal autosuficiente na produção tipo de testes, evitando as atuais importações produzidas em países fora da UE, como a China. Isto ajudará a tornar o país mais resiliente a instabilidades que possam acontecer internacionalmente”, referiu Catarina Almeida, Presidente do Conselho de Administração da Pantest. “Esta certificação é uma excelente notícia para a Pantest e estamos muitos felizes com mais esta distinção que vem reforçar a qualidade dos testes da Pantest”, reforça Catarina Almeida. 

Os testes de gravidez da Pantest chegarão às farmácias portuguesas até ao final de março.

 

 

Tema será debatido na Happy Conference
O confinamento e distanciamento impostos pela pandemia de Covid-19 teve um forte impacto na saúde mental da população, com...

O ambiente de trabalho influencia a saúde mental dos colaboradores, sendo reconhecido que as empresas que promovam o bem-estar e o equilíbrio das suas equipas reduzem o absentismo, aumentam a produtividade, o que influencia diretamente os resultados económicos.

Em 2020, apenas 52% dos países membros da OMS cumpriram a meta relativa aos programas de promoção e prevenção de saúde mental, muito abaixo da meta de 80%, de acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde.

A saúde física, mental e relacional no local de trabalho e a forma como as empresas e os seus líderes podem promover o bem-estar das suas equipas será o tema em destaque na Happy Conference, uma das maiores conferências na área de liderança e desenvolvimento humano, que terá lugar em Lisboa, a 29 de março.

“O principal ativo das empresas são os seus colaboradores e a forma como estes se sentem comprometidos e envolvidos tem um impacto direto na sua produtividade. Com esta conferência, queremos promover e partilhar boas práticas e estratégias que permitam às empresas criar ambientes felizes e saudáveis. Este é um compromisso social que todos os líderes deveriam assumir”, defende Carlota Ribeiro Ferreira, CEO da WIN World, entidade promotora da iniciativa.

O evento, que conta com a participação de Antonija Pacek, Amy Bradley, Minnie Freudhental, Sofia Couto da Rocha e Felipe Gomez, propõe aos participantes uma experiência imersiva e formativa, onde serão partilhados conceitos, estratégias e ferramentas úteis à construção de organizações mais saudáveis e felizes.

Mais informações disponíveis em: www.happycorporationssociety.com.

 

Dados da pandemia
Em dois anos de pandemia, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou cerca de 980 milhões de euros em medidas de reforço à...

Este é o balanço feito pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que refere que cerca de 295 milhões de euros foram para comprar equipamentos de proteção individual e cerca de 346 milhões de euros para financiar os testes para deteção do SARS-CoV-2. No que respeita a vacinas, o SNS gastou cerca de 327 milhões de euros e para os serviços de suporte à vacinação cerca de nove milhões.

De salientar que, além destes custos, há ainda os que resultam de contratações, prestações de serviço e horas extra feitas pelos profissionais de saúde.

 

 

“Tornar-se profissional num mundo global e em mudança” é o tema desta edição
Entre os dias 14 e 17 de março, realiza-se a IV Semana da Psicologia e Educação na Universidade Portucalense (UPT), em formato...

“Conscientes que a obtenção de sucesso num mundo em rápida transformação exige, mais do que nunca, o domínio de competências académicas, pessoais e interpessoais, bem como uma atualização constante e adaptação a novos contextos e desafios, torna-se, pois, fundamental reconhecer estas mudanças para informar e desenhar trajetórias académicas e profissionais ajustadas às necessidades do mercado de trabalho”, afirma Alexandra Araújo, Diretora do Departamento de Psicologia e Educação da UPT.

A IV edição do evento conta com conferências e mesas plenárias, em que será discutida a distância ou a proximidade existente entre o que os estudantes aprendem no Ensino Superior e o que os contextos de trabalho exigem na atualidade. O programa é, ainda, enriquecido com a realização de workshops.

No dia 17, realiza-se, via zoom, o XIII Encontro Científico de estudantes de Mestrado, que contará com a apresentação e discussão de trabalhos inovadores em contexto académico e prático da licenciatura em Educação Social e de investigação de estudantes de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde, Administração e Gestão da Educação e Ciências da Educação

Pode consultar o programa aqui.

 

 

Condição está subdiagnosticada
A incontinência urinária é definida pela International Continence Society como a perda involuntária

Afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, pelo que a Organização Mundial de Saúde identificou esta patologia como um problema major de saúde pública sendo necessário sensibilizar a população para a importância de tratar esta doença. A incontinência urinária atinge cerca de 35% das pessoas com mais de 60 anos, sendo 2 vezes mais comum nas mulheres que nos homens, e a sua frequência aumenta com a idade, estimando-se que 50-85% dos idosos que residem em lares sofram desta patologia.

