Dia 10 de abril
A Médis, marca de saúde pertencente ao Grupo Ageas Portugal, volta a associar-se à Corrida Sempre Mulher em 2022. A prova, que...

A Corrida Sempre Mulher é composta por um percurso de 5km com duas modalidades: a caminhada/corrida de lazer, aberta a todos os participantes; e a corrida de competição, exclusiva a participantes femininos com idade mínima 16 anos. A pensar em toda a família, a Corrida é pet friendly, podendo também os amigos de quatro patas participar no escalão Team Pet.

Também a Clínica Médis estará presente com várias dinâmicas que animarão esta prova, com o intuito de recordar a importância de uma boa saúde oral. É objetivo que os participantes tenham um dia repleto de boa energia, sendo que o foco da Corrida é sempre a sensibilização para a saúde e bem-estar dos portugueses.

Para Inês Simões, Diretora de Comunicação, Marca e Cultura Organizacional do Grupo Ageas Portugal, “enquanto seguradora, o nosso papel passa por proteger as pessoas e sensibilizar para a prevenção de riscos, e é por isso que a Médis se associa a esta tão nobre causa. Não só para consciencializar para uma doença que afeta milhares de mulheres, mas para mostrar a importância da união, já que juntos conseguimos ir sempre mais longe!” Os fundos angariados com as taxas de inscrição na Corrida Sempre Mulher revertem para a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama.

O cancro é uma das doenças que mais preocupa os portugueses e fará cada vez mais parte da vida de cada um. Foi neste contexto que a Médis lançou o Proteção Oncológica Reforçada contando com uma equipa de Enfermagem dedicada. Por isso, faz todo o sentido que a marca se alie a iniciativas focadas na prevenção do cancro, em especial a este, que é, em Portugal, o segundo tumor mais comum e a quarta causa principal de morte por cancro. E para melhor entender uma das doenças oncológicas que mais mulheres afeta em todo o mundo, a Medis disponibiliza o Cancro da Mama - Guia de saúde da Médis (medis.pt) com a missão de esclarecer e alertar para a patologia.

Mais informações sobre esta iniciativa podem ser encontradas na plataforma online oficial da Corrida, em http://corridasempremulher.com/

Opinião
A 31 de Março comemora-se o Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral.

Ao contrário de outras patologias que se insinuam de forma quase subtil e progressiva, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem uma apresentação aguda e não raras vezes brutal. As formas de apresentação podem ser múltiplas, mas são na maior parte das circunstâncias súbitas. Tudo está bem e, de repente, tudo se modifica. Para quem avalia, trata e acompanha diariamente doentes acometidos por esta patologia, são inúmeras as histórias de avós, pais, filhos ou amigos que subitamente, do nada, sem aviso prévio vêm as suas vidas profunda e radicalmente afetadas. As histórias são bem concretas e reais e todos sabemos que a esses momentos iniciais se vão seguir muitas vezes meses de recuperação lenta e progressiva que poderão ou não restabelecer a forma de estar anterior. Mas, apesar de tudo, há sinais de esperança porque muito tem sido feito a vários níveis nos últimos anos para alterar esta realidade, desde a existência de terapêuticas de fase aguda cada vez mais eficientes, e de aplicação mais generalizável, até medidas de recuperação e prevenção mais capazes.

Os sinais de alerta são relativamente simples e conhecidos por FAST que significa face, arm, speech and time, ou seja, boca ao lado, falta de força num braço, alteração da fala e tempo. Perante estes sinais, que são fáceis de serem reconhecidos por qualquer pessoa, a reação imediata deve ser contactar os serviços de emergência pré-hospitalar para que o caso possa ser encaminhado atempadamente para o local mais adequado. Embora com limitações, nomeadamente para quem vive fora dos grandes centros urbanos (aqui as assimetrias regionais são também importantes), existe atualmente uma rede de referenciação composta por Hospitais de primeira e de segunda linha capazes de fazer o diagnóstico e tratamento atempado.

E aqui a palavra tempo é crucial: tempo é cérebro! As intervenções terapêuticas agudas capazes de modificar a história natural desta doença terrível e assustadora, porque incapacitante e geradora de grande sofrimento para o próprio e seus familiares e amigos, dependem criticamente do tempo. O princípio é restabelecer a circulação do sangue na região cerebral afetada antes que da obstrução vascular resulte lesão neuronal irreversível e, por isso, perda de função cerebral e incapacidade. Por cada minuto que passa sem restabelecimento da circulação são perdidos 1,9 milhões de células cerebrais, correspondentes a um envelhecimento cerebral de 3,1 semanas, e por cada hora perdem-se 120 milhões de neurónios e há um envelhecimento de 3,6 anos. Por isso, lutamos em cada momento e em cada caso contra um relógio que não para. Por isso, a janela temporal para uma atuação eficaz é muito curta, de poucas horas. Por isso, para conseguirmos administrar atempadamente os tratamentos que sabemos serem eficazes para contrariar esta cascata de eventos é fundamental que todas as peças do sistema estejam bem oleadas e conectadas. É a chamada cadeia de sobrevivência do AVC composta por vários elos interligados: reconhecimento dos sintomas e ativação dos serviços de emergência; resposta adequada da emergência pré-hospitalar; transporte e pré-notificação do centro de AVC; tratamento rápido e de acordo com as recomendações internacionais e estado da arte; e qualidade dos cuidados pós-AVC. Infelizmente, o elo mais fraco desta cadeia continua a ser o primeiro, porque muitas vezes os sintomas não são reconhecidos ou, pura e simplesmente, se fica à espera “a ver se passa”. Mas a verdade é que a tempestade não passa e, por isso, nunca é demais chamar a atenção para estes sinais de alerta porque, se o doente não chegar a tempo, o seu tratamento pode ficar seriamente comprometido.

Contudo, é preciso sublinhar que todos os elos desta cadeia são importantes e, embora aqui também tenhamos sinais de esperança, todos nós que estamos envolvidos diariamente nesta luta contra o AVC sabemos que ainda muito há por fazer e otimizar. Antes de mais, é importante continuar o acompanhamento para além da fase aguda. É fundamental garantir uma continuação fluída dos cuidados de reabilitação após o internamento hospitalar de forma a evitar quebras e interrupções do processo de reabilitação. Essas descontinuidades são muitas vezes causa de retrocessos importantes e fazem com que muito do investimento efetuado na fase aguda, com terapêuticas e cuidados que custam a todos nós milhares de euros por doente, se perca. É importante focar nas necessidades e especificidades de cada caso e personalizar todo o tratamento de forma a ir ao encontro da individualidade de cada doente. É crucial a implementação de medidas preventivas para que antes de mais o AVC nunca ocorra e, caso aconteça, nunca se repita. De facto, as medidas preventivas são essenciais e, embora estejamos a falar de uma única doença, a verdade é que a sua prevenção é multidisciplinar e acaba por tocar inúmeros aspetos como a promoção de hábitos de vida saudável, a redução do consumo de sal e álcool, a prática de atividade física, a luta antitabágica, a redução da obesidade e o controlo de fatores de risco como a hipertensão arterial, diabetes mellitus ou dislipidemia, entre outros. Tudo isto requer uma intervenção abrangente e multifocal de forma a maximizar os ganhos em saúde.

Todos sabemos que o AVC continua a ser uma das causas mais importantes de morte e incapacidade em Portugal e na Europa e que, nomeadamente fruto do envelhecimento populacional, se nada fizermos para otimizar e melhorar esta cadeia de sobrevivência os números poderão piorar significativamente nos próximos anos. Felizmente, temos hoje a evidência clara de que o AVC é altamente prevenível e tratável e existe, por isso, potencial para reduzir drasticamente a sobrecarga de doença e as suas consequências a longo prazo. Tal como preconizado pelas mais recentes recomendações da European Stroke Organization (ESO), esta realidade requer a ação conjunta de entidades como o Ministério da Saúde e outros órgãos governamentais, como a Direção Geral de Saúde, bem como organizações científicas, organizações de doentes, profissionais de saúde, investigadores e indústria farmacêutica. E os alvos propostos pela ESO até 2030 para os países europeus são bem claros e ambiciosos: (1) redução do número absoluto de AVC em 10%; (2) tratar 90% ou mais dos casos de AVC em Unidades dedicadas de AVC; (3) elaboração de planos nacionais para o AVC abrangendo toda a cadeia de sobrevivência desde a prevenção primária até à vida pósAVC; e (4) implementar de forma completa estratégias nacionais para intervenções de saúde pública que promovam e facilitem estilos de vida saudáveis e reduzam fatores ambientais, socioeconómicos e educacionais associados à ocorrência de AVC.

Os desafios são imensos, mas não intransponíveis. As dificuldades do dia-a-dia são inumeráveis, mas não inultrapassáveis. Os meios são muitas vezes escassos, mas a dedicação e empenho dos profissionais de saúde são insuperáveis. O caminho é longo e muitas vezes tortuoso, mas a colaboração de todos é fundamental. Acima de tudo há sinais de esperança para os nossos doentes!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
investigação da Mayo Clinic
Cada vez mais pessoas morrem de infeções resistentes a antibióticos. Estas infeções são alimentadas por espécies microbianas...

"Demonstrámos que o sequenciamento por nanoporos pode ser usado para prever infeções poucas horas depois da recolha da amostra e poucos dias antes do paciente começar a apresentar sintomas, diz Emma Whittle, investigadora do Departamento de Cirurgia e principal autora do estudo. 

"Isto pode ajudar a prevenir infeções reduzindo o tempo de diagnóstico de dias para apenas algumas horas", diz Whittle. "E também permitiria que os médicos adaptassem melhor os antibióticos às infeções."

O sequenciamento por nanoporos pode analisar qualquer comprimento de ADN ou RNA. Além disso, a deteção microbiana de ADN/ARN pode ser realizada a qualquer momento durante a sequenciação, permitindo o diagnóstico microbiano em tempo real.

Para o estudo, os cientistas realizaram o sequenciamento de nanoporos para identificar espécies microbianas e fenótipos resistentes aos antibióticos em amostras de bílis de pacientes submetidos a cirurgia de ressecção da cabeça do pâncreas. As infeções no local da cirurgia são uma complicação comum, afetando até 45% dos doentes submetidos ao procedimento. Estas infeções podem influenciar significativamente o resultado de do procedimento.

"Conseguimos identificar quais os doentes que tinham infeção na bílis e que estavam em risco de infeção no local cirúrgico com 100% de precisão em comparação com as técnicas clínicas padrão atuais", disse Whittle. "A nossa técnica também melhorou a deteção de espécies de fungos e aumentou o número total de espécies microbianas e fenótipos resistentes detetados em comparação com as práticas clínicas padrão."

As técnicas clínicas padrão incluem o crescimento de bactérias em placas de Petri, que podem demorar até 72 horas. Entretanto, os doentes geralmente começam a usar um cocktail preventivo de antibióticos na esperança de que alguns deles sejam eficazes.  Mas os antibióticos também matam boas bactérias intestinais, que suportam o sistema imunitário, ajudam na digestão e controlam as inflamações.

O que surpreendeu a equipa é que genes resistentes aos antibióticos foram detetados em todas as amostras de bílis infetadas.

"A nossa teoria é que as bactérias estão presentes no intestino como parte da microbiota intestinal e quando os pacientes são submetidos a cirurgia, isso é afetado e algumas bactérias escapam à bílis", explica a investigadora.

"A deteção de genes resistentes a antibióticos em todas as amostras de bílis infetadas sugere que todos os pacientes no estudo têm naturalmente resistência antibiótica na sua microbiota intestinal. Estas bactérias resistentes aos antibióticos também podem escapar para o sangue ou outros lugares e têm o potencial de causar sépsis”.

Whittle diz que a estratégia de sequenciação não se limita a doentes com cancro do pâncreas.

"Pode ser usado para todos os pacientes em risco de infeção ou que estão a mostrar sinais de infeção. Também não se limita a bactérias e pode ser usada para diagnosticar infeções por vírus, fungos e parasitas também", explica.

Evento enquadrado em iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian
A Mente de Principiante, associação com intervenção no desenvolvimento pessoal desde a infância, vai apresentar a um grupo de...

No âmbito das Academias Gulbenkian do Conhecimento - iniciativa promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian e que engloba cem projetos de promoção de competências em crianças e jovens -, o programa de educação socioemocional Calmamente - Aprendendo a Aprender-se, da Associação Mente de Principiante, foi selecionado - pelas suas boas práticas e consistente metodologia - para ser apresentado a um grupo de estudo de Israel que visita, esta semana, Portugal. Os investigadores vão conhecer a metodologia do Calmamente e assistir a uma aula no terreno, numa escola do Município de Valongo.

A receção está marcada para a manhã de 30 de março, e acontece no Agrupamento de Escolas de São Lourenço (Ermesinde), no concelho de Valongo, distrito do Porto, onde o projeto está a ser implementado, este ano letivo, numa experiência piloto promovida pelo Município de Valongo, que apostou no desenvolvimento das competências socioemocionais nos alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico.

O grupo de investigadores será recebido no auditório da escola sede do Agrupamento de Escolas de São Lourenço, pela Chefe de Divisão da Educação do Município de Valongo, Júlia Mendes, pela direção daquele agrupamento escolar e por representantes da Associação Mente de Principiante, onde assistirá à apresentação do programa de educação socioemocional Calmamente, uma intervenção a cargo da presidente da Associação Mente de Principiante, Andreia Espain.

Alguns membros da delegação israelita deslocar-se-ão, depois, para uma das escolas do agrupamento (Escola Montes da Costa), onde o projeto está a ser dinamizado, para observar a implementação da metodologia no terreno, assistindo a uma aula do Calmamente.

A comitiva de estudo vinda de Israel é composta por um grupo multidisciplinar de 30 especialistas com funções de liderança em diversas áreas relacionadas com a educação socioemocional e o desenvolvimento de competências. Para além do programa Calmamente, outros projetos nacionais serão dados a conhecer durante o roadshow em Portugal, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Representante começou por visitar a ADIFA - Associação dos Distribuidores Farmacêuticos
Numa manhã dedicada à distribuição farmacêutica, o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Helder Mota Filipe, destacou,...

Começando por visitar a ADIFA - Associação dos Distribuidores Farmacêuticos, com sede em Porto Salvo, Oeiras, o Bastonário da OF visitou ainda as instalações do distribuidor farmacêutico Botelho & Rodrigues, em Carnaxide, também concelho de Oeiras.

Realçando a importância do setor, Helder Mota Filipe, defende que “a distribuição farmacêutica tem vindo a garantir um serviço essencial ao país, sobretudo em períodos de crise e em emergências de saúde pública, como são os casos da covid-19 e da guerra na Ucrânia”. “Durante este período, soube desenvolver mecanismos para assegurar o abastecimento regular do mercado português, minimizando ruturas e evidenciando uma robustez assinalável”, acrescentou.

O representante dos farmacêuticos destacou também as exigências regulamentares e a complexidade da atividade farmacêutica no setor da distribuição, “uma área de conhecimento em permanente desenvolvimento, de elevada complexidade e que está a iniciar um percurso de especialização, à semelhança de outras áreas de intervenção da profissão farmacêutica”, disse o Bastonário.

Numa altura de fortes adversidades no contexto nacional e internacional que tem provocado dificuldades acrescidas à atividade da distribuição farmacêutica, Nuno Flora, Presidente da ADIFA, considera que “o reconhecimento do serviço de interesse público desta atividade por parte do representante máximo dos farmacêuticos em Portugal é para nós da maior importância. Salientamos que, neste quadro de crise de saúde pública, a que se soma agora uma crise energética, as empresas associadas da ADIFA têm realizado um inequívoco esforço para continuar a assegurar diariamente o fornecimento atempado e adequado de medicamentos e outras tecnologias de saúde em qualquer região do território nacional”.

O encontro entre os dois responsáveis teve como objetivo debater o papel fundamental dos distribuidores farmacêuticos no circuito do medicamento, a promoção de uma relação próxima entre a OF e a ADIFA, bem como a discussão das oportunidades de desenvolvimento da profissão farmacêutica no setor da distribuição farmacêutica em Portugal.

Em análise estiveram temas como a participação dos farmacêuticos da distribuição em novos projetos de Saúde Pública, o reconhecimento dos distribuidores farmacêuticos enquanto infraestrutura crítica e entidades prioritárias, a colaboração conjunta setorial no esforço humanitário à população ucraniana e o impacto do aumento dos custos com combustíveis no abastecimento de medicamentos.

 

 

Carlos Mesquita é Cirurgião Geral há 38 anos neste Centro Hospitalar
O cirurgião do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Carlos Mesquita, foi recentemente nomeado Fellow of the...

A cerimónia oficial decorrerá em Viena, Áustria, durante o Congresso da International Society of Surgery, entre 15 e 18 de Agosto deste ano.

Carlos Mesquita, médico há 44 anos, 38 dos quais a exercer funções como Cirurgião Geral no CHUC, é, também, Fellow em Cirurgia de Emergência do Conselho Europeu de Cirurgia da Union Europeénne des Médecins Specialistes (UEMS), Membro Honorário Internacional da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT) e Fellow da Academy of the Asian Collaboration for Trauma (ACT). Possui, ainda, desde 2003, o título de Competência em Emergência Médica, pela Ordem dos Médicos.

Cirurgião com uma marcante e diversificada atividade, com mais de seis mil intervenções cirúrgicas, um terço das quais em ambiente de urgência, possui um vasto currículo na área científica, com destaque para a educação e formação pós-graduada: participação em 453 reuniões científicas, em 106 como principal responsável; 36 publicações científicas, 12 das quais como primeiro autor; 57

artigos de opinião relacionados com formação em cirurgia; participação como editor ou co-editor em 6 livros e 10 periódicos de natureza científica; primeiro responsável pela organização de 171 cursos.

De referir, ainda, os importantes cargos que exerceu ao longo da sua carreira, dos quais destacamos: Diretor do Serviço de Urgência dos HUC, de 2007 a 2009; Coordenador da Comissão de Trauma do CHUC, de 2013 a 2020; Membro da Comissão Nacional de Trauma, desde 2017; Membro do Conselho Diretivo da World Coalition for Trauma Care (WCTC/WTC); Membro do Conselho Diretivo da European Trauma Course Organization (ETCO); Delegado Nacional da World Society of Emergency Surgery (WSES); Delegado Nacional da International Society os Surgery (ISS-SIC); Membro do Conselho Diretivo da European Society for Trauma and Emergency Surgery (ESTES), ao qual presidiu de 2018 a 2020.

 

Dia Nacional do Doente com AVC assinala-se a 31 de março
No dia 31 de março assinala-se o Dia Nacional do Doente com AVC.

Não há dúvida que há muito para fazer “a montante”, ou seja, na prevenção e na modificação de estilos de vida, antes de mais. Também na muito maior divulgação dos sinais de alerta de que pode estar a acontecer um AVC – resumidamente, os 3Fs: desvio da face, falta de força num braço ou perna, dificuldade em falar –, e o que fazer: ligar imediatamente para o 112, que ativa a Via Verde de emergência hospitalar. Porque é uma situação em que cada minuto conta, no salvar vidas, e também no evitar ou diminuir as incapacidades, que podem passar a acompanhar a pessoa durante a sua vida.

Mas também “a jusante”, ou seja, na valorização e reconhecimento da vida pós AVC. Que atinge todas as idades, com cada vez mais pessoas em plena idade ativa e as suas famílias. O AVC não é uma “doença de velhos”!

É certo que alguns avanços científicos, por um lado, e uma maior – mas ainda insuficiente – cobertura dos recursos hospitalares, permitem que hoje se registem menos mortes, e se obtenha alguma redução das sequelas graves e muito incapacitantes. Embora o AVC deixe marcas muito frequentemente, e não só “visíveis” (como as sequelas físicas, motoras, de comunicação, na visão, ...), mas também “não visíveis” e muitas vezes não valorizadas (sequelas cognitivas, alterações no humor, cansaço crónico, reflexos psicológicos, …), mas que podem ser não menos incapacitantes.

Por isso é tão importante assegurar o acesso a uma reabilitação multidisciplinar, começando logo após o AVC, com qualidade e eficácia, e sem tempos preestabelecidos. Como, ainda há poucos meses, foi recomendado ao Governo, através da Resolução da Assembleia da República nº 339/2021 (que “Recomenda ao Governo que defina e implemente uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de acidente vascular cerebral”)!

É preciso que se perceba claramente que a reabilitação, além de ser um direito, não é um custo, mas um claro investimento com retorno.

A começar logo após um AVC: pode marcar a diferença entre continuar a ser um cidadão contribuinte ativo, sentindo-se útil à sociedade, ou mais um sujeito passivo da Segurança Social, por largos anos, e com os prováveis problemas de saúde, também no âmbito da saúde mental, que podem advir.

Mas também ao longo da vida, mesmo quando já não são de esperar objetivamente melhorias muito significativas, o sobrevivente de AVC pode precisar da continuidade da reabilitação. Evitando, tão comuns, regressões e agravamentos, contribuindo para a melhoria ou manutenção da qualidade de vida possível, e evitando também o surgimento de acrescidos problemas de saúde. Ou seja, o que podem ser cada vez maiores encargos sociais e económicos, para as famílias e para o Estado e a sociedade.

A reabilitação, por natureza, tem que poder ser coordenada e multidisciplinar. Pode envolver vários profissionais, como médicos, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, enfermeiro de reabilitação, psicólogo, nutricionista, assistente social, ou outros, conforme o caso.

Frequentemente, nós, sobreviventes de AVC, consideramos a reabilitação como o nosso principal “medicamento”. Se fosse possível “aviá-lo” numa farmácia, se fosse tomado em comprimidos ou em xarope, por exemplo, seria muito mais fácil a sua prescrição. Apesar de os custos para o Estado, e comparando com outras patologias, poderem até ser muito menores!...

A sensibilização da importância da reabilitação, a começar pelos decisores, é fundamental e urgente. Veja-se o que aconteceu com a pandemia. Antes de mais em hospitais: na fase crítica, os serviços de Medicina Física e Reabilitação foram dos primeiros a ter que ceder, e nem todos recuperaram ainda, sequer, o espaço físico. Os cuidados de reabilitação sofreram muito, com suspensões, adiamentos e cancelamentos, no Serviço Nacional de Saúde e não só. Em muitas situações, com danos irreversíveis para a vida das pessoas. Agora, frequentemente saem a público dados sobre a recuperação de consultas e cirurgias. Mas, e os cuidados de reabilitação? Segundo um Estudo publicado pela GFK e pelo Movimento Saúde em Dia, em outubro de 2021, com base em dados do Portal da Transparência, apresentam uma diferença no número de atos praticados em Medicina Física e Reabilitação (entre os períodos de Mar.19 a Jan.20 e Mar.20 a Jan.21), superior a 15 milhões (-15.482.069)! A reabilitação não pode ser o “parente pobre” do sistema de saúde!

Já era urgente antes da pandemia, e agora ainda mais, dar um salto de qualidade na reabilitação a que os sobreviventes de AVC têm acesso. No reforço dos profissionais qualificados, e na criação de condições para a sua atuação. Na perceção do seu caráter multidisciplinar, atempado e melhorando a sua qualidade e, consequentemente, a eficácia. Porque, nada retirando à importância deste cuidado, não é só fisioterapia. E, por exemplo, mesmo a fisioterapia neurológica -como é necessário em tantas situações pós-AVC – exige tempos, competência e atenção permanente, não compatíveis com os cuidados prestados, por sistema, “em grupo”, mesmo na maioria das clínicas e outras unidades de saúde.

A 1.ª causa de morte e, sobretudo, de incapacidade em Portugal, tem de ser motivo de preocupação nacional, inclusive social, política, económica, e outras vertentes. Repito, esta é uma questão premente e urgente, que deve ser olhada como um investimento necessário, e não como mais um mero custo para o Serviço Nacional de Saúde.

Oxalá o novo governo olhe para este assunto seriamente, atuando com visão de médio e longo prazo. Ouvindo também o contributo de sobreviventes e cuidadores.

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Projeto inovador de apoio a doentes oncológicos
O Município de Penafiel tem em curso, em parceria com a Liga Portuguesa contra o cancro e a Associação Portuguesa de Reiki, um...

O diagnóstico de uma doença oncológica carrega por si só diversas alterações emocionais na vida do doente, da sua família e dos profissionais de saúde.

Assim, o Município disponibiliza consultas de psicologia, através de uma unidade que dispõe de um técnico de saúde mental/psicólogo, que realiza consultas de psico-oncologia individuais gratuitas, em Penafiel, para doentes oncológicos, família e profissionais de saúde.

Cerca de 50 pessoas estão já a ser seguidas pelo gabinete de apoio de psico-oncologia, que disponibiliza e encaminha igualmente os utentes e familiares para técnicas alternativas de relaxamento, desde que reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde, como é o caso do Reiki.

As consultas de psico-oncologia associadas ao Reiki apresentam evidências de serem ferramentas essenciais para quem combate a doença, e para os seus familiares, atuando ao nível da ansiedade, da insónia, do medo e até mesmo na depressão, situações que decorem da doença e, por vezes, do próprio tratamento.

O “Usui Reiki Ryoho” é um método de cura natural, que surgiu em 1922, no Japão, e se apresenta não só, mas também como um complemento à ação de qualquer tratamento médico. Esta prática terapêutica é realizada através da imposição das mãos no paciente, sem toque direto no corpo. É um método realizado com 21 técnicas que têm como finalidades: a elevação de consciência; o desenvolvimento pessoal; a prática terapêutica; a desintoxicação emocional; o bem-estar mental; e o auxílio no alívio de dores físicas.

Diversos estudos científicos evidenciam que o Reiki e apoio psicológico têm dado um contributo ativo no combate ao cancro, aumentando o conforto e o bem-estar, em comparação com os doentes que não foram sujeitos a esta técnica.

O cancro é uma das doenças com maior incidência em Portugal e no mundo, sendo que o apoio, nomeadamente psicológico, apresentam evidências de serem ferramentas essenciais para quem combate a doença, e para os seus familiares, atuando ao nível da ansiedade, da insónia, do medo e até mesmo na depressão, situações que decorem da doença e, por vezes, do próprio tratamento.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa, “Este é mais um serviço gratuito e inovador que disponibilizamos aos nossos concidadãos que, infelizmente, se encontram a combater a doença oncológica. Sabemos que são situações muito difíceis e dolorosas e, por isso, pretendemos, com medidas de apoio como esta, demonstrar que estamos atentos e que tudo fazemos para responder às necessidades destes penafidelenses e das suas famílias, a quem desejamos proporcionar o máximo de bem-estar e qualidade de vida possíveis. “

De recordar que o Município de Penafiel disponibiliza um conjunto de medidas de apoio social, no âmbito do Plano Municipal Solidário (PMS), que constituem um relevante instrumento de apoio à população mais fragilizada, nomeadamente, cidadãos mais carenciados e portadores de doença oncológica, através, por exemplo, do apoio à medicação comparticipada ou não pelo Serviço Nacional de Saúde.

Encontro de Doentes Valvulares realiza-se no dia 31 de março, em Coimbra
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai reunir vários profissionais de saúde, representantes de...

Esta iniciativa surge no âmbito da campanha Corações de Amanhã e da 11.ª Reunião VaP-APIC, que se realiza nos dias 31 de março e 1 de abril, tendo como objetivo apresentar a atualização de conhecimentos científicos na área da intervenção valvular, e debater a atual realidade do tratamento percutâneo da doença valvular cardíaca. 

“Com esta iniciativa acreditamos que estamos a contribuir para o reconhecimento da importância da atuação face aos tratamentos das doenças valvulares cardíacas, reforçando o seu papel decisivo. É importante consciencializar as pessoas de que o tratamento deve ocorrer o mais rapidamente possível. Ao aumentar esta consciencialização estaremos a garantir que os doentes estão mais informados e capacitados para identificar sintomas (cansaço, dor no peito e desmaios) e recorrer ao profissional de saúde (médico de família ou cardiologista), o que irá permitir o diagnóstico e tratamento atempado e adequado”, afirma Rui Campante Teles, coordenador do projeto Valve For Life/Corações de Amanhã.

Joana Delgado Silva, cardiologista de intervenção no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, avança que: “Trabalhamos todos os dias numa perspetiva de consciencialização para a prevenção e diagnóstico precoce das doenças valvulares cardíacas. É importante promover o conhecimento e a compreensão sobre a doença valvular e os seus sintomas, por forma a melhorar o acesso dos doentes ao melhor tratamento para a sua doença, reduzindo a taxa de morbilidade e mortalidade dos doentes valvulares”.

A sessão de discussão contará com a participação de representantes de autarquias, de instituições de saúde da região de Coimbra e o testemunho de doentes valvulares cardíacos. 

A campanha “Corações de Amanhã”, uma iniciativa promovida pela APIC, pretende aumentar o conhecimento e compreensão sobre a doença valvular cardíaca, promovendo o seu diagnóstico e tratamento atempado. A estenose aórtica e a insuficiência mitral são as principais doenças valvulares cardíacas. Esta campanha conta com o apoio do Valve For Life e com o Alto Patrocínio do Presidente da República. Para mais informações www.coracoesdeamanha.pt

 

Alinhadores transparentes com a qualidade Straumann Group
A Lusíadas Dental, marca Lusíadas Saúde dedicada à Medicina Dentária e Estomatologia, acaba de celebrar uma nova parceria com a...

Os serviços Lusíadas Dental passam, assim, a ter disponíveis os alinhadores transparentes ClearCorrect para correção e alinhamento dos dentes, o que vem fortalecer a resposta da Marca ao nível da ortodontia invisível. Esta é uma solução cada vez mais requisitada por médicos dentistas e clientes, por serem aparelhos quase invisíveis que dispensam a utilização dos fios e bráquetes tradicionais.

Os alinhadores desenvolvidos pela ClearCorrect diferenciam-se por uma linha de corte lisa e não inclinada que se estende para além da margem gengival, o que pode reduzir a necessidade de fixações. Desta forma, consegue-se um melhor ajuste à dentição e uma estética mais apelativa.

Maior conforto, comodidade na utilização, eliminação de restrições alimentares, bem como a possibilidade de monitorização remota são mais algumas das vantagens que resultam da aplicação dos alinhadores transparentes ClearCorrect.

“A ClearCorrect é uma marca muito forte e de grande abrangência na área da ortodontia invisível, com o selo da garantia e qualidade da Straumann. Com esta parceria, a Lusíadas Dental está, uma vez mais, a ir ao encontro das necessidade e interesses dos nossos Clientes.

Desde a sua criação, a marca Lusíadas Dental tem vindo, continuamente, a conquistar espaço no mercado em que opera, fruto da sua abordagem inovadora e diferenciadora. Esta parceria é mais um exemplo concreto de uma estratégia que privilegia e promove uma atitude preventiva e especializada”, refere Nuno España, Head of Lusíadas Dental & Outpatient Clinics Cluster Lisboa.

“O objetivo principal do Grupo Straumann, com esta parceria é juntamente com a Lusíadas Dental, e a sua equipa de medicina dentária, reforçar a qualidade dos tratamentos dentários, e assim possibilitar aos seus pacientes os mais exigentes cuidados de saúde dentária disponíveis e acessíveis, não só em reabilitação oral com implantes dentários, mas também em resultados estéticos.

Partilhamos com a Lusíadas Dental o mesmo ADN para criar segurança e bem-estar, e também a mesma paixão e compromisso intransigentes para garantir que profissionais e pacientes têm acesso à melhor qualidade e aos mais modernos produtos para a realização de tratamentos de substituição dentária. Orgulha-nos ainda, sermos a marca selecionada pela Lusíadas Dental, como a mais reconhecida em segurança e resultados, e por investirem e apostarem na mais recente inovação científica, que possibilita aos seus pacientes ter acesso a tratamentos dentários muito diferenciados, assim como, confirma o seu compromisso com a qualidade e rigor”, afirma Cristina Antas da Cunha, VP Country Manager, Straumann Group.

No âmbito da parceria estão a ser desenhadas várias iniciativas em todas as unidades Lusíadas Dental, indo ao encontro dos interesses e necessidades dos consumidores, as quais poderão incluir, por exemplo, a realização de Open Day’s ClearCorrect, uma iniciativa que visa dar a conhecer as vantagens associadas a este produto.

O universo da Lusíadas Dental dispõe atualmente de 28 cadeiras, distribuídas por nove clínicas, integradas em unidades do Grupo e nos mais recentes espaços independentes. Em 2021, a Lusiadas Dental realizou mais de 56 mil consultas e serviu mais de 20 mil Clientes em todo o País.

Todas as unidades Lusíadas Dental dispõem de convenções com várias seguradoras e subsistemas de saúde e permitem ainda a criação de um plano de financiamento ajustado às necessidades dos Clientes.

Consultas em português, inglês ou ucraniano
A Tranquilidade, a AdvanceCare e a Europ Assistance, em colaboração com a Knok, estabeleceram uma parceria para disponibilizar...

As teleconsultas - por vídeo ou por telefone - serão feitas por médicos especialistas em medicina geral e familiar ou psiquiatria, ou por psicólogos clínicos. As consultas serão em português, inglês ou ucraniano.

Este serviço servirá como primeira linha e resposta rápida, com um tempo de resposta inferior a duas horas desde o primeiro pedido de ajuda.

O acesso ao serviço pode ser feito através do telefone 21 384 80 55 havendo uma chamada telefónica de orientação e triagem clínica. As teleconsultas gratuitas decorrem entre as 9 e as 20 horas, nos dias úteis.

Este grupo de empresas que opera na área da saúde, decidiu juntar-se e criar esta iniciativa demonstrando a sua solidariedade com a comunidade ucraniana e a grave situação humanitária que estão a atravessar.

O objetivo deste serviço, disponível durante 3 meses, é garantir que os cidadãos ucranianos a residir em Portugal consigam aceder a cuidados de saúde de forma simples, não só para situações de doença súbita como para casos de doenças crónicas já identificadas e que necessitam de acompanhamento permanente.

 

"Sou ucraniano e tive de gerir a diabetes em plena guerra”
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai realizar o encontro online “Sou ucraniano e tive de gerir a...

“Este encontro é mais uma forma de apoiarmos todas as pessoas com diabetes que tiveram de aprender a lidar com esta patologia em pleno conflito. Queremos dar voz a todas as pessoas que estamos a apoiar de forma a sensibilizar os nossos associados e não só”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP. 

O evento será totalmente online, em inglês e contará com a moderação de João Valente Nabais, vice-presidente da Federação Internacional da Diabetes e assessor da Direção da APDP.   

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) tem prestado um apoio contínuo a todos os refugiados com diabetes que vieram da Ucrânia e estão agora em Portugal, disponibilizando os seus serviços de cuidados de saúde especializados na diabetes a todas as pessoas refugiadas que precisem de apoio. A APDP tem ainda disponível uma linha de apoio (21 381 61 61) para aconselhamento especializado, que funciona todos os dias, das 9h00 às 17h00.

Para aceder aos serviços da APDP, pode ainda entrar em contacto com a associação através do email [email protected].

 

Evento online
A Academia Mamãs Sem Dúvidas vai organizar, no dia 2 de abril, às 11h00, uma nova edição do “Especial Grávida” centrada em...

No próximo “Especial Grávida”, o universo do parto vai estar em grande destaque sendo abordadas algumas questões como “O plano de parto”, com as explicações da Enfermeira Telma Cabral, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora da Academia Telma Cabral, que vai aprofundar em que consiste este documento, objetivos, como deve ser feito e o que deve conter

“O presente e o futuro das células estaminais” é outro dos temas em destaque no evento. Diana Santos, formadora do banco de tecidos e células estaminais BebéVida, vai focar as mais valias da colheita e preservação do sangue e tecido do cordão umbilical no momento do parto;

“Pós-parto: o que esperar e como preparar a chegada a casa”, com a intervenção da Enfermeira Alice Araújo, especialista em saúde materna e obstetrícia, é outro dos temas que vai abordar os preparativos relacionados com a chegada a casa após o nascimento do bebé de forma a facilitar os primeiros dias da mamã e do bebé em casa.

A participação na sessão é gratuita, mas a inscrição seja obrigatória e deve ser efetuada aqui. As participantes habilitam-se a receber um cabaz de produtos no valor de 350€, que inclui: um intercomunicador Miniland, uma almofada 10 em 1 da Nuvita, um peluche Babiage, uma mala de maternidade Bioderma e ainda uma bomba manual Nuvita. A vencedora será revelada no dia 3 de abril, no perfil de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas.

 

 

 

Como podem as crianças e os jovens ajudar a construir a Paz?
As imagens de guerra com que muitas crianças e jovens se deparam diariamente levantam muitas questões. Este pode ser um momento...

O documento começa por lembrar que “a violência não precisa de, nem deve, existir” e que “todas as formas de violência têm consequências negativas: para nós e para os outros”. Mas recorda que “nenhuma pessoa nasce violenta (aliás, a nossa tendência natural é para fazer o bem e ajudar as outras pessoas). Aprendemos a ser violentos (e, portanto, também podemos aprender a não ser)”.

As crianças e os jovens podem fazer a diferença na construção da Paz? “As crianças e os jovens até podem não saber bem como contribuir para construir a Paz. Mas podem contribuir para a Paz. Todos nós, independentemente da nossa idade, podemos fazer alguma coisa. Muitas vezes, ideias e ações simples são eficazes e contribuem efetivamente para a solução dos problemas e para a construção da Paz”, refere a Ordem dos Psicólogos Portugueses.

“Para durar, a Paz precisa que cuidemos dela, sempre, todos os dias. Não pode ser algo com que nos preocupemos só quando existe uma guerra ou durante um concerto dedicado à Paz” Por isso, sublinha que podemos continuamente “aprender a expressar os nossos pensamentos e sentimentos. As emoções e os sentimentos, mesmo aquelas que são desagradáveis (como a raiva e a zanga) são naturais e comuns a todos os seres humanos. As nossas palavras e os nossos comportamentos não nos afetam apenas a nós, afetam as outras pessoas. E quando magoamos outra pessoa isso é mau para ela, mas também para nós”

“Aprender formas não violentas de resolver os nossos problemas e conflitos. Quando estamos perante um problema ou um conflito temos 3 escolhas: fugir, atacar ou resolver. As primeiras duas opções só vão piorar a situação, têm consequências negativas e podem criar problemas ainda maiores e destruir relações. A única solução positiva é resolver o problema/conflito sem recorrer à violência”, acrescenta.

“Aprender a reagir perante as injustiças, a discriminação e a violência. Quer estas situações aconteçam connosco, quer aconteçam com outras pessoas, não podemos tolerá-las. E aprender a lidar com os nossos erros e a repará-los. Errar é humano e faz parte da vida (e até da aprendizagem – também aprendemos com os erros!). Mas quando os nossos comportamentos prejudicam outra pessoa, é importante assumirmos a responsabilidade do nosso erro (e não inventarmos desculpas ou culparmos outras pessoas!), pedirmos desculpa e percebemos como podemos reparar o mal que causámos”

Por outro lado, devemos “aprender sobre pessoas diferentes de nós e praticar a empatia. Sermos curiosos e fazer perguntas para conhecer melhor outra pessoa, sobretudo quando ela não tem os mesmos gostos, cultura, religião ou vive no mesmo país que nós, pode ajudar a construir a Paz, pois seremos mais capazes de encontrar pontos em comum e perceber que, apesar de todas as nossas diferenças, todos e todas somos seres humanos, e as diferenças enriquecem-nos”

Como podem os Pais, Cuidadores, Educadores e Professores ajudar as crianças e os jovens a construir a Paz?

Há diversas formas de ajudar as crianças e os jovens a construir a Paz, refere a Ordem dos Psicólogos Portugueses, e isso inclui “refletir sobre a Paz e o papel que cada um de nós pode ter na sua construção, educar para o respeito de valores e Direitos Humanos universais, promover a sensibilidade e o conhecimento da diversidade cultural e dar o exemplo”.

Diploma publicado em Diário da República
O regime excecional e temporário de comparticipação de testes rápidos de antigénio (TRAg) de uso profissional vai continuar em...

“No contexto da situação epidemiológica atual, importa continuar a assegurar a vigência do regime excecional e temporário, até ao dia 30 de abril de 2022, prosseguindo a utilização de testes para deteção do SARS-CoV-2, realizados de forma proporcional ao risco”, refere a portaria, assinada pelo Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes.

Recorde-se que o diploma tinha sido atualizado no início de março, quando passou de quatro para dois os testes gratuitos por mês para cada cidadão.

Na altura, a portaria apontava a evolução da situação epidemiológica e o levantamento de várias medidas aplicadas no âmbito da pandemia, designadamente o fim da exigência de apresentação de certificado digital, salvo no controlo de fronteiras, bem como da exigência de teste com resultado negativo para acesso a grandes eventos, recintos desportivos, bares e discotecas.

Desde essa altura, manteve-se em vigor a exigência de teste negativo ou certificado de recuperação ou de vacinação completa com dose de reforço apenas para visitas a lares e utentes internados em estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde.

 

 

Dia 1 de abril, na BabyBlue
Os Workshops Físicos da Mamãs e Bebés estão de volta a Lisboa, com todos os cuidados e segurança para ajudar os pais a...

É normal que possam surgir dúvidas e questões sobre os cuidados que se deve ter tanto com a nossa pele como com a pele do nosso bebé. Durante a gravidez a pele deve ser uma preocupação para todas as futuras mães, pois sofrem alterações inevitáveis. Além disso, quando nasce o bebé também existe uma preocupação acrescida com a pele do recém-nascido que precisa de muitos cuidados logo desde o início. Assim, este Workshop ajudará a dar resposta aos pais que tanto se questionam sobre estes cuidados essenciais tanto durante a gravidez para a mãe como para depois do nascimento do bebé.

Para ajudar os pais neste tema, estará presente a enfermeira Queila Guedes. Esta vai dar resposta a questões como “Quais são as alterações que acontecem com a grávida durante a gravidez?”, “Há algum tipo de produto proibido?”, “Como tratar e prevenir assaduras?” e “Há tecidos de roupa contraindicados?”.

Ainda nesta sessão, decorrerá outra temática, onde vai ser abordada a importância de guardar as células estaminais do bebé. Um especialista da equipa de profissionais da BebéCord explicará e esclarecerá todas as dúvidas inerentes ao tema: o que são as células estaminais? Qual a diferença entre o sangue e o tecido do cordão umbilical? Quais as aplicações e potencial terapêutico?

No final, para juntar ao Workshop haverá ainda uma oferta de Kits de Amostras a todas as participantes, com produtos essenciais para a gravidez.

Para participar no Workshop, a inscrição é feita através do link: https://cutt.ly/01-04-WS-Lisboa-I

 

Projeções devem influenciar a formulação de políticas e incluir uma abordagem preventiva
Um estudo realizado por Mónica Rodrigues, investigadora no Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT)...

Na investigação, Mónica Rodrigues utilizou modelos avançados para quantificar os efeitos da temperatura na mortalidade, a curto (2051-2065) e a longo prazo (2085-2099), e desenvolveu, também, estudos que incorporam cenários demográficos prospetivos em projeções de mortalidade associada à temperatura em condições atuais e futuras (2046-2065), tendo em conta a mortalidade relacionada com o frio e o calor.

Segundo a investigadora, a aplicação destes modelos permite «obter resultados sobre a identificação de fatores inerentes à vulnerabilidade climática, contemplando os impactos das alterações climáticas no agravamento de mortes evitáveis e, ainda, conhecer os grupos etários que apresentem vulnerabilidades associadas, à luz de cenários futuros. O objetivo é continuar a reforçar os conhecimentos sobre a modelação e simulação dos impactos das alterações climáticas na saúde da população em Portugal».

Em particular, o estudo identificou os grupos de idade (inferior a 65 anos e +65 anos) em risco no âmbito do impacto das alterações climáticas sobre as doenças do aparelho circulatório, nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.

Os resultados, explica Mónica Rodrigues, evidenciam que para os períodos futuros «prevê-se um aumento da temperatura, quer no verão, quer no inverno, com maior frequência de ondas de calor, tendo influência na mortalidade. Por exemplo, na Área Metropolitana de Lisboa, durante os meses de verão, observa-se um aumento da mortalidade associada ao calor extremo, em todas as idades, na ordem de 1,58% e 0,10% em ambos os períodos (2051-2065 e 2085-2099, respetivamente), comparativamente ao período histórico (1991-2005)».

«A mortalidade associada ao calor extremo é mais elevada no grupo +65 anos do que no grupo <65 anos, nomeadamente 2,22% vs. 1,38% em 2085-2099, comparativamente ao período histórico. Porém, na Área Metropolitana do Porto, só o grupo +65 anos é que evidencia impactos significativos com a mortalidade associada ao calor de 0,23% em 2051-2065 para 1,37% em 2085-2099», salienta.

No que respeita aos meses de inverno, o estudo estima, para a Área Metropolitana de Lisboa, uma diminuição da mortalidade associada ao frio extremo na ordem de 0,55% para 2051-2065 vs. 1991-2005 e 0,45% para 2085-2099 vs. 1991-2005. Do mesmo modo, na Área Metropolitana do Porto observa-se uma diminuição da mortalidade associada ao frio na ordem de 0,31% a curto prazo (2051-2065) e 0,49% a longo prazo (2085-2099), comparativamente ao período histórico (1991-2005).

Segundo a especialista, os resultados obtidos através da modelação climática e em saúde «podem, e devem influenciar a formulação de políticas e incluir uma abordagem preventiva. A ausência de projeções quantitativas que incorporam alterações climáticas em cenários de possíveis alterações demográficas e adaptações limita a evidência sobre os riscos emergentes para a saúde, as definições da exposição da temperatura a nível local e a identificação de zonas/áreas geográficas onde o risco é mais elevado».

A tese de doutoramento realizada pela investigadora Mónica Rodrigues é inédita, estando publicada nas mais prestigiadas revistas científicas do mundo, o que atesta a qualidade e o grau de fiabilidade da investigação. Além disso, teve destaque num dos mais prestigiados relatórios com relevância global, o último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) – “Climate Change 2022: Impacts, Adaptation and Vulnerability (IPCC, WGII)” –, o principal organismo mundial que estuda as alterações climáticas.

Mónica Rodrigues é uma especialista que integra grupos de trabalho na Organização Mundial da Saúde, na Agência Europeia do Ambiente, na Agência do Ambiente (na Áustria), e integra o grupo de peritos e de revisores especialistas do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC). A sua investigação tem-se dedicado ao estudo do impacto que as alterações climáticas têm nas doenças crónicas em Portugal e na Europa.

Diretora do Programa Nacional para a Tuberculose (PNT)
Segundo Isabel Carvalho, diretora do Programa Nacional para a Tuberculose (PNT) da Direção-Geral da Saúde (DGS), a pandemia por...

O confinamento, a redução dos contactos sociais, a adaptação a plataformas eletrónicas, nomeadamente quanto à monitorização da toma da medicação, o uso da máscara ou o uso mais comum dos testes moleculares de resistência integraram “uma trajetória que devemos aproveitar” no sentido de reduzir a incidência da tuberculose em Portugal, considerou, no âmbito do Dia Mundial da Tuberculose.

Isabel Carvalho salientou que Portugal tem vindo a reduzir a sua incidência nos casos de tuberculose, designadamente através de boas práticas, como a facilidade no acesso ao tratamento preventivo gratuito (rastreios). 

Contudo, os números provisórios de 2020 apontam para uma redução significativa do diagnóstico da tuberculose, que, de acordo com o Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal, não é alheia aos efeitos da pandemia e à necessidade de redirecionar os recursos para a resposta nesta área.  

Para a diretora do PNT, é urgente uma redução do tempo de diagnóstico da doença, sendo essencial facilitar o acesso da população aos meios de diagnóstico, bem como promover a literacia neste tema, principalmente no que diz respeito à perceção dos sintomas. A responsável reforçou, contudo, que Portugal tem “uma caminhada positiva” e que “as medidas facilitadoras têm progredido imenso”. 

Na sessão de abertura do evento promovido pelo PNT e pela DGS, a Diretora Executiva do Plano Nacional de Saúde (PNS), Fátima Quitério, referiu que “a promoção da literacia em tuberculose, aplicada aos profissionais de saúde e aos utentes, contribuirá para aumentar o grau de suspensão da doença e iniciar um tratamento seguro e eficaz, e para aumentar o rastreio aos grupos mais vulneráveis”. 

“A necessidade de reduzir o número de dias até ao diagnóstico implica a manutenção e o reforço da articulação” do PNT com o Laboratório Nacional de Referência para a Tuberculose (LNR-TB) do INSA, “promovendo o recurso as diversas técnicas laboratoriais em Portugal”, acrescentou.

Portugal é um dos países que se propõem a atingir os objetivos da Organização Mundial da Saúde (OMS) - redução em 95% do número de mortes por tuberculose e em 90% da taxa de incidência até 2035. 

World Allergy Organization renova título de Centro de Excelência
A World Allergy Organization renovou, pela segunda vez consecutiva, o estatuto de Centro de Excelência ao Centro da Alergia do...

O Comité dos Centros de Excelência da Organização Mundial de Alergologia (WAO), renovou o estatuto de Centro de Excelência, do Centro de Alergia do Hospital CUF Descobertas, no intervalo de tempo de 2022 a 2026. Segundo Mário Morais Almeida, Coordenador do Centro de Alergia do Hospital CUF Descobertas, “esta renovação reflete o reconhecimento internacional da qualidade da atividade clínica, formativa e científica do nosso Centro”. 

O objetivo da WAO é intensificar e acelerar a inovação científica e clínica multidisciplinar, a educação nas áreas da Alergologia, Asma e Imunologia Clínica e a advocacia em todo o mundo. Objetivo este que, de acordo com Mário Morais Almeida, se vê espelhado na responsabilidade do Centro da Alergia do Hospital CUF Descobertas: “Somos uma equipa experiente e diferenciada, composta por médicos, técnicos, enfermeiros, auxiliares de ação médica e administrativos, que trabalha em rede - tanto a nível nacional, entre as unidades CUF, como internacional, junto dos dirigentes da WAO, com o propósito de cuidar, humanizar, investigar e educar nesta área médica que afeta cerca de um terço da nossa população”. 

O imunoalergologista da CUF recorda: “Fomos, em 2016, pioneiros na obtenção desta distinção e a sua renovação vem comprovar o nosso compromisso com a qualidade dos cuidados prestados às pessoas com alergia que em nós confiam para obter os melhores resultados em saúde”.  

 

Opinião
A recente situação criada entre a Rússia e a Ucrânia tem levantado inúmeras questões relacionadas co

Mas qual a relação entre o iodo e os acidentes associados às centrais nucleares?

Quando ocorre um acidente nuclear, o iodo radioativo é uma das primeiras substâncias lançadas na atmosfera. Pode ser absorvido pelo ar, pelos alimentos e até mesmo pela pele, e é armazenado naturalmente na tiroide. O iodo radioativo é cancerígeno e ataca as células do tecido desta glândula.

De igual forma, a substância iodeto de potássio (constituinte dos medicamentos à base de iodo disponíveis para venda) também se armazena na tiroide. Se o iodeto de potássio for administrado em doses elevadas, a glândula ficará sobrecarregada, e não consegue absorver mais iodo, quer seja inócuo ou radioativo.

Se o iodeto de potássio for administrado de forma suficiente, não vai existir espaço na tiroide para o iodo radioativo. Ao não se conseguir acumular na glândula, este será eliminado pelos rins.

Os comprimidos à base de iodo, contudo, não protegem contra outras substâncias radioativas. Também não faz sentido tomá-los de forma preventiva, isto é, antes da ocorrência de um acidente nuclear, uma vez que a tiroide só os vai armazenar durante um determinado período. É também importante salientar que a ingestão de doses excessivas de iodo pode ser prejudicial, e causar riscos sérios à saúde, através de reações cardíacas e renais graves, que podem mesmo provocar a morte.

Os medicamentos que contém iodeto de potássio comercializados em Portugal apresentam como indicações terapêuticas a correção de deficiências nutritivas e a prevenção de defeitos do tubo neural e de distúrbios neurológicos do feto durante a gravidez. São sujeitos a receita médica e devem ser tomados de acordo com indicações médicas. As dosagens disponíveis (0,2mg e 0,3mg) são muito inferiores à dosagem recomendada após um acidente nuclear (65mg).

Concluindo, é importante perceber que os medicamentos à base de iodo não são vacinas protetoras de radiação, nem tratamentos permanentes. É totalmente desaconselhado adquirir os mesmos com este intuito, pois além dos riscos que podem ter, não são úteis nem eficazes na proteção radioativa.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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