Jovens (18-21 anos) e idosos (+65 anos) são quem mais prioriza a saúde
A 7 de abril celebra-se o Dia Mundial da Saúde e a Intrum não quis deixar passar esta data em branco. Assim, através dos dados...

Hoje em dia, também fruto dos desafios impostos pelo contexto atual, torna-se necessário priorizar certos setores quando ponderamos onde vamos alocar o nosso dinheiro. Tendo esta questão presente, verificamos que a saúde não surge como a principal prioridade para a generalidade dos consumidores portugueses (44% das pessoas nem coloca a saúde no top 5 de gastos prioritários).

A ocupar o lugar de destaque de prioridades, encontramos as despesas com água, gás e eletricidade (25,8%), seguidas das obrigações com hipotecas (25,3%) e rendas de habitação (24,9%). Por outro lado, como setores menos prioritários surgem as compras online (1,2%), os custos com cuidados infantis (1,6%) e as despesas com acesso à Internet (2,7%).

Os dados relevam que apenas 4,4% dos portugueses considera o setor da saúde como a principal prioridade nos seus gastos mensais. Este número assume uma maior relevância junto do sexo masculino com 5,9% comparativamente aos 2,8% das mulheres portuguesas.

Curiosamente é nas gerações das faixas etárias extremadas que encontramos uma maior preocupação com a saúde. Se 8,7% das pessoas com mais de 65 anos dão prioridade às despesas médicas, este número decresce apenas para 7,0% quando nos referimos à geração Z (idades entre os 18-21 anos). A geração que prioriza menos os gastos com a saúde situa-se na faixa dos 45 aos 54 anos (2,9%).

Luís Salvaterra – Diretor-Geral da Intrum Portugal – alerta ainda que “as pessoas com rendimentos familiares mais baixos não tendem a atribuir tanta importância à saúde nas suas despesas mensais (apenas 1,4% destas coloca a saúde em primeiro plano). Este facto contribui então para aumentar a desigualdade presente na sociedade, extrapolando-se as diferenças económicas a uma desigualdade também na saúde”.

 

De 31 de março e 13 de maio
Entre os dias 31 de março e 13 de maio, o Grupo Ageas Portugal, a Fundação Ageas, a Médis e a Europacolon Portugal promovem a...

Em 2020, foram diagnosticados 10.501 novos casos de cancro colorretal, em Portugal, e mais de 2.972 mortes, sendo a segunda neoplasia mais comum em ambos os sexos. De acordo com os dados da International Agency for Research on Cancer, 90% dos casos foram detetados a partir dos 50 anos e 85% dos casos surgem sem qualquer relação familiar. Este tipo de cancro tem uma progressão lenta e silenciosa, assintomática, que muitas vezes pode ser superior a 10 anos. No entanto, a realização de rastreios, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, diminui a mortalidade por cancro colorretal em aproximadamente 16%.

Depois do sucesso da 1.ª iniciativa, que decorreu de 15 de março a 14 de abril de 2021, e para sinalizar a importância de adoção de medidas de prevenção de forma a evitar mais mortes, o Grupo Ageas Portugal, a Médis e a Fundação Ageas e a Europacolon quiseram dar seguimento a esta Campanha de Sensibilização para o Cancro Colorretal – Movimento 50+.

O Movimento 50+ tem como principais objetivos: promover o diagnóstico precoce; contribuir para o tratamento atempado do cancro; melhorar o conhecimento da população portuguesa sobre a doença, os fatores de risco e o diagnóstico precoce; e referenciar e acompanhar as pessoas com resultado positivo.

Patrícia Ramalho, Responsável do programa Movimento 50+, reforça que “o nosso propósito é salvar o maior número de vidas possível. É por isso imperativo a realização deste tipo de campanhas que por um lado visam à prevenção e deteção precoce de um dos tipos de cancro mais mortais e, por outro, procuram aumentar o conhecimento da população sobre a doença. Incentivamos todos os portugueses, com 50 anos ou mais, a realizar este rastreio, que é um procedimento muito simples e rápido e que pode salvar vidas.”

É um processo simples, rápido e gratuito. Para realizarem os rastreios as pessoas devem dirigir-se a um dos laboratórios/postos de colheita aderentes à campanha (Redes Germano de Sousa e Unilabs) e solicitar um kit de pesquisa de sangue oculto nas fezes. A recolha é feita em casa pelo próprio e deve ser entregue no respetivo laboratório/posto de colheita, que posteriormente comunicará o resultado. Se o resultado for positivo para sangue oculto nas fezes, as pessoas serão posteriormente contactadas pela Europacolon para saberem quais os passos a seguir.

O rastreio destina-se a pessoas entre os 50 e os 74 anos, assintomáticas, sem histórico de neoplasia e/ou pólipos colorretais; doença inflamatória intestinal (exemplo: colite ulcerosa ou doença de Crohn) ou história familiar em 1.º ou 2.º grau de cancro colorretal ou adenoma.

Para assinalar o apoio a esta causa, durante o mês de abril, o novo edifício do Grupo Ageas Portugal iluminar-se-á, simbolicamente, com a cor azul – cor associada a este tipo de cancro – e a campanha com o mote “Queremo-lo por cá!” estará presente em rádio e digital.

Saiba mais sobre a campanha e os laboratórios aderentes aqui.

 

Estudo norte-americano analisou 12 milhões de registos clínicos
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) apela a que seja assegurado, em Portugal, o acesso generalizado...

De acordo com um estudo publicado no jornal médico norte-americano “JAMA: The Journal of the American Medical Association”, que analisou 12 milhões de registos clínicos, a associação entre estrabismo nas crianças e doenças mentais, como a ansiedade, esquizofrenia, doença bipolar e depressão é de 1,23 até 2,70 vezes mais frequente, do que em crianças sem estrabismo”.

Uma recente investigação, cuja análise estatística foi realizada de 1 de dezembro de 2018 a 31 de julho de 2021, sugere que “houve associação moderada entre estrabismo e transtorno de ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno depressivo”.

Neste estudo, crianças e adolescentes menores de 19 anos, “com estrabismo apresentaram maior probabilidade de ter transtorno de ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno depressivo em comparação com crianças e adolescentes sem doenças oculares”.

Para Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), “estas associações sublinham a necessidade de se assegurar acesso aos cuidados para a saúde da visão, se se pretende desenvolvimento saudável em todas as dimensões do ser humano”.

“Em Portugal, ainda não existem cuidados primários para a saúde da visão no SNS, pelo que não se assegura intervenção precoce e atempada no estrabismo. Não só não se promove o desenvolvimento saudável, como se assume os custos de saúde, financeiros e económicos com impacto ao longo da vida, por esta omissão”, afirma o responsável.

O estrabismo consiste num desvio do alinhamento binocular, ou seja, ocorre quando as fóveas (ou ponto da retina com melhor acuidade visual na região central da retina do olho) não fixam o mesmo objeto.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, problemas de visão não diagnosticados ou não corrigidos podem tornar-se irreversíveis e afetar a aprendizagem, a integração social e até mesmo o comportamento.

É por isso recomendado a avaliação em sede de cuidados para a saúde da visão logo nos primeiros anos de vida e em todas as fases da vida.

A inatividade física constitui um fator de risco responsável por cerca de 5 milhões de mortes anuais
No Dia Mundial da Atividade Física, que se assinala a 6 de abril, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e o...

Está comprovado cientificamente que a atividade física tem impactos positivos diretos na saúde: melhora o controlo da glicose no sangue, reduz os fatores de risco cardiovascular, reduz a incidência de vários tipos de doenças e contribui para melhoria da composição corporal, bem como para o bem-estar geral.

Para José Manuel Boavida, presidente da Direção da APDP, “As cidades deviam ser planeadas para que a atividade física fosse integrada, naturalmente, na vida das pessoas. Esse passo seria fundamental para proporcionar uma experiência urbana na qual as pessoas pudessem circular ativamente no espaço público, caminhando ou andando de bicicleta, por exemplo, e nos locais de trabalho, com atividades lúdicas ativas e regulares no dia a dia. O problema que se coloca é que a vida da grande maioria das pessoas em idade ativa não integra a atividade física no seu quotidiano e isso pode ter repercussões para a sua saúde.”

Recentemente, a Associação Americana de Diabetes (ADA), divulgou as mais recentes orientações relacionadas com a prática de atividade física por pessoas com diabetes. Nestas inclui-se a recomendação da realização de um volume de treino de pelo menos 150 minutos por semana de atividade com intensidade moderada ou vigorosa para os adultos e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.

João Pejapes, Diretor Executivo do Departamento de Exercício e Saúde do GCP, acrescenta que para as pessoas com diabetes, “em relação ao tipo de exercício, devem ser escolhidos exercícios ou atividades que promovam a solicitação dos grandes grupos musculares, incidindo no treino cardiorrespiratório, na flexibilidade, na força muscular e no equilíbrio. Para os mais jovens e fisicamente mais bem preparados, um volume de treino de 75 minutos por semana com uma intensidade vigorosa ou intervalada poderão ser suficientes. Claro que poderá haver a possibilidade de ir um pouco mais além das doses de atividade física recomendadas. Para isso, teremos de nos certificar de que a condição física, os objetivos e as limitações (se existirem) assim o permitem, garantido que todo o plano está ajustado à condição física de cada individuo.”

“O mais importante é ter presente que todos os esquemas têm de ser individualizados e adaptados à vida de cada um. Qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma e toda a atividade física conta, deste o treino planeado às tarefas diárias e domésticas que envolvem movimento”, conclui João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP.

A APDP e o GCP, duas instituições centenárias, com décadas de experiência nas suas áreas de especialidade, estabeleceram uma parceria para a promoção da atividade física junto das pessoas com diabetes seguidas na associação e têm desenvolvido, desde 2018, várias iniciativas em conjunto, assegurando o GCP condições mais vantajosas de inscrição.

Opinião
Manter um estilo de vida saudável é essencial para manter uma boa saúde.

Uma das melhores formas de adotar um estilo de vida saudável é implementar a prática de exercício físico no quotidiano. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para manter a nossa saúde e bem-estar, são recomendados, pelo menos, 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana, para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física moderada por dia, no caso das crianças e adolescentes. A atividade física pode passar por correr, andar de bicicleta, fazer exercício localizado, treino funcional, entre muitas outras possibilidades. Sermos ativos contribui para que sejam evitadas inúmeras doenças, além de nos fazer sentir bem e em forma. Praticar desporto ajuda no controlo do peso, reduz o colesterol, traz benefícios a nível do sistema respiratório e ajuda a prevenir a osteoporose, fortalecendo os músculos, ossos e articulações. Tudo isto contribui para uma menor probabilidade de desenvolver doenças podendo-se, assim, prolongar o tempo de vida.

Além de todos as vantagens físicas, também a saúde mental beneficia pela prática desportiva, sendo promovido o bom humor e aumentando-se a energia, produtividade e qualidade de vida. A prática de exercício físico é também uma forma de se ter um sono de melhor qualidade, diminuindo-se o stress e o risco de desenvolver doenças do foro psicológico, como depressões ou esgotamentos.

Contudo, embora a prática desportiva seja importante, é também essencial ter em conta a recuperação muscular pós-treino. O esforço e a exigência dos treinos, bem como possíveis exercícios mal-executados, podem levar a lesões musculares. Para que se evitem estas lesões, deve-se fazer aquecimento e alongamento dos músculos, manter o organismo hidratado e massajar as áreas cansadas com cremes, como Arnicrème®, que combatam a fadiga muscular e as dores musculares, promovendo a recuperação física.

É assim importante focar não só o treino, mas o pré e o pós-treino para que tenha uma rotina de exercício físico saudável. Não deixe que a libertação de endorfinas, as conhecidas “hormonas da felicidade”, durante a prática desportiva seja impedida pelas dores musculares.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinar
A GS1 Portugal, organização neutra, sem fins lucrativos e responsável pela implementação de standards para a promoção de uma...

Esta semana, a 08 de abril, decorre o webinar “Introdução à Codificação de Produtos”. A ação formativa tem início marcado para as 10h, com uma duração prevista de 1h30. Neste webinar, os participantes poderão aprofundar conhecimentos sobre a codificação de produtos, nomeadamente, a Codificação e marcação de unidades de consumo e unidades de expedição; O que é e como funciona o Código de Peso Variável; Vantagens da captura de dados GS1 e Etapas de implementação de um sistema de identificação de artigos.

Esta formação destaca os benefícios da codificação e rastreabilidade dos produtos ao longo de toda a cadeia de valor e dá a conhecer aos participantes a utilidade dos serviços disponibilizados pela GS1 Portugal, a que poderão ter acesso.

Desta forma, a GS1 Portugal acredita poder ajudar a melhorar a eficiência dos negócios, tornando-os mais ágeis e competitivos.

Para informação adicional e inscrições neste webinar, por favor aceder aos formulários nos links em cima ou, em alternativa, contactar a GS1 Portugal - [email protected].

 

 

Neurocientista comenta
Um estudo realizado por várias universidades inglesas revelou que as mulheres têm 40% menos probabilidade de se casarem se...

O professor explicou que é necessário definir um comportamento a partir de fatores diversos, entre eles, a cultura e o fenótipo, para que assim se possa chegar às possíveis conclusões.

Para encontrar o resultado do estudo, os especialistas britânicos analisaram um grupo de 900 mulheres e homens por 40 anos. Todos eles foram observados desde os 11 anos de idade. Após uma série de análises, concluiu-se que quanto melhor a mulher estiver ao nível de carreira laboral, mais difícil será para ela se casar. 

O neurocientista afirmou que, historicamente, os homens sempre quiseram uma mulher que cuidasse com mão de mãe e amor de mulher.

“Mulheres mais bem-sucedidas profissionalmente, que ocupam postos de trabalho melhor remunerados, têm maior liberdade de escolha pois têm independência financeira. Sem independência financeira não se tem independência alguma. As mulheres na maior parte da história se submeteram pela impossibilidade de sustento para si e para a sua prole”, disse.

O professor também explicou que, com liberdade sexual e independência financeira, é mais raro ficarem em relacionamentos opressores e tóxicos. Mesmo amando, aprenderam a amar mais a si e à sua liberdade.

“O homem culturalmente liderou na maior parte da história evolutiva, devido a hormona testosterona, foi formatada uma cultura de liderança na família, assim como os leões e outros animais do nosso reino, mas estamo-nos a adaptar aos moldes de uma sociedade diferente e, esta insegurança masculina cai quando o homem é inteligente. Homens muito inteligentes são seguros de si, pois sabem da própria capacidade e procuram mulheres inteligentes por dois motivos, um é para aperfeiçoamento da espécie, outro é para ter alguém com quem possam trocar conhecimento. Levando o relacionamento a uma, também, amizade e parceria”, afirmou.

Ainda segundo Fabiano, o medo da mulher mais inteligente está relacionado com a insegurança do homem e isso pode influenciar nos números da pesquisa em questão nos levando a questionar: as mulheres mais inteligentes se casam menos ou os homens têm medo de se relacionarem com mulheres bem-sucedidas?

 Os autores do estudo também concordam com o ponto de vista do brasileiro: nem tudo é culpa do QI. Os pesquisadores dizem que no caso de mulheres com mais anos de estudos também pode ocorrer o fenómeno de que elas passam mais tempo a estudar do que outras mulheres, e que atrasam suas núpcias além do ponto da sua atração máxima e sua maior fertilidade.

 

Dia Mundial da Atividade Física
Múltiplas têm sido as meta-analises a estudar os efeitos benéficos para a saúde, da prática de ativi

Atualmente, as sociedades internacionais recomendam, para todos os adultos, a prática de atividade física de intensidade moderada entre 150 a 300 minutos/semana ou de 75 a 150 minutos/semana se de intensidade elevada. Para aqueles que não o conseguem, por condicionantes do seu estado de saúde, recomenda, dentro das suas possibilidades, manterem-se ativos - podemos dizer que alguma atividade é melhor que nenhuma.

O Eurobarómetro de 2018 da Comissão Europeia, coloca Portugal como um dos piores países, no que concerne à prática de atividade física. 68% dos portugueses responderam que nunca se exercitavam, situação de difícil compreensão, considerando as excelentes condições climatéricas do nosso país, bem como a sua beleza natural que, por si só, deveria incentivar à prática de atividade física ao ar livre.

Talvez não seja por isso de estranhar, que a principal causa de mortalidade e de elevada morbilidade no nosso País, continuem a ser as doenças cérebro e cardiovasculares.

Somos um dos países da OCDE com melhor esperança média de vida à nascença, mas também somos um dos piores em anos de vida saudável. Vivemos muito, mas não vivemos com a qualidade de vida que todos desejamos. É importante que Portugal passe a adotar políticas de saúde, mais focadas na promoção da saúde e na prevenção da doença.

Assim, todos os contactos médico/doente, independentemente do motivo, para o qual ocorrem, deve servir também para: promover a literacia para a saúde em todas as suas vertentes; avaliar e discutir com o utente o seu risco cardiovascular; e promover/incentivar às alterações dos estilos de vida, tendo a capacidade de ajustar o nível de atividade física, às particularidades/limitações de saúde de cada pessoa, bem como à sua condição física.

Portugal, através da DGS, tem três programas prioritários de saúde, que visam a promoção e adoção de estilos de vida mais saudáveis, o programa nacional para a promoção da atividade física, o programa nacional para a promoção da alimentação saudável e o programa nacional para a prevenção e controlo do tabagismo. É necessário uma maior visibilidade e investimento nestes programas.

Está na hora de mudarmos a nossa abordagem e passarmos a incorporar uma vida mais ativa e mais saudável, no nosso dia a dia. Pequenos gestos podem promover um envelhecimento mais ativo, mais saudável e, principalmente, livre de doença. Devemos aproveitar os nossos “tempos livres” para cuidarmos de nós próprios e dos nossos.

Em conclusão, não devemos menosprezar os muitos benefícios de praticar exercício físico, que são comparáveis ou até melhores que algumas terapêuticas farmacológicas. Adotemos estilos de vida saudáveis para termos mais anos de vida com qualidade e livres de doença.

Fale com o seu medico, para avaliar o seu risco cardiovascular e começar um programa de atividade física adaptado às suas condições e necessidades.

Pratiquemos atividade física!

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Artrite Reumatoide
Abre-se um novo caminho para os cerca de 70 milhões de doentes com artrite reumatoide em todo o mundo. Novo tratamento...

Os sintomas de artrite reumatoide, como a dor e o inchaço nas articulações, melhoram significativamente após aplicação de células estaminais mesenquimais do tecido adiposo (i.e., gordura). A descoberta é de um novo ensaio clínico realizado nos Estados Unidos da América, que aponta como principal motivo para os resultados observados o efeito anti-inflamatório destas células.

A artrite reumatoide é uma doença crónica de natureza autoimune, que afeta 1% da população mundial, em que as células do próprio sistema imunitário passam a atacar as articulações, causando inflamação, inchaço, dor, rigidez, e perda progressiva de mobilidade e qualidade de vida.

Embora não haja cura para a artrite reumatoide, é possível aliviar os sintomas com corticosteroides ou medicamentos antirreumáticos e imunossupressores. Porém, o seu uso prolongado pode resultar em perda de eficácia, deixando os doentes com opções terapêuticas mais limitadas. Em alguns casos, estes medicamentos desencadeiam também efeitos adversos, incluindo disfunção renal e hepática.

“Com vista à melhoria da qualidade de vida destes doentes, têm vindo a ser testadas outras modalidades de tratamento inovadoras com base na administração de células estaminais, pela sua capacidade de libertação de moléculas anti-inflamatórias e de modulação do sistema imunitário”, sublinha Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal. “Quanto aos resultados deste ensaio clínico, cujo objetivo foi testar a segurança e a eficácia da aplicação de células estaminais do tecido adiposo em doentes com artrite reumatoide, estes revelam-se muito promissores”, acrescenta.

O ensaio clínico, que decorreu entre 2018 e 2020, incluiu 15 doentes, maioritariamente mulheres, com 52 anos de idade, em média, e que apresentavam artrite reumatoide ativa apesar do regime terapêutico prescrito. Cada doente foi tratado com uma única infusão intravenosa de células estaminais do seu próprio tecido adiposo, obtidas a partir de uma pequena porção de gordura e depois multiplicadas em laboratório. Seguiram-se vários momentos de avaliação dos participantes ao longo de um ano, através de análises laboratoriais e testes específicos para avaliar os sintomas de artrite reumatoide.

Não se tendo registado efeitos adversos severos decorrentes do tratamento experimental, os autores consideram que apresenta um perfil de segurança favorável. Já em relação à eficácia, observou-se uma melhoria acentuada nos sintomas articulares ao longo do período de acompanhamento.

Foi utilizado um teste de contagem articular de 66/68 articulações, em que é identificado o número de articulações inchadas e dolorosas em todo o corpo. Enquanto o número médio de articulações inchadas baixou de 12 no início do estudo, para 1, ao fim das 52 semanas, o número de articulações dolorosas diminuiu de 20 para 1, em média, o que indica uma resposta muito positiva ao tratamento com células estaminais.

Tendo em conta estes resultados positivos, os autores consideram pertinente a realização de ensaios clínicos de maior dimensão, que possam confirmar o benefício da administração de células estaminais do tecido adiposo como forma inovadora de tratamento dos sintomas da artrite reumatoide.

Para aceder aos estudos científicos mais recentes sobre os resultados promissores da aplicação de células estaminais, visite o Blogue de Células Estaminais.

XXII Jornadas da A.N.D.A.R
No próximo dia 7 de abril, a A.N.D.A.R - Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide - realiza as XXII Jornadas, no...

Com início às 9 da manhã, a conferência inaugural abordará o tema da saúde musculoesquelética na população e o impacto das doenças reumáticas pela Profª Raquel Lucas da Universidade do Porto.

De forma a potenciar o conhecimento sobre como este estado de equilíbrio físico e psíquico a psicóloga, Mariana Marques, explicará quais os exercícios práticos para aumentar a felicidade.

Para Arsisete Saraiva, Presidente da A.N.D.A.R, “o estado psicológico e mental dos doentes tem um forte impacto na sua saúde e consequentemente na artrite reumatoide”. 

Além da felicidade, as XXII Jornadas, abordam, também, a importância da alimentação nos doentes com artrite reumatoide, este será um tema abordado por Catarina Sousa Guerreiro, mestre em Nutrição Clínica. Outros temas serão as vacinas em tempo de pandemia e como o doente com artrite pode ajudar o seu reumatologista a tratá-lo.

Existem em Portugal, cerca de 50.000 a 70.000 doentes diagnosticados com Artrite Reumatóide, uma doença inflamatória crónica, mais comum entre os 30 e os 50 anos, com maior prevalência no sexo feminino. O principal sintoma é a inflamação das articulações que com o tempo pode levar a deformidades. Quando não tratada precocemente, traz graves consequências para os doentes. 

Segundo António Vilar, reumatologista e Secretário Geral da A.N.D.A.R. “estudos variados mostram que a adesão à medicação a longo prazo pode estar comprometida em quase 45% dos doentes”.

“Através da partilha de informação e de conhecimentos, dirigidos preferencialmente a doentes, familiares e amigos, podemos aumentar o bem-estar das pessoas que vivem com artrite reumatóide e aumentar a literacia sobre esta patologia”, defende Arsisete Saraiva. 

Para saber mais informações consulte: https://www.andar-reuma.pt/

Médica alerta para os riscos antes e durante a gravidez
O risco de complicações obstétricas é três vezes maior em mulheres obesas e aumentam para o dobro as

“Sabe-se hoje que a obesidade está relacionada com a diabetes, síndrome do ovário poliquístico, contribui para irregularidades menstruais, anovulação, aborto espontâneo, hipertensão na gravidez, assim como com alterações do crescimento intrauterino e parto pré-termo. Daí que seja recomendável a perda de peso antes de engravidar”, sublinha Catarina Godinho, especialista em medicina de reprodução na Clínica IVI Lisboa.  

Para melhorar o prognóstico reprodutivo destas mulheres, a médica recomenda que as mulheres engravidem com o peso mais o próximo possível do seu peso ideal, uma vez que 30 a 40% das mulheres com obesidade tem dificuldade em engravidar. “É possível reverter um quadro de infertilidade se as futuras mães iniciarem um plano de redução de peso e modificarem hábitos alimentares que possam ser prejudiciais. Além do acompanhamento por um ginecologista devem procurar apoio junto de um especialista em nutrição e realizar exercício físico acompanhado por um treinador físico”, explica. E acrescenta que há estudos que demonstram que o exercício moderado tanto da mulher, como do homem melhora os resultados dos tratamentos de reprodução assistida.  

Tendo em conta que, na maioria dos países europeus, e segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 60% dos adultos está acima do peso ou são obesos, e que a obesidade constitui um gatilho para muitas doenças, onde se inclui a infertilidade, é expectável que cada vez mais mulheres venham a ter problemas de infertilidade.  

Filhos vão “herdar” o peso da mãe

Além disso, a médica lembra ainda que o excesso de peso e a obesidade não têm apenas tem consequências para as mães, mas também afetam a sua descendência. “O ambiente onde se desenvolve o feto condiciona seu desenvolvimento e a sua vida futura. Os filhos de mães com excesso de peso têm 40% mais probabilidade de vir a sofrer de obesidade e doenças associadas, das quais se destaca a diabetes e problemas cardiovasculares”. 

Para diminuir problemas de infertilidade e prevenir as consequências da obesidade e o excesso de peso na gravidez, Catarina Godinho deixa três recomendações às mulheres que estão a pensar em ser mães: 

  1. Iniciar um plano de redução de peso e modificar hábitos nutricionais que podem ser prejudiciais, preferencialmente seis meses antes de tentarem engravidar de forma natural ou antes dos tratamentos de reprodução assistida. A médica aconselha que se evitem os alimentos processados. Recomenda os alimentos naturais e uma dieta variada com sementes, grãos, legumes, proteínas animais e/ou vegetais e produtos não refinados, ricos em fibras. Os alimentos mais amigos da fertilidade são os que contêm ácido fólico, ácido docosahexaenóico, vitaminas B, C, D e E, selénio e cálcio.  
  2. Fazer exercício físico acompanhado por um especialista nesta área. Em conjunto com uma alimentação variada e equilibrada ajuda a perder peso e traz benefícios cardiovasculares, metabólicos, endócrinos e neurológicos. Também ajuda a reduzir o stress e melhora a qualidade do sono. A perda de peso traz vantagens não só para a mulher que está a preparar o seu corpo para gerar uma vida, como para os homens, uma vez que o excesso de peso e a obesidade masculina diminuem a qualidade do esperma e, consequentemente, a fertilidade. 
  3. Adotar um estilo de vida menos sedentário que obrigue a mulher e/ou o casal a sair de casa. Pode ser simplesmente criar o hábito de ver um filme no cinema em vez de ser no sofá, ou fazer pequenos passeios, andar de bicicleta. Também, quando o tempo o permitir, preparar uma refeição e fazer um piquenique num jardim ou no campo. O relaxamento físico e mental é importante para quem procura uma gravidez. 
Fonte: 
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Nota: 
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Pretende maior acesso às vacina e travar o abuso das patentes médicas
A Médicos do Mundo (MdM) está a contestar o monopólio da Pfizer/BionTech sobre a vacina COVID-19, com a apresentação de duas...

Ambas as observações assinalam que os registos de patente apresentados pela BionTech não demonstram clara atividade inventiva, um dos critérios de patenteabilidade exigidos. De facto, a BionTech apenas aplicou o conhecimento do estado da arte das áreas técnicas das vacinas de mRNA e vacinação contra o coronavírus a um novo vírus, o SARS-CoV-2. Um conhecimento que foi produzido graças ao trabalho de investigadores académicos. Ou seja, foram necessárias apenas algumas semanas para que a Pfizer/BionTech produzisse a sua vacina - que representa atualmente 70% do mercado -, porque o conhecimento já existia.

Apesar das vacinas terem sido consideradas ferramentas essenciais na “guerra” contra a pandemia da COVID-19, os governos acordaram conceder direitos de monopólio a estas ferramentas essenciais. Como consequência, apenas algumas companhias farmacêuticas controlam a produção e a comercialização destas tecnologias e um elevado número de pessoas em todo o mundo são excluídas do acesso às mesmas. Dois anos depois do início da pandemia, apenas 11% das pessoas que vivem em países de renda baixa receberam uma primeira dose da vacina, quando essa percentagem é de 75% nos países de renda elevada, sendo que 44% destes receberam mesmo uma dose de reforço.

Investiram-se milhares de milhões de euros em saúde, mas a política do “tudo o que for necessário”, adotada pelos governos face às multinacionais farmacêuticas, revela ter um custo importante para toda a sociedade.

Como é frequente com produtos farmacêuticos, o público paga duas vezes pela investigação e desenvolvimento (I&D): primeiro, durante a investigação, dos cerca de 5,63 mil milhões de dólares (5,09 mil milhões de euros) investidos na I&D da vacina COVID-19, mais de quatro mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) ficaram nas mãos de cinco companhias farmacêuticas privadas; depois, mais tarde, através das patentes e da aquisição e reembolso, o sector público investiu mais de 51,1 mil milhões de

dólares (46,2 mil milhões de euros) em acordos de aquisição antecipados. Agora, a Pfizer/BionTech controla 70% do mercado europeu das vacinas COVID-19, com uma previsão de receitas globais de 17 mil milhões de dólares (15,37 mil milhões de euros) em 2022.

Ao pagar 20 vezes mais o preço de uma dose de vacina da Pfizer/BionTech, os governos escolhem transferir vários milhares de milhões de euros para companhias privadas, enquanto paradoxalmente os nossos sistemas de saúde desmoronam-se e a vacinação global continua a ser um desafio.

A única diferença é que desta vez aconteceu a uma enorme escala, o que explica os elevados lucros alcançados por um conjunto limitado de companhias farmacêuticas - a Pfizer mais que duplicou os seus resultados líquidos e alcançou mais de 22 mil milhões de dólares (19,9 mil milhões de euros) no ano passado.

Para assegurar uma resposta às necessidades globais de vacinas e evitar colocar apenas alguns produtores em situação de monopólio, os Estados deviam ter tomado, e ainda o podem fazer, várias medidas. Primeiro, as entidades reguladoras das patentes podem evitar conceder patentes duvidosas e indevidas, incluindo as duas patentes contestadas pela MdM. Segundo, os Estados-membros da Organização Mundial do Comércio deveriam conceder uma dispensa da proteção da propriedade intelectual de todas as tecnologias anti-COVID, tal como solicitado há mais de um ano por larga maioria dos países. Por fim, muitos países podem conceder licenças obrigatórias para permitir que outros produtores fabriquem e utilizem vacinas a um preço justo.

No caso da vacina COVID-19, acordar o pagamento de 20 euros por dose pode parecer aceitável, mas, considerando o investimento público em I&D e produção, assim como o facto do custo de produção de uma dose estar entre um e 2,5 euros, é problemático e representa uma carga pesada para os orçamentos nacionais. Milhões de euros podiam ter sido poupados e redirecionados aos nossos sistemas públicos de saúde.

3 de maio
A AbbVie, o Diário de Notícias e a TSF promovem, no próximo dia 3 de maio, a partir das 9h30, no Centro Cultural de Belém, a...

Nesta iniciativa será apresentado o Índice de Saúde Sustentável 2022, desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA IMS). O estudo, que todos os anos avalia a evolução da sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), terá ainda novos dados sobre a perceção dos portugueses em relação à inovação.

Sob o mote “Futuro e Inovação em Saúde”, será ainda promovida uma discussão sobre tendências no setor e a importância do investimento em investigação e desenvolvimento, com a participação de várias personalidades ligadas à Ciência e à Saúde em Portugal.

 

Ação de sensibilização
Silas, Calado, Chaínho, Beto, Nandinho, Nuno Valente, José Carlos e ainda Toy, Ricardo Castro, Fernando Alvim, Rodrigo Gomes e...

No dia 7 de abril, às 11h, a Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDPróstata), em parceria com o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) e a Associação Portuguesa dos Árbitros de Futebol (APAF), vai realizar no Campus do Jogador em Odivelas uma partida amigável de futebol entre ex-futebolistas e outras figuras públicas, com o objetivo de sensibilizar a população masculina, em especial os homens acima dos 45 anos, para o cancro da próstata e a importância da sua prevenção. A iniciativa “Mostre um cartão vermelho ao cancro da próstata” acontece por ocasião do Dia Mundial da Saúde e vai juntar em campo nomes ligados ao futebol como Silas, Calado, Chaínho, Beto, Nandinho, Nuno Valente, José Carlos, assim como outras figuras públicas tais como o cantor Toy, o ator Ricardo Castro e os radialistas, Fernando Alvim, Rodrigo Gomes e Daniel Fontoura.

Esta é uma ação da APDPróstata que tem o apoio do SJPF, da APAF, da Câmara Municipal de Odivelas e da Astellas Farma, e se realiza no âmbito da campanha “Homens Bem Informados” – iniciativa nacional que pretende promover um maior conhecimento sobre o cancro da próstata, mediante a partilha de conteúdo informativo fidedigno, disseminado nomeadamente através da página de Facebook Homens Bem Informados.

O cancro da próstata é um tumor maligno que ocorre quando algumas das células da próstata se reproduzem muito mais rápido do que o normal. Diz respeito a uma patologia silenciosa e de evolução lenta, não apresentando sintomas nas fases iniciais. Numa fase mais avançada, quando os sintomas surgem podem ser confundidos com os de outras doenças, como a hiperplasia benigna da próstata. O cancro da próstata corresponde à segunda maior causa de morte por cancro em homens acima dos 50 anos de idade. Em 2020, foram diagnosticados em Portugal cerca de 7.000 novos casos de cancro da próstata.

 

"Os desafios da gripe: o que aprendemos com a pandemia?"
"Os desafios da gripe: o que aprendemos com a pandemia?" é o título do simpósio promovido pela Sanofi no dia 9 de...

O simpósio promovido pela Sanofi terá como palestrante Filipe Froes, pneumologista e coordenador do gabinete de crise covid-19 da Ordem dos Médicos (OM), que irá abordar os desafios colocados pela gripe e prevenção associados aos ensinamentos retirados da pandemia.

Para Helena Freitas, diretora-geral da área de vacinas da Sanofi, “É um orgulho para a Sanofi apoiar e integrar um evento tão importante para o setor da saúde e para a pneumologia em particular. Esta iniciativa permitirá um debate de ideias rico e que, com certeza, trará frutos para a abordagem e tratamento das doenças respiratórias, como a gripe, apresentando o atual estado da arte e as novas formas de prevenção que conferem uma nova esperança no futuro”.

Através do seu compromisso, a Sanofi pretende apoiar estas iniciativas que visam a literacia em saúde, além da sua atividade de investigação e desenvolvimento com o objetivo de oferecer soluções preventivas inovadoras que procuram responder às necessidades não atendidas dos doentes através da promoção da saúde e do bem-estar para um futuro melhor.

 

Fórum das Especialidades de Enfermagem
Organizado anualmente pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica no Porto, este ano o Fórum das...

Com um programa muito diversificado, o fórum abordará temas como “O Valor dos Cuidados de Enfermagem em Tempo de Pandemia”, os “Contributos da Enfermagem Médico-Cirúrgica”, os “Contributos Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica”, os “Contributos da Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica e da Enfermagem Comunitária”, áreas de especialidade lecionadas no ICS Porto, e o “Poder da Comunicação em Tempos de Pandemia”. Numa fase pós-pandémica é tempo de refletir sobre as lições aprendidas na área da saúde e como os profissionais se podem preparar para o futuro.  

Constança Festas, coordenadora do Mestrado em Enfermagem no ICS Porto e membro da organização do evento, realça “que este fórum é um espaço de encontro e partilha do conhecimento produzido pelos estudantes das diferentes áreas de especialização do curso de Mestrado em Enfermagem, com base numa sinergia positiva entre academia e contexto real de assistência, capaz de produzir conhecimento que pode ser transferido tanto para a profissão, como para a disciplina de Enfermagem”.

O fórum que se realiza no dia 7 de abril, terá início às 9h00, e decorrerá presencialmente no Auditório Carvalho Guerra da Universidade Católica no Porto, mas também com a possibilidade de participação via online, assumindo um formato híbrido.

 

De 4 a 21 de abril
A Biblioteca da Universidade do Algarve tem patente a exposição “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta...

“O que acontecia antigamente é que as pessoas morriam ao fim de alguns dias ou semanas, pelo que a grande revolução da descoberta da insulina foi levar estas pessoas à vida e integrá-las na sociedade. As pessoas passaram a saber gerir a sua própria doença, com o doente a autocontrolar e administrar o próprio tratamento. Esta exposição pretende mostrar a todos os portugueses a fantástica jornada deste tratamento que salva vidas”, destaca Luís Gardete Correia.

Até dia 21 de abril, os visitantes são convidados a descobrir os principais marcos históricos referentes ao tratamento da diabetes, começando no antigo Egipto (1550 A.C.), onde já havia referência a uma doença semelhante à diabetes, e terminando em 1921, ano em que a insulina foi descoberta e aplicada com sucesso pela primeira vez.

A exibição, que pretende percorrer Portugal de norte a sul e iniciou o seu percurso em Lisboa, esteve já presente em cidades como Braga, Coimbra, Covilhã, Évora, Porto, Funchal e Ponta Delgada.

Poderá visitar a exposição na Biblioteca da Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, em Faro, até ao próximo dia 21 de abril, de 2.ª a 6.ª das 8h30 às 20h00 e aos sábados das 10h00 às 16h00. Para mais informações, consulte www.100anosinsulina.pt.

 

Evento online “Our Planet, Our Health” está aberto à participação de todos
A Ordem dos Nutricionistas está a dinamizar o seminário online “Our Planet, Our Health” que pretende assinalar o Dia Mundial da...

O evento, aberto à participação de todos, arranca com o tema “O nosso planeta, a nossa saúde”, que conta a participação de Sara Cerdas, deputada ao Parlamento Europeu, e a moderação a cargo de Bárbara Beleza, da Ordem dos Nutricionistas.

Segue-se a apresentação do estudo “Integração dos Nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde”, por Luís Filipe Amaro, do Observatório da Profissão da Ordem dos Nutricionistas, ao qual se sucederá um debate sobre o acesso aos cuidados de nutrição em Portugal com oradores como Raquel Arteiro, da Unidade Local de Saúde da Guarda; Graça Ferro, da Unidade Local de Saúde do Alto Minho; Conceição Calhau, da Unidade Universitária Life Style Medicine CUF by NOVA Medical School; e João Gouveia Martins, do Hospital Ortopédico de Sant´Ana.

A iniciativa promovida pela Ordem dos Nutricionistas está integrada no tema definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Dia Mundial da Saúde de 2022, no qual se pretende enfatizar que são necessárias ações urgentes para manter os seres humanos e o planeta saudáveis, promovendo a criação de sociedades focadas no bem-estar.

Recorde-se que a OMS estima que mais de 13 milhões de mortes em todo o mundo, a cada ano, se devem a causas evitáveis, como é o caso dos maus hábitos alimentares, pelo que a Ordem dos Nutricionistas reforça que é urgente olhar para a nutrição como uma garantia de prevenção de doença e promoção de saúde.

 

 

Solidariedade
Empresa clínica portuguesa vai também ajudar os refugiados em Portugal que necessitam de cuidados de medicina dentária,...

A MALO CLINIC decidiu apoiar a integração de profissionais de saúde oral ucranianos, tendo já avançado com a contratação de duas médicas dentistas que fugiram da guerra para Portugal. Após uma rápida avaliação curricular, entrevista presencial e “day on the job”, as profissionais foram integradas na equipa da MALO CLINIC de Lisboa, desempenhando funções de assistentes dentárias enquanto aguardam o processo de regularização da situação de acreditação profissional junto da Ordem dos Médicos Dentistas. As profissionais, que foram sinalizadas através da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, podem assim desenvolver atividade profissional e minimizar os impactos sociais e económicos do flagelo que enfrentam.

A solidariedade da MALO CLINIC e da sua equipa para com o povo da Ucrânia foi também materializada através da doação de material médico e da recolha de bens essenciais. A mobilização da Administração e das equipas a nível nacional permitiu enviar mais de duas centenas de caixas com cerca de 4 toneladas de material e equipamento médico, alimentos, bens de higiene pessoal, roupa e agasalhos para a fronteira da Ucrânia com a Polónia, em articulação com diversas instituições a operar no terreno.

Para os ucranianos que se refugiam em Portugal, a MALO CLINIC está ainda a trabalhar no sentido de colocar a excelência da sua equipa médica e a inovação das suas soluções ao serviço daqueles que necessitam de cuidados de medicina dentária. Nesse sentido, em articulação com entidades de apoio à integração dos refugiados, está a avançar já com consultas de medicina dentária para responder a casos urgentes.

Pedro Mateus, CEO da MALO CLINIC, afirma: “A MALO CLINIC e a sua equipa estão solidários com o povo ucraniano e decididos em apoiar os que lá ficaram e os que chegam a Portugal. Sinto orgulho enorme na mobilização da equipa, pois o esforço conjunto que fizemos demonstra que a cultura da MALO CLINIC transformou-se e está melhor do que nunca. Cuidamos dos nossos e dos outros. Somos uma equipa sólida, com competências únicas a nível mundial, que se preocupa todos os dias em fazer o melhor pelos nossos clientes e por aqueles que mais precisam. Com a aposta estratégica na inovação, estamos a criar ciência que nos permite gerar sorrisos para todos”.

 

Opinião
A Artrite reumatoide (AR) é uma doença reumática, inflamatória, crónica, de etiologia desconhecida.

Afeta as articulações, os tecidos periarticulares e causa também um conjunto variado de manifestações sistémicas extra-articulares. A sua causa é desconhecida, mas pensa-se que para o seu aparecimento concorrem fatores ambientais diversos, entre os que se encontra o tabagismo, que em pessoas geneticamente predispostas serão capazes de levar ao aparecimento da doença.

A sua prevalência nos países industrializados varia de 0,5-1,5% e estima-se que em Portugal afete 0,8-1,5% da população, existindo em Portugal mais de 40000 doentes com esta doença. É duas a quatro vezes mais frequente no género feminino, pode surgir em qualquer idade, sendo o seu aparecimento mais frequente em mulheres após a menopausa.

Os sintomas iniciais mais frequentes são a dor e tumefação (inchaço) das articulações de pequeno e médio calibre, nomeadamente as articulações dos punhos, tornozelos e dedos das mãos e dos pés. Associadamente ocorre rigidez, ou seja, prisão dos movimentos, de predomínio matinal ou após períodos de repouso, o que condiciona marcada incapacidade para a realização de tarefas simples do dia-a-dia; lavar os dentes ou apertar botões podem ser um verdadeiro desafio nas primeiras horas da manhã. Menos frequentemente a doença pode surgir de forma repentina e associada a febre, emagrecimento e fadiga. Pode afetar muitos órgãos tais como os olhos, a pele, os sistemas nervoso, respiratório, cardiovascular, renal e hepático.

O diagnóstico precoce e consequente tratamento dos doentes com AR é fundamental, porque esta doença condiciona destruição articular e das estruturas em torno das articulações e sabemos hoje que uma parte significativa deste dano ocorre nos dois primeiros anos de doença. Para além disso a dor associada à doença e as limitações funcionais para a realização de atividades muito simples do dia-a-dia são causadoras de perturbações do sono, limitam a capacidade de desempenho laboral e perturbam, seriamente a funcionalidade destes doentes, com taxas de absentismo laboral muito elevadas, em doentes não tratados.

O tratamento dos doentes com AR deve ser sempre individualizado e realizado por uma equipa multidisciplinar e inclui medidas farmacológicas e não farmacológicas. Compete ao Reumatologista coordenador esta equipa que deverá incluir o médico de família, o fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiro, nutricionista e psicólogo, bem como médicos de outras especialidades sempre que seja necessário.

Dentro das medidas não farmacológicas incluímos a promoção de hábitos de vida saudáveis, tais como:

  • deixar de fumar;
  • praticar exercício físico de forma regular, adaptado ao grau de atividade da AR;
  • otimizar o peso;
  • adotar hábitos alimentares corretos.

Dentro das medidas farmacológicas surgem na base do tratamento os medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides e corticosteroides, para aliviarem a dor e a inflamação numa fase inicial da doença ou sempre que surjam agudizações, com vista ao controlo dos sintomas. Em paralelo devem ser usados fármacos modificadores da evolução da doença (DMARDs), que visam controlar a inflamação e o dano estrutural e idealmente induzir remissão clínica e evitarem o aparecimento de deformações articulares. Incluem: “convencional synthetic” DMARDs (csDMARDs), tais como o Metotrexato, Leflunomida, Sulfassalazina, Hidroxicloroquina e os Sais de ouro; “targeted synthetic” DMARDs (tsDMARDs), tais como os inibidores da Janus kinase; “biological synthetic” DMARDs (bDMARDs), anticorpos dirigidos contra citoninas pró-inflamatórias envolvidas no processo inflamatório subjacente ao aparecimento da AR.

Conclusão:

  • A AR é uma doença reumática muito prevalente.
  • Apesar de ser uma doença crónica, existem fármacos que conseguem controlar a atividade da doença, evitar o dano articular e até atingir a remissão ou baixa atividade de doença, permitindo aos doentes ter uma vida perfeitamente normal.
  • São sinais de alerta: o aparecimento de dores e inchaço das articulações, por vezes com calor local, associados a dores noturnas e prisão marcada de movimentos, após repouso, frequentemente associados a fadiga.
  • A orientação precoce para a consulta de Reumatologia e a ulterior orientação por uma equipa multidisciplinar são os pilares para a boa evolução dos doentes com AR.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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