A pouca importância atribuída à patologia, considerada um “problema normal da idade” e o constrangimento em reportá-la podem estar na base do problema que se prende com o facto de apenas 5% dos indivíduos que apresentam sintomas de incontinência terem o diagnóstico e destes só cerca de 25% procuram ou recebem tratamento.

Tipos de incontinência e sintomas

Na verdade, não se deve falar em incontinência, mas sim incontinências, pois existem diversos tipos. A incontinência urinária é frequentemente classificada em três tipos principais: incontinência de urgência, incontinência de esforço e incontinência mista (quando ambos os tipos estão presentes).

Outros tipos incluem a enurese noturna (urinar a dormir), incontinência urinária contínua, incontinência insensível, incontinência postural e incontinência por extravasamento. Todas estas têm causas, métodos de diagnóstico e tratamento diferentes, pelo que carecem sempre de uma cuidada avaliação médica.

As circunstâncias em que a incontinência ocorre e os sintomas associados variam consoante o seu tipo. Na incontinência de esforço, a perda ocorre associada a esforços (por exemplo no contexto de tosse, um espirro, movimentos ou esforços). É típica das mulheres de meia-idade, multíparas ou submetidas a cirurgias ginecológicas, mas também pode ocorrer nos homens submetidos a cirurgia prostática. Na incontinência de urgência, a perda involuntária de urina está associada a uma súbita necessidade de urinar. Este tipo de incontinência está integrado num conjunto mais vasto de sintomas, designados de bexiga hiperativa, que se caracteriza por urgência miccional, com ou sem incontinência, normalmente associada a frequência urinária aumentada diurna e noturna. Na incontinência mista, ambos os tipos de sintomas estão presentes podendo variar a sua intensidade.

A presença de sangue na urina, a dor e a má resposta aos tratamentos são alguns dos sinais de alarme para a possibilidade de a incontinência ser secundária a doenças mais graves, nomeadamente o tumor da bexiga.

Fatores de risco e Prevenção

A incontinência urinária é um sintoma que, nas mulheres, está frequentemente relacionado com a diminuição da função dos músculos pélvicos. Fatores de risco importantes e comuns são a

gravidez e os partos por via vaginal, sobretudo traumáticos, bem como o estado de pós-menopausa. A incontinência pode igualmente associar-se a prolapso de órgãos pélvicos (bexiga, reto ou útero “descaídos”), a cirurgias pélvicas e à obesidade. Nos homens, a hiperplasia benigna da próstata e as cirurgias prostáticas estão frequentemente envolvidas.

Tanto em homens como em mulheres, outros tipos de doenças podem estar na origem ou contribuir para o agravamento da incontinência urinária - são exemplos as infeções urinárias, diabetes, insuficiência cardíaca ou doenças neurológicas. Estas últimas são responsáveis por uma percentagem significativa das incontinências difíceis de tratar e que carecem de maior atenção. O tratamento ou controlo desses fatores pode ajudar a prevenir a incontinência. São exemplos o controlo de peso, hábitos de vida saudáveis, a ginástica pré-parto e o controlo das doenças concomitantes.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é habitualmente fácil e quase sempre feito pela história clínica e pelo exame objetivo do doente, apoiados por exames simples, sendo que avaliações mais complexas reservam-se para casos complicados. Após o diagnóstico, a avaliação do impacto na qualidade de vida é um ponto crítico para a planificação da estratégia terapêutica.

A incontinência urinária tem tratamento em 85% dos casos, pelo que é essencial quebrar o tabu e a vergonha ligada a este problema e incentivar os doentes a consultar o médico. O tratamento desta patologia é muito variado e faseado. Revestem-se de particular importância os tratamentos conservadores, que devem estar sempre presentes em todas as fases da doença. Estes incluem mudanças do estilo de vida e reabilitação do pavimento pélvico (fisioterapia pélvica).

As mudanças do estilo de vida passam por alterações alimentares (evitar alimentos picantes, álcool, café, chá, bebidas gaseificadas) e treino vesical em doentes com incontinência de urgência; gestão de líquidos ingeridos; regularização da função intestinal - tratar a obstipação - e perda de peso.

A reabilitação do pavimento pélvico é utilizada para melhorar o seu suporte muscular e é efetuada com recurso a exercícios do pavimento pélvico. Os programas de reabilitação devem ser supervisionados e dirigidos por profissionais de forma a otimizar os resultados.

Como complemento aos tratamentos conservadores, existe para a incontinência de urgência e bexiga hiperativa o tratamento farmacológico (em comprimidos), que melhora os resultados. Nos casos em que não se alcança o resultado desejado, pode-se recorrer a técnicas cirúrgicas minimamente invasivas (injeção de toxina botulínica ou neuromodulação de raízes sagradas). A incontinência de esforço, quando não é possível ser tratada com medidas conservadoras, tem tratamento geralmente cirúrgico (colocação de fita para sustentação da uretra). É uma cirurgia minimamente invasiva e com elevada taxa de sucesso.

Mensagens finais

Infelizmente, a incontinência urinária é ainda um tema tabu. A maioria dos doentes não procuram avaliação médica por provável estigma social. Há inclusivamente uma franja significativa da população que acha que a incontinência urinária é “normal” a partir de certa idade e que, portanto, não há nada a fazer.

Por outro lado, muitos profissionais de saúde não estão ainda suficientemente sensibilizados para a importância e frequência desta doença, pelo que é uma condição subdiagnosticada, com um atraso de 6-9 anos no diagnóstico e tratamento.

Torna-se por isso premente alertar consciências para este problema, não só trazendo-o à discussão pública, mas também explicando que não é necessário sofrer diariamente com esta doença. Pelo contrário, há tratamentos eficazes que podem devolver qualidade de vida à maioria dos doentes que dela sofrem.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Rastreios realizados durante a Semana da Malnutrição mostram risco nutricional da população acima dos 65 anos
Os rastreios realizados na Semana da Malnutrição, que decorreu no passado mês de outubro e que pretendia averiguar o risco...

De uma amostra de 117 indivíduos avaliados, todos com mais de 65 anos, cerca de 68% são do sexo feminino, tendo a análise dos resultados dos rastreios permitido concluir que 15% acusou uma perda de peso involuntária superior a 5% nos últimos 3 meses.

A malnutrição resulta de um estado de ingestão alimentar deficitária que leva a perda de peso involuntária e a alterações da composição corporal (nomeadamente perda de massa muscular), que por sua vez contribuem para uma diminuição das funções físicas e mentais e impacta negativamente a evolução da doença. A atual pandemia agravou o risco de malnutrição em Portugal, tendo aumentado a sua incidência, sendo por isso de extrema importância alertar a população para a necessidade de diagnosticar e tratar com suplementação nutricional oral adequada a todos os indivíduos que não consigam atingir as suas necessidades nutricionais através da sua ingestão habitual.

A malnutrição existe em Portugal e é reversível com um adequado e precoce suporte nutricional.

Apesar do impacto da malnutrição ainda ser desconhecido em Portugal, os números crescem diariamente na comunidade, em especial nos idosos, que devido ao isolamento, pelo constrangimento nas visitas e imobilização, reduziram a sua ingestão alimentar. A restrição de visitas durante as refeições do almoço e jantar, tanto nos lares como nos hospitais, levou a que muitos doentes ficassem sem auxílio, e muitos reduziram o seu apetite por associação ao sentimento de tristeza ao abandono.

Também a malnutrição associada à doença é uma realidade, sendo responsável por 10 a 20% das mortes em oncologia, com 30 a 70% dos doentes oncológicos a apresentarem sinais de malnutrição, o que tem um impacto direto no prognóstico e na qualidade de vida do doente – como implicações clínicas, perda de independência e morte precoce.

A falta de acessibilidade à nutrição clínica acentua desigualdades sociais, uma vez que apenas doentes com capacidade financeira, conseguem reverter a sua malnutrição no contexto ambulatório/domicílio. Há a necessidade de alertar a urgência de reembolso e comparticipação dos suplementos nutricionais orais – proporcionando aos doentes o fácil acesso aos mesmos – sem o pagamento na sua totalidade, uma vez que Portugal é dos poucos países da Europa em que não existe qualquer tipo de reembolso dos suplementos nutricionais orais.

Distinção
A GSK – GlaxoSmithKline foi uma das organizações distinguidas na edição 2022 dos “DIT Business Awards”, uma iniciativa...

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu no dia 10 de março, na Residência Oficial do Embaixador Britânico em Portugal, tendo o Diretor-Geral da GSK Portugal, Maurizio Borgatta, recebido das mãos de Chris Barton, Trade Commissioner do Reino Unido para a Europa, o prémio “Innovation and Business Development Award – Export Win”. A distinção reconhece o compromisso e sucesso alcançados pela GSK em Portugal nas áreas da ciência e inovação, ao conseguir unir a ciência, talento e tecnologia para juntos, vencer as doenças.

