Município de São Brás de Alportel
“Saúde em Dia: Coração em Boas Mãos” é o tema da sessão informativa dedicada à saúde cardiovascular, que o Espaço Saúde 360º...

Entre os temas abordados destacam-se os fatores de risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares (alimentação desequilibrada, obesidade, sedentarismo, stress, álcool e tabaco), bem como sugestões de como implementar hábitos de vida saudáveis e preventivos. A sessão é promovida em parceria com o Município e a Fundação Portuguesa de Cardiologia, Delegação do Algarve.

“Esta sessão tem como objetivo sensibilizar as pessoas para esta problemática tão presente no nosso país, ao mesmo tempo que pretende promover a literacia em saúde e potenciar a mudança para hábitos de vida mais saudáveis, de forma a consciencializar e preservar a saúde cardiovascular dos cidadãos”, afirma Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Espaço Saúde 360º Algarve.

“O coração é o motor do nosso organismo e é fundamental alertar a população para a importância de prevenir o aparecimento ou o agravamento da doença cardiovascular, através da adoção de comportamentos saudáveis. Este tipo de iniciativas, abertas ao público, permitem-nos chegar a uma população mais idosa e com menos acesso a informação credível e atualizada sobre saúde, sensibilizando-a para esta temática. Prevenir é, sem dúvida, a palavra de ordem”, refere Carlos Filipe, médico especialista em Medicina Geral e Familiar, da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

A sessão conta com a participação de Carlos Filipe, especialista em Medicina Geral e Familiar, da Fundação Portuguesa de Cardiologia, e Sílvia Calero, nutricionista, do Projeto Espaço Saúde 360º Algarve.

A sessão “Saúde em Dia: Coração em Boas Mãos” está enquadrada na iniciativa “Saúde em Dia”, um conjunto de sessões informativas que pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas da área da saúde, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos erróneos.

Relações pessoais sofreram alterações
A vida virtual faz parte do nosso quotidiano.

"As redes sociais aproximaram as pessoas... virtualmente. No nosso código genético há a necessidade de interação física, principalmente devido ao organismo sofrer maior impacto emocional quando a interação é real pela 'consciência das probabilidades' nas nuances da própria proteção pessoal.", refere.

As nossas relações pessoais também sofreram alterações com este novo tipo de interação. Mas o cientista questiona até que ponto a facilidade é sinónimo de felicidade.

"Facilidade em firmar relacionamentos? Sim, está mais fácil, em contrapartida o que é fácil não gera esforço, logo, a conquista não libera neurotransmissores, mensageiros químicos que regulam as emoções, na mesma intensidade. Também a consciência do facilitismo faz com que não tenha esforço para manter o relacionamento já que um outro pode vir na mesma facilidade”, analisa.

O mundo virtual tem que ser gerido de forma correta senão corremos o risco de dispersar e não ser objetivos. A facilidade incorre em ambas as direções, fugir da linha também se torna extremamente fácil.

"Mas não propagamos mais facilmente os nossos trabalhos? Sim, em compensação aumentou a quantidade de pessoas que perdem tempo nas redes tentando alavancar o negócio ao invés de usar os meios ideais que antecipam a propaganda. Aumentou o número de empreendedores individuais sem sucesso financeiro. Assim como a credibilidade já que muito o que se propaga não é real”, Abreu.

Outro cuidado a ter prende-se com o saber distinguir a qualidade e veracidade da informação fornecida.

Como alerta Fabiano, "há mais informações agora. Sim, mas nunca se teve tantas informações falsas. Pessoas se tornaram falsos jornalistas sem faculdades ou registo de competência. A desinformação e falta de conhecimento como consequência da dificuldade no foco atencional por excesso de informações, está moldando o cérebro e diminuindo a inteligência."

O neurocientista também vem a alertar para outros problemas que estão a surgir em grande força e para o qual as redes sociais contribuem grandemente: o narcisismo patológico, aumento de transtornos e diminuição da inteligência acentua-se como consequência do vício em redes sociais e necessidade de recompensa e conquistas fáceis através das redes sociais.

"Não sou contra as redes e sim ao exagero. Assim como acredito que deveriam ter leis e regras já que não deixa de ser uma sociedade como a real, só que virtual. A liberdade em excesso e a falta de controlo gera consequências negativas, principalmente quando há ações percursionadas por pessoas com distúrbios mentais, não generalizando, claro, mas uma pessoa, com um distúrbio pode ter mais disposição e tomada de decisão que 100 pessoas para propagar muita coisa na rede”, concluí.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De 5 a 19 de julho
Entre os dias 5 e 19 de julho vai ser possível visitar a exposição “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da...

A sessão conta com a abertura de Luís Aires-Barros, presidente da SGL, e a presença de Manuel Mendes Silva, presidente da secção de História da Medicina da SGL, de Luís Gardete Correia, presidente da Fundação Ernesto Roma e membro da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina, e de João Filipe Raposo, Diretor Clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.

“Tem sido um ano repleto de viagens pela história da insulina em todos os pontos do país e queremos chegar ainda a mais pessoas. Este é um tratamento que continua a salvar vidas e todos os portugueses merecem revisitar os marcos desta fantástica mudança desde a criação da insulina”, explica Luís Gardete Correia, acrescentando: “Atualmente, não se trata apenas de evitar que pessoas morram devido à diabetes, trata-se de devolver o controlo sobre a sua própria vida, conseguindo que esta tenha a maior qualidade possível, e isso merece ser celebrado”.

Os visitantes são convidados a descobrir os principais marcos históricos referentes ao tratamento da diabetes até à descoberta da insulina e aplicação da mesma com sucesso pela primeira vez. Isto foi conseguido em 1921 pelos cientistas Frederick Banting e Charles Best, em colaboração com John James Rickard MacLeod e James Collip. A história, no entanto, começa muito antes, em 1500 A.C., no Antigo Egipto, onde já havia referência a uma doença semelhante à diabetes.

A exposição tem percorrido Portugal de norte a sul, tendo iniciado o seu percurso em Lisboa. Pode agora ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 horas e das 14 às 16:30 horas, na Sociedade de Geografia de Lisboa (Rua Portas de Santo Antão, n.º 100). Para mais informações, consulte www.100anosinsulina.pt.

 

Workshop irá ter lugar na plataforma Zoom
A Miligrama Comunicação em Saúde, em parceria com o enfermeiro e escritor Ricardo Fonseca, vai organizar um workshop online...

O curso será dividido em três módulos: conceito de escrita terapêutica, regras de aplicação da mesma e a sua e aplicação prática.

Tem como principais objetivos capacitar o indivíduo de técnicas de escrita para facilitar o reconhecimento das suas emoções; contribuir para o aperfeiçoamento da sua expressividade emocional, através da escrita; contribuir para a consciencialização pessoal do indivíduo, oferecendo estratégias terapêuticas, utilizando a escrita; desenvolver o autoconhecimento através do reconhecimento, compreensão e expressão das suas vivências; e, por fim, contribuir para o desenvolvimento da comunicação relacional individual e coletiva.

“Esta é uma ótima oportunidade de partilha de conhecimento. As palavras, quando ditas e escritas com emoção, têm um poder muito maior do que aquilo que se possa imaginar. Além disso, dessa forma transmitimos a mensagem de uma maneira muito mais verdadeira e sentida. É exatamente essa ligação entre a expressividade emocional e a escrita que eu vou tentar transmitir a todos os que se queiram juntar neste workshop”, afirmou Ricardo Fonseca.

O formador Ricardo Fonseca é enfermeiro com 16 anos de experiência profissional nas áreas de pediatria, geriatria, cuidados paliativos e cuidados ao domicílio. Além disso, é escritor, com vasta experiência na redação de artigos e crónicas, e já editou seis livros no formato de obra de autor.

O workshop irá ter lugar na plataforma Zoom. Para se inscrever aceda aqui.

 

Entrevista Dra. Ana Afonso | Cirurgia Vascular
Também conhecida por Doença Arterial Obstrutiva Periférica, a DAP é uma doença em que se verifica o

Constituindo um importante marcador da presença de um risco elevado de mortalidade cardiovascular, estima-se que a Doença Arterial Periférica afete até 10% das pessoas, mas poucas estão a despertas para a sua gravidade. Neste sentido, começo por perguntar em que consiste esta condição e quem está em risco?

A doença arterial periférica (DAP) consiste na presença de doença aterosclerótica obstrutiva dos membros inferiores (podendo afetar também os membros superiores, mas menos frequentemente) e faz parte de uma doença sistémica que é a aterosclerose.

Tem uma prevalência de cerca de 10% e atinge mais os homens que as mulheres. Aproximadamente 50% dos doentes são assintomáticos tornando muito difícil estimar a sua verdadeira prevalência.1.

A doença tem diferentes estadios clínicos: pode ser assintomática (sendo neste caso um marcador da doença aterosclerótica sistémica), estadio da claudicação intermitente que é a dor na marcha, podendo esta ser incapacitante e impossibilitando a execução das atividades diárias habituais, e a isquemia crítica com dor em repouso e gangrena que põe o membro em risco.

Os doentes em maior risco são aqueles que possuem doença aterosclerótica diagnosticada em outros territórios (doença coronária, AVC ou EAM prévios) e os doentes que apresentam comportamentos de risco como o tabagismo e fatores de risco como HTA, diabetes, dislipidemia.

Quais as principais causas associadas à DAP?

Os principais fatores de risco são: o tabagismo, dislipidémia, diabetes mellitus, hipertensão arterial, idade, entre outros fatores menos comuns como a hiperhomocisteinémia, doença de Buerger, vasculites, história familiar de aterosclerose.

Quais as suas manifestações clínicas e, uma vez que esta se agrava progressivamente, a que sinais devemos estar atentos?

A DAP quando sintomática manifesta-se inicialmente na forma de claudicação intermitente dos membros inferiores, que consiste na dor, fadiga ou desconforto com a marcha, atingindo predominantemente os músculos gémeos, e com a distância de marcha reprodutível (a dor inicia sempre no final de x metros) e que cessa com o repouso.

Um dos primeiros sinais de agravamento da doença é o encurtamento da distância de marcha que passa a ser progressivamente menor podendo mesmo atingir distâncias tão curtas que comprometem a qualidade de vida do doente.

A evolução da doença aterosclerótica pode ser grave e de tal forma que compromete a viabilidade do membro levando a isquemia do mesmo. O doente pode apresentar dor em repouso, com uma sensação de dor predominantemente noturna que agrava com o decúbito e melhora com o pé pendente. Muitas vezes estes doentes apresentam um edema marcado da perna devido ao ato de a colocarem fora da cama ou mesmo por dormirem sentados.

Por último podem aparecer feridas dolorosas na perna ou pés uma vez que a quantidade de sangue que chega às extremidades é tão débil que compromete o suprimento de oxigénio e nutrientes aos tecidos.

Os doentes que apresentem risco de terem doença aterosclerótica devem estar atentos à dor nas pernas quando andam devendo logo recorrer a uma consulta de Cirurgia Vascular. Devem fazer a inspeção diária dos seus membros, de forma e identificar as feridas, as alterações de coloração que pode ser o rubor de pendência (pé de lagosta), ou a palidez e cianose. É comum também existirem alterações nas unhas que se tornam amarelas e espessas (onicogrifose) bem como a rarefação pilosa (perda dos pêlos nas pernas) e a pele fica mais fina e brilhante.

Em caso da distância de marcha estar rapidamente a encurtar, se aparecer dor em repouso nas pernas ou pés e feridas dolorosas, os doentes devem recorrer de imediato a um serviço de urgência de forma a serem observados e tratados com a maior celeridade possível.

Como é feito o seu diagnóstico? E em que consiste o seu tratamento?

O diagnóstico pode ser feito apenas através do exame físico em que se detetam as alterações físicas já descritas anteriormente e a ausência de pulsos, podendo haver perda de pulsos distais (tibial posterior e pedioso), e/ou poplíteo e/ou femoral (conforme a localização da obstrução).

Também pode ser medido o índice tornozelo braço que é a razão entre a Pressão Arterial (PA) sistólica do tornozelo e do braço. Um valor baixo (≤ 0,90) do índice tornozelo-braquial sugere DAP, que pode ser classificada como leve (0,71 a 0,90), moderada (0,41 a 0,70) ou grave (≤ 0,40)

Quanto a exames de imagem, existem várias ferramentas diagnósticas disponíveis sendo o mais importante e o mais frequentemente pedido o eco-doppler arterial dos membros inferiores. Este exame é não-invasivo e permite o diagnóstico da doença bem como aferir a sua gravidade de imediato.

Para uma avaliação mais rigorosa da doença obstrutiva pode ser realizado a angio-TC dos membros inferiores e que deve contemplar a aorta e artérias ilíacas bem como a angiografia dos membros inferiores. Ambos envolvem a injeção de contraste, numa veia periférica ou diretamente na artéria, respetivamente.

O tratamento apresenta 4 vertentes: a evicção dos fatores de risco, o tratamento médico da aterosclerose de forma a diminuir o risco cardiovascular, tratamento para melhorar os sintomas de claudicação e o tratamento cirúrgico de forma a revascularizar o membro isquémico.

Apenas 25% dos doentes com claudicação intermitente evoluem para isquemia crítica 2. desde que os fatores de risco estejam controlados. Assim, é fundamental a evicção tabágica total, controlo rigoroso da diabetes, dislipidemia e da HTA, dieta, exercício físico.

O tratamento médico farmacológico envolve a toma de anti agregação para prevenir EAM, AVC ou morte vascular. Nos doentes que tenham sido sujeitos a revascularização dos membros inferiores, a adição de um segundo agente antitrombótico ao ácido acetilsalicilico está recomendada com recurso ao uso de anticoagulação em baixa dose com rivaroxabano 2,5mg duas vezes por dia.

O tratamento sintomático da claudicação envolve o treino de marcha com programas de exercício estruturados e que proporciona um aumento na distância de marcha e qualidade de vida bem como melhora o perfil lipídico e a tensão arterial.

O tratamento farmacológico da claudicação está representado pelo Cilostazol que é um inibidor na fosdodiesterase 3 que aumenta o AMPc intracelular. O seu efeito inclui a inibição plaquetária, vasodilatação periférica, elevação do HDL, diminuição dos triglicéridos e melhoria distância de marcha em 40-60% comparando com o placebo.3

Outro fármaco disponível é a pentoxifilina que provoca uma maior entrega de oxigénio aos tecidos devido ao seu efeito hemoreológico reduzindo a viscosidade do sangue. Apesar da pentoxifilina estar associada a uma melhoria modesta na distância da marcha nos estudos realizados aos doentes claudicantes, esta melhoria parece ser mais estatisticamente significativa do que clinica.

O tratamento cirúrgico está indicado nos doentes que apresentem claudicação intermitente com sintomas incapacitantes e que interfere na atividade de vida diária apesar do tratamento médico e em doentes que tenham os seus fatores de risco controlados. Na isquemia crítica todos os doentes têm indicação para cirurgia uma vez que o membro está em risco, exceto se a anatomia for não revascularizável ou o risco cirúrgico seja impeditivo.

Sendo a cirurgia uma alternativa para o restabelecimento do fluxo sanguíneo, que opções existem? Existem contraindicações?

O tratamento invasivo pode ser feito através de cirurgia clássica ou por angioplastia endovascular. A sua indicação vai depender a localização e extensão da obstrução, do tipo de doente, idade e risco cirúrgico.

Na angioplastia endovascular é puncionada uma artéria e feita a dilatação das artérias com balões com ou sem colocação de stent. É um procedimento menos invasivo e que acarreta menor risco cirúrgico. Na cirurgia clássica pode ser realizada tromboendarteretomia ou bypass com veia ou com uma prótese.

A contraindicação da cirurgia é a ausência de anatomia para revascularizar ou a presença de comorbilidades que aumentam o risco cirúrgico.

Após o diagnóstico, quais os cuidados a ter? Quem acompanha estes doentes?

Após conhecimento da presença desta doença os doentes devem ter cuidados extra com os seus pés, de forma a evitar feridas e uso de calçado apropriado. Devem manter controlados os seus fatores de risco e manter a medicação indicada.

O seguimento destes doentes, se a doença estiver estável e em estadios iniciais, pode ser realizada com o médico de família. Em casos mais graves e em doentes já submetidos a cirurgia, e nos doentes diabéticos, a vigilância deve ser feita por Cirurgia Vascular.

Quais a principais complicações associadas à DAP?

As principais complicações associadas à doença arterial periférica podem ser locais com a perda de membro ou sistémicas com EAM ou AVC.

E em matéria de prevenção, o que pode ser feito para evitar o seu desenvolvimento?

Para evitar o seu aparecimento devem ser adotados estilos de vida de saudável, controlar os fatores de risco associados à aterosclerose e exercício físico. Para prevenção secundária existem os tratamentos médicos com anti agregação.

Qual o impacto da DAP na vida dos doentes, sobretudo nos doentes diabéticos?

A doença arterial periférica tem um grande impacto na vida dos doentes, especialmente naqueles sintomáticos uma vez que a claudicação está associada a uma menor qualidade de vida. Além disso, estes doentes apresentam um maior risco associado de eventos adversos associados aos territórios coronários e cerebrovasculares. No doente diabético a isquemia neuropática acarreta ainda um maior risco de eventos relacionados com o membro: a alteração de conformação do pé, com úlceras de pressão e a imunossupressão, são fatores que elevam este risco.

No âmbito deste tema, que mensagem gostaria de deixar?

Na doença arterial periférica o foco deve ser a prevenção. Doentes que apresentam fatores de risco devem ser abordados logo desde o início com vista a implementar um estilo de vida saudável, o exercício físico, evicção tabágica e controlo rigoroso dos fatores de risco presentes. Esta postura deve ser ainda mais rigorosa no doente diabético.

 

Referências: 

  1. Selvin E, Erlinger TP. Prevalence of and risk factors for peripheral arterial disease in the United States: Results from the National Health and Nutrition Examination Survery, 1999-2000. Circulation. 2004; 110:738-43.
  2. DormandyJ, Heeck L, Vig S. The natural history of claudication: risk to life and limb. Semin Vasc Surg. 1999 Jun; 12(2):123-37. PMID: 10777239
  3. Strandness DE, Jr, Dalman RL, Panian S, et al. Effect of cilostazol in patients with intermittent claudication. A randomized, double-blind, placebo-controlled study. Vasc Endovascular Surg. 2002; 36: 83-91.
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Candidaturas até 30 de junho
Está a decorrer o processo de submissão de propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, para apoiar...

Está prevista a atribuição de 1 bolsa e apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas até dia 30 de junho de 2022.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores independente, que irá selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre qualquer aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o seu impacto, para partilha pública.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

Para os próximos 10 anos
A GSK acaba de anunciar um investimento de mil milhões de libras, ao longo de dez anos, para acelerar a Investigação e...

“É com muito gosto que renovamos o nosso compromisso com a investigação em saúde global para a próxima década, que é consistente com o nosso propósito de unir a ciência, tecnologia e talento para juntos, vencermos as doenças e impactar a saúde em larga escala. Através do nosso foco na inovação científica em saúde global, desenvolvemos a primeira vacina contra a malária, RTS,S, a tafenoquina, e um novo candidato à vacina da tuberculose. Temos, atualmente, mais de 30 potenciais novas vacinas e medicamentos (incluindo ativos pré-clínicos), direcionados para 13 doenças infeciosas de elevado impacto, e há que trabalhar coletivamente para disponibilizar estas inovações, que podem salvar a vida das pessoas que necessitam delas", afirma Thomas Breuer, Chief Global Health Officer da GSK.

"Fizemos grandes progressos na redução do impacto das doenças infeciosas, incluindo a eliminação da filaríase linfática de Malawi. No entanto, algumas doenças persistiram, porque as vacinas e medicamentos para prevenir e tratar não existem ou tornaram-se menos eficazes devido à crescente resistência. Esta decisão da GSK demonstra o seu compromisso em colmatar esta lacuna de inovação e é um passo fundamental para a eliminação das doenças infeciosas, enquanto barreira para um mundo mais saudável e igualitário", considera Khumbize Kandodo Chiponda, Ministro da Saúde de Malawi.

Além dos mil milhões de libras de investimento em I&D, a GSK anunciou mais investimentos globais em saúde na reunião de Kigali: reforçou o seu compromisso de fornecer albendazol, a maior doação de medicamentos alguma vez feita, até que a filaríase linfática e a morbilidade da helmintíase transmitida pelo solo sejam eliminadas como problemas de saúde pública em todo o mundo; confirmou, ainda, que está a duplicar a produção do seu adjuvante AS01 para utilização na vacina contra a malária RTS,S, com o intuito de ajudar a satisfazer a procura projetada para a vacina a médio prazo. Durante a próxima década, este trabalho será baseado no compromisso e investimento a longo prazo da GSK na inovação global da saúde.

Até à data, esta tem proporcionado novas intervenções significativas, o que inclui a RTS,S (a primeira vacina contra a malária e primeira vacina humana contra um parasita), a tafenoquina (primeira cura radical da malária vivax), bem como um promissor candidato à vacina contra a tuberculose, com desenvolvimento para países de baixo rendimento, onde a tuberculose tem um elevado impacto, agora liderado pelo Bill and Melinda Gates Medical Research Institute.

Estes investimentos fazem parte da ambição da GSK em impactar positivamente a vida de mais de 2,5 mil milhões de pessoas nos próximos dez anos.

“Cordão Humano Pela Saúde de Portugal”
Movimento cívico nasce para alertar para o caos que se vive no SNS, marcando uma concentração para o próximo dia 7 de julho,...

“Perante o caos que se vive no SNS, perante o encerramento sistemático dos Serviços de Urgência de Norte a Sul do país, perante a falta de investimento, tanto em matéria de recursos humanos como em matéria de recursos físicos, entendemos que chegou o momento de mudar”, revela o movimento em comunicado.

Segundo os profissionais que integram este movimento cívico, “não é possível continuar a tolerar trabalhar sem condições de segurança. Não abdicamos de prestar cuidados de saúde de qualidade. Os diagnósticos estão feitos, os problemas estão identificados. É o momento de mostrar coragem, de trazer novos modelos de gestão, de eliminar as burocracias e os obstáculos que roubam tempo à tão preciosa relação médico-doente”.

“Queremos ser a voz de todos aqueles que não conseguem lutar, dos mais frágeis, dos idosos, das crianças, das grávidas e de todos aqueles que precisam de nós”, afirmam.

“Queremos ser a voz dos que sofrem, dos que esperam por consultas médicas, dos que esperam por cirurgias. Queremos ser a voz dos doentes com cancro que são deixados para trás. Queremos ser a voz de todos aqueles que não têm médico de família. Queremos ser a voz dos nossos colegas médicos, atualmente empurrados para o desprestigio de serem “os tarefeiros” da saúde”, continuam.

Deste modo, pretendem contar com a participação de todos aqueles que acham que esta realidade tem de mudar. “Este cordão humano pretende unir o país. Todos poderão participar, incluindo pelas redes sociais. Nesse dia vestiremos uma camisola esburacada, para representar o estado atual da saúde”, pode ler-se em comunicado.

“Acreditamos na mudança. Acreditamos num Sistema de Saúde mais forte, mais robusto, mais moderno e mais justo. Não ficaremos inertes a contemplar a degradação do SNS e de quem lá trabalha. Dizemos SIM ao nosso país e à missão de SERMOS MÉDICOS PARA SEMPRE”, sublinham Carla Araújo e Isabel Guimarães, médicas e promotoras do movimento.

 

 

 

Iniciativa europeia
Apoiar jovens sobreviventes de cancro através da criação de ferramentas para a promoção de um estilo de vida saudável e quebrar...

Centrado no trabalho junto de sobreviventes de cancro, o projeto pretende estabelecer também uma rede ativa e sustentada de jovens afetados pela doença, para que possam acolher e apoiar os seus pares que lidam também com o cancro. Esta iniciativa europeia, coordenada pela Universidade de Umeå, da Suécia, reúne uma equipa multidisciplinar, com profissionais das áreas de desporto, medicina, enfermagem, educação, jornalismo, sociologia e psicologia.

Paula Tavares, docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEFUC) e coordenadora do projeto em Portugal, explica que o OACCUs se vai focar em quatro pilares: «na promoção de um estilo de vida saudável através do exercício físico, especialmente ao ar livre; no bem-estar psicológico e social; na alimentação saudável, adotando o máximo de alimentos não processados quanto possível; e na preservação do meio ambiente, contribuindo para um planeta saudável, que são os quatro pilares de atuação do projeto Outdoor Against Cancer (OAC)».

A atuação nestes quatro domínios vai ser feita de forma faseada, criando ferramentas que vão contribuir para a promoção de um estilo de vida saudável nos sobreviventes de cancro envolvendo amigos, família e a sociedade em geral. O projeto culmina com a formação de embaixadores, que futuramente vão apoiar outros sobreviventes, permitindo que “também eles adotem comportamentos mais saudáveis, principalmente o exercício físico em contacto com a natureza”, revela Paula Tavares.

Além deste acompanhamento e formação, o objetivo do projeto passa também «por encontrar pontos que permitam intervir numa população que sofre não só da doença, mas num caráter preventivo através da prática de exercício físico e da aplicação dos restantes pilares de uma vida saudável», salienta a docente da Universidade de Coimbra. Neste âmbito, o “Outdoor Against Cancer Connects Us” pretende

também «encontrar ferramentas para sensibilizar a própria sociedade para o facto de alguém que sobreviveu a um cancro não ter uma sentença de morte e, por isso, poder ter uma vida com qualidade e saudável», acrescenta.

No futuro, o projeto pretende também apoiar não apenas os sobreviventes de cancro e o trabalho das 14 instituições parceiras, mas promover também a utilização das informações e ferramentas desenvolvidas por parte de outros jovens e estruturas em prol da melhoria da qualidade de vida de sobreviventes de cancro.

Em Portugal, o projeto conta também com a colaboração do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (através do Serviço de Oncologia Pediátrica, com a colaboração de Manuel Brito e Sónia Silva) e da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Beatriz Gomes, José Pedro Ferreira e Maria João Campos, docentes da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da UC, Guiomar Oliveira, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e diretora do Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Vítor Rodrigues, professor da FMUC e atual presidente da Direção do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, e Sónia Silva integram também o projeto.

O “Outdoor Against Cancer Connects Us” conta ainda com outros parceiros da Suécia (Região de Västerbotten e MotiMera), da Alemanha (Outdoor Against Cancer e Clube Desportivo de Munique), da Grécia (Universidade de Patras e organização Creative Thinking Development), de Itália (Universidade de Palermo, Centro Internacional para a Promoção da Educação e do Desenvolvimento e Secção de Palermo da Liga Italiana de Luta Contra o Cancro) e de Espanha (Universidade de Cádiz). As 14 entidades envolvidas têm vindo a desenvolver trabalho junto de pessoas afetadas por esta doença.

 

Cirurgia Cardíaca implanta primeira prótese Evita OPEN-NEO®
O Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação de Órgãos Torácicos (CCTOT) do Centro Hospitalar e Universitário de...

A intervenção cirúrgica foi realizada pela equipa do Serviço de CCTOT-CHUC, num doente de 67 anos, com dissecção crónica da aorta ascendente, arco aórtico e aorta torácica descendente. O procedimento foi efetuado em estreita colaboração com o cirurgião cardíaco Juan José Legarra, diretor do serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital Álvaro Cunqueiro, Vigo-Espanha.

O Diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação de Órgãos Torácicos do CHUC, David Prieto, descreve que “a intervenção consistiu na implantação da prótese híbrida Evita OPEN-NEO® que permitiu a substituição de toda a aorta ascendente e arco aórtico, bem como remodelagem da aorta torácica descendente. O procedimento e o internamento do doente decorreram sem intercorrências com alta clínica ao oitavo dia.”

Adianta ainda que “esta nova opção terapêutica tem como objetivo dotar a Região Centro da capacidade para o tratamento agudo/crónico das patologias de toda a aorta torácica, tais como aneurismas e dissecções da aorta torácica.”

David Prieto refere também que “na sequência deste importante passo, será criada uma consulta externa em conjunto com a Cirurgia Vascular do CHUC, para facilitar a referenciação destes doentes de toda a Região Centro, os quais eram, até agora, orientados para outra unidade nacional e/ou internacional. A abordagem conjunta destas patologias, numa área em que ambas as especialidades se complementam, é uma mais-valia considerável para o tratamento dos doentes.”

 

Estudo publicado no ‘Medical Journal Of Australia’
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) apela a que seja assegurado, em Portugal, o acesso atempado,...

De acordo com um estudo publicado no jornal médico australiano “Medical Journal of Australia’, “um menor tempo de espera para cirurgia à catarata previne acidentes e as suas comorbilidades. Promove autonomia, independência e maior esperança de vida, na terceira idade”.

A investigação desenvolvida, e agora divulgada, analisou o acesso à cirurgia da catarata de idosos australianos com 65 anos ou mais, encaminhados para cirurgia bilateral de catarata relacionada à idade, durante 2013-2016, por um período máximo de 24 meses após ingressão no estudo ou até seis meses após a segunda cirurgia ocular.

"A incidência de queda ajustada por idade e sexo antes da cirurgia foi de 1,17 quedas por ano, 0,81 por ano após a primeira cirurgia ocular e 0,41 por ano após a segunda cirurgia ocular", refere Lisa Keay, docente na Escola de Optometria e Ciência da Visão da Universidade de Nova Gales do Sul, também conhecida como UNSW Sydney, na Austrália.

“Um menor tempo de espera para a cirurgia à catarata conduz a menor despesa para a pessoa, família e país. Em Portugal não se seguem as recomendações internacionais para a integração dos optometristas nos cuidados para a saúde da visão do Serviço Nacional de Saúde, promovendo o adequado planeamento da força de trabalho de profissionais da saúde da visão, libertando os recursos oftalmológicos para a tão necessária cirurgia à catarata às dezenas de milhares de utentes em lista de espera”, sinaliza Raúl de Sousa, presidente da APLO.

Num total de 118 participantes, submetidos à segunda cirurgia ocular e que participaram de todas as consultas de acompanhamento, a investigação levada a cabo permitiu concluir que “a incidência ajustada por idade e sexo antes (0,80 quedas por ano) e após a primeira cirurgia ocular (0,81 quedas por ano) foi semelhante, mas foi menor após a segunda cirurgia ocular (0,32 quedas por ano)”.

O acesso “atempado e equitativo à cirurgia de catarata é necessário para prevenir lesões e promover o envelhecimento saudável", concluiu ainda o estudo australiano.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a deficiência visual e cegueira evitável e não tratada, como o erro refrativo e a catarata, impacta de forma muito significativa na autonomia, independência e inclusão a nível individual, e na produtividade, desenvolvimento e saúde pública dos países.

 

 

Podcast da Universidade Europeia dedicado à Saúde
A temporada completa de “A Receita para…”, o podcast da Universidade Europeia dedicado à área das Ciências da Saúde, está agora...

Cada episódio resultou de uma conversa informal com convidados de renome desta área, onde foram tratados os mais diversos temas das Ciências da Saúde, moderados por Adalberto Campos Fernandes, coordenador estratégico da área de Ciências da Saúde da Universidade Europeia, e por Sandra Martins, docente e coordenadora da área da Psicologia e Desporto da Universidade Europeia.

O tema da Saúde e Ética Social e a pergunta “Pode existir Ética Social sem acesso equitativo à Saúde?” é respondida e clarificada por Maria de Belém Roseira (antiga Ministra da Saúde e presidente do Advisory Board da Universidade Europeia), no último episódio desta temporada. A Reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira, num dos primeiros episódios lançados, fala sobre os maiores desafios da Universidade Europeia no ensino da Saúde e os principais objetivos deste processo.

Vasco Antunes Pereira (CEO Lusíadas Saúde) dá a conhecer alguns dos desafios presentes na Gestão em Saúde e como conciliar a excelência clínica com uma gestão eficiente, e Germano de Sousa (médico, fundador e administrador dos Laboratórios Germano de Sousa) reflete sobre as novas fronteiras do diagnóstico e o papel da inovação diagnóstica no progresso da Medicina.

As temáticas da Saúde Digital e a Influência da Transformação Digital nos Sistemas da Saúde são destacadas por José Mendes Ribeiro (Economista, Fundador e Administrador CESADI, Centro de Saúde Digital). Já Alexandra Bento (Bastonária da Ordem dos Nutricionistas e coordenadora da área de Nutrição da Universidade Europeia) aborda o tema Saúde e Nutrição para, de uma forma simples e clara, responder à questão “É possível viver melhor com uma alimentação diferente?”.

Paulo Maia (médico dentista e coordenador da área de Medicina Dentária da Universidade Europeia) conversa sobre o futuro da Medicina Dentária. “É possível evitar a despersonalização da Medicina?” é a questão respondida por Manuel Barbosa (médico imunoalergologista e coordenador da área de Biociências da Saúde da Universidade Europeia). 

“A primeira temporada do podcast “A Receita para…” mostrou-nos que é este o caminho a seguir. Queremos continuar a investir na área da Saúde para dar uma resposta qualificada às carências que permanecem neste campo. A Universidade Europeia conseguiu, com a ajuda de profissionais de excelência, desconstruir e simplificar temas que interessam a todos e que, por vezes, continuam a ser demasiado complexos para o público em geral. Por tudo isto, podemos confirmar o sucesso deste projeto e a nossa pretensão em continuá-lo”, destaca Lourdes Martin, diretora executiva da área das Ciências da Saúde da Universidade Europeia.

As Ciências da Saúde representam uma área estratégica para a Universidade Europeia, na qual tem investido e promovido um processo inovador de educação integrada, através da qual os estudantes, das diferentes áreas disciplinares, adquirem conhecimentos e competências, de forma partilhada, tendo em vista as experiências futuras, ao longo da sua vida profissional, assente num Modelo Académico inovador, centrado na aprendizagem experiencial e transversal a todas as áreas da instituição e evidenciado nesta área de conhecimento.

25 mil euros para investigação na área da microbiota intestinal
Estão abertas as candidaturas às bolsas Nacional e Internacional para Projetos de Investigação em Microbiota, atribuídas pela...

As candidaturas devem ser enviadas, até ao dia 16 de dezembro de 2022, para o endereço de e-mail: [email protected].  

Os projetos vão ser avaliados por um júri independente constituído pelos quatro membros do Comité Científico da Biocodex Microbiota Foundation em Portugal e devem ter uma duração máxima de 18 meses. O vencedor será informado pelo Presidente do júri até um mês antes da concessão da bolsa de estudos. Consulte o regulamento e o formulário. 

O prazo para a entrega de candidaturas à Bolsa Internacional para Projetos de Investigação em Microbiota termina no próximo dia 30 de novembro e tem como tema “os novos metabólitos derivados de microbiota e seu impacto funcional na mucosa intestinal”. Ao prémio, no valor de 200 mil euros, podem candidatar-se, segundo o regulamento, médicos e investigadores de todos os países, incluindo de Portugal, independentemente da especialidade médica. 

Prémio Henri Boulard – Candidaturas abertas até 15 de setembro 

Estão também abertas, até ao próximo dia 15 de setembro, as candidaturas para a 2.ª edição do Prémio Henri Boulard de Saúde Pública, atribuído pela Biocodex Microbiota Foundation (BMF). Este ano, o Prémio tem um valor de 30 mil euros, repartido de forma equitativa pelos três projetos mais inovadores na melhoria das condições de saúde pública em doenças relacionadas com o desequilíbrio da microbiota intestinal humana. Destina-se exclusivamente a projetos desenvolvidos em alguns países subdesenvolvidos da Ásia, África e da América Latina. 

O júri vai avaliar projetos que tenham um impacto positivo na saúde a nível local, por exemplo, por meio da educação e consciencialização em saúde, novas infraestruturas, projetos agrícolas ou de purificação de água. Os candidatos têm de ser profissionais de saúde e o projeto deve ser submetido em nome de uma associação, organização de pesquisa, hospital ou instituição.  

O Prémio é uma homenagem ao cientista francêsHenri Boulard, que conseguiu identificar e isolar a estirpe única SaccharomycesboulardiiCNCM I-745®, o que tem permitido, desde então, salvar a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.  

Consulte aqui o regulamento, o prazo e o formulário para as candidaturas. 

 

Causa da Esclerose Sistémica é desconhecida
Considerada uma doença do tecido conjuntivo que envolve alterações na pele, vasos sanguíneos, múscul

A causa da esclerodermia é ainda desconhecida. Sabe-se, no entanto, que não é contagiosa nem hereditária, afetando pessoas entre os 25 e os 50 anos.

De acordo com os dados disponíveis, as mulheres são as mais atingidas. Estima-se que a sua incidência seja três vezes superior à do sexo masculino.

E, apesar de se desconhecerem os números reais desta doença, calcula-se que, em Portugal, ela afete cerca de 250 pessoas por um milhão de habitantes.

O termo esclerodermia refere-se à expressão mais visível da doença – o endurecimento da pele. No entanto, ela pode ser localizada ou sistémica afetando grandes áreas da pele e órgãos.

A esclerodermia localizada afeta somente a pele das mãos e rosto. Desenvolve-se lentamente e raramente se espalha no corpo ou causa problemas mais graves.

A esclerodermia ou esclerose sistémica pode afetar grandes extensões da pele, bem como órgãos – coração, pulmões ou rins. A fibrose afeta, nos casos mais evoluídos, a função destes órgãos podendo ser mortal.

A esclerose sistémica pode ser limitada (Síndrome CREST) ou difusa.

Os sintomas de pele da esclerodermia são, como já referimos, os mais visíveis podendo incluir:

  • pele mais escura ou mais clara do que o normal;
  • rigidez e tensão da pele dos dedos, mãos, antebraços e rosto;
  • feridas (ulcerações) nas pontas dos dedos das mãos ou pés;
  • fenómeno de Raynaud – em resposta a temperaturas frias as mãos ficam azuis.

Quando afeta o músculo e osso, geralmente, provoca dor nas articulações, dormência e dor nos pés e rigidez e inchaço nos dedos e articulações.

Quando afeta os pulmões (resultando na formação de cicatrizes), os doentes queixam-se de falta de ar, tosse seca e pieira.

Os problemas do trato digestivo podem incluir, entre outros, diarreia, inchaço após as refeições, dificuldade de deglutição, refluxo esofágico ou azia e dificuldade em controlar as fezes.

A esclerodermia pode ainda causar a contração de vasos sanguíneos nos rins, provocando a diminuição da função renal.

Não existindo tratamento para esta doença, a medicação prescrita, consoante cada caso, pode ajudar a aliviar os sintomas, controlando-os e ajudando a prevenir complicações.

Embora, em algumas pessoas, a doença se desenvolva rapidamente durante os primeiros anos, esta doença caracteriza-se por uma evolução lenta.

Cancro, insuficiência cardíaca e renal, fibrose e hipertensão pulmonar são algumas das complicações mais graves desta doença.

Sabe-se que a causa de morte mais comum em pessoas com esclerodermia é a chamada fibrose pulmonar, que corresponde à cicatrização dos pulmões.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Balanço dos dois fins de semana
Ao longo dos quatro dias do Rock in Rio Lisboa 2022, a Lusíadas, serviço médico oficial do evento, prestou cuidados de saúde a...

No primeiro dia de evento (sábado, 18 de junho) contabilizaram-se 180 ocorrências e no segundo dia (domingo, 19 de junho) registaram-se 173 prestações de cuidados de saúde. Já no segundo fim de semana de evento, o dia 25 de junho (sábado) somou 175 ocorrências, enquanto o último dia desta edição (domingo, 26 de junho) registou o maior número de ocorrências, tendo inclusivamente ultrapassado o total do primeiro fim de semana com 355 assistências na Cidade do Rock. 

Cerca de 71% dos atendimentos realizaram-se nos postos fixos (centro médico e posto de saúde) e os restantes foram assegurados pelas equipas móveis, estrategicamente posicionadas no Parque da Bela Vista.

As cefaleias (relacionadas com a exposição solar e algum grau de desidratação), as feridas (decorrentes de quedas e calçado desadequado ao recinto) e as lesões osteoarticulares foram as ocorrências diagnosticadas mais frequentes.

Durante os quatro dias do evento, a Lusíadas Saúde distribuiu mais de 30 mil pulseiras com o contacto de emergência do Hospital do Rock.

A Equipa de coordenação clínica do Rock in Rio foi, nesta edição, constituída por profissionais de saúde do Hospital Lusíadas Lisboa: Sofia Lourenço, médica coordenadora da Unidade de Atendimento Urgente de adultos, Rui Dias, enfermeiro coordenador do Internamento Médico-Cirúrgico e Cirurgia de Ambulatório, e Bruno Matos, enfermeiro diretor.

Sofia Lourenço, médica coordenadora do Serviço Médico do Rock in Rio Lisboa 2022, faz um balanço muito positivo do evento: “Sabemos que após mais de dois anos de pandemia existia muita expetativa para o regresso à Cidade do Rock. Para a Lusíadas Saúde voltar a assegurar o serviço médico oficial do RiR foi uma grande responsabilidade, mas também um grande orgulho. A nossa vasta Equipa de profissionais conseguiu dar uma resposta rápida e de qualidade em todas as situações clínicas reportadas, das mais simples às mais complexas”.

Ao longo de todo o evento, o Hospital do Rock contou com a colaboração de cerca de 200 profissionais de saúde em representação de todas as unidades Lusíadas, de norte a sul do País. Estes profissionais integraram as 11 Equipas distribuídas pelo Parque da Bela Vista e as infraestruturas de assistência fixas do dispositivo médico: um centro médico e um posto de saúde. Das 11 Equipas no terreno, oito incluíram suporte básico de vida e três acautelaram suporte avançado de vida. Contaram ainda com o apoio de quatro ambulâncias que deram suporte à ação das Equipas no terreno.

Projeto MulticulturalCare
Começou hoje, e prolonga-se até quinta-feira, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), a primeira atividade de...

De acordo com Ana Paula Monteiro, professora da ESEnfC que coordena este projeto europeu financiado pelo programa Erasmus+, o plano «visa desenvolver práticas pedagógicas inovadoras na formação de estudantes de enfermagem para a intervir em contextos multiculturais e proteger a saúde de migrantes, requerentes de asilo e refugiados».

Além da ESEnfC, duas outras instituições de ensino superior europeias – Universidad de Castilla - La Mancha (Espanha) e UC Leuven-Limburg (Bélgica) – cooperam neste projeto, que junta peritos nas áreas de enfermagem, psicologia, sociologia, antropologia e ciências da saúde.

Segundo os responsáveis deste consórcio, «embora a inclusão social de migrantes, refugiados e requerentes de asilo seja uma prioridade na Europa, a educação em Enfermagem não está a capacitar os estudantes, como futuros profissionais, a intervir em contextos multiculturais». Acresce, para Ana Paula Monteiro, o facto de a Europa estar a enfrentar, «mais do que nunca, o impacto da mobilidade de pessoas».

“Reinventar urgentemente a educação em Enfermagem”

«Desde o início do milénio, mais de 20 mil seres humanos morreram tentando atravessar o mar Mediterrâneo e chegar à Europa», refere a professora da ESEnfC, segundo a qual «o conflito armado na Ucrânia» está, também, a ter uma influência sem precedentes no decurso dos acontecimentos, sendo que, «em 2022 (cálculo das Nações Unidas) um número recorde de 100 milhões de pessoas foram obrigadas a deslocação forçada devido a perseguições, conflitos armados, violações de direitos humanos ou crises ambientais».

Daí que, para a especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, também doutorada em Ciências Biomédicas, «devemos reinventar urgentemente a educação em Enfermagem para enfrentar estes desafios comuns e capacitar os estudantes de Enfermagem com conhecimento científico e inovação necessários para moldar futuros sustentáveis e pacíficos para todos, ancorados na justiça social, económica e ambiental».

«Em cada minuto há mais 24 refugiados no mundo (dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados)», lembrou Ana Paula Monteiro, ao referir que «é por causa destas pessoas extraordinárias que faz sentido» contruir em conjunto o modelo educativo MulticulturalCare.

Além das recomendações clínicas de boas práticas nesta área, o modelo educativo em construção será composto por uma dimensão pedagógica, para estimular os estudantes de Enfermagem a pensarem criticamente sobre as realidades que os rodeiam. O que será possível através de cenários de simulação sobre a temática, que serão disponibilizados gratuitamente aos alunos, professores e enfermeiros, em formato de e-book, como ferramenta didática de aprendizagem.

É isto que está em análise na atividade do projeto MulticulturalCare que, quinta-feira, termina na ESEnfC. MulticulturalCare - Educating students through innovative learning methods to intervene in multicultural complex contexts, assim se denomina o projeto, apoiado pela Comissão Europeia (programa Erasmus+) com uma subvenção de cerca de 312 mil euros.

Mais informações sobre esta atividade de aprendizagem, ensino e formação estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em http://www.esenfc.pt/event/multiculturalcare.

 

Formato exclusivamente digital
A segunda edição deste ano da revista Medicina Interna, em formato exclusivamente digital, já está disponível nas plataformas...

Na secção de Artigos Originais podem encontrar-se temas como “Doença de Gaucher e Terapêutica Enzimática de Substituição: Casuística de um Serviço”, “Desafios da Referenciação para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados: A Experiência num Hospital”, “Trombose Venosa Cerebral: Uma Visão de 11 Anos Numa Unidade de AVC”, “Tratamento da Hepatite C num Hospital Distrital: Qual o Impacto da Pandemia SARS-CoV-2?” e “Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição”.

João Sá, Editor-Chefe, dedica o Editorial ao “Caso das Doenças Raras” e, Lèlita Santos, na Página do Presidente, escreve sobre “Os 70 Anos e o Futuro da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna”. No capítulo de Guidelines destaca-se o “Protocolo de Orientação Clínica: Abordagem da Hipocalcemia Pós-Cirúrgica”.

Em “Osteogénese Imperfeita Em Adultos: A Experiência de um Centro Hospitalar” apresenta-se uma série de casos clínicos desta patologia menos frequente. Juan Urbano aborda, em Artigo de Opinião, o quotidiano do serviço que dirige: “A Medicina Interna no Hospital de Santa Luzia de Elvas”.

Sinal do Dente Molar: Um Diagnóstico Atípico em Idade Adulta” e “Amiloidose Bolhosa Oral” são os casos em destaque na rúbrica Imagens em Medicina. Nos Artigos de Revisão destacam-se temas como “Febre de Origem Indeterminada num Hospital Terciário Português: Um Estudo de Coorte”, “Palipocus: Aplicação de POCUS nos Cuidados Paliativos” e “Síndrome de Libertação de Citocinas em Doentes sob Tratamento Oncológico com CAR-T”.

A Revista está disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi

 

Young Creators – BioLab Edition
O BioLab Lisboa é palco do evento Young Creators – BioLab Edition, que se realiza entre 4 e 8 de julho e cujas inscrições...

Em cinco dias os participantes deverão conseguir explorar a pintura com bactérias de forma segura e adquirir conhecimentos relacionados com a produção e degradação de bioplásticos; cozinha molecular; genómica e bioprocessos. As inscrições nesta atividade terminam a 2 de julho e têm um custo de 25,00€ (inclui lanche da manhã).

Desde a sua inauguração, em janeiro passado, pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), Ciências ULisboa e Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências (FCiências.ID), o BioLab Lisboa tem desenvolvido workshops e projetos colaborativos, nomeadamente, nas temáticas da produção de bioplásticos, cozinha molecular e biofabricação.

A par do Young Creators – BioLab Edition, o BioLab Lisboa também organiza em julho a 2.ª edição do “Make Your Own Bioplastics”, no qual se ensina a fabricar bioplásticos e a avaliar as suas propriedades, através de matérias-primas comuns (como o amido e a gelatina), como alternativa ao plástico convencional. As inscrições desta atividade abrem em breve.

Simultaneamente, todas as quintas-feiras, as portas deste ecossistema de inovação multidisciplinar localizado no Fab Lab Lisboa, no Mercado do Forno do Tijolo, estão abertas ao público – nos Open Days. Todas as semanas, mediante prévia inscrição, qualquer cidadão pode realizar a sua própria experiência e utilizar os equipamentos do único laboratório onde errar não é um problema. A utilização do laboratório e dos seus equipamentos é gratuita (os participantes devem levar os reagentes/ingredientes para a experiência que pretendem realizar).

 

 

Hospital da Luz foi o único privado português premiado
O Hospital da Luz, com o seu Centro de Simulação clínica, recebeu o prémio na categoria de “Excelência no local de trabalho...

A iniciativa, que contou com o Alto Patrocínio do Presidente da República, visou “mostrar o que de melhor se faz na Europa no setor hospitalar privado”, tendo sido premiados ainda hospitais alemães, espanhóis e italianos, pela prestação de serviços de saúde durante 2021-2022.

O Centro de Simulação clínica do Hospital da Luz Learning Health – empresa da Luz Saúde dedicada a atividades de formação, investigação e inovação – localiza-se no Hospital da Luz Lisboa e é o maior em Portugal e um dos maiores da Europa, disponibilizando mais de 100 simuladores e manequins com tecnologia de última geração para o treino de atuais e futuros profissionais de saúde.

O júri internacional destes prémios distinguiu o Hospital da Luz pela aposta "na promoção de melhores condições e ambiente de trabalho, com resultados comprovados na otimização do desempenho organizacional e na colaboração entre profissionais".

A 1ª edição destes prémios registou uma elevada participação, com cerca de 70 candidaturas oriundas de 10 países europeus: Alemanha, Áustria, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal, Polónia, Roménia e Suíça. Foram premiadas unidades de saúde privadas europeias com o melhor desempenho em sete categorias: Melhor iniciativa de prevenção; Melhor iniciativa focada no doente; Hospital mais verde da Europa; Modelo de inovação clínica; Hospital mais avançado em Saúde Baseada em Valor; Excelência no local de trabalho e Cobertura de notícias do ano.

Além do prémio na categoria de “Excelência no local de trabalho”, o Hospital da Luz foi finalista e classificado como um dos ‘top 3’ nas categorias “Hospital mais avançado em saúde Baseada em Valor” e “Melhor iniciativa focada no doente”.

“Estes prémios são o palco da excelência da hospitalização privada europeia”, salientou Óscar Gaspar, presidente da APHP. Na cerimónia, foi ainda atribuído um prémio especial aos hospitais romenos e polacos, pelo papel desempenhado no apoio humanitário dado à vaga de refugiados da guerra na Ucrânia.

Pedro Líbano Monteiro, administrador executivo do Hospital da Luz Lisboa, e Cátia Costa, diretora do Centro de Simulação do Hospital da Luz Learning Health, receberam o prémio.

 

Workshops da BebéVida
Estão a chegar novos workshops da BebéVida destinados aos casais grávidos. Nos dias 8, 12 e 15 de julho vão realizar-se quatro...

No dia 8 de julho, vão decorrer duas das sessões online: a primeira tem início às 19h00 e consiste numa formação do Lusíadas Knowledge Center relativa aos benefícios das células estaminais; a segunda sessão começa às 21h00 e vai ser focada nos sinais de alerta na gravidez, com participação da Enfermeira Cátia Costa, especialista em saúde materna e obstetrícia.

O sono do bebé é o tema da terceira sessão online do mês que se realiza a 15 de julho, às 19h00, em que Ana Maria Pereira, terapeuta do sono, vai partilhar dicas úteis para noites tranquilas.

Já no dia 12 de julho, o workshop vai ser presencial, decorrendo na loja MaxiCosi em Setúbal, entre as 18h30 e as 20h00. Esta sessão vai ser dedicada à segurança rodoviária nas viagens do bebé, com a partilha de vários conselhos de um especialista convidado.

A participação em todos os workshops é gratuita, mas a inscrição é obrigatória e deve ser efetuada no website da BebéVida.

Durante as primeiras semanas de julho vão também realizar-se experiências “Eco My Baby”, sessões de ecografia 3D/4D dirigidas a grávidas a partir das 17 semanas de gestação em vários locais do país, nomeadamente: Ílhavo (1/7), Guimarães (2/7), Pombal (4/7), Amarante e Arazede (ambas a 6/7), Braga, Tábua e Tomas (estas três localidades no dia 7/7), Sever do Vouga (8/7), Vila Nova de Famalicão (9/7), Saborosa (11/7), Felgueiras (12/7), Lamego e Covilhã (ambas a 13/7), Valença e Canedo (ambas a 15/7).

Para saber mais sobre os locais e os horários de cada sessão, bem como se inscrever consulte o website da BebéVida.

 

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