30 e 31 de janeiro
A Escola Superior de Enfermagem do Porto organiza, nos dias 30 e 31 de janeiro, o Simpósio sobre os Desafios Colocados ao...

O evento pretende contribuir para a solução do problema da falta de articulação das autonomias das instituições de ensino de enfermagem e da saúde na definição de vagas e clarificação de papéis na estruturação do “ensino clínico”.

Com lugar no Auditório da ESEP, o Simpósio junta profissionais de diversas áreas do ensino e da política. O debate relacionado com a regulação da articulação das autonomias das instituições de ensino e saúde conta com a participação dos deputados Miguel dos Santos Rodrigues do PS. Ricardo Baptista Leite do PSD, Pedro dos Santos Frazão do Chega, Carla Castro da Iniciativa Liberal e Luís Monteiro do Bloco de Esquerda.

Também nomes como João Santos, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, António Amaral, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Manuel Lopes, Presidente da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus marcam presença no evento.

O evento termina a 31 de janeiro com o debate moderado pelo Presidente da ESEP, Luís Carvalho, com a participação de Filomena Cardoso do Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS e Pedro Nuno Teixeira, Secretário de Estado do Ensino Superior.

 

Projeto cofinanciado pela União Europeia
Especialistas de instituições de quatro países (Bangladesh, Finlândia, Portugal e Vietname) estão, durante esta semana, na...

Este manual, assim como um conjunto de seis artigos científicos que espelham os resultados de estudos empíricos feitos com grupos de alunos de Enfermagem e de Medicina daqueles dois países asiáticos – a publicar em revistas com fator de impacto –, fazem parte de um trabalho que está a ser desenvolvido no âmbito do projeto “DigiCare - Educating students for digitalized health care and coaching of their patients”.

Cofinanciado pela União Europeia, o projeto é coordenado pela Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (Finlândia), com a coliderança da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e a participação de mais cinco instituições: duas do Vietname (Hanoi Medical University e Nam Dinh University of Nursing) e três do Bangladesh (City Medical College & Hospital, Khulna City Medical College & Hospital e Universal Medical College and Hospital).

De acordo com Pedro Dinis Parreira, docente da ESEnfC e investigador na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), por estes dias, os parceiros do projeto DigiCare estão «a terminar os capítulos do handbook (manual) que funcionará como modelo orientador para quem quiser implementar o projeto no seu país ou na sua academia».

Paralelamente, está prevista a publicação de «seis artigos em revistas com fator de impacto, para facilitar a disseminação do projeto», dando-lhes «mais credibilidade» e transformando o modelo Digicare, já criado, «numa ferramenta pedagógica com aceitação por parte da comunidade científica», explica Pedro Dinis Parreira.

Segundo o professor coordenador da ESEnfC, um «objetivo paralelo do projeto DigiCare consistirá em «aumentar a satisfação dos pacientes, usando as tecnologias da digitalização como parte de seu tratamento», o que irá encurtar tempos de reposta, evitando inconvenientes da ida a uma consulta.

Os protagonistas desta parceria euro-asiática estão, ainda, a preparar uma campanha mediática para divulgação do projeto, que pretendem que faça parte do maior número possível de currículos escolares.

Os protagonistas desta parceria euro-asiática estão, ainda, a preparar uma campanha mediática para divulgação do projeto, que pretendem que faça parte do maior número possível de currículos escolares.

Este projeto pretende, também, potenciar a colaboração da Comunidade Europeia (DigiNurse Community) na melhoria dos programas de apoio à prática clínica nas diferentes regiões através do uso da digitalização.

 

Segurança, qualidade e rigor dos processos, experiência demonstrada e inovação entre os critérios
A Crioestaminal foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas, pelo 3.º ano consecutivo, na categoria de Criopreservação, com uma...

Em comparação com os restantes laboratórios do setor, a Crioestaminal foi o que conquistou maior satisfação ao nível do serviço prestado (8,24), destacando-se pela segurança, qualidade e rigor dos processos, que incluem testes de viabilidade realizados a todas as amostras recebidas; pela experiência demonstrada ao nível dos tratamentos realizados – a Crioestaminal conta com 19 amostras de sangue do cordão umbilical libertadas para tratamento, 10 das quais em crianças portuguesas; pela acreditação internacional e ainda pela possibilidade de investigação e desenvolvimento de terapias com células estaminais em laboratório próprio.

Além deste critério, os 1701 casais atualmente à espera de bebé, ou que pensam vir a estar no próximo ano, envolvidos no inquérito colocam a Crioestaminal no primeiro lugar de classificação em termos de preço/qualidade (7,56), confiança na marca (7,10) e inovação (7,01), gerando uma elevada intenção de recomendação (7,66), comparativamente com outros laboratórios do setor.

A CEO da Crioestaminal, Mónica Brito, dirige o agradecimento “a todas as famílias portuguesas que depositam na Crioestaminal a confiança para guardar as células estaminais do cordão umbilical dos seus filhos e que reconhecem o trabalho dos nossos profissionais, que todos os dias se dedicam para garantir a possibilidade de acesso a tratamentos convencionais e inovadores com recurso a células estaminais”. “É pelas famílias, e a pensar no seu futuro, que a Crioestaminal se tem dedicado, ao longo dos seus 20 anos de existência, à investigação na área das células estaminais e ao desenvolvimento de novas terapias celulares”, acrescenta Mónica Brito.

O Prémio Cinco Estrelas é um sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, os serviços e as marcas conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação, as principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores. Utiliza a metodologia mais completa e rigorosa do mercado, aplicando diferentes técnicas de recolha de informação, de acordo com os diferentes produtos e serviços e com o perfil do seu público-alvo.

Dieta Planetária
É um daqueles dias em que chego em casa e tenho 20 minutos para almoçar.

Ao ouvir o mesmo, quando chega aos motivos pelos quais o levaram a seguir tal estilo de vida, como a existência miserável à qual a indústria da carne submete milhões de animais, o nível assustador que estamos a experienciar os efeitos das alterações climáticas, imediatamente sinto-me culpada - por estar prestes a comer as coxas de frango que estão na bancada. É caro leitor, a verdade incomoda. Vivemos como se a natureza fosse um objeto em que seres vivos se tornaram coisas e ecossistemas se tornaram recursos.

Mas a questão aqui é que nos dias que correm não nos podemos dar ao luxo de pensar apenas na nossa saúde, sem também pensar na saúde do nosso planeta. E a maior parte de nós está mesmo preocupada. Em 2019 o European Council on Foreign Relations, realizou uma pesquisa em 14 países da UE onde foi feita a seguinte pergunta “Acredita que devemos dar prioridade ao meio ambiente mesmo que ao fazer isso tenha um impacto negativo no crescimento económico?" Na maior parte dos casos, entre 55-70% das pessoas disseram que sim.

Considerando que a forma como nos alimentamos é uma das principais causas das alterações climáticas em 2019, a EAT-Lancelet Comission criou a Dieta Planetária. Esta é um tipo de dieta que foi criada com o objetivo de ser sustentável a longo prazo e promover a saúde do indivíduo e do planeta. É flexível o suficiente para acomodar tradições e preferências alimentares e os produtos de origem animal são minimizados, não totalmente excluídos, pelo que existe uma variedade de opções, tanto para os onívoros, como para os que seguem dietas vegetarianas ou veganas.

Ela se baseia em ingerir alimentos maioritariamente plant-based, ou seja, alimentos que são derivados de plantas, como frutas, legumes, grãos, nozes e sementes. Além disso, a dieta planetária promove a redução do consumo de alimentos processados e o aumento do consumo de alimentos frescos e locais, com o objetivo de diminuir o impacto ambiental da produção de alimentos. Também incentiva o uso de práticas agrícolas sustentáveis e a preservação da biodiversidade.

No que diz respeito à quantidade de alimentos de origem animal, se considerarmos um adulto saudável que consome 2500 calorias por dia, recomenda-se comer aproximadamente 100g de carne vermelha, 200g de carnes brancas e peixe e 2 ovos por semana. Os valores de ingestão ideais de cada um, dependem da idade, tamanho do corpo e nível de atividade física.

Existem muitas vantagens para a saúde do ser humano e para o planeta ao seguir uma dieta planetária. Algumas das vantagens mais importantes incluem:

  1. Vantagens para a saúde: ajuda a prevenir doenças crónicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Alimentos plant-based também são ricos em nutrientes, como fibras, antioxidantes e fitoquímicos, que podem promover a saúde geral do indivíduo.
  2. Vantagens ambientais: A produção de alimentos de origem animal é mais intensiva em termos de recursos e gera mais emissões de gases de efeito estufa do que a produção de alimentos plant-based.
  3. Vantagens éticas: A produção de alimentos de origem animal muitas vezes envolve a criação de animais em condições de sofrimento e exploração. Ao escolher alimentos plant-based, é possível reduzir ou eliminar o apoio a essas práticas.
  4. Vantagens económicas: A dieta planetária pode ser mais acessível do que uma dieta baseada em alimentos de origem animal, especialmente em regiões onde os alimentos plant-based são mais abundantes e baratos.

Precisamos de reorganizar a forma como nos alimentamos para manter os ecossistemas, uma vez que dependemos dos mesmos para a nossa existência. A mentalidade de que somos entidades separadas de todo o resto que faz parte do planeta, foi justamente o que causou o problema. Pode ser difícil, uma vez que estamos acostumados a ver a natureza como algo separado da sociedade, em vez de um sistema complexo, em que, além de estarmos todos interligados, também temos os nossos destinos entrelaçados.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação é denunciada pelo Sindicato dos Enfermeiros
Mais de 2.000 enfermeiros promovidos, por concurso, a especialistas entre 2005 e 2010 estão a ver recusada a contagem dos...

A situação chegou ao conhecimento do SE após a denúncia de alguns associados, que se queixam de estarem a ser ultrapassados na progressão profissional por colegas que entraram mais tarde na carreira, que se encontram na mesma categoria, mas que apenas foram promovidos a especialistas em 2019.

“Esta situação está a fazer com que os enfermeiros promovidos em 2019 vejam contados todos os pontos desde 2004, sendo assim beneficiados para efeitos de progressão na carreira, o que, naturalmente, se irá refletir num índice remuneratório superior, ou seja, num vencimento superior aos colegas promovidos em 2009 ou 2010”, explica Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros recorda que, em 2009, com a publicação do Decreto-lei n.º 248/2009 de 22 de setembro, foi criada a Carreira Especial de Enfermagem, integrando as cinco categorias existentes (incluindo a de Enfermeiro Especialista) em apenas duas: as de Enfermeiro e Enfermeiro Principal. Mais tarde, com a criação do Decreto-Lei n.º 71/2019, foi reposta a categoria de enfermeiro especialista. Nessa altura, sublinha Pedro Costa, “aos profissionais que tinham progredido para a categoria de enfermeiro foi permitida a transição automática para a categoria de enfermeiro especialista”. Agora, adianta, “a estes colegas está a ser reconhecido todo o tempo de serviço para efeitos de avaliação de desempenho, sendo considerado que, como a transição foi feita de forma automática e não por concurso, a contagem de pontos é contínua até 2004”.

“Estamos perante uma situação de injustiça, dado que, para enfermeiros com a mesma progressão, há critérios diferentes na contagem de pontos para efeitos de avaliação de desempenho”, sustenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

De acordo com Pedro Costa, “aos enfermeiros que se submeteram a concurso entre 2006 e 2010 apenas foram contados pontos após as datas de tomada de posse”.

O Sindicato dos Enfermeiros irá dar nota desta matéria ao Ministério da Saúde, dado que considera que “esta situação é potenciadora de injustiças entre os enfermeiros”. No limite, “pode mesmo violar o princípio da igualdade previsto na Constituição da República”, sustenta Pedro Costa.

“É inaceitável que o Decreto-lei n.º 80-B/2022, criado para resolver injustiças na avaliação dos enfermeiros, acabe por gerar ainda mais injustiças do que as anteriormente existentes”, acrescenta o presidente do SE.

Janeiro e Fevereiro são meses críticos
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apela a todos os potenciais dadores que façam a sua dádiva de sangue...

Em comunicado, o IPST explica que o agravamento das infeções respiratórias sazonais e as condições atmosféricas adversas têm contribuído, tal como em anos anteriores, para uma menor afluência aos locais de colheita e uma maior suspensão para a dádiva de sangue.

Dados do IPST revelam que, a 10 de janeiro, as reservas de sangue e componentes sanguíneos situam-se entre os 4 dias para O positivo e O negativo, 5 dias para A negativo e 45 dias para AB positivo. Os dias de reserva considerando as existências nos hospitais situam-se entre os 18 dias para O positivo, os 20 dias para A positivo e os 57 dias para AB positivo.

Para fazer face a esta carência sazonal, o IPST deslocalizou algumas sessões de colheita de sangue do mês de dezembro para o mês de janeiro, iniciou a emissão de spots de apelo à dádiva nas rádios e televisões.

O IPST relembra que, embora a maioria das colheitas nos serviços de sangue hospitalares sejam realizadas em horário laboral, os três Centros de Sangue e da Transplantação do IPST estão disponíveis para receber todos os dadores de segunda a sábado das 8h00 às 19h30. O IPST realiza ainda todos os dias, de segunda a domingo, uma média de quatro sessões móveis de colheita de sangue.

Para ser dador de sangue é necessário ter entre 18 e 65 anos (idade limite para a primeira dádiva é 60 anos), ter peso igual ou superior a 50 Kg e estar saudável.

 

Dados de 2022
Segundo os dados agora divulgados, mais de 13 mil portugueses registaram, em 2022, o seu testamento vital, um número que...

O Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV), sistema gerido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) que permite registar toda a informação relativa a este documento, entrou em funcionamento em 2014 e, desde essa data, mais de 53 mil portugueses registaram o seu testamento vital.

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem o número mais elevado de testamentos vitais registados, aproximando-se dos 22 mil, seguindo-se o Norte com mais de 16.700, o Centro supera os 7.700, o Algarve mais de 2.800, o Alentejo ultrapassa os 1.900, a Madeira tem mais de 1.300 e nos Açores há mais de 800 registos.

Até dia 9 de janeiro de 2023, o número de testamentos vitais ativos ultrapassava os 34.500, dos quais mais de 12 mil outorgados por homens e mais de 22.500 por mulheres. Em qualquer dos géneros, as faixas etárias com maior número de registos ativos situam-se entre os 65 e os 80 anos e entre os 50 e os 65 anos.

Para fazer o seu testamento vital, basta preencher o formulário do testamento vital ou diretiva antecipada da vontade e entregar num dos muitos balcões do RENTEV, espalhados pelo país, ou enviar por correio. É válido durante 5 anos, a contar da data da assinatura, e pode ser alterado e renovado.

 

 

Reconhecimento das boas práticas de promoção da prevenção e reciclagem de resíduos
A Universidade Católica no Porto foi distinguida pela Lipor com o certificado “Coração Verde”, como reconhecimento pelas boas...

Isabel Braga da Cruz, presidente da Universidade Católica no Porto, enalteceu o papel de todos no percurso que levou à atribuição do “Coração Verde”, reiterando que este “é o reconhecimento de que a Universidade e a sua comunidade estão empenhadas em reduzir a pegada ecológica e em contribuir para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto e membro do conselho de administração da Lipor, elogiou o trabalho desenvolvido pela Católica no Porto, salientando que “este é um processo contínuo de mudança que deve ser liderado por todos em prol de um bem comum.”

A Universidade Católica no Porto tem mantido um olhar atento ao contínuo desafio da otimização dos processos de gestão ambiental. Neste sentido, em janeiro de 2019, com o objetivo de reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade, a Universidade iniciou o processo para obtenção do Certificado “Coração Verde” junto da Lipor. Através desta cooperação, os resultados são visíveis: alteração de comportamentos na deposição seletiva de resíduos; melhoria na qualidade da separação efetuada; envolvimento de estudantes, colaboradores e investigadores nas opções das áreas de maior influência; eliminação significativa de pontos de deposição de resíduos indiferenciados desnecessários; colocação de novos pontos de recolha seletiva, em especial de plástico/metal; reforço dos pontos de recolha de papel/cartão, nomeadamente junto de todas as impressoras e dos gabinetes; uniformização dos equipamentos de deposição, solução com aproveitamento de contentores existentes, aquisição de novos contentores complementados com a colocação de contentores fornecidos pela Lipor; melhoria da recolha seletiva nos laboratórios de investigação e na recolha das áreas académicas e espaços de restauração, entre muitos mais aspetos.

Seguiu-se uma mesa redonda sobre o tema “A Sustentabilidade na Universidade Católica no Porto”. Célia Manaia, vice-presidente da Católica no Porto, moderou uma conversa entre especialistas que deram exemplos da abordagem ao tema Sustentabilidade.   As iniciativas pioneiras “Cadeiras ODS” e “A Natureza em Sala de Aula” foram dois exemplos trazidos para ilustrar o que se tem vindo a fazer ao nível do ensino.  Helena Gonçalves, docente da Católica Porto Business School, explicou que na iniciativa pioneira da Universidade Católica, as cadeiras ODS são pautadas por uma forte interdisciplinaridade, ministradas por docentes de diferentes áreas do conhecimento para estudantes de diferentes cursos dos 4 campi da Católica. Marisa Costa, docente da Faculdade de Educação e Psicologia, explicou como se pode incutir nos mais jovens, simultaneamente o gosto pela natureza e pelo conhecimento através de aulas que decorrem na Natureza. Ezequiel Coscueta, investigador do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), explicou como a investigação e a inovação podem dar valor ao que temos vindo a considerar desperdício, os ditos subprodutos industriais que podem ganhar uma nova vida na indústria cosmética, farmacêutica ou alimentar, reintegrando assim a economia. Carlos Ferreira, investigador do projeto Alchemy do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), referiu como todos podemos ser embaixadores de sustentabilidade, dando o exemplo de opções como os orçamentos participativos, como forma de incentivo à criatividade e proatividade no desenvolvimento de soluções promotoras de sustentabilidade. No final da mesa redonda, todos concordaram que ainda há um longo caminho a percorrer, mas que se cada um conseguir fazer o seu papel, estaremos mais perto de contribuir para o cumprimento dos grandes objetivos europeus: reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050.

A sessão de entrega do Certificado “Coração Verde”, que se realizou a 6 de janeiro num Auditório do Edifício Américo Amorim da Universidade Católica Portuguesa no Porto, contou com a presença da presidente da Universidade Católica no Porto, Isabel Braga da Cruz; do vice-presidente da Câmara Municipal do Porto e administrador da Lipor, Filipe Araújo; do CEO da Lipor, Fernando Leite; de um membro da WEGHO, Elsa Alves; e da diretora de infraestruturas da Universidade Católica no Porto, Isabel Figueiredo.

Robot permite cirurgias com maior precisão, flexibilidade e controlo
O Hospital CUF Porto adquiriu o robot ‘Da Vinci Xi’, um modelo de última geração de sistemas cirúrgicos robóticos, tendo já...

Esta aposta permite ao Hospital CUF Porto prestar uma resposta ainda mais diferenciada às necessidades dos doentes, tornando-se na primeira unidade de saúde privada a norte do país a dispor desta tecnologia robótica de última geração.

Com equipas experientes e certificadas em cirurgias assistidas por robot, o Hospital CUF Porto, numa primeira fase, inicia a cirurgia robótica nas especialidades de Urologia, Ginecologia e Cirurgia geral, alargando no futuro a resposta nas áreas de Cirurgia Cardíaca e Cirurgia Torácica.

A robótica tem vindo a revolucionar a forma como as cirurgias são realizadas. O robot ‘Da Vinci Xi’ funciona como uma extensão dos olhos e das mãos do médico, permitindo executar procedimentos cirúrgicos com maior precisão, flexibilidade e controlo, e realizar procedimentos complexos de forma mais facilitada. “Está comprovado cientificamente que a cirurgia robótica acrescenta vantagens, quer para o doente quer para o cirurgião, e permite ultrapassar algumas limitações da cirurgia laparoscópica na realização de intervenções mais complexas”, afirma Rui Prisco, Coordenador de Urologia no Hospital CUF Porto. 

A imagem tridimensional de alta definição é ampliada, o que possibilita ao médico, durante a cirurgia, ver o que antes era difícil ou até impossível. Para além de proporcionar uma melhor ergonomia ao cirurgião, que opera sentado numa consola, a cirurgia robótica “aumenta a precisão dos movimentos do cirurgião e a estabilidade dos instrumentos no campo operatório, filtrando o tremor natural do cirurgião", evidencia Rui Prisco. 

Por serem cirurgias menos invasivas e mais precisas, “implicam um menor número de incisões, o que faz com que o doente fique com cicatrizes mais pequenas, tenha menos dor no pós-operatório, uma recuperação mais rápida com melhor cicatrização de tecidos e, por isso, menos tempo de internamento”, destaca o cirurgião.

Este sistema robótico tem vários campos de aplicação, dos quais se destacam, a cirurgia urológica, sobretudo no tratamento do cancro da próstata e rim, a cirurgia bariátrica, a cirurgia colorretal, a cirurgia ginecológica para tratamento da endometriose, entre outros. 

Ao nível da cirurgia urológica, Rui Prisco evidencia o papel da robótica no tratamento do cancro da próstata, a primeira cirurgia realizada no Hospital CUF Porto com recurso ao robot:  “a remoção total da próstata é uma cirurgia exigente e de grande dificuldade técnica, existindo uma grande mais-valia na cirurgia robótica  por ter um menor risco de complicações cirúrgicas e de efeitos secundários associados”.

A cirurgia assistida por robot é um procedimento seguro e realizado apenas por equipas especializadas, certificadas e com muita experiência, desde cirurgiões a enfermeiros e anestesistas. 

A instalação deste sistema robótico no Hospital CUF Porto vai permitir prestar uma resposta mais diferenciada às necessidades dos doentes e aumentar o acesso da população da região a tecnologia de última geração. 

Esta aposta é mais um exemplo de como a CUF se posiciona na vanguarda da inovação ao serviço da medicina, assumindo como prioridade a segurança clínica e o conforto para o doente.

 

Tabaco e gravidez
O consumo de tabaco está associado a uma diminuição da fertilidade natural, tanto no homem como na m

“Todos sabemos que o tabaco é prejudicial para a saúde e que as mulheres grávidas não devem fumar, mas é preciso reforçar o alerta para os malefícios do cigarro antes mesmo de a gravidez acontecer. E, em alguns casos, pode não acontecer devido ao tabaco”, lembra o médico.

“Se o casal está a pensar ter um filho neste novo ano, deve deixar de fumar. Hábitos saudáveis como praticar atividade física e passear ao ar livre podem ajudar a controlar a ansiedade da abstinência do tabaco. O casal deve apoiar-se e definir estratégias em conjunto para superar o desafio de deixar de fumar. Esta cumplicidade é benéfica e necessária quando se pretende iniciar a caminhada de fazer crescer a família”, aconselha o especialista em Medicina da Reprodução do IVI Lisboa.

De acordo com Sérgio Soares, o cigarro prejudica a função ovárica, o transporte embrionário ao longo da trompa e a recetividade do endométrio. No homem, a exposição aos compostos do fumo do tabaco afeta a produção espermática, com redução do volume seminal, mobilidade, morfologia e concentração de espermatozoides. A qualidade dos espermatozoides também pode estar comprometida: nos casais com parceiro masculino fumador, observa-se um aumento no tempo necessário para conseguir uma gravidez natural quando o consumo ultrapassa os 15 cigarros por dia.

No caso das mulheres, o tabaco pode aumentar em 60% o risco de infertilidade, sendo que as que recorrem a tratamentos de procriação medicamente assistida veem diminuído em 50% o sucesso terapêutico. “O tabagismo reduz a probabilidade de gravidez após a transferência de embriões de ótima morfologia à cavidade do útero, mesmo quando se trata de embriões resultantes de ovócitos doados por dadoras não fumadoras”, alerta o médico.

Impacto na saúde dos filhos

De acordo com Sérgio Soares, a exposição pré-natal ao tabaco está associada a um aumento da incidência de má formação no feto, obesidade, hiperatividade e transtornos de comportamento da descendência na vida adulta. Além disso, as mulheres que fumam durante a gravidez podem provocar, no caso dos rapazes, “uma redução da concentração do esperma de 20-50% em comparação com os não-expostos, e uma reserva limitada de ovócitos e subfecundidade no caso das raparigas”, explica Sérgio Soares.

O pai fumador, mesmo apenas no período pré-concecional imediato, pode contribuir para uma maior incidência de cancro na descendência. “Acredita-se que tal facto se deva a que as mutações do esperma possam ser transmitidas ao feto de modo permanente, passando a fazer parte da composição genética da futura geração”, salienta o médico.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
26 de janeiro
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) realiza no dia 26 de janeiro, às 17h00, um webinar exclusivamente dedicado à...

O evento, moderado pelo jornalista Paulo Farinha, vai centrar-se na abordagem dos sintomas e no diagnóstico da LLC bem como na evolução da doença e nas opções terapêuticas. As temáticas serão abordadas, respetivamente, pelos hematologistas Daniela Alves, do Centro Hospital Universitário Lisboa Norte, e José Carda, do Hospital Universitário de Coimbra. No final da sessão, os participantes terão ainda oportunidade de conhecer o testemunho real de um doente.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela APCL que tem como objetivo criar um espaço de partilha de informação e experiências relevantes para pessoas que vivem ou lidam com doenças hemato-oncológicas.

13 de janeiro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], promove no dia 13 de janeiro, a partir das 9h30, a 24.ª Edição...

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade.

A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

Na 24.ª edição do Caminho dos Hospitais, diversos profissionais de saúde irão abordar e debater questões relevantes na área da gestão em saúde, bem como apresentar alguns projetos inovadores da responsabilidade do CHUA. Com um programa bastante diversificado, em cima da mesa de debate vão estar temas como: «CHUA: realidade e principais desafios», «Atenuando constrangimentos: apostas recentes e futuras» e «Novo estatuto do SNS – que expetativas?».

 

Pulseira que regista dados vitais
Médicos do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) e engenheiros do Instituto Superior Técnico associaram-se para...

Trata-se do protótipo de uma pulseira que regista alguns sinais vitais (oxigenação do sangue e pulsação, para já) dos utentes, levando à emissão de alertas em caso de desvio dos valores normais. O protótipo poderá em breve abranger outras áreas clínicas e passar a registar mais dados clínicos.

"Desde a entrada das pessoas na urgência até serem observadas por um médico, existe um espaço temporal em que a informação disponível relativamente ao estado de saúde dos utentes é mais escassa. É esta população e este período de tempo que nos preocupa e que motivou o desenvolvimento deste projeto cujo objetivo é tornar a estada dos nossos utentes mais segura", afirma Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ.

Este projeto resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia e Inovação CEiiA, o Instituto Superior Técnico e o Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ).

 

Rastreio oncológico
Integrado no Programa de Rastreios da Administração Regional de Saúde do Alentejo, a Coordenação Regional, em articulação com a...

Esta sessão destina-se a utentes do concelho de Alvito, elegíveis para rastreio, com idade superior ou igual a 50 anos ou inferior ou igual a 74 anos. Decorre, das 10h00 às 12h00, no Centro Cultural de Alvito, e das 14h30 às 16h30, no Centro Cultural Vila Nova da Baronia.

O objetivo passa por dar resposta ao diagnóstico precoce do Cancro do Colon e Reto, melhorando e otimizando o acesso ao processo de rastreio da população no concelho, assim como a partilha de informação e recomendações relevantes sobre o tema.

No final da sessão, vão ser entregues kits com as devidas instruções para que os participantes possam realizar uma pesquisa de sangue oculto nas fezes, para rastreio.

Os rastreios, nomeadamente os oncológicos, são meios que nos permitem rápida, e de uma forma fácil, identificar anomalias/ lesões em estados iniciais de doença e/ou precursoras de situações mais graves.

 

 

4ª maior causa de morte precoce no país
O consumo de álcool está enraizado nos hábitos da população portuguesa, manifestando-se até nas faix

No entanto, todos os excessos têm as devidas consequências e é mais importante do que nunca sublinhar a ligação das bebidas alcoólicas com o desenvolvimento das doenças hepáticas crónicas, a quarta maior causa de morte precoce no país e, na sua generalidade, derivada do consumo de álcool. Se pretende cortar o mal pela raiz e prevenir-se, pode aproveitar a oportunidade de começar o ano com melhores hábitos, aderindo à segunda edição da iniciativa “Janeiro Sem Álcool”, da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

A campanha, que decorre internacionalmente sob o mote “31 Dias Sem Álcool”, objetiva consciencializar a população para os danos causados pelo álcool e as patologias que advêm do seu consumo, como é o caso da cirrose, a fase mais avançada da doença hepática alcoólica. No entanto, é crucial entender que o início destas condições é silencioso e passa pela acumulação de gordura no fígado, um distúrbio conhecido por esteatose hepática ou fígado gordo, e que afeta cerca de 80% dos consumidores, já que o álcool facilita a concentração de ácidos gordos.

Esta gordura pode ser detetada com uma simples ecografia à região do abdómen, verificando-se através da visualização do fígado aumentado. Nas fases iniciais da patologia, é possível ser-se assintomático ou apresentar sinais como mal-estar, fadiga, dor na zona superior do abdómen, alterações no apetite e inchaço. No entanto, a evolução para quadros clínicos mais graves está associada a problemas de saúde mais debilitantes:

  • Deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática);
  • Hemorragias;
  • Pele e olhos com tonalidade amarela (icterícia);
  • Acumulação de líquido no interior da barriga (ascite);
  • Cancro do fígado (carcinoma hepatocelular).

Ainda que as lesões no fígado, no caso da cirrose, sejam permanentes e com a probabilidade de descompensação e falência do órgão, existe uma terapêutica associada e que pode atrasar a progressão desta doença que destrói o fígado e a sua capacidade de filtragem de elementos prejudiciais no sangue.

Nos casos iniciais, é possível minimizar os danos deixando de ingerir álcool e adotando uma dieta nutritiva, pobre em gorduras e rica em nutrientes. Por outro lado, nos estádios mais graves, poderá ser recomendada medicação que controle os sintomas. O transplante do fígado é apenas indicado quando o seu funcionamento está gravemente comprometido e as outras formas de tratamento não estão a ser eficazes.

Visto que o álcool é um dos elementos na base do desenvolvimento da doença hepática e as suas complicações potencialmente mortíferas, é necessário adotar uma postura reflexiva sobre o consumo deste tipo de bebidas, analisando comportamentos como:

  • Dificuldade em parar de beber; 
  • Consumo isolado, fora de situações sociais;
  • Indícios físicos de abstinência (ansiedade, tremores, suores excessivos, entre outros);
  • Priorização do consumo em relação às restantes atividades do quotidiano;
  • Agressividade ao ser confrontado com a dependência.

Se enfrenta este problema ou conhece alguém com atitudes aditivas, não hesite em recorrer a ajuda médica. Poderá ser necessário estabelecer um apoio multidisciplinar, que incida igualmente na esfera física e psicológica, englobando desde o hepatologista ao psicólogo clínico. Desafie-se, com a ajuda da APEF, e torne o seu janeiro (e o resto do ano) isento de álcool.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médicos vão ser homenageados pelo empenho, dedicação e resiliência em situações extremas de pandemia
A Ordem dos Médicos vai homenagear um conjunto de médicos que ao longo dos últimos três anos se distinguiram pelo seu empenho,...

“É um orgulho imenso ver reconhecido o papel que os médicos desempenharam nesta crise com contornos que ninguém poderia imaginar em março de 2020 e, acima de tudo, ver o meu nome no rol de médicos que a Ordem dos Médicos decidiu homenagear”, salienta o médico Rui Nunes.

O Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos contra a COVID-19 nasceu em janeiro de 2020, numa altura em que a Organização Mundial de Saúde não tinha sequer declarado a pandemia, e foi uma estrutura determinante nos alertas que lançou e nas recomendações que fez, para garantir que Portugal respondia melhor a esta emergência de saúde pública internacional.

“Este Gabinete de Crise desempenhou um papel central no aconselhamento à população e às estruturas de Saúde Pública em Portugal”, recorda o presidente da APB e candidato a bastonário da Ordem dos Médicos. Numa altura em que ainda nem se falava em pandemia, mas que em vários pontos do mundo os casos positivos atingiam já números assustadores, recorda Rui Nunes, “este Gabinete teve o condão de estar na linha da frente do combate à COVID-19”.

O presidente da APB lembra que foi por ação deste Gabinete de Crise da OM que foi possível criar sinergias com o Instituto Superior Técnico, para desenvolver o Indicador de Acompanhamento da Pandemia, uma alternativa à matriz de risco que ajudou a monitorizar de forma mais célere e completa o impacto da pandemia, permitindo sugerir semanas antes muitas das medidas que viriam depois a ser acolhidas pelo Governo e pelas autoridades de Saúde.

Para o pretendente a bastonário da Ordem dos Médicos, e que reuniu em torno da sua candidatura o maior número de subscritores de todas as candidaturas, “a criação do Gabinete de Crise demonstrou, mais uma vez, o papel central que a OM deve assumir na Saúde em Portugal, sendo um dos parceiros preferenciais para a tomada de decisões e para a análise e monitorização da Saúde no nosso País”. “É um pilar que deve ser mantido e potenciado pelo próximo bastonário”, acrescenta o também professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

A homenagem da Ordem dos Médicos irá decorrer esta manhã, durante um evento dedicado à Comunidade Médica de Língua Portuguesa, subordinado ao tema “Desafios da Saúde Global no Espaço da Lusofonia”, e que decorrerá no auditório da sua sede, em Lisboa.

Com esta conferência pretende-se privilegiar as relações de proximidade e sinergias que visam a partilha de conhecimento e experiências internacionais, abordando temas de maior relevância na medicina e na comunidade médica dos países lusófonos.

Inscrições decorrem até 15 de fevereiro
A IPF ACADEMY é um projeto do Instituto Português da Face, que tem como principal objetivo dinamizar a formação na área da...

Este curso é direcionado a fisioterapeutas, terapeutas da fala, médicos dentistas, médicos, entre outros profissionais de saúde com interesse na área e surge para dar resposta a uma lacuna existente: os pacientes que realizam tratamentos e cirurgias faciais, posteriormente, têm dificuldade em encontrar equipas devidamente especializadas para realizar o seu acompanhamento pós-tratamento/cirurgia.

Para os médicos é importante saber que podem confiar nos terapeutas/médicos dentistas para acompanhar o pós cirurgia, assim, um dos principais objetivos deste curso é criar uma equipa multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, terapeutas da fala, médicos dentistas, entre outros) para uma colaboração conjunta, através de protocolos de tratamento e acompanhamento validados internacionalmente. O International Rehabilitation Course: TMD and Orthognatic Surgery também é uma oportunidade para profissionais recém-formados que se queiram especializar nesta área, sendo uma oportunidade para uma especialização numa área em que há muita procura e pouca oferta.

De forma a tornar este curso interessante, os dois módulos (básico e avançado) incluem parte teórica e prática. Para isso, haverá um número adequado de monitores com experiência, o que tornará o curso muito especial e interessante – a interação entre alunos e corpo docente será constante.          

O Prof. Valerio Palmerini, fisioterapeuta com Doutoramento nesta área é o elemento de destaque deste curso, assim como os outros diretores dos cursos, o Prof. David Ângelo, coordenador científico na área da Disfunção Temporomandibular, e o Dr. David Sanz, coordenador científico na área da Cirurgia Ortognática.

O “Curso Básico”, que decorrerá nos dias 18 e 19 de março, incluiu conceitos básicos e iniciais e mais focados na Disfunção Temporomandibular, incluindo no seu programa diversas temas nomeadamente: Anatomia Facial; Avaliação e Diagnóstico Temporomandibular; Reabilitação da Articulação Temporomandibular – Técnicas com validação científica ; Reabilitação Miofascial Temporomandibular – Técnicas com validação científica; Intervenções Médicas  para as Disfunções Temporomandibulares com Toxina Botulínica; Intervenções médicas em deformidades dentofaciais; dores de cabeça e disfunções Temporomandibulares – Educação e Aconselhamento do Paciente.

Quanto ao “Curso Avançado”, que decorrerá nos dias 29 e 30 de abril, será uma formação mais especializada que inclui abordagens mais técnicas ao nível da Cirurgia Ortognática. As temáticas em destaque vão focar-se nas Deformidades Dentofaciais; Músculos Hióides, Língua e Voz; Reabilitação Temporomandibular: coluna torácica; Cirurgia Ortognática; Fisioterapia em Cirurgia Ortognática; Stress e Dor Orofacial.

As inscrições são limitadas e devem ser efetuadas até 15 de fevereiro aqui: https://lnkd.in/dyCAac9S

Opinião
A Lei n.º 31/2018 de 18 de julho, veio concretizar os direitos das pessoas em contexto de doença ava

Para efeitos da presente Lei, considera-se que uma pessoa se encontra em contexto de doença avançada e em fim de vida quando padeça de doença grave, que ameace a vida, em fase avançada, incurável e irreversível e exista prognóstico vital estimado de 6 a 12 meses.

Esta legislação está atualmente um pouco esquecida, por isso importa recordar que a mesma oferece resposta a problemas bioéticos e jurídicos prementes, designadamente relacionados com a distanásia. Os principais conteúdos da referida Lei serão elencados a seguir.

Da pessoa em contexto de doença avançada e em fim de vida

As pessoas que se encontrem em contexto de doença avançada e em fim de vida, depois de informadas pelos profissionais de saúde e prestando o seu consentimento, têm direito à informação sobre aspetos relativos ao seu estado de saúde. Devem ser esclarecidas sobre a natureza da sua doença, o prognóstico estimado bem como sobre os distintos cenários clínicos e possibilidades de tratamento.

Nos casos em que seja evidente um estado confusional agudo ou a agudização de um estado prévio, os pacientes têm direito à contenção química dos sintomas através do uso de fármacos indicados. A contenção física com recurso a imobilização e restrição físicas tem caráter excecional e temporário.

Da obstinação terapêutica e diagnóstica

Outro direito agora reconhecido é o direito a serem tratadas de acordo com o seu plano de tratamento, que define objetivos de cuidados e que, previamente, foi discutido entre a equipa médica e o paciente, o qual passa a ter um papel bastante ativo no seu tratamento.

A pessoa doente é, além do mais, detentora do direito de não ser alvo de distanásia através da aplicação de medidas que prolonguem ou agravem o seu sofrimento de modo desproporcionado.

Do consentimento informado

Já no âmbito do consentimento informado ficou estabelecido que as pessoas que se encontrem em contexto de doença avançada e em fim de vida são detentoras do direito de dar o seu consentimento para as intervenções clínicas a que sejam submetidas, desde que tenham sido previamente informadas e esclarecidas pelo médico responsável bem como pela equipa multidisciplinar que acompanha as intervenções clínicas. Este consentimento deve ser prestado por escrito, exigindo-se a presença de duas testemunhas quando em causa estejam intervenções que possam pôr em causa a vida da pessoa doente.

Pode ainda o paciente, desde que devidamente informado e esclarecido, recusar, nos termos da lei, o suporte artificial das funções vitais e a prestação de tratamentos que não sejam

proporcionais ou adequados ao seu estado clínico, bem como tratamentos de qualquer natureza que não tenham como objetivo exclusivo a diminuição do sofrimento e a manutenção do conforto do doente ou que prolonguem ou até agravem esse sofrimento.

Dos Cuidados Paliativos

Estabelece a nova lei que as pessoas que sofram de uma doença avançada e em fim de vida têm direito a receber Cuidados Paliativos através do Serviço Nacional de Saúde, nos termos da Lei de Bases de Cuidados Paliativos, aqui se incluindo apoio espiritual e religioso. Considera-se também prestação de cuidados paliativos o apoio que é prestado à família do doente.

A nova Lei determina que os Cuidados Paliativos são prestados por uma equipa multidisciplinar de profissionais e podem ser prestados em ambiente hospitalar, domiciliário ou em instituições residenciais. O Estado em articulação com o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social fica obrigado a dar formação adequada e apoio aos cuidadores informais da pessoa em contexto de doença avançada e em fim de vida, que recebe os cuidados paliativos em ambiente domiciliário.

A sinalização correta da pessoa doente na Rede Nacional de Cuidados é agora obrigatória, devendo também os profissionais sinalizar todos os casos de pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida que se encontrem em ambiente domiciliário sem acesso ao devido apoio profissionalizado.

Do prognóstico vital breve

Nos termos da nova lei, as pessoas com prognóstico vital estimado em semanas ou até dias, com sintomas de sofrimento não controlado pelos cuidados paliativos, têm direito a receber sedação paliativa para tratamento do sofrimento e serão monitorizados de forma regular por uma equipa de profissionais qualificada. Uma pessoa doente que se encontre em situação de últimos dias de vida tem o direito à recusa alimentar ou à prestação de determinados cuidados de higiene pessoal, respeitando-se assim o processo natural e fisiológico do doente.

Dos direitos não clínicos

A nova Lei elenca, ainda, uma série de direitos de caráter não clínico que assistem às pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida, como o direito a realizar um testamento vital, a nomear um procurador ou cuidador de referência para os cuidados de saúde.

Outro direito que se encontra consagrado para estes doentes refere-se ao recebimento de apoios e prestações sociais que sejam devidas a si e à sua família, tendo igualmente o direito a ser o único titular do direito à informação clínica relativamente ao seu estado de saúde.

Das decisões terapêuticas

Nas decisões terapêuticas, se isso corresponder à vontade do doente, os seus familiares ou curadores podem assisti-lo. Já quando os pacientes não estiverem no pleno uso das suas faculdades mentais e na hipótese de não serem assistidos por familiares ou cuidadores, é ao médico responsável e à sua equipa que compete tomar as decisões clínicas. Neste âmbito, devem médico e a sua equipa ouvir a família do paciente, mas sempre no exclusivo e melhor interesse do doente e de acordo com a vontade conhecida do mesmo.

Da discrepância de vontades ou decisões

A Lei determina igualmente o acesso dos doentes ou dos seus representantes legais aos Conselhos de Ética das entidades prestadores de cuidados de saúde, no caso de ocorrer uma discordância insanável entre os doentes ou os seus representantes legais e os profissionais de saúde quanto às medidas clínicas a aplicar. Já quando a assistência for prestada no ambiente domiciliário ou em entidade que não disponha de um Conselho de Ética é facultado aos doentes, ou aos seus representantes legais, o acesso aos órgãos competentes em matéria de ética da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros e da Ordem dos Psicólogos.

Concluindo, a Lei n.º 31/2018 de 18 de julho - “Direitos das Pessoas em Contexto de Doença Avançada e em Fim de Vida” - pretende a consolidação de direitos das pessoas em contexto de doença avançada e fim de vida, reconhecendo-lhes expressamente o direito a não sofrer de forma disruptiva, aos cuidados paliativos e à informação sobre o seu estado clínico.

Fonte: https://dre.pt/dre/detalhe/lei/31-2018-115712240

 

Autores:

Maria Helena Junqueira - Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE, [email protected]

Pedro Quintas - Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal, [email protected]

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em parceria com o Gabinete de Apoio Humanitário da OM
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realiza amanhã, dia 10 de janeiro, o curso “Advanced Critical Care...

“Vamos formar médicos portugueses e luso-ucrânianos, que posteriormente transmitirão os conhecimentos adquiridos nesta formação a profissionais de saúde ucranianos, na Ucrânia ou Polónia. Tem a coordenação de Vítor Almeida, coordenador do Gabinete de Apoio Humanitário da Ordem dos Médicos e conta com a colaboração da Cruz Vermelha Portuguesa e do INEM e formadores médicos do CHUC”, refere Mafalda Ramos Martins, Diretora do CSB do CHUC.

Mafalda Ramos Martins prossegue dando nota que “todos estes médicos em formação fizeram previamente um curso de formação em simulação, realizado no Centro de Simulação do CHUC, e um curso de TC3 (Technical Combat Casuality Care) com o objetivo de não só melhorarem as suas competências na abordagem de vítimas de guerra como para posterior formação de profissionais ucranianos.”

Refira-se que esta formação está a ser realizada num centro de referência nacional, o CSB do CHUC, onde as formações são realizadas com recurso a simuladores (manequins de alta tecnologia que simulam doentes reais) e pacientes simulados, o que permite uma experiência

realista, com maior envolvência e mais eficácia na aquisição dos conhecimentos e das competências abordadas.

Esta ação, de elevado valor humanitário, tem ainda a parceria da Sociedade Europeia de Simulação (SES), representada pelo seu presidente e médico do CHUC, Francisco Maio Matos.

A sessão de encerramento do curso, terá lugar no CSB, pelas 17:30h, e conta com a presença do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, do Presidente da SES, Francisco Maio Matos, do Conselho de Administração do CHUC, do Coordenador da Medicina de Catástrofe do Ministério da Saúde Ucrâniana, Vitalyi Krylyuk e da Diretora do Centro de Simulação de Ternopil, da Ucrânia, Halyna Tsymbaliuk.

9ª edição do prémio
A MALO CLINIC, referência mundial na área da medicina dentária, foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas 2023, destacando-se...

Pedro de Albuquerque Mateus, CEO da MALO CLINIC, realça que “a atribuição do Prémio Cinco Estrelas é mais um reconhecimento da excelência e qualidade das nossas clínicas, fruto da aposta na inovação e no serviço ao cliente, bem como numa equipa médica e clínica de excelência. Na MALO CLINIC estamos focados em oferecer aos nossos clientes as melhores e mais inovadoras soluções e tratamentos de medicina dentária, trabalhando todos os dias para ajudar a criar sorrisos e mudarmos vidas”.

A MALO CLINIC alcançou uma pontuação de 7,05 ao nível da inovação, sendo a única clínica em Portugal a ultrapassar a barreira dos sete pontos. Com uma forte componente científica, a MALO CLINIC é uma referência mundial na área da medicina dentária, principalmente na resolução de casos complexos, sendo responsável por mais de 100 artigos científicos e detentora de cinco patentes. Fruto da sua aposta na inovação e excelência, tem atualmente mais de 50 projetos de I&D em curso, que envolvem mais de 60 colaboradores e que deverão dar origem a novas patentes. Adicionalmente, a MALO CLINIC estabeleceu um ecossistema de inovação que envolve parcerias estratégicas com fabricantes de renome internacional, instituições universitárias e outros players ligados ao sector, os quais encontram na MALO CLINIC um parceiro para o desenvolvimento de estudos científicos e soluções inovadoras. A MALO CLINC é pioneira no All-on-4®, um conceito que permite a reabilitação dentária total com apenas 4 implantes e sem transplante ósseo, em apenas um dia.

Segundo o estudo, os clientes da MALO CLINIC são os mais satisfeitos, com uma pontuação global de experimentação de 8,33 pontos, sendo de destacar os níveis alcançados nos resultados dos tratamentos (8,64), no atendimento, no ambiente geral das clínicas e na confiança no médico. A MALO CLINIC apresenta ainda a melhor relação preço - qualidade, com uma pontuação de 7,92, o que contribui também para que a MALO CLINIC seja a clínica dentária mais recomendada pelos clientes, com de 8,34 pontos em 10 possíveis.

Com clínicas em todo o território nacional e na Polónia, a MALO CLINIC é uma referência na resolução de casos complexos. A sua equipa multidisciplinar, composta por médicos dentistas altamente qualificados, já resolveu mais de 165 mil casos complexos, apresentando a maior taxa de sucesso comprovada cientificamente nos últimos 18 anos no tratamento All-on-4®. 

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