Em Cachopo
“Saúde em Dia: Gripe nos idosos – vacinar para proteger” é o tema da próxima sessão informativa promovida pelo Espaço Saúde...

A sessão acontece já no próximo dia 3 de novembro, das 11h00 às 12h30, no Espaço Intergeracional e Comunitário (antigo centro de dia da Freguesia de Cachopo, Município de Tavira). A iniciativa pretende alertar para a importância da vacinação no idoso e nas pessoas consideradas com alto risco de desenvolver complicações pós gripe, sendo responsável por inúmeros episódios de urgência e internamento.

Serão também abordados alguns fatores a considerar, nomeadamente, quando deve ser feita a vacinação, quem deve ser vacinado, como é feita a convocatória para a vacina, quais as pessoas abrangidas pela vacinação gratuita, como agir quando ocorrem efeitos secundários, bem como dicas e formas de implementar hábitos preventivos contra a gripe.

“Esta sessão tem como objetivo sensibilizar as pessoas para esta problemática tão presente no nosso país, onde é significativo o envelhecimento da população, ao mesmo tempo que pretende promover a literacia em saúde e potenciar a mudança para hábitos preventivos, de forma a consciencializar e preservar a saúde dos cidadãos”, afirma Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Espaço Saúde 360º Algarve.

“Este tipo de iniciativas abertas ao público permite-nos chegar a uma população mais idosa e com menos acesso a informação de saúde credível e atualizada, sensibilizando-a para esta temática. Prevenir é, sem dúvida, a palavra de ordem”, refere, Margarida Espírito Santo, farmacêutica e professora na Universidade do Algarve, preletora da sessão.

A sessão “Saúde em Dia: Gripe nos idosos – vacinar para proteger” está enquadrada na iniciativa “Saúde em Dia”, um conjunto de sessões informativas que pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas da área da saúde, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos erróneos.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

 

Dia Mundial da Terceira Idade assinala-se a 28 de outubro
Com o envelhecimento, podem surgir problemas de saúde no coração, como é o caso da doença valvular c

A doença valvular cardíaca, como o seu nome remete, envolve as quatro válvulas que constituem o coração (tricúspide, pulmonar, mitral e aórtica), as quais permitem que o sangue passe ou não para o interior do coração. Com a idade e a presença de fatores de risco como alguns tipos de infeções, doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes, estes “mecanismos” deterioraram-se e, naturalmente, alteram o fluxo sanguíneo no coração.

A estenose aórtica é a doença valvular cardíaca mais comum no mundo e estima-se que afete cerca de 32 mil portugueses, a maioria com mais de 70 anos. Nesta condição, a válvula aórtica, responsável por enviar o sangue para a artéria aorta sem que ele volte para trás, fica mais estreita e deixa de abrir completamente, o que impede que o fluxo sanguíneo seja transportado devidamente para fora do coração.

Já em segundo lugar situa-se a insuficiência mitral, que é uma patologia que tem uma prevalência mais acentuada nos homens e que aumenta, também, com a idade. A válvula mitral é a válvula que permite a passagem do sangue da aurícula esquerda para o ventrículo esquerdo, evitando que o sangue volte para trás quando é bombardeado para o resto do corpo. Na insuficiência mitral verifica-se um refluxo de sangue e, à medida que o ventrículo esquerdo envia o sangue para a aorta, uma percentagem dele regressa à aurícula esquerda. Este funcionamento deficiente aumenta o volume de sangue e a pressão no local, fazendo com que seja bombeado menos sangue para a circulação e a pressão do sangue nas veias pulmonares aumente.

Este tipo de doenças são assintomáticas em fases iniciais, contudo a presença de alguns sintomas deve motivar uma consulta com o médico, nomeadamente:

  • Falta de ar;
  • Desconforto no peito;
  • Fadiga;
  • Desmaios;
  • Coração aos pulos ou palpitações;
  • Inchaço em zonas como as pernas.

