Bastonário da Ordem dos Médicos e Presidente Sul da Ordem dos Farmacêuticos entre os presentes
A Angelini Pharma, em parceria com o jornal Expresso, vai realizar uma Talk online no dia 20 de outubro, às 17h00, centrada na...

As doenças crónicas condicionam a vida de milhares de portugueses. Os números mais recentes indicam que mais de metade dos portugueses tem pelo menos uma doença crónica. Doenças reumáticas, oncológicas, respiratórias, neurológicas e mentais são apenas algumas delas. Se esta realidade já apresentava os seus desafios antes de 2020, com a pandemia os sistemas de saúde foram postos à prova e alvo de várias reorganizações. Durante os períodos mais críticos, verificou-se uma maior dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, o que gerou atrasos no diagnóstico e no tratamento de muitos doentes. 

Esta Talk, que terá a duração aproximada de meia hora, tem como objetivo refletir sobre os desafios e as dificuldades originadas ou intensificados pela pandemia na gestão das doenças crónicas em Portugal, identificar as melhores estratégias e soluções que resultaram desse período, assim como olhar para o futuro, reconhecendo o que ainda precisa de ser melhorado.

Estas são algumas das questões que vão ser analisadas por Elsa Frazão Mateus, Presidente da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR); Luís Lourenço, Presidente da Secção Sul da Ordem dos Farmacêuticos; Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos; e Miguel Telo de Arriaga, Chefe da Divisão de Estilos de Vida Saudável na Direção Geral de Saúde (DGS), numa conversa que vai ter a moderação da jornalista Ana Peneda Moreira.

Esta sessão acontece no âmbito na 13ª edição do Angelini University Award (AUA) tem como tema a “Gestão dos Danos Colaterais da Pandemia em Pessoas com Doenças Crónicas”. Este ano serão distinguidos projetos assentes em soluções para reduzir o impacto provocado pela covid-19 na vida dos doentes crónicos.

O AUA é uma iniciativa da Angelini Pharma dirigida a estudantes universitários que distingue os dois melhores projetos de estudantes universitários com aplicabilidade real, com 10 mil euros e 5 mil euros, respetivamente. Além da recompensa monetária, os vencedores contarão com apoio à implementação do projeto. Os projetos vencedores serão conhecidos no dia 30 de novembro, numa cerimónia de entrega a realizar no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.

 

Cuidados Paliativos Pediátricos
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) desafiou os membros da comunidade académica a usarem um chapéu no local de...

Com esta iniciativa, no Dia Mundial dos Cuidados Paliativos Pediátricos, que se assinala na segunda sexta-feira de outubro, pretende-se conscientizar os cidadãos para que este tipo de assistência em saúde é um direito humano fundamental, independentemente da idade do doente.

A comunidade educativa da ESEnfC não só usou uma cobertura para a cabeça, como também “tirou o chapéu” ao relevante trabalho dos profissionais das equipas de cuidados paliativos pediátricos.

A campanha Hats On for Children’s Palliative Care é proposta pela Rede Internacional de Cuidados Paliativos Pediátricos. Os funcionários da ESEnfC usarem um chapéu e partilharam fotos desses momentos nas redes sociais.

 

Tecnologia 100% nacional desenvolvida pelo estúdio ONTOP
A app Heróis da Fruta, um jogo gratuito para smartphones da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) que...

O lançamento da aplicação na capital portuguesa decorreu este fim-de-semana no Mercado de Alvalade e contou com o apoio da Junta de Freguesia de Alvalade e da Câmara Municipal de Lisboa.

Mário Silva, Presidente da APCOI, revela que "tornar disponível o jogo dos Heróis da Fruta na capital do país que se junta agora às restantes cidades já aderentes era há muito tempo uma meta para a APCOI pela representatividade demográfica que o município de Lisboa tem no contexto nacional" e acrescenta que "as crianças lisboetas têm agora a oportunidade de participar gratuitamente na caça ao tesouro mais saudável da Europa para descobrir centenas de cartas com curiosidades e dicas nutricionais sobre cada alimento. Basta sair de casa e seguir o mapa do tesouro para encontrar os baús interativos disponíveis nos cartazes afixados em diversos locais da cidade".

Numa primeira fase, a “caça ao tesouro” dos Heróis da Fruta estará disponível na freguesia de Alvalade, estando previsto o alargamento da iniciativa para as restantes freguesias da cidade nas próximas semanas.

A atriz e influenciadora digital, Mafalda Teixeira, mãe de Gabriel de 8 anos, também marcou presença no lançamento da app Heróis da Fruta enquanto embaixadora da APCOI.

A app Heróis da Fruta usa tecnologia 100% nacional desenvolvida pelo estúdio ONTOP e financiada pelo Novo Nordisk Portugal em parceria com a Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (EASO) e a Coligação Europeia de Associações de Pacientes com Obesidade (ECPO).

 

O eBreathie é um inalador “inteligente”
O eBreathie, desenvolvido pela startup com o mesmo nome, venceu o Born from Knowledge (BfK) Awards, distinção atribuída pela...

O eBreathie é um smart-inhaler, ou seja, um inalador “inteligente”, que através de um sensor adaptado ao inalador que o doente já utiliza (as “bombas de asma”) consegue transmitir informações úteis e fidedignas a uma aplicação móvel, que irá ajudar não só o doente a ter uma melhor qualidade de vida, mas também o seu médico a gerir melhor a doença e respetiva medicação. O dispositivo apresenta também uma característica que o distingue da concorrência ao indicar ao doente asmático, em tempo real, se está a utilizar o inalador de forma correta, permitindo aos doentes asmáticos controlar melhor a doença.  “De cada vez que o doente usa o seu inalador, o nosso dispositivo recolhe vários dados, cria o seu perfil inspiratório e dá-lhe feedback imediato de se fez a medicação de forma correta”, explica Ana Rita Constante, CEO da eBreathie. Estes dados são depois disponibilizados ao médico assistente, o que garante uma prestação de cuidados de saúde mais personalizada e próxima.

Em Portugal, estima-se que mais de 1 milhão de portugueses tenha asma, com diferentes graus de gravidade. Olhando mais globalmente, sabemos que existem mais de 300 milhões de asmáticos no Mundo - cerca de 30 milhões na Europa e 25 milhões nos Estados Unidos. Destes, cerca de 60% utilizam medicação inalatória, o que abrange 180 milhões de pessoas no global (18M na Europa, 15M nos EUA e 600.000 pessoas em Portugal).

Nesta fase, o projeto encontra-se a realizar testes de usabilidade de ambos os protótipos – hardware (dispositivo médico) e a aplicação móvel, que estão totalmente integrados, em ambiente laboratorial, mas o objetivo é iniciar a testagem em ambiente hospitalar e domiciliário em 2021, estando a ser criada uma rede de parceiros, incluindo unidades de saúde e sociedades de doentes e médicos, que permitirá ao eBreathie chegar ao máximo de doentes.

“A ANI tem o prazer de se juntar este ano como parceira do prémio HINTT para poder premiar esta montra de excelentes projetos. São projetos com uma multidisciplinaridade de equipas incrível, desde médicos, enfermeiros, terapeutas e assistentes operacionais. Estes projetos são, sem dúvida, o que de melhor se faz em Portugal”, sublinha João Borga, administrador da ANI.

As mentoras do eBreathie afirmam ainda que existe evidência científica validada sobre os impactos da utilização de smart-inhalers no geral. Esta demonstra que o seu uso aumenta em 23% o número de dias sem quaisquer sintomas, após um ano de utilização; diminui em 39% a utilização de medicação de alívio, no mesmo período; e ainda que 62% dos utilizadores com asma não controlada passaram a ter menos idas à urgência e menos hospitalizações.

A ANI associou-se, este ano, pela primeira vez ao Prémio HINTT, que pretende reconhecer e divulgar as melhores práticas de adoção das tecnologias de informação e comunicação, através do BfK Awards, que visa distinguir os projetos que “nasceram do conhecimento” e empresas que mais de destacam em atividades de I&D.

 

Audição
Alguma vez parou para pensar no quão importante é ter uma alimentação saudável e equilibrada e na di

No mês em que se celebra o dia da alimentação, a Minisom concentra as atenções na alimentação saudável. Das verduras, às frutas e aos cereais, existem alimentos que podem ter um grande impacto na qualidade de vida da audição.

Confira, abaixo, quais são os alimentos benéficos para a audição e quais deles podem prejudicá-la.

Alimentos que fazem bem:

  • Fruta: como banana e damasco;
  • Vegetais: espinafres e brócolos;
  • Peixe: salmão;
  • Alimentos ricos em vitamina C: laranja, tangerina e limão;
  • Oleaginosas: castanha e amêndoa;
  • Cereais: trigo, centeio.

Na medida em que há alimentos que ajudam na saúde auditiva, por outro lado existem alimentos ricos em açúcares e carboidratos, que consumidos de forma irresponsável não são tão benéficos para a saúde em geral nem para a saúde auditiva.

Alimentos que deve comer com moderação:

  • Cafeína;
  • Chocolate;
  • Alimentos industrializados;
  • Carne processada;
  • Refrigerantes;
  • Álcool.

O principal responsável na prevenção da saúde auditiva somos nós. O ser humano tem a capacidade de preservar o corpo e o organismo, com uma alimentação regrada e com um estilo de vida saudável.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
50 crianças vão ser atendidas durante um ano nas clínicas parceiras da CAPITI
Esta segunda-feira, 10 de outubro e Dia Mundial da Saúde Mental, decorreu no Museu da Eletricidade, em Lisboa, a 6.ª edição da...

O evento, que contou com a habitual presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, bateu todos os recordes de angariação ao alcançar 51.250 € e 27 peças de arte vendidas.

Todas as peças foram doadas pelos seus autores e 100% do valor reverte para a missão da CAPITI, que o distribuirá de forma a garantir o tratamento anual de cerca de 50 crianças e adolescentes carenciados, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento.

As obras vendidas pelos valores mais elevados pertencem a Rui Sanchez (4.800€), Maísa Champalimaud (4.000€) e Pedro Calapez (3.800€).

Fundada em 2016, a associação vive de doações, tendo apoiado até ao momento um total de 339 crianças e jovens, tornando possível a realização de mais de 13.500 atos clínicos, que englobam consultas com médicos, técnicos e avaliações para diagnóstico.

 

 

Administração do Hospital da Senhora da Oliveira diz ter herdado problema crónico
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reuniu ontem com o Conselho de Administração do Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães,...

O responsável do Sindicato dos Enfermeiros explica que o atual Conselho de Administração herdou “um passivo muito grande em termos de bolsa de horas, mas manifestou total disponibilidade para resolver esta matéria sem prejudicar os enfermeiros”. “Temos noção que o pagamento integral das horas em bolsa iria implicar um investimento de alguns milhares de euros e, também por isso, entendemos que o processo de redução tem de ser feito de forma faseada”, acrescenta.

Assim, o Sindicato dos Enfermeiros – SE acordou com a administração do hospital vimaranense um modelo de pagamento faseado das horas em bolsa, “de forma que os enfermeiros não fiquem prejudicados, mas, ao mesmo tempo, seja possível regularizar uma situação que não é vantajosa para ninguém”.

Pedro Costa valoriza a disponibilidade manifestada pelo Conselho de Administração do Hospital da Senhora da Oliveira e recorda que “estes são os procedimentos que devem ser seguidos, dado que a lei é clara nesta matéria: as horas em bolsa apenas podem ser colocadas a zero através do pagamento das horas por inteiro ou por gozo de horas em período de conveniência do trabalhador, carecendo sempre de acordo prévio com o trabalhador ou de negociação com o sindicato”.

“Infelizmente, o que verificamos é que há administrações que acreditam que podem dispor das horas em função das suas necessidades, sem qualquer negociação prévia com os trabalhadores”, lamenta.

“Acreditamos que este processo em Guimarães irá servir de exemplo para outros hospitais que se deparam com situações similares, mas, sobretudo, que é uma boa forma de valorizar o trabalho dos enfermeiros”, conclui Pedro Costa.

 

 

 

 

 

Alimentação saudável
No dia 16 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Alimentação, uma data que visa lembrar a importânc

Estando presentes em abundância sobretudo nos legumes e frutas, as vitaminas e minerais podem ser obtidos a partir da alimentação ou da suplementação, em fases mais exigentes da nossa vida. Seja qual for a sua fonte, estes nutrientes são fundamentais por vários motivos, mas em particular pelos 3 que passamos a descrever:

  1. Ajudam-nos a ter mais energia – Dormir as horas suficientes e ter um sono de qualidade, praticar exercício físico, evitar o stress, passar tempo ao ar livre e investir numa alimentação variada e equilibrada é fundamental para que a energia não falte no nosso dia-a-dia. É precisamente à alimentação ou a um suplemento vitamínico que vamos buscar os nutrientes que reforçam a nossa energia e vitalidade. As vitaminas do complexo B participam no metabolismo da energia e nas reações que libertam energia e permitem que o organismo decomponha alimentos nutritivos maiores em unidades menores, transformando esses alimentos em energia. Os minerais ferro, magnésio e zinco são também fundamentais para a manutenção dos nossos níveis de energia, bem como a coenzima Q-10, uma substância, semelhante às vitaminas, importante e necessária para o bom funcionamento de muitos órgãos e reações químicas no organismo.
  2. Tornam o nosso sistema imunitário mais resistente – Agora que a época das gripes e constipações se aproxima e o coronavírus continua a ameaçar-nos, apostar nos nutrientes que reforçam a imunidade é uma estratégia vencedora. As vitaminas C, E, D e A são as principais aliadas da imunidade, acompanhadas pelos minerais zinco e selénio.
  3. Reforçam a concentração e memória – As vitaminas são um fator chave para atingir todo o potencial do cérebro. Voltamos às vitaminas do complexo B, que são bem conhecidas por restabelecerem e aumentarem a energia, o foco e o estado de alerta. A ingestão regular de vitaminas B melhora a função mental e cognitiva. A vitamina B6 ajuda a reduzir o cansaço e a fadiga e a manter o bem-estar físico e mental. As vitaminas B1 e B12 contribuem para o normal funcionamento do sistema nervoso. As vitaminas C, D e E, pelo seu poder antioxidante são também essenciais no cocktail de reforço das capacidades do nosso cérebro, auxiliadas pelo omnipresente zinco.

 

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13.ª Reunião Anual da APIC realiza-se de 13 a 15 de outubro
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover a sua 13.ª Reunião Anual da APIC, que decorrerá...

“A nossa preocupação foi, em primeiro lugar, dar cobertura a todas as diferentes áreas de trabalho da intervenção cardiovascular que vão desde a angioplastia coronária, a integração da imagem e da fisiologia coronária, a intervenção estrutural valvular e não valvular. Procurámos trazer temas que levantam questões do nosso dia a dia nos laboratórios de hemodinâmica, que representam novidades e inovações tecnológicas em diferentes áreas da Cardiologia de Intervenção. E ainda temas mais relacionados com a organização e com a qualidade, onde poderemos discutir pontos sensíveis que têm preocupado a comunidade de Cardiologia de Intervenção no país, e os desafios para o futuro”, explica Rita Calé Theotónio, presidente da 13.ª Reunião Anual APIC 2022.

Este evento é o encontro major da Cardiologia de Intervenção nacional, que se diferencia pela complexidade dos procedimentos que são realizados todos os dias nos laboratórios de hemodinâmica em todo o país. “A sua realização só tem sido possível porque existe uma preocupação dos Centros e das Sociedades Científicas na formação das equipas e na atualização dos conhecimentos dos profissionais que as integram. Por outro lado, a experiência coletiva que se adquire neste tipo de reuniões é ímpar e fundamental para o progresso da Cardiologia de Intervenção nacional”, acrescenta a presidente.

A Reunião Anual APIC 2022 permite o debate sobre técnicas inovadoras percutâneas com outras especialidades como a cirurgia cardíaca, a cardiologia clínica, a medicina interna, entre outras. Permite ainda conhecermos as equipas: médicos, enfermeiros e técnicos, que trabalham em diferentes laboratórios de Norte a Sul do país e ilhas.

Para mais informações, consulte: www.reuniaoanualapic.pt

 

 

Dia Mundial da Alimentação assinala-se a 16 de outubro
Nos últimos anos, tem-se assistido a uma preocupação crescente com a alimentação, notando-se uma alt

A escassez de recursos e a perda de poder de compra é um problema que, invariavelmente, acaba por levar a uma redução da diversidade à mesa e, por isso, a escolhas menos benéficas para a saúde.

No âmbito do Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, a Médis pretende ajudar os portugueses a comerem de forma mais saudável e sem grandes custos, para melhorar a sua saúde.

O que deve ter em conta para uma alimentação saudável

Com a vasta oferta existente no mercado, optar por alimentos saudáveis e mais ricos nutricionalmente nem sempre se revela uma tarefa fácil. Contudo, existe uma estratégia muito simples: preferir alimentos autênticos, que são mais completos nutricionalmente, como as frutas e os vegetais, as proteínas magras, os grãos integrais e as gorduras saudáveis.

Por outro lado, deve resistir-se tanto quanto possível aos alimentos processados, como snacks salgados, doces ou outros alimentos embalados. Deixamos-lhe alguns conselhos adicionais que podem ser muito úteis no momento da compra e que podem ajudar a conseguir uma alimentação mais saudável:

  1. Consuma mais grãos integrais - Os hidratos de carbono refinados, como o pão branco, a massa ou o arroz, perdem nutrientes durante o processo de elaboração. Contudo, no pão de trigo integral e na massa e arroz integrais tal não acontece, o que os torna soluções mais saudáveis. Além disso, a ciência já comprovou que o alto consumo de grãos integrais está relacionado com um menor risco de diabetes tipo 2, doença coronária e hipertensão.
  2. Leia os rótulos - Numa alimentação saudável, produtos ricos em sal ou açúcar não entram, é por isso fundamental ler os rótulos para se certificar de que estes nutrientes não estão presentes em excesso ou ‘escondidos’. Tal pode acontecer, por exemplo, com os iogurtes.
  3. Exclua alimentos artificiais - Corantes, adoçantes ou conservantes. Todos os produtos que os contenham não devem fazer parte do dia-a-dia de uma alimentação saudável. Para os evitar, uma vez mais, leia atentamente os rótulos.
  4. Troque os refrigerantes por água - O consumo de água em detrimento de sumos ou refrigerantes é a base de uma alimentação saudável. Além de não conter calorias, a água ainda ajuda a controlar a fome e a afastar a sensação de fadiga, dando-lhe mais energia. Além disso, é importante estar hidratado.
  5. Consuma frutas e vegetais - São bons exemplos de uma alimentação saudável. Prefira ainda consumir fruta em vez do sumo de fruta, pois tem um menor teor de açúcar e mais fibra.
  6. Cozinhe as suas próprias refeições - Ao fazê-lo, sabe exatamente que ingredientes contêm - se são frescos, naturais ou processados. Desta forma, não corre o risco de “manchar” a sua alimentação saudável com produtos processados.

Métodos de confeção saudáveis

Os métodos de confeção determinam, em grande medida, a qualidade nutricional das refeições que consumimos. Por norma, os métodos ideais são a cozedura em água ou a vapor, assim como os assados ou estufados com pouca gordura.

Caso opte por um estufado, não adicione gordura ao preparado, uma vez que alimentos como a carne de vaca ou de porco já contêm, naturalmente, gordura suficiente. Os refogados devem ser breves para não degradar a gordura da carne. Por outro lado, o calor pode destruir cerca de 15 a 20% dos nutrientes dos vegetais, exceto alguns que podem até beneficiar da confeção, como é o caso do tomate, por exemplo, porque permite a libertação de antioxidantes que facilitam a absorção de nutrientes pelo organismo.

Os grelhados também podem ser saudáveis, uma vez que dispensam a adição de gordura. No entanto, o consumo excessivo de carne confecionada grelhada pode ser perigoso, porque as altas temperaturas podem originar uma reação química entre a gordura da carne e a sua proteína, dando origem a toxinas que desequilibram os antioxidantes do organismo, e podem contribuir para o aparecimento de doenças cardiovasculares e diabetes.

Ter uma alimentação saudável requer algum esforço, nomeadamente na escolha do tipo de alimentos consumidos, nos métodos de confeção escolhidos no dia-a-dia e, claro na gestão das opções tendo em conta o orçamento familiar.

A alimentação é, cada vez mais, um fator determinante na preservação da saúde – fazer escolhas mais equilibradas é contribuir para uma vida mais longa e saudável.

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APCOI lança “caça ao tesouro” interativa para prevenir obesidade infantil
A app Heróis da Fruta, um jogo gratuito para smartphones da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) que...

A aplicação de realidade aumentada inspirada no projeto educativo ‘Heróis da Fruta’ que já está implementada em mais de 100 municípios portugueses vai passar a estar disponível na capital do país, onde as crianças terão agora a oportunidade de participar numa “caça ao tesouro” interativa que convida as famílias a sair de casa para procurar no mapa da app os baús mais próximos presentes nos cartazes afixados em diversos locais da cidade. Cada baú contém saquetas escondidas com cartas, que podem ser “caçadas” com a app Heróis da Fruta através da tecnologia de realidade aumentada apontando a câmara do smartphone. Para além das centenas de cartas para colecionar com curiosidades sobre alimentação saudável, a app Heróis da Fruta traz ainda missões para completar que valem pontos e prémios para quem chegar aos primeiros lugares do ranking de pontuação.

Numa primeira fase, a “caça ao tesouro” dos Heróis da Fruta estará disponível na freguesia de Alvalade, estando previsto o alargamento da iniciativa para as restantes freguesias da cidade nas próximas semanas.

Mas as novidades não ficam por aqui: também este sábado, a APCOI atualiza o seu jogo com a coleção “Há Vida No Pomar” que chega com 60 novas cartas sobre a biodiversidade de fauna e flora que pode ser avistada nos pomares certificados de Maçã de Alcobaça IGP devido ao seu modo de produção sustentável e ambientalmente responsável.

Para Mário Silva, Presidente da APCOI, “ter a nossa app disponível em Lisboa representa uma meta muito importante para nós, não só pela representatividade demográfica que a cidade tem no contexto nacional – permitindo-nos chegar a uma população bastante significativa – como também pela importância que os grandes centros urbanos como Lisboa podem ter na promoção de comportamentos mais saudáveis junto da comunidade, e que, naturalmente, acabam por ganhar escala para outros pontos do território nacional”.

Além de Lisboa, a app Heróis da Fruta está já disponível em diversas localidades de Norte a Sul e ilhas. Para as crianças que queiram sair do sofá e procurar estes tesouros, há um mapa com a localização dos diferentes baús disponível dentro da app e também há baús à solta nas redes sociais dos Heróis da Fruta todas as semanas.

Esta iniciativa da APCOI pioneira a nível mundial, financiada pela Novo Nordisk Portugal usa tecnologia 100% nacional desenvolvida pelos estúdios ONTOP e conta com a parceria da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (EASO) e da Coligação Europeia de Associações de Pacientes com Obesidade (ECPO).

Atualmente a aplicação encontra-se disponível nas lojas virtuais dos dispositivos móveis iOS (Apple Store) e Android (Google Play).

Projeto desenvolvido na área das demências
As Irmãs Hospitaleiras | Casa de Saúde da Idanha venceram o Prémio Saúde Sustentável, na categoria Inovação em Saúde, com o...

Este projeto surge para dar resposta às novas necessidades em saúde decorrentes do envelhecimento populacional, nomeadamente na área das demências. Consiste na criação de jogos cognitivos para uma plataforma de realidade aumentada permitindo desta forma efetuar sessões terapêuticas inovadoras de promoção do envelhecimento ativo e prevenção da demência. Teve como parceiro tecnológico o Instituto de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técnico. O Ginásio Cerebral Sénior Comunitário, parceria com a Câmara Municipal de Sintra, acolhe as atividades terapêuticas deste projeto.

O Prémio Saúde Sustentável – já na sua 11ª edição é uma iniciativa do Jornal de Negócios e da farmacêutica Sanofi Portugal orientada para a divulgação e incentivo de boas práticas da sustentabilidade da saúde em Portugal e tem por objetivo divulgar os exemplos de excelência que são merecedores de destaque.

Os vencedores do Prémio Saúde Sustentável foram revelados ontem, numa cerimónia que decorreu na Fundação Oriente, em Lisboa, com a presença do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

Nesta edição de 2022, o prémio foi atribuído em dois âmbitos: institucional e personalidade. Na distinção institucional, entre 58 candidaturas foram premiadas 5 categorias: Cuidados de saúde centrados no Cidadão, Inovação em saúde (galardão atribuído à Casa de Saúde da Idanha), Integração de Cuidados, Promoção da Saúde e Prevenção da Doença e transformação Digital. Na distinção personalidade, não sujeita a candidatura, o júri premiou o Dr. Delfim Rodrigues.

“Este reconhecimento representa, não só um motivo de orgulho institucional, como também uma responsabilidade acrescida no percurso de inovação em saúde que as Irmãs Hospitaleiras têm desenvolvido ao longo dos anos”, pode ler-se em comunicado.

 

Agência Nacional de Inovação (ANI) foi parceira da iniciativa
O Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, o Hospital de Santa Marta, o INEM e a start-up eBreathie foram os grandes vencedores da 6ª...

“Estão mesmo todos de parabéns. Todas a candidaturas que recebemos são projetos de uma enorme qualidade e disponibilidade go-to-market. As tendências que observámos nos 10 projetos passam por soluções que permitem a proximidade com o utente, com o cidadão, onde quer que ele esteja. São projetos que enaltecem a segurança do doente e a inteligência artificial sobre os dados, para conseguir melhorar a parte do diagnóstico, acelerar processos, transformar as instituições para se tornarem mais ágeis e para proporcionar aos profissionais de saúde mais tempo de qualidade para dedicar aos seus doentes e, junto com eles, tomar a melhor decisão. Eu diria que estes são os aspetos que caracterizaram as candidaturas”, afirma Filipa Fixe, Administradora Executiva da Glintt.

“A ANI tem o prazer de se juntar este ano como parceira dos Prémios HINTT para poder premiar esta montra de excelentes projetos. São projetos com uma multidisciplinaridade de equipas incrível, desde médicos, enfermeiros, terapeutas e assistentes operacionais. Os projetos reconhecidos hoje prometem ter grande impacto nas vidas de todos nós e são excelentes exemplos de como se faz inovação de altíssima qualidade em Portugal.”, avança João Borga, Administrador Executivo da Agência Nacional de Inovação.

O Hospital de Santa Marta foi o vencedor na categoria de Value Proposition com o Sistema de custeio por doente.

O projeto apresentado pelo Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), através do Hospital de Santa Marta, enquadra-se numa estratégia de criação de valor para o doente, centralizando um conjunto de informação de diferentes fontes de dados, de forma normalizada e detalhada dos custos. Este sistema permite, por exemplo, aferir a adequação da estrutura de produção ao financiamento dos cuidados, de forma consistente e contínua, e identificar as oportunidades de melhoria, possibilitando a otimização dos recursos. “Não se trata de fazer gastar menos, mas de fazer gastar melhor”, explica a administradora hospitalar adjunta do Conselho de Administração, Anabela Ferreira da Costa.

O Sistema de Custeio por Doente, no CHULC, é um modelo de apuramento de custos suportado por uma ferramenta de exploração de dados. Esta ferramenta, explica a administradora, “estabelece a integração dos dados do sistema de saúde, assentes em diferentes sistemas operacionais de FrontOffice (Gestão de Doentes, Gestão Clínica, Gestão de Apoio Clínico, etc.) e de BackOffice (Gestão Financeira, Recursos Humanos, Logística e Farmácia e outros), combinando informação da atividade clínica e financeira, e permitindo efetuar análises e relatórios padronizados com indicadores selecionados para suporte às decisões da gestão de topo e operacional”.

Na categoria de Clinical Outcomes foi distinguido o projeto +PERTO do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa.

Numa altura em que a necessidade de levar o hospital até casa do utente é uma realidade na maior parte das unidades hospitalares, o projeto +PERTO - Programa de Enfermagem de Reabilitação Tecnológico – foi a resposta encontrada pelo Centro Hospitalar Tâmega e Sousa para este desafio. De uma forma inovadora e pioneira na área em que se enquadra, este projeto pretende dar resposta de forma muito célere a um grupo de utentes, mas com possibilidade de rapidamente se tornar transversal a vários outros grupos de doentes no que se refere a cuidados de enfermagem de reabilitação.

O projeto consiste na implementação de um programa de reabilitação digital, acompanhado por um canal de comunicação e monitorização, via APP, em pessoas propostas e submetidas a Artroplastia Total do Joelho e aos seus cuidadores. “Através desta Aplicação Móvel, será possível, desde o pré-operatório, a preparação física, psicológica e aumento das capacidades da pessoa para uma melhor experiência cirúrgica, empoderamento no seu processo de reabilitação, bem como na recuperação pós-operatória”, explica Tiago Araújo, enfermeiro e um dos responsáveis do projeto. A Aplicação ‘’+ PERTO’’ tem permitido que os utentes e seus cuidadores tenham toda a informação necessária e pertinente (devidamente desenvolvida e validada por peritos) ao seu alcance, independentemente do local e da hora, permitindo assim que os cuidados de saúde e o CHTS estejam ‘’+ PERTO’’.

A start-up eBreathie foi a grande vencedora da noite na categoria de Startup Innovation e da distinção BfK Awards.

O eBreathie, desenvolvido pela startup com o mesmo nome, é um smart-inhaler – ou seja, um dispositivo médico que se liga ao inalador tradicional de um doente asmático, transformando-o num inalador “inteligente” e conectável. “De cada vez que o doente usa o seu inalador, o nosso dispositivo recolhe vários dados, cria o seu perfil inspiratório e dá-lhe feedback imediato de se fez a sua medicação de forma correta”, explica Ana Rita Constante, CEO. Estes dados são depois disponibilizados ao médico assistente, o que garante um cuidado de saúde personalizado e à distância.

Um dos objetivos do projeto é também capacitar os doentes asmáticos para melhor controlarem a sua doença, enquanto são monitorizados em tempo real. “Ao utilizarem o eBreathie, os doentes terão um melhor controlo da sua doença e conseguirão melhorar a sua qualidade de vida”, salienta a CEO.

Apesar dos testes com o eBreathie, Ana Rita Constante refere que ainda não é possível ter dados suficientes sobre o seu impacto. Contudo, acrescenta que existe evidência científica validada sobre os impactos da utilização de smart-inhalers no geral. Esta demonstra que o seu uso aumenta em 23% o número de dias sem quaisquer sintomas, após um ano de utilização; diminui em 39% a utilização de medicação de alívio, no mesmo período; e que 62% dos utilizadores com asma não controlada passaram a ter a doença controlada, com menos idas à urgência e menos hospitalizações.

O INEM venceu a categoria de Patient Safety com o iTeams inclusivo.

O iTEAMS é o programa informático de Registo Clínico do INEM, que substituiu o registo em papel a partir de 2018. É também uma ferramenta interativa que permite emitir alertas de gravidade de doença, aproximar a regulação médica do CODU aos meios operacionais, e otimizar a cadeia de transmissão de informação clínica desde o evento até à entrega do doente no hospital. Adicionalmente, o programa dispõe de uma ferramenta inclusiva, através da ligação a um intérprete de Língua Gestual Portuguesa via SNS24, dirigido à comunidade surda. Em termos de inovação, Filipa Barros, médica e coordenadora do projeto, destaca a capacidade de resposta desta ferramenta a vítimas com vulnerabilidades prévias ou decorrentes da emergência, “contribuindo para uma comunicação inclusiva e para uma maior equidade na prestação de cuidados de saúde no contexto pré-hospitalar”, aponta.

Outra novidade importante do iTeams é a possibilidade de ser usado em todos os meios de emergência. “O INEM tem vindo a disseminar o uso deste programa informático pelas outras entidades que compõem o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) – nomeadamente Bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, que asseguram 80% do socorro pré-hospitalar no nosso país”, reforça a responsável.

Como membros do júri, o HINTT contou com José Martins Nunes, Alto-Comissário para o World Health Summit e primeiro presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra; Maria de Belém, que foi Ministra da Saúde, Ministra para a Igualdade e ex Deputada em várias Legislaturas e Presidente da Assembleia Mundial de Saúde da Organização Mundial de Saúde; Nuno Sousa, neurorradiologista e presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho; Ana Paula Martins, farmacêutica, ex bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e atual Diretora de Assuntos Governamentais da Gilead Sciences; e Jorge Penedo, cirurgião e vice-presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos.

Distinguir o que melhor se faz na Saúde em Portugal
Foram revelados esta 4ª feira, 12 de outubro, os vencedores da 11ª edição do Prémio Saúde Sustentável, uma iniciativa que junta...

O júri, composto por reconhecidas figuras representantes de várias áreas, deliberou e considerou, em 2022, reconhecer e premiar boas práticas e entidades em diferentes categorias.

A Associação Nacional de Farmácias foi a grande vencedora na Categoria Cuidados de Saúde Centrados no Cidadão, tendo a Menção Honrosa sido entregue aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. O Centro Hospitalar Universitário de São João conquistou o terceiro lugar nesta categoria.

As Irmãs Hospitaleiras, Casa de Saúde da Idanha receberam a maior distinção na Categoria Inovação em Saúde. A Menção Honrosa foi atribuída ao Hospital de Cascais, Dr. José de Almeida. O terceiro finalista foi Centro Hospitalar Universitário do Algarve

O vencedor da Categoria Integração de Cuidados foi o ACeS Douro – Marão e Douro Norte, Unidade de Cuidados na Comunidade de Vila Real, tendo o Centro Hospitalar Universitário do Algarve recebido uma Menção Honrosa. O terceiro finalista desta categoria foi o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira – SESARAM e EPERAM.

Na Categoria Promoção da Saúde e Prevenção da doença, foi o Centro Hospitalar Universitário do Porto a alcançar o primeiro lugar. A Menção Honrosa foi entregue à Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e o terceiro lugar desta categoria foi atribuído à Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia

A Wellpartners foi a grande vencedora na Categoria Transformação Digital. Neste grupo, foram ainda distinguidos o Hospital Dr. Francisco Zagal com uma Menção Honrosa e o Instituto Português de Oncologia do Porto com o terceiro lugar na categoria.

Para além destes, o júri atribuiu também o Prémio Personalidade 2022 a Delfim Rodrigues, Coordenador do Programa Nacional de Implementação das Unidades de Hospitalização Domiciliária nos hospitais do SNS.

Helena Freitas, Country Lead da Sanofi Portugal, destaca a qualidade de todos as candidaturas, admitindo que “A escolha dos vencedores foi uma tarefa muito gratificante e inspiradora! Enquanto companhia, acreditamos que esta iniciativa é fundamental para continuar a incentivar as instituições a desenvolver mais e melhores projetos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e saúde de um maior número de pessoas e para uma área de saúde mais coesa e inovadora. Este ano, já na 11ª edição, a saúde baseada em valor foi o tema escolhido para o debate, porque na Sanofi acreditamos na importância de colocar o doente no centro da sua jornada, ao longo do processo da doença e compreendemos a necessidade de se abordar este tema com maior frequência. “

O Prémio Saúde Sustentável é já uma referência no panorama da saúde em Portugal, que mantém firme a sua missão de contribuir para o reconhecimento e a partilha do que de melhor se faz pela saúde a nível nacional.

Para mais informação, consulte: https://premiosaudesustentavel.negocios.pt/

No dia 18 de outubro
No Dia Mundial da Menopausa, dia 18 de outubro, é lançado no Hospital de São João o livro “Descomplicar a Menopausa”, o...

“É urgente deixar para trás o mundo onde estão escondidas de forma desajeitada as mulheres enquanto sujeitos de menopausa. O mundo «pula e avança» indiferente ao facto de embrulhar numa névoa inconveniente e fora de contexto uma fase da vida reprodutiva das mulheres que não depende da sua vontade, não pode ser evitada e tem tanta razão de ser como as outras. O Processo de Menopausa é bonito, é cheio de graça e desafiante. Faz parte da vida de qualquer mulher, como a puberdade, a menstruação, a gravidez ou o aleitamento. É preciso vivê-lo de forma natural, plenamente e de maneira informada”, defende a autora.

Com a revisão científica de Pedro Vieira Baptista, responsável pela unidade de trato genital do Hospital de São João, e de Maria Natália Mendes, psicóloga clínica da saúde com experiência em menopausa, o livro “Descomplicar a Menopausa” aborda as três fases do processo de menopausa, os efeitos mais comuns, porque se manifestam e como lidar com eles, bem como uma orientação abrangente sobre a variedade de tratamentos disponíveis, incluindo medicina tradicional e complementar.

Segundo os dados da PORDATA, estima-se que mais de um milhão e meio de mulheres portuguesas, cerca de 80% das mulheres em idade de menopausa, sofrem impactos da menopausa, como stress e exaustão, mudanças de humor, alterações no padrão de sono, confusão mental, baixa líbido, ondas de calor, suores noturnos e aumento de peso, sintomas que podem ser confundidas com doenças mais comuns.

Cristina Mesquita de Oliveira é licenciada em Ciências da Comunicação, com graduação em Marketing Farmacêutico, na Universidade Fernando Pessoa, e em Economics, Management and Health Financing, pela Universidade Nova de Lisboa. Trabalhou na Indústria Farmacêutica durante 34 anos, onde teve uma formação médica contínua em várias áreas científicas de medicina. É, também, fundadora da Comunidade de Saúde em Menopausa MMDP - Menopausa Divertida Portugal, que conta com mais de 35.000 mulheres portuguesas, a viver e trabalhar em território nacional e emigradas no mundo inteiro.

O evento de lançamento do livro decorre no Hospital de São João (HSJ), no Porto, às 15h, dirigida à comunidade de profissionais do HSJ e a convidados, e insere-se na 2ª Edição da Celebração da Semana da Menopausa, uma iniciativa organizada pela VIDAs - Associação Portuguesa de Menopausa com várias atividades de sensibilização e literacia para a menopausa.

Em 2022 #EverySpineCounts
A dor nas costas, uma condição mais prevalente do que o cancro, o Acidente Vascular Cerebral, a doença cardíaca, a diabetes e a...

O tema escolhido para 2022 enfatiza a diversidade da dor e da incapacidade causadas por problemas na coluna, bem como o impacto social e económico destas patologias, assim como a necessidade de garantir o acesso a tratamentos adequados. Atualmente há cerca de 540 milhões de pessoas no mundo que sofrem de dores nas costas e esta continua a ser a principal causa de anos vividos com incapacidade.

“Viver com dores ou lesões nas costas acarreta vários desafios para quem delas sofre e diminui substancialmente a qualidade de vida, podendo até significar faltas frequentes ao trabalho. É crucial alertar para esta condição e garantir o acesso ao tratamento adequado, sem o qual a dor se pode tornar crónica ou a deformidade permanente”, alerta Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas.

O Dia Mundial da Coluna, uma iniciativa da Aliança Global para a Saúde Musculoesquelética organizada pela Federação Mundial da Quiroprática, assinala anualmente a importância da saúde e do bem-estar da coluna. Tem como objetivos promover a atividade física, a postura correta, o levantamento de pesos responsável e as condições de trabalho saudável, alertando para a falta de cuidados em algumas regiões do mundo.

“Mesmo em países desenvolvidos, como Portugal, esta é uma patologia que resulta num impacto enorme a nível psico-socioeconómico”, explica Bruno Santiago, acrescentando: “É imperativo olhar pelas suas costas, através de cuidados essenciais como evitar inatividade física, não sobrecarregar a coluna com peso e adotar hábitos de vida saudáveis, como não fumar ou praticar uma alimentação equilibrada.”

A patologia da coluna vertebral, que afeta cerca de 150 mil portugueses, é hoje a principal causa de anos vividos com incapacidade em todo o Mundo. Cerca de 80% da população terá pelo menos uma crise de dor nas costas ao longo da sua vida. Estes são episódios habitualmente benignos, resolvendo-se espontaneamente, através de medicação ou de outros cuidados. No entanto, se a dor for persistente ou afetar a perna ou o braço, é importante procurar ajuda do médico assistente para um diagnóstico e tratamento adequados.

“Em alguns casos, a cirurgia é o tratamento indicado, sendo que, hoje em dia, é já possível realizá-la de forma pouco invasiva, através da evolução tecnológica que se tem registado nesta área. Muitas vezes, o doente recebe alta nas primeiras 24h, sendo esta uma cirurgia extremamente segura e com risco de complicações muitíssimo baixo”, remata.

Segundo um estudo publicado na revista científica The Lancet, embora reconhecida como um importante desafio socioeconómico e de saúde, com expectativa de aumento na prevalência, a dor lombar continua a ter um enorme potencial de melhoria tanto no  diagnóstico como nos tratamentos. Já os futuros estudos sobre dor lombar devem concentrar-se em melhorar a precisão e objetividade das avaliações diagnósticas e desenvolver algoritmos de tratamento que considerem fatores biológicos, psicológicos e sociais únicos.

As dores nas costas podem afetar qualquer um dos segmentos da coluna e a intensidade, a frequência e as características destas são variáveis. Existem três tipos de dores: cervicalgia, dorsalgia e lombalgia, consoante a área do tronco afetada, sendo esta última a mais comum.  

Ainda este mês, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai realizar o seu XI Congresso, entre os dias 27 e 29 de outubro, no Tivoli Oriente, em Lisboa. O evento destina-se a médicos especialistas no tratamento das doenças da coluna vertebral e tem como objetivo abordar temas atuais e de interesse a todos os participantes, incluindo as patologias mais frequentes e a inovação e novas tecnologias relacionadas com o tratamento cirúrgico.

Entrevista | Dra. Ana Magriço
Estima-se que cerca de metade dos casos de deficiência visual diagnosticados, em todo o Mundo, podia

Dados do Relatório Mundial sobre a Visão, publicado em 2019, demonstram que, globalmente, pelo menos, 2,2 mil milhões de pessoas têm uma deficiência visual. Destas, estima-se que cerca de metade vive com uma condição que podia ter sido evitada ou que ainda não foi devidamente tratada. Assim sendo, começo por lhe perguntar, no que diz respeito ao nosso país, se nós, portugueses, estamos devidamente despertos para as doenças ocular e os cuidados com a visão?

Os portugueses preocupam-se com a saúde da visão, mas muitos não cumprem as avaliações recomendadas pelo médico oftalmologista para uma boa saúde ocular. Em causa pode estar o facto de se sentirem bem e também porque quando não se sentem, o acesso aos cuidados de saúde poder ser difícil. Assim, muitas pessoas acabam por se limitar a comprar óculos, perdendo a oportunidade do diagnóstico atempado de muitas doenças oculares. É importante salientar que ter uns bons óculos graduados não significa ter uma boa saúde ocular.

Quais as principais patologias que estão a ameaçar a saúde da visão dos portugueses?

Nas crianças destacamos a ambliopia, vulgarmente conhecida como “olho preguiçoso”. Pode ocorrer se a necessidade do uso de óculos não for diagnosticada atempadamente.

A partir dos 40 anos, as patologias mais comuns são o glaucoma e a retinopatia diabética, duas das principais causas de cegueira evitável (quando diagnosticada e tratada precocemente). Quando falamos em doenças evitáveis, o que pretendemos dizer é que existe forma de prevenir a progressão e evitar que cheguem a um estado avançado, muitas vezes, irreversível.

No caso da retinopatia diabética é uma manifestação ocular da diabetes, na qual é necessário controlar o melhor possível os níveis de açúcar no sangue desde as fases iniciais da doença. Já o glaucoma, provoca a morte acelerada das células do nervo ótico e não apresenta sintomas detetáveis até uma fase muito avançada da doença, sendo diagnosticado apenas em consulta com um médico oftalmologista que avalia as alterações suspeitas do nervo ótico, do olho e a pressão intraocular.

A partir dos 60 anos, é fundamental estar atento aos sinais e sintomas da Degenerescência Macular da Idade (DMI) que causa uma alteração da visão central e às cataratas que provocam uma diminuição da visão inicialmente para longe. Duas doenças oculares relacionadas com a idade que também podem levar à cegueira no seu estadio avançado.

Em que consiste a retinopatia diabética? Quais os sinais de alerta? Tem tratamento?

A retinopatia diabética é uma lesão da retina (estrutura, localizada na parte posterior do olho, que contém as células que recebem as imagens e as transmitem ao cérebro) provocada pela diabetes, sendo uma das principais causas de cegueira. Para evitar a cegueira é fundamental controlar o melhor possível os níveis de açúcar no sangue desde as fases iniciais da doença. Inicialmente, os efeitos na visão podem ser mínimos, mas a visão pode agravar gradualmente. Pode verificar-se visão turva, visão com alterações periódicas (de borrada para clara e vice-versa), visão prejudicada devido a manchas escuras que flutuam na visão…

Relativamente ao tratamento da retinopatia diabética, este é definido conforme o estadio da doença e tem como objetivo retardar a sua progressão e recuperar a visão para proporcionar ao doente uma melhor qualidade de vida. Na fase inicial da doença, o tratamento indicado é a

monitorização regular com um médico oftalmologista e uma articulação importante com o doente e o endocrinologista de forma a alterar estilos de vida e controlar todos os fatores de risco cardiovasculares com o objetivo de controlar os níveis de açúcar no sangue e evitar que outros fatores de risco contribuam para o agravamento da retinopatia.

Em casos mais graves, pode ser necessário realizar injeções intravítreas (dentro do olho), procedimentos com laser ou cirurgia.

E o glaucoma? Quais as principais causas, manifestações clínicas e tratamento?

O glaucoma é uma doença ocular grave em que a perda de visão é consequência da morte das células do nervo ótico (estrutura que liga o olho ao cérebro occipital e que conduz as imagens da retina até ao cérebro). É, habitualmente, assintomática nas fases iniciais e é considerado uma das principais causas de cegueira irreversível, ou perda grave de visão, quando não é diagnosticado e tratado de forma atempada e adequada. É uma doença que evolui silenciosamente e que, apesar de não apresentar sintomas (ardor, picadas ou outra queixa), pode ter outro tipo de manifestações como quedas sem causa aparente ou o chocar com objetos que não tinha reparado e se encontram no seu espaço visual.

O tratamento permite atrasar ou idealmente impedir a progressão do glaucoma e implica a diminuição da pressão intraocular, muitas vezes aumentada nesta doença. No entanto, o que se perdeu da visão já não se recupera. Para tratar esta patologia pode-se recorrer a colírios, laser ou cirurgia.

Relativamente à degenerescência macular da idade, em que consiste e como pode ser prevenida? Quais os sinais de alerta?

A degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) é uma doença que afeta a mácula e, nas suas fases mais avançadas, pode

impedir a pessoa de ler, conduzir, ver televisão, ver as horas ou o rosto das pessoas com quem interage.

Nas suas formas iniciais, a DMI pode passar despercebida, pois os sintomas são muito ténues ou nulos. Alteração na perceção dos contrastes ou das cores que, na maioria das vezes, são quase impercetíveis para o doente. Este é um dos principais motivos pelo qual se aconselha um exame oftalmológico anual a partir dos 50 anos, no qual será possível observar alterações na área macular do olho.

Apesar de ter uma grande carga genética, é possível reduzir o risco de ter a doença e de evitar a perda de visão através da prevenção. Para apostar na prevenção é fundamental seguir alguns cuidados como não fumar, ter uma dieta rica em frutas vegetais e legumes, assim como ir regularmente ao médico oftalmologista. Quando for necessário, o especialista poderá ainda prescrever vitaminas e antioxidantes ao doente.

Sendo uma das causas de redução ou perda de visão, a catarata ocular é uma doença dos olhos muito comum. Mas será que estamos devidamente sensibilizados para esta patologia? O que precisamos saber sobre esta doença? Qual o tratamento? Há forma de prevenir?

As cataratas são muito frequentes na população idosa e representam uma das principais causas de cegueira em todo o mundo. Apesar de as pessoas terem noção de que existe uma doença chamada “catarata”, creio que não estão totalmente consciencializadas das suas consequências e de como o adiamento do diagnóstico e tratamento podem fazer a diferença no prognóstico.

A lente natural interna do nosso olho chama-se cristalino. Quando temos catarata, esta lente que costuma ser transparente torna-se opaca e fica baça, passando a designar-se por catarata. A probabilidade de ter esta patologia aumenta com a idade e podemos afirmar que, a partir dos 70 anos, cerca de 50% da população tem catarata ou já foi operada.

As pessoas com catarata começam por notar perda de nitidez nos pormenores, tendo dificuldades crescentes a ler legendas, avisos ou mesmo identificar pessoas ao longe.

Na ausência de tratamento a doença vai evoluir lentamente para uma lente opaca até ficar branca e causar cegueira, que pode ser reversível com cirurgia.

O único tratamento eficaz é efetivamente a cirurgia que consiste na remoção da lente natural opacificada e na implantação de uma nova lente que a vai substituir.

Que outras patologias é importante dar a conhecer, no âmbito deste tema?

Além das patologias mais graves, existem outras não menos importantes e que é essencial conhecer também. Por exemplo, a presbiopia, muito conhecida por “vista cansada”. A vista cansada é um problema natural que um dia vai afetar toda a população. Tal acontece devido à potência variável da lente interna do nosso olho que vai diminuindo ao longo dos anos e, habitualmente, entre os 40 e os 50 anos deixa de ser suficiente para podermos ver bem letras pequenas a curtas distâncias. Esta é uma fase de eleição para ir regularmente ao médico oftalmologista, uma vez que existem diversas causas de diminuição da visão e este especialista tem o conhecimento adequado para tratar e receitar óculos indicados para a compensação da presbiopia.

É importante reforçar que apesar de o uso de óculos melhorar a visão, tal não significa que não possam surgir outros riscos ou problemas, pelo que se recomenda a avaliação e acompanhamento regular de um médico oftalmologista.

De um modo geral, quando devemos consultar um médico oftalmologista?

O recomendado é ir uma vez por ano ao médico oftalmologista, caso não haja a manifestação de sintomas ou histórico familiar de alguma condição ocular específica. Essa recomendação aplica-se desde a adolescência e permanece até a velhice.

Em casos de bebés recém-nascidos é importante fazer a avaliação visual, pois permite a prevenção precoce de doenças e problemas permanentes da visão, tais como estrabismo, glaucoma e até mesmo o retinoblastoma, que, embora seja um cancro ocular raro, é mais comum em recém-nascidos.

Em crianças até aos 12 anos, o ideal é ir às consultas de oftalmologia uma vez por ano para detetar possíveis problemas da visão e evitar que estes interfiram no desempenho escolar.

Já em pessoas idosas, com doenças oculares ou grupos de risco, pode ser recomendado ir a consultas mais vezes ao ano. Em causa está o facto de ser necessário um maior acompanhamento do caso para que o doente tenha mais qualidade de vida e possa prevenir a progressão das doenças oculares que tenha.

Em matéria de prevenção, que cuidados devemos todos ter – tenhamos ou não uma boa visão – para a manutenção de uma boa saúde visual?

Existem vários cuidados que devemos ter para manter uma boa saúde visual e que garantem mais qualidade e conforto para a nossa visão, tais como:

  1. Dormir no mínimo oito horas por dia – o sono e o cansaço influenciam quer o nosso corpo, quer os nossos olhos. Dormir menos horas do que as necessárias pode causar vermelhidão, vista cansada e inchaços.
  2. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas – As bebidas alcoólicas produzem resíduos tóxicos que favorecem o envelhecimento precoce das células oculares. Além disso, o álcool causa desidratação, afetando também os olhos.
  3. Ter uma alimentação rica em vegetais e frutas – A ingestão de vegetais verdes escuros é indicada, uma vez que estes fornecem vitaminas benéficas para a retina.
  4. Proteger os olhos da radiação UV – É importante utilizar óculos com 100% de proteção UV para prevenir o envelhecimento precoce das células da retina e diminuir o risco de desenvolvimento de cancros oculares e palpebrais, de doenças degenerativas da retina ou catarata.
  5. Usar colírios lubrificantes, comummente designados por “lágrimas artificiais” – A hidratação dos nossos olhos é fundamental para evitar irritação, ardor e vermelhidão ocular.
  6. Se precisar de óculos graduados, deve usá-los como indicado pelo médico oftalmologista e prevenir sintomas que afetam a sua rotina e qualidade de vida, como diminuição da visão, dores de cabeça e cansaço ocular.
  7. Ir regularmente às consultas de oftalmologia - O médico oftalmologista irá avaliar a qualidade da visão e a saúde ocular, além de atualizar os óculos, quando necessário.

No âmbito do dia Mundial da Visão e da campanha #AdoroOsMeusOlhos, que mensagens ou ideias-chave gostaria de deixar?

A campanha #AdoroOsMeusOlhos tem como principal objetivo contribuir para dar a conhecer melhor algumas das doenças oftalmológicas mais frequentes, empoderar a sociedade civil a ser mais interventiva e ajudar a mudar o paradigma das doenças oculares e visuais em Portugal.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Diagnóstico atempado é a melhor forma para evitar perda de visão
A propósito do Dia Mundial da Visão, que se assinala hoje, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para...

O número reduzido de encaminhamento de pessoas com diabetes e retinopatia para consultas de oftalmologia prova a importância dos programas continuados de rastreios. Este acompanhamento anual feito em contexto de proximidade permite que as pessoas realizem o rastreio na sua unidade de saúde, evitando deslocações e gastos desnecessários. Este tipo de programas contribuem para uma maior eficiência dos sistemas de saúde.”, explica João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP.

A vigilância dos olhos das pessoas com diabetes é fundamental, sendo a única forma de preservar a visão. A APDP realiza, em colaboração com a ARS Lisboa e Vale do Tejo, rastreios de proximidade da retinopatia diabética há cerca de 20 anos, em unidades de cuidados de saúde primários, abrangendo cerca de 50 mil pessoas com diabetes em 2021, o que equivale a 200 mil fotografias realizadas ao fundo do olho.

Para José Manuel Boavida, presidente da APDP, “seria fundamental o alargamento deste programa às regiões que se encontram sem rastreio. A APDP está sempre disponível para colaborar e tem o conhecimento e as condições necessários para o tratamento atempado, o que nem sempre acontece noutros locais. Só um diagnóstico atempado pode evitar perda de visão”.

A retinopatia diabética é uma complicação que surge, muitas vezes, sem queixas, podendo existir doença grave sem que haja diminuição da visão ou qualquer tipo de sintomas.

O rastreio da retinopatia diabética é feito de uma forma simples, através de fotografias ao fundo do olho (retinografia). Permite detetar as alterações da diabetes no olho e encaminhar a pessoa para a consulta de oftalmologia em caso de necessidade.

 

 

Centro Hospitalar do Médio Tejo
O médico e candidato a Bastonário da Ordem dos Médicos, Rui Nunes, considera no mínimo estranho que o diretor do Serviço de...

De acordo com o também professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, “os motivos apresentados pela administração do CHMT são incompreensíveis, até porque estamos a falar de um médico que contribuiu, e muito, para um aumento de produção do seu serviço, não só em termos tecnológicos, mas também ao nível da implantação de dispositivos médicos e de consultas”. Mais estranho ainda, salienta Rui Nunes, “é que esta decisão seja tomada com a oposição da diretora clínica, a responsável pelas decisões médicas do centro hospitalar”.

O médico David Durão, recorda o candidato a bastonário, foi colocado como diretor de serviço através de um concurso público, que abrangeu a realização de um projeto de gestão para o serviço de Cardiologia e que foi avalizado por este Conselho de Administração.

“A dificuldade na contratação de prestadores externos para a urgência do CHMT não pode, de modo algum, ser imputado ao diretor de serviço, dado que esta é, desde logo, uma responsabilidade a cargo do conselho de administração”.

Rui Nunes lamenta toda esta situação e apela à intervenção do Ministro da Saúde, para “pôr cobro a uma situação que nos parece de todo invulgar”. Em última análise, explica o candidato a bastonário da Ordem dos Médicos, “a responsabilidade final é do ministro da Saúde, a quem cabe nomear e destituir os conselhos de administração de cada unidade hospitalar e zelar pelo normal funcionamento das instituições”.

Não obstante, Rui Nunes já manifestou total solidariedade ao médico David Durão, que está a ser alvo de uma situação que considera “inaudita, sobretudo, depois de todo o trabalho que fez no sentido de valorizar o serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo”. “Infelizmente, são este tipo de situações que contribuem para gerar maior desânimo entre os médicos e, em muitos casos, conduzem ao seu abandono do Serviço Nacional de Saúde”, acrescenta o médico e candidato a bastonário da Ordem dos Médicos.

Projeto liderado pela Universidade Católica Portuguesa (no Porto)
Por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, assinalado a 16 de outubro, o projeto europeu RADIANT – liderado pela Universidade...

Segundo dados do relatório de 2022 da ONU, o número de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo subiu para 828 milhões em 2021, devido a fatores como as mudanças climáticas e à crise alimentar – tendo estes sido amplificados pela pandemia e guerra na Ucrânia. É neste sentido que o projeto RADIANT pretende contribuir para a inversão desta realidade através da promoção de alimentos subvalorizados.

O projeto RADIANT adota a abordagem da ‘Teoria da Mudança’, através da exploração de variedades tradicionais que permitem a sustentabilidade ambiental, promovem a saúde humana, bem como combinam a neutralidade climática e a resiliência do sistema agrícola através da redução da emissão de gases e efeito de estufa; prosperidade de sistemas de cultivo em ambientes hostis e solos pobres; maior resiliência ambiental e a qualidade das culturas; uso eficiente de água e de nutrientes essenciais e crescimento local como uma forma culturalmente aceitável de realizar a diversidade nutricional.

“Visamos promover a diversificação das culturas agrícolas, a preservação ambiental e da agrobiodiversidade e o desenvolvimento económico justo, por meio da valorização de variedades tradicionais”, defendem os responsáveis pelo projeto.

“Tem-se verificado uma utilização restrita deste tipo de culturas devido ao paradigma de alimentos e sistemas industriais globalizados. A globalização está a tratar o mundo como um único país sem diferenças, resultando numa disponibilização, a nível mundial, do mesmo tipo de produtos agrícolas”, acrescentam.

“Realizing Dynamic Value Chains for Underutilised Crops”, é coordenado pela Universidade Católica Portuguesa (no Porto), envolve 29 entidades de 12 países – Portugal, Eslovénia, Reino Unido, Hungria, Espanha, Grécia, Itália, Alemanha, Irlanda, Bulgária, Países Baixos e Chipre. É ainda Parceiro da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Podem ser consultadas mais informações através do site oficial RADIANT, bem como das redes sociais do projeto: InstagramFacebookLinkedIn e Twitter.

 

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