5, 12 e 19 de abril
“Amamentação” é o mote do 3.º ciclo temático da Academia Mamãs Sem Dúvidas, composto por três aulas online e gratuitas, que se...

No dia 5 de abril, a aula vai ser centrada nas “Vantagens da Amamentação”, com a intervenção da Enfermeira Sónia Patrício, especialista em saúde infantil e pediatria.

“Mitos da Amamentação” é a temática que vai ser abordada no dia 12 de abril, em que a Enfermeira Carla Duarte, especialista em saúde materna e obstetrícia, vai desmitificar receios inerentes ao ato de amamentar.

A última das três aulas acontece no dia 19 de abril, sendo dedicada à “Conservação do Leite Materno”, com o contributo da Enfermeira Carmen Pacheco, também especialista em saúde materna e obstetrícia.

As grávidas poderão participar de forma totalmente gratuita nas aulas que desejarem, sendo apenas necessário inscreverem-se no site da Mamãs Sem Dúvidas, aqui.

Esta é mais uma iniciativa que tem como intuito reforçar o apoio a futuras mamãs na desafiante e especial jornada que é a maternidade.

Para mais informações sobre a Academia Mamãs Sem Dúvidas consulte o website mamassemduvidas.pt.

 

O que saber
A falta de conhecimento ou de aconselhamento farmacêutico e profissional leva-nos, por vezes, à esco

A pele de cada pessoa é única e, como tal, requer cuidados diferentes e personalizados. Os produtos devem dar resposta às diferentes necessidades de cada um e é, portanto, essencial identificar as técnicas e rotinas que melhor se adequam.

  • Primeiro "como" e depois "o quê": A pele e as suas necessidades estão em constante mudança, pelo que é necessário realizar um diagnóstico prévio para que possa encontrar os produtos ideais para a sua rotina cutânea. A Atida | Mifarma recomenda uma análise que determine os níveis de melanina e eritema da pele, parâmetros essenciais na maioria das aplicações cosméticas. Em poucos minutos, descobrirá aquilo de que a sua pele precisa e em que se deve basear a sua rotina de beleza. Só depois nos devemos concentrar nas diferentes técnicas de skincare e nos seus resultados.
  • Skinimalismo” – perfeito para peles sensíveis: Esta técnica segue o conceito de "menos é mais", baseando-se em diretrizes simples e poucos produtos de limpeza, tratamento e maquilhagem para conseguir uma pele saudável, bonita e luminosa. Os produtos devem ser eficazes e dar resposta a todas as necessidades da pele, como séruns que combinem ingredientes essenciais. O “skinimalismo” é adequado para qualquer tipo de pele, mas especialmente interessante para peles sensíveis, pois os seus passos mínimos podem evitar possíveis irritações ou vermelhidão.
  • Cosmética genómica – perfeita para o envelhecimento ou pele manchada: A nova era e o futuro da cosmética baseia-se na genética – sabia que os seres humanos são 99,9% geneticamente iguais e que fatores como o envelhecimento são condicionados pelos nossos genes? A cosmética genómica baseia-se em estudos realizados por especialistas para identificar a predisposição de cada pele e, assim, conseguir tratamentos personalizados. Já existem no mercado vários produtos, como cremes antirrugas e ampolas para a pele, que têm esta estratégia por detrás da sua criação.
  • “Ice Rolling” – perfeito para pele baça: A aplicação de frio na pele sempre foi um imperativo no mundo da cosmética, e é algo que podemos aproveitar na nossa rotina diária, sendo especialmente importante para pessoas com pele baça. Máscaras de gelo, cremes de efeito frio ou ferramentas como o rolo de jade são ideais para perfeitos para iluminar, reduzir inchaços e melhorar a circulação sanguínea.

Sinais de alerta na rotina de skincare

Ao longo do ano, são vários os fatores que podem prejudicar a saúde da pele e produzir alterações que a fazem sentir-se mais negligenciada. Por esta razão, os especialistas da Atida | Mifarma reuniram diversas dicas para os identificar e lidar com eles:

  • É essencial verificar que não existem sinais de desidratação devido à exposição solar ou à passagem do tempo – podem ser identificados se forem detetadas manchas ou pele baça. Para prevenir a desidratação, utilize produtos de limpeza facial, máscaras hidratantes ou ácido hialurónico todos os dias antes de sair de casa.
  • Também a secura e o repuxar da pele são sinais de alerta e podem levar a rugas prematuras e de expressão, bem como à perda de luminosidade. É essencial limpar a sua pele de manhã e à noite, permitindo que os produtos hidratantes penetrem mais facilmente e sejam também mais eficazes. Também deve incluir a esfoliação nos seus cuidados: a pele seca deve ser esfoliada uma vez por semana; a pele sensível de 10 em 10 dias; e a pele oleosa sem acne uma ou duas vezes por semana.
  • Finalmente, preste atenção à vermelhidão. Se tiver este problema, é aconselhável aplicar sérum, creme facial e algum produto para a zona do contorno dos olhos, para evitar olheiras.

Diagnóstico personalizado: dermoanálise facial

Entre as técnicas de diagnóstico de pele mais procuradas está a dermoanálise facial, uma ferramenta que procura controlar o estado da pele e prevenir ou tratar problemas cutâneos.

A análise da pele é realizada de forma simples e rápida, sendo estudados os quatro elementos fundamentais: hidratação, sebo, elasticidade e pigmentação (nível de melanina e FPS recomendado). O objetivo dos profissionais de saúde será detetar possíveis patologias menores que possam ser tratadas antes de se agravarem. É, portanto, essencial que esta análise seja efetuada por um perito em saúde ou farmácia.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
33ª edição da Reunião do Healthcare User Group (HUG)
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promoveu a 33ª edição da Reunião do...

À semelhança de edições anteriores, esta reunião do HUG analisou os avanços registados ao nível da implementação dos regulamentos dos dispositivos médicos. Para além disso, deu especial destaque ao caso de estudo da cadeia de parafarmácias de retalho do grupo Sonae, a Wells, que encontrou nos standards da GS1 uma solução para tornar toda a cadeia de distribuição (muito) mais eficiente.

No início da colaboração entre a Wells e a GS1 Portugal, a cadeia de parafarmácias da Sonae enfrentava desafios ao nível da eficiência no processo de receção e verificação das encomendas recebidas em armazém, consequência dos novos requisitos de codificação de unidades logísticas adotados nesses espaços. Ao nível do abastecimento dos produtos, quase metade (42%) das encomendas que chegavam aos armazéns apresentavam diferentes tipos de incidência ao nível da identificação das unidades logísticas, desde a ausência de etiquetas logísticas, erros na respetiva leitura, dados incorretos ou posicionamento inadequado das etiquetas, entre outras anomalias.

Após um esforço colaborativo da GS1 Portugal com fornecedores da Wells, as melhorias foram conclusivas: em janeiro de 2021 tinham sido registadas incidências com etiquetas logísticas em 41.69% das encomendas. Em janeiro de 2022, essa taxa baixou para apenas 0.46%, o que se traduz numa melhoria de eficiência de 98.9% após a intervenção e correta utilização dos standards da GS1 Portugal.

“Conseguimos comparar a quantidade de erros na etiqueta logística antes e depois do trabalho da GS1 Portugal, com eficiências em média de 99%. O número de encomendas entregues com erros nas etiquetas logísticas reduziu para quase 0”, salientou Sofia Perdigão, Gestora do Setor de Saúde da GS1 Portugal.

Já com os EAN-13 (simbologia utilizada para identificação de produtos implementada pela GS1 Portugal), as melhorias foram igualmente significativas: em janeiro de 2021, a Wells registava a ausência dos códigos EAN-13 dos produtos na base de dados do armazém em quase 5% das encomendas, percentagem que desceu para 1.3% após a intervenção da GS1 Portugal, representando assim melhorias superiores a 70% na eficiência da cadeia de distribuição e abastecimento da Wells.