“Em nome da fantástica equipa da GSK Portugal, foi com enorme alegria e orgulho que recebi esta distinção. É um reconhecimento muito importante ao trabalho que temos vindo a desenvolver no mercado nacional, em que disponibilizamos mais de 300 vacinas, medicamentos inovadores e produtos estabelecidos, para prevenir e tratar doenças. Por outro lado, este prémio eleva ainda mais os padrões de exigência e as expetativas que a sociedade portuguesa deposita na nossa organização e colaboradores, pelo que teremos de ser ainda mais ambiciosos pelos nossos doentes e comprometidos com os resultados, porque as pessoas contam connosco”, defende Maurizio Borgatta, Diretor-Geral da GSK Portugal.

A GSK interage com cerca de 250 parceiros locais de negócio e contribui com perto de 20 milhões de euros por ano para a economia nacional. No que diz respeito ao compromisso com a ciência e inovação, tem cerca de 25 estudos e investigações clínicas a decorrer em Portugal, incluindo ensaios clínicos e apoio a estudos da iniciativa dos investigadores, em áreas como oncologia, doenças autoimunes, HIV, vacinas e patologias respiratórias, no que representa um investimento anual próximo de um milhão de euros.

 

 

Compreender o funcionamento das relações de casal e familiares
A editora PACTOR e as psicólogas e terapeutas familiares Maria Gouveia-Pereira e Mariana Pires de Miranda anunciam a publicação...

O Manual de Terapia Familiar situa-se no ponto de equilíbrio entre a prática clínica e a investigação, tendo como base o conceito de que de que indivíduos são inseparáveis das suas relações, pelo que só se percebe a produção individual tendo em conta o contexto em que tem lugar.

Este livro é marcado pela diversidade da natureza dos conteúdos, procurando um equilíbrio entre as dimensões teórica e prática, privilegiando uma combinação entre as leituras académicas e interventivas. O manual propõe que os modelos teóricos de terapia familiar devem ser usados sem dogmatismo e revisitados em continuidade, enriquecendo a compreensão e a conceptualização dos casos clínicos.

Este manual consiste em 19 capítulos estruturados em três partes: teoria; avaliação; e intervenção familiar. Foi pensado como uma ferramenta essencial para psicólogos, terapeutas familiares, estudantes de psicologia e outros profissionais que trabalhem na área da família, saúde, acolhimento familiar, etc.

O documento será apresentado por Isabel Leal no fim do debate PASSADO, PRESENTE E FUTURO DA TERAPIA FAMILIAR que decorre no dia 18 de março, às 18h30, no El Corte Inglès, e conta com a participação dos especialistas, Ana Gomes, Daniel Sampaio e Jorge Gato.

 

Quebrar o tabu e a vergonha ligados à Incontinência Urinária
A propósito do Dia Mundial da Incontinência Urinária, que se assinala esta segunda-feira, 14 de março, o Movimento Continência...

“A incontinência tem consequências absolutamente devastadoras para a vida dos afetados, que muitas das vezes não pedem ajuda por vergonha”, alerta Joana Oliveira, presidente do movimento. “A nossa missão passa por contribuir para a melhoraria das condições de vida dos doentes que sofram de incontinência e disfunções do pavimento pélvico, nomeadamente no que se refere à integração social e comunitária”, acrescenta.

Criar visibilidade para os problemas associados à perda de continência e disfunção do pavimento pélvico, encorajando o debate público e aberto e a quebra de estigma e tabus associados a estas doenças são assim os principais objetivos do movimento, que se estreia agora nas plataformas online, de forma a chegar a mais doentes.

"Queremos ser a voz dos doentes e ser ouvidos pela sociedade e pelos poderes políticos, incentivando ainda à alteração da lei de incapacidade”, reforça Joana Oliveira.

A nível mundial, mais de 200 milhões de pessoas são afetadas por incontinência urinária, tendo esta patologia sido identificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. Ainda assim, durante a pandemia, a incontinência urinária foi classificada como uma patologia de baixa prioridade, o que afetou diretamente os diagnósticos e o tratamento desta patologia.

Segundo defende o movimento, a solução para contrariar os efeitos da pandemia passa agora por quebrar o tabu e a vergonha ligados a este problema, incentivando os doentes a consultar o médico. É crucial alertar a população para as consequências da incontinência urinária quando não é diagnosticada e devidamente tratada. Esta tem tratamento em 85% dos casos”, explica a presidente do movimento.

 

 

 

 

Nova técnica não invasiva, com recurso à imagiologia médica
Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), da Faculdade de...

Segundo, Hélder Oliveira, investigador do INESC TEC e docente na FCUP, embora a técnica standard “para avaliar o estado mutacional do cancro recorre à biopsia” apresente resultados altamente fiáveis, trata-se de um “método bastante invasivo e em alguns casos pode trazer complicações ao paciente”. Adicionalmente, acrescenta “não é capaz de caracterizar globalmente o cancro, pois apenas é retirada uma porção de tecido”. Deste modo, “uma solução alternativa passa por fazer esta caracterização a partir dos exames radiológicos baseados em Tomografia Computorizada, os mesmos que são utilizados para o diagnostico inicial”, explica o investigador.

O projeto LuCaS, desenvolvido por este grupo de investigação, tem como objetivo otimizar os sistemas de apoio à decisão na caracterização daquele que é um dos é tipos de cancro mais frequentes e mortíferos em todo o mundo.

De acordo com o cientista e líder do projeto, “a imagiologia médica permite a obtenção de um grande conjunto de informação útil, a partir de uma abordagem holística englobando uma caracterização completa, abrindo oportunidades para investigar a relação entre as manifestações visuais presentes numa imagem médica e o perfil genético do cancro, usando uma abordagem não-invasiva”.

“Assim, a tecnologia que estamos a utilizar terá uma abrangência maior do que a própria biópsia, pois é baseada em informação tridimensional e é não-invasiva. Desta forma, também reduz fortemente os custos”, conclui Hélder Oliveira.

Este projeto, segue uma abordagem “Radiogenomics”, ou seja, que analisa os atributos da imagem para descrever e criar modelos matemáticos capazes de identificar padrões e oferecer uma previsão do diagnóstico. Para além disso, é capaz de relacionar características de imagens com a análise dos genes recolhidos durante a biópsia.

Até ao momento, foram desenvolvidas técnicas de machine learning que utilizam a informação da imagem para prever o estado mutacional do cancro do pulmão. O projeto compreendeu, ainda, uma componente prospetiva, em que foi desenvolvido um modelo para avaliar contribuições de biópsia líquida na caracterização do cancro de pulmão.

“Esta abordagem será de grande valor como meio para obter dados moleculares de forma minimamente invasiva e compatível com a rotina clínica”, afirma Hélder Oliveira.

Certificação
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) é a primeira instituição certificada em Portugal para a realização do...

No âmbito da implementação e disponibilização para o Serviço Nacional de Saúde deste novo teste genético, o INSA, através da Unidade de Citogenética, com a colaboração da Unidade de Tecnologia e Inovação, do Departamento de Genética Humana (DGH), completou com sucesso a certificação do teste NIPS com a solução VeriSeq NIPT Solution V2 da Illumina, com um fluxo CE-IVD. Esta solução inovadora permitirá, no futuro, alargar o estudo genético pré-natal não invasivo a todos os cromossomas, possibilitando também o rastreio de outras patologias cromossómicas.

A Unidade de Citogenética do DGH realiza, através do esclarecimento da base cromossómica de patologias no feto e na população, as suas diversas competências técnicas e científicas, tanto nas suas funções de observatório da saúde e atividade de apoio à decisão clínica, bem como de laboratório de referência. A Unidade participa, desde 1994, em programas internacionais de Avaliação Externa da Qualidade, nomeadamente os do GenqQA/CEQAS e implementa metodologias para garantir o Controlo da Qualidade em todos os procedimentos laboratoriais.

Nos últimos anos, o DGH do INSA tem investido de forma empenhada na disponibilização de novos testes genéticos de apoio clínico, disponibilizando atualmente o diagnóstico genético para mais de 500 doenças raras e assumindo-se como o maior departamento de genética humana do setor público nacional, para o diagnóstico laboratorial de patologias genéticas.

 

 

Incontinência Urinária, Gravidez e Parto
A incontinência urinária é definida pela perda involuntária de urina.

A incontinência urinária é um dos problemas mais frequentes nas consultas de urologia feminina e é causa de sofrimento psicológico, limitação da vida social, familiar e profissional por razões de higiene e o receio emitir odor a urina que possa ser percebido pelos outros.

A gravidez e o parto estão associados ao risco de desenvolver incontinência urinária por razões que ainda não estão bem determinadas, mas que se relacionam essencialmente com lesões dos músculos, ligamentos e/ou nervos pélvicos. Este tipo de incontinência: Incontinência de Esforço, resulta da lesão dos ligamentos que suportam a uretra e o respetivo esfíncter (anel muscular que encerra a uretra e controla a continência urinária). Este defeito de suporte, resulta em hipermobilidade da uretra- uma descida exagerada da uretra durante esforços. 

A consequência, é a incapacidade da mesma em conter a urina armazenada na bexiga, durante aumentos da pressão abdominal, que acontecem ao realizar esforços como tossir, espirrar, carregar pesos ou fazer exercício.

Mais de 50% da grávidas têm episódios de incontinência durante o decurso da gestação. Esta incontinência geralmente resolve com o parto. No entanto, até 10% destas mulheres mantêm a incontinência pós-parto e algumas que não tiveram perdas até esta altura, também podem ficar incontinentes no pós-parto. Felizmente a maior parte destas mulheres acabam por recuperar nas semanas e meses que se seguem.

Assim, o risco de incontinência aumenta com o número de gestações. No entanto, o maior fator de risco parece ser o parto, sobretudo o tipo de parto. Se o nascimento for por cesariana, a incontinência que se desenvolve durante a gravidez, em regra geral, é transitória e resolve com o tempo. O parto vaginal, por outro lado, acarreta maior risco de incontinência persistente.  Este risco parece ser maior com o primeiro parto e sobretudo com partos traumáticos e complicados. Partos muito prolongados aumentam a probabilidade de incontinência persistente.  E no caso de partos com fórceps ou ventosas o perigo é maior. Também no caso de lacerações graves do períneo, o risco de prolapsos e incontinência aumenta. A episiotomia, protege destas rasgaduras e ajuda a evitar estas complicações.

Uma maneira de tratar e fazer profilaxia deste problema é o ensino de exercícios de reabilitação do pavimento pélvico. Os exercícios de Kegel, são o tipo de exercício de reabilitação mais conhecido. O objetivo é hipertrofiar o músculo do pavimento pélvico e aprender como o usar para aumentar o encerramento da uretra durante esforços.

No entanto, este tipo de reforço muscular não repõe o defeito que está na origem da incontinência. É apenas um mecanismo de compensação.

O problema é que em muitos casos, este reforço não é suficiente para compensar o efeito da perda de sustentação da uretra. Nestes casos, embora haja diminuição das perdas, o problema não fica resolvido e a doente continua com perdas. Nestes casos a solução é cirúrgica. Passa por colocar um reforço sob a uretra de modo que esta fique impedida de descer durante os esforços.

Este tipo de cirurgia é realizado com fitas de material sintético que se posicionam sob a uretra por meio de uma pequena incisão vaginal. Esta técnica cirúrgica que foi desenvolvida há cerca de 20 anos tem tido alguns desenvolvimentos ao longo do tempo, no sentido de uma maior simplificação e maior segurança, tem-se mantido no seu princípio básico, inalterada. Estas fitas, colocadas sob a região média da uretra apenas estão encostadas, sem exercer pressão.

Durante os esforços, a uretra é empurrada para baixo, de encontro á resistência desta fita, que a encerra e impede a saída da urina.

O que este texto descreve é a situação mais vulgar da incontinência urinária de esforço. No entanto, há que ressalvar que há muitas outras situações que resultam em incontinência urinária, bem como frequentemente a incontinência é um dos problemas de um conjunto de outras anomalias a tratar em cada doente específica.

A abordagem de cada pessoa implica uma avaliação cuidada e as soluções, não  são “standard” mas sim individualizadas para cada um.

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Webinar decorre a 15 de março
A GS1 Portugal, organização neutra, sem fins lucrativos, responsável pela implementação de standards para promover uma cadeia...

No próximo dia 15 de março, decorre o webinar “Digitalização de processos financeiros e administrativos”, que contará, entre outros momentos, com um leque de oradores, especialistas na área do setor público e retalho, que apresentarão ideias e soluções para tornar os departamentos financeiros e administrativos das empresas mais ágeis e produtivos.

Ao longo da manhã, o evento abordará temas relacionados como a automação de processos financeiros; o relacionamento com fornecedores e clientes; faturação eletrónica como motor de aceleração do negócio; benefícios de uma linguagem eletrónica financeira global.

Esta ação formativa interativa, em que o público pode colocar questões diretamente aos especialistas, totalmente gratuita, tem como oradores confirmados Bruno Miguel Cardoso, da SONAE; Edério Alves, da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; Nuno Miranda, da GS1 Portugal; e Eugénio Veiga, da YET.

As inscrições estão disponíveis através da página online da GS1 Portugal.

 

Excesso de peso
A prevalência da obesidade tem aumentado a um ritmo alarmante em todo o mundo nas últimas décadas.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a obesidade raramente é causada apenas pelos nossos genes. A obesidade resulta de uma relação sinérgica entre os nossos genes e fatores ambientais.

Formas raras de obesidade causadas por mutações num único gene (obesidade monogénica)

As formas mais raras de obesidade resultam de mutações espontâneas num único gene, denominadas de mutações monogénicas. Estas mutações foram descobertas em genes que desempenham papéis essenciais no controlo do apetite, na ingestão de alimentos e na homeostase energética.

Genes promotores de obesidade num mundo promotor de obesidade

Na maioria das pessoas, a predisposição genética para a obesidade é de origem poligénica, ou seja, resulta da ação conjunta de vários genes. Por si só, a genética tem pouco impacto no desenvolvimento da obesidade sem a presença de fatores ambientais promotores.

Um estudo demonstrou que o consumo de alimentos não saudáveis pode interagir com os genes associados à obesidade, evidenciando a importância de reduzir o consumo destes alimentos em indivíduos geneticamente predispostos à obesidade. Este estudo reforça a ideia da associação existente entre dieta, genes e obesidade.

Os fatores genéticos identificados contribuem em parte para o risco de obesidade, contudo a adoção de um estilo de vida saudável pode neutralizar esta predisposição genética.

Interações gene-ambiente: a hereditariedade não é destino

É improvável que as alterações genéticas justifiquem a rápida disseminação da obesidade em todo o mundo, pois estas alterações são demasiado lentas para serem apontadas como uma causa.

Se os nossos genes permaneceram os mesmos, o que mudou nas últimas décadas para o aumento da taxa de obesidade?

Ocorreram alterações no nosso ambiente e estilo de vida que afetaram o nosso consumo e gasto energético.

Apesar da maioria das pessoas poder apresentar alguma predisposição genética para a obesidade, esta predisposição só se torna relevante quando conjugados com fatores ambientais promotores, tais como:

  • Elevada disponibilidade e ingestão de alimentos
  • Diminuição acentuada da atividade física durante o trabalho, atividades domésticas e tempos de lazer
  • Aumento do tempo sentado em frente a monitores/telemóveis ou outras atividades sedentárias
  • Aumento da ingestão de alimentos altamente processados e de elevada densidade calórica

O estilo de vida e o ambiente em que vivemos têm mais impacto do que os nossos genes.

A contribuição dos genes para o desenvolvimento da obesidade é pequena, enquanto que a contribuição do meio ambiente é enorme. Os genes podem determinar quem está mais predisposto, mas é o ambiente que determina quem se torna efetivamente obeso.

É por isso que os esforços de prevenção da obesidade devem concentrar-se na mudança dos hábitos alimentares e no estilo de vida.

Tratamento da Obesidade

Se têm obesidade procure a ajuda de um profissional especializado. Dependendo do seu Índice de Massa Corporal (IMC), existem vários tratamentos disponíveis, tais como as terapias medicamentosas, as terapias endoscópicas bariátricas e a cirurgia bariátrica.

As terapias endoscópicas bariátricas são uma nova linha de tratamento de obesidade que incluem os balões intragástricos (normal e ajustável) e gastroplastia endoscópica (método Apollo e método POSE). Estas técnicas endoscópicas são menos invasivas que a cirurgia bariátrica e proporcionam em média uma perda de peso de 20%-25% do peso total.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Curso de Introdução à Geriatria
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar o Curso de...

Destinado a Médicos Internos ou Especialistas de Medicina Interna; Médicos de outras especialidades médicas; ou outros profissionais de saúde que prestem cuidados a pessoas idosas, o Curso de Introdução à Geriatria propõe-se a transmitir conceitos básicos de Geriatria úteis na compreensão do processo do envelhecimento e na abordagem clínica do doente idoso.

“Este é um curso que já vai para a 11ª edição.  O objetivo deste curso é ensinar e transmitir conceitos que são considerados princípios fundamentais da Geriatria. Em primeiro lugar abordar-se-á as alterações fisiológicas do envelhecimento, e que têm consequências na terapêutica farmacológica. Posteriormente iremos falar sobre a metodologia de avaliação da Geriatria que é a avaliação geriátrica global e as várias síndromes geriátricas”, afirma Sofia Duque, Coordenadora do NEGERMI referindo que “iremos falar, por exemplo, de alterações cognitivas, problemas nutricionais, da instabilidade e quedas”.

Média Internista, Sofia Duque enaltece que a pertinência desta formação se prende com o facto de, no decorrer da prática clínica, ser “comum falhar a avaliação de síndromes geriátricas que não encaixam, exatamente, em doenças específicas”.

“Estas são condições que são multifatoriais e, portanto, associadas a várias condições em simultâneo, mas enquanto ignorarmos a abordagem destas síndromes geriátricas, que não são exclusivas de nenhuma especialidade médica, não estaremos a tratar bem os idosos. Estas síndromes geriátricas são das condições que têm maior impacto na qualidade de vida das pessoas e no seu bem-estar”, frisa ainda a Coordenadora do NEGERMI.

Com uma componente prática, os formandos vão ter oportunidade de consolidar os conhecimentos adquiridos. “A grande mais-valia deste curso, é que o módulo presencial vai permitir a aplicação destes conceitos mais teóricos de um ponto de vista prático, aplicando os vários conceitos a casos clínicos de doentes reais, vai ser um componente presencial e , como tal, vai permitir a discussão interativa, entre os formadores e os formandos”, conclui Sofia Duque.  

Para mais informações:  Curso de Introdução à Geriatria - SPMI

 

 

Análise publicada no The Lancet
Dois anos depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o surto global de Covid-19 uma pandemia, a The Lancet...

Assim, embora o número oficial de mortes de Covid tenha sido de 5,9 milhões entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2021, o novo estudo calcula que houve 18,2 milhões de mortes durante o mesmo período, o que sugere que o impacto total da pandemia pode ter sido muito maior.

O excesso de mortes – a diferença entre o número de mortes registadas por todas as causas e o número esperado com base nas tendências anteriores – é uma medida fundamental do verdadeiro número de mortes da pandemia. Embora tenha havido várias tentativas para estimar o excesso de mortalidade por parte da Covid, a maioria teve um âmbito geográfico limitado devido à disponibilidade de dados.

O novo estudo apresenta as primeiras estimativas revistas pelos pares de mortes em excesso responsáveis pela pandemia a nível global, para 191 países e territórios (e 252 locais subnacionais, como estados e províncias) entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2021.

Os dados semanais ou mensais sobre as mortes por todas as causas em 2021, 2020 e até há 11 anos foram recolhidos para 74 países e 266 estados e províncias através de pesquisas em sites governamentais: a Base de Dados Global de Mortalidade, a Base de Dados de Mortalidade Humana e o Gabinete Europeu de Estatística. Os dados foram usados em modelos para calcular o excesso de mortalidade devido à pandemia, mesmo nos locais que não reportam dados semanais ou mensais de mortalidade.

A análise indica que o excesso de mortes a nível global devido à pandemia pode ter ascendido a 18,2 milhões – três vezes acima do valor oficial reportado – a 31 de dezembro de 2021. A taxa deste excesso é estimada em 120 mortes por 100.000 habitantes em todo o mundo, estimando-se que 21 países tenham taxas superiores a 300 mortes por 100.000 habitantes. O estudo observa que as taxas de mortalidade em excesso variam drasticamente por país e região.

Direção Geral da Saúde
Segundo a Direção-Geral da Saúde, o relatório da situação epidemiológica e de vacinação passa a ter, a partir de hoje, uma...

A atual fase justifica a alteração do padrão de divulgação, sendo descontinuados ambos os relatórios diários, explica a DGS.

De acordo com o organismo, o novo Relatório de Situação vai incluir “o número de casos confirmados e de óbitos em Portugal, acumulado a 7 dias, bem como a ocupação hospitalar diária no continente, com a respetiva variação semanal”.  

Serão igualmente divulgados o número de casos, internamentos e óbitos por região de saúde, bem como a sua distribuição por grupo etário. 

No que diz respeito aos internamentos, estes dados vão refletir “as camas ocupadas com casos de Covid-19, sendo estes dados disponibilizados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)”.

Relativamente à vacinação, o relatório englobará dados da cobertura vacinal contra a Covid-19, incluindo a vacinação iniciada, completa e de reforço por grupo etário. Os dados sobre a vacinação contra a gripe, cuja campanha está em fase de conclusão, deixarão de ser divulgados. 

O Relatório de Situação será publicado em simultâneo com o Relatório de Monitorização da Covid-19. 

“Este modelo de divulgação de dados será ajustado sempre que a situação epidemiológica o justifique ou exista necessidade de contemplar outros indicadores”, esclarece a DGS.

Comunicado
Mais doentes com fibrose quística vão poder beneficiar do tratamento gratuito com Kaftrio + Kalydeco no Serviço Nacional de...

De acordo com este alargamento do financiamento, estima-se 215 doentes sejam elegíveis para a utilização desta terapêutica no SNS.

Recorde-se que a fibrose quística é uma doença genética rara, que afeta aproximadamente 350 pessoas em Portugal. Provoca, frequentemente, deterioração da função pulmonar, infeções broncopulmonares e desnutrição, que eventualmente levam à morte do doente.

A inovação na área do medicamento é uma área essencial dentro do SNS. Em 2021, o Infarmed concluiu 72 processos relativos à introdução de medicamentos inovadores, com um crescimento de 14% face a 2020, releva em comunicado.

A decisão de alargamento do financiamento deste medicamento resulta de um processo de avaliação que visou assegurar que, por um lado, o medicamento é uma mais valia para todos estes doentes e, por outro, que se mantém assegurada a sustentabilidade do SNS.

 

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