De 28 de março a 1 de abril, na Universidade Católica no Porto
“Thriving Global Academic Cultures” é o tema central da primeira semana internacional da Faculdade de Educação e Psicologia ...

21 docentes e investigadores de universidades europeias e americanas, juntamente com docentes e investigadores portugueses, irão debater temas como a promoção de atitudes associadas a uma cidadania global, a importância de competências interculturais e várias outras questões relativas à construção de uma comunidade internacional. Um dos exemplos é a conferência de Paul Trowler, da Universidade de Lancaster, intitulada “Enhancing learning and teaching Universities through a practice Lens” que decorre na quinta-feira, dia 31 de março, pelas 14h30, no Auditório Carvalho Guerra da Universidade Católica no Porto.  

“Acreditamos que os desafios sem precedentes que enfrentamos num mundo tão globalizado só podem ser ultrapassados se houver uma comunidade internacional comprometida em oferecer soluções conjuntas”, explica Patrícia Oliveira-Silva, membro da direção da Faculdade, acrescentando “assumimos o compromisso de fortalecer a relação com as universidades parceiras internacionais com o propósito de investir em iniciativas conjuntas que possam ser mutuamente benéficas.” 

A organização da FEP International Week assenta no compromisso da faculdade em integrar uma mentalidade internacional e intercultural que ultrapassa as fronteiras do campus da universidade e que tem o potencial de beneficiar mutuamente todas as partes interessadas e instituições parceiras para as capacitar a agir numa comunidade global interligada. 

No evento discutir-se-á a abundância de desafios que a internacionalização abarca, bem como todas as suas complexidades e exigências: o desenvolvimento curricular internacional; o desenvolvimento de novos consórcios académicos, trabalho em rede, atividades bilaterais e multilaterais; os processos de inovação no ensino e na aprendizagem; a colaboração no ensino e na investigação; o intercâmbio e a capacitação de estudantes e docentes; entre outros. 

 

 

Dicas
Quantas vezes já ouviu dos seus filhos: “não gosto de beterraba” “não gosto de cenoura” ou “odeio sopa”? Desistir à primeira...

Para proteger os filhos do nosso ambiente atual temos de garantir que eles tenham as ferramentas para crescer com saúde, mantendo uma dieta equilibrada. Para tal, existem três conceitos importantes em que nos devemos focar: a boa nutrição é a base da saúde e inspira outros estilos de vida saudáveis; o melhor momento para estabelecer bons hábitos alimentares é durante a infância; e o envolvimento dos pais é essencial para garantir que as crianças adotem bons hábitos de saúde.

Deste modo, existem várias estratégias que podem ser adotadas e que facilitam uma alimentação mais saudável. Nunca se esqueça que a criança deve ser elogiada no momento em que experimenta um alimento novo, uma vez que ela reage positivamente aos elogios e interpreta-os como um excelente incentivo para continuar a agradar aos pais e à família.

A sopa é um bom exemplo de como ingerir um conjunto vasto número de legumes de forma simples, conseguindo-se assim uma boa conjugação de vitaminas e minerais. A recusa em comer legumes ou vegetais é uma etapa normal do desenvolvimento, mas a maneira como os pais lidam com a situação pode influenciar o comportamento alimentar dos filhos para o resto da vida. Se está a passar por uma situação parecida, siga as dicas dadas pelos especialistas da Juice Plus+ para ampliar o paladar dos mais pequenos.

Seja um exemplo a seguir

Tem sido demonstrado continuamente que o consumo de frutas e hortaliças das crianças está relacionado com a quantidade que os pais consomem e que a ingestão pode ser melhorada quando os pais são bons modelos. Neste sentido, leve-os ao mercado ou à loja e deixe-os escolher algo para preparar, explicando-lhes quais os legumes que estão a utilizar, porquê e como os deverá preparar, ou até mesmo, desafiá-los a colocarem a mesa de forma criativa para que eles se sintam orgulhosos.

Prepare comida divertida

Coloque alimentos no prato para formar rostos ou animais ou sugira adicionar legumes aos seus pratos favoritos, como em pizzas, hambúrgueres ou tacos. Crie bonecos com os brócolos e cenouras ou corte os vegetais como o pepino em forma de estrela.

 Prazer em experimentar novos alimentos

Exponha as crianças a uma variedade de alimentos novos e saudáveis de forma agradável, em restaurantes ou piqueniques. Evite rotular os alimentos como "bons" ou "maus".

 Não forçar ou subornar

Ralhar ou até mesmo punir pode levar a experiências negativas à mesa e as crianças podem associar a comida a sentimentos menos bons. Certifique-se de que a mensagem é pela positiva, como por exemplo “vamos comer essa fruta deliciosa e deixamos os doces para outro momento”. É importante não impor regras alimentares rígidas, pois podem levar a futuros comportamentos rebeldes.

Legumes como aperitivos

Forneça os legumes como um aperitivo. Por exemplo, palitos de cenoura ou espetadas de legumes.

Associar os legumes a outros alimentos

Pode associar os legumes a outros alimentos, aos quais a criança não ofereça tanta resistência. Por exemplo, se não gostar de cenoura cozida, tente juntá-la ao arroz, ou pode enrolar a carne em legumes, juntá-los à massa, fazer um hambúrguer com carne e vegetais, ou mesmo incluí-los em sandes.

Fazer a lancheira da escola com os seus filhos

Torne este momento divertido e mais importante que os mais pequenos sintam que são parte fundamental do processo. As sanduíches com carnes e queijos são fáceis de preparar, por isso, para fazer uma lancheira de legumes, sugerimos que encha metade da lancheira com frutas e legumes frescos fatiados ou cortados em cubos. É uma situação em que todos ganham. O segredo está em manter as coisas simples ao planear visualmente uma lancheira nutritiva e equilibrada.

Pfizer Portugal à conversa com as Associações de Doentes
A Pfizer Portugal acaba de lançar a 4ª temporada das Pfizer Talks, o projeto de literacia em saúde que visa promover conversas...

Nesta temporada a Pfizer esteve à conversa com as Associações de Doentes, que representam um interlocutor fundamental para uma melhor definição e execução de políticas de saúde. São elas quem melhor conhecem o doente e o que para ele é mais importante, no que respeita à gestão da sua condição de saúde. Muitas vezes, vem destas Associações o primeiro sinal de alerta para o que falta ainda melhorar e aperfeiçoar no nosso sistema de saúde.

O primeiro episódio estreou-se com a convidada Diana Wong Ramos, Membro da Direção da Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos. “Por ano, 25 mil portugueses sofrem um AVC. A nossa principal preocupação continua a ser o acesso à reabilitação”, explica Diana Wong Ramos

“A partilha das suas experiências e relatos é preciosa para que a ciência e os profissionais descubram novos caminhos que permitam prevenir e tratar as doenças e garantir uma melhor qualidade de vida a quem delas sofre. Esta nova temporada das Pfizer Talks é, por isso, uma extensão natural dessa prática tão importante para nós”. explica Paulo Teixeira, Diretor Geral da Pfizer em Portugal.

Os episódios das Pfizer Talks serão disponibilizados semanalmente através do Youtube, Facebook, e Linkedin da Pfizer Portugal. Esta nova temporada encontra-se também disponível em formato de Podcast, onde poderá ter acesso à totalidade das talks.

 

Um dos mais importantes neurocientistas da atualidade
Anil Seth investiga a ligação entre a parte física do cérebro e a consciência e no 13º Simpósio “Aquém e Além do Cérebro”,...

A comunicação abre os trabalhos do simpósio dedicado ao “Mistério do Tempo” no dia 6 de abril, a partir das 21h15, na Casa do Médico, no Porto.

Anil Seth é professor de neurociências cognitivas e computacionais na Universidade Sussex, no Reino Unido. Acredita que o cérebro humano é uma máquina de realizar predições, constantemente a inventar o nosso mundo e a corrigir os nossos erros ao microssegundo. Esta tese é defendida no seu último livro “Being You: A New Science of Consciousness” considerado o melhor livro de 2021 por publicações como a Bloomberg Businessweek, The Guardian, Financial Times ou The Economist.

Orador das Ted Talks, a sua intervenção sobre a consciência já teve mais de 12 milhões de visualizações. No seu trabalho, Anil Seth procura compreender os fatores biológicos da consciência. Se durante muito tempo a consciência era considerada uma área desligada do corpo físico, hoje, através da tecnologia, é possível perceber que existe uma ligação entre ambos.

O 13º Simpósio “Aquém e Além do Cérebro” decorre entre 6 e 9 de abril. Rui Costa, neurocientista e membro da comissão organizadora, explica que “o tempo e a sua passagem continuam a ser um enigma para os cientistas. Einstein escreveu que «A distinção entre o passado, o presente e o futuro não passa de uma obstinada e persistente ilusão.» No entanto, o tempo passa por nós, conseguimos vivê-lo e senti-lo e condiciona as nossas vidas. Temos ritmos biológicos que acompanham a passagem do tempo. Nesta edição do simpósio, juntamos investigadores nas neurociências, filosofia e física, entre outras, para debater um dos maiores mistérios do universo: o Mistério do Tempo”. 

 

Reduzir taxa de infeções adquiridas em meio hospitalar
Está dado o pontapé de saída para voltar a ter, nos hospitais públicos portugueses, o projeto STOP Infeção Hospitalar....

Esta iniciativa surge no seguimento do Desafio STOP Infeção Hospitalar, lançado em 2015 pela Fundação Gulbenkian e a DGS, com o intuito de diminuir não só a mortalidade associada às infeções hospitalares (sete vezes superior à mortalidade associada a acidentes de viação), como também o tempo de internamento deste tipo de doentes (cinco vezes superior ao dos restantes) e o seu custo, estimado em 300 a 400 milhões de euros ao ano.

Entre 2015 e 2018 reduziu-se em mais de 50% as infeções hospitalares alvo do Desafio Gulbenkian – STOP Infeção Hospitalar, em 19 hospitais do SNS, tendo sido ultrapassados os objetivos em todas as frentes.

É agora tempo de estender o sucesso do Desafio a outros hospitais. As candidaturas estão abertas até dia 1 de maio, no site da DGS.

 

AneurysmTool
A Unidade de Investigação e Desenvolvimento para a Engenharia Mecânica e Industrial (UNIDEMI) da NOVA School of Science and...

A doença aneurismática é a segunda doença mais frequente da aorta, cujas complicações têm um elevado índice de mortalidade. Atualmente, a decisão sobre uma intervenção cirúrgica nestes doentes é baseada no diâmetro aórtico, obtido de forma não invasiva, através de exames de imagiologia.

Com o nome “Interação fluído-estrutura para a avaliação funcional de aneurismas da aorta ascendente: uma abordagem biomecânica para a prática clínica”, este projeto de investigação visa o desenvolvimento de uma ferramenta computacional cujo intuito será prever o comportamento do aneurisma da aorta ascendente e, consequentemente, o risco de rutura da mesma, atribuído a cada paciente. Desta forma, em alguns casos, será possível determinar o nível de degeneração do tecido da aorta ascendente, também de uma forma não invasiva.

“Atualmente, verifica-se que mais de metade das aortas dos doentes com dissecção e/ou eventual rutura da mesma, apresentam um diâmetro normal, o que levará a supor que existem outros fatores condicionantes para esta doença, ligados por exemplo ao estilo de vida ou a doenças genéticas. E, foi nesse sentido, que foi desenvolvido o projeto AneurysmTool.”, explica José Xavier, Investigador da NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA.

Com este projeto, os investigadores esperam poder contribuir para uma seleção mais eficaz dos doentes elegíveis a um tratamento mais precoce a nível cirúrgico, e reduzir a taxa de mortalidade associada a esta patologia.

O projeto de investigação conta também com a participação da NOVA Medical School (NMS), do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) e do Centro de Matemática Aplicada à Previsão e Decisão Económica (CEMAPRE).

 

 

Recomendações
A Freedom Finance Europe, especialista no mercado financeiro e bolsa, já havia sublinhado o impulso

Em geral, a forma de efetuar a seleção básica de uma ação de eHealth não é muito diferente dos parâmetros padrão para selecionar uma boa ação de qualquer outro mercado. Antes de mais, trata-se de tendências de crescimento de receitas. Se for este o caso, é um bom indicador de que a empresa está a fazer algo correto. Mesmo uma pequena melhoria regular durante um longo período pode ser um indicador positivo.Tanto o crescimento dos ganhos como o valor devem andar de mãos dadas para que as ações valham o investimento. Pode consultar as demonstrações financeiras de uma empresa, disponíveis no seu website de relações com investidores, trimestral e anualmente, para ver se as receitas e os lucros estão a crescer ou a diminuir.As empresas que apresentam um crescimento positivo dos lucros tendem a ter estabilidade financeira e operacional. Além disso, uma empresa que tenha uma estratégia comprovada para aumentar as vendas, atrair novos clientes e desenvolver novos produtos, pode valer a pena o investimento. Ao selecionar as ações individuais numa indústria, é necessário olhar para onde e como a empresa se enquadra. Qual é o seu desempenho em comparação com os seus concorrentes? Qual é a sua quota de mercado? Haverá uma vantagem que lhe permita destacar-se? Estas questões importantes podem ajudar a determinar se uma empresa tem uma vantagem.Para fazer uma comparação objetiva, a Freedom Finance aconselha a comparar concorrentes de dimensão ou capitalização de mercado semelhantes e comparar a sua rentabilidade e retorno de ações ao longo do tempo para compreender o seu desempenho em relação uns aos outros.

Outro parâmetro importante é a eficácia da gestão executiva. Uma empresa bem gerida tende frequentemente a ter um preço de ações mais elevado durante um longo período de tempo em diferentes ambientes empresariais. Para avaliar a eficácia de uma empresa, pode ser útil descobrir há quanto tempo os seus líderes estão na empresa, que experiência trazem e como beneficiam a empresa, assim mesmo como quão transparentes e dignos de confiança são nas suas ações. Em última análise, uma empresa de e-health estável possui algumas destas características: crescimento das receitas, manutenção da dívida a um nível baixo ou médio, competitividade na sua indústria e liderança eficaz.

A título de exemplo, a Freedom Finance destaca três empresas que são uma boa referência e cuja análise se coaduna com estes pontos referidos.Um bom exemplo, a nível mundial, é a Teladoc Health (TDOC). Indiscutivelmente um dos mais brilhantes representantes dos fornecedores de e-Health nos EUA, recebeu um sólido impulso com a pandemia. A empresa, fornecedora de serviços de telemedicina, prestando cuidados médicos à distância através da Internet e do telefone, adquiriu a Livongo Health em 2020 e deu à empresa uma plataforma digital de saúde que ajuda as pessoas a gerir doenças crónicas como a diabetes.

A média do preço das suas ações é de 120 dólares e o potencial de valorização é de 85%. O mercado global da telemedicina deverá crescer a uma taxa média de 32,1% até 2028. Espera-se que o mercado atinja 636,38 mil milhões de dólares em 2028. Os governos de muitos países estão a apoiar o crescimento económico com novas políticas e regras de reembolso favoráveis. Para além de prestarem cuidados de saúde de qualidade, os serviços de saúde virtuais reduzem significativamente os custos médicos. Além disso, muitos países subdesenvolvidos têm um acesso restrito a serviços de saúde de boa qualidade. Consequentemente, o objetivo de alguns governos nestes locais é proporcionar o acesso nestes locais através de plataformas digitais. Com o crescimento constante da indústria, a Teladoc parece estar pronta a colher os benefícios.

A perspetiva de longo prazo de crescimento da Teladoc recebe mais apoio, dado que é já o ator dominante na indústria. De facto, desde janeiro de 2022, a empresa tem uma grande base de clientes de 76,5 milhões de membros pagantes em mais de 12.000 empresas. Apesar do impacto decrescente da Covid-19 na indústria da saúde em 2021, a Teladoc conseguiu aumentar o seu número de membros pagos em 50%, numa base anual. Este é um sinal claro da crescente aceitação dos serviços de saúde virtuais da empresa. A empresa também está a crescer através de várias fusões e aquisições estratégicas. Estes negócios deverão ajudar a aumentar os lucros, uma vez que deverão ajudar a manter o compromisso global e expandir a sua presença geográfica. Entre 2021 e 2025, a Teladoc está a visar um crescimento anual das receitas de 25% a 30%. Espera-se que isto seja apoiado por um aumento das visitas pagas dos membros, combinado com um crescimento das receitas médias por membro.

Outro bom exemplo, também vindo dos EUA, é a American Well Corporation (AMWL) que opera como uma empresa de telemedicina que presta cuidados de saúde digitais. A sua aplicação oferece cuidados de emergência, pediatria, terapia, gestão da saúde da população, telepsiquiatria, gravidez e cuidados pós-natais e apoio à amamentação. A empresa também fornece equipamento de telemedicina, periféricos, aparelhos de TV, comprimidos e quiosques. Potencial ascendente ao preço-alvo médio de 7,8 dólares (cerca de 104% de aumento).

Ainda um terceiro exemplo poderia ser a 1Life Healthcare, Inc. (ONEM), empresa que opera uma plataforma de cuidados primários baseada em membros sob a marca One Medical. A empresa desenvolveu um modelo digital de filiação na saúde baseado na inscrição direta do consumidor, bem como no patrocínio do empregador. O seu modelo de filiação inclui o acesso sem problemas a serviços de saúde digitais combinados com um convite para cuidados de saúde em escritório, que é tipicamente coberto por planos de seguro de saúde. A empresa também oferece serviços administrativos e de gestão ao abrigo de contratos com corporações profissionais de propriedade dos médicos ou com uma entidade médica. Potencial ascendente ao preço-alvo médio de 24 dólares e cerca de crescimento 135% ascendente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Lançamento do livro decorre no dia 31 de março, pelas 18h00, na Biblioteca da Nova SBE
A Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE, em parceria com o Health Cluster Portugal, apresentam, a 31 de março, o livro ...

O futuro dos cuidados de saúde está intrinsecamente ligado à inovação que se desenvolve no sector. Os autores do livro “Inovação em Saúde por quem a pratica” consideram que nesta frente há oportunidades que ficam por explorar e, paradoxalmente, muitas descobertas nunca chegam a fazer parte da nossa vida. Algo falha, em Portugal, na passagem da descoberta para a inovação que depois está disponível para a sociedade.

Resultante da parceria entre o Health Cluster Portugal e a academia, o livro a ser agora lançado tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de uma cultura nacional de inovação nas múltiplas áreas da saúde - uma inovação idealizada e produzida em Portugal em detrimento da importada de outros países, que era apanágio há anos atrás.

Para a concretização desta obra, o Health Cluster Portugal disponibilizou de forma aberta a experiência das organizações que o constituem, enquanto que a equipa de autores entrevistou os protagonistas atuais em organizações, públicas e privadas e de áreas diversas, e analisou cientificamente as narrativas partilhadas com resultados encorajadores para todos os que pretendem inovar em Saúde em Portugal.

Para além de dar a conhecer o que leva ao sucesso na inovação em saúde, permitindo ter mais inovação acessível para melhorar as nossas vidas, este livro exemplifica, com base no que é a atividade e o pensamento de quem pratica hoje inovação na saúde, em Portugal, como nutrir um espírito inovador e como aplicar e fortalecer novas ideias e transformá-las em ações ou produtos valiosos para a sociedade no mundo real.

Das múltiplas experiências partilhadas identificam-se padrões que permitem compreender não só os sucessos conseguidos, mas também as razões dos insucessos ocorridos, uma vez que conhecer a experiência de outros permitirá a cada leitor preparar melhor as suas próprias iniciativas, agora com uma perspetiva mais global do terreno que pisa. 

O livro “Inovação em Saúde por quem a pratica” poderá ser uma fonte privilegiada para gestores e profissionais de saúde, nas suas múltiplas áreas de intervenção, poderem identificar ideias, desenvolver novos planos de negócio e introduzir inovações no mercado e na sociedade, assim como para entrarem em novos mercados e perceberem a diferença entre uma boa descoberta e uma real oportunidade de inovação.

 

 

Bolsas de Investigação Pfizer
Está a decorrer o processo de submissão de propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, para apoiar...

Está prevista a atribuição de 3 bolsas, no valor máximo de 150 mil dólares cada. As submissões consideradas para financiamento deverão focar-se em projetos de investigação nas áreas específicas abaixo definidas. Apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas até dia 10 de maio de 2022.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores da Pfizer, que irá selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre qualquer aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o seu impacto, para partilha pública.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

EUA, Brasil, Equador e Portugal discutem diferenças entre países
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) apela a uma melhoria no acesso de cuidados de saúde da visão à...

“Portugal é o segundo país no Mundo com população mais envelhecida. Cerca de 7.4% da população apresenta deficiência visual e cegueira. Vamos, sem dúvida, enfrentar desafios muito significativos dado que a visão é afetada nomeadamente por questões patológicas com a evolução da idade”, adverte Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), que falava no decorrer do webinar ‘‘Cuidados Para a Saúde da Visão e Optometria no Mundo’.

Para assinalar o Dia Mundial da Optometria, Raúl de Sousa, em representação de Portugal, integrou um painel de especialistas internacionais, oriundos dos EUA, Brasil e Equador que deram voz às principais diferenças existentes nestes países no que respeita ao acesso a cuidados para a saúde da visão e regulamentação da profissão de optometrista.

Alexandre Classman, do Conselho Regional de Óptica e Optometria do Rio Grande do Sul, em representação do Brasil, Carlos Chacón, da Federação de Optometristas do Equador, e Robert Layman, da Associação Americana de Optometria foram os oradores convidados.

Alexandre Classman destacou o acesso deficitário que continua a caraterizar o país no que respeita a cuidados da visão. “Aqui, temos o SUS, que é o sistema de saúde gratuito onde 99.9% da atividade é exercida por oftalmologistas. Temos um longo caminho a percorrer. Tal como o que acontece em Portugal, também aqui uma pessoa demora entre dois a três anos para ter uma consulta o que faz com que algumas patologias fiquem pelo caminho cegando centenas de pessoas”, afirmou indicando existir no Brasil um total de “2000 optometristas e 3.500 Técnicos em Optometria”, e no Rio Grande do Sul “230 optometristas e 47 técnicos de Optometria”.

Por sua vez, Carlos Chacón, da Federação de Optometristas do Equador, referiu que neste país existem registados um total de 3.235 profissionais de saúde visual, dos quais 1614 são optometristas, para dar resposta a um universo de 18 milhões de habitantes.

Com um total de 25 províncias, em Pichincha, onde se encontra a capital do Equador, Quito, 527 optometristas exercem atividade registada.

“É iminente que a profissão de optometrista ascenda ao primeiro nível de cuidados de saúde. Aqui, também não estamos integrados no sistema. É importante melhorar e ajustar a lei que existe [desde 1979] e torná-la mais abrangente”, frisou.

Em representação da Associação Americana de Optometria, Robert Layman destacou que “na América não há um serviço nacional de saúde. A maioria das pessoas recorre a consultórios privados. O custo elevado de uma consulta é a principal barreira no acesso”, atestou o responsável. Os optometristas são a espinha dorsal da prestação de cuidados para a saúde da visão nos EUA. O acesso a cuidados para a saúde da visão é generalizado e altamente valorizado.  

No seu discurso, o presidente da APLO, Raúl de Sousa, defendeu ainda que “Portugal não está preparado” para atingir os objetivos estipulados, para 2030, pela Organização Mundial da Saúde, no que concerne a aumentar em 40% a cobertura de erros refrativos e em 30% a cobertura de cirurgia da catarata”.

“Não há sensibilização dos próprios cidadãos. Apesar da prevalência elevadíssima e de constituírem os cuidados de saúde de especialidade mais frequentes nos seres humanos, não há uma estratégia nacional, não há planeamento da força de trabalho, nem integração dos cuidados, desde os cuidados de saúde primários até ao nível hospitalar. Não se entende como é que a Visão, sendo uma função tão importante, não mereça outro destaque”, disse o presidente da APLO.

Globalmente, pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas têm uma deficiência visual e, dessas, pelo menos mil milhões têm uma deficiência visual que poderia ter sido evitada ou que ainda não recebeu qualquer assistência.

APCP mantem disponibilidade para colaborar com Ministério da Saúde
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) tem recebido de famílias e profissionais vários relatos que denunciam as...

De acordo com a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), mostram, por um lado, a “evidente” escassez de recursos humanos, e, por outro, a falta de competências adequadas para responder às necessidades dos doentes e famílias. “Desde o tempo de espera pela primeira consulta de cuidados paliativos – que muitas vezes demora além do tempo de vida do doente; ao tempo de espera para uma vaga numa unidade especializada em cuidados paliativos, ou no reconhecimento da necessidade de reformulação da abordagem clínica global destes doentes, quer em situações em que houve acompanhamento por equipas especializadas na área (em contexto de ambulatório, domiciliário, internamento), quer na abordagem global nos diversos contextos de respostas de saúde e sociais”, escreve em comunicado.

Há ainda relatos de profissionais que trabalham nesta área clínica e “que demonstram o cansaço das equipas com a rotatividade a que estão sujeitas, levando a falhas graves na coesão e na competência para levar a cabo um trabalho altamente especializado e que depende em grande medida da qualidade do trabalho em equipa, fundamental nesta área clínica”.

Em fevereiro de 2021, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) fez chegar ao Ministério da Saúde as suas propostas para o PRR (através da consulta pública a que esteve sujeito o documento), considerando, na altura, que este Plano era “uma oportunidade extraordinária de corrigir assimetrias e desigualdades graves no acesso a serviços e a cuidados de saúde em Portugal” e que deveria ser dada a "devida atenção à implementação de ações objetivas que contribuíssem para medidas estratégicas e estruturantes, no desenvolvimento consistente dos Cuidados Paliativos em Portugal."

A APCP identificou, nesta altura, alguns pontos onde o PPR era omisso e apresentou medidas que se focavam na necessidade de serem criadas Equipas e Unidades de Cuidados Paliativos, desde que fossem garantidos os recursos materiais e humanos, com formação e competência adequadas à prática dos cuidados paliativos especializados, destinados a crianças e adultos. E existir, em simultâneo, uma organização e estratégia que envolvesse todos os serviços onde estes utentes se encontram, quer sejam serviços de saúde, unidades de cuidados continuados ou estruturas residenciais (Lares). Justificando: “é variada a literatura que mostra impacto positivo na qualidade dos cuidados prestados, como no custo-efetividade dos serviços envolvidos”.

Face a esta omissão, a APCP alerta assim para a falta de recursos humanos capacitados para responder adequadamente às necessidades paliativas dos doentes e famílias, quer em serviços específicos em Cuidados Paliativos, quer em serviços de saúde e respostas sociais, na sua generalidade.

Por isso, num momento de preparação para o uso dos fundos do PRR, a APCP mostra-se muito preocupada com o anúncio de mais “camas”, sem que haja uma verdadeira estratégia para acompanhar este investimento e sem que este se paute por um verdadeiro incremento dos recursos humanos, em número e em competência nesta área. É urgente olhar para as equipas de cuidados paliativos já existentes e pensar naquelas que serão precisas face às necessidades sentidas nesta área, considerando ser muito grave que uma equipa e/ou uma unidade de internamento não disponha dos meios necessários porque isso poderá pôr em causa não só a qualidade dos cuidados, como também a vida dos doentes.

“A APCP sempre assumiu a sua responsabilidade na defesa no desenvolvimento dos Cuidados Paliativos em Portugal e também na defesa dos melhores cuidados a todas as pessoas que vivenciam uma situação paliativa ou necessidades paliativas motivadas por doença grave e/ou avançada. Nessa ótica, mantém a sua total disponibilidade para colaborar com o Ministério da Saúde já que o seu foco é contribuir para a prestação de mais e melhores Cuidados Paliativos a todos os portugueses que deles necessitem”, sublinha em comunicado.

APIC realiza 11.ª Reunião do Grupo de Válvulas Percutâneas na Figueira da Foz
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai realizar a 11.ª Reunião do seu Grupo de Estudo de Válvulas...

“A Intervenção Valvular a nível nacional deu um passo grande nos últimos anos. A 11.ª edição vai voltar a ser presencial e será, sem dúvida, uma grande aposta da APIC e de toda a Cardiologia de Intervenção. Queremos que seja a maior reunião da VaP-APIC, de sempre, em Portugal e, por isso, apostámos num programa científico muito completo e equilibrado”, afirma Marco Costa, presidente da Comissão Científica e Organizadora.

E acrescenta: “No passado esta área de intervenção valvular estava muito focada nas TAVI (implantação das válvulas aórticas percutâneas), mas, neste momento, o programa tem de forçosamente estar mais dividido com o tratamento de outras válvulas, como sejam a mitral e a tricúspide, pois há boas novidades nesta área, que está em franca ascensão a nível internacional e que, em Portugal, tem ainda pouca expressão. Acreditamos que vai ser uma oportunidade única para adaptarmos algumas das recomendações internacionais à realidade nacional”.

Além de cardiologistas de intervenção, esta reunião reúne muitos outros profissionais de saúde que, em conjunto, tratam doentes com patologia valvular grave, tais como cirurgiões cardíacos, anestesistas, enfermeiros, técnicos de Cardiopneumologia e de Radiologia, e especialistas na área da imagem.

Para mais informações e inscrições consulte: https://www.vap-apic.pt/

 

 

Skincare
O uso de protetor solar diariamente é um cuidado preventivo para a saúde e envelhecimento da pele qu

“A partir dos 25 anos, é indicado incluir o uso de séruns e cremes com vitamina C. Além de possuir propriedades antioxidantes, esse composto intensifica a hidratação da pele, uniformiza o tom e auxilia na prevenção do envelhecimento precoce”, explica a especialista em cosmetologia e estética Daniela Lopez. Outros produtos indicados são ácido ferúlico e ácido glicólico, que promovem a elasticidade e a firmeza da pele.

No caso de pessoas com idades entre 30-50 anos, são indicados produtos com maior poder de hidratação, já que à medida que envelhecemos a pele tende a ficar mais seca. Nesse período, Daniela Lopez indica que o ácido hialurónico pode ser um grande aliado: “esse composto estimula a sustentação e a hidratação da pele, evitando a flacidez, as linhas e sinais de expressão e mantendo a pele hidratada, viçosa e revitalizada”, informa.

 A partir dos 50 anos a produção de colagénio da pele no organismo diminui significativamente, portanto o ideal é adotar o uso de retinoides e produtos com ácido glicólico e ácido lático em concentrações maiores: “esses cuidados irão ajudar a estimular a produção de colagénio, atenuação de rugas e uniformização da pele”, pontua a cosmetóloga Daniela Lopez.

 

 

 

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Avaliação da Healthcare Information and Management Systems Society
O Hospital de Cascais é uma das sete unidades hospitalares mais tecnológicas da Europa. Este estatuto acaba de ser revalidado...

Gerido em regime de parceria público-privada pela Lusíadas Saúde, o Hospital de Cascais tornou-se, em 2017, na única unidade hospitalar em Portugal a obter a certificação de nível 7, graças à criação e implementação contínuas de processos tecnológicos que têm impacto na segurança do doente e na melhoria dos cuidados de saúde prestados.

Com a renovação deste selo, o Hospital de Cascais volta a posicionar Portugal na vanguarda tecnológica, a par com uma restrita elite de apenas sete unidades europeias – Reino Unido (4) e Holanda (2).

“A nossa prioridade é, desde o primeiro dia, prestar um serviço de excelência aos utentes das comunidades que servimos e sabemos que, para atingir esse objetivo com distinção, é preciso estar também na vanguarda da inovação e da tecnologia. O investimento em tecnologia traduz-se em enormes ganhos para a prática clínica, com impacto significativo nos processos que envolvem a segurança e a qualidade. Estamos a contribuir para valorizar e elevar os padrões da saúde em Portugal e para a divulgação do sistema nacional de saúde além-fronteiras”, salienta José Bento e Silva, presidente do conselho de administração do Hospital de Cascais.

“Esta revalidação é o reflexo de todo o trabalho desenvolvido pelas equipas do Hospital de Cascais. É um orgulho enorme poder colocar Portugal numa lista reduzida de unidades hospitalares que são reconhecidas por esta instituição de referência mundial. Este feito resulta de um trabalho de continuidade, que nos permitiu atingir, em 2017, o nível máximo desta certificação e que nos permite agora, em 2022, continuar lado a lado com as melhores instituições do mundo que conseguiram utilizar, com sucesso, a tecnologia em prol do doente”, conclui José Bento e Silva.

A avaliação da Healthcare Information and Management Systems Society tem como base o nível de maturidade digital das unidades hospitalares e envolve peritos internacionais para comprovar a relação entre a utilização da tecnologia e a segurança e prestação de cuidados de saúde.

 

 

Reuniões disponíveis no Hospital Pulido Valente, Lisboa
A Associação Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos dispõe de uma rede de apoio multidisciplinar, com...

Os Grupos de Ajuda Mútua (GAMs) são uma forma de atuação para responder aos problemas de quem sofreu um Acidente Vascular Cerebral, o isolamento, o fechar-se em si mesmo e nos seus problemas, e que, se não for combatido, tende a ser, progressivamente maior.

Em parceria com autarquias e unidades de saúde locais, a Associação Portugal AVC promove encontros para a integração e combate à exclusão social dos sobreviventes de AVC oferecendo a possibilidade de os interessados beneficiarem de um acompanhamento regular, comparecendo em reuniões mensais.

O Grupo de Ajuda Mútua de Lisboa realiza encontros que decorrem no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, na primeira quarta-feira do mês, às 14h30.

Dos primeiros dias até ao longo da vida do sobrevivente, os GAM’s apresentam-se como uma solução de apoio onde qualquer pessoa pode encontrar informações e respostas a dúvidas relacionadas com tratamento, recuperação, apoio psicológico ou, por exemplo, como adaptar a casa tornando-a pronta a acolher um sobrevivente de AVC.

Para mais informações, os interessados em frequentar as reuniões promovidas por este GAM deve entrar em contacto para o email: [email protected].

Através desta iniciativa, a Associação Portugal AVC compromete-se a promover a vida pós-AVC, melhorando a prevenção, reabilitação e integração do sobrevivente de AVC na comunidade.

Entre outras vantagens para o individuo, destaque-se o aumento da autoestima, ajudar a sair do isolamento e da solidão, aprofundar conhecimentos sobre a doença e a recuperação possível.

Para mais informações contacte: www.portugalavc.pt; facebook.com/pt.avc ou [email protected].

 

 

 

Reanimação de mão, cotovelo, ombro, perna e pé
A equipa do Sector da Mão, do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), realizou ontem, dia...

José Alexandre Marques, ortopedista responsável por este tipo de cirurgias, refere que “esta cirurgia realizada em doente vítima de AVC vai permitir, após um período de reabilitação pós-cirúrgica, uma melhoria postural e funcional dos membros afetados, resultando numa melhor qualidade de vida para o doente.” O Serviço de Ortopedia do CHUC realiza este tipo de cirurgias desde 2018 tendo, inclusive, celebrado um protocolo de cooperação com o Centro de Reabilitação Rovisco Pais, de modo a poder melhorar as sequelas de doentes com grandes incapacidades funcionais.

As cirurgias são realizadas na Unidade de Cirurgia de Ambulatório do CHUC, permitindo ao doente ter alta até 24h, após a cirurgia.

 

 

Tema de capa da edição de março da revista científica International Journal of Cancer
Por que razão a mortalidade por cancro gástrico em Portugal é tão elevada, e está a aumentar, e a mortalidade na Coreia do Sul,...

Perante os números conhecidos, e recorrendo a amostras de tumores gástricos de doentes não sujeitos a quimioterapia, 170 do Centro Hospitalar Universitário de S. João e 367 da Coreia do Sul, «começámos por tentar perceber se existia alguma diferença a nível molecular que justificasse a maior agressividade dos tumores de doentes portugueses e a alta mortalidade», explica Carla Pereira, primeira autora do artigo.

Gabriela Almeida, co-autora do artigo, acrescenta: «Verificámos que nas amostras de portugueses que tinham a caderina-E alterada e a proteína CD44v6 muito elevada, os doentes tinham pior sobrevida e isso revelou-se particularmente evidente nos estadios I e II (fases iniciais da doença), causando taxas de mortalidade mais elevadas do que as esperadas nestes estadios iniciais». Os tumores com estas características (12,4 por cento em Portugal e 11,9 por cento na Coreia do Sul) revelaram-se particularmente agressivos em comparação com todos os outros, invadindo mais profundamente a parede gástrica e permeando mais frequentemente a vasculatura e os nervos.

Ao analisar as amostras da Coreia do Sul, a equipa de investigadores verificou que, a nível molecular, estes tumores eram tão agressivos como os portugueses, mas a nível de sobrevida a diferença era abismal: os doentes da Coreia do Sul com cancros em estadios iniciais e caderina-E alterada e a proteína CD44v6 muito elevada, quase não morrem. «Na Coreia do Sul, existe um rastreio de cancro do estômago que permite detetar muitos casos precocemente. Em média, os estadios precoces na Coreia do Sul são detetados 10 anos antes dos portugueses», explica Carla Oliveira que liderou o estudo.

Para além disso, adianta a líder do grupo «Expression Regulation in Cancer», «os coreanos são muito mais agressivos nas cirurgias do que os portugueses, mesmo nos casos de estadios iniciais. De facto, os doentes coreanos incluídos neste estudo foram sujeitos a remoção de um número maior de nódulos linfáticos do que os doentes portugueses, que estariam possivelmente metastizados, diminuindo os riscos associados à agressividade dos tumores com expressão anormal de caderina-E e expressão muito alta de CD44v6. Em Portugal fazem-se cirurgias mais conservadoras em estadios precoces».

Este trabalho, acrescenta Carla Oliveira, mostra também «pela primeira vez, a utilidade clínica de se fazer a caracterização molecular dos cancros gástrico, ao diagnóstico, para avaliar a expressão de Caderina-E e CD44v6, pois permite prever a agressividade e a sobrevivência de doentes submetidos a linfadenectomias mais conservadoras e, eventualmente, redefinir o tratamento cirúrgico em grupos de doentes com cancros precoces particularmente agressivos».

Esta investigação do i3S contou com a colaboração do Centro Hospitalar Universitário de São João, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Instituto Politécnico de Coimbra, Universidade de Uppsala, na Suécia, Hospital Universitário de Seoul, Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Seul, Instituto de Investigação em Cancro de Seoul. O trabalho foi, entretanto, apresentado em comunicações orais nos Estados Unidos, tanto no Congresso Internacional de Cancro Gástrico, em Houston, como no ASCO-Gastrointestinal Cancers Symposium, em S. Francisco.

As conclusões deste trabalho foram tema de capa da edição de março da revista científica International Journal of Cancer.

Dia Nacional do Doente com AVC assinala-se a 31 de março
As doenças cardiovasculares não afetam apenas o coração, afetam também os vasos sanguíneos e diferen

Tanto o AVC, como o enfarte agudo do miocárdio, localizam-se em órgãos diferentes e se não forem tratados atempadamente, podem causar sequelas graves na vida do doente, podendo até, e como já foi referido, levar à morte. Ambos estão associados a episódios vasculares, o que significa que envolvem os vasos sanguíneos e, particularmente, as artérias.

O enfarte ocorre quando uma das artérias que transporta o oxigénio e os nutrientes ao coração fica obstruída. Como tal, as pessoas devem estar atentas a sintomas, tais como: dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade.

Já o AVC ocorre quando uma das artérias que transporta o oxigénio e os nutrientes para o cérebro fica obstruída (AVC isquémico) ou quando uma artéria do cérebro rompe (AVC hemorrágico), a pessoa pode sentir que a face fica assimétrica de uma forma súbita, aparecendo um “canto da boca” ou uma das pálpebras descaídas; falta de força num braço ou numa perna subitamente; fala estranha ou incompreensível; perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, e forte dor de cabeça, sem causa aparente.

O risco aumenta, se algumas das seguintes situações estiverem presentes:

  • tabagismo;
  • colesterol elevado;
  • diabetes;
  • hipertensão arterial;
  • excesso de peso ou obesidade;
  • abuso de bebidas alcoólicas;
  • sedentarismo (pouco exercício físico).

Torna-se, assim, primordial a aposta na prevenção destas doenças, adotando um estilo de vida saudável:

  • pratique exercício físico, mesmo que apenas 10 minutos por dia;
  • evite o álcool;
  • não fume;
  • controle a alimentação, optando por não consumir em excesso alimentos ricos em açúcar e gordura;
  • e mantenha a vigilância médica regular.

Em ambos os casos, na presença destes sintomas, as pessoas devem evitar deslocar-se para o hospital num veículo próprio. Recomenda-se que liguem rapidamente para o 112, que sigam as instruções que lhe forem dadas e que aguardem pela chegada da ambulância, que encaminhará para um centro especializado, onde tratará a situação como prioritária, instituindo o tratamento mais adequado.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover a campanha Cada Segundo Conta, uma iniciativa que tem como objetivos promover o conhecimento e compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce. Para mais informações sobre esta campanha consulte www.cadasegundoconta.pt.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações consulte: www.apic.pt.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Espaço 360º Algarve promove sessão informativa
“Saúde em Dia: Obesidade e Cancro – Prevenir é o melhor remédio” é o tema da próxima sessão informativa, promovida pelo Espaço...

A iniciativa, que se dirige à comunidade idosa algarvia, tem lugar no próximo dia 29 de março, às 15h00, no Auditório do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, conta também com transmissão online para os Centros de Dia e Instituições Residenciais para Idosos envolvidos no projeto.

A sessão pretende promover a literacia em saúde sobre a obesidade e o seu impacto no aumento de risco de cancro, através de informação credível, simples e objetiva. Com efeito, há vários fatores que poderão explicar esta relação, por um lado, o facto de a obesidade estar associada a hábitos alimentares pouco saudáveis, por outro, as próprias alterações nas células e tecidos com excesso de gordura, que facilitam o desenvolvimento e crescimento de tumores, e as alterações hormonais que podem funcionar como fator de crescimento para algumas células tumorais.

Pretende-se por isso, sensibilizar a comunidade para a importância da prevenção primária, assente na adoção de estilos de vida saudáveis através de uma alimentação cuidada e de atividade física regular.

De acordo com dados recentes, 67,6% da população portuguesa apresenta excesso de peso ou obesidade, colocando Portugal no quarto lugar da lista dos países da OCDE com mais obesos.

Considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia, a obesidade afeta a longevidade e a qualidade de vida, sendo um fator de risco para várias comorbilidades: além de aumentar o risco de morte por covid-19, estima-se que aumente o risco até 80% dos casos de diabetes tipo 2, até 35% dos casos de doença cardíaca isquémica, até 55% dos casos de hipertensão arterial e até 40% dos casos de cancro na Europa.

A sessão conta com a presença de Ana Fortuna e Filipa Simões, médicas internas da área de Oncologia e Esperança Pereira, técnica da Liga contra o Cancro – Grupo de apoio de Faro, para explicar a relação entre obesidade e cancro, destacar a importância da prevenção primária e secundária e dar a conhecer os serviços e equipamentos de apoio ao doente.

A sessão “Saúde em Dia: Obesidade e Cancro” está enquadrada na atividade “Saúde em Dia”, um conjunto de sessões informativas que pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a saúde, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos erróneos.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral, mediante inscrição obrigatória aqui

Todos os membros da ADSEstrela passam a poder usufruir da Linha de Apoio da APDP
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e a Associação de Diabéticos da Serra da Estrela (ADSEstrela) acabam...

“Este é mais um passo no caminho da inclusão de todas as pessoas com diabetes na nossa associação. Através deste protocolo de cooperação, conseguiremos dar apoio a todos os associados da ADSEstrela e trabalhar de forma mais próxima com esta associação”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

O protocolo, que terá a duração de seis meses, foi assinado pelo presidente da APDP, José Manuel Boavida, e pelo presidente da ADSEstrela, Victor Manuel Fazendeiro, estando ainda presente Luís Gardete Correia, anterior presidente da APDP e atual presidente da Fundação Ernesto Roma. A cerimónia aconteceu após a inauguração da exposição do centenário da descoberta da insulina na Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade da Beira Interior.

A exposição "Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina" poderá ser visitada na Faculdade de Ciências da Saúde até 30 de março de 2022. A exibição, que tem percorrido Portugal de norte a sul e que iniciou o seu percurso em Lisboa, esteve já presente em cidades como Coimbra, Porto e Braga e ainda nas ilhas Açores e Madeira. Para mais informações, consulte www.100anosinsulina.pt.

 

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