Projeto piloto em curso

Nesta edição do HUG foi também partilhado um projeto piloto que pretende continuar a levar a linguagem global, viabilizada através da rastreabilidade, ao setor da saúde.

A iniciativa International Patient Summary (IPS), cuja prova de conceito já está a ser testada no País de Gales, é um conjunto padronizado de dados clínicos básicos que inclui a informação mais relevante relacionada com a saúde de um paciente, de modo a garantir cuidados de saúde totalmente seguros e protegidos a nível global. Esta versão resumida dos dados clínicos do paciente fornece aos profissionais de saúde as informações essenciais necessárias para prestar cuidados no caso de uma situação médica inesperada, como em caso de acidentes.

“O objetivo é conseguir um conjunto standardizado de dados clínicos básicos que permitem transmitir ou partilhar, entre os vários países e respetivos centros hospitalares, informações que, caso o paciente dê entrada nesse centro hospitalar - ou necessite de assistência noutro país -, deem acesso aos dados clínicos mais básicos desse paciente e saber, por exemplo, quais as suas alergias, historial médico e procedimentos anteriores”, começou por explicar Madalena Centeno, Gestora de Saúde e Standards da GS1 Portugal.

Outro fator inovador do IPS incide sobre o nível de colaboração exigido para que o conceito funcione. Nesse sentido, a GS1, entidade global de standards de que a GS1 Portugal é organização-membro, aliou-se a outras entidades de standards (CEN, ISO e HL7, entre outras) para criar uma linguagem global, capaz de ser partilhada além-fronteiras. “Como estamos a falar de diferentes países e de diferentes centros hospitalares, a estruturação de informação é diferente. Por isso, é necessário encontrar um conjunto de códigos que permita que a informação seja lida e interpretada por todos os que utilizem este sistema”, acrescentou a representante da GS1 Portugal, antevendo que, após maior investigação e desenvolvimento deste conceito, espera-se que o IPS consiga fornecer informações ainda mais detalhadas como “as imunizações já feitas, como as das vacinas contra a COVID-19” e, ainda, “dados como os resultados de análises clínicas, imagiologia e a utilização de dispositivos médicos e medicamentos”. No futuro, as entidades envolvidas estimam que o IPS permitirá, “por exemplo, que o médico tenha acesso a informação sobre o modelo do pacemaker que o paciente tem”, rematou Madalena Centeno.

 

As explicações de uma especialista
O AVC é uma emergência médica e a rapidez de ação pode determinar a extensão dos danos e o grau de s

O que é o AVC?

Acidente vascular cerebral ou AVC designa a interrupção súbita na circulação sanguínea para o cérebro, que assim fica impedido de receber oxigénio e nutrientes, indispensáveis à sua normal atividade, o que provoca a morte de tecido cerebral.

Causas

Na sua origem está, em 85% dos casos, um bloqueio da irrigação sanguínea devido à obstrução de uma artéria cerebral – AVC isquémico. Este bloqueio pode dever-se a uma trombose (quando se forma um coágulo no interior de uma artéria cerebral) ou a uma embolia (quando um coágulo pré-existente é transportado pela circulação sanguínea). Em cerca de 15% das situações, o AVC tem origem no rompimento de uma artéria, que dá lugar a uma hemorragia – AVC hemorrágico.

Ação rápida

Seja qual for a causa, o AVC é sempre uma emergência médica e é urgente atuar o mais rapidamente possível, já que pode ter efeitos nefastos imediatos. Nas situações isquémicas é, muitas vezes, possível minimizar os danos com um tratamento que apenas é eficaz até quatro horas e meia após o surgimento dos primeiros

sintomas. Já nas situações hemorrágicas, pode ser necessária intervenção cirúrgica urgente.

Sintomas de AVC e sinais de alarme

Reconhecer as manifestações de um AVC é o primeiro passo para minimizar os danos que provoca. As mais comuns são:

  • Desvio da cara;
  • Falta de força num dos lados do corpo (braço, perna);
  • Dificuldade em falar e de entendimento, confusão.

Também podem ser sinais de AVC:

  • Alteração de visão (em um ou ambos os olhos);
  • Dificuldade em andar, tonturas ou falta de equilíbrio;
  • Dor de cabeça severa e sem causa aparente;
  • Sensação súbita (em minutos ou horas) de náusea e vómito;
  • Um breve período de ausência ou diminuição de consciência (desmaios, confusão, convulsão ou coma).

Reconhecer e agir

Perante queixas de um familiar ou amigo, existem alguns procedimentos que podem facilitar o reconhecimento dos sinais de AVC indicados acima:

  • Peça-lhe que se ria e observe

Um dos lados da face está descaído? A boca está "ao lado"?

  • Peça-lhe que levante os dois braços e observe

Um dos braços cai, sem força?

  • Diga uma frase simples e peça-lhe que a repita

Tem dificuldade em falar? As respostas são incoerentes?

Se a resposta a uma destas perguntas for afirmativa, chame o 112 o mais rapidamente possível. Registe a hora, para saber indicar quando o AVC teve início, e mantenha a calma, para responder às perguntas que forem colocadas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados INEM
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) encaminhou para os hospitais, no último ano, 5.816 utentes com sinais e...

No âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala hoje, o INEM recorda que perante os sinais e sintomas de AVC (falta de força num braço, boca ao lado e dificuldade em falar), os utentes devem ligar de imediato o Número Europeu de Emergência – 112 e transmitir todas as informações solicitadas, para que possam receber o tratamento mais adequado. 

As primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais, pois é esta a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos. Por esse motivo, ligar 112 e, após a chamada ser transferida para o INEM, colaborar com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes urgentes (CODU) do INEM é fundamental para uma triagem e encaminhamento corretos de todas as situações suspeitas de AVC. 

Dados de 2021 indicam que o INEM encaminhou 5.816 doentes com suspeita de AVC para os hospitais mais adequados, através da Via Verde do AVC, mais 877 relativamente a 2020, o que representa uma média de 16 casos diários. Já em 2022, até 28 de março, o INEM encaminhou 1.295 casos. 

Os números referentes a 2021 indicam que o Hospital de Braga foi o que mais casos suspeitos de AVC recebeu através da Via Verde do AVC, com 478 registos. Seguem-se o Centro Hospitalar e Universitário São João, no Porto, e o Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com 404 e 393 casos, respetivamente.  O distrito do Porto continua a ser aquele que regista um maior número de casos, com 1.325 doentes encaminhados através da Via Verde do AVC, seguido de Lisboa e Braga, com 1.103 e 511 casos, respetivamente. 

O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro e continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares.

Para prevenir o AVC, deve-se adotar hábitos de vida saudáveis, evitar o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas. 

 

Modelo EMRAM da Health Information and Management Systems Society (HIMSS)
O grupo Lusíadas Saúde acaba de se tornar o primeiro operador da saúde privada em Portugal e na Europa a ter três hospitais com...

Os Hospitais Lusíadas Lisboa e Lusíadas Porto concluíram com sucesso o processo de adoção do modelo EMRAM da Health Information and Management Systems Society (HIMSS), passando do patamar seis para o sete, o nível máximo.

As duas unidades juntam-se agora a uma pequena elite de 7 hospitais na Europa em que também se incluí o Hospital de Cascais, gerido em regime de parceria público-privada pela Lusíadas Saúde.

A certificação por este modelo reconhece a implementação de tecnologia e utilização da informação para apoiar as melhores práticas em saúde e responder às crescentes exigências dos doentes e dos profissionais, melhorando os resultados clínicos e garantindo uma maior eficiência operacional dos serviços.

Os hospitais certificados neste estádio de maturidade digital são atestados pela sua total informatização e orientação para dados, capazes de gerar informação disponível e de qualidade para suportar as melhores decisões clínicas e operacionais.

A conformidade com o nível 7 do EMRAM (Electronic Medical Record Adoption Model) é o reflexo de uma transformação organizacional profunda, apenas possível pela maturidade e solidez dos processos e pela forte cultura de segurança das equipas multidisciplinares.

O uso da tecnologia centrada no doente pretende ajudar as pessoas a viverem vidas mais saudáveis e a terem uma melhor experiência de prestação de cuidados. Mais segurança, mais qualidade, mais eficiência e mais satisfação. Tudo pelas pessoas que cuidamos diariamente.

“Obter o nível máximo de uma certificação desta complexidade é para nós um motivo de enorme orgulho. Orgulho nos nossos profissionais de saúde e em toda a estrutura do hospital que, com o trabalho desenvolvido desde a génese desta unidade, nos permitiu alcançar este feito e reforçar o nosso posicionamento entre os melhores da Europa. A utilização da tecnologia está no ADN deste Hospital e acreditámos, desde sempre, que conseguiríamos aliar a sua utilização à humanização que nos caracteriza, de forma a prestar um serviço de excelência”, explica Maria do Céu Morgado, CEO do Hospital Lusíadas Lisboa.

Joana Pinto Menezes, CEO do Hospital Lusíadas Porto, mostra-se muito satisfeita com a passagem da certificação de nível 6 para 7 (nível máximo) e revela que “quando um hospital é certificado por esta entidade significa que cumpre critérios muito rigorosos e exigentes no que se refere à utilização da tecnologia com impacto provado no atendimento ao doente”.

“Tendo em conta este nível de exigência, receber o nível máximo desta certificação é algo muito recompensador e reflete o empenho e dedicação contínuos na procura incessante de elevar sempre a nossa prestação de cuidados de saúde a um patamar de excelência”, conclui Joana Pinto Menezes.

Entrevista
A endometriose afeta uma em cada 10 mulheres em idade fértil.

O que é a Endometriose? Quais as causas e principais complicações?

Para percebemos o que é endometriose, é importante perceber o que é o endométrio, que corresponde ao tecido que reveste a cavidade uterina e que sofre alterações cíclicas ao longo do mês, proliferando e crescendo até iniciar a sua descamação, que se traduz pela menstruação.

Na endometriose, o que acontece é que estas glândulas crescem fora da cavidade uterina, o que faz com que estas menstruem nos locais onde se implantam, originando lesões de endometriose. Estas podem localizar-se em qualquer parte do corpo, sendo mais frequentes na cavidade pélvica, junto aos órgãos reprodutores (útero e ovários). Adenomiose, por exemplo, é uma forma de endometriose na qual as glândulas endometriais se localizam dentro do próprio músculo uterino.

Dependendo do local, podem manifestar-se de diferentes formas, podendo ser identificadas sob a forma de quistos, aderências, nódulos ou, em alguns casos, infertilidade.

Qual a incidência desta doença ginecológica de natureza progressiva e seus principais sintomas? Quais os principais sinais de alerta?

Sabemos que a endometriose afeta 1 em cada 10 mulheres em idade fértil, o que corresponde a 350 mil mulheres em Portugal, por isso, é fundamental alertar as pessoas para este problema.

A endometriose manifesta-se maioritariamente por dor intensa (associada à menstruação, ao evacuar, ao urinar, durante as relações e, por vezes, durante a ovulação).

Quando uma mulher tem dor menstrual (dismenorreia) que interfere com o seu dia a dia, impedindo-a de fazer uma vida normal, significa que esta dor deve ser investigada e que a mulher afetada deve procurar ajuda diferenciada para perceber qual a causa da dor e diagnosticar ou excluir endometriose.

Como é feito o seu diagnóstico e quais os principais desafios associados e que muitas vezes impedem que a patologia seja identificada atempadamente? Sabe-se, por exemplo, que a grande maioria das mulheres só descobre a doença quando tenta e não consegue engravidar…

O diagnóstico da doença passa por saber ouvir as queixas das mulheres que nos procuram – fazer uma ao história clínica seguido de um exame objetivo adequado permite fazer o diagnóstico na maioria dos casos de endometriose. Depois, perante está suspeita, podemos confirmar o diagnóstico através e uma ecografia de referência ou através de uma RMN.

Sendo uma doença crónica que afeta as mulheres durante a sua vida reprodutiva, é fundamental que seja realizado um diagnóstico precoce para uma melhor orientação e preservação da fertilidade. Infelizmente, ainda existe um franco atraso no diagnóstico – em média de 7 a 10 anos –, porque ainda é comum dizer-se que ter dor na menstruação é normal ou que esta passa depois de uma gravidez, ou até mesmo que a mãe e a avó também tinham, acabando por desvalorizar a gravidade da dor.

Por outro lado, torna-se fundamental dar mais formação aos cuidados de saúde primários, de modo a que estes saibam ouvir as queixas, investigar, desconfiar e orientar estas mulheres para centros de referência.

Parte destas mulheres só descobre a doença quando tenta engravidar, porque é nessa altura que deixa a pilula e a endometriose se começa a manifestar.

Em números gerais, cerca de 2/3 das mulheres com endometriose não terão qualquer problema em engravidar. Apenas 1/3 vai precisar de ajuda neste caminho, o que habitualmente está relacionado com os casos mais graves de endometriose.

Em média, quanto tempo pode decorrer até ser corretamente diagnosticada?

Em média decorrem 7 a 10 anos até ao diagnóstico correto da doença, no entanto, com o trabalho de divulgação e sensibilização para o conhecimento de endometriose, penso que estamos a encurtar este tempo

Que opções terapêuticas existem para tratar a endometriose? É possível a cura definitiva?

Sendo uma doença crónica, temos de ensinar as mulheres a saber lidar com esta doença e a controlar os sintomas, uma vez que, infelizmente, ainda não existe um tratamento 100% eficaz. Neste sentido, podemos atuar de várias formas:

  • Hábitos de vida saudáveis – uma alimentação dita “anti-inflamatória” vai reduzir a inflamação pélvica e as queixas de dor. A redução dos níveis de stresse e a prática de exercício físico também são fatores importantes;
  • Depois, é importante ter em conta que cada caso é um caso! Cada doente tem de ser estudada particularmente e de acordo com os seus objetivos, as suas queixas e a gravidade da doença. Tendo todos estes fatores em conta, é definido um tratamento

Dentro destas premissas, é importante salientar que:

  • Se a mulher não apresenta contraindicação para uma terapêutica médica e não pretende engravidar, tem indicação para iniciar terapêutica hormonal, ou seja, iniciar uma pilula para atrofiar o endométrio, que se encontra fora do útero, de modo a tentar adormecer a endometriose e a controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida das doentes;
  • Se a mulher pretende engravidar, deve interromper a terapêutica hormonal, fazendo-se uma vigilância de sintomas e da doença durante as tentativas e até obter uma gravidez. Se a dor é incapacitante ou a doença é agressiva e com envolvimento de órgãos (intestino, bexiga, ureter..), a cirurgia deve ser
  • equacionada e discutida com a doente. Se a dor é controlável e a doença está estável, mas a doente não consegue engravidar, deve ser equacionada a avaliação por uma equipa de infertilidade;
  • No contexto atual, a mulher, muitas vezes, protela a gravidez para uma fase mais tardia da vida. Numa mulher com endometriose, em que a inflamação da doença pode por si só deteriorar a reserva ovárica/função ovárica, podendo haver mesmo envolvimento dos ovários e das trompas pela endometriose, devemos cada vez mais e mais cedo alertar para a possibilidade de preservar óvulos – criopreservação. Seja pré-cirurgia, seja apenas porque a mulher ainda não pretende engravidar. Devemos cada vez mais falar precocemente sobre este tema.

No fundo, o tratamento da mulher com endometriose deve atuar em várias dimensões de modo a restabelecer o bem-estar físico e psíquico da mulher. É importante não só controlar a doença, mas também perceber as dúvidas e os objetivos da mulher, de modo a estabelecer um plano de ação adaptado ao seu caso.

Quando a cirurgia não é suficiente, o que resta a estas mulheres?

Quando a dor é insuportável e a cirurgia á a melhor forma de tratamento, a laparoscopia é o método gold standard para o diagnóstico e tratamento adequados da doença. Hoje dispomos de equipamentos de laparoscopia com elevada qualidade de imagem e instrumentos inovadores que permitem abordagens cada vez mais precisas, eficazes e seguras.

No entanto, quando a cirurgia não é suficiente, temos que perceber qual é o objetivo da mulher que estamos a tratar e orientar – sendo qualidade de vida ou fertilidade – a nossa atitude será diferente. De acordo com o objetivo, teremos uma atitude multidisciplinar para propiciar melhor controlo de dor e qualidade de vida.

Que mitos ainda persistem quanto a esta patologia e que importa desconstruir?

O principal mito prende-se com a ideia de que ter dor menstrual (dismenorreia) é normal. Quando esta a impende de ter uma vida normal, interferindo com o seu dia a dia e a sua qualidade de vida, é crucial que esta seja investigada.

O atraso no diagnóstico, conforme mencionado anteriormente é uma das consequências da falsa ideia de que ter dor na menstruação é normal ou que esta passa depois de uma gravidez. Ouvimos recorrentemente a família a desvalorizar as dores de uma adolescente, porque a mãe ou a avó passaram pelo mesmo, mas é importante desfazer esta ideia, deixando de a passar às gerações mais novas, para que possamos detetar esta doença mais cedo e adotar o tratamento adequado.

Que mensagem ou conselhos gostaria de deixar a mulheres que tenham sido recentemente diagnosticadas com a doença?

Provavelmente o caminho até ao diagnostico não foi linear e geralmente moroso. Se finalmente tem o diagnóstico, está na fase de aprender a viver com endometriose, pois existem inúmeras coisas que pode aprender e fazer para melhorar a sua qualidade de vida, ajudando a controlar a doença, devendo para isso, ser acompanhada num centro de referência de endometriose, por uma equipa multidisciplinar.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Tomada de posso decorreu ontem
Tomou, ontem, posse o novo Provedor do Estudante da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), função que passa a ser...

Na cerimónia de investidura, ontem ao final da tarde, perante a Presidente da instituição, Aida Cruz Mendes, e vários membros da comunidade educativa, o novo titular deste órgão da ESEnfC disse estar «preparado para responder à solicitação que a função de Provedor exige, sempre que se encontrem esgotadas as outras vias de resolução das situações apresentadas». E comprometeu-se a tudo fazer «para desempenhar este cargo com independência, imparcialidade, informalidade e confidencialidade, em estreita relação com todos os órgãos da ESEnfC, nomeadamente a Associação de Estudantes, o Conselho Pedagógico, os Serviços Académicos, o Serviço Social e a Presidência da Escola».

O novo Provedor do Estudante sublinhou que «a ESEnfC tem uma longa história de funcionamento democrático dos seus órgãos de governo, que por si só, já dá garantias da qualidade da vida académica» dos «estudantes de graduação e pós-graduação».

Todavia, notou que «as recentes consequências que a pandemia de COVID-19 nos trouxe», juntamente com «a recente reformulação de todos dos planos de estudos dos cursos de licenciatura e mestrados», têm criado «dificuldades pontuais não previstas», que, de resto, «os estudantes têm sinalizado ao Provedor», que os ajudará «a atenuar as consequências no percurso académico».

O novo Provedor também «orientará a sua ação patrocinando todas as iniciativas de formação, de encontro e de orientação dos estudantes, no sentido de prevenir desajustes, desgostos e desmotivação, implicando-os e responsabilizando-os pelo se u caminho», afirmou Manuel Chaves no discurso de tomada de posse.

O novo Provedor do Estudante fez questão de dirigir «uma palavra de agradecimento e de reconhecimento aos antigos Provedores da ESEnfC», João José de Sousa Franco e Alberto José Barata Gonçalves Cavaleiro, o quais, «nos respetivos mandatos, apoiaram os estudantes e a instituição a encontrarem as melhores soluções para resolver as dificuldades que surgiram, representando também de forma exemplar o Provedor e a ESEnfC nos organismos externos que se relacionam com a função, como seja o trabalho desenvolvido no Fundo Solidário NEXT e também na Rede de Provedores do Estudante do Ensino Superior».

«Fazer recomendações genéricas tendo em vista acautelar os interesses dos estudantes, nomeadamente no domínio da atividade pedagógica e da ação social escolar», bem como «promover a realização de atividades verificando a eficiência dos serviços destinados aos estudantes» (artigo 64º dos Estatutos da ESEnfC), são algumas competências do Provedor do Estudante, cujo mandato tem a duração de dois anos.

Fundação Portuguesa do Pulmão alerta
Estima-se que 30% a 50% dos adultos com diagnóstico de COVID-19 grave possam ter anomalias pulmonares persistentes, após a...

Terminado o inverno, “não devemos baixar a guarda”, alerta a Fundação Portuguesa do Pulmão.  Tal como no resto do mundo, as doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em Portugal. Embora a grande maioria seja prevenível ou tratável com intervenções economicamente acessíveis, não temos assistido a uma redução global da sua prevalência. Segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, morrem, diariamente, 36 pessoas com doenças respiratórias no nosso País. 16 desses óbitos têm como causa a pneumonia 

Estudos recentes revelaram que 30% a 50% dos adultos com diagnóstico de COVID-19 grave podem desenvolver anomalias pulmonares persistentes, após a doença aguda. Nos Países Baixos e na Andaluzia, as autoridades de saúde apostam na imunização para tornar o organismo mais robusto contra as infeções respiratórias. Recomendam, por isso, a vacinação antipneumocócica a doentes hospitalizados por COVID-19, com evidência de disfunção pulmonar.

“Os últimos dois anos mostraram-nos a importância da prevenção – evitar o que já nos é possível, sempre com atenção a quem está mais vulnerável”, explica José Alves, Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. “Quem esteve infetado com COVID-19, por exemplo, corre maior risco de contrair novas infeções respiratórias. Algumas delas podem ser prevenidas através de imunização. É o caso da pneumonia. Para quê correr riscos?”, continua.

A vacinação é considerada o maior avanço da medicina moderna e uma das formas mais seguras, mais eficazes e menos dispendiosas de prevenir doenças infeciosas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, evita quatro mortes por minuto, o equivalente a 5.760 mortes por dia em todo o mundo, e previne doenças tão distintas como difteria, sarampo, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola ou tétano. Ao recorrermos à imunização, estamos a reduzir a carga da doença e a contribuir para o aumento da esperança média de vida: para além de reforçarmos o sistema imunitário e a saúde individual, estamos a beneficiar saúde pública e a contribuir para a redução do número de internamentos e de mortes.

A pneumonia não é um exclusivo do tempo frio. Não podemos baixar a guarda, mesmo com a subida das temperaturas. Devemos preveni-la sempre e podemos fazê-lo em qualquer altura do ano, com particular atenção aos grupos de risco. Quem teve COVID-19 grave e adultos com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC e outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais, deve ser protegido.

A vacina antipneumocócica é recomendada pela Direção-Geral da Saúde e já está em PNV para as crianças e para os grupos considerados de maior risco, mas a sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias. No caso dos adultos, basta uma dose.

Alterações vocais atingem entre 27 a 44% dos doentes Covid-19
Tendo em conta a elevada prevalência de alterações vocais em doentes com Covid-19, entre 27 a 44%, e a persistência destes...

Os rastreios vão ser realizados no Serviço de ORL, em data que será agendada com cada utente que se inscrever, através do link https://forms.gle/c6SkwFayDjTXVjWCA

A celebração desta data tem como objetivo consciencializar a população e alertar para a importância da voz e dos cuidados necessários para a preservar.

 

Campanha “Help the Eyes from Ukraine”
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) acaba de lançar a campanha “Help the Eyes from Ukraine”, uma iniciativa solidária...

A plataforma https://spoftalmologia.pt/help-the-eyes-from-ukraine/ já se encontra acessível a todos os médicos oftalmologistas, no site da SPO, que queiram prestar o seu apoio através da realização destas consultas. O secretariado da sociedade assegura toda a gestão administrativa inerente à iniciativa.

Com o objetivo de ultrapassar as barreiras linguísticas, os cidadãos ucranianos que tenham interesse nesta consulta podem também fazer diretamente o pedido de consulta através da mesma plataforma: https://spoftalmologia.pt/help-the-eyes-from-ukraine/ e após o seu agendamento estar concluído, a SPO solicita que a pessoa seja acompanhada à consulta por um elemento da instituição responsável pelo seu acolhimento em Portugal ou por um tradutor.

“A comunidade de médicos oftalmologistas não podia ficar indiferente a esta lamentável situação provocada pela guerra, nem aos inúmeros esforços de ajuda humanitária que Portugal tem feito e que dão provas da grande generosidade que existe no nosso país. Neste sentido, acreditamos também que a generosidade de cada um de nós, médicos oftalmologistas, vai certamente contribuir para minimizar o sofrimento do povo ucraniano e, em especial, dos deslocados da guerra da Ucrânia a viver em Portugal sob proteção temporária.” - afirma Rufino Silva – Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

Para além desta iniciativa, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia está também a apelar aos seus associados que façam uma contribuição financeira para a Cruz Vermelha Portuguesa para o IBAN PT50 0010 0000 36319110001 74 e no descritivo colocar “helpeyesfromukraine”. A Cruz Vermelha emitirá posteriormente o respetivo recibo referente a este donativo.

 

Iniciativa abrange 1500 alunos
A propósito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala a 31 de março, a iniciativa “Fast Heroes 112”, em parceria com a...

“As interações presenciais, principalmente quando são com pessoas com que as crianças não interagem habitualmente, suscitam uma maior curiosidade. Queremos que as mensagens que as crianças têm aprendido com a iniciativa Fast Heroes sejam bem interiorizadas, de forma que possam ser depois passadas corretamente aos familiares, que são quem queremos impactar”, explica José Castro Lopes, presidente da SPAVC. 

Para o fazer, médicos e enfermeiros das Unidades de AVC de vários Centros Hospitalares do país irão dirigir-se às escolas que estão a participar na iniciativa para realizar mini sessões com os alunos no dia 31 de março. “É com muito orgulho que vemos os nossos profissionais de saúde juntarem-se a esta iniciativa tão importante, dando voz às mensagens que são cruciais para salvar vidas!”, acrescenta o presidente da SPAVC. 

O AVC representa uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos de entre as várias doenças cardiovasculares. Por hora, três portugueses sofrem um AVC, sendo que um deles não sobrevive e outro fica com sequelas incapacitantes. Além disso, um em cada quatro adultos acima dos 25 anos vai sofrer um AVC ao longo da sua vida.  

A iniciativa Fast Heroes tem como objetivo educar crianças relativamente aos sintomas do AVC para que estas saibam rapidamente identificar quando um familiar, como um dos seus avós, estiver a ter um. Além disto, a iniciativa aproveita ainda o incrível entusiasmo das crianças pela partilha de conhecimentos com quem as rodeia, incentivando-os a ensinar o que aprendem a toda a sua família. Desta forma, é possível garantir que os doentes chegam ao hospital de forma atempada, evitando consequências mais graves e ajudando a reduzir estes números.  

A iniciativa conta com uma gama de atividades para serem implementadas nas escolas e em casa que giram à volta de quatro super-heróis. Francisco (a Face), Fernando (a Força) e Fátima (a Fala) são três super-heróis reformados que lhes vão ensinar os três principais sintomas de AVC. Já Tomás (a Tempo), reforça a importância de agir de forma atempada. A novidade mais recente é Tânia (a Professora), que será apresentada às turmas que realizarem o programa pelo segundo ano consecutivo. 

Desenvolvida em parceria com o Departamento de Políticas Educativas e Sociais da Universidade da Macedónia, conta com o apoio da Organização Mundial de AVC, da Sociedade Portuguesa do AVC e da Iniciativa Angels. Além do português, os materiais estão já adaptados para várias línguas.  

Para participar na campanha, basta ir ao website oficial, em www.fastheroes.com, e inscrever a sua criança ou registar-se como professor, caso queira implementar a iniciativa nas suas aulas.  

 

Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) e Fundação Portuguesa a Comunidade Contra a Sida (FPCCSIDA) entre as organizações apoiadas
A Gilead Sciences, vai atribuir bolsas no valor total de 24 milhões de dólares para ajudar a reduzir as disparidades na saúde,...

“Embora a comunidade VIH tenha feito enormes progressos para acabar com a epidemia do VIH, a pandemia de COVID-19 criou barreiras e agravou as desigualdades em saúde nas comunidades mais vulneráveis” disse Alex Kalomparis, Senior Vice President, Public Affairs, da Gilead Sciences. “Estamos a trabalhar com organizações que irão trabalhar junto das comunidades desfavorecidas apoiando-as na procura de soluções inovadoras e eficazes. Os apoios do Programa Zeroing In têm como objetivo aumentar o acesso aos cuidados e serviços na área do VIH reforçando os esforços da Gilead para acabar com a epidemia para todos, globalmente.”

Para impulsionar o progresso nas comunidades locais, as organizações Zeroing In darão prioridade às populações mais afetadas pela epidemia do VIH. Isto inclui projetos de organizações locais focadas em acabar com a epidemia do VIH nas suas respetivas cidades, estados, países ou regiões.

“Através deste financiamento será possível a implementação do Plus Project, um projeto de enorme importância para o alcance da meta 95-95-95 não só porque visa promover o diagnóstico de novos casos de infeção por VIH, VHB e VHC, através da realização de rastreios de base comunitária, e também pela aposta na efetiva ligação e retenção dos novos casos que vierem a ser diagnosticados, mas também determinante para (re)ligarmos pessoas acompanhadas no Departamento de Doenças Infeciosas do CHUP e CHVNG/E's e que, devido a uma ineficaz adesão terapêutica (por variadíssimos fatores que se agudizaram com a COVID-19), podem comprometer o seu tratamento e potenciarem a cadeia de transmissão. É apenas através do apoio de organizações como Gilead que contribuiremos para a prevenção em saúde e acompanhamento na doença”, disse Dra. Filomena Frazão de Aguiar, Presidente do Conselho de Administração/Direção Executiva da Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a Sida”

“O apoio financeiro da Gilead permitirá o scale up da prevenção, rastreio, ligação e retenção nos cuidados de saúde nas comunidades mais vulneráveis ao VIH e hepatites víricas, num contexto geográfico de grande escassez de respostas adaptadas a estas populações. Serão intervenções de base comunitária em estreita colaboração com as estruturas de saúde local, numa lógica de complementaridade que inclui uma consulta descentralizada para a PrEP e outra para as IST. Um claro contributo para as metas definidas pela ONUSIDA e OMS para pôr fim as estas epidemias,” disse Ricardo Fernandes, Diretor Executivo do GAT.

Dia 10 de abril
A Médis, marca de saúde pertencente ao Grupo Ageas Portugal, volta a associar-se à Corrida Sempre Mulher em 2022. A prova, que...

A Corrida Sempre Mulher é composta por um percurso de 5km com duas modalidades: a caminhada/corrida de lazer, aberta a todos os participantes; e a corrida de competição, exclusiva a participantes femininos com idade mínima 16 anos. A pensar em toda a família, a Corrida é pet friendly, podendo também os amigos de quatro patas participar no escalão Team Pet.

Também a Clínica Médis estará presente com várias dinâmicas que animarão esta prova, com o intuito de recordar a importância de uma boa saúde oral. É objetivo que os participantes tenham um dia repleto de boa energia, sendo que o foco da Corrida é sempre a sensibilização para a saúde e bem-estar dos portugueses.

Para Inês Simões, Diretora de Comunicação, Marca e Cultura Organizacional do Grupo Ageas Portugal, “enquanto seguradora, o nosso papel passa por proteger as pessoas e sensibilizar para a prevenção de riscos, e é por isso que a Médis se associa a esta tão nobre causa. Não só para consciencializar para uma doença que afeta milhares de mulheres, mas para mostrar a importância da união, já que juntos conseguimos ir sempre mais longe!” Os fundos angariados com as taxas de inscrição na Corrida Sempre Mulher revertem para a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama.

O cancro é uma das doenças que mais preocupa os portugueses e fará cada vez mais parte da vida de cada um. Foi neste contexto que a Médis lançou o Proteção Oncológica Reforçada contando com uma equipa de Enfermagem dedicada. Por isso, faz todo o sentido que a marca se alie a iniciativas focadas na prevenção do cancro, em especial a este, que é, em Portugal, o segundo tumor mais comum e a quarta causa principal de morte por cancro. E para melhor entender uma das doenças oncológicas que mais mulheres afeta em todo o mundo, a Medis disponibiliza o Cancro da Mama - Guia de saúde da Médis (medis.pt) com a missão de esclarecer e alertar para a patologia.

Mais informações sobre esta iniciativa podem ser encontradas na plataforma online oficial da Corrida, em http://corridasempremulher.com/

Opinião
A 31 de Março comemora-se o Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral.

Ao contrário de outras patologias que se insinuam de forma quase subtil e progressiva, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem uma apresentação aguda e não raras vezes brutal. As formas de apresentação podem ser múltiplas, mas são na maior parte das circunstâncias súbitas. Tudo está bem e, de repente, tudo se modifica. Para quem avalia, trata e acompanha diariamente doentes acometidos por esta patologia, são inúmeras as histórias de avós, pais, filhos ou amigos que subitamente, do nada, sem aviso prévio vêm as suas vidas profunda e radicalmente afetadas. As histórias são bem concretas e reais e todos sabemos que a esses momentos iniciais se vão seguir muitas vezes meses de recuperação lenta e progressiva que poderão ou não restabelecer a forma de estar anterior. Mas, apesar de tudo, há sinais de esperança porque muito tem sido feito a vários níveis nos últimos anos para alterar esta realidade, desde a existência de terapêuticas de fase aguda cada vez mais eficientes, e de aplicação mais generalizável, até medidas de recuperação e prevenção mais capazes.

Os sinais de alerta são relativamente simples e conhecidos por FAST que significa face, arm, speech and time, ou seja, boca ao lado, falta de força num braço, alteração da fala e tempo. Perante estes sinais, que são fáceis de serem reconhecidos por qualquer pessoa, a reação imediata deve ser contactar os serviços de emergência pré-hospitalar para que o caso possa ser encaminhado atempadamente para o local mais adequado. Embora com limitações, nomeadamente para quem vive fora dos grandes centros urbanos (aqui as assimetrias regionais são também importantes), existe atualmente uma rede de referenciação composta por Hospitais de primeira e de segunda linha capazes de fazer o diagnóstico e tratamento atempado.

E aqui a palavra tempo é crucial: tempo é cérebro! As intervenções terapêuticas agudas capazes de modificar a história natural desta doença terrível e assustadora, porque incapacitante e geradora de grande sofrimento para o próprio e seus familiares e amigos, dependem criticamente do tempo. O princípio é restabelecer a circulação do sangue na região cerebral afetada antes que da obstrução vascular resulte lesão neuronal irreversível e, por isso, perda de função cerebral e incapacidade. Por cada minuto que passa sem restabelecimento da circulação são perdidos 1,9 milhões de células cerebrais, correspondentes a um envelhecimento cerebral de 3,1 semanas, e por cada hora perdem-se 120 milhões de neurónios e há um envelhecimento de 3,6 anos. Por isso, lutamos em cada momento e em cada caso contra um relógio que não para. Por isso, a janela temporal para uma atuação eficaz é muito curta, de poucas horas. Por isso, para conseguirmos administrar atempadamente os tratamentos que sabemos serem eficazes para contrariar esta cascata de eventos é fundamental que todas as peças do sistema estejam bem oleadas e conectadas. É a chamada cadeia de sobrevivência do AVC composta por vários elos interligados: reconhecimento dos sintomas e ativação dos serviços de emergência; resposta adequada da emergência pré-hospitalar; transporte e pré-notificação do centro de AVC; tratamento rápido e de acordo com as recomendações internacionais e estado da arte; e qualidade dos cuidados pós-AVC. Infelizmente, o elo mais fraco desta cadeia continua a ser o primeiro, porque muitas vezes os sintomas não são reconhecidos ou, pura e simplesmente, se fica à espera “a ver se passa”. Mas a verdade é que a tempestade não passa e, por isso, nunca é demais chamar a atenção para estes sinais de alerta porque, se o doente não chegar a tempo, o seu tratamento pode ficar seriamente comprometido.

Contudo, é preciso sublinhar que todos os elos desta cadeia são importantes e, embora aqui também tenhamos sinais de esperança, todos nós que estamos envolvidos diariamente nesta luta contra o AVC sabemos que ainda muito há por fazer e otimizar. Antes de mais, é importante continuar o acompanhamento para além da fase aguda. É fundamental garantir uma continuação fluída dos cuidados de reabilitação após o internamento hospitalar de forma a evitar quebras e interrupções do processo de reabilitação. Essas descontinuidades são muitas vezes causa de retrocessos importantes e fazem com que muito do investimento efetuado na fase aguda, com terapêuticas e cuidados que custam a todos nós milhares de euros por doente, se perca. É importante focar nas necessidades e especificidades de cada caso e personalizar todo o tratamento de forma a ir ao encontro da individualidade de cada doente. É crucial a implementação de medidas preventivas para que antes de mais o AVC nunca ocorra e, caso aconteça, nunca se repita. De facto, as medidas preventivas são essenciais e, embora estejamos a falar de uma única doença, a verdade é que a sua prevenção é multidisciplinar e acaba por tocar inúmeros aspetos como a promoção de hábitos de vida saudável, a redução do consumo de sal e álcool, a prática de atividade física, a luta antitabágica, a redução da obesidade e o controlo de fatores de risco como a hipertensão arterial, diabetes mellitus ou dislipidemia, entre outros. Tudo isto requer uma intervenção abrangente e multifocal de forma a maximizar os ganhos em saúde.

Todos sabemos que o AVC continua a ser uma das causas mais importantes de morte e incapacidade em Portugal e na Europa e que, nomeadamente fruto do envelhecimento populacional, se nada fizermos para otimizar e melhorar esta cadeia de sobrevivência os números poderão piorar significativamente nos próximos anos. Felizmente, temos hoje a evidência clara de que o AVC é altamente prevenível e tratável e existe, por isso, potencial para reduzir drasticamente a sobrecarga de doença e as suas consequências a longo prazo. Tal como preconizado pelas mais recentes recomendações da European Stroke Organization (ESO), esta realidade requer a ação conjunta de entidades como o Ministério da Saúde e outros órgãos governamentais, como a Direção Geral de Saúde, bem como organizações científicas, organizações de doentes, profissionais de saúde, investigadores e indústria farmacêutica. E os alvos propostos pela ESO até 2030 para os países europeus são bem claros e ambiciosos: (1) redução do número absoluto de AVC em 10%; (2) tratar 90% ou mais dos casos de AVC em Unidades dedicadas de AVC; (3) elaboração de planos nacionais para o AVC abrangendo toda a cadeia de sobrevivência desde a prevenção primária até à vida pósAVC; e (4) implementar de forma completa estratégias nacionais para intervenções de saúde pública que promovam e facilitem estilos de vida saudáveis e reduzam fatores ambientais, socioeconómicos e educacionais associados à ocorrência de AVC.

Os desafios são imensos, mas não intransponíveis. As dificuldades do dia-a-dia são inumeráveis, mas não inultrapassáveis. Os meios são muitas vezes escassos, mas a dedicação e empenho dos profissionais de saúde são insuperáveis. O caminho é longo e muitas vezes tortuoso, mas a colaboração de todos é fundamental. Acima de tudo há sinais de esperança para os nossos doentes!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
investigação da Mayo Clinic
Cada vez mais pessoas morrem de infeções resistentes a antibióticos. Estas infeções são alimentadas por espécies microbianas...

"Demonstrámos que o sequenciamento por nanoporos pode ser usado para prever infeções poucas horas depois da recolha da amostra e poucos dias antes do paciente começar a apresentar sintomas, diz Emma Whittle, investigadora do Departamento de Cirurgia e principal autora do estudo. 

"Isto pode ajudar a prevenir infeções reduzindo o tempo de diagnóstico de dias para apenas algumas horas", diz Whittle. "E também permitiria que os médicos adaptassem melhor os antibióticos às infeções."

O sequenciamento por nanoporos pode analisar qualquer comprimento de ADN ou RNA. Além disso, a deteção microbiana de ADN/ARN pode ser realizada a qualquer momento durante a sequenciação, permitindo o diagnóstico microbiano em tempo real.

Para o estudo, os cientistas realizaram o sequenciamento de nanoporos para identificar espécies microbianas e fenótipos resistentes aos antibióticos em amostras de bílis de pacientes submetidos a cirurgia de ressecção da cabeça do pâncreas. As infeções no local da cirurgia são uma complicação comum, afetando até 45% dos doentes submetidos ao procedimento. Estas infeções podem influenciar significativamente o resultado de do procedimento.

"Conseguimos identificar quais os doentes que tinham infeção na bílis e que estavam em risco de infeção no local cirúrgico com 100% de precisão em comparação com as técnicas clínicas padrão atuais", disse Whittle. "A nossa técnica também melhorou a deteção de espécies de fungos e aumentou o número total de espécies microbianas e fenótipos resistentes detetados em comparação com as práticas clínicas padrão."

As técnicas clínicas padrão incluem o crescimento de bactérias em placas de Petri, que podem demorar até 72 horas. Entretanto, os doentes geralmente começam a usar um cocktail preventivo de antibióticos na esperança de que alguns deles sejam eficazes.  Mas os antibióticos também matam boas bactérias intestinais, que suportam o sistema imunitário, ajudam na digestão e controlam as inflamações.

O que surpreendeu a equipa é que genes resistentes aos antibióticos foram detetados em todas as amostras de bílis infetadas.

"A nossa teoria é que as bactérias estão presentes no intestino como parte da microbiota intestinal e quando os pacientes são submetidos a cirurgia, isso é afetado e algumas bactérias escapam à bílis", explica a investigadora.

"A deteção de genes resistentes a antibióticos em todas as amostras de bílis infetadas sugere que todos os pacientes no estudo têm naturalmente resistência antibiótica na sua microbiota intestinal. Estas bactérias resistentes aos antibióticos também podem escapar para o sangue ou outros lugares e têm o potencial de causar sépsis”.

Whittle diz que a estratégia de sequenciação não se limita a doentes com cancro do pâncreas.

"Pode ser usado para todos os pacientes em risco de infeção ou que estão a mostrar sinais de infeção. Também não se limita a bactérias e pode ser usada para diagnosticar infeções por vírus, fungos e parasitas também", explica.

Evento enquadrado em iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian
A Mente de Principiante, associação com intervenção no desenvolvimento pessoal desde a infância, vai apresentar a um grupo de...

No âmbito das Academias Gulbenkian do Conhecimento - iniciativa promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian e que engloba cem projetos de promoção de competências em crianças e jovens -, o programa de educação socioemocional Calmamente - Aprendendo a Aprender-se, da Associação Mente de Principiante, foi selecionado - pelas suas boas práticas e consistente metodologia - para ser apresentado a um grupo de estudo de Israel que visita, esta semana, Portugal. Os investigadores vão conhecer a metodologia do Calmamente e assistir a uma aula no terreno, numa escola do Município de Valongo.

A receção está marcada para a manhã de 30 de março, e acontece no Agrupamento de Escolas de São Lourenço (Ermesinde), no concelho de Valongo, distrito do Porto, onde o projeto está a ser implementado, este ano letivo, numa experiência piloto promovida pelo Município de Valongo, que apostou no desenvolvimento das competências socioemocionais nos alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico.

O grupo de investigadores será recebido no auditório da escola sede do Agrupamento de Escolas de São Lourenço, pela Chefe de Divisão da Educação do Município de Valongo, Júlia Mendes, pela direção daquele agrupamento escolar e por representantes da Associação Mente de Principiante, onde assistirá à apresentação do programa de educação socioemocional Calmamente, uma intervenção a cargo da presidente da Associação Mente de Principiante, Andreia Espain.

Alguns membros da delegação israelita deslocar-se-ão, depois, para uma das escolas do agrupamento (Escola Montes da Costa), onde o projeto está a ser dinamizado, para observar a implementação da metodologia no terreno, assistindo a uma aula do Calmamente.

A comitiva de estudo vinda de Israel é composta por um grupo multidisciplinar de 30 especialistas com funções de liderança em diversas áreas relacionadas com a educação socioemocional e o desenvolvimento de competências. Para além do programa Calmamente, outros projetos nacionais serão dados a conhecer durante o roadshow em Portugal, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Representante começou por visitar a ADIFA - Associação dos Distribuidores Farmacêuticos
Numa manhã dedicada à distribuição farmacêutica, o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Helder Mota Filipe, destacou,...

Começando por visitar a ADIFA - Associação dos Distribuidores Farmacêuticos, com sede em Porto Salvo, Oeiras, o Bastonário da OF visitou ainda as instalações do distribuidor farmacêutico Botelho & Rodrigues, em Carnaxide, também concelho de Oeiras.

Realçando a importância do setor, Helder Mota Filipe, defende que “a distribuição farmacêutica tem vindo a garantir um serviço essencial ao país, sobretudo em períodos de crise e em emergências de saúde pública, como são os casos da covid-19 e da guerra na Ucrânia”. “Durante este período, soube desenvolver mecanismos para assegurar o abastecimento regular do mercado português, minimizando ruturas e evidenciando uma robustez assinalável”, acrescentou.

O representante dos farmacêuticos destacou também as exigências regulamentares e a complexidade da atividade farmacêutica no setor da distribuição, “uma área de conhecimento em permanente desenvolvimento, de elevada complexidade e que está a iniciar um percurso de especialização, à semelhança de outras áreas de intervenção da profissão farmacêutica”, disse o Bastonário.

Numa altura de fortes adversidades no contexto nacional e internacional que tem provocado dificuldades acrescidas à atividade da distribuição farmacêutica, Nuno Flora, Presidente da ADIFA, considera que “o reconhecimento do serviço de interesse público desta atividade por parte do representante máximo dos farmacêuticos em Portugal é para nós da maior importância. Salientamos que, neste quadro de crise de saúde pública, a que se soma agora uma crise energética, as empresas associadas da ADIFA têm realizado um inequívoco esforço para continuar a assegurar diariamente o fornecimento atempado e adequado de medicamentos e outras tecnologias de saúde em qualquer região do território nacional”.

O encontro entre os dois responsáveis teve como objetivo debater o papel fundamental dos distribuidores farmacêuticos no circuito do medicamento, a promoção de uma relação próxima entre a OF e a ADIFA, bem como a discussão das oportunidades de desenvolvimento da profissão farmacêutica no setor da distribuição farmacêutica em Portugal.

Em análise estiveram temas como a participação dos farmacêuticos da distribuição em novos projetos de Saúde Pública, o reconhecimento dos distribuidores farmacêuticos enquanto infraestrutura crítica e entidades prioritárias, a colaboração conjunta setorial no esforço humanitário à população ucraniana e o impacto do aumento dos custos com combustíveis no abastecimento de medicamentos.

 

 

Carlos Mesquita é Cirurgião Geral há 38 anos neste Centro Hospitalar
O cirurgião do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Carlos Mesquita, foi recentemente nomeado Fellow of the...

A cerimónia oficial decorrerá em Viena, Áustria, durante o Congresso da International Society of Surgery, entre 15 e 18 de Agosto deste ano.

Carlos Mesquita, médico há 44 anos, 38 dos quais a exercer funções como Cirurgião Geral no CHUC, é, também, Fellow em Cirurgia de Emergência do Conselho Europeu de Cirurgia da Union Europeénne des Médecins Specialistes (UEMS), Membro Honorário Internacional da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT) e Fellow da Academy of the Asian Collaboration for Trauma (ACT). Possui, ainda, desde 2003, o título de Competência em Emergência Médica, pela Ordem dos Médicos.

Cirurgião com uma marcante e diversificada atividade, com mais de seis mil intervenções cirúrgicas, um terço das quais em ambiente de urgência, possui um vasto currículo na área científica, com destaque para a educação e formação pós-graduada: participação em 453 reuniões científicas, em 106 como principal responsável; 36 publicações científicas, 12 das quais como primeiro autor; 57

artigos de opinião relacionados com formação em cirurgia; participação como editor ou co-editor em 6 livros e 10 periódicos de natureza científica; primeiro responsável pela organização de 171 cursos.

De referir, ainda, os importantes cargos que exerceu ao longo da sua carreira, dos quais destacamos: Diretor do Serviço de Urgência dos HUC, de 2007 a 2009; Coordenador da Comissão de Trauma do CHUC, de 2013 a 2020; Membro da Comissão Nacional de Trauma, desde 2017; Membro do Conselho Diretivo da World Coalition for Trauma Care (WCTC/WTC); Membro do Conselho Diretivo da European Trauma Course Organization (ETCO); Delegado Nacional da World Society of Emergency Surgery (WSES); Delegado Nacional da International Society os Surgery (ISS-SIC); Membro do Conselho Diretivo da European Society for Trauma and Emergency Surgery (ESTES), ao qual presidiu de 2018 a 2020.

 

Dia Nacional do Doente com AVC assinala-se a 31 de março
No dia 31 de março assinala-se o Dia Nacional do Doente com AVC.

Não há dúvida que há muito para fazer “a montante”, ou seja, na prevenção e na modificação de estilos de vida, antes de mais. Também na muito maior divulgação dos sinais de alerta de que pode estar a acontecer um AVC – resumidamente, os 3Fs: desvio da face, falta de força num braço ou perna, dificuldade em falar –, e o que fazer: ligar imediatamente para o 112, que ativa a Via Verde de emergência hospitalar. Porque é uma situação em que cada minuto conta, no salvar vidas, e também no evitar ou diminuir as incapacidades, que podem passar a acompanhar a pessoa durante a sua vida.

Mas também “a jusante”, ou seja, na valorização e reconhecimento da vida pós AVC. Que atinge todas as idades, com cada vez mais pessoas em plena idade ativa e as suas famílias. O AVC não é uma “doença de velhos”!

É certo que alguns avanços científicos, por um lado, e uma maior – mas ainda insuficiente – cobertura dos recursos hospitalares, permitem que hoje se registem menos mortes, e se obtenha alguma redução das sequelas graves e muito incapacitantes. Embora o AVC deixe marcas muito frequentemente, e não só “visíveis” (como as sequelas físicas, motoras, de comunicação, na visão, ...), mas também “não visíveis” e muitas vezes não valorizadas (sequelas cognitivas, alterações no humor, cansaço crónico, reflexos psicológicos, …), mas que podem ser não menos incapacitantes.

Por isso é tão importante assegurar o acesso a uma reabilitação multidisciplinar, começando logo após o AVC, com qualidade e eficácia, e sem tempos preestabelecidos. Como, ainda há poucos meses, foi recomendado ao Governo, através da Resolução da Assembleia da República nº 339/2021 (que “Recomenda ao Governo que defina e implemente uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de acidente vascular cerebral”)!

É preciso que se perceba claramente que a reabilitação, além de ser um direito, não é um custo, mas um claro investimento com retorno.

A começar logo após um AVC: pode marcar a diferença entre continuar a ser um cidadão contribuinte ativo, sentindo-se útil à sociedade, ou mais um sujeito passivo da Segurança Social, por largos anos, e com os prováveis problemas de saúde, também no âmbito da saúde mental, que podem advir.

Mas também ao longo da vida, mesmo quando já não são de esperar objetivamente melhorias muito significativas, o sobrevivente de AVC pode precisar da continuidade da reabilitação. Evitando, tão comuns, regressões e agravamentos, contribuindo para a melhoria ou manutenção da qualidade de vida possível, e evitando também o surgimento de acrescidos problemas de saúde. Ou seja, o que podem ser cada vez maiores encargos sociais e económicos, para as famílias e para o Estado e a sociedade.

A reabilitação, por natureza, tem que poder ser coordenada e multidisciplinar. Pode envolver vários profissionais, como médicos, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, enfermeiro de reabilitação, psicólogo, nutricionista, assistente social, ou outros, conforme o caso.

Frequentemente, nós, sobreviventes de AVC, consideramos a reabilitação como o nosso principal “medicamento”. Se fosse possível “aviá-lo” numa farmácia, se fosse tomado em comprimidos ou em xarope, por exemplo, seria muito mais fácil a sua prescrição. Apesar de os custos para o Estado, e comparando com outras patologias, poderem até ser muito menores!...

A sensibilização da importância da reabilitação, a começar pelos decisores, é fundamental e urgente. Veja-se o que aconteceu com a pandemia. Antes de mais em hospitais: na fase crítica, os serviços de Medicina Física e Reabilitação foram dos primeiros a ter que ceder, e nem todos recuperaram ainda, sequer, o espaço físico. Os cuidados de reabilitação sofreram muito, com suspensões, adiamentos e cancelamentos, no Serviço Nacional de Saúde e não só. Em muitas situações, com danos irreversíveis para a vida das pessoas. Agora, frequentemente saem a público dados sobre a recuperação de consultas e cirurgias. Mas, e os cuidados de reabilitação? Segundo um Estudo publicado pela GFK e pelo Movimento Saúde em Dia, em outubro de 2021, com base em dados do Portal da Transparência, apresentam uma diferença no número de atos praticados em Medicina Física e Reabilitação (entre os períodos de Mar.19 a Jan.20 e Mar.20 a Jan.21), superior a 15 milhões (-15.482.069)! A reabilitação não pode ser o “parente pobre” do sistema de saúde!

Já era urgente antes da pandemia, e agora ainda mais, dar um salto de qualidade na reabilitação a que os sobreviventes de AVC têm acesso. No reforço dos profissionais qualificados, e na criação de condições para a sua atuação. Na perceção do seu caráter multidisciplinar, atempado e melhorando a sua qualidade e, consequentemente, a eficácia. Porque, nada retirando à importância deste cuidado, não é só fisioterapia. E, por exemplo, mesmo a fisioterapia neurológica -como é necessário em tantas situações pós-AVC – exige tempos, competência e atenção permanente, não compatíveis com os cuidados prestados, por sistema, “em grupo”, mesmo na maioria das clínicas e outras unidades de saúde.

A 1.ª causa de morte e, sobretudo, de incapacidade em Portugal, tem de ser motivo de preocupação nacional, inclusive social, política, económica, e outras vertentes. Repito, esta é uma questão premente e urgente, que deve ser olhada como um investimento necessário, e não como mais um mero custo para o Serviço Nacional de Saúde.

Oxalá o novo governo olhe para este assunto seriamente, atuando com visão de médio e longo prazo. Ouvindo também o contributo de sobreviventes e cuidadores.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas