Mayo Clinic
Um regime de gestão da dor sem opióides ofereceu o mesmo alívio da dor que os opióides geralmente prescritos, de acordo com...

Os opióides podem ajudar a controlar a dor, mas podem ser viciantes. Em todo o mundo, cerca de 500.000 mortes são atribuídas ao consumo de drogas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais de 70% destas mortes estão relacionadas com opióides, com mais de 30% delas causadas por overdose. Segundo estimativa da OMS, cerca de 115.000 pessoas morreram de overdose de opióides em 2017. Overdoses por opióides que não levam à morte são muitas vezes mais comuns do que overdoses fatais.

O desafio para os cirurgiões é minimizar o uso de opióides enquanto otimizam o controlo da dor do paciente após a cirurgia, diz Kelechi Okoroha, cirurgião ortopédico e especialista em medicina desportiva na Mayo Clinic. Okoroha é o autor sénior de ambos os estudos.

“As doenças ortopédicas e espinhais são responsáveis por cerca de 3 em 10 prescrições opióides, pelo que os cirurgiões podem reduzir significativamente as mortes relacionadas com elas, limitando as prescrições de opióides”, diz Okoroha.

Os investigadores criaram uma abordagem de tratamento da dor que elimina os opióides após cirurgias desportivas comuns. No primeiro estudo, os participantes foram submetidos a cirurgias ao joelho para reconstruir o ligamento cruzado anterior (ACL). No segundo estudo, os participantes foram submetidos a cirurgias para reparar o manguito rotador. Todos receberam um bloqueio nervoso antes da cirurgia.

Em cada estudo, um grupo de participantes recebeu um regime opióide padrão para gerir a dor. O outro grupo participou numa abordagem de gestão da dor sem opióides. O regime livre de opióides incluía analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides e relaxantes musculares.

Ambos os estudos descobriram que o regime livre de opióides oferecia igual ou maior controlo da dor e satisfação do paciente em comparação com o regime opióide padrão.

Em ambos os estudos, os efeitos adversos mais comuns foram sonolência, tonturas e sintomas gastrointestinais. No estudo do manguito rotador, os participantes que receberam o regime sem opióides relataram efeitos ligeiramente menos adversos do que aqueles que receberam o regime opióide.

Okoroha diz que o motivo da Mayo Clinic estar a trabalhar para limitar os opióides é oferecer aos pacientes alternativas à gestão tradicional da dor.

"Acho que esta é a pesquisa que vai mudar o jogo", diz Okoroha. "Constatámos que é eficiente nas cirurgias desportivas comuns. O nosso plano é implementá-lo noutras cirurgias e esperamos reduzir a carga dos opióides em todo o mundo."

 

Em parceria com a Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E)
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza hoje o “Encontro Internacional Desafios na Implementação da...

O encontro, em formato híbrido (presencial nas instalações da UICISA: E – Rua Dr. José Alberto Reis, freguesia de Santo António dos Olivais, em Coimbra –, ou online, via Zoom), tem início às 14h00 (sessão de abertura), com as intervenções da Presidente da ESEnfC, Aida Mendes, e do coordenador da UICISA: E, João Apóstolo.

Seguem-se, conforme previsto no programa do evento, comunicações de professores e especialistas da Universidade da Beira Interior, da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, da Unidade de Controlo do Tabaco do Instituto Catalão de Oncologia, da ESEnfC e da Universidade de Navarra.

O INSTrUCT, do qual a ESEnfC faz parte e que é liderado pela Unidade de Controle do Tabaco do Instituto Catalão de Oncologia, envolve académicos e investigadores de sete instituições de ensino superior europeias. Enquanto projeto educacional e de pesquisa, construiu um recurso de ensino e aprendizagem, dirigido a estudantes de profissões da área da saúde, sobre como tratar a dependência do tabaco, responsável por quase 700 mil mortes anualmente no continente europeu.

Já testado entre várias centenas de estudantes europeus de medicina e de enfermagem, e disponível em quatro línguas (inglês, francês, espanhol e português), este recurso é gratuito, sendo objetivo do consórcio que o desenvolveu torná-lo disponível (após avaliação da sua eficácia) no maior número de instituições de ensino superior de saúde na Europa, para implementação nos respetivos currículos.

Apesar do elevado número de mortes devido ao consumo de tabaco, «28% dos adultos europeus são fumadores, implicando o risco de manter e mesmo aumentar a carga das doenças relacionadas com o tabaco no continente europeu», lê-se na fundamentação do projeto INSTrUCT, que beneficia de financiamento do programa europeu ERASMUS + e que contou com a experiência da professora da ESEnfC, Tereza Barroso.

«As evidências científicas são consistentes no que diz respeito à eficácia e custo-benefício do tratamento do tabagismo», com os «profissionais de saúde», e «os enfermeiros em particular», a desempenharem «um papel fundamental na promoção e apoio à cessação do consumo de tabaco», lê-se na página web deste encontro internacional, onde fica expresso que «a OMS recomenda a integração destes conteúdos nos curricula de todos os profissionais de saúde».

Mais informações sobre Encontro Internacional Desafios na Implementação da Formação Cessação Tabágica estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/instruct2022

 

Investigação
Cientistas descobrem que o nosso sentimento subjetivo de controlo resulta da competição entre dois p

Já todos passámos por situações como… conseguir ser atendido por um assistente de um call centre, adormecer um bebé, fazer zapping na televisão para encontrar algo que nos interesse…. É inevitável que a dado momento nos questionemos - será que as minhas ações fazem realmente diferença?

Para decidirmos o que fazer, precisamos saber se as nossas ações são relevantes, e quanto mais cedo isso acontecer, melhor. Mas perceber se temos controlo sobre uma determinada situação não assenta apenas numa estratégia de tentativa-erro. A nossa capacidade de o fazer é fortemente influenciada por fatores internos, especialmente pelo nosso estado mental. Elevados níveis de stress, ansiedade e depressão, comprometem o nosso sentimento de controlo, levando frequentemente a que consideremos que as nossas ações não são relevantes, mesmo quando o são.

Há décadas que os cientistas têm vindo a investigar a forma como este complexo processo cognitivo funciona. No entanto, devido a confusões conceptuais e metodológicas, o progresso tem sido lento. Num novo estudo, publicado hoje (10 de março) na revista científica Nature Human Behaviour, investigadores da Fundação Champalimaud, em Portugal, e do Donders Institute for Brain, Cognition and Behaviour, nos Países Baixos, apresentam uma importante descoberta nesta área.

“O mecanismo que descobrimos ainda não havia sido considerado anteriormente, mas reunimos amplas e fortes evidências - desde o comportamento à atividade neural - que sugerem que é de facto assim que o cérebro calcula a controlabilidade”, afirma Romain Ligneul, primeiro autor do estudo e investigador pós-doutorado no laboratório Neurociência de Sistemas.

Será que temos tudo sob controlo?

Para determinar como o cérebro avalia a controlabilidade, numa primeira fase a equipa teve de formular a experiência certa. Mas pode o sentimento subjetivo de controlo de uma pessoa ser medido de forma objetiva?

“Para dar uma ideia clara de como a tarefa que desenvolvemos funciona, costumo usar uma metáfora”, diz Ligneul. “Imaginem que estão, num ambiente de realidade virtual, a andar por uma casa onde cada quarto tem duas portas que, às vezes, mudam de cor.”

A equipa concebeu duas casas que parecem idênticas, mas que na verdade têm uma diferença essencial: podem ser controláveis ou não. Nas casas “controláveis”, a cor das portas determina as divisões a que dão acesso. Assim que aprendemos as associações corretas entre as cores das portas e as divisões, podemos escolher para onde queremos ir a seguir. Pelo contrário, nas casas “não controláveis”, a sequência de divisões é fixa. Ou seja, se estamos na cozinha, qualquer uma das portas dá acesso à casa de banho, tornando as nossas escolhas irrelevantes.

“Como as casas parecem iguais, podemos trocar os participantes entre casas “controláveis” e casas “não controláveis” sem que estes se apercebam”, disse Ligneul. “Depois, deixamo-los explorar a casa durante algum tempo antes de lhes perguntarmos: “que divisão está por trás de cada uma das duas portas que estão a ver?”.

Quando a questão surge, os participantes podem ainda não ter percebido bem o que está a acontecer. Especialmente porque, de vez em quando, o algoritmo os confunde ao alterar as associações entre a cor da porta e a divisão. Ainda assim, as respostas revelariam aquilo que a sua intuição lhes diz. Se sentem que não têm controlo, diriam que ambas as portas dão acesso à mesma divisão. Se, pelo contrário, sentem que as suas escolhas são relevantes, identificariam uma divisão diferente em cada porta.

 

Nas casas “controláveis”, a cor das portas determina as divisões a que dão acesso. Pelo contrário, nas casas “não controláveis”, a sequência de divisões é fixa, tornando as nossas escolhas irrelevantes. Créditos: Romain Ligneul

O Ator Versus O Espectador

Com o desenvolvimento desta elegante experiência, a equipa havia acabado de descobrir um novo mecanismo que explica como o cérebro avalia a controlabilidade. “Descobrimos que existem dois processos de aprendizagem que ocorrem em paralelo: o ator e o espectador. O cérebro controla e compara estes dois processos, continuamente, para determinar qual é o melhor a fazer previsões”, explicou Zachary Mainen, Investigador Principal na Fundação Champalimaud e coautor deste estudo.

“Um jogo de ténis é um ótimo exemplo de como o sistema funciona”, acrescentou Ligneul. “O ‘sistema ator’ seria dominante quando é a nossa vez de fazer o serviço, porque o cérebro precisa de calcular quais as ações que conduzirão à melhor trajetória. No entanto, se estamos na posição de recetor da bola, não há nada que possamos fazer para determinar onde esta irá cair. Então, nesse caso, o cérebro optaria pelo ‘sistema espectador’, para que estejamos preparados quando a bola vier na nossa direção.”

Um teste de stress

O novo modelo de aprendizagem da equipa ganhou tração quando foi acrescentado o fator stress à equação. “Sabe-se que, à semelhança do que acontece em situação de ansiedade e depressão, a exposição a fatores de stress conduz a uma ilusão de falta de controlo”, afirmou Ligneul. “Por isso, pensámos que, se o nosso modelo estivesse de facto correto, então a exposição dos participantes a esses fatores de stress, antes de executarem a tarefa, faria pender a balança para o ‘sistema espectador’”.

O teste de stress confirmou a sua hipótese. Os participantes que recebiam choques elétricos ligeiros sem controlo, tendiam a adotar a posição de espectador. E quanto mais elevados fossem os seus níveis gerais de stress à partida, mais eficaz era a manipulação. Em contrapartida, apesar de efetivamente receberem o mesmo número de choques, os participantes que podiam agir para os evitar eram melhor sucedidos a implementar o modelo ator.

Porque é que estas experiências iniciais teriam a capacidade de, mais tarde, influenciar a perceção das pessoas sobre a controlabilidade? De acordo com Ligneul, há duas hipóteses. A primeira é que níveis elevados de stress podem desencadear processos emocionais que prejudicam o desempenho em tarefas cognitivas. A segunda, que o autor considera mais provável, é que os participantes estão simplesmente a ser racionais. “A experiência ensinou-lhes que o mundo não é controlável. Por isso, o autor sugere que, quando são confrontados com uma situação nova, esta premissa guia as suas previsões e processo de tomada de decisão”.

Um Novo Circuito Cerebral

Na fase final do estudo, os cientistas investigaram a base neural deste mecanismo. Desta vez, os participantes desempenharam a tarefa dentro de um equipamento de MRI que recolheu imagens da sua atividade cerebral em tempo real. Com esta abordagem, a equipa identificou várias áreas relevantes no cérebro.

“Encontrámos certas estruturas cerebrais que codificam sinais relacionados com o processo de aprendizagem “ator” e outras que codificam ambos os processos. Isto significa que o cérebro, a cada momento, consegue comparar diferentes fontes para avaliar a controlabilidade”, explicou Ligneul.

Se é surpreendente que a mesma região do cérebro represente os dois processos? “Não. De todo” respondeu Ligneul. “Como os dois processos precisam ser continuamente comparados, a co-localização ajuda a assegurar que a comparação acontece rapidamente.”

Desenvolvimento, Depressão e Controlo

Apoiados por este conjunto de dados, a equipa está já a planear vários estudos de continuidade. “As nossas descobertas têm amplas implicações em diversos campos”, disse Ligneul. “Estamos entusiasmados com a possibilidade de investigar como este mecanismo evolui com a idade e como outros fatores, como é exemplo crescer num ambiente de stress, o afetam. Também estamos particularmente interessados em explorar este mecanismo em contexto de distúrbios mentais. Acreditamos que esta abordagem irá ajudar a perceber porque é que a depressão conduz à ilusão de perda de controlo, e como os medicamentos psiquiátricos funcionam, questões que estão ainda em aberto”, conclui.

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Antiga Clínica Europa
A Joaquim Chaves Saúde inaugurou, esta manhã, a sua mais recente aposta, a Clínica Cirúrgica de Carcavelos (CCC), antiga...

A Clínica Cirúrgica de Carcavelos é um espaço que, a partir de agora, dispõe de um bloco cirúrgico, onde é clara a forte aposta na tecnologia, e ainda um bloco de internamento, com 14 quartos individuais que oferecem a segurança, qualidade e conforto necessários no pós-operatório, alguns não só com vista de mar, mas com varandas, para uma recuperação que se deseja completa.

“A segurança do cliente é a nossa principal preocupação, uma condição inegociável para a Joaquim Chaves, que motivou as melhorias feitas não só ao nível das instalações, mas também de equipamentos”, refere Nuno Lourenço, Diretor Clínico da Clínica Cirúrgica de Carcavelos. “Não podíamos esquecer também o conforto, ao qual se associa ainda a humanização dos cuidados. Para a Joaquim Chaves, é essencial que o cliente tenha um atendimento diferenciado, num momento no qual está, certamente, mais fragilizado. Por isso, o Grupo aposta na constante formação dos colaboradores e sensibiliza-os para o facto de que cada cliente tem necessidades específicas”, acrescenta.

Além de todas as valências de que dispunha, a clínica oferece agora a realização de cirurgias com períodos de internamento reduzidos, menos complexas e que não necessitam de cuidados intensivos, como operações às cataratas, vitrectomias, cirurgias para a remoção de hérnia, para colocação de próteses, entre outras, com destaque para a Latarjet. Este é um método que torna a Clínica Cirúrgica de Carcavelos um dos poucos locais em Portugal a realizar este procedimento inovador e minimamente invasivo, realizado através de artroscopia, permitindo uma recuperação muito mais rápida, e que está indicado para o tratamento da luxação recidivante do ombro, em pacientes que sofreram este tipo de lesão de forma recorrente, tendo causado um desgaste no osso glenoide.

Fazem ainda parte das valências cirúrgicas a cirurgia percutânea do pé, realizada no nosso país em poucas unidades, uma intervenção minimamente invasiva que, através de pequenas incisões, permite corrigir deformidades nos pés; a cirurgia da mama, seja de remoção de tumor, biópsia do gânglio sentinela ou reconstrução mamária.

Do investimento na unidade destacam-se 120 mil euros para a substituição de todo o equipamento intensificador de imagem utilizado no tratamento da varicocele por laser; 200 mil euros em novos microscópios para o bloco operatório de neurologia e oftalmologia, que garantem, assim, maior segurança para os doentes; novos ventiladores para o bloco operatório e internamento e uma nova central de esterilização.      

A sessão de inauguração contou com a presença dos membros do Conselho de Administração do grupo Joaquim Chaves Saúde, nomeadamente, do seu Presidente, José Chaves, e ainda do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

A clínica pretende ser uma referência na zona da linha, com acordos com as principais seguradoras e a ADSE, e onde os circuitos de ambulatório, cirurgia e internamento são distintos, para garantir um atendimento diferenciado e seguro.

Promoção de estilos de vida saudáveis e bem-estar com equipas multidisciplinares
A Unilabs, empresa líder de diagnóstico clínico integrado, e a Solinca, cadeia de ginásios líder na área de fitness, criaram...

O objetivo desta parceria é juntar o diagnóstico avançado ao desenvolvimento de programas que permitam aos fisiologistas do exercício e instrutores dos ginásios Solinca definir planos de treinos personalizados, com base nos indicadores de saúde e condição física de cada cliente, sendo este plano reavaliado periodicamente, e utilizando ferramentas tecnológicas para ajudar a motivação e sucesso do programa.

Luís Menezes, CEO da Unilabs Portugal, explica que “Cada um de nós é único. Como tal a nossa ambição, da Unilabs Portugal e da Solinca, é criar ferramentas para se poderem definir metas de exercício adequadas à saúde de cada pessoa, que devem ser acompanhadas de forma regular para garantir uma progressão segura e saudável ao longo do tempo. Isto é, o princípio da individualização de plano de treino, usando ferramentas de Data Intelligence e Inteligência Artificial, e sabemos que com a Solinca temos as condições para desenvolver um projeto pioneiro em Portugal”.

Bernardo Novo, CEO da SC Fitness, revela que “um programa de treino deve ter uma visão holística da pessoa, aliando os benefícios do fitness à saúde, numa ótica de prevenção e bem-estar. Partindo de um bom diagnóstico clínico e tendo em conta os objetivos individuais de cada pessoa, seja a perda de peso, a melhoria da atividade cardíaca ou o aumento de massa muscular, vamos elaborar um plano de treino e de dieta alimentar através de uma equipa multidisciplinar com médico de medicina desportiva, nutricionista e treinador. E para obter resultados, isto pressupõe uma avaliação e acompanhamento periódicos em função dos resultados alcançados, quer na performance física quer na saúde”.

A prática regular de exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde, combate ao sedentarismo, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares como diabetes, o colesterol, a hipertensão ou a obesidade e melhora a qualidade do sono, essencial para a nossa saúde.  

A Solinca, atualmente com 34 clubes a nível nacional, conta com mais de 150 Instrutores Licenciados em Educação Física e Desporto, muitos dos quais com Mestrado em Atividade Física e Saúde; adicionalmente contam ainda com formação técnica especializada e diferenciada de acordo com a sua área de intervenção.

Dor é o principal sintoma
Considerada a terceira doença mais frequente do aparelho genitourinário, estima-se que a Litíase do

Tratando-se de cristais duros que são gerados a partir de resíduos químicos presentes na urina e que se juntam, ao longo do tempo, formando conglomerados de proporções progressivamente maiores, os cálculos no trato urinário começam a formar-se dentro de um rim e podem aumentar de tamanho no ureter ou na bexiga. Conforme a sua localização, estes podem ser denominados de cálculos renais, ureterais ou vesicais.   

Mais frequentes entre o sexo masculino, aumentando a sua incidência com a idade, os cálculos renais podem apresentar um tamanho variável, indo do tamanho de um grão de areia a uma bola de golfe.  

Como se manifesta?

Os cálculos podem ficar alojados nos rins durante muitos anos sem apresentar qualquer sintomatologia. O problema é quando os cálculos se deslocam para a bexiga através das vias urinárias.

O primeiro sintoma, geralmente, é a dor. A deslocação do cálculo através das vidas urinária pode provocar cólicas renais, que provocam dor aguda e intensa nas costas, e que pode alastrar para a parte da frente do abdómen e, por vezes, atingir as virilhas.

A presença de sangue na urina, que pode ser visível ou identificada através de análise é outro dos sintomas frequentes.

Há ainda pacientes que se queixam de náuseas e vómitos e outros que apresentam arrepios, suores e febre, acompanhados de urina turva ou com um cheiro desagradável, o que pode sugerir a existência de infeção.

A cólica renal associa-se, habitualmente, a uma urgência urinária e a um desconforto na região da bexiga, ambos causados pela passagem do cálculo da uretra para a bexiga. Estes sintomas são idênticos aos encontrados na infeção urinária.

O que está na sua origem?

Entre as principais causas para a formação de pedra nos rins estão as malformações congénitas ou adquiridas, má alimentação e a deficiente hidratação.

Por outro lado, sabe-se que as pessoas com histórico familiar de formação de cálculo têm uma maior probabilidade de desenvolver cálculos de cálcio. Além disso, as pessoas que passaram por cirurgia para perda de peso, como é o caso da cirurgia bariátrica, também apresentam um risco aumentado de formação de cálculos.

Diagnóstico e tratamento

Os médicos normalmente suspeitam de cálculos em pessoas com cólica renal. O seu diagnóstico feito com base no exame clínico e confirmado através de alguns exames complementares, como a análise da urina e a ecografia renal e vesical (da bexiga).

Quando existem dúvidas ou caso se pretenda definir com maior precisão as dimensões dos cálculos e a sua localização exata, pode ser necessário fazer uma tomografia computorizada (TAC).

No que diz respeito ao tratamento, se o cálculo renal for muito pequeno, pode não haver necessidade de intervenção já que pode sair por si. Os cálculos inferiores a 5mm são eliminados espontaneamente em cerca de 90% dos casos.

Caso seja necessária a intervenção cirúrgica, existem dois tipos de abordagem que dependem da composição e localização dos cálculos:  a Litotrícia extracorporal por ondas de choque (LEOC) e a Ureterorrenoscopia, uma exploração endoscópica do ureter em que o cálculo é fragmentado e depois retirado.

O que fazer para prevenir?

A prevenção passa por medidas gerais, como o aumento da ingestão de líquidos e alterações na alimentação. É importante que os doentes bebam cerca de dois litros de líquidos por dia (três litros nos dias mais quentes) de modo a tornarem a urina menos concentrada e dificultar a formação de novos cálculos.

No que diz respeito à alimentação é importante, reduzir o consumo de sal e de certos alimentos. Por outro lado, se tem antecedentes pessoais ou familiares de pedra nos rins, deve reduzir a ingestão de carne e peixe e alimentos ricos em oxalato, como espinafres, chocolate, chá preto, frutos secos e figos.

A ingestão de gorduras e de açúcar deve ser limitada e o álcool e o tabaco também devem ser evitados.

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Sessões de esclarecimento sobre a doença renal crónica
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai realizar várias sessões de esclarecimento sobre a doença renal...

As sessões de esclarecimento estão adaptadas para os alunos que se encontrem no ensino básico e secundário, e vão ser realizadas no Agrupamento de Escolas de Valadares, em Vila Nova de Gaia, e na Escola Secundária José Saramago, em Mafra.

“Com esta iniciativa pretendemos contribuir de forma positiva para o programa de educação em saúde das várias escolas, bem como prevenir e reduzir a incidência da doença renal crónica. Desta forma, iremos continuar a promover diversas ações de consciencialização, ministradas por médicos e enfermeiros, em escolas básicas e secundárias de norte a sul do país, proporcionando aos alunos a oportunidade de aprender a cuidar da saúde dos seus rins”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

A campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

Estudo
O conforto é um dos fatores-chave na experiência dos usuários de lentes de contacto, como mostram os resultados de um inquérito...

Uma das principais conclusões deste inquérito indica que 81% dos usuários que deixam de usar as lentes de contacto fazem-no devido ao desconforto. Na verdade, entre os fatores mais importantes que devem ter as lentes de contacto, apenas a correção visual supera a comodidade, de acordo com os usuários que responderam a este inquérito. Além disso, mais da metade dos profissionais da visão considera que a falta de conforto é uma das principais barreiras que os usuários encontram ao usar lentes de contacto. Estes dados podem explicar o porquê de 41% dos usuários considerarem que é "normal" sentir algum desconforto com as lentes de contacto”. Comichão, secura ou desconforto ao final do dia são alguns dos problemas mais recorrentes entre os participantes do inquérito.

Importância da comunicação com os usuários

No entanto, estes problemas muitas vezes podem ser resolvidos com a escolha das lentes de contacto mais adequadas para cada pessoa, o que exige uma comunicação fluída entre o profissional da visão e o usuário de lentes de contacto. Como explica o Prof. José M. González Méjiome, “a troca de lentes de contato em usuários insatisfeitos depende do profissional. Por isso, é muito importante o tempo dedicado à melhoria da adaptação das lentes de contacto e prescrição do sistema de manutenção quando aplicável, identificando a opção mais adequada para cada pessoa”.

Além disso, o inquérito mostrou que apenas 35% dos usuários de lentes de contacto consideram que o conforto é algo que costumam discutir com o seu profissional da visão. "Quando o usuário de lentes de contacto sofre de desconforto ou outros problemas que possam estar relacionados com o uso das suas lentes de contacto, é fundamental que ele sinta confiança no profissional da visão para que possa encontrar a melhor alternativa e garantir a sua satisfação", explica o Prof. González Méjiome. Nesse sentido, há muito espaço para melhorias na comunicação, pois 55% dos usuários não sentem a confiança necessária com o seu profissional da visão para falar sobre o conforto das suas lentes de contacto.

 

 

Podologia
Os nossos pés acompanham-nos em todas as jornadas da nossa vida, impulsionam-nos a ultrapassar os ob

Por serem a nossa base sólida de sustentação, são os pés que suportam o peso do nosso corpo e que funcionam à semelhança dos alicerces das casas, garantindo-nos o equilíbrio necessário para a adoção de uma boa postura corporal. Razão pela qual é enorme o desgaste a que estão submetidos quando, por exemplo, passamos várias horas em pé durante o horário laboral. Adicionalmente, os nossos pés funcionam como molas/alavancas durante a deambulação, impulsionando o corpo durante a marcha. Assumindo o arco longitudinal interno do pé um papel na absorção de impactos e no armazenamento de energia, os pés são assim responsáveis por receber e distribuir o peso do organismo, ao mesmo tempo que se adaptam às superfícies irregulares pelas quais caminhamos.    

Com funções biomecânicas variadas e complexas, os nossos pés são compostos por três grupos ósseos (tarso, metatarso e falanges), músculos, ligamentos e articulações, sendo revestidos pela pele e estando as pontas dos dedos protegidas pelas unhas. Pela sua enorme relevância, é agora fácil perceber o quão crucial é protegermos todas as suas estruturas, evitando comportamentos incorretos que as podem prejudicar. 

Quais são as consequências desses comportamentos comuns e inadequados? 

É relevante ressalvar que a falta de mobilidade e o aumento dos níveis de sedentarismo, em resultado de alguns hábitos adquiridos face à pandemia, prejudicam a saúde dos pés e que entre as suas potenciais consequências se encontram a má circulação, as dores nos membros inferiores, o edema, a redução da flexibilidade, a atrofia muscular e o excesso de peso. 

De seguida, importa falar sobre a utilização de sapatos com saltos altos e finos, que levam a uma diminuição da área de apoio do pé e a uma concentração do peso corporal, o que aumenta o risco de quedas, entorses e inflamação. Depois, e ainda relativamente ao calçado, destaco que o volume do pé aumenta durante o dia, pelo que é um erro não garantirmos uma margem suficiente entre a ponta do dedo grande do pé e o sapato, sendo o calçado apertado um fator potenciador de calosidades. Tendo isso conta, é preferível escolher um calçado com atacadores ou tiras de velcro, para que possa ser ajustado. 

Enquanto o sol não brilha com todo o seu esplendor e o calor não se faz sentir, penso que é também importante alertar para os perigos de aproximar demasiado os pés das lareiras, dos aquecedores, dos radiadores ou dos sacos de água quente, uma vez que as altas diferenças de temperaturas são prejudiciais. Concomitantemente, pelo risco de queimadura, as pessoas com diabetes devem ter um cuidado redobrado. 

Dado que a xerose cutânea não é um problema exclusivo dos meses quentes, deve adotar-se um comportamento preventivo durante todo o ano, no que diz respeito a este problema, que está relacionado com a desidratação da pele. Assim, os banhos de água demorados e excessivamente quentes, beber água em quantidades insuficientes e esquecer a hidratação dos pés são alguns atos que podem estimular uma pele áspera, irritada e sem flexibilidade, bem como o desenvolvimento de fissuras e gretas, que podem funcionar como uma porta de entrada para organismos patogénicos. 

Adicionalmente, aderir à moda de usar sapatos sem meias ou preferir meias de materiais sintéticos são alguns erros relativamente comuns, que podem promover o desenvolvimento de infeções fúngicas. Já não trocar de meias, quando estas ficam húmidas ou molhadas, quer seja pelo excesso de transpiração ou devido aos dias de chuva, cria também um ambiente propício ao surgimento de micoses e irá provocar desconforto pela exposição da pele ao frio e à humidade, aumentando a sensação de arrefecimento e o risco de frieiras. Paralelamente, de modo a prevenir o desenvolvimento de fungos e o crescimento de bactérias responsáveis por maus odores, deve evitar-se usar o mesmo par de sapatos dois dias consecutivos.  

Relativamente às unhas dos pés, fazer um corte arredondado dos cantos, não ajuda a que a unha cresça para além da pele nas margens do dedo, o que pode levar à onicocriptose (vulgarmente reconhecida como “unha encravada”).  

Não consultar um especialista para avaliar o pé em caso de alterações visíveis ou dor é uma opção que pode levar ao agravamento de problemas podológicos e ao desenvolvimento de complicações. 

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Falta de literacia em saúde
Existe, em Portugal, um grande desconhecimento sobre o papel do rim no organismo, confirma um inquérito realizado junto da...

Um desconhecimento que Edgar Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, atribui à falta de literacia em saúde, que continua a ser uma constante para muitos portugueses. “Estes dados mostram que há necessidade de se aumentar a literacia em saúde, mas ela não é isolada, deve estar incluída na educação global, que tem de ser implementada para que possamos ter resultados. Mas atenção, que estes nunca serão imediatos, é uma ação a médio e longo prazo, mas vale a pena começar. Até porque a nossa população está a envelhecer, os fatores de risco aumentam com a idade e o grupo de pessoas com doença renal que atingem a fase em que são necessários tratamentos substitutivos aumenta bastante.” 

Ainda de acordo com os resultados do inquérito, os problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca ou enfarte, não são identificados como fator de risco da doença renal crónica por 21,8% dos inquiridos, com 33,5% a admitir não saber a resposta. Ao todo, 45% não sabem ou respondem de forma errada quando questionados sobre se as doenças cardiovasculares são uma consequência desta doença, ainda que os inquiridos com história de problemas renais ou história familiar para esta doença revelem um nível de conhecimento superior.

Edgar Almeida explica que “os fatores de risco para a doença renal crónica são muito semelhantes aos fatores de risco para as doenças cardiovasculares no geral. Ou seja, as pessoas que são obesas, hipertensas, os diabéticos, as pessoas que fumam, com um elevado consumo de sal na alimentação, também estão em risco de doença renal”. O que significa que “se fizermos tudo para termos hábitos de vida saudáveis estamos a proteger também o rim. No entanto, porque esta é uma doença muito vaga, surge a questão: quando é que as pessoas se têm que preocupar com isto? As pessoas têm que se preocupar em ter os chamados estilos de vida saudáveis, mas são os profissionais de saúde que têm de estar alerta para o diagnóstico da doença renal crónica. E a nossa missão não é só dirigida à população geral, mas também aos médicos, que podem detetar precocemente esta patologia, sobretudo quando as pessoas têm os fatores de risco referidos”. 

De acordo com o especialista, a doença renal crónica tem duas fases distintas: “uma fase até ao início do tratamento substitutivo renal, em que as pessoas são acompanhadas nas consultas; e uma segunda fase, em que as pessoas têm necessidade de fazer hemodiálise, diálise peritoneal, transplante”. Nesta situação estima-se que, em Portugal, se encontrem aproximadamente 20 mil pessoas, às quais se juntam “6,1% da população que se estima esteja na fase dita pré-diálise, ou seja, com uma doença moderada a severa”. O que significa que a doença renal crónica “é importante, embora passe despercebida e terá uma dimensão que não fica muito aquém, infelizmente, da diabetes como doença crónica”. 

E tudo isto com um grande impacto. “Felizmente, o tratamento é integralmente suportado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), existindo um grande impacto económico para o País. Mas além desse custo, com o qual todos nós contribuintes nos devemos preocupar, porque o dinheiro podia ser usado para outras coisas, há outro impacto, que se sente na vida das pessoas, que se altera de forma significativa. A hemodiálise costuma ser feita durante quatro horas, três vezes por semana, num centro de diálise, o que torna as pessoas limitadas na sua mobilidade e isto é muito limitativo para quem quer ser autónomo.” 

Precisamente com o intuito de alertar a população para a importância de reconhecer e não desvalorizar os sintomas da doença renal crónica, tentando assim chegar a um diagnóstico precoce e que permita um tratamento da doença menos limitativo, a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia e a AstraZeneca, uniram-se para lançar a campanha #SemFiltros, uma alusão ao papel dos rins no organismo que, entre outras, têm a função de filtrar o sangue.

Submissões até 31 de dezembro de 2022
Está a decorrer o processo de submissão de propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, em colaboração...

Estas bolsas estão inseridas no programa Global Medical Grants (GMG) e pretendem apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

Este Request for Proposal (RFP) público fornece detalhes sobre a área de interesse, estabelece o período de submissão e datas de revisão e aprovação. Os projetos serão analisados por um painel de revisores interno que tomará a decisão final sobre a atribuição das bolsas. A Pfizer e a BioNTech não têm influência sobre qualquer aspeto dos projetos e apenas solicitam relatórios sobre os resultados e sobre o seu impacto, com o intuito de os compartilhar publicamente.

As submissões podem ser apresentadas ao longo do ano, terminando a 31 de dezembro de 2022.  A sua revisão e consequente decisão sobre o apoio será efetuada continuamente.

 

22.ª edição do estudo “Marcas de Confiança” Selecções do Reader’s Digest
A revista Selecções do Reader’s Digest, que este ano comemora 100 anos, acaba de divulgar os vencedores da 22.ª edição do...

Os médicos, que ao longo do último ano têm sido uma constante no nosso dia-a-dia, são apontados como a profissão que oferece maior confiança, destronando, assim, Cientistas/Investigadores, que detinham a confiança dos portugueses em 2021. Políticos, Advogados, Juízes e Vendedores são profissões nos últimos lugares na confiança dos portugueses.

O Presidente da República, a Organização Mundial da Saúde, a par do INFARMED, são as instituições que os portugueses apontam como mais confiáveis. De salientar a confiança depositada também em instituições como a Direção-Geral da Saúde, nas Instituições de Solidariedade Social e na União Europeia.

Num ano marcado pela Pandemia Covid-19, 80% dos entrevistados refere que as várias medidas tomadas pelo Governo desde o início foram as necessárias. 66% defende mesmo que o teletrabalho foi uma realidade que se afirmou na sociedade e aponta o modelo misto de trabalho (teletrabalho e presencial) como o ideal numa situação pós-pandemia.

Personalidade de Confiança

No estudo “Marcas de Confiança” os portugueses são também convidados a eleger as Personalidades de Confiança, com base no contributo e desempenho que tenham prestado na respetiva área.

Na edição de 2022, o destaque vai para a entrada da área “Apresentação de programas (Rádio/TV)”, na qual Vasco Palmeirim recebe o maior número de votos. A “Música” também traz novidades, com Tony Carreira a suceder a Rui Veloso, vencedor em anos anteriores.  O médico pneumologista Filipe Froes passou a ser a personalidade de Confiança dos portugueses na área “Medicina”.

A “Personalidade Portuguesa do Ano” é agora o Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. 

Oito novas categorias em sessenta marcas vencedoras

A 22.ª edição do estudo “Marcas de Confiança” elegeu como habitualmente as 60 marcas nas quais os portugueses mais confiam, este ano com a introdução de oito novas categorias e seguindo o modelo de Pergunta Aberta, de modo a dar liberdade de escolha e sobretudo valorizar a espontaneidade dos portugueses.

Ao serem eleitas pelos portugueses, as marcas vencedoras passam a poder usar o selo “Marca de Confiança” durante um ano, como símbolo do seu reconhecimento e qualidade. 

63% dos portugueses revelaram que o selo “Marcas de Confiança” associado a uma marca, seja em embalagens ou em peças publicitárias, transmite “mais alguma” confiança nessa marca. Sendo que 24 % afirma que o selo confere “Muito mais” confiança.

Como escolhemos no dia-a-dia

A escolha que os portugueses fazem em cada dia, relativamente aos produtos que consomem, vai muito para além de um gesto automático. Cada vez mais se exige às marcas um comportamento que corresponda às expetativas ou que ultrapasse mesmo essas expetativas. Nesse sentido, a qualidade dos produtos da marca é apontada por 51% dos entrevistados como o fator que gera mais confiança. O preço justo, a transparência e boa conduta da marca são outros fatores que levam os portugueses a confiar numa marca em detrimento de outra.

Fórum Global da GS1
É possível afirmar que o movimento de vacinação global foi – e continua a ser – bem-sucedido. Ao dia de hoje, mais de metade da...

Entre os vários fatores que podem explicar a grande adesão da população está a “segurança da cadeia de valor” de cada inoculação, garantida pela adoção de mecanismos de rastreabilidade pelas farmacêuticas e entidades de saúde. “Desde o desenvolvimento à entrega, passando pela aceitação e administração, o fator segurança tornou-se uma pedra basilar para a distribuição e administração das vacinas por todo o mundo”. As palavras são de Hanno Ronte, partner da Delloite UK, que explicou o papel da rastreabilidade neste processo, durante o Plenário de Saúde do Fórum Global da GS1, a reunião anual da plataforma de colaboração neutra e global que reúne representantes da indústria, entidades reguladoras, Governo, universidades e associações, com vista ao desenvolvimento de soluções assentes em standards que permitam dar resposta aos desafios da troca da informação.

Entre as medidas que consolidaram a confiança geral da população na corrente da vacinação, Hanno Ronte lembra que “a regulamentação específica de produtos de saúde, de que as vacinas são exemplo, promovem ações colaborativas, garantindo simultaneamente sigilo e segurança em tempos de crise”.

O responsável da Delloitte apelou ainda a que as organizações e entidades governativas adiram “aos standards globais e serialização” de produtos, dando como exemplo a simbologia Datamatrix, a simbologia de codificação bidimensional da GS1: “Ao atingirmos uma utilização universal da tecnologia de DataMatrix, teremos uma mais rigorosa identificação e a garantia de rastreabilidade de produtos médicos de extrema importância”, como as vacinas. Durante o processo de vacinação, foram reportados 150 incidentes, em mais de 40 países, relacionados com a qualidade das doses a administrar. Contudo, e graças à rastreabilidade, foi possível identificar os lotes a que pertencia cada uma dessas vacinas e eliminá-los de imediato, lembrou o orador.

Olhando para o futuro, o representante da Delloite vê no “last mile” um dos maiores desafios para outras ações de escala global. Especificamente sobre a vacinação, Hanno Ronte lamenta que o acesso à saúde ainda não esteja totalmente democratizando, deixando por isso uma sugestão: “Se aliarmos a otimização das entregas ‘last mile’ em zonas rurais ou em países em desenvolvimento à utilização eficaz dos recursos locais, juntamente com uma visão e linguagem únicas sobre a administração das vacinas, poderemos finalmente atingir a equidade da vacinação em todo o mundo”

 

APDP deixa o alerta
Por ocasião do Dia Mundial do Rim, que este ano se assinala a 10 de março, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal ...

Patrícia Branco, nefrologista da APDP explica que "a diabetes é uma doença grave que afeta a saúde dos rins e de todos os órgãos porque afeta os vasos. O rim é uma espécie de filtro que remove do organismo as toxinas produzidas diariamente pelo nosso corpo. Na diabetes, os níveis elevados de açúcar danificam este filtro, permitindo que as proteínas como a albumina passem para a urina. Com o passar do tempo estas são eliminadas em quantidades cada vez maiores, o que vai reduzir o funcionamento dos rins”. A necessidade de rastreio, realça a especialista, é fundamental: “Este rastreio faz-se pela pesquisa da presença de uma proteína na urina (albuminúria) e por uma análise de sangue para calcular a função renal", conclui Patrícia Branco.

Relativamente ao tratamento, quando o rim deixa de funcionar, as terapêuticas de substituição renal (TSR) têm de ser equacionadas pois a função renal é essencial à vida. A diabetes em Portugal é a causa de doença renal terminal em cerca de 30% dos casos, condicionando a necessidade de tratamentos como a hemodiálise, diálise peritoneal, terapêutica conservadora ou transplante renal.

"As TSR evoluem no sentido de um tratamento personalizado que corresponda às necessidades clínicas e individuais da cada pessoa. Existem diversos ensaios, alguns deles já em humanos, com avanços inovadores que podem transformar de forma revolucionária as vidas das pessoas com falência renal nos anos vindouros", refere Rita Birne, também nefrologista da APDP.

"Equipamentos de tamanho reduzido, que permitam a portabilidade, flexibilidade e continuidade de tratamento, vão aliviar o impacto de um tratamento num tempo reduzido, com benefício na saúde física e mental, bem como permitir uma maior liberdade na vida profissional, familiar e social. O futuro reafirma uma TSR centrada na pessoa, que prioriza as necessidades do doente e a qualidade de vida, e não apenas a melhoria da sobrevida", projeta a especialista.

José Manuel Boavida, presidente da APDP, acrescenta que “a associação entre a diabetes e a doença renal crónica é uma realidade que comprova, uma vez mais, a necessidade de promover a articulação entre especialidades médicas quando lidamos com uma doença crónica como a diabetes. Há uma elevada prevalência de insuficiência renal nas pessoas com diabetes e tememos que, devido à pandemia e ao consequente atraso de diagnósticos atempados, a deterioração do funcionamento dos rins poderá ser acelerada.”

A doença renal crónica consiste numa lesão com perda progressiva e irreversível da função renal.  Estima-se que em Portugal mais de 800 mil pessoas sofram desta doença. Todos os anos são registados 2.200 novos casos com necessidade de TSR, existindo atualmente 13 mil pessoas dependentes de diálise. Pode atingir todas as idades e géneros, embora a sua incidência seja maior nos adultos e idosos.

Corpo Humano
A maioria das pessoas associa ao rim a função de depurar do sangue substâncias tóxicas, eliminando-a

O rim é responsável pelo controlo dos níveis de hidratação, eletrólitos (sais minerais) e ácido-base do organismo. Este equilíbrio preciso é fundamental para que a maioria dos processos químicos que ocorrem no nosso organismo se processe de forma eficaz.

O rim intervém ainda na produção de hormonas, como a eritropoetina, que controla a produção de glóbulos vermelhos, ou de renina, que regula a pressão arterial. É ainda no rim que ocorre a transformação da vitamina D na sua forma biologicamente ativa.

Ao longo da nossa vida a função renal vai diminuir de forma progressiva e expectável. No entanto, mesmo em idades muito avançadas a função renal é suficiente para manter o nosso organismo a funcionar de forma correta. Existem, contudo, certas situações em que a deterioração da função renal ocorre de forma acelerada. As duas doenças mais frequentemente envolvidas são a diabetes e a hipertensão arterial. Felizmente o controlo adequado destas doenças pode atrasar esse declínio.

Existem muitas outras doenças que afetam o rim, como pielonefrites (infeção do rim), glomerulonefrites (lesão glomerular provocada por exemplo por inflamação), litíase renal (“pedras no rim”) doenças congénitas e genéticas ou tóxicos.

Na maior parte das vezes as doenças do rim são assintomáticas até fases avançadas da doença. Podem, no entanto, manifestar-se através da alteração da cor da urina, produção exagerada de espuma na urina (proteinúria), cansaço, palidez, hipertensão arterial, edema (“inchaço”, geralmente dos membros inferiores e face) ou alteração da quantidade de urina produzida.

Para manter a saúde do rim deve procurar beber água em quantidade adequada, evitar substâncias que façam mal ao rim, como o tabaco, o uso excessivo de anti-inflamatórios não esteroides, ou o consumo excessivo de sal na dieta. No caso de sofrer de doenças como hipertensão ou diabetes, deve procurar seguir as indicações do seu médico de forma a manter um controlo adequado. Essas medidas incluem, para além dos medicamentos prescritos, exercício físico regular, dieta saudável e um peso adequado.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Primeiros cursos de pós-graduação na área da Saúde em Mangualde
O Instituto Piaget abre esta semana as inscrições para os primeiros cursos de pós-graduação na área da Saúde, a realizar fora...

Em sessão pública a realizar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Mangualde, esta quinta-feira, dia 10 de março, pelas 11h00, será apresentada a abertura das inscrições das pós-graduações em “Inovação, Gestão da Qualidade e Auditoria em Saúde” e em “Saúde Pública e Gestão da Qualidade Alimentar”. (A terceira pós-graduação versa sobre cibersegurança e proteção de dados na Administração Pública.)

A parceria entre o Instituto Piaget e o Município de Mangualde tem subjacente a ideia de que o processo de expansão da rede do ensino superior criará um espaço de oportunidades, de desenvolvimento e de capacitação, desempenhando um papel essencial na atração e fixação dos jovens na região. O Instituto Piaget é a entidade responsável pela gestão pedagógica-científica e administrativa dos cursos.

A pós-graduação em “Inovação, Gestão da Qualidade e Auditoria em Saúde” foi criada a partir de uma visão integrada e multinível da gestão da qualidade e auditoria em saúde, pretendendo dotar os participantes de competências técnicas e científicas que contribuam para um desempenho profissional efetivo, inovador e para a obtenção da certificação como Auditor Interno. O curso estava, até aqui, disponível apenas na Escola Superior de Saúde Jean Piaget em Vila Nova de Gaia.

Por seu turno, a pós-graduação em “Saúde Pública e Gestão da Qualidade Alimentar” destina-se à formação de profissionais especialistas, habilitados para a implementação de um Sistema de Gestão de Segurança Alimentar, assim como adquirir competências para realizar auditorias internas a Sistemas de Gestão de Segurança Alimentar (ISO 22000). No universo do Instituto Piaget, o curso está integrado na oferta formativa do ISEIT de Viseu.

 

 

Próximas sessões a 17 e 19 de março
A Universidade Europeia lança um ciclo de conferências dedicadas à área da Saúde, através das quais pretende trazer a discussão...

“Nutrição & Desporto” (17 março) é uma talk que conta com a participação da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, Nuno Delgado, o primeiro atleta português de Judo a receber a medalha olímpica da modalidade, e Nuno Gomes, entre outros convidados de relevância.

No dia 19, o Simpósio de Medicina Dentária conta com a presença de oradores de renome no setor, tais como Miguel Roig Cayon (Catedrático e Diretor da área de Operatório Dental da Universidade Internacional da Catalunha), Luis Jané Noblon (Médico Estomatologista e Professor da Universidade Internacional da Catalunha), Jaime Jimenez (Diretor do Mestrado de Implantologia Oral da UEM, Presidente do Colégio de Odontólogos y Estomatólogos da I Região (COEM), Vice-presidente da Sociedad Española de Protesis Estomatologica (SEPES) e embaixador de Espanha na European Academy of Osseointegration (EAO)), João Paulo Tondela (Membro Integrado do Centro de Investigação e Inovação em Ciências Dentárias (CIROS), da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), entre outros.

A primeira sessão deste ciclo decorreu em janeiro, sob o mote “Digitalização da Saúde e a Necessidade de Novos Modelos de Conhecimento e Colaboração”. O painel reuniu representantes das empresas Altice, Siemens e Glintt, e ainda, a antiga Ministra da Saúde e presidente do Advisory Board da Universidade Europeia, Maria de Belém Roseira, e Adalberto Campos Fernandes, coordenador estratégico da área de Ciências da Saúde da Universidade Europeia.

Este ciclo de conferências marca o arranque de um conjunto de iniciativas que a Universidade Europeia está a desenvolver, ao longo de todo o ano, dedicadas à área da Saúde. Para além destas sessões, as iniciativas incluem também o alargamento da oferta formativa em Ciências da Saúde, a partir de maio, com formações para executivos em Health Management, Medicina Dentária Digital e Nutrição no Desporto e Exercício, e ainda o recém-lançado podcast, “A Receita para…”.

As Ciências da Saúde representam uma área estratégica para o desenvolvimento nos domínios do Ensino, da Formação, da Investigação Científica e da Inovação Tecnológica. Tendo em vista este desígnio, a área de Ciências da Saúde da Universidade Europeia vem proporcionar um processo inovador de educação integrado, através da qual os estudantes, das diferentes áreas disciplinares, adquirem conhecimentos e competências, de forma partilhada, tendo em vista as experiências futuras, ao longo da sua vida profissional. Esta abordagem, assenta num Modelo Académico inovador, centrado na aprendizagem experiencial e transversal a todas as áreas da instituição e evidenciado nesta área de conhecimento.

 

15, 17 e 22 de março
Ao mesmo tempo que o papel do pai na gravidez vai ganhando relevo nos dias de hoje, as dúvidas sobre a forma como se podem...

Conheça a importância da paternidade ativa e antecipe os desafios da vida em casal com a chegada do bebé

O enfermeiro Bruno Reis é o convidado do episódio do Podcast Conversas com Barriguinhas que acaba de ficar disponível no Spotify. O especialista em saúde materna e obstetrícia dá a conhecer a importância do papel do pai na gravidez e as implicações que a sua pouca integração acarreta para o casal e para o bebé. Já a dia 20 de março, a psicóloga Ana Afonso, do Bebé da Mamã, vai explicar como contornar alguns dos principais desafios do casal desde a gravidez ao pós-parto, como a falta de comunicação e as mudanças na vida sexual.

Descubra em que circunstâncias o pai pode desempenhar um papel ativo, desde a gravidez ao pós-parto

Nos próximos eventos online dedicados ao Dia do Pai, serão conhecidas algumas circunstâncias em que os futuros pais podem contribuir na partilha de tarefas e responsabilidades e também formas de criarem uma ligação com o bebé. No dia 15 de março, às 17h00, Inês Guerra Pereira, médica dentista e autora do Blog Dente a Dente, revela como pode o pai ajudar na higiene oral do bebé. Já a enfermeira parteira Isabel Ferreira explica as medidas de segurança a ter em conta no transporte automóvel durante a gravidez. Os pais vão perceber ainda como os seus bebés comunicam através dos gestos mesmo antes de falar, com o apoio da terapeuta da fala Carina Pinto, instrutora no Programa Baby Signs

O contacto pele com pele, que contribui para o desenvolvimento do vínculo emocional do pai com o bebé, vai ser analisado ao detalhe pela enfermeira Raquel Fonseca, conselheira em aleitamento materno, no dia 17 de março, às 17h00. O autor do blog “A Pitada do Pai”, Rui Marques, vai estar também presente para mostrar que “O pai também cozinha!” e há ainda oportunidade de conhecer o centro Bebé da Mamã através de uma visita virtual.

Esta maratona de iniciativas dedicadas ao Dia do Pai culmina com o evento do dia 22 de março, também pelas 17h00, no qual as enfermeiras e especialistas em saúde materna e obstetrícia, Gisélia Machado e Bárbara Sousa, vão ensinar como estabelecer uma ligação com o bebé ainda no útero e esclarecer dúvidas comuns sobre o uso da licença exclusiva, respetivamente.

Nestas sessões, os futuros pais vão conhecer ainda a importância das células estaminais do cordão umbilical do seu bebé para a saúde futura da família, nomeadamente como opção terapêutica no tratamento de mais de 80 doenças. E para que os pais possam tomar uma decisão informada, um especialista da Crioestaminal, o único laboratório com acreditação internacional pela Association for the Advancement of Blood & Biotherapies (AABB), vai responder às principais questões sobre processo de guardar ou doar as Células Estaminais do Cordão Umbilical.

As sessões online das Conversas com Barriguinhas realizam-se todas as semanas e têm como objetivo ajudar as grávidas e os casais portugueses a preparar a chegada do seu bebé, a partir do conforto das suas casas.

 

Instituto Ricardo Jorge colabora em estudo internacional sobre Hipercolesterolemia Familiar
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) colaborou num estudo internacional de avaliação de doentes...

De um modo geral, os doentes com HoFH têm níveis bastante elevados de colesterol-LDL no sangue e desenvolvem doença cardiovascular aterosclerótica muito precocemente. Dada a raridade da doença, os estudos até à data realizados envolveram poucos doentes. O objetivo deste novo trabalho foi avaliar as características clínicas e genéticas da doença e o impacto dos vários tratamentos atualmente utilizados para baixar o colesterol sanguíneo nos HoFH em todo o mundo.

Este estudo permitiu verificar a existência de homogeneidade nos valores de colesterol-LDL antes do início do tratamento, enquanto houve uma diferença acentuada nos valores do colesterol-LDL nos doentes em tratamento consoante o desenvolvimento económico do país onde vivem. Segundo a análise houve uma descida mais acentuada nos valores de colesterol-LDL nos doentes de países mais ricos do que nos países pobres.

Por outro lado, houve mais doentes a conseguir atingir o valor de colesterol recomendado pelas diretrizes internacionais nos países ricos (21%) do que nos pobres (3%), refletindo uma assimetria no acesso ao tratamento. Outro dos resultados indica que 66,6% dos doentes dos países ricos receberam uma intervenção terapêutica mais agressiva com três ou mais fármacos hipolipemiantes contra 24% nos países pobres. Também foi possível apurar que o primeiro evento cardiovascular adverso importante ocorre cerca de uma década antes nos países pobres.

Os autores concluíram ainda que os doentes com HoFH são diagnosticados tardiamente, estão submedicados e têm um elevado risco de desenvolver doença cardiovascular aterosclerótica prematura. O uso de regimes terapêuticos combinados está relacionado com valores mais baixos de colesterol-LDL e melhor sobrevida.

Por outro lado, foi possível constatar que a nível mundial existem diferenças significativas nos regimes terapêuticos, controlo dos níveis de colesterol-LDL e na sobrevivência à doença sem desenvolver eventos cardiovasculares, o que exige uma reavaliação crítica da política global de saúde, para reduzir as desigualdades e melhorar a vida de todos os doentes com HoFH.

 

Em fases precoces
A equipa de Cirurgia Torácica da Clínica do Pulmão do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO do Porto)...

Trata-se de uma segmentectomia anatómica por VATS (video-assisted thoracoscopic surgery), uma intervenção cirúrgica realizada no IPO do Porto desde 2019, mas agora com recurso a ferramentas cirúrgicas e tecnológicas mais eficazes que permitem aumentar a precisão da resseção e, consequentemente, diminuir o risco de infeção e outras complicações para o doente.

«Esta é uma técnica inovadora, já existente em Portugal, mas que estamos a aplicar pela primeira vez na cirurgia torácica no IPO do Porto. Intraoperatoriamente, após a laqueação dos ramos arteriais, injetamos no doente uma substância (verde de indocianina) que vai delimitar por imunofluorescência e com mais rigor, a zona da árvore pulmonar que mantém irrigação e a zona do segmento pulmonar a ressecar», explica Gonçalo Paupério, diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do IPO do Porto, assegurando que desta forma é possível extrair o tumor de forma mais precisa.

«A introdução desta nova opção cirúrgica permite-nos, por um lado, definir com maior precisão o plano do segmento a ressecar e oferecer menor risco de complicações para o doente, nomeadamente infeções e enfartes pulmonares, assegurando assim melhor recuperação para o doente», esclarece o cirurgião.

Em 2021, o Serviço de Cirurgia Torácica realizou 22 segmentectomias anatómicas por VATS. De acordo com Gonçalo Paupério, «este ano vamos assistir no IPO do Porto a uma intensificação deste tipo de cirurgias, porque o serviço está empenhado em mudar o paradigma e adotar estratégias cirúrgicas cada vez menos invasivas e mais inovadoras».

 

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