Calor e humidade
Verão é sinónimo de calor, férias e diversão.

Ao contrário do que pode pensar, as queimaduras solares não são o principal motivo de consulta nesta época do ano. A verdade é que, como o aumento das temperaturas e da transpiração, estão criadas, por exemplo, as condições perfeitas para a proliferação de fungos. No entanto, as micoses – que podem atingir os dedos dos pés ou as virilhas - não são as únicas doenças de pele que podem “estragar” as suas férias.

Os cuidados com a pele são importantes durante o ano inteiro mas durante a estação mais quente precisamos redobrar a atenção para evitar surpresas. Não só não devemos descurar o uso de proteção solar, evitando a exposição direta excessiva entre as 10h e as 16h, como devemos manter a pele limpa e seca (tanto quanto for possível) para evitarmos algumas dermatoses.

Micoses

A micose de pele é um tipo de doença causada pela presença de fungos na pele que causa comichão, vermelhidão e descamação e pode atingir qualquer região do corpo. No verão é bastante frequente atingir os dedos dos pés (pé-de-atleta) ou as virilhas.

Causado pelos fungos Trichophyton, Mycrosporon ou Epidermophyton, o pé de atleta (ou Tinea Pedis) é uma infeção altamente contagiosa e que pode rapidamente estender-se a outras partes do corpo. Por isso todo o cuidado é pouco!

O tratamento com um antifúngico tópico (colocado diretamente sobre a pele) é uma forma rápida e eficaz de combater esta infeção. No entanto, em alguns casos é necessário recorrer à terapêutica oral.

Mais frequente em obesos, atletas ou pessoas que usem roupas demasiado apertadas, a Tinea Cruris – infeção fúngica que atinge as virilhas – provoca prurido intenso e rash cutâneo,

A micose da virilha, como é vulgarmente conhecida, é considerada a segunda dermatofitose mais comum e pode estender-se a toda a região púbica, atingindo nádegas e coxas. É três vezes mais comum entre homens e, tal como o pé de atleta, pode ser tratada com pomadas antifúngicas.

Especialistas aconselham a secar bem a pele depois do banho e a usar roupa interior de algodão.

Acne Solar

Caracterizado por uma erupção que atinge principalmente o tronco e os ombros, o acne solar surge frequentemente após a exposição intensa ao sol. Com aparência diferente da acne comum, apresenta pústulas (elevações da pele repletas de pus) menores, menos inflamatórias e que secam mais rapidamente.

Muito comum durante o verão, a acne solar pode ser evitada com a utilização de filtros solares, de preferência com base não oleosa (“oil free”), aplicados antes e durante a exposição ao sol.

Quanto ao tratamento, este poderá ser igual ao aplicado na acne vulgar, como é o caso do uso de exfoliantes e antibióticos em loção ou gel, sempre que houver inflamação.

Foliculite

A foliculite ocorre quando existe infeção dos folículos pilosos causada por bactérias, como o estafilococo, ou outros fatores. No verão, o calor e o suor são os principais fatores que condicionam o seu desenvolvimento.

Apesar de existem dois tipos de infeção, consoante a sua “gravidade”, a maioria não traz complicações. A foliculite superficial afeta apenas a parte superior do folículo piloso e cursa com borbulhas com ou sem pus, pele avermelhada e inflamada, e algum prurido.

No entanto, caso a inflamação atinja áreas mais profundas da pele, pode haver a formação de furúnculos apresentando dor intensa.

As foliculites bacterianas podem ser tratadas com antibiótico tópico, oral ou uma combinação dos dois.

A melhor forma de prevenção passa por manter a pele limpa e seca.

Pitiríase Versícolor

Considerada um infeção leve e não contagiosa, a Pitiríase Versicolor é uma infeção fúngica da primeira camada superficial da pele, causada por um fungo encontrado na flora normal da pele, conhecido como Malassezia furfur, e que provoca o surgimento de placas escamosas e incolores. Tronco, pescoço e, por vezes, o rosto são as zonas mais atingidas por estas lesões.

A Pitiríase Versicolor, também conhecida como “micose de praia” ou “pano branco”, é resolvida com aplicação tópica de medicamentos antifúngicos.

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Infecções bacterianas da pele

Tipos de acne: tratamento e prevenção

Micoses superficiais da pele

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Técnica de radiologia de intervenção
Uma equipa multidisciplinar do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) aplicou recentemente técnica inovadora para...

A técnica foi aplicada numa grávida com 38 anos, sem filhos, portadora de uma prótese valvular mecânica, desde os 14 anos, devido a uma patologia cardíaca congénita. Esta alteração cardíaca assim como outras comorbilidades associadas (trombofilia) conferiam-lhe, na gravidez, um elevadíssimo risco tromboembólico, com necessidade de uma monitorização apertada em termos de hipocoagulação, de forma a evitar a formação de trombos na corrente sanguínea que poderia ser fatal.

Às 22 semanas de gestação ocorreu a formação de um trombo valvular que levou a internamento nos cuidados intensivos da cirurgia cardiotorácica do CHUC. Na sequência desta complicação a grávida teve um AVC, do qual conseguiu recuperar quase na totalidade tendo-se mantido vigilância apertada.

Esta gravidez, de muito alto risco, culminou com a preparação de uma cesariana programada às 35 semanas no polo HUC do CHUC, envolvendo uma equipa multidisciplinar com várias especialidades: Ginecologia e Obstetrícia, Anestesia, Radiologia de Intervenção, Imunohemoterapia, Cardiologia e Pediatria. O maior desafio foi manter a hipocoagulação adequada, sem que ocorresse uma hemorragia abundante quer durante quer após a realização da cesariana. Para este efeito, foram colocados dois balões hemostáticos nas artérias ilíacas internas, por via percutânea.

Desta forma, foi possível fazer um controlo local do fluxo sanguíneo que irriga o útero, bloqueando-o temporariamente, sem comprometer o bem-estar da criança e mantendo a hipocoagulação necessária no resto do organismo. O procedimento decorreu sem intercorrências, com perdas mínimas de sangue e quer a mãe quer a bebé estão bem.

A técnica dos balões hemostáticos utilizada pela radiologia de intervenção foi descrita para os casos de acretismo placentar (retenção placentar) em que se realiza histerectomia logo após a cesariana. Esta técnica nunca tinha sido utilizada em grávidas antes de retirar o bebé.

 

Com corridas noturnas e muitas atividades em família
Portugal pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), está de regresso de 23 a 30 de setembro próximo. Com o início...

“A principal mensagem desta oitava edição da Semana Europeia do Desporto, uma vez mais plena de atividades para todos, sem exceção, é que, depois de dois anos de menor atividade física devido à pandemia e aos sucessivos confinamentos, está na altura de regressarmos todos às atividades indoors e outdoors que nos ajudam a estar mais ativos e saudáveis, inclusive em casa e no local de trabalho. Acima de tudo, devemo-nos mexer pela nossa saúde e essa é a principal meta a cortar em 2022: o combate à inatividade e ao sedentarismo”, afirma o Presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Vítor Pataco.

A Semana Europeia do Desporto 2022, iniciativa da Comissão Europeia iniciada em 2015 e coordenada em Portugal pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), regressa, uma vez mais com o objetivo de promover a atividade física junto de todos os cidadãos e ao longo de todo o ano.

À semelhança de edições anteriores, o tema da campanha é #BeActive e esta iniciativa continua a merecer o apoio, o carinho e o envolvimento de muitas figuras do desporto nacional.

Estruturada nos temas educação, locais de trabalho, atividades ao ar livre, atividades em casa, clubes desportivos e centros de fitness, destacam-se na SED – 2022, entre outras, o #BEACTIVE NIGHT, uma corrida e caminhada de 5 km para pessoas de todas as idades em circuitos específicos criados no Jamor e em Vila Nova de Famalicão (visite www.beactivenight.pt) ou o #BEACTIVE EM FAMÍLIA, onde, na tarde de sábado, 24 de setembro, as famílias podem experimentar diversas modalidades desportivas (atletismo, basquetebol, boxe, canoagem, ciclismo, escalada, futebol, golfe, judo, karts, mini golfe, remo, vela, voleibol, mas também fitness, dança ou animação) no Centro Desportivo Nacional do Jamor.

 

Catarina Frazão Santos é a editora-chefe da npj Ocean Sustainability
Catarina Frazão Santos, investigadora e docente do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de...

A primeira edição da revista publicada online a 10 de agosto de 2022 inclui o editorial de lançamento, assinado pela equipa editorial - Catarina Frazão Santos, Tundi Agardy, Edward H. Allison, Nathan J. Bennett, Jessica L. Blythe, Helena Calado, Larry B. Crowder, Jon C. Day, Wesley Flannery, Elena Gissi, Kristina M. Gjerde, Judith F. Gobin, Clement Yow Mulalap, Michael Orbach, Gretta Pecl, Marinez Scherer, Austin J. Shelton, Carina Vieira da Silva, Sebastián Villasante & Lisa Wedding -, composta por 20 peritos de várias nacionalidades e instituições de renome.

Num artigo de opinião publicado no site da Ciências ULisboa, Catarina Frazão Santos, apresenta a nova revista científica que tem um cariz fortemente interdisciplinar e que está particularmente interessada em investigação que incida sobre as interligações existentes entre ciência, política e prática, bem como abordagens sistemáticas, soluções transformativas, e inovação para suportar a sustentabilidade do oceano a múltiplos níveis, daí que sejam incentivadas submissões provenientes de qualquer área disciplinar (ou combinação de áreas), desde que sejam cumpridos os padrões académicos da área e a investigação esteja claramente alinhada com a sustentabilidade do oceano.

Catarina Frazão Santos foi convidada em setembro de 2021 para fundar esta revista. A bióloga marinha de formação especializou-se em ordenamento do espaço marinho e políticas do mar, trabalhando como especialista internacional nesta área.

 

Programa ReADAPTAR
O Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil (IPO de Coimbra) lançou o Programa ReADAPTAR, um banco de...

Em comunicado, o IPO de Coimbra explica que a perda auditiva é muitas vezes fator de isolamento social pela dificuldade de comunicação que acarreta, com potencial para induzir quadros de ansiedade e depressão, pelo que este programa pretende contribuir para devolver a capacidade de audição aos doentes oncológicos, independentemente da fase da doença ou do tratamento.

O Programa ReADAPTAR é uma iniciativa do Serviço de Otorrinolaringologia que está acessível a toda a comunidade e que funcionará numa perspetiva de complementaridade às respostas já existentes.

De acordo com o IPO de Coimbra, são candidatos ao programa ReAdaptar “todos os doentes oncológicos do IPO de Coimbra que beneficiem de prótese auditiva (prescrita em consulta) unilateral ou bilateralmente, de acordo com a avaliação efetuada no Gabinete de Audiologia”.

O banco de próteses auditivas que possam ser readaptadas para os doentes oncológicos, espera contar com a doação de aparelhos em desuso, cedidos por particulares, próteses auditivas descontinuadas ou equipamentos de campanhas de “Retoma”, por empresas ou fabricantes, assim como equipamento e software de programação.

 

Doença neurológica
Sendo a enxaqueca mais comum nos adultos em idade laboral, esta apresenta, neste contexto, um impact

Embora a enxaqueca possa atingir qualquer pessoa, em qualquer idade, - pensa-se, aliás, que esta possa surgir desde a nascença, “no entanto, os sintomas de enxaqueca em bebés podem ser muito difíceis de aferir por se confundirem com outras doenças e não haver possibilidade do bebé se expressar” -, esta é mais comum entre adultos, atingindo três vezes mais o sexo feminino. Não obstante, apesar de não se saber ao certo o que está na sua origem, admite-se que existe uma componente genética e ambiental associada ao seu desenvolvimento.

“A enxaqueca acontece no cérebro, nos nervos que dele partem e nas artérias que lhe fornecem sangue, num circuito chamado sistema trigeminovascular. Ainda não se sabe ao certo porque é mais sensível e fica erroneamente ativado nalgumas pessoas, mas há determinantes genéticos, que explicam a componente hereditária, e determinantes ambientais, que explicam porque é que nalgumas pessoas expostas a determinadas hormonas (como os estrogénios nas mulheres), medicamentos, alimentos, bebidas, variação no padrão de sono, e estímulos sensoriais como luzes e cheiros desenvolvem uma crise de enxaqueca”, começa por explicar a neurologista do Hospital Garcia de Orta, Liliana Pereira.

Infelizmente, por ser tão comum entre a população pode ser desvalorizada e considerada como apenas “mais uma dor de cabeça”, alerta a especialista. “Todos conhecem alguém que já teve uma e passou sem trazer consequências, alguém que oferece um comprido que já funcionou para ele/ela no passado e insiste que se experimente, ou oferece o seu conselho sobre alternativas terapêuticas não farmacológicas. Atendendo à componente hereditária da enxaqueca, muitos dos doentes também cresceram em estreita proximidade com um sofredor de enxaqueca e podem utilizar estratégias aprendidas por imitação neste contexto, pouco cientes das oportunidades de tratamento atualmente disponíveis”, explica.

Por isso, importa saber distinguir sintomas, valorizando o facto de que esta é uma patologia com elevado impacto socioecónomico, mas que tem tratamento, sendo todo o sofrimento evitável.

“A enxaqueca é uma doença do sistema nervoso central que pode começar horas a dias antes da dor propriamente dita, com sintomas prodrómicos como depressão, irritabilidade, letargia, sensibilidade exagerada às luzes e aos sons, dificuldade de concentração, bocejo ou outros, bastante variados”, descreve Liliana Pereira. “Para algumas pessoas pode ser apenas uma sensação indefinida e mal caracterizada de que uma crise de enxaqueca está iminente”, acrescenta.

Outro dado importante é que, se estima que “uma em cada três pessoas com enxaqueca tem também aquilo a que se chama aura, que é um conjunto de sinais neurológicos, como perturbação na visão, formigueiros ou dormência e dificuldade em encontrar ou compreender as palavras, que se instalam gradualmente e duram cerca de cinco a sessenta minutos”.

“Segue-se a dor que mais tipicamente é unilateral, pulsátil, de intensidade moderada a grave, agravando com a atividade física de rotina, como caminhar ou subir escadas. Acompanham muito frequentemente esta fase náuseas, vómitos, sensibilidade aumentada à luz e aos sons”, adianta a médica.

A dor que caracteriza a enxaqueca pode durar até 72 horas e sintomas como o cansaço ou dificuldade de concentração podem continuar a persistir para lá deste período.

“Estes sintomas podem não estar todos presentes no mesmo doente, mas são em número habitualmente suficiente para distinguir a enxaqueca da cefaleia tipo tensão, uma dor mais frequentemente bilateral, em pressão ou aperto (não pulsátil), de intensidade ligeira a moderada, não agravada pela atividade física de rotina e sem náuseas acompanhantes”, explica a neurologista.

Com um grande impacto no dia-a-dia de quem dela padece, - “a gravidade da enxaqueca é tão maior quanto a incapacidade que implicar na realização das tarefas de rotina daquela pessoa” -, estima-se que, no contexto laboral, esta seja responsável pela perda de 27 mil milhões de euros, todos anos, em matéria de produtividade. “Este valor engloba não só os dias de trabalho perdidos por falta, mas também a perda de produtividade do trabalhador que, presente no local de trabalho, devido à intensidade da dor, sintomas acompanhantes e queixas cognitivas, não consegue ter o seu desempenho habitual”, revela a especialista.

“Felizmente, há estratégias que os empregadores podem adotar para minimizar este impacto: instituir programas educacionais sobre enxaqueca, aumentando o alerta sobre a doença, programas de identificação da doença e acompanhamento médico do trabalhador, e instituir um ambiente promotor de saúde, com disponibilização de recursos como ginásio e saúde ocupacional, e limitação de fatores desencadeantes com ambientes muito ruidosos, com luzes brilhantes, má qualidade do ar e difícil acesso a água”, salienta.

«Quem tem desencadeantes bem identificados para as crises pode tentar evitá-los»

De acordo com a neurologista, sempre “que não haja uma resposta completa da crise aguda de dor à medicação de venda livre na farmácia e outras estratégias que a pessoa possa utilizar para obter alívio da dor, e quando o número de vezes que a dor se repete por semana ou por mês é suficiente para interferir no dia-a-dia da pessoa e limitar a sua aprendizagem na escola, produtividade no trabalho e capacidade de aproveitar os tempos livres”, deve ser consultado um médico, de modo a instituir o tratamento indicado.

Segundo Liliana Pereira, o tratamento da enxaqueca assenta em três pilares: o tratamento farmacológico da crise aguda de enxaqueca, o tratamento farmacológico preventivo e o tratamento não farmacológico.

“O tratamento da crise aguda tem como objetivo aliviar rapidamente a dor e os sintomas acompanhantes, que se ligeiros respondem habitualmente à medicação analgésica e anti-inflamatória disponível em venda livre nas farmácias”, diz. No entanto, se este não for suficiente, “pode ser necessário o uso de doses mais altas, apenas disponíveis com receita médica, ou o uso de medicação específica para a enxaqueca, que se chamam triptanos”.

“Nos casos em que as náuseas são um sintoma importante pode ser também necessário utilizar medicação específica para este sintoma, ou usar supositórios em vez de comprimidos para evitar que se perca o efeito da medicação”, acrescenta chamando a atenção para o facto de que “quanto mais rapidamente a medicação for tomada depois do início da crise maior será a probabilidade de fazer efeito, no entanto, há que ter cuidado e não tratar crises muito frequentes sem aconselhamento médico porque há o risco de ao tomar muitas vezes a medicação para a dor vir a causar mais dores de cabeça no futuro”.

“O tratamento preventivo nestes casos ajuda a reduzir o número de crises de enxaqueca por mês, a reduzir a sua intensidade e a melhorar a resposta aos medicamentos analgésicos”, diz.

Quanto ao tratamento não farmacológico, este implica mudanças no estilo de vida: “ter um horário regular de sono com o número de horas suficiente, ter uma alimentação saudável e boa hidratação ao longo do dia, e praticar exercício físico de forma regular, principalmente exercício aeróbico”.

De acordo com a especialista, “há várias comidas e bebidas que são identificadas pelas pessoas com enxaqueca como despoletando crises”. “Quanto ao exercício físico está demonstrado que a prática regular de exercício físico aeróbico pode ser benéfica na prevenção da enxaqueca. Mas se a pessoa já está com dor no momento em que inicia o exercício, é provável que vá piorar da mesma com a atividade física, pelo que nessa ocasião deve ser evitada”, revela.

Quando não for possível identificar os fatores que desencadeiam uma crise, “terapias realizadas pela Psicologia, como a terapia cognitivo-comportamental, podem ajudar a lidar com os desencadeantes inevitáveis”.

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Infeção fúngica da pele
A chegada do Verão é sinónimo de calor, sol e, consequentemente, peles bronzeadas, o que poderá repr

Esta é uma infeção fúngica da pele que ocorre devido ao crescimento anormal de um fungo, o Malassezia furfur, que se encontra na flora natural da pele e cresce quando encontra as condições ideais.

A infeção caracteriza-se pelas múltiplas manchas brancas (mas que também podem adotar outras tonalidades, dependendo do tom de pele do afetado) com ligeira descamação e que se localizam geralmente na parte superior do tronco, nos braços e no pescoço. Por este motivo, é mais fácil de identificar durante o Verão, já que há um maior contraste entre a pele infetada e a saudável, sendo esta a razão pela qual é associada à praia. Em casos mais severos, é ainda possível sentir dor ou comichão.

Como tal, é crucial desmitificar a falsa ideia de que esta é uma doença contagiosa. Não existe risco de transmissão do fungo de pessoa para pessoa, nem de contágio em locais públicos, como piscinas ou balneários, ao contrário do que acontece em outras infeções fúngicas da pele, como o pé de atleta.

Aliadas a outros fatores ambientais, genéticos ou imunológicos, as condições ideais de temperatura e humidade são o que leva o fungo Malassezia furfur a crescer descontroladamente, provocando a pitiríase versicolor. A melhor forma de tratar esta condição é através da utilização de um antifúngico eficaz. Os antifúngicos tópicos são os mais comuns por serem de aplicação direta na pele e, por isso, fáceis de aplicar.

Dependendo da extensão da infeção, pode ser necessário o uso de medicamentos orais que devem ser tomados apenas com prescrição de um médico. No entanto, existem alguns cuidados a ter para prevenir o seu aparecimento e facilitar a recuperação:

  1. Tomar banho com frequência – A pitiríase versicolor tende a desenvolver-se mais facilmente em ambientes ricos em lípidos. Assim, é crucial tomar banho com maior frequência, de forma a reduzir a quantidade de sebo na pele.
  2. Secar bem a pele – Os ambientes húmidos criam condições favoráveis à propagação dos fungos como a pitiríase versicolor, pelo que é importante secar bem a pele sempre que se molhar.
  3. Evitar a utilização de produtos oleosos na pele - O excesso de oleosidade na pele proporciona uma das condições ideais para o fungo Malassezia furfur crescer de forma descontrolada e provocar pitiríase versicolor. Neste sentido, é recomendado que evite o uso de produtos oleosos.
  4. Proteger a sua pele do sol – A exposição solar potencia a ação do fungo que causa a pitiríase versicolor e favorece o aumento do contraste entre as manchas e a pele saudável, pelo que é recomendado evitar a exposição solar e usar sempre protetor solar.
  5. Utilizar preferencialmente roupas largas e de algodão – A humidade e a temperatura são dois fatores que levam ao crescimento do fungo Malassezia furfur e, por isso, deve utilizar roupas que permitam reduzir a transpiração.
  6. Estar mais atento em determinadas idades – A pitiríase versicolor é mais comum nos jovens adultos fisicamente ativos, em crianças e nos adolescentes. Isto pode dever-se às alterações hormonais que aumentam a produção de sebo na pele.
  7. Consultar o seu médico – Caso estejam a ser tidos em conta todos os cuidados e a ser realizado o tratamento adequado, mas não houver melhoria dos sintomas até 4 semanas ou a infeção continue a disseminar-se, deve consultar o seu médico para evitar o agravamento da infeção.
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Terapia
O processo de regressão ainda intriga muitas pessoas.

"O processo de regressão não envolve nenhum tipo de magia ou coisa mirabolante. Também não é nada místico, nem tem que ver com a pessoa acreditar ou não. É como quando perguntam o que comeu no almoço e você para, pensa, lembra e responde. Nesse momento, está a fazer uma regressão de memória", explicou.

O profissional de saúde explicou que o processo consiste, basicamente, em ser incentivado a pensar e lembrar de algo que já aconteceu. "Esse facto pode ter acontecido há dois minutos, ou há anos. Você está a pensar no presente, em algo que aconteceu no passado", disse.

O processo é muito utilizado durante as terapias para identificar traumas e acontecimentos no geral que interferem no agora: nas formas de se relacionar com as pessoas, no jeito de lidar com as mais diversas situações e até na forma como cada pessoa se enxerga e se entende.

“Temos a partir desse processo, o acesso a perceção daquilo que aconteceu a qual podemos gerar uma nova interpretação, que pode contribuir com o que acontece na nossa vida no agora”, disse.

O psicólogo explicou: “uma pessoa que sofreu uma tentativa de abuso sexual na infância, sem perceber, pode criar um bloqueio que a sabote no processo de emagrecimento no presente, como se a mente subconsciente funcionasse como um “segurança cego”, dizendo: “se continuar a engordar, vai evitar que outros tentem cometer abusos.” Então, através de um processo de regressão dentro da terapia, de forma bem feita, é possível ajudar essa pessoa a perceber que cresceu, e que não corre mais risco contra aquele abusador, e que ela pode ser amada e respeitada como verdadeiramente merece. Contribuindo para gerar novos significados aos traumas, de forma a poder se sentir mais livre no presente, construindo significados mais positivos sobre a própria história.”

Por fim, Romanni afirmou que uma coisa curiosa sobre a regressão também é que nunca se tem acesso àquilo que de facto aconteceu, mas sim da perceção do acontecido, mas é justamente por isso que a terapia funciona tão bem.

“Um exemplo, duas pessoas na mesma festa. A primeira pode-se lembrar da festa dizendo que a festa estava maravilhosa. A segunda pode dizer que a festa estava horrível. O trabalho a ser feito na regressão sempre tem haver com perceção subjetiva do acontecimento, não com o acesso ao acontecimento em si”, finalizou. 

 

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“Especial Grávida”
A Academia Mamãs Sem Dúvidas realiza uma nova edição “Especial Grávida”, dedicada à pedagogia Montessori, um tema cada vez mais...

Maria Montessori estudou o funcionamento do cérebro infantil para assim desenvolver o seu trabalho e potenciar o desenvolvimento da criança. Caracteriza-se por proporcionar vários níveis de independência, autonomia, liberdade com limites e acima de tudo, por um respeito revolucionário pela criança. Consiste numa pedagogia de ensino assente essencialmente em três pilares: o ambiente preparado, o adulto preparado e os materiais.

É sobre esta pedagogia, em particular a forma como os casais devem introduzir a pedagogia Montessori na gravidez e nos primeiros meses de vida do bebé, que Catarina Jerónimo e Maria Sousa, representantes do Jardim da Descoberta, se vão debruçar na próxima sessão online organizada pela Mamãs Sem Dúvidas.

A sessão, de aproximadamente hora e meia, divide-se em três partes, cada uma conduzida por um especialista diferente. Além da pedagogia Montessori, haverá ainda espaço para abordar outras duas temáticas: a preparação do casal para a amamentação, com a intervenção da Enfermeira Alice Araújo, especialista em saúde materna e obstetrícia; e o potencial de cura das células estaminais provenientes do cordão umbilical do bebé, com a participação de Diana Santos, formadora do laboratório português BebéVida.

A participação é totalmente gratuita, mas requer inscrição prévia. Ao participar, as grávidas ficam habilitadas a receber um cabaz de produtos no valor de 350 €, que inclui: um tapete de atividades para o bebé; uma cadeira de papa; um peluche Babiage; e ainda a oferta de uma ecografia Emocional 3D/4D BebéVida. A vencedora será conhecida no dia 30 de agosto, na página de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas.

Para mais informações relacionadas com a Academia Mamãs Sem Dúvidas, conteúdos informativos e os próximos eventos visite o website mamassemduvidas.pt.

 

Saúde Cardiovascular
Apesar de frequentemente associada a idades avançadas a insuficiência cardíaca pode-se desenvolver e

Insuficiência cardíaca significa que o coração não consegue bombear sangue com a eficiência que deveria. A doença é o resultado do coração ficar muito fraco ou muito rígido. Na insuficiência cardíaca, o coração não consegue acompanhar as demandas para bombear sangue para o resto do corpo.

A doença arterial coronária é a principal causa de insuficiência cardíaca. O enrijecimento do músculo cardíaco é, sobretudo, uma consequência da hipertensão ou da diabetes. Existem causas mais raras de insuficiência cardíaca, como a miocardite (que pode ser causada por uma infeção viral) e as cardiomiopatias, diz Gosia Wamil, cardiologista da Mayo Clinic.

Há também fatores de risco relacionados ao estilo de vida.

“Manter uma dieta saudável, tratar a obesidade, evitar o tabagismo e o fumo passivo, além de evitar a ingestão de bebidas alcoólicas podem ajudar a prevenir a insuficiência cardíaca”, explica a especialista.

Outros fatores de risco para insuficiência cardíaca incluem a apneia do sono, alguns medicamentos usados para tratar o cancro e infeções virais que danificam o músculo cardíaco, dianta a cardiologista.

Sintomas:

Alguns sinais de alerta de insuficiência cardíaca são intuitivos, como inchaço no tornozelo, falta de ar, dor no peito, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares e fadiga durante a prática de exercícios físicos.

“Existem outros sintomas que as pessoas podem não associar à insuficiência cardíaca. Eles incluem tosse persistente, inchaço abdominal, rápido ganho de peso, náusea e falta de apetite”, diz a médica. “Quem apresentar um desses sintomas deve entrar em contato com seu médico”, salienta.

Tratamento:

É importante identificar a causa da insuficiência cardíaca porque os tratamentos podem ser diferentes. Na maioria dos casos, a insuficiência cardíaca não pode ser curada, mas os sintomas geralmente podem ser controlados por muitos anos.

“Depois da insuficiência cardíaca ser diagnosticada, os doentes precisam gerir a doença para resto de suas vidas, geralmente por meio de cuidados em clínicas especializadas em insuficiência cardíaca”, explica a cardiologista

Segundo a médica, há muitas opções de tratamento. “Elas incluem medicamentos, dispositivos implantados cirurgicamente e, em casos avançados, transplante cardíaco. Médicos e investigadores estão a trabalhar para descobrir novos tratamentos”, revela.

“Nos últimos anos, observamos avanços significativos com a introdução de novas classes de medicamentos para a gestão da insuficiência cardíaca”, diz. Isso inclui os medicamentos chamados de inibidores de SGLT2, desenvolvidos inicialmente para reduzir os níveis de glicose em doentes com diabetes. 

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Cientistas da Universidade de Coimbra
Uma equipa multidisciplinar de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ...

Miguel Castelo-Branco, investigador da Faculdade de Medicina e do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da Universidade de Coimbra, revela que a descoberta abre caminho «para o desenvolvimento e teste de terapêuticas direcionadas à redução da neuroinflamação na doença de Alzheimer».

A região cerebral identificada chama-se cíngulo posterior e demonstra, em fases muito iniciais da doença de Alzheimer, alterações tripartidas únicas: inflamação neuronal, acumulação de amiloide e atividade neuronal aparentemente compensatória. «A região identificada é crítica, pois serve de pivô em processos de memória de curto e longo prazo que sabemos estarem crucialmente afetados na doença de Alzheimer», reitera o investigador da Universidade de Coimbra.

Esta descoberta no cérebro humano foi demonstrada in vivo, através de um conjunto de técnicas avançadas de imagem funcional e cerebral: o PET duplo (que mede, no mesmo doente, neuroinflamação e deposição de amiloide) e a ressonância magnética funcional para medir a atividade cerebral em tarefas de memória. Este estudo contou com a participação de pessoas em fases muito iniciais da doença de Alzheimer e pessoas saudáveis com as mesmas características sociodemográficas.

A investigação contou ainda com o envolvimento de Nádia Canário e Lília Jorge, primeiras autoras do estudo, e de Ricardo Martins, investigadores do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da UC. Os resultados da investigação estão disponíveis no artigo científico “Dual PET-fMRI reveals a link between neuroinflammation, amyloid binding and compensatory task-related brain activity in Alzheimer’s disease”, agora publicado na revista Communications Biology: www.nature.com/articles/s42003-022-03761-7.

 

Doença de Alzheimer e Corpos de Lewy
Segundo estimativas até 2050 os casos de demência podem até triplicar no mundo, mas apesar da grande

A demência é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela progressiva deterioração de várias funções cognitivas limitando o convívio social do indivíduo afetado, ela também causa delírios, alucinações, mudanças de humor, ansiedade, irritabilidade e alterações de apetite.

Ao contrário do que grande parte da população pensa, a demência não é uma doença específica e sim compreende uma série de patologias que apresentam sintomas neurológicos semelhantes que geram a demência, como por exemplo Alzheimer e Corpos de Lewy.

Na procura por compreender melhor o surgimento e a progressão da doença, o neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu Agrela produziu o estudo “Neuropatologias da demência: Descrição e caracterização” publicado pelo Journal Health and Technology.

O artigo ressalta a dificuldade de identificar as doenças ligadas à demência que deve ser feita através de testes laboratoriais e de imagem, mas mesmo assim, muitas vezes a patologia não é detetada em vida.

“Para complica ainda mais o diagnóstico e o tratamento, as patologias associadas à demência são difundidas no cérebro idoso mesmo na ausência de demência. Quase 50% dos idosos dementes que participara de um estudo post mortem realizado pela realização de autópsias e avaliação […] apresentaram lesões cerebrais associadas a patologias de demência”.

Saiba mais sobre as principais doenças causadoras da demência:

Doença de Alzheimer (DA)

A Doença de Alzheimer é provavelmente a mais famosa das doenças causadoras de demência, ela é caracterizada por um declínio cognitivo que causa perda de memória e gera dificuldades na linguagem.

“A DA é a principal causa de demência, representando mais de 50% dos casos em indivíduos com mais de 65 anos. O paciente apresenta respostas cognitivas mal adaptativas devido ao seu extenso comprometimento cerebral. [...] O primeiro sintoma da DA é geralmente o declínio da memória episódica, que pode ser seguida por alterações linguísticas, principalmente anomia, distúrbios em funções executivas e habilidades visuais e espaciais”.

“O diagnóstico clínico da DA baseia-se na observação de um quadro clínico compatível e na exclusão de outras causas de demência por meio de exames laboratoriais e neuroimagem estrutural”.

Corpos de Lewy (DCL)

Esse tipo de demência é conhecido por depósitos anormais - conhecidos como corpos de Lewy - de uma proteína chamada alfa-sinucleína no cérebro do paciente, esses acúmulos causam alterações em substâncias químicas do cérebro que podem alterar funções como humor, movimento e gerar alucinações.

“A característica central dessa demência é a perda de habilidades relacionadas a perceções visuais, de atenção e executivas, cognição flutuante, alucinações visuais recorrentes [...] DCL. Ele é uma demência com início insidioso, geralmente ocorrendo em pacientes com mais de 60 anos de idade e com uma prevalência ligeiramente maior em homens”.

Existem alguns hábitos simples que podem ser implementados na sua rotina para evitar o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como a prática de atividades físicas regulares, alimentação saudável baseada em dietas como a mediterrânea e MIND, dormir bem e exercitar o cérebro com jogos e práticas que fortaleçam a cognição.

No entanto, quando a doença já se instalou é essencial diagnosticá-la o mais rápido possível, dessa forma as abordagens médicas serão mais efetivas em reduzir a evolução da patologia.

“As causas da demência podem ser diagnosticadas por histórico médico, exame físico e cognitivo, testes laboratoriais e imagens cerebrais. A gestão deve incluir abordagens não farmacológicas e farmacológicas, embora a eficácia dos tratamentos disponíveis permaneça limitada.  O controlo dos fatores de risco e a deteção do transtorno em estágios iniciais podem ser importantes na tentativa de amenizar as perdas, diminuindo o número de casos”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conselhos
Nos dias de hoje, o ruído é uma caraterística da vida quotidiana.

Segundo o grupo de investigadores que elaboraram o estudo “Coping the noise: Consesus Paper on the effects of noise in the world” afirmam, a partir de vários estudos, que o ruído pode ser prejudicial à audição, na medida que pode desencadear alterações de humor, ansiedade, entre outras perturbações psicológicas. Para fundamentação ao estudo realizado, foi feita uma pesquisa internacional realizada pela GFK Eurisko com base nas respostas de 8.800 pessoas de 47 cidades em 11 países, sobretudo Itália, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Reino Unido, Espanha, Portugal, Estados Unidos da América e Nova Zelândia.

Para além disso, o documento “Consesus Paper” demonstra que cada pessoa lida com o ruído de maneiras diferentes e em diferentes graus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que mais de 1 bilhão de pessoas entre os 12 e os 35 anos, possam correr o risco de perder a audição devido à exposição em excesso à música alta.

Segundo estimativas da OMS, 5% da população mundial, aproximadamente 466 milhões de pessoas, possui deficiências auditivas consideráveis.

Nas últimas décadas, os jovens têm vindo a adquirir, cada vez mais, o hábito de ouvir música através do uso de fones nos ouvidos. Este fenómeno, aumentou sobretudo, a partir dos anos 2000, principalmente, em cerca de 90% dos jovens entre os 12 e os 19 anos, onde metade admite ouvir música num volume alto.

De acordo com alguns especialistas em saúde auditiva, a presenta a um elevado número de decibéis pode trazer consequências graves e, muitas vezes, irreversíveis.

Mas o ruído não está presente somente na música. Como havia sido mencionado anteriormente, com a urbanização a taxa de ruído teve um crescimento exponencial.

Nesse sentido, a Minisom apresenta alguns conselhos para prevenir uma presenta alta a grandes volumes de barulho.

1. Utilizar protetores auriculares. Consegue-se desfrutar da música na mesma, sem distorção e sem perda de qualidade, uma vez que o som dos instrumentos pode alcançar facilmente os 100 decibéis;

2. Vidros duplos para edifícios em ruas movimentadas

3. Ficar longe das colunas do som. É nas saídas do som que o ruído atinge proporções maiores;

4. Estabelecer limites de volume para música e vídeo jogos

5. Beber água. A hidratação é fundamental, pois tem um impacto na saúde auditiva;

6. Fazer pausas regulares. “Descansar” os ouvidos para prolongar as células que ativam o sistema auditivo.

No entanto, se após a exposição elevada ao ruído, começar a sentir zumbidos ou problemas em ouvir sons agudos, dificuldade em ouvir conversas pelo ao telemóvel, ou até mesmo em ambientes agitados e barulhentos são sinais de que podem já existir danos nos ouvidos. Nesse caso, o melhor conselho é agendar uma consulta no médico para avaliar possíveis danos auditivos.

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Técnica percutânea com Ozono
Cada vez mais as pessoas procuram tratamentos minimamente invasivos para a dor.

A Ozonoterapia é uma técnica que tem uma grande aceitação e elevado prestígio clínico. Trata-se de um procedimento que embora não seja considerado um procedimento cirúrgico, é realizado nas clínicas Paincare com anestesia local.

Tal como a maioria dos tratamentos realizados nas clínicas Paincare, a Ozonoterapia Intra discal, é um procedimento minimamente invasivo.

O tratamento consiste na introdução de uma agulha de baixo calibre dentro dos discos na coluna vertebral com recurso a intensificador de imagem (que é uma espécie de RX em tempo real) e infiltra-se Ozono tanto a nível do núcleo do disco como a nível dos músculos para-vertebrais o que favorece a sua reidratação e a redução do conflito disco-radicular eliminando a sensação de dor.

O tratamento com ozono, embora muitas vezes não tenha um resultado imediato, tem resultados muito bons a curto e médio prazo.

Este tratamento também é usado para outros problemas articulares como artroses do joelho, ombro ou outras com excelentes resultados terapêuticos

O procedimento com ozono, de onde é proveniente o nome do tratamento Ozonoterapia, tem a vantagem de ser muito seguro, não é tóxico e pode administrar-se com segurança, o que favorece enormemente o tratamento da dor ao diminuir a inflamação.

Segundo um estudo internacional, desenvolvido e publicado em 2010 no Journal of Vascular and Interventional Radiology, que avaliou cerca de 8 mil doentes, o tratamento com Ozono comprovou ser eficaz e extremamente seguro na erradicação da dor.

A Ozonoterapia é utilizada para:

  • Hérnias Discais
  • Artroses
  • Síndrome Túnel Cárpico
  • Dores ligamentares e articulações.

 

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Até ao final de agosto
Até ao final de agosto, a BebéVida tem preparados novos workshops online a pensar nas futuras mamãs. Com o contributo especial...

No dia 19 de agosto, vão realizar-se duas sessões: a primeira, às 12h00, centra-se na experiência de parto positiva e conta com a participação da Enfermeira Raquel Silva, especialista em saúde materna e obstetrícia; e a segunda, às 19h00, foca-se nas células estaminais e tem o apoio do Lusíadas Knowledge Center.

Na manhã de dia 25 de agosto, às 10h00, as grávidas são desafiadas a fazer yoga, numa aula prática promovida pela Academia Mamãs Sem Dúvidas que será conduzida por uma instrutora de yoga especializada.

Mitos inerentes à amamentação e sinais de alerta no recém-nascido são os outros dois temas que estarão em destaque durante o mês de agosto. O primeiro será abordado no dia 26, às 21h00, pela Enfermeira Cátia Costa, especialista em saúde materna e obstetrícia; e o segundo será aprofundado no dia 31, às 16h30, e conta com as recomendações da Enfermeira Sónia Patrício, especialista em saúde infantil e pediatria.

Os workshops têm a duração aproximada de uma hora. A participação é gratuita mas a inscrição é obrigatória no website da BebéVida. O uso da câmara é requisito obrigatório e a gravação da sessão não é permitida. 

Se está grávida de 17 semanas ou mais, aproveite também as várias experiências “Eco My Baby”, sessões de ecografia 3D/4D promovidas pela BebéVida que vão acontecer em várias localidades de norte a sul do país, tais como: Lisboa e Bragança (ambas a 18/8), Figueira da Foz (19/8), Grândola e Guimarães (ambas a 22/8), Sines (23/8), Rio Maior e Esposende (ambas a 25/8), Batalha e Oliveira do Hospital (ambas a 26/8), Marco de Canavezes (29/8), Belas e Castelo Branco (ambas a 30/8), e Albufeira (31/8). Paralelamente, a sede da BebéVida, no Porto, irá receber sessões nos dias 18, 19, 22, 23, 24 e 25 de agosto.

Para saber mais sobre cada evento e efetuar a sua inscrição visite o website da BebéVida.

 

Pés ásperos e gretados podem facilitar o desenvolvimento de infeções
A bater recordes de temperatura máxima e com temperaturas mínimas altas, este verão tem sido marcado

A pele é o maior órgão do corpo humano e soma inúmeras funções. Ao ser a separação entre o nosso organismo e o meio ambiente, a pele tem um papel protetor, ao defender o corpo contra traumatismos e microrganismos patogénicos, ajudando ainda na manutenção da sua temperatura e no equilíbrio de fluidos corporais.

Caracterizada pela secura extrema da pele, a xerose cutânea lesa particularmente a camada mais externa da epiderme, o estrato córneo, que funciona como uma barreira na qual reside a capacidade da pele de reter a água, o que contribui para a sua hidratação e elasticidade. Esta condição surge quando existe uma perturbação no “sistema” da pele responsável por assegurar a hidratação e manifesta-se sobretudo nas pessoas mais idosas ao nível dos membros inferiores. Uma vez que para a retenção da humidade intervêm as substâncias que constituem o Fator Natural de Hidratação (FNH) e a matriz lipídica, a carência de lípidos ou de outros fatores naturais de hidratação (como a ureia) estão entre os principais problemas de pele que podem desencadear a xerose cutânea.

A existência de um historial familiar deste problema, o envelhecimento da pele (idade), as alterações hormonais associadas à menopausa, uma dieta desequilibrada, o stress, fármacos/tratamentos que podem secar a pele e algumas patologias estão entre os fatores que podem ativar alterações na sua camada mais externa. Sobre os fatores externos que podem levar a mudanças fisiológicas e causar uma pele seca encontram-se as temperaturas extremas, a falta de humidade no meio ambiente, a exposição excessiva à água, o tabaco e o contacto com produtos químicos, detergentes ou cosméticos inadequados/agressivos.

Com um desenvolvimento insidioso, importa enumerar as principais manifestações da xerose cutânea. Ao nível dos pés, os sintomas iniciais são uma pele baça e sem brilho, rugosa e áspera ao toque. Com o tempo, a pele pode escamar e ficar irritada, surgindo fissuras na planta dos pés e nos

calcanhares, com risco de formação de feridas. Por estar a pele sem flexibilidade e elasticidade, a pessoa pode experienciar uma sensação de prurido e repuxamento. Propensa a situações de inflamação, pode verificar-se uma diminuição das funções protetoras da pele, uma vez que as gretas e fissuras podem funcionar como uma porta de entrada a agentes causadores de infeções.

No verão, se por um lado, as altas temperaturas e o clima seco favorecem as perdas excessivas de água por evaporação, a luz solar pode provocar a secura da pele, pelo que se torna necessário evitar a exposição prolongada dos pés ao calor e ao sol, o que acontece quando usamos calçado aberto ou quando andamos descalços nas praias e piscinas. Assim, devemos procurar sombra/abrigo nas horas de maior perigo e aplicar protetor solar, com fator elevado de proteção, nos pés, bem como optar por não utilizar diariamente chinelos de dedo. Paralelamente, e porque o contacto prolongado com a água contribui para a remoção dos óleos naturais da pele, é importante evitar os banhos demorados. Dado que o cloro das piscinas também pode provocar irritação, prurido e secura intensa da pele, depois de um mergulho devemos tomar um duche com água doce.

Controlar a exposição dos pés aos fatores externos é assim uma das medidas a ter para assegurar a integridade da pele dos pés, no entanto, também os maus hábitos de higiene a podem prejudicar. Neste sentido, e também quando a xerose cutânea se instala, é crucial lavar os pés diariamente com água não muito quente e com um sabão de pH neutro que não desidrate a pele. Logo após o banho, devemos aplicar um creme hidratante nos pés, uma vez que a pele estará limpa e os seus poros dilatados, o que facilita a sua absorção. Procurar beber água em quantidades suficientes e preferir meias de materiais naturais, como o algodão que não irrita a pele, são também cuidados a ter para prevenir e aliviar os sintomas associados a esta condição.

Contudo, a xerose cutânea não é um problema exclusivo dos meses quentes, pelo que os comportamentos a seguir para manter o bem-estar da pele devem ser tomados durante todo o ano. Até porque, no inverno, o frio também pode favorecer alterações na sua composição.

O Podologista, profissional habilitado na prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias do membro inferior, nomeadamente do pé e das suas repercussões no organismo humano, poderá atuar no sentido de impedir, acompanhar e tratar eventuais complicações, que se podem desenvolver como consequência deste problema.

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Três novas pós-graduações
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) vai lançar, no próximo ano letivo, três novas...

Estes três cursos fazem parte da nova grelha formativa da ESTeSC-IPC que, conforme já foi anunciado, é ainda pioneira na criação de mestrados em Fisiologia Clínica e Imagem Médica e Radioterapia – cursos que iniciarão atividade também no próximo ano letivo. “Compete às instituições de ensino superior contribuir para o desenvolvimento das profissões que forma, não só através da investigação e criação de conhecimento, mas também da disponibilização de formação atualizada e complementar”, justifica o presidente da ESTeSC-IPC, Graciano Paulo, lembrando que, “nos dias que correm, a formação dos nossos profissionais não pode esgotar-se na licenciatura e a Saúde é um exemplo paradigmático de uma área em constante evolução científica e tecnológica”.

Os novos cursos de pós-graduação funcionarão em regime de ensino blended learning, às sextas-feiras das 17:00 às 20:00h e aos sábados, das 10:00 às 13:00h. O início das atividades letivas está previsto para outubro, estando neste momento (até 4 de setembro) a decorrer a primeira fase de candidaturas. Já as aulas dos mestrados realizam-se de segunda a sexta-feira, em regime pós-laboral e b-learning (com aulas presenciais uma vez por mês).

Além destes três novos cursos com apoio do PRR, a ESTeSC-IPC vai reabrir, no próximo ano letivo, a pós-graduação em “Ressonância Magnética” e lançar a primeira edição da pós-graduação em “Estilos de Vida, Literacia para a Saúde & Sustentabilidade”. Informações e candidaturas em www.estesc.ipc.pt.

 

 

Investigação
Um estudo liderado pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) desenvolveu uma nova...

A terapia genética passa por modular a expressão de genes, sendo possível adicionar um gene em falta ou insuficiente, silenciar um gene mutado que causa doença ou até reparar um gene defeituoso. No cérebro, apesar dos avanços das formulações utilizadas para terapia génica, existem ainda diversas limitações na sua aplicação, tais como a especificidade de entrega ou o tamanho das moléculas que as formulações entregam.

O estudo, intitulado “Efficient spatially targeted gene editing using a near-infrared activatable protein-conjugated nanoparticle for brain applications”, encontra-se agora publicado na prestigiada revista científica Nature Communications. Para esta investigação, a equipa coordenada por Lino Ferreira, investigador do CNC-UC e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), desenvolveu e testou nanopartículas (partículas cujo tamanho se situa entre 1 e 100 nanómetros) que são capazes de transportar enzimas funcionais e que, uma vez dentro das células, só libertam estas enzimas quando se faz incidir externamente uma luz infravermelha próxima, demonstrando a especificidade desta tecnologia.

Catarina Rebelo, investigadora do CNC-UC e primeira autora do estudo, sublinha que «estas novas nanopartículas foram desenvolvidas para responderem à necessidade de haver especificidade nas novas terapias de edição genética». Sobre as características destas partículas, a investigadora explica que «na superfície destas nanopartículas estão acopladas enzimas que são capazes de editar e corrigir o DNA genómico das células». Para o sucesso destas terapias, Catarina Rebelo revela que «é necessário que as enzimas cheguem ao núcleo das células sem serem eliminadas. Para isso, acoplámos à formulação a hidroxicloroquina, que previne a eliminação das nanopartículas antes da sua atuação. Uma vez dentro das células, as enzimas são libertadas ao receber externamente luz infravermelha». Nesta formulação, as enzimas estão ligadas às

nanopartículas por uma ligação sensível à luz azul. Assim, ao receber luz infravermelha, «a partícula transforma esta luz de baixa energia em luz azul e liberta as enzimas, possibilitando a sua chegada ao núcleo», clarifica. A investigadora destaca ainda que, com estas propriedades, «é possível uma entrega muito eficiente e controlada espacialmente, e, uma vez que a luz infravermelha tem uma grande penetração nos tecidos, temos uma formulação com grande potencial para aplicações biológicas».

A elevada eficácia na entrega das proteínas que o estudo revelou permitiu ainda mostrar que é possível usar significativamente menos quantidade de formulação para induzir o mesmo efeito nas células, por comparação com produtos que estão disponíveis comercialmente.

Adicionalmente, permitiu à equipa testar a capacidade desta formulação no melhoramento de técnicas já existentes para a modulação de atividade neuronal, como a optogenética, que usa luz (opto-) para estimular neurónios geneticamente modificados (-genética). Para tal, é necessário que os neurónios em estudo expressem canais que apenas abram na presença de luz.

Atualmente, e por norma, na modulação de atividade neuronal são utilizados vetores virais que infetam e transportam a mensagem que codifica canais nos neurónios alvo. No entanto, dado o seu caráter infecioso, estes vetores acabam por infetar e transmitir esta mensagem a outros neurónios que não os pretendidos, podendo levar a interpretações erradas dos dados biológicos obtidos. Neste estudo conduzido por cientistas da UC foi possível fazer com que «a mensagem transmitida por estes vetores virais apenas fosse lida nos neurónios que tivessem recebido a formulação testada, aumentando assim a eficácia espacial apenas para a zona de interesse, mas mantendo a sua capacidade de modular a atividade neuronal», destaca Catarina Rebelo.

Este estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pelo Programa Operacional CENTRO 2020, pelo Programa INTERREG e ainda pelo Horizonte 2020 (programa europeu).

O artigo científico pode ser consultado em www.nature.com/articles/s41467-022-31791-6.

RECOVERY – O Terapeuta de Referência no nosso processo de recuperação
Nas nossas Unidades, tanto na Unidade Sócio Ocupacional, como na Unidade de Residência de Treino de

O terapeuta de referência, como designamos na RECOVERY IPSS, é, basicamente, o gestor do processo:

  • Recebe o jovem e apresenta as caraterísticas da Unidade onde irá ser inserido, os seus direitos e os seus deveres. No momento em que o terapeuta recebe o jovem, deve ser criada uma relação de confiança e empatia entre ambos. Por vezes, pode ser mais demorada, mas acaba por acontecer, dependendo das caraterísticas de cada jovem e do próprio gestor do processo. Devendo ser, por isso, a pessoa de confiança para com o jovem, caso este necessite de alguma coisa.
  • Realiza o seu Processo Individual de Intervenção (PII), que é revisto, normalmente, de três em três meses, com o apoio de toda a equipa multidisciplinar. Todos os jovens têm um PII, com diferentes objetivos e consoante o seu diagnóstico (Perturbações Alimentares, Fobia Social, Autismo, Depressão, entre outras), sendo que têm, também, objetivos comuns a todos, sendo eles: a realização de ABVD`s (Atividades Básicas de Vida Diárias) e as AIVD`s (Atividades Individuais de Vida Diárias), como por exemplo, tratamento de roupa, manter os espaços comuns higienizados, bem como o cumprimento da terapêutica, entre outros.
  • Acompanha o jovem a todas as consultas no exterior, consultas essas, de médico de família, dentistas, entre outras, caso haja necessidade, bem como de Pedopsiquiatria, que, apesar de esta valência fazer parte da nossa equipa multidisciplinar e de, normalmente, terem uma consulta semanal, os jovens mantêm consultas com o Pedopsiquiatra que os encaminharam, e já os acompanha antes do internamento e irá acompanhá-los após a alta.
  • É a pessoa que mantém o contacto mais próximo, dando as indicações necessárias aos seus familiares responsáveis e/ou ao seu representante legal. Neste sentido, existe uma proximidade entre o terapeuta e os responsáveis pelo jovem, são realizadas reuniões mensais, bem como chamadas telefónicas semanais, no sentido de dar orientações aos familiares para melhor lidar com a problemática específica de cada jovem.
  •  Na integração no meio escolar, o papel do terapeuta é o de perceber, junto do jovem, as suas escolhas escolares, realizando a matrícula na escola que mais se adequar ao perfil do jovem traçado pela equipa multidisciplinar. Após realizar a matrícula, o terapeuta de referência passa, também, a ser o encarregado de educação do jovem, fazendo o pedido do passe e dos manuais escolares, justificando as faltas, estando presente nas reuniões de encarregados de educação no final de cada período letivo.

Ser terapeuta de referência é muito importante no processo de reabilitação de cada jovem, sendo que temos que ter a capacidade de criar uma relação empática com o jovem e, ao mesmo tempo, distanciar-nos do processo.

De referir que estou nestas Unidades desde o seu início, como psicóloga e terapeuta de referência, e refletindo sobre estes anos, tenho a dizer que é um trabalho árduo, mas muito gratificante. Não posso deixar de referir, então, a minha primeira experiência como terapeuta de referência, que foi com uma jovem, que entrou na Unidade após tentativa de suicídio, “Suicídio Perfeito”, termo utilizado pela própria. Tinha como diagnóstico, para além de risco de suicídio, CAL (Comportamento Auto Lesivo) e Perturbação Alimentar. Teve alta da Unidade após quase dois anos de internamento. Ao realizar o follow-up (que é realizado a todos os jovens que estiveram na Unidade de Infância e Adolescência, via chamada telefónica, após três meses da alta, após seis meses e cadência anual), fui informada, pela própria, de que terminara o 12º ano e que iria ingressar na Universidade, no curso que escolheu. Quando, por vezes, olhamos de tão perto para o desespero dos nossos jovens, não posso deixar de referir que os casos de sucesso são marcantes e completam o nosso dia a dia. É por eles que trabalhamos todos os dias. A todos os jovens que passaram nesta Unidade, todos ouviram a expressão: “Antes de entrares cá, sobrevivias, mas nós, RECOVERY, queremos que saias daqui para Viver!”

Trabalhar em Saúde Mental é:

«Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho, caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar». (Paulo Freire)

 

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Recomendações
O mês de agosto representa para muitos portugueses a altura ideal para fazer férias em família ou co

As alergias de exterior, também designadas por alergias sazonais, surgem apenas em determinadas épocas do ano. Uma alergia é uma reação de hipersensibilidade do sistema imunitário desencadeada pela exposição a agentes – alérgenos – normalmente encontrados no exterior, como é o caso do pólen de flores ou árvores, relva, ácaros, insetos, entre outros. 

Confira as seis dicas para umas férias agradáveis em família livres de alergias e preocupações: 

  1. Escolha os locais certos para passear: Alguns tipos de gramíneas produzem mais grãos de pólen como as plantas Phleum pratense, Sorghum halepense, Cynodon dactylon, Dactylis glomerata, Lolium perenne, Poa pratensis e Anthoxanthum odoratum. Da mesma forma, algumas árvores de folha caduca podem agravar as alergias como é o caso da bétula, carvalho, olmo, bordo, freixo, amieiro e avelã. Para prevenir reações alérgicas, evite passear em locais com um grande aglomerado deste tipo de plantas. Recomenda-se também que consulte o Boletim Polínico regularmente. 
  2. Deixe o ar circular: Em casa ou no carro é importante fazer o ar circular com a ajuda do ar condicionado, mantendo as janelas fechadas. Esta ação ajudará a evitar que o pólen que circula no ar entre na sua casa ou no seu veículo. Note que, nestes casos, para uma utilização eficaz do ar condicionado deverá trocar os filtros com regularidade. 
  3. Proteja o nariz e a boca: Se fizer caminhadas pela natureza onde há presença de pólen, como em jardins ou florestas, aconselha-se o uso de uma máscara social ou reutilizável. A máscara funcionará como barreira física entre o alérgeno e o local de entrada do mesmo no organismo. 
  4. Troque de roupa e lave bem as mãos e o rosto assim que chegar a casa: Durante os passeios e caminhadas ao ar livre, os grãos de pólen agarram-se à roupa, sapatos e cabelos. Assim, quando chegar a casa, recomenda-se que retire os sapatos, tome um duche e troque de roupa, de forma a remover possíveis alérgenos que podem causar reações alérgicas. 
  5. Não esquecer a roupa de cama: Se vai fazer um retiro para uma casa de férias é importante lembrar-se da roupa de cama. Podemos tirar férias da rotina diária, mas é importante manter os cuidados necessários para evitar as alergias. Neste sentido, é recomendado lavar bem os lençóis e pijamas em água quente (pelo menos 60ºC) para eliminar os ácaros e pólenes acumulados. 
  6. Ter sempre à mão o seu anti-histamínico: As alergias podem surgir subitamente e, por isso, mesmo com todos os cuidados, é importante levar sempre consigo um anti-histamínico sem efeito sedativo. Desta forma, se os sintomas de alergia se manifestarem fortemente, pode tomar e continuar a aproveitar os momentos de lazer junto da sua família e amigos.  

Os sintomas mais comuns das alergias de exterior são corrimento e congestão nasal, olhos lacrimejantes e com comichão, espirros e prurido (comichão). Caso tenha dúvidas sobre a origem dos seus sintomas alérgicos, consulte um alergologista e faça uma análise às suas alergias, como um teste de sensibilidade cutânea. 

Fonte: 
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