A partir de polímeros naturais
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um novo aerogel a partir de polímeros naturais, com...

O estudo, publicado na revista Materials Chemistry and Physics, foi desenvolvido, ao longo dos últimos quatro anos, no Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), no âmbito do projeto “SterilAerogel”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no valor de 230 mil euros.

O “SterilAerogel”, segundo a coordenadora do projeto, Mara Braga, tem como grande objetivo dar resposta a um problema de saúde «que afeta cada vez mais a população mundial, especialmente a população idosa – fraturas ósseas e problemas degenerativos e inflamatórios –, através do desenvolvimento de aerogéis inovadores à base de polímeros naturais, prontos a ser usados na regeneração de tecidos, mas também em pensos para tratar feridas».

Para obter um novo aerogel natural e completamente esterilizado, o projeto envolveu várias fases. Primeiro, após uma exaustiva triagem de combinações de polieletrólitos naturais (dois polímeros com cargas opostas que, quando são postos em contacto no meio adequado, se ligam de forma natural), os investigadores verificaram num dos estudos que o complexo polieletrólito de quitosano e goma xantana era o mais adequado para o fim pretendido.

A partir daqui a equipa de Mara Braga avançou para a produção do novo aerogel, através de um processo integrado, em que a secagem e a esterilização são realizadas sequencialmente e

no mesmo equipamento, evitando procedimentos adicionais. Este processo envolveu diferentes etapas, sendo a primeira a gelificação para obter um hidrogel, que foi depois convertido em alcogel e colocado dentro de uma embalagem de esterilização, para permitir o manuseamento da amostra após o processo sem que haja qualquer risco de contaminação.

Por último, a amostra foi seca e esterilizada com um equipamento específico recorrendo a dióxido de carbono (CO₂) em estado supercrítico, num sistema sequencial nunca antes feito. No final, foi obtido um aerogel natural com todas as propriedades adequadas para aplicação em medicina regenerativa.

A grande inovação do projeto está precisamente na «técnica usada para o processamento do polímero natural. Os biopolímeros caracterizam-se pela elevada biocompatibilidade para utilização nos organismos vivos, no entanto, exigem um processo rigoroso de esterilização, garantindo que não se perdem as propriedades físico-químicas e estruturais, ou seja, que não se degradem no processo de esterilização», afirma a investigadora da FCTUC.

«Ao adotarmos a tecnologia com fluido supercrítico para a preparação e esterilização do aerogel, garantimos a biocompatibilidade ao interagir com o organismo sem causar grandes efeitos secundários, comparativamente aos sintéticos, e resíduos de solventes orgânicos do seu processamento», acrescenta.

Para verificar a eficácia da tecnologia, foram realizados vários testes, com a colaboração do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), como explica Mara Braga: «contaminou-se a matriz (aerogel) com um bacilo – Bacillus atrophaeus –, que é o bacilo indicado na farmacopeia como referência para métodos de esterilização, e posteriormente aplicámos o nosso método na descontaminação». Das muitas experiências realizadas, nota, «conseguiu-se sempre realizar com sucesso todas as fases, desde o processamento do polímero até ao formato final – já colocado no interior do saco de esterilização –, pronto a ser utilizado, bastando abrir a embalagem e aplicar».

Para que este novo aerogel completamente natural e sem resíduos químicos possa ser utilizado na área da saúde, ainda são necessários mais estudos, nomeadamente aumentar a escala das experiências e determinar o prazo de validade do produto final, porque, tratando-se de um polímero natural, a sua vida útil é inferior à dos polímeros sintéticos, «pretendemos saber se, depois de esterilizado, o aerogel garante seis meses de validade, que é o prazo standard para este tipo de produtos», esclarece Mara Braga.

Embora o projeto se tenha focado na área da saúde, o novo aerogel tem potencial para outras aplicações, por exemplo, como adsorventes para tratamento de águas residuais. 

Estudo resultará de um relatório com recomendações políticas
A Parceria para a Sustentabilidade e Resiliência dos Sistemas de Saúde (PHSSR), uma colaboração global entre organizações...

Ativo em mais de 20 países, a PHSSR e os seus parceiros procuram trabalhar com académicos locais, decisores políticos e outras partes interessadas, para conhecer melhor os sistemas de saúde em cada país, a vários níveis, e orientar ações, baseadas na evidência, para melhorar a sustentabilidade e resiliência dos mesmos.

Em Portugal, sob a coordenação da investigadora Mónica Oliveira, do IST, e em colaboração com a investigadora Aida Isabel Tavares, do ISEG, a PHSSR está a dar início ao estudo do sistema de saúde português, usando “uma estrutura desenvolvida pela London School of Economics para analisar o sistema de saúde do país em sete domínios – financiamento, governança, recursos humanos, medicamentos e tecnologia, prestação de serviços, saúde populacional e sustentabilidade ambiental – e que é o ponto de partida para identificar pontos fracos, oportunidades e riscos para a sustentabilidade e resiliência do sistema de saúde português” explica Aida Isabel Tavares. O resultado final será, adianta Mónica Oliveira, “um relatório que integra recomendações de políticas geradas e discutidas por um grupo alargado de especialistas de diferentes áreas afetas à saúde”, até porque, “para criar sistemas de saúde verdadeiramente sustentáveis e resilientes, é essencial que haja colaboração entre todas as partes interessadas do sistema”.

Este estudo será também uma oportunidade para partilhar conhecimento e boas práticas entre os diversos países onde está a decorrer, como refere Alistair McGuire, Diretor do Departamento de Política da Saúde e especialista em economia da saúde da London School of Economics. “A PHSSR está a aproveitar a oportunidade que a pandemia nos deu para agir e abordar questões globais de saúde. Estamos a transformar a investigação em ação, trabalhando com mais de 20 países para identificar soluções com o maior potencial, apoiar a sua adoção e partilhar conhecimento além-fronteiras”.

Espera-se que os resultados do relatório da PHSSR, em Portugal, sejam divulgados durante o segundo semestre de 2022.

Dany Coutinho Nogueira, investigador do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS)
Um estudo realizado ao sistema auditivo de um fóssil encontrado há quase meio século, em Marrocos, permitiu descobrir um dos...

O fóssil em causa – Dar-es-Soltane II H5 – tem cerca de 100 mil anos. A descoberta da patologia, relata o primeiro autor do artigo científico, Dany Coutinho Nogueira, investigador do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), só foi possível utilizando micro-CT scan, que é semelhante «a uma TAC de hospital, mas com uma melhor resolução, e que permite uma observação mais detalhada. A observação das micro-CT e a reconstrução 3D foram feitas com um software específico (TIVMI)».

O investigador do CIAS explica que, em paleoantropologia, o osso temporal (onde está alojado o sistema auditivo) é muito importante. «Uma parte desse osso, a pars petrosa, é constituída pelo osso mais denso do corpo humano que, por vezes, permite uma melhor conservação em fósseis antigos. Essa parte contém os órgãos da audição (cóclea) e do equilíbrio (canais semicirculares), que são estudados em paleoantropologia para distinguir os grupos humanos (a morfologia desta estrutura nos Homo sapiens é diferente da dos Neandertais)».

Ao observar os canais semicirculares do Dar-es-Soltane II H5, prossegue, para confirmar a que grupo humano pertencia este fóssil, «notei que os canais estavam parcialmente ossificados, ou seja, tinham osso em partes onde não deviam ter». O estudo revelou que o indivíduo sofria de labyrinthitis ossificans, uma patologia que provoca a ossificação dos canais semicirculares e da cóclea. Esta condição «implica problemas de equilíbrio, tonturas, vertigens e perda de audição. Esta patologia é muito incapacitante para um caçador-recoletor, limitando a capacidade de caçar e encontrar alimentos».

O tempo de sobrevivência limitado do indivíduo após o começo da doença coloca em questão a causa da morte e os cuidados que poderá ter recebido. «Dar-es-Soltane II H5 morreu alguns meses depois do início da patologia, não poderia ter sobrevivido tanto tempo sem ajuda de outros indivíduos porque já não devia ser capaz de adquirir alimentos e caçar por si próprio, o que nos indica que havia uma forma de acompanhamento do resto do grupo, pelo menos durante alguns meses», descreve.

Dany Coutinho Nogueira realça que só dois fósseis de Homo sapiens caçadores-recoletores apresentam esta patologia, «sendo o outro de Singa (Spoor et al. 1998), são os dois casos mais antigos de surdez adquirida identificados da nossa espécie».

Ainda de acordo com o investigador do CIAS, este estudo fornece novas informações sobre o estado de saúde das populações do passado, «em particular dos caçadores-recoletores, e também mostra que tecnologias recentes permitem descobrir novas informações e detetar patologias sobre fósseis descobertos há quase 50 anos».

 

Recomendações
A chegada do verão traz várias vantagens para a saúde das pessoas.

Apesar de existirem alguns fatores de risco associados – o tabagismo, os níveis de colesterol elevado, a diabetes, a hipertensão arterial, o excesso de peso, o sedentarismo, o stress e o avançar da idade – o calor pode ter influência e propiciar o enfarte agudo do miocárdio. O risco é maior entre o sexo masculino. O que acontece é que as altas temperaturas aumentam a espessura do sangue, fazendo subir a pressão e a frequência cardíaca. Este fator torna-se ainda mais relevante nas pessoas com mais de 50 anos, em que as temperaturas elevadas podem aumentar o risco de morte precoce por doenças cardiovasculares; e nas pessoas que sofrem de colesterol elevado e de hipertensão arterial.

Um outro aspeto a ter em conta é a transpiração excessiva durante esta época, ou seja, a perda de líquidos e de minerais. Com a perda de água, o organismo fecha os vasos sanguíneos para manter a pressão, tornando o sangue mais denso, e, consequentemente, os batimentos cardíacos aceleram para que o corpo continue a funcionar.

Assim sendo, é recomendado que durante o verão se ingira uma maior quantidade de líquidos, preferencialmente água. Esta é a recomendação mais aconselhada por todos os especialistas, tanto no verão, como também em todas as épocas, de forma a manter a hidratação.

Cansaço, sede, dores de cabeça, tonturas e fraqueza muscular, são alguns dos sintomas da desidratação. Evitar a exposição direta ao sol e fazer refeições leves, neste caso, as saladas, que exigem menor esforço do organismo durante a digestão, são outros conselhos que devem ser tidos em conta para lidar com o aumento das temperaturas.

As pessoas que sofrem de alguma doença cardiovascular devem também consultar o seu cardiologista nesta altura do ano, por forma a avaliarem se a medicação deve ou não ser alterada e adaptada a esta estação. Ainda assim, todas as pessoas devem realizar consultas de rotina, quer sofram ou não de alguma patologia.

É importante que continue atento aos principais sintomas de enfarte, tais como: dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Na presença destes sintomas, as pessoas devem evitar deslocar-se para o hospital num veículo próprio. Recomenda-se que liguem rapidamente para o 112, que sigam as instruções que lhe forem dadas e que aguardem pela chegada da ambulância, que encaminhará para um centro especializado, onde tratará a situação como prioritária, instituindo o tratamento mais adequado.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Evento organizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro decorre dia 23 de julho
A cidade de Barcelos é o palco para mais uma edição do “Um Dia Pela Vida”, 10 anos depois da primeira edição, no próximo dia 23...

O evento inicia pelas 9h30 e encerra por volta das 2h00 da manhã do dia seguinte, em plena margem do Rio Cávado. Uma arruada, acompanhada pela Banda do Galo, pelos motards dos Moto Galos, vencedores, Fanfarra e pela “Chama da Vida”, dá o mote para o arranque do evento. A meio do percurso, há uma paragem em frente ao edifício da Câmara Municipal de Barcelos, onde o Presidente Mário Constantino, e vereadores, aguardam, sendo convidados a seguir na arruada até ao seu final, junto ao Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz. Nesse momento, haverá cerimónia de agradecimentos, pelo Presidente da Câmara, pelo Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte, Vítor Veloso, pela Comissão Regional e por um/a vencedor/a. 

Mas o dia e a noite estarão repletos de eventos e atividades. Uma Praça da Alimentação aberta durante todo o tempo e dinamizada pelas equipas participantes, assim como eventos de animação infantil. Haverá atividades desportivas – destacando-se uma Maratona de Cycling juntando todos os Ginásios do concelho de Barcelos –, concertos e atuações no palco principal, terminando com um rol de cerimónias de pendor mais sentimental (NB1: segue, em anexo, programa provisório). 

Resumidamente, o “Um Dia Pela Vida” é um projeto organizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro no âmbito de um programa internacional da American Cancer Society.  No mundo, 30 nações já fazem parte deste projeto que, a nível internacional, é designado por Relay For Life. Tem como objetivos: (a) Alertar para a prevenção; (b) Afastar os medos da doença; (c) Apelar aos rastreios; e (d) Angariar fundos para as atividades da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), nomeadamente, para os programas de prevenção, rastreio, apoio ao doente oncológico e à investigação (NB2: segue, em anexo, documento mais extenso sobre o “Um Dia Pela Vida”, de autoria de Conceição Clavel, Coordenadora-Geral do UDPV Norte). 

 

Medicamentos considerados essenciais, como a insulina
A Sanofi Global Health anuncia o lançamento da Impact®, uma nova marca de medicamentos standard de cuidados produzidos pela...

A marca que inclui insulina, glibenclamida e oxaliplatina entre outros, permitirá a distribuição segura de 30 medicamentos da Sanofi em 40 países de baixos rendimentos. Considerados essenciais pela Organização Mundial de Saúde, os medicamentos abrangem uma vasta gama de áreas terapêuticas, incluindo diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, malária e cancro.

O lançamento da marca faz parte das medidas tomadas desde a formação no ano passado da Sanofi Global Health, uma unidade sem fins lucrativos dentro da companhia que visa aumentar o acesso aos cuidados de saúde através da distribuição de medicamentos, assim como a construção e reforço dos sistemas locais de saúde em países com um PIB per capita mais baixo. A Sanofi Global Health é a primeira e única iniciativa global a dar acesso a um portefólio tão vasto de medicamentos em tantos países e em múltiplas áreas terapêuticas, ao mesmo tempo que financia programas de apoio local e fortalece negócios locais inclusivos.

“Na Sanofi, acreditamos que temos a responsabilidade de fazer a diferença para a saúde dos mais necessitados, e sabemos que temos a capacidade e a ambição de promover uma mudança duradoura. Com medicamentos críticos, motivação incansável e parcerias com impacto, podemos levar a nossa inovação além do laboratório e utilizá-la para fortalecer os sistemas de saúde e o acesso a medicamentos das comunidades de doentes mais vulneráveis. A Sanofi Global Health visa melhorar a vida de milhões de pessoas que agora não conseguem obter a ajuda que precisam. O objetivo renovado da Sanofi é procurar os milagres da ciência para melhorar a vida das pessoas. E a nossa missão de melhorar a vida de todas as pessoas tem de incluir ajudar a garantir um melhor acesso a cuidados e medicamentos de qualidade para as populações carenciadas”, afirma Paul Hudson, Diretor Executivo da Sanofi.

A Companhia também anuncia a criação de um fundo Impact que apoiará empresas start-up e outras entidades inovadoras que possam fornecer soluções escaláveis para cuidados de saúde sustentáveis em regiões carenciadas. Ao oferecer financiamento e assistência técnica a empresas inclusivas, o fundo irá complementar a missão da GHU de alavancar o investimento global, regional e local para apoiar a formação de profissionais de saúde e ajudar as comunidades na operação de sistemas de cuidados sustentáveis. Estes anúncios surgem no momento em que a Sanofi reúne os principais representantes da saúde global para debaterem a forma de criar programas de saúde eficazes e abrangentes, que estejam integrados nas comunidades que servem, de modo a alcançar, tratar e gerir melhor a saúde dos doentes de forma eficaz e sustentável.

“O lançamento da marca Impact® e do nosso Fundo Impact são as nossas medidas mais recentes para disponibilizar os nossos medicamentos e para ajudar a levar cuidados de saúde de qualidade e sustentáveis às pessoas nos países mais pobres do mundo. Mas sabemos que não podemos fazer isto sozinhos e, por isso, estamos a construir parcerias a nível global, regional e local que irão ajudar a melhorar e a estabelecer sistemas de saúde para alcançar o nosso objetivo de um mundo mais saudável e mais resiliente”, acrescenta Jon Fairest, Diretor da Unidade Global Health da Sanofi.

A Sanofi Global Health é um dos três elementos da abordagem multiníveis da Sanofi relativamente ao impacto social, que inclui a Foundation S – o coletivo Sanofi dedicado à filantropia e uma estratégia de Responsabilidade Social Empresarial incorporada nas atividades comerciais.

Associação preocupada com o impacto da subida acentuada da taxa de inflação no setor da saúde
A Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) está preocupada com a constante subida da taxa de...

Em Portugal, o impacto gerado pela subida da inflação, pelo agravamento exponencial dos custos das matérias-primas, transporte, logística, energia, custos regulamentares, taxas suplementares e pelas dificuldades existentes nas cadeias de abastecimento, conduz a uma necessidade imediata de aprovação de medidas de natureza financeira que permitam a sustentabilidade das empresas de dispositivos médicos.

Tipicamente, a estrutura de custos das empresas fabricantes compreende 45 por cento energia, 25 por cento produção, 10 por cento pessoal, 15 por cento logística e 5 por cento de outros custos. Quanto às empresas distribuidoras, a sua estrutura engloba 62 por cento logística, 30 por cento pessoal e 8 por cento de outros custos.

“Trata-se de uma situação grave, uma vez que afeta o fabrico, a distribuição e a comercialização dos dispositivos médicos no sistema de saúde português e que vai influenciar a disponibilidade e a continuidade de acesso às tecnologias de saúde por parte dos utentes e cidadãos”, alerta João Gonçalves, Diretor Executivo da APORMED. 

“É primordial serem criadas condições para a estabilidade financeira das empresas, medidas de mitigação passíveis de serem adotadas a curto prazo e que permitam contrariar, pelo menos, o efeito da inflação, nomeadamente a criação urgente de um regime jurídico que determine a revisão do preço dos dispositivos médicos contratualizados ou em processo de contratualização; a revisão ou atualização dos preços nos contratos em vigor e dos cadernos de encargos dos futuros procedimentos, celebrados com os serviços e entidades do Serviço Nacional de Saúde”, acrescenta.

O setor dos dispositivos médicos nacional equivale a 1.600 milhões de euros. Este é um setor caracterizado por um forte e regular investimento na inovação, de forma a permitir o acesso dos doentes a terapias que garantem importantes ganhos em saúde.

 

Ordem dos Psicólogos Portugueses deixa conselhos
Ter memórias vividas e repetidas do incêndio, sentir-se ansioso, assustado ou triste são reações comuns. Podem ainda surgir...

A Ordem dos Psicólogos Portugueses lembra que “o choque e a negação são respostas imediatas normais” a quem vive um evento como um incêndio. É natural ainda que nos possamos “sentir mais irritáveis do que o habitual”, explica o documento “Como lidar com uma Catástrofe Natural”.

O documento refere ainda que num incêndio os padrões de pensamento e comportamento podem ser afetados. “Podemos ter memórias vividas e repetidas do incêndio. Estas memórias podem ocorrer a qualquer altura e levar a reações físicas (por exemplo, o coração acelerado ou suar). Podemos sentir-nos particularmente ansiosos ou nervosos, assustados, angustiados ou mesmo muito tristes. Os nossos padrões de pensamento e comportamento são afetados. Podemos sentir dificuldades de concentração ou em tomar decisões. Podemos dormir e comer pior. Podem ainda surgir sinais físicos, como dores de cabeça ou náuseas. E ainda dificuldades em dormir”, alerta o documento.

O que podemos fazer?

  • Aceitar que as emoções intensas são parte da resposta normal e universal ao impacto emocional e ao stresse causado pelo incêndio. Pode parecer melhor ignorar ou evitar experienciar emoções dolorosas, mas elas existem quer lhes prestemos atenção ou não. Por muito dolorosas que sejam, para que os sentimentos intensos passem e diminuam é preciso dar espaço para expressá-los, sozinhos ou junto de outro adulto ou de um profissional especializado, como o caso do psicólogo ou de outro profissional de saúde.
  • Dar tempo a nós próprios para nos adaptarmos e fazermos o luto pelas perdas que tivemos, materiais, emocionais ou a perda de um ente querido.
  • Pedir o apoio e a ajuda da família e dos amigos, assim como de profissionais ou de grupos de apoio social e organizações, se for necessário. O isolamento não é saudável.
  • Dormir bem, comer bem, fazer exercício (mesmo que seja a última coisa que nos apeteça) também é importante para a saúde e o bem-estar psicológico, assim como fazer atividades que nos ajudem a relaxar.
  • Partilhar emoções com outras vítimas do incêndio. Voltar à rotina e às atividades habituais (ou estabelecer novas rotinas).
  • Minimizar a nossa exposição às reportagens dos media (televisão, internet, rádio, jornais) sobre o impacto devastador do incêndio. É importante mantermo-nos informados, mas a sobre-exposição às notícias do incêndio podem causar ainda mais stresse e sofrimento.

 E no caso das crianças e adolescentes?

O documento alerta que o medo e a preocupação com a sua segurança e a segurança dos outros, o medo de serem separados dos familiares, ficarem mais agitados e chorarem facilmente, terem dificuldade em concentrarem-se, isolarem-se dos outros e ficarem zangados e “fazerem birra” são algumas reações comuns.

Podem ainda tornar-se mais agressivos com os pais, irmãos ou amigos e terem queixas físicas, como dor de cabeça ou dor de barriga, terem mudanças no desempenho escolar e dificuldades em dormir ou pesadelos.

Como é que os pais ou cuidadores podem ajudar?

As crianças e adolescentes lidam melhor com os desastres naturais quando compreendem o que se está a passar. Os pais ou cuidadores devem passar algum tempo a falar sobre o incêndio com a criança ou adolescente, deixando-os saber que podem colocar questões e partilhar as suas preocupações e fazendo-os saber que as suas reações (o que estão a pensar e a sentir) são normais.

No caso das crianças mais novas, para que se sintam mais seguras e calmas após conversarem sobre o incêndio, os pais ou cuidadores podem ler-lhe a sua história preferida ou fazer uma atividade calma em família.

Mantenha a criança ou adolescente perto de si e sempre que sair diga-lhe onde vai e quando regressará.

E tenha atenção à forma como conversam sobre o incêndio na presença das crianças e adolescentes, uma vez que estes podem interpretar mal o que ouvem e ficar desnecessariamente assustados.

O documento, criado em conjunto pela Ordem dos Psicólogos Portugueses e pela Direcção-Geral da Saúde tem ainda uma parte dedicada às pessoas idosas e outra à comunidade.

Link do documento completo:

https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/como_lidar_com_um_desastre_natural.pdf

Dia Mundial das Hepatites assinala-se a 28 de julho
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação de consciencialização sob o mote “A Hepatite...

“Com esta iniciativa pretendemos alertar para a importância de prevenir e tratar precocemente estas doenças. Quanto mais cedo forem detetadas, melhores as chances de viver uma vida longa e saudável. O não tratamento da hepatite B e C implicará a evolução para Cirrose Hepática, e nalguns casos, o desenvolvimento de doenças mais graves, tais como o Cancro do Fígado”, explica José Presa, presidente da APEF.

E acrescenta: “Atualmente, a taxa de cura para a Hepatite C situa-se em 97 por cento, sendo fundamental que o diagnóstico seja feito atempadamente. Os medicamentos inibem a multiplicação do vírus da Hepatite B, mas conseguimos eliminar o vírus da Hepatite C, e, desse modo, reduzir as lesões causadas ao fígado. Na maioria das vezes, o tempo é o melhor amigo do tratamento das Hepatites. Não adie a consulta ao seu médico”.

A Hepatite é uma doença evitável, tratável e, no caso da Hepatite C, é curável. As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas em todo o mundo, causando 1,4 milhões de mortes por ano.

Em Portugal, estima-se que existam aproximadamente 50 mil doentes, a maioria por diagnosticar. Os principais afetados são os consumidores de drogas injetáveis e as pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992. Pode evoluir para doença hepática grave, sendo uma das principais causas de cancro do fígado e uma das mais importantes causas de cirrose (25 por cento dos casos). A gravidade e o prognóstico da Hepatite variam consoante o tipo de Hepatite e as comorbilidades já existentes. Os tratamentos são simples, rápidos e sem custos para o doente.

 

Estudo
Um estudo liderado pela Fundación Lucha contra las Infecciones em conjunto com o IrsiCaixa AIDS Research Institute e a Gerencia...

Esta investigação, realizada com amostras de saliva de pessoas infetadas que foram tratadas em centros de cuidados primários, confirma a capacidade do CPC de romper a membrana do vírus. O estudo permitiu demonstrar in vivo que o SARS-CoV-2 perde a sua capacidade infeciosa uma vez que com a membrana destruída não consegue penetrar nas células. Portanto, os colutórios com CPC podem ser uma ferramenta a considerar na prevenção contra a infeção causada pelas diversas variantes do coronavírus. São comercializados, em Portugal, alguns produtos com CPC na sua composição, tais como alguns dos colutórios da Dentaid: Vitis Orthodontic, o Vitis Gingival, o Halita ou o Perio-aid.

“Concluir que um colutório com CPC tenha uma atividade contra o SARS-CoV-2 é uma notícia muito boa, pois o uso desse colutório poderá reduzir a transmissão do vírus entre as pessoas”, celebra a Dra. Andrea Alemany, pesquisadora da Fight Against Infections Foundation e a primeira autora do estudo.”

A Dra. Núria Prat, Diretora dos Cuidados Primários da Área Metropolitana Norte do ICS, destaca o papel destes centros em investigações deste tipo: “o facto de se ter acesso direto a grandes amostras de pessoas e o trabalho conjunto entre profissionais de

Medicina Geral e Familiar, Enfermagem e Medicina Dentária, permitiu o trabalho de campo necessário para a realização do estudo”.

Um relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) enfatiza o importante papel que a saúde oral desempenha na manutenção de um bom estado de saúde geral, incluindo por exemplo a sua relação com a Doença Cardiovascular e a Diabetes. “Os resultados deste estudo permitem-nos confirmar que os cuidados com a saúde oral podem também ajudar prevenir a propagação do Sars-Cov-2”, conclui o Dr. Joan Gispert, diretor de I+D+i da DENTAID.

Metodologia do estudo

Este estudo, publicado na revista científica Journal of Dental Research, é o resultado de um ensaio clínico aleatório, duplo-cego, paralelo e controlado por placebo, que foi realizado em 19 centros de cuidados primários da região metropolitana do Nord de Catalunya durante os meses de fevereiro a junho de 2021. Participaram 118 adultos com infeção assintomática por SARS-CoV-2 ou com sintomas leves de COVID-19, nos quais a quantidade de vírus (na saliva?) com capacidade infeciosa foi analisada através do teste ELISA. "Com este teste, ao contrário do PCR, podemos avaliar a capacidade do CPC em romper a membrana do vírus uma vez que ele deteta as proteínas do nucleocapsídeo do SARS-CoV-2”, explica a Dra. Nuria Izquierdo-Useros, investigadora principal do IrsiCaixa e coautora do artigo. As equipas de Medicina Dentária dos centros de cuidados primários foram responsáveis pela realização dos procedimentos do estudo, com a coordenação da equipa de pesquisa da Fundação de Combate às Infeções. Por outro lado, todas as amostras foram analisadas no departamento de Microbiologia do Laboratório Clínico da Metropolitana Nord e na IrsiCaixa.

Um hábito saudável

As conclusões do estudo apontam para que a utilização de colutórios com CPC pode ser adicionada a outras estratégias para evitar a disseminação do SARS-CoV-2, especialmente agora que as medidas de proteção, como o uso de máscaras, está em declínio.

Shaping the Future of Health
A transformação digital na área da saúde, os desafios em nutrição e as novas abordagens na prática clínica de medicina dentária...

A transformação digital na área da saúde foi o tema do primeiro dia destas jornadas, com uma primeira sessão dedicada às “Oportunidades na Transição Digital da Saúde” que, com a participação de Hugo Marques (head of sales and operations@digital & automation da Siemens Healthineers) e de João Correia Louro (fundador e CEO da Newbridge Digital), e moderação de José Mendes Ribeiro (coordenador do curso de especialização Digital Health da Universidade Europeia), permitiu compreender de que forma a digitalização da saúde permite juntar novas competências e ferramentas, como a análise de dados, a inteligência artificial e a IoT para otimizar o desempenho de dois segmentos essenciais da atividade do setor: a prática clínica e a eficiência da gestão.

A segunda sessão, dedicada ao tema do “Valor em Saúde” concluiu que as propostas de valor envolvem todos os stakeholders da saúde - financiadores, prestadores e fornecedores - criando compromissos de todas as partes de forma a garantir a melhoria da saúde dos cidadãos. Estas propostas na saúde deverão, por isso, ser centradas nos cidadãos, sãos e doentes, cobrindo ações de prevenção, de literacia, de cuidados e de gestão da saúde, de acordo com Francisco Rocha Gonçalves (head of market access and public affairs na Sanofi) e Luís Drummond (board member Lusíadas Saúde), numa conversa conduzida por Luís Lopes Pereira (coordenador do curso de especialização Valor em Saúde da Universidade Europeia).

No domínio da Nutrição, o segundo dia foi dedicado às “Atualizações e Desafios em Nutrição”, uma sessão conduzida por Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas e coordenadora da área de nutrição da Universidade Europeia, com a participação de Graça Ferro (diretora do serviço de nutrição da unidade local de saúde do Alto Minho) e de Luján Soler (professora de nutrição da Universidad Europea de Madrid e presidente do Colégio Profissional de Dietistas-Nutricionistas da Comunidade de Madrid), onde foi destacado o papel fundamental da nutrição na saúde, consolidando-se com uma importante área dentro desta.

Neste dia debateu-se a forma como os alimentos, e as doenças associadas aos maus hábitos alimentares, estão intimamente relacionados com o risco de maior ou menor gravidade na doença e, como é importante reconhecer a preocupação crescente relacionada com a emergência das redes sociais como principais meios de consumo de informação das camadas mais jovens.

Novas abordagens na Prática Clínica de Medicina Dentária deu o mote ao último dia das jornadas. Nesta sessão foi discutida como, ao longo dos tempos, a cirurgia oral tem apresentado uma evolução nas técnicas e conceitos ao nível da regeneração óssea. A mesma foi conduzida por Paulo Maia (coordenador da área de Medicina Dentária da Universidade Europeia) e contou com a presença de profissionais com larga experiência clínica e académica, nomeadamente, Alvaro Farnós Visedo (médico dentista graduado em implantologia pela Universidade de Lomalinda, Los Angeles), Helena Costa (professora e médica dentista, doutorada pela Universidade Internacional da Catalunha) e José Silva Marques (médico dentista, doutorado pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e especialista em cirurgia oral pela Ordem dos Médicos Dentistas).

“A forte adesão que temos vindo a notar neste tipo de iniciativas reforça a importância do trabalho que temos desenvolvido e ao qual é necessário dar continuidade. É neste sentido que a Universidade Europeia tem apostado em formação, investigação e em infraestruturas que nos irão permitir o desenvolvimento de um projeto de qualidade na área das Ciências da Saúde em Portugal”, afirma Lourdes Martin, diretora executiva da área de Ciências da Saúde da Universidade Europeia.

As Ciências da Saúde representam uma área estratégica para a Universidade Europeia, na qual tem investido e promovido um processo inovador de educação integrada, através da qual os estudantes, das diferentes áreas disciplinares, adquirem conhecimentos e competências, de forma partilhada, tendo em vista as experiências futuras, ao longo da sua vida profissional, assente num Modelo Académico inovador, centrado na aprendizagem experiencial e transversal a todas as áreas da instituição e evidenciado nesta área de conhecimento.

 

Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira está a implementar um projeto inovador de transporte pneumático de medicamentos...

Este sistema, que alia as potencialidades do PharmaTrac, uma solução que valida a administração de medicação por leitura de código de barras, a um sistema de tubagem para transporte pneumático de medicamentos, tornará possível a rastreabilidade integral dos fármacos, desde que estes são expedidos da farmácia, até ao momento em que são administrados aos utentes. Para além da segurança potenciada por este processo, aumentará também a disponibilidade dos profissionais de saúde que se encontram à cabeceira do utente, para outras tarefas associadas à prestação de cuidados. 

Este projeto, que visa a integração de sistemas na área do medicamento, resulta de uma parceria entre o CHUCB e a empresa BIQ Health Solutions. 

Onda de calor e incêndios
Perante a atual onda de calor que está a atingir Portugal, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), através da Comissão de...

A exposição prolongada a temperaturas elevadas é prejudicial à saúde, em geral, e, em particular, ao aparecimento ou descompensação das doenças respiratórias. A agudização de doenças respiratórias crónicas é frequente neste período, constatando-se também o aparecimento de doenças agudas, como as broncopneumonias, que não acontecem somente no Inverno.

Vários estudos demonstram que, nos dias de calor excessivo, ocorre um aumento da mortalidade, sobretudo por doenças respiratórias e cardiovasculares. Na época de Verão, principalmente nos dias de temperaturas muito elevadas, associada à poluição automóvel, é produzida uma grande quantidade de ozono que contribui para a descompensação das doenças respiratórias crónicas em ambientes urbanos. Já nos meios rurais, esta altura do ano é marcada por incêndios que libertam grandes quantidades de poluentes com repercussões importantes na qualidade do ar e com consequências gravosas na saúde das populações expostas.

Para prevenir complicações respiratórias nestes dias de temperaturas mais elevadas e durante os incêndios, a SPP divulga um conjunto de recomendações para a população.

10 Conselhos para minimizar os riscos respiratórios durante os incêndios:

  1. Proteja boca e nariz com máscara ou lenços húmidos.
  2. Permaneça no interior das habitações, mantendo as portas, janelas e tampas de lareiras fechadas. Se necessário, tapar frinchas existentes com panos molhados.
  3. Utilize sistemas de purificação de ar, se os tiver. Se tem ar condicionado, deve acionar a opção de recirculação de ar (não utilize aparelhos elétricos se o incêndio é na sua habitação ou no seu prédio. Nesse caso, saia imediatamente da habitação).
  4. Se precisar de ir para a rua, numa zona com fumo, utilize um pano molhado para tapar o nariz e a boca.
  5. Se a temperatura estiver muito elevada dentro de casa e se não tiver ar condicionado, procure outro abrigo ou tente ser evacuado para uma zona com menos fumo.
  6. Se permanecer em casa, não fume, não acenda velas nem qualquer aparelho que funcione a gás ou a lenha. Evite tudo o que puder aumentar a poluição dentro de casa.
  7. Se tem de atravessar de carro uma zona com fumo, mantenha as janelas e os ventiladores fechados. Se o carro tiver ar condicionado, ligue-o em recirculação.
  8. Perante uma atmosfera com fumo, respire devagar, controle-se e não entre em pânico.
  9. Deve ter consigo a medicação de socorro (SOS) e usá-la, caso necessário. Se tiver ou mantiver as queixas, deve recorrer ao médico ou ao serviço de urgência mais próximo.
  10. As pessoas que sofrem de doença grave ou de outra situação que as debilite nas situações de calor, não devem colaborar no combate aos incêndios.

5 Conselhos para os dias de temperaturas elevadas:

  1. Evite permanecer no exterior e exposto ao sol, sobretudo entre as 11 e as 17 horas.
  2. Use roupas frescas e largas, sem grande exposição da superfície corporal ao sol. Opte por tecidos naturais, como algodão, e cores claras. Tecidos sintéticos não são recomendados.
  3. Hidrate-se bem (atenção às crianças e aos idosos): beba sobretudo água ou sumos de fruta natural, bebendo mesmo sem ter sede, evite bebidas alcoólicas, gaseificadas, com cafeína, ricas em açúcar ou quentes.
  4. Faça atividade física com reservas e nunca se esqueça da hidratação: os exercícios devem ser feitos em horários com menos intensidade de radiação e em local fresco e deve tentar sempre repor os sais minerais e o sal.
  5. Esteja atento aos sintomas de agudização de doença crónica de que sofra: tome diária e corretamente a sua medicação, siga os conselhos do seu médico e consulte-o se houver agravamento das queixas.
Reforçar o ensino na área das Ciências da Saúde
A Universidade Europeia e o Fórum Saúde para o Século XXI acabam de estabelecer uma parceria com o objetivo comum de reforçar o...

Visando a aplicação do conhecimento e da evidência científica para melhoria da qualidade e segurança dos cuidados de saúde prestados à população, o estabelecimento desta parceria prevê o alargamento do número de profissionais qualificados que acedem a uma carreira universitária, a inclusão das atividades de ensino, docência e formação profissional pós-graduada, tendo em vista a valorização e melhoria contínua do desempenho profissional e o incremento das atividades de investigação através da promoção de um crescente número de projetos de dimensão nacional e internacional.

“O Ensino Superior assume particular importância na dinâmica de crescimento económico e social de um país, através da elevação da qualidade e eficiência do ensino ao nível dos padrões de referência internacionais. A Universidade Europeia tem feito um investimento significativo na área de Ciências da Saúde em Portugal (tecnologia, inovação, capital humano e novos programas), agora reforçado com o know-how e o networking do Fórum Saúde para o Século XXI”, salienta a reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira.

“Procuramos estabelecer pontes entre a academia e o mundo real. O protocolo que assinamos com a Universidade Europeia é um bom exemplo disto, representa um importante passo no sentido de aproximarmos o conhecimento científico à prática do dia a dia de quem trabalha na saúde.”, acrescenta Andrea Lima, diretora executiva do Fórum Saúde para o Século XXI.

O Fórum Saúde para o Século XXI é uma organização que tem por missão a promoção do diálogo e da cooperação entre todas as pessoas e organizações que atuam nas áreas da saúde, da educação e da ação social, e que se tem assumido como um dos principais promotores de todas as iniciativas que inspirem mais saúde nas políticas públicas, procurando agregar os esforços desenvolvidos pelos diferentes atores, sejam eles do setor público, privado ou social.

Com o conhecimento profundo que tem adquirido nos últimos anos, a nível ibérico, através da abordagem One Health (Saúde Humana, Animal e Ambiental) e de um vasto portefólio de programas (Biomedicina, Veterinária, Medicina Dentária, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Nutrição, entre outros), esta é uma área estratégica para a Universidade Europeia que pretende fortalecer a sua capacidade de diferenciação no âmbito do ensino das Ciências da Saúde e, desta forma, ajudar ao enriquecimento da rede de ensino superior em Portugal, formando profissionais qualificados para ir ao encontro das necessidades da sociedade portuguesa.

Médica alerta
Catarina Peixinho, do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Pedro Hispano, dá cinco conselhos para prevenir e evitar...

Nos períodos mais quentes, como no verão, as Infeções do Trato Urinário (ITU) nas mulheres parecem ser mais frequentes, sendo a principal causa desta associação a desidratação (suor e respiração), alerta a médica Catarina Peixinho, do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Pedro Hispano. A especialista explica que as infeções acontecem quando esta desidratação “não é compensada devidamente pela maior ingestão de líquidos, o que gera menor produção de urina, e mais concentrada”.  

A ginecologista chama ainda a atenção para o aumento da humidade na região íntima durante o verão (transpiração, uso de biquínis, etc.), que fomenta uma maior proliferação de microrganismos. Por isso recomenda que as mulheres tenham “um cuidado redobrado com a hidratação (2 litros de água/dia), bons hábitos de higiene durante as micções, bem como micções mais frequentes, além de um trânsito gastrointestinal regularizado e a preferência pela utilização de roupa íntima de algodão como forma de prevenir as ITU”.   

De acordo com Catarina Peixinho a ITU é uma das infeções bacterianas mais incidentes no adulto, com elevados custos para a sociedade. “Considera-se infeção urinária, a presença de bactérias que promovem doença em qualquer parte do sistema urinário (rins, ureteres, bexiga), com exceção da uretra, que poderá ser colonizada com flora normal, como os lactobacilos e as neisserias não patogénicas”. A especialista salienta que os microrganismos podem chegar ao aparelho urinário por via hematogénea ou linfática, mas a via habitual é a ascendente, com origem no reservatório intestinal.  

Fatores de risco 

As mulheres apresentam uma prevalência maior, principalmente “devido a fatores fisiológicos, como a maior proximidade da uretra feminina ao ânus e o facto de ser uma uretra muito mais curta do que a masculina”, explica Catarina Peixinho. Acrescenta que, “em mulheres jovens, os maiores fatores de risco para cistite são atividade sexual recente ou frequente, uso frequente de espermicida nonoxinol-9 (presente em alguns preservativos) e antecedente de ITU”. Mas existem ainda outros fatores que aumentam o risco de ITU: as alterações na flora vaginal devido à gravidez ou menopausa, uso de antibióticos, alterações no esvaziamento vesical e problemas estruturais no trato urinário.  

Pico de incidência entre os 18 e os 30 anos 

Segundo a ginecologista, é difícil determinar em Portugal a incidência real da ITU adquirida na comunidade, mas “estima-se que 50 a 60% apresentará, pelo menos, um episódio ao longo da sua vida”. Quanto ao pico de incidência de infeções não complicadas do trato urinário baixo em mulheres “observa-se entre os 18 e os 30 anos, coincidindo com a idade de máxima atividade sexual na mulher e idade fértil”. Nas mulheres em fase de pós-menopausa, embora seja mais difícil estimar o número de infeções urinárias, calcula-se que, “aos 70 anos, 15% das mulheres apresentem bacteriúria assintomática, número que aumenta para 30-40% em mulheres hospitalizadas/instituições de geriatria e praticamente para os 100% em portadoras de sonda urinária permanente”.  

Diagnóstico e tratamento 

Catarina Peixinho adianta que “a história clínica é o instrumento mais importante para se fazer o diagnóstico de cistite aguda não complicada e deve ser apoiada por um exame objetivo orientado, podendo associar-se a uma análise de urina (tira-teste, urocultura)”. Os principais sintomas são o aumento da frequência e urgência em urinar, ardor ou dor ardor em cada ida à casa de banho, urina turva e com mau cheiro, dor na região púbica e sangue na urina.  

A médica sublinha que “a diferenciação entre cistite complicada e não complicada é vital devido aos aspetos relacionados com a evolução clínica e a escolha e duração da antibioterapia”. Explica que, nos últimos anos, em Portugal, a E. coli tem mostrado elevada resistência às quinolonas e ao cotrimoxazol, o que provavelmente se deve ao elevado consumo destes antibióticos.  

“A fosfomicina e a nitrofurantoína, têm sido os antibióticos recomendados como primeira linha no tratamento de cistites não complicadas, revelando um elevado perfil de sensibilidade por parte da E. coli”, acrescenta. Mas avisa que estes podem prejudicar também as bactérias benéficas para o nosso organismo e levar a um círculo vicioso de infeção, tratamento e reinfeção. 

Por isso, frisa que “há um interesse crescente em métodos alternativos de prevenção das infeções do trato urinário e alternativa aos antibióticos”. Dá como exemplo o consumo de cranberrys, D-manose e o uso de probióticos contendo lactobacilos, que ajudam arestaurar a microbiota vaginal em mulheres com tendência para infeções urinárias. Diversos estudos sugerem que os probióticos podem prevenir a adesão, o crescimento e a colonização de bactérias uropatogênicas. 

Outra possibilidade é a utilização de uma vacina capsular oral composta por fragmentos de 18 estirpes de E. coli para as mulheres que não desejam utilizar antibióticos, ou quando os mesmos não se revelarem eficazes. 

CINCO CONSELHOS PARA O VERÃO 

  1. Hidrate-se bem. Como está calor e transpiramos mais é importante repor a perda de líquidos. É uma boa forma de prevenir infeções urinárias.  
  2. Não adie a ida à casa de banho. A falta de hidratação aliada a uma urina mais concentrada faz aumentar o risco de uma infeção. Por isso, quando a bexiga der sinal, vá à casa de banho. 
  3. Faça uma alimentação rica e variada. Junte às boas escolhas alimentares cranberrys e probióticos contendo lactobacilos para prevenir as infeções. Um bom trânsito intestinal também é importante para o sistema urinário. 
  4. Deixe secar bem o fato de banho ou biquíni antes de se vestir e sair da praia para evitar humidade excessiva na região íntima. Prefira roupa íntima de algodão em vez da sintética. Evite roupas muito apertadas. 

Escolha produtos adequados para lavar a zona íntima. Uma higiene excessiva ou o uso de produtos inadequados que podem causar irritação ou favorecer o aparecimento de infeções. Evite produtos antissépticos e opte por soluções de lavagem suaves sem sabão. Deve lavar-se bem (de frente para trás) e secar-se cuidadosamente. Se necessário, aplicar um cuidado calmante. Durante a menstruação troque os pensos ou os tampões com regularidade.

“Volta ao Cérebro em 4 Dias!"
De 26 a 29 de julho, estudantes de licenciatura e de mestrado vão poder frequentar a escola de verão “Volta ao Cérebro em 4...

Com foco nas Neurociências, a iniciativa “dá uma oportunidade de aproximar a investigação que se faz no CIBIT/ICNAS da comunidade académica, no contexto da translação da ciência básica para a aplicação”, explica o diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), Miguel Castelo-Branco.

A escola de verão vai contar com diversas atividades, como oficinas práticas, conversas com investigadores e palestras, que vão permitir aos estudantes perceber como se faz investigação na área das Neurociências, contactando, nomeadamente, com as diferentes técnicas usadas para estudar o funcionamento do cérebro e com investigadores.

Durante os quatro dias de formação, vão ser abordadas diversas temáticas, nomeadamente comunicação de ciência, ensaios clínicos, envelhecimento, publicação científica ou doenças neuropsiquiátricas. O diretor do CIBIT e docente da FMUC acrescenta que “as temáticas abordadas são eminentemente interdisciplinares, da neurociência cognitiva, às interfaces homem-máquina, imagem médica molecular e os estudos de intervenção terapêutica”.

A formação é aberta a estudantes de várias áreas do saber, como Biomédica, Engenharia, Psicologia, Física, Medicina, Biologia e Bioquímica, mas também a outras áreas que dialoguem com as Neurociências. Miguel Castelo-Branco adianta que “este tipo de iniciativa permite aos participantes ter uma modalidade de treino e aquisição de conhecimentos diferente, mais orientada para a aquisição de competências de investigação, incluindo práticas experimentais”. O docente da Universidade de Coimbra destaca ainda que as competências adquiridas durante a escola de verão “podem ser muito úteis para uma futura escolha de carreira, não necessariamente de investigação, pois são dados exemplos de aplicações em várias áreas da Biomedicina, Psicologia e Engenharia Biomédica”.

Os quatro dias de atividade presencial vão decorrer no Polo III da Universidade de Coimbra.

Mais informações sobre o programa e as inscrições da escola de verão estão disponíveis em https://cibit-uc.github.io/summerschool/.

Em debate
Nos dias 7 e 8 de Julho em Siena (Itália), a GSK reuniu 65 especialistas em imunologia, vacinologia, epidemiologia e...

Investigação científica recente demonstrou que as alterações climáticas, a perda da natureza e a saúde humana estão profundamente interligadas. Os dados mostram que a ameaça de doenças infecciosas está a crescer à medida que as alterações ambientais estão a exacerbar os problemas de saúde respiratória, aumentando a propagação de doenças como a malária e fomentando a resistência antimicrobiana. Esta evidência realça a importância da prevenção de doenças na construção da resiliência sanitária, através da utilização e distribuição equitativa de vacinas e intervenções ambientais.

Para abordar estes desafios e procurar encontrar soluções, as sessões plenárias e discussões dos grupos de trabalho dos especialistas vão concentrar-se em debater os seguintes temas:

  • Como podem as vacinas mitigar os efeitos das alterações ambientais?
  • Desenvolver estrategicamente vacinas para prevenir a transmissão de doenças humanas-animais
  • Dar prioridade aos agentes patogénicos para o desenvolvimento de vacinas para a resistência antimicrobiana (AMR)
  • O papel das vacinas na proteção da diversidade microbiana
  • Como assegurar o acesso equitativo às vacinas no futuro
  • Maximizar o impacto das vacinas nos objetivos de desenvolvimento sustentável

"Com as questões de saúde global a tornarem-se cada vez mais graves, à medida que o ritmo das mudanças ambientais acelera, a prevenção de doenças está a tornar-se cada vez mais importante. As vacinas têm um papel fundamental na resposta a estas ameaças. A reunião “Palio” é uma oportunidade para a comunidade científica refletir sobre como podemos maximizar o impacto das vacinas", considera Rino Rappuoli, Head External R&D & Chief Vaccine Scientist da GSK, um dos fundadores da iniciativa “Palio”.

A reunião Palio 2022 sustenta o propósito da GSK de se antecipar às doenças e reflete o empenho da biofarmacêutica em colocar a saúde no centro da intervenção ambiental. A GSK tem um longo legado de inovação para responder a doenças que afetam, de forma desproporcional, países de baixo e médio rendimento, ao tornar as suas vacinas e medicamentos acessíveis e disponíveis.

"As vacinas têm um papel importante na proteção da saúde das pessoas, mas a nossa compreensão do seu impacto mais amplo, como a redução da propagação e do risco de bactérias resistentes aos antibióticos, ainda é incipiente. A reunião Palio 2022 salienta que há um reconhecimento crescente das interligações entre saúde, clima e natureza. Assim, a comunidade científica deve utilizar este momento para aumentar conhecimento e, em última análise, encontrar soluções para os desafios globais de saúde e sustentabilidade", defende Eliora Ron, Professora de Microbiologia da Universidade de Tel-Aviv e Presidente da UISM (União Internacional de Sociedades Microbiológicas).

8 de julho – Dia Mundial da Alergia
Assinala-se hoje, 8 de julho, o Dia Mundial da Alergia. Esta iniciativa conjunta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da...

É precisamente neste âmbito e com o objetivo de esclarecer a população que a SPAIC vai realizar hoje, na sua página de Facebook, pelas 21h00, o Consultório Online dedicado à alergia alimentar.

As alergias alimentares são frequentemente a primeira manifestação de doença alérgica e embora sendo mais frequentes na infância podem surgir em qualquer idade decorrendo habitualmente da ingestão do alimento, mas também a inalação ou o contacto cutâneo com os alergénios alimentares podem desencadear sintomas. Mundialmente, cerca de 250 milhões de pessoas podem sofrer de alergias alimentares sendo este um problema sério de saúde.

Apesar de qualquer alimento poder ser responsável por causar alergia alimentar, existem alguns que mais frequentemente são implicados nas alergias alimentares na infância, como o leite de vaca, o ovo e o trigo. Relativamente ao seu tratamento, baseia-se essencialmente no tratamento dos episódios agudos provocados pela ingestão e na identificação e evicção dos alimentos, ingredientes ou aditivos alimentares responsáveis pela ocorrência dos sintomas.

A SPAIC integra um Grupo de Interesse em Alergia Alimentar cuja principal missão passa precisamente por educar e apoiar os doentes com este tipo de alergia e os profissionais de saúde que os acompanham.

Pessoas com atividade profissionais ao ar livre
A iniciativa “De Sol a Sol”, em parceria com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), tem como objetivo aumentar o...

A sensibilização da população para os riscos do Sol e do Trabalho ao ar livre é importante ao permitir alertar para os riscos da exposição solar excessiva e cumulativa decorrente de atividades profissionais no exterior, bem como informar sobre medidas de prevenção.

O número de casos de cancro da pele está a aumentar a nível mundial e estima-se que em Portugal sejam diagnosticados anualmente mais de 12 mil novos casos, sendo que 11 mil são cancros de pele não melanoma.

As profissões que envolvem trabalho ao ar livre (como por ex. agricultura, pesca, construção civil, jardinagem, …)  estão associadas à exposição a doses elevadas de radiação UV durante muitas horas, por vezes nas horas de maior perigo2. Zonas como as orelhas, rosto e antebraços são especialmente afetadas e gestos simples como o uso de chapéu de abas largas e camisolas de manga comprida, aplicação de proteção solar nas partes do corpo expostas ao sol e evitar as horas de maior intensidade dos raios UV poderão ajudar a prevenir um problema oncológico grave e com elevadas consequências físicas e emocionais. Mudando comportamentos simples diários podemos prevenir a ocorrência de número significativo de cancros da pele.3

De acordo com João Maia e Silva, Presidente da APCC, “Queremos alertar para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. É fundamental que as pessoas com profissões onde ocorre uma maior exposição aos raios UV tenham cuidados redobrados em relação à sua pele pois a mesma memoriza as agressões pelo Sol ao longo da vida. O excesso de exposição ao Sol e sobretudo as vermelhidões ou queimaduras solares são fator de risco. Por outro lado, importa também destacar a importância do diagnóstico precoce para o tratamento dos Cancros da Pele, relembrando que a realização do autoexame, e a consulta de um médico dermatologista sempre que existam dúvidas sobre um sinal é importante para uma deteção atempada.”.

A realização do autoexame e a marcação rápida de uma consulta de Dermatologia são determinantes, uma vez que quando diagnosticados precocemente, a maioria dos cancros da pele é curável.

O ano passado, esta iniciativa impactou centenas de profissionais ligados aos principais setores associados ao trabalho de exterior, como a pesca, agricultura e construção. Este ano, a campanha irá decorrer a nível nacional, nomeadamente através da iniciativa “De Sol a Sol vai às compras”, que estará representada no dia 9 de julho na loja Bricomarché de Arcozelo e no dia 6 de agosto na loja Bricomarché de Malveira, com o objetivo de informar e alertar a população para este tema.

 

 

Irmãs Hospitaleiras
O projeto NO STRESS integra-se no âmbito do Programa Nacional para a Saúde Mental (Saúde Mental da infância e adolescência) e é...

Perante o grande impacto, ao nível da saúde mental, da pandemia por COVID-19 nas crianças e adolescentes, o NO STRESS procura promover a prevenção de perturbações mentais entre jovens e adolescentes em meio escolar, contribuindo assim para o bem-estar psicossocial nesta faixa etária.

Ao longo do ano letivo 2021/2022 foi desenvolvida uma intervenção junto de cerca de 500 crianças e jovens, procurando aumentar o conhecimento sobre os sentimentos e pensamentos negativos associados à pandemia COVID-19 e promover a autorregulação das emoções e a esperança, garantindo a aquisição de estratégias preventivas.

Capacitámos famílias/encarregados de educação e comunidade educativa para a deteção precoce de sinais de sofrimento mental e consequente aumento do acesso a respostas de apoio.

Em outubro deste ano, será ainda disponibilizado um manual com descrição da metodologia de intervenção, de forma a possibilitar a replicação do projeto. 

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