Estes pequenos alarmes são sintomas muitas vezes negligenciados pelos portugueses e o adiamento da ida ao médico, aliado com a falta de informação, é comum. No entanto, o diagnóstico atempado é, em muitos casos, o fator que decide ou não a fatalidade.

Procedimentos simples como a auscultação, ecocardiografia com doppler e, numa fase de confirmação, um cateterismo cardíaco podem prolongar e salvar vidas. Um estilo de vida saudável e ativo, aliado a consultas regulares podem decidir o rumo da sua vida e do seu coração. Não tenha medo do diagnóstico.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sequela motora
Estima-se que pelo menos um em cada três sobreviventes de um acidente vascular cerebral (AVC) aprese

Com uma prevalência de entre 30 a 80%, a espasticidade desenvolve-se gradualmente, semanas ou mesmo meses após um AVC, e torna-se uma sequela crónica, pelo que é muito importante detetá-la e tratá-la precocemente para evitar complicações graves ou limitações funcionais que interfiram com as atividades diárias e com a qualidade de vida dos doentes. A administração de tratamentos específicos, a reabilitação e os cuidados de saúde são fundamentais para a recuperação após um AVC.

Como se pode detetar a espasticidade e quais são as suas repercussões?

A espasticidade pode ser percebida por uma sensação de rigidez ou tensão aumentada nos músculos, que pode ser acompanhada por dor e/ou espasmos. É uma importante sequela motora e está presente em muitos doentes que, após o AVC, apresentam alguma forma de sequela, embora também ocorra noutras afeções do sistema nervoso central, como na esclerose múltipla, paralisia cerebral infantil, traumatismos crânioencefálicos ou lesões da medula.

Pode ser facilmente detetada porque acarreta a adoção de posturas anormais que limitam o movimento. Manifesta-se normalmente com alguns destes padrões: abdução e/ou rotação do ombro, punho cerrado, flexão do cotovelo, pulso dobrado, antebraço pronunciado, polegar na palma da mão, joelho e ponta dos pés rígidos.

Se a espasticidade não for detetada precocemente e tratada a tempo, pode levar a limitações funcionais que interferem com as atividades diárias e têm um grande impacto na qualidade de vida do doente após AVC. Entre as principais repercussões da espasticidade figuram as seguintes:

  • Limita a mobilidade, afetando, por exemplo, a deslocação, a movimentação na cama ou a facilidade em sentar-se.
  • Produz dor, espasmos e contrações.
  • Favorece o aparecimento de lesões na pele por pressão (chagas, úlceras…).
  • Limita a destreza (comer, vestir-se, manter a higiene, escrever…)
  • Favorece a deformidade articular (no braço, cotovelo, pulso, mão e perna) limitando o movimento.

Uma correta avaliação clínica é essencial para prevenir complicações

O diagnóstico precoce da espasticidade é fundamental para se poder fazer o tratamento adequado em tempo oportuno, para assim prevenir complicações. A gestão da espasticidade é complexa e requer uma equipa multidisciplinar composta, entre outros, por médicos especialistas (em medicina física e de reabilitação, neurologia, geriatria, ortopedia...), enfermeiros, terapeutas (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional...).

Esta equipa desempenha um papel crucial no trabalho com o doente e os seus cuidadores para avaliar o grau e o impacto da espasticidade, identificar os objetivos do tratamento, encaminhar para aconselhamento especializado, implementar programas de gestão, monitorizar os efeitos das intervenções e acompanhar o processo de reabilitação.

O tratamento da espasticidade inclui a combinação de várias modalidades de fisioterapia, terapia ocupacional, tratamento farmacológico (toxina botulínica, medicação oral, medicação intratecal, neurólise com fenol) e cirurgias (cirurgia ortopédica e neurocirurgia). O aconselhamento e apoio a doentes, familiares e prestadores de cuidados devem ser sempre considerados.

Em linhas gerais, os principais objetivos do tratamento da espasticidade são: melhorar a funcionalidade (marcha e mobilidade geral, equilíbrio e postura sentado e transferência para a cadeira ou para a cama) e melhorar a qualidade de vida e o nível de bem-estar do doente (alívio da dor, melhoria da qualidade do sono, facilitar os cuidados e as atividades diárias, tais como a higiene, o vestir-se e a alimentação, e aliviar o trabalho do cuidador).

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Dia Mundial da Terceira Idade
O envelhecimento populacional é um desafio global comum e está prestes a tornar-se na grande transfo

Face a esta nova estrutura demográfica e aos problemas sociais que dela advêm, a Fundação Ageas, fundação corporativa integrada no universo do Grupo Ageas Portugal, tem vindo a apoiar diversos projetos no domínio do combate à solidão e promoção de envelhecimento ativo, bem como na melhoria da rede de apoio ao cuidador.

Alguns desses projetos são de base local e possuem intervenções de proximidade junto da comunidade, enquanto outros possuem já modelos de replicabilidade e escalabilidade, levando a que a própria Fundação tenha inovado a sua abordagem à filantropia para melhor as apoiar. Ilustro essa atuação com projetos que têm tido maior visibilidade como o “Pedalar Sem Idade” cuja intervenção já abrange quatro cidades, os “Palhaços d’Opital” que levam sorrisos e alegria aos seniores que se encontram em ambiente hospitalar; ou o projeto “55+” com vista à dinamização ativa de pessoas com um capital de experiência enorme e que desejam permanecer ativas e criar laços com a comunidade.

Aprender com os seniores

Um dos principais desafios da terceira idade é o isolamento e abandono a que muitas vezes está sujeita. E não falamos apenas de seniores que não têm família direta; falamos também de quem, apesar de ter família próxima, não tem uma visita, um telefonema, um programa lúdico com aqueles de quem mais gosta. Seja porque “não há tempo”, ou simplesmente porque é precisa paciência, empatia e carinho, e muitas são as famílias que se esquecem que é um privilégio poder conviver com pessoas mais velhas e experientes.

É uma convivência que traz benefícios para todos, sejam familiares, amigos ou vizinhos. Partilhar vivências, histórias, demonstrar interesse, fazer perguntas, são pequenos gestos que enriquecem os mais novos e ajudam os mais idosos a sentirem-se úteis e com interesse. Cria também vínculos sociais, tão importantes no contexto da sociedade individualista em que se vive atualmente.

Como combater o isolamento social

Há pequenos gestos que podem ajudar a melhorar a vida dos mais velhos e a fazer com que estes se sintam parte ativa da sociedade, sobretudo, evitando o seu isolamento social.

  • Atividades de grupo: dar uma voltinha pela vizinhança frequentar um parque, café, ou uma universidade sénior ou centro de dia, pode manter as relações de amizade e proximidade que fazem companhia e reduzem o tempo em que se está sozinho.
  • Atividade desportiva: respeitando a condição física de cada um e, de preferência, acompanhado por um profissional de saúde, a atividade física moderada ajuda a manter o corpo mais forte e são, promovendo, ao mesmo tempo, o convívio social. Caminhadas ao ar livre, a hidroginástica ou o mesmo pilates são algumas das atividades mais aconselhadas para a terceira idade.
  • Tecnologia: pode ser benéfica - evita o isolamento social, pois permite a comunicação mais fácil com amigos e familiares; possibilita que se mantenham a par da atualidade; estimulam, a partir de jogos, atividades cerebrais, prevenindo lapsos de memória e o avanço de algumas doenças neurológicas associadas a uma idade mais avançada.
  • Hobbies: a oferta é cada vez mais variada e deve ser incentivada - seja aprender uma língua nova, estudar história universal ou fazer um curso de teatro, culinária ou mesmo música. Aprender algo novo é sinónimo de ginástica cerebral em qualquer idade e é extremamente importante para os seniores.

Olhar para o envelhecimento como uma evolução natural e um momento privilegiado da vida é essencial para combater o preconceito da velhice. Os idosos não devem ser vistos como pessoas frágeis, com tratamento infantilizado, e pouco úteis, mas, ao invés, como um ativo importante da sociedade, uma parte essencial da nossa população e um riquíssimo reservatório de conhecimento e sabedoria. Cada um de nós tem uma história particular e intransferível que deve ser respeitada e valorizada.

Envelhecer é natural, e felizmente os cuidados de saúde aumentam a nossa esperança de vida, então é importante que saibamos envelhecer bem.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Bolsa Jovens Investigadores em Dor 2022
The Rostral Ventromedial Medulla As A Key Target Of The Maladaptive Response To Chronic Inflammatory Pain” é o projeto de...

Da autoria da investigadora Diana Rodrigues, licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e aluna de Doutoramento no domínio de investigação No Pain no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho (ICVS), o projeto tem como principal foco o papel da modulação descendente na cronificação da dor em doentes com osteoartrose.

O objetivo principal desta investigação passa por explorar as alterações celulares (neuronais e gliais), moleculares e eletrofisiológicas no tronco cerebral produzidas pela osteoartrose e obter respostas acerca de como a osteoartrose tem impacto na estrutura e função do RVM (medula rostral ventromedial), e se um tratamento farmacológico com recurso a antidepressivos pode melhorar ou modular estas alterações.

Através de uma série de técnicas comportamentais, histológicas e eletrofisiológicas, a investigadora pretendeu avaliar alterações na estrutura do RVM, no número e morfologia dos seus neurónios e células da glia, nos níveis de neurotransmissores e na resposta dos neurónios a diversos estímulos. A compreensão destes mecanismos permitirá ao desenvolvimento futuro de novas terapias que possam melhorar a qualidade de vida dos doentes com osteoartrose.

A entrega da Bolsa de Jovens Investigadores em Dor 2022 realizou-se no âmbito do Colóquio da Fundação Grünenthal, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no dia 18 de outubro.  A sessão foi dirigida pelo Professor Doutor Walter Osswald, presidente da Fundação Grünenthal.

Promovida pela Fundação Grünenthal, a Bolsa de Jovens Investigadores em Dor destina-se a apoiar a realização de projetos de investigação básica relacionados com a temática da dor.

 

No âmbito do programa COVID-X
A empresa tecnológica HopeCare, em parceria com o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, concluíram com sucesso, o...

O projeto que consistiu assim, no desenvolvimento de uma aplicação móvel (APP), para recolha, análise, integração e partilha de dados, teve a participação de 724 voluntários, os quais permitiram validar a solução, através dos seus dados e informações de saúde, nomeadamente: resultados laboratoriais de imunidade, resposta a questionários de qualidade de vida e outros indicadores de saúde. Durante o estudo foram detetados, à distância, 36 utilizadores com sintomas típicos de Long-COVID e um caso de infeção por SARS-COV-2.

Implementado no âmbito do programa COVID-X (https://www.covid-x.eu/), programa que reúne empresas do setor digital e instituições prestadoras de cuidados de saúde, em prol da criação de soluções de inteligência artificial e tecnologia de dados, para superar os desafios da COVID-19, o 2TI COVID-19 foi financiado em 150 mil euros, pelo Horizonte 2020, fundo da União Europeia para a investigação e inovação.

Os dados recolhidos e analisados durante o estudo foram validados com alguns dos mais reputados institutos de saúde europeus, designadamente: o Karolinska Institute, o SERMAS e a Humanitas.

"O CHUCB agradece a todos os seus colaboradores, que aceitaram participar neste projeto, bem como às 32 estruturas residenciais, para idosos da região, que contribuíram para o desenvolvimento do mesmo" escreve o CHUCB em comunicado. 

 

Dia Mundial da Bengala Branca
Estação Viana Shopping une-se à ACAPO para sensibilizar a comunidade para as principais necessidades das pessoas com...

No próximo sábado, 29 de outubro, e no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Bengala Branca, o Estação Viana Shopping recebe uma ação de sensibilização para as necessidades das pessoas com deficiência visual. Para chamar a atenção das dificuldades, mas também das potencialidades das pessoas que vivem com deficiência visual, a Praça Central do Estação Viana enche-se de atividades para os visitantes do Estação Viana.

Entre as 10h00 e as 23h00, vai ser possível escrever numa máquina de Braille, participar em jogos tradicionais com os olhos vendados e ainda simular um percurso com o uso da bengala usando referências laterais ou pedonais, a diferenciação de piso ou os automóveis mal-estacionados.

Esta ação de sensibilização está a cargo da ACAPO, uma instituição sem fins lucrativos que trabalha com a população com deficiência visual em Viana do Castelo há mais de 20 anos. A instituição tem como objetivo representar os cidadãos com deficiência visual, providenciar serviços adequados e consciencializar a sociedade, com vista à sua afirmação como cidadãos de pleno direito.

“O Estação Viana Shopping é muito mais do que um centro comercial, é também um espaço que tem um papel ativo de responsabilidade social. Por isso, faz todo o sentido receber esta ação e trazer à comunidade local uma experiência que permite colocar, na prática, o estar no lugar do outro, sensibilizando para estas necessidades especiais. Esperamos continuar a receber iniciativas como esta”, afirma José Duarte Glória, diretor do Estação Viana Shopping.

 

Campanha alerta para o facto de minutos poderem salvar memórias
A propósito do Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que se assinala a 29 de outubro, a campanha Fast Heroes 112...

Para apoiar a campanha, a Organização Mundial do AVC e a Iniciativa Fast Heroes 112 incentivam os portugueses a tirar uma fotografia com um relógio, que pode ser de um que esteja inserido num monumento icónico ou simplesmente um relógio de pulso. Depois, basta visitar o site oficial, aqui, personalizar a fotografia e partilhá-la nas redes sociais (Instagram, Facebook, etc.) com a hashtag #PreciousTime e identificando a conta oficial dos FAST Heroes Portugal (@fastheroesportugal).

A iniciativa FAST Heroes 112, com o apoio da SPAVC e de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde das várias Unidades de AVC do país, realiza ainda ao longo desta semana várias sessões com algumas das escolas que desenvolveram as atividades ao longo deste mês.

“O AVC é uma emergência médica na qual todos os minutos (e até segundos!) contam. A verdade é que os últimos 2 anos, devido ao contexto pandémico, tiveram consequências no tratamento dos doentes com AVC”, alerta Vitor Tedim Cruz, presidente da Sociedade Portuguesa do AVC. O médico acrescenta: “É crucial evitar que mais doentes sofram desfechos fatais. Educar a população e alertar para a importância de saber reconhecer os principais sinais de AVC deve ser uma prioridade. O tratamento atempado poderá fazer a diferença entre a vida e a morte; ou entre a recuperação total e a incapacidade permanente”.

Em 2020, segundo o Instituto Nacional de Estatística, as doenças do aparelho circulatório foram as que mais mataram em Portugal (34.593 óbitos), sendo que o AVC continua a ser a principal causa de morte e morbilidade no país.

No mundo, estima-se que uma em cada quatro pessoas acima dos 25 anos irá sofrer um AVC ao longo da sua vida, havendo já mais 101 milhões de pessoas vivas que já sofreram um AVC.

“A iniciativa FAST Heroes 112 aproveita o incrível entusiasmo das crianças pela aprendizagem e partilha dos conhecimentos com quem as rodeia, mas não só. Ao utilizar as personagens dos super-avós, usamