Dia 26 de março
O Observatório Português de Canábis Medicinal (OPCM), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, vai...

A iniciativa tem como principal objetivo a discussão, análise e partilha de conhecimentos sobre esta temática, abordando, entre outros tópicos, legislação e regulamentação em Portugal, propriedades e usos terapêuticos dos canabinoides.

“A Canábis Medicinal e o Direito”; “Evidências Clínicas da Terapêutica com Canabinoides em Epilepsia”; “A Terapêutica Canabinoide no Alívio da Dor Crónica Oncológica”; “O Uso da Terapêutica com Canabinoides em Cuidados Paliativos”; “A Canábis e a Saúde Mental” e “Investigação Científica em Canabinoides – Estado da Arte” encabeçam as temáticas principais que vão estar em destaque na agenda da conferência.

A Primeira Conferência Nacional de Canábis Medicinal contará com a presença de entidades e autoridades ligadas ao setor da saúde e do medicamento. A saber: representante do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P; da secção regional do centro da Ordem dos Médicos; diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra – FMUC e presidente da Câmara Municipal de Coimbra.

Dirigida a médicos, futuros médicos, farmacêuticos e estudantes de ciências farmacêuticas, o fecho dos trabalhos acontece com a realização de uma Mesa Redonda intitulada “Terapêutica Com Canabinoides, que perspetivas?”.

Participam na conferência como oradores convidados Marília Dourado, professora da Faculdade de Medicina de Coimbra; Artur Aguiar, médico radioncologista no Instituto Português de Oncologia do Porto; Pedro Barata, médico no Centro Hospitalar Universitário do Porto; João Taborda da Gama, advogado na Gama Glória Advogados; Nuno Canas, médico neurologista no Hospital Beatriz Ângelo em Loures e Manuel Gonçalves Pinho, médico de psiquiatra no Centro Hospitalar do Centro do Tâmega e Sousa,

“As exigências dos doentes estão a aumentar e a nossa missão é promover, coordenar e realizar atividades que vão ao encontro dos nossos objetivos de aumentar a consciencialização para o papel da canábis medicinal. Desta forma, com esta iniciativa pretendemos criar um espaço de partilha e debate de conhecimentos científicos referentes à canábis medicinal em Portugal. Face ao panorama atual, consideramos que este é o momento crucial para reunir os profissionais de saúde que acompanham mais direta e objetivamente o tratamento dos nossos doentes e avaliar as opções terapêuticas existentes", explica Carla Dias, presidente do OPCM.

Em Portugal, a utilização de preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, nos casos em que se determine que os tratamentos convencionais não produzem os efeitos esperados, entre as quais, dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso); espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula; náuseas e vómitos (resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C) e estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA.

Simpósio BIAL de 6 a 9 de abril
Dean Buonomano é um neurobiologista norte-americano, professor na Universidade de Los Angeles, e autor dos livros ‘Brain Bugs:...

O trabalho de Dean Buonomano investiga a forma como o cérebro humano perceciona o tempo e a sua passagem. Para o neurobiologista, o cérebro é uma autêntica máquina do tempo, com defeitos, mas ainda assim a máquina mais complexa de todo o universo.

Buonomano é considerado um dos pioneiros na sua área de estudo e acredita que só o presente é real e que a perceção do tempo é relativa.

Um exemplo que Dean Buonomano dá para justificar esta ideia é a forma como percecionamos a passagem do tempo durante a pandemia da covid-19. Em entrevista à BBC o neurobiologista refere que “sentimos que os meses passam muito rapidamente. Só que quando olhamos para trás, quando nos falam de algo que aconteceu antes da pandemia, sentimos que foi há muito tempo, talvez mais do que realmente passou se não tivesse havido uma pandemia pelo meio”.

O 13º Simpósio da Fundação BIAL ‘Aquém e Além do Cérebro’ é dedicado ao ‘Mistério do Tempo’ e a intervenção de Dean Buonomano vai abordar o que significa sentir a passagem do tempo, o modo como os cérebros e os corpos influenciam a nossa perceção do tempo e como os eventos futuros nos podem afetar.

Para além de Dean Buonomano, o simpósio vai contar com a presença de Joseph Takahashi, o investigador que descobriu os ciclos circadianos, Marc Wittman que investiga a perceção do tempo e como esta pode ser alterada por práticas como a meditação e Wolf Singer que dedica a sua investigação aos mecanismos que permitem aos organismos vivos “interpretar” o tempo.

O neurocientista Rui Costa, membro da comissão organizadora do simpósio, destaca que a edição de 2022 foca um dos aspetos mais enigmáticos da existência humana: a dimensão esquiva e implacável do tempo, cuja verdadeira natureza ainda está longe de ser compreendida. “Todos já sentimos que o tempo por vezes parece que voa e outras aparentemente desacelera. No simpósio vamos discutir as diferentes perceções que temos do tempo e analisar as suas várias dimensões”.

O simpósio da Fundação BIAL decorre entre 6 e 9 de abril, na Casa do Médico, no Porto, e reúne dezenas de investigadores nacionais e internacionais, neurocientistas, físicos e psicólogos, entre outros.

Boas Práticas
Ouvir é essencial para comunicar e interagir com o mundo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 15% a 20% da população mundial sofre de algum tipo de problema auditivo- representa um número de cerca 1 500 milhões de pessoas. Preveem, em 2050, que o número suba para os 2 500 milhões de pessoas, com maior incidência na população acima dos 50 anos.

A perda auditiva mais comum está relacionada com envelhecimento natural do sistema auditivo. Além da idade, existem outros fatores que contribuem para o agravamento da audição, como a exposição a ruído excessivo, substâncias químicas, infeções e outras doenças.

Os jovens também correm o risco de perder audição devido ao aumento contínuo de hábitos sociais prejudiciais para a saúde, como ouvir música de forma não segura e responsável. De acordo com a OMS, mais de mil milhões de adolescentes e jovens adultos em todo o mundo podem sofrer de problemas auditivos.

De forma a amenizar estes riscos e prevenir problemas auditivos, é essencial adotar comportamentos preventivos, entre os quais:

  1. Limitar a exposição a ruídos altos: A exposição frequente e prolongada a sons e ruídos altos ou repentinos deve ser controlada.
  2. Ouvir música com moderação: A audição de música em auriculares ou auscultadores deve sempre ser feita com um volume baixo a moderado, que permita ouvir os sons exteriores.
  3. Discotecas, bares e concertos: Sempre que frequentar locais ruidosos, faça pausas e saia para o exterior para que os seus ouvidos possam descansar. Tente também não estar perto das colunas de som.
  4. No trabalho: Num trabalho com exposição a ruídos por longo tempo, é aconselhado a utilização de protetores ou auscultadores apropriados.
  5. Optar por uma vida saudável: Gestos diários como fazer exercício, reduzir o consumo de álcool e de tabaco e ter uma dieta rica em vitamina B-12 (leite e seus derivados, ovos, fígado, carnes vermelhas, aloé vera, algas ou pólen) é altamente benéfica para o sistema nervoso e também para os ouvidos.
  6. Na água: Em situações de mergulho ou de desporto náutico, o tímpano deve ser protegido com a utilização de protetores auriculares apropriados. Mergulhar pouco a pouco para evitar a entrada brusca de água no ouvido.
  7. De avião: A descolagem e a aterragem de um avião são momentos críticos para os ouvidos. É necessário a compensação do aumento natural da pressão comendo um rebuçado, mastigando uma pastilha ou simulando a deglutição de alimentos (com o movimento de abrir e fechar a boca). Também é conveniente descongestionar o nariz e beber muita água durante o voo. Em alguns casos, poder ser necessário realizar a manobra de Valsalva.
  8. Os medicamentos: A ingestão prolongada de certos medicamentos, em particular ototóxicos, pode ter impacto na audição. É fundamental a toma de medicamentos unicamente prescritos por médicos, seguindo as indicações corretas de toma.
  9. Higiene dos ouvidos: Se desejamos limpar eficazmente os ouvidos, devemos recorrer a difusores de água marinha e não introduzir cotonetes ou outros objetos, pois podem perfurar o tímpano e provocar uma lesão traumática.
  10. Teste auditivo: Deve-se realizar um exame auditivo regular a partir dos 50 anos ou em caso de algum sinal de problema auditivo (zumbidos, sensação de ouvido tapado, dores nos ouvidos e tonturas) ou mesmo após a cura de uma otite ou qualquer tipo de infeção do ouvido com o objetivo de comprovar se afetou ou não a audição e tomar o quanto antes as medidas adequadas. A Minisom oferece consultas de avaliação gratuita para encontrar a melhor solução.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prevenção
A chegada dos pólenes de flores e árvores que acontece na primavera, está frequentemente associada à

As alergias de exterior são muitas vezes designadas por sazonais, uma vez que têm uma duração limitada, consoante a época do ano. Uma alergia é uma reação de hipersensibilidade do sistema imunitário a algo que normalmente, para a maioria das pessoas, é inofensivo. As alergias de exterior caracterizam-se por uma reação exagerada do sistema imunitário a substâncias – alérgenos – normalmente encontradas no exterior, como os pólenes de flores ou árvores, relva, arbustos e gramíneas, fungos, entre outros.

Confira as seis dicas que o podem ajudar a lidar melhor com esta altura do ano que pode ter tanto de agradável, como de limitadora:

  1. Controlar os horários das saídas: as concentrações de pólenes de ambrósia são normalmente mais altas de manhã e ao entardecer. Deste modo, planeie as atividades ao ar livre fora destes horários.
  2. Proteja as zonas de entrada dos alérgenos: se estiver a trabalhar ao ar livre, como por exemplo num jardim, use uma máscara social ou reutilizável. A máscara permite fazer uma barreira entre o alérgeno e o local de entrada do mesmo no organismo.
  3. Mude alguns hábitos: Os grãos de pólen podem ser transportados para dentro de casa através de sapatos, roupas e cabelos. Depois de passar algum tempo ao ar livre, tire os sapatos, tome um banho rápido e troque de roupa, quando chega a casa. Assim, está a remover possíveis pólenes que podem vir a causar crises de rinite alérgica - aumento das secreções nasais provocando muito desconforto.
  4. Deixe o ar circular: Quando conduz, mantenha as janelas abertas e coloque o ar condicionado em "circulação". Em casa, mantenha as janelas fechadas e use ar condicionado. No entanto, deve verificar e trocar os filtros com frequência.
  5. Evite algumas árvores no seu jardim: Qual o tipo de árvores que deve plantar no seu jardim ou na propriedade à volta de sua casa? Evite árvores de folha caduca que podem agravar as alergias como bétula, carvalho, olmo, bordo, freixo, amieiro e avelã. Uma boa alternativa é escolher árvores de espécies como catalpa, murta, abeto ou sequóia.
  6. Escolha as plantas certas para o seu jardim: Alguns tipos de gramíneas produzem mais grãos de pólen como as plantas Phleum pratense, Sorghum halepense, Cynodon dactylon, Dactylis glomerata, Lolium perenne, Poa pratensis e Anthoxanthum odoratum. Deve evitar este tipo de plantas no seu jardim para se proteger das alergias de exterior. Uma alternativa a estas plantas é, por exemplo, a capim-buffel do género feminino, uma vez que não floresce e, por isso, produz poucos ou nenhuns pólenes.

Os sintomas mais comuns para as alergias de exterior são o corrimento nasal; olhos lacrimejantes e com comichão; espirros; prurido (comichão) e congestão nasal. Em caso de dúvida pode fazer um teste às suas alergias, como um teste de sensibilidade cutânea, junto de um alergologista, para avaliar a origem dos seus sintomas alérgicos.

Para além destes conselhos que o podem ajudar a melhorar o seu dia a dia, o alívio de sintomas de rinite alérgica, durante 24 horas, pode também ser feito através da toma diária de um anti-histamínico sem efeito sedativo.

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24 e 26 de março
O XXIX Congresso de Pneumologia do Norte e as XXXV Jornadas Galaico Durienses realizam-se este ano, entre os dias 24 e 26 de...

No primeiro dia do congresso, 24 de março, destaca-se uma mesa redonda promovida pela GSK, pelas 11h00, sobre o tema “Os desafios no tratamento da Asma – da Eficácia à Efetividade”, que conta com a moderação do Dr. Ricardo Lima, Pneumologista do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) responsável pela consulta de asma, e com a participação da Dra. Daniela Machado, Pneumologista no mesmo hospital, e da Dra. Rita Boaventura, Pneumologista no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) do Porto.

De seguida, pelas 14h30, segue-se um simpósio satélite dedicado ao “Coração e Pulmão: conversas cruzadas na DPOC”, moderado pelo Prof. Doutor Jorge Ferreira, diretor do serviço de pneumologia do CHEVD (Centro Hospitalar entre Douro e Vouga), que também conta com o apoio da GSK, e a participação do cardiologista Prof. Doutor Ricardo Fontes de Carvalho, do CHVNG/E, e da Dra. Joana Gomes, pneumologista do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP).

No dia seguinte, 25 de março, realiza-se uma sessão Meet the Expert sobre as “Respostas práticas para os desafios clínicos no mundo real em asma grave e outras condições de asma eosinofílica”, que conta com a presença do Professor Christian Domingo Ribas, da Universidade Autónoma de Barcelona em Espanha.  Para mais informações sobre o evento, consulte o programa completo aqui: https://skyros-congressos.pt/pneumo2022/docs/Programa.pdf

 

 

 

 

 

 

 

Gonçalo Borges é um dos fundadores da Associação Portuguesa de Traumatologia do Desporto
O conceituado especialista portuense em Medicina Física e de Reabilitação, Gonçalo Borges, acaba de integrar a equipa médica da...

Com uma carreira dedicada à investigação e à partilha de conhecimento, o médico fisiatra foi um dos Fundador da APTD - Associação Portuguesa de Traumatologia do Desporto, organização na qual é, atualmente, Secretário-Geral. É enquanto médico, docente e investigador que mantém uma forte ligação a inúmeras organizações nacionais como a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, na qual preside à Secção de Musculo Esqueléticos, a Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva, a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia e a Sociedade Portuguesa de Artroscopia e Traumatologia Desportiva (SPATD), entre outras.

A nível internacional integra importantes organizações como a International Society of Physical and Rehabilitation Medicine, a European Society of Physical and Rehabilitation Medicine e a European Society for Shoulder and Elbow Rehabilitation (EUSSER).

A par da Medicina, Gonçalo Borges possui uma forte ligação ao mundo académico enquanto docente da Faculdade de Medicina do Porto e da Faculdade Fernando Pessoa, onde lecciona áreas específicas relacionadas com a reabilitação de membros superiores.

Apaixonado por desporto, em especial pela modalidade de Rugby, o médico portuense encontra-se ligado à Federação Portuguesa de Rugby, na qual é Membro da Direcção e do Conselho Geral e à Associação de Rugby do Norte, à qual preside.

Além de autor de múltiplas comunicações orais e mesas redondas em Congressos e Seminários nacionais e internacionais sobre temas relacionados com a Reabilitação Desportiva, é autor de inúmeros capítulos de livros dedicados à temática do Joelho, Ombro e Traumatologia Desportiva.

Atualmente é Diretor de Serviço de Fisiatria do Hospital da Prelada, atividade que mantém a par das consultas na OPFC – Clínica Médica do Porto, na Avenida da Boavista, nº 4183, no Porto.

Gonçalo Borges junta-se à equipa da OPFC com a convicção que é importante promover uma maior multidisciplinaridade dos cuidados médicos, “a prevenção das lesões no desporto e a reabilitação são duas importantes áreas que mais têm evoluído na Medicina Desportiva, não só pela generalização da prática desportiva como também pelo crescente papel que a Medicina Desportiva tem revelado ter na prevenção de doenças cardiovasculares, metabólicas, neoplásicas, psiquiátricas entre outras”.

24 a 26 de março no Centro de Congressos do Sheraton Porto Hotel
De 24 a 26 de março vai decorrer, no Centro de Congressos do Sheraton Porto Hotel, o XXIX Congresso de Pneumologia do Norte....

“Ver os congressos de forma virtual, em casa, não é o nosso ambiente natural. O ambiente natural de um congresso é a presença, em sala, com outros colegas onde estamos focados para trabalhar no congresso. Por isso, tomámos a decisão de fazer este congresso em formato totalmente presencial. Precisamos da presença das pessoas, que haja um estabelecimento de redes, e que exista trabalho no local” refere Hélder Novais Bastos, presidente do XXIX Congresso, a propósito da importância deste regresso ao presencial. 

Relativamente ao programa definido para esta edição o objetivo foi criar algo o mais abrangente possível. Para o pneumologista no CHUSJ o ponto essencial foi “evitar tópicos que fossem genéricos. Procurámos tocar em todos os pontos principais, mas com um tema mais específico permitindo que as sessões sejam o mais eficaz e atrativas para um pneumologista de qualquer área. Pensámos de que forma é que, em cada tópico, um médico dedicado às doenças respiratórias se deve atualizar – esta foi a nossa principal preocupação e temos palestrantes excecionais para cada um dos temas”.

Concretamente, nos dois dias de congresso, estarão em discussão os desafios e avanços clínico-científicos da nova era que a pandemia inaugurou, nomeadamente, na inovação tecnológica e no desenvolvimento da medicina digital e será feita uma atualização e discussão sobre os temas centrais da Pneumologia: as doenças obstrutivas e pulmonares difusas, a tuberculose e outras infeções respiratórias emergentes, a patologia oncológica torácica, a reabilitação respiratória, distúrbios respiratórios do sono e ventilação.

Para mais informações consulte o PROGRAMA.

 

 

 

 

 

 

Entrevista
Em 2016 a Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou que “demasiadas pessoas em todo o mundo sofre

Considerada uma doença sistémica, estima-se que a psoríase afete cerca de 300 mil portugueses. Uma vez que ainda é mal compreendida, começo por lhe perguntar que doença é esta e a que sinais devemos estar atentos?

A psoríase é uma doença crónica inflamatória, multissistémica e recorrente, que afeta a pele e/ou articulações e está associada a várias comorbilidades. A sua etiologia é multifatorial, resultando de uma combinação de fatores imunológicos, genéticos e ambientais. Atendendo a que é uma doença que se apresenta sob diversas variantes clínicas, não podemos esperar um sinal específico. No entanto, sendo a psoríase em placas a forma mais comum, a placa eritematosa com escama espessa aderente é o sinal mais frequente.

A partir de que idade podem surgir as primeiras manifestações da doença? Quais as faixas etárias mais atingidas?

A psoríase pode manifestar-se em qualquer faixa etária, mas é pouco comum abaixo dos 10 anos de idade. Manifesta-se mais frequentemente entre os 15 e os 30 anos.

Que tipos de psoríase existem? Quais os mais frequentes?

Os diversos tipos de doença são classificados em função do aspeto, da forma e da distribuição das lesões. Os principais são: em placas ou vulgar (observada em 90% dos casos), gutata, inversa ou flexural, palmo-plantar, ungueal, artropática (ou artrite psoriática) e sebopsoríase (psoríase do couro cabeludo). Formas mais raras são a psoríase eritrodermica e a psoríase pustulosa. Todas estas variantes podem manifestar-se com gravidade variável. No mesmo doente frequentemente objetivamos mais do que um tipo de doença.

Apesar das causas exatas ainda permanecerem desconhecidas, quais os fatores de riscos associados a esta doença? O que pode ativar ou agravar os sintomas da doença?

O principal fator de risco identificado é a suscetibilidade genética. Outros fatores como a obesidade, o tabagismo, as infeções estreptocócicas, alguns fármacos e o stress foram associados a formas mais graves de doença ou identificados como fatores precipitantes em doentes geneticamente predispostos.

Quais as principais complicações e/ou comorbidades mais comuns da psoríase?

Doentes com psoríase têm, igualmente, risco aumentado para diversas comorbilidades, nomeadamente doença cardiovascular, artrite reumatóide, doença inflamatória intestinal, linfoma de Hodgkin e linfoma cutâneo de células T.

As complicações cardiovasculares são as mais comuns: doentes com psoríase detêm um risco aumentado de morbilidade e mortalidade por eventos cardiovasculares, particularmente os doentes com psoríase mais grave e de curso mais prolongado. Vários estudos têm demostrado que o grau de inflamação vascular se correlaciona diretamente com a extensão da doença e a inflamação cutânea.

Qual o impacto da doença na qualidade de vida e na saúde mental de quem convive com a psoríase?

A psoríase é sem dúvida uma doença com um enorme impacto na qualidade de vida dos doentes e dos seus conviventes. O aparecimento da psoríase representa, efetivamente, uma mudança drástica na vida da pessoa. Além do desconforto físico associado ao prurido e à dor causados pelas lesões, o que mais afeta os doentes é a forma como os outros os veem e como se veem na sua própria pele.

Doentes com psoríase reportam frequentemente baixa-autoestima, vergonha, sensação de rejeição social, dificuldades no relacionamento sexual, sintomas de ansiedade e depressão.

Qual o seu tratamento? Que opções terapêuticas se encontram disponíveis? E quais os principais desafios quanto a esta matéria?

Felizmente, hoje dispomos de uma enorme variedade de opções terapêuticas que devem ser ajustadas à gravidade da doença e ao impacto que esta tem na qualidade de vida do doente. A terapêutica tópica é utilizada isoladamente em formas ligeiras de doença ou como coadjuvante da fototerapia ou da terapêutica sistémica no tratamento de formas moderadas a graves.

A fototerapia (exposição das lesões a fontes artificiais de radiação ultravioleta) é uma terapêutica muito eficaz na maioria dos doentes, no entanto, nem sempre é exequível uma vez que obriga à deslocação regular do doente a uma unidade médica que disponha destes aparelhos.

Os tratamentos sistémicos são reservados para casos mais graves e/ou com elevado impacto na qualidade de vida do doente e dividem-se em terapêuticas convencionais e terapêuticas biológicas. O tratamento com os fármacos convencionais implica um acompanhamento médico e analítico regular pelo elevado risco de efeitos secundários e pelo significativo efeito imunossupressor.  Com este tipo de terapêuticas, cerca de 30% doentes experimentam perda de eficácia, efeitos laterais, resposta ausente ou insuficiente. Neste contexto surgem os fármacos biológicos que resultam dos avanços no conhecimento da fisiopatologia da doença. Estes fármacos oferecem regimes de tratamento mais direcionados, mais bem tolerados, com uma maior eficácia e um melhor perfil de segurança, o que se repercute positivamente na qualidade de vida dos doentes.

No que diz respeito ao impacto desta doença na saúde mental dos doentes, é fácil estes acederem a acompanhamento adequado? O que falha?

No seu relatório de 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou que demasiadas pessoas em todo o mundo sofrem desnecessariamente da doença, devido a diagnóstico tardio ou incorreto, tratamento inadequado, dificuldades de acesso ao tratamento e estigmatização social. Felizmente nos últimos anos temos assistido a uma mudança neste paradigma: os avanços no conhecimento fisiopatológico da doença, a sua divulgação através de múltiplas iniciativas da comunidade médica e das associações de doentes com o apoio dos media, têm levado ao aumento da consciencialização social da doença e, consequentemente, a diagnósticos mais precoces e a terapêuticas bem sucedidas que permitem reduzir o impacto que esta patologia tem na qualidade de vida e consequentemente na saúde mental destes doentes. Ainda assim o reconhecimento de sinais ou sintomas de doença mental/sofrimento psicológico é sempre função do médico dermatologista que acompanha o doente e que deve referenciar a consulta de psiquiatria.

Que mitos ou estigmas ainda persistem quanto a esta doença?

Embora cada vez menos, ainda existem alguns estigmas, preconceitos e falsas crenças: ser uma doença contagiosa, ser uma doença que implica falta de higiene e desleixo, são os principais.

Após o diagnóstico, que cuidados deve o doente ter?

Após o diagnóstico o doente deve iniciar ou manter seguimento regular no seu médico dermatologista, de forma a ajustar o tratamento à gravidade da doença, às suas preferências, ao impacto na sua qualidade de vida, ao possível diagnóstico de comorbilidades e a todas as outras particularidades individuais que esta acarreta. É fundamental que exista uma relação empática e de confiança de forma a garantir o sucesso terapêutico a todos os níveis.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Debate sobre o impacto da menopausa na vida pessoal, profissional e pessoal
Para assinalar o primeiro aniversário, a VIDAs – Associação Portuguesa de Menopausa (VAPM) vai realizar no dia 26 de março, em...

Centrado no impacto da menopausa ao nível pessoal, profissional e social, o Encontro Nacional da Menopausa vai juntar especialistas e vários testemunhos reais para debater questões como o direito à comparticipação de tratamentos para a menopausa, o acesso regulado e facilitado a cuidados médicos especializados, ou a legislação laboral relativa à proteção da mulher na fase da menopausa, entre outros.

Cristina Mesquita de Oliveira, Presidente da VAPM, dará as boas-vindas ao público e fará a abertura do evento às 9h00, seguida de Manuel Albano, Vice-Presidente da Comissão de Cidadania e Igualdade de Género, que abordará a pertinência de uma associação de menopausa em Portugal.

O evento conta com a participação de testemunhos reais que contarão na primeira pessoa como lidaram com a menopausa nas suas vidas. Entre as palestras incluídas no programa, incluem-se “Acidentes de percurso em que batemos de frente ao viver o processo da menopausa”, conduzido pela Presidente da VAPM; “Menopausa no trabalho”, com a participação da advogada Marta Mesquita; e ainda “Impacto da menopausa na saúde”, com intervenções de Rosália Cubal, ginecologista especialista em menopausa, e Natália Mendes, psicóloga clínica e de saúde.

“A menopausa não custa, o que custa é ter vida para viver a menopausa”, defende Cristina Mesquita de Oliveira. Nesse sentido, a Presidente da VAPM explica que a associação está a trabalhar para “encurtar a distância entre o que é conhecido para minimizar os desconfortos da menopausa e a informação que chega às mulheres”, de modo a que “a informação que chegue sobre a menopausa acompanhe a evolução da mulher moderna, que se enquadre nos novos tempos, e que seja de fácil entendimento, confiável e rotinada.”

Cristina Mesquita de Oliveira acrescenta ainda que “o Encontro pretende ser uma iniciativa para celebrar o primeiro ano de existência da associação, e dar a conhecer o seu trabalho. A Presidente da VAPM realça a importância da existência de uma associação como esta em Portugal visto que “a menopausa é uma fase da vida da mulher ainda envolta em tabu e apagada do discurso social.”

O evento realiza-se em formato presencial, limitado a 50 pessoas, e é transmitido online, através dos meios digitais da Associação, tais como a página de Facebook e o grupo MMDP-Movimento Menopausa Divertida Portugal, também no Facebook.

A inscrição é obrigatória e deve ser feita online no formulário disponível para o efeito, até 25 de março.

VIDAs surgiu no âmbito do MMDP-Movimento Menopausa Divertida Portugal, que se iniciou como grupo privado de Facebook. Neste momento, entre seguidoras e associadas, o movimento criado em torno da menopausa pela associação conta com mais de 30.000 pessoas que se manifestam e/ou recorrem à mesma para esclarecer questões e partilhar testemunhos.

Até 30 de maio
Com um valor de 10 mil euros, a Bolsa, promovida pela Fundação Grünenthal, destina-se a apoiar a realização de projetos de...

Podem candidatar-se à Bolsa os trabalhos cujo investigador principal não ultrapasse os 40 anos de idade (celebrados até ao final do ano de candidatura) e que esteja afiliado a uma universidade ou centro de investigação português.

Os projetos serão avaliados tendo em conta critérios como as qualificações e o curriculum vitae do candidato; o âmbito do projeto; a originalidade da pergunta de investigação, incluindo a importância e possíveis repercussões científicas e sociais; e a qualidade do plano de investigação.

 As candidaturas deverão ser enviadas por correio eletrónico para [email protected]. Estas só serão consideradas válidas após o envio, por parte da Fundação Grünenthal, de uma mensagem de confirmação de receção das mesmas.

Os trabalhos submetidos serão avaliados por um júri composto por cinco elementos, nomeados pela Fundação Grünenthal, e o resultado da avaliação do júri e respetivo investigador galardoado será comunicado por correio eletrónico a todos os candidatos.

Mais informações e acesso ao regulamento completo em http://www.fundacaogrunenthal.pt/premios-fundacao-grunenthal/bolsa-jovens-investigadores-em-dor

 

Empresa, líder na Europa, especializada no sistema nervoso central
A Neuraxpharm Group (Neuraxpharm), uma empresa farmacêutica, líder na Europa, especializada no sistema nervoso central (SNC),...

Monica Torrecilla traz experiência e conhecimentos aprofundados para a sua nova função Country Manager de gestora de país. Ao longo da sua carreira, desenvolveu um histórico comprovado no avanço das vendas e marketing. Na sua posição atual de Marketing Manager na Neuraxpharm em Espanha foi fundamental para definir a estratégia e a seleção de produtos para o lançamento inaugural da Neuraxpharm Portugal, coliderando as operações comerciais desde o início da empresa no final de 2019. Enquanto Country Manager na Neuraxpharm em Portugal, focar-se-á na expansão da posição da empresa em áreas fundamentais, acrescentando ao actual portfólio sobre esquizofrenia e distúrbios do sono, os novos lançamentos sobre epilepsia e depressão.

Monica Torrecilla tem mais de 20 anos de experiência na indústria farmacêutica. Trabalha na Neuraxpharm Spain há quase cinco anos como Marketing Manager. Antes de se juntar à Neuraxpharm, liderou a Business Unit Consumer Health Care na Bausch & Lomb. Foi Head of the Oncology Business Unit na Boehringer-Ingelheim de 2010 a 2015, tendo ocupado vários cargos de gestão na empresa, desde 2002. Iniciou a sua carreira como Product Manager na Wyeth e possui uma licenciatura em farmácia pela Universidade de Barcelona e um MBA pela ESADE.

Dr. Jörg-Thomas Dierks, CEO da Neuraxpharm, comentou: "Estamos muito felizes por anunciar a nomeação de Monica Torrecilla como a nossa nova Country Manager para Portugal. Acreditamos que o seu espírito poderoso, a sua mentalidade clara e a sua grande capacidade de liderar e tomar as rédeas de novos projetos ajudar-nos-ão a fortalecer a nossa posição no mercado português. Aguardo com expectativa a continuação da nossa grande colaboração com a Monica, bem como a expansão conjunta da nossa posição enquanto empresa de SNC líder, com um portefólio amplo e diverso."

Monica Torrecilla, a recém-nomeada Country Manager para Portugal acrescentou: "Estou entusiasmada com esta oportunidade de Country Manager na Neuraxpharm. Ajudar a estabelecer a Neuraxpharm Portugal desde o início tem sido um grande desafio e estou focada em desenvolver ainda mais a empresa em conjunto com a minha fantástica equipa."

A Neuraxpharm estabeleceu as suas operações em Portugal em novembro de 2019 com o lançamento da Neuraxpharm Portugal e pretende desenvolver a sua posição enquanto especialista no SNC no país do sul da Europa, tirando partido da sua especialização no SNC para oferecer acesso a produtos adequados do seu portefólio a pacientes e profissionais de saúde. Isto inclui o recentemente adquirido Buccolam® (midazolam) indicado para o tratamento de emergência de crianças e adolescentes com epilepsia, que não estava disponível em Portugal e que a Neuraxpharm lançou em Janeiro de 2022.

De 22 de março a 7 de abril – Fábrica das Palavras, Vila Franca de Xira
Para assinalar o Dia Mundial da Tuberculose a Comissão de Trabalho de Tuberculose da SPP vai organizar uma exposição temporária...

Este ano o mote internacional para a efeméride reforça a importância de se “investir para acabar com a tuberculose e salvar vidas”. A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) associa-se a este mote reforçando, neste dia, a relevância de se desenvolverem investimentos e esforços combinados para garantir a equidade de acesso aos cuidados de saúde, quer na área da prevenção, quer no diagnóstico e tratamento da tuberculose a nível mundial.

“Os esforços globais no combate à tuberculose permitiram salvar cerca de 66 milhões de vidas desde o ano 2000. Maiores investimentos vão permitir salvar ainda mais vidas, acelerando o fim desta doença”, destacam Conceição Gomes e Joana Carvalho, da Comissão de Trabalho de Tuberculose da SPP. 

Relativamente à situação epidemiológica da doença no nosso país, Conceição Gomes e Joana Carvalho destacam que, de acordo com os dados do último relatório anual de vigilância e monitorização da tuberculose em Portugal (dados definitivos de 2020, da DGS), “mantém-se a tendência já observada nos últimos anos de um declínio sustentado da taxa de incidência de tuberculose – atualmente 14.2/100.000 habitantes, o que corresponde a 1357 novos casos e 108 retratamentos. Esta incidência é mais elevada nos grandes centros urbanos, com maior densidade populacional e heterogeneidade de etnias: LVT 18.0/100.000; Região Norte 15.2/100.000, Algarve 14.4/100.000; Alentejo 8.6/100.000, Centro 7.7/100.000, RA Madeira 4.7/100.000 e RA Açores 7.8/100.000 habitantes”.

A pandemia veio comprometer o diagnóstico da tuberculose. De acordo com as médicas pneumologistas, “nos dados nacionais relativos ao ano 2020 (relatório anual de vigilância e monitorização da tuberculose em Portugal, da DGS), verificou-se um aumento do atraso no diagnóstico de tuberculose, o que se pode associar a formas mais graves de doença. Esta demora no diagnóstico poderá ser atribuída a um maior atraso na procura de cuidados de saúde pelos doentes no contexto da pandemia. Também a nível mundial, de acordo com os dados da OMS, a pandemia parece ter tido um impacto negativo na luta contra a tuberculose, verificando-se pela primeira vez em mais de uma década um aumento das mortes por tuberculose em 2020. É fundamental desmistificar o estigma negativo associado à tuberculose, com uma conotação tradicionalmente associada à morte e à pobreza. Trata-se de uma doença prevenível e curável, com um tratamento longo, mas eficaz”.

 

Candidaturas devem ser submetidas até 28 de abril
Está a decorrer o processo de submissão de propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, para apoiar...

Está prevista a atribuição de 5 a 8 bolsas e as submissões consideradas para financiamento deverão ser focadas em projetos de investigação nas áreas específicas abaixo definidas. Apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas até dia 28 de abril de 2022.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores da Pfizer, que irá selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre qualquer aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o seu impacto, para partilha pública.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

Análise mostra redução do número de consultas durante a pandemia
O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebeu 25.574 consultas...

De acordo com dados do CIAV, nos últimos dois anos verificou-se uma redução no número de consultas recebidas, «eventualmente relacionada com a pandemia por SARS-CoV2 e os períodos de confinamento daí decorrentes».

Em 2021, o CIAV recebeu 25.574 consultas, das quais 24.400 (95,40%) correspondem a uma exposição a um potencial tóxico, correspondendo as restantes 1.174 (4,60%) a pedidos de pareceres técnicos, dados estatísticos ou informações na área da toxicologia.

A maioria das consultas recebidas foram referentes a adultos, num total de 15.429 (63%), e 635 envolveram mulheres. De acordo com o INEM, 8.429 consultas envolveram crianças, correspondendo 62% a menores de 5 anos.

Os dados estatísticos indicam que a maior parte dos casos (61,5%) resultou de uma exposição não intencional. A esmagadora maioria das situações resultaram de uma exposição por via digestiva, correspondente a 80,53% do total, e 9.762 adultos e 5.248 crianças tiveram uma exposição a medicamentos.

Os dados mostram também que 6.575 adultos e 3.201 crianças entraram em contacto com produtos químicos de utilização doméstica, nomeadamente a lixívia, que representou 15,86% das exposições. Já os produtos biocidas tiveram maior expressão nas crianças, com 325 casos.

O INEM indica ainda que, no momento do contacto com o CIAV, 12.279 dos casos apresentavam sintomas e a esmagadora maioria (94%) tinham sintomas ligeiros. Entre os sintomas apresentados, metade correspondiam ao foro neurológico, seguindo-se do foro digestivo (25%). Em 47,78% dos casos foi possível resolver a situação no local através da chamada telefónica para o CIAV sem necessidade de recorrer a uma unidade de saúde.

O CIAV é o único centro de intoxicações existente em Portugal que recebe chamadas de qualquer ponto do país, percorrendo transversalmente todos os escalões etários e os mais variados produtos ou substâncias. Está disponível através do número telefónico gratuito 800 250 250 e funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano.

 

Pequenas incisões com maior precisão e eficiência
Técnicas oferecem menos riscos de infeção, menor tempo de internação e melhores resultados estéticos

Nos Estados Unidos no final da década de 80, foram realizadas as primeiras cirurgias de sucesso com técnicas minimamente invasivas. O princípio desses procedimentos cirúrgicos é realizar o procedimento convencional através de pequenas incisões e com menos danos nos tecidos dos pacientes, a modo de permitir uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.

Alexandre Silva e Silva, especialista em cirurgia ginecológica minimamente invasiva, conta que essas técnicas geraram avanços que revolucionaram a medicina: “procedimentos que utilizavam incisões amplas na parede abdominal foram substituídos por técnicas e aparelhos que permitem realizar o mesmo ato cirúrgico através de pequenas incisões com maior precisão e eficiência”, diz o cirurgião.

“As grandes incisões eram necessárias para que se pudesse ver os órgãos internos e usar instrumentos capazes de auxiliar a apreender e seccionar tecidos e vasos sanguíneos para realizar um procedimento cirúrgico”, explica Alexandre Silva e Silva. Com os avanços tecnológicos surgiram equipamentos capazes de ampliar a visão do cirurgião, como as óticas endoscópicas e microcâmaras.

A adoção de equipamentos para privilegiar a visão do cirurgião sinalizam um marco na medicina: “essa mudança transformou a cirurgia da era moderna, e hoje praticamente todas as especialidades cirúrgicas utilizam técnicas minimamente invasivas para realizar seus procedimentos", afirma Alexandre Silva e Silva. “Pacientes que sangravam e necessitavam de sangue, hoje perdem menos sangue numa cirurgia laparoscópica bem-feita, do que na coleta de um exame de sangue de rotina”, exemplifica o médico.

Segundo o cirurgião Alexandre Silva e Silva, uma grande incisão à bisturi provoca a secção e rutura de um maior número de vasos sanguíneos. Consequentemente, há maior quantidade de sangramento durante o procedimento, podendo levar a anemia, sujeição à infeção e piora na capacidade de recuperação pós-operatória.

O tempo médio de hospitalização para uma cirurgia ginecológica convencional gira em torno de 72h e se houverem abordagens intestinais, entre 5 a 7 dias. Para a mesma cirurgia realizada por via minimamente invasiva, o tempo de hospitalização é de 12 a 24 horas, nos casos da ginecologia. O conjunto de todos esses avanços  impacta diretamente na melhora da qualidade de vida dos pacientes, trazendo mais precisão e eficiência aos tratamentos cirúrgicos e uma utilização mais ágil da estrutura hospitalar.

 

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Polissonografia em regime de ambulatório
Os doentes do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) já podem realizar os estudos sobre o sono no domicílio, sem...

Esta nova possibilidade deve-se à implementação em regime de ambulatório da polissonografia, uma nova técnica para diagnóstico de patologias do sono que, de acordo com a pneumologista do CHUSJ, Marta Drummond, permite resultados mais fiáveis, diminuição da lista de espera e um maior conforto para o doente.

Ao fazer este estudo no domicílio, o doente apenas necessita de recorrer ao hospital para colocar os sensores no corpo no dia do procedimento. Já em casa, um técnico dará instruções ao paciente, monitorizando o processo através de tecnologia remota, quer via áudio quer via vídeo.

Marta Drummond explica que o «técnico vai, em tempo real, interagindo com o doente» e que “durante a noite é possível captar o registo dos sensores, mas também imagem que ajuda em situações de sonambulismo, agressividade ou falar durante o sono”.

Os sensores colocados no doente são respiratórios, cardíacos, de saturação de oxigénio, bem como sensores de eletroencefalograma que permitem ver as fases do sono.

Com a passagem do estudo para o domicílio, diminuiu-se “de forma drástica” o tempo médio de espera para primeira consulta de Patologia Respiratória do Sono no CHUSJ, que está agora em 56 dias.

Em 2021, o Centro de Responsabilidade Integrado de Sono e Ventilação não Invasiva do CHUSJ fez 3.100 primeiras consultas de Patologia Respiratória do Sono e 8.400 consultas subsequentes, o que corresponde a um aumento em mais de 20% do número de consultas em comparação com 2020.

 

 

 

 

 

Mayo Clinic
Investigadores da Mayo Clinic tomaram o primeiro passo no uso da inteligência artificial (IA) para prever os resultados...

Avaliaram os sintomas com a Escala para Avaliação da Depressão em Crianças – Revisto para prever os resultados de 10 a 12 semanas de farmacoterapia antidepressiva. Deste modo, os seis sintomas de 10 a 12 semanas foram previstos em quatro a seis semanas nos conjuntos de dados de testes de fluoxetina, com uma precisão média de 73%.

Os mesmos seis sintomas de 10 a 12 semanas foram previstos para quatro a seis semanas nos conjuntos de dados de teste de duloxetina, com uma precisão média de 76%.

Nos doentes testados com placebo, a precisão da previsão de resposta e remissão foi consideravelmente inferior à dos antidepressivos, com 67%.

"O trabalho preliminar sugere que a IA promete ajudar as decisões clínicas informando os médicos sobre o rastreio, uso e dosagem de antidepressivos em crianças e adolescentes com grande desordem depressiva", diz o autor sénior Paul Croarkin, psiquiatra infantil da Mayo Clinic. "Temos visto previsões melhoradas dos resultados do tratamento em amostras de crianças e adolescentes em duas classes de antidepressivos."

Estes resultados mostram o potencial da IA e dos dados do paciente para garantir que as crianças e adolescentes recebem um tratamento que é mais propenso a oferecer benefícios terapêuticos com efeitos adversos mínimos, explica Arjun Athreya, investigador da Mayo Clinic e principal autor do estudo.

"Desenhámos o algoritmo para imitar a lógica do tratamento médico num momento intermédio baseado na sua estimativa de se um paciente é ou não suscetível de beneficiar da farmacoterapia na dose atual", diz Athreya. "Por isso, era essencial para mim, enquanto engenheiro informático, aprofundar e observar a prática de perto, não só para compreender as necessidades dos pacientes, mas também como a IA pode ser usada e ser útil para o médico beneficiar o paciente."

Os resultados da investigação são a base para o trabalho futuro que incorpora informação fisiológica, medições cerebrais e dados farmacogenómicos para abordagens de medicina de precisão no tratamento de jovens com depressão. Isto melhorará os cuidados de pacientes jovens com depressão e ajudará os médicos a iniciar e a dosear os antidepressivos que mais beneficiam os pacientes.

"Os avanços tecnológicos são ferramentas mal estudadas que podem melhorar as abordagens de tratamento", diz Liewei Wang, diretor do Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic. "Prever resultados em crianças e adolescentes tratados para a depressão é essencial para a gestão do que pode tornar-se o fardo de uma doença ao longo da vida."

A investigação foi um esforço conjunto dos Departamentos de Farmacologia Molecular e Terapias Experimentais e Psiquiatria e Psicologia da Clínica Mayo, com o apoio do Centro de Medicina Individualizada da Clínica Mayo.

Consultas e cuidados de enfermagem
A valorização dos cuidados de proximidade, o envelhecimento da população com doenças crónicas associadas e outras necessidades...

Com uma equipa de profissionais experientes e diferenciados, os Cuidados Domiciliários CUF prestam uma resposta ajustada às necessidades de cada pessoa e sempre em articulação com o médico assistente e os recursos existentes no Hospital CUF Torres Vedras.

A atividade de Cuidados Domiciliários do Hospital CUF Torres Vedras disponibiliza consultas médicas ao domicílio e a prestação de cuidados de enfermagem, havendo apoio clínico, sempre que necessário, nomeadamente nas áreas de Cuidados Pós Cirúrgicos, Cuidados a Idosos, Cuidados Paliativos, Cuidados nas patologias Neurológica, bem como de Patologia Clínica e realização de Testes Covid.

 Para mais informações consulte o site CUF aqui

 

Opinião
O eczema atópico é uma doença inflamatória crónica da pele, mais frequente em idades pediátricas, qu

Na grande maioria dos casos (aproximadamente 85%), a doença manifesta-se antes dos cinco anos de idade e começa no primeiro ano de vida em cerca de 60% dos casos. Nos últimos anos tem havido grandes avanços para determinar a causa da doença, sendo que a existência de uma barreira cutânea anormal e alterações imunes terão um papel primordial na origem da doença.

As alterações do sistema imunitário induzem o aumento de substâncias denominadas citocinas Th2 no organismo dos doentes com eczema atópico e são capazes de causar um comprometimento significativo da barreira cutânea. É ainda importante realçar que a evidência científica atual sugere a prevalência de uma forte componente genética para o desenvolvimento da doença.

Nas idades mais precoces, a expressão clínica é diferente daquela que ocorre na infância, manifestando-se com áreas muito vermelhas e exsudadas, sendo a descamação mais rara. A principal área atingida é tipicamente a face, mais concretamente as zonas malares e pavilhões auriculares. Após o decurso de um a dois anos verifica-se uma mudança topográfica na localização das lesões, com menor envolvimento da face e maior envolvimento das áreas anteriores dos braços e parte posterior dos joelhos, sendo as lesões mais descamativas e com mais espessamento cutâneo.

Nos adultos, porém, o atingimento do eczema atópico é mais localizado, sendo que as áreas envolvidas são, na maioria dos casos, as pregas cutâneas e, embora com menor frequência, a face, pescoço e mãos. No entanto, é importante realçar que qualquer área do corpo pode ser envolvida nos casos mais graves e que o prurido marcado é sempre uma contante.

Durante o tratamento, os doentes devem ser encorajados a evitar fatores agravantes da doença como:

  • Fibras irritantes (lã, fibras sintéticas) – privilegiar roupa de algodão;
  • Detergentes com fragrâncias ou conservantes;
  • Roupa apertada ou quente;
  • Divisões da casa com temperaturas elevadas;
  • Múltiplos cobertores na cama;
  • Casa mal arejada, pouco limpa, com muitas carpetes;
  • Contacto com animais e pelos;
  • Janelas abertas na época de maior pólen em ambientes secos e quentes;
  • Stress/Estímulos emocionais;
  • Tabaco.

O eczema atópico segue um curso crónico recidivante ao longo de meses e até anos. Os pacientes com doença ligeira podem experienciar agudizações intermitentes com remissão espontânea, mas aqueles com doença mais grave raramente resolvem sem tratamento.

O tratamento do eczema atópico passa pela adoção de medidas básicas para restaurar a barreira cutânea, tais como a aplicação diária de emolientes. Com efeito, o reforço da hidratação cutânea é essencial, e quando não é feito de forma adequada poderá colocar em causa o restante tratamento.

Perante uma doença leve, com lesões de eczema que são transitórias e esporádicas, pode ser vantajoso adotar uma atitude de tratamento reativo (ou seja, realização de tratamento sempre que surgem lesões) através de medicamentos de aplicação tópica (corticosteroides tópicos ajustados à localização das lesões ou inibidores tópicos da calcineurina).

Numa doença moderada, com lesões de eczema recorrentes, a fototerapia pode ser ponderada em casos pontuais - caso esse recurso esteja disponível. Na doença grave, em que os cuidados tópicos não permitem um controlo da doença, a imunossupressão sistémica com corticoide oral ou outros imunossupressores tradicionais pode ser ponderada, mas sempre com riscos de efeitos laterais que podem ser graves.

Mais recentemente, devido à evolução no conhecimento sobre a patogénese da doença, tornaram-se disponíveis tratamentos medicamentosos que abrem uma nova perspetiva no tratamento do eczema atópico moderado a grave - nomeadamente medicação que atua a nível do controlo da inflamação induzida pelas citocinas Th2 -IL4 e IL 13.

O objetivo destes agentes é o controlo da doença, a melhoria das lesões cutâneas e a diminuição do prurido - tudo sem os efeitos laterais graves associados aos corticoides orais e imunossupressores.

Portanto, apesar de o eczema ser uma doença com marcado impacto na qualidade de vida dos pacientes, o surgimento de novo tratamento constitui um valioso aliado para o controlo e terapêutica da doença.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
‘Mitos e Factos na Vacinação’
As vacinas contra a COVID-19 provocam casos graves de miocardite e pericardite? E provocam magnetismo? Este projeto da Pfizer...

Nos últimos 2 anos as nossas vidas sofreram muitas alterações provocadas pelo impacto da pandemia de COVID-19 no mundo. Ao longo do tempo, todos fomos procurando respostas às nossas questões através de vários meios: a internet, a televisão, a rádio, a imprensa. Contudo, pelo elevado volume de informação e por ser uma situação completamente atípica e nova para o mundo, muitas vezes torna-se difícil identificar informação confiável.

Com o desenvolvimento das vacinas contra a COVID-19, e com o decorrer do processo de vacinação, já em vigor, estas dúvidas intensificaram-se. Foi esse o motivo que levou a Pfizer Portugal a lançar o projeto de literacia em saúde ‘Mitos e Factos na Vacinação’, com o objetivo de ajudar na desmistificação de algumas das dúvidas mais comuns de todos nós.

Em diversos episódios, são dadas respostas simples, a questões como: “As vacinas provocam magnetismo?” e “As vacinas contra a COVID-19 provocam casos graves de miocardite e pericardite?”.

“Pretendemos que os vídeos sejam práticos e de fácil visualização, e por isso os dados e os factos são apresentados através de muitos grafismos e animações. Mas o aspeto mais importante para a Pfizer é que a informação seja de fonte credível, atual e isenta, e por isso citamos entidades como o Ministério da Saúde, a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Pública e o Infarmed”, refere Susana Castro Marques, Diretora Médica da Pfizer Portugal.

Os episódios de ‘Mitos e Factos na Vacinação’ estão disponíveis nas plataformas sociais da Pfizer Portugal

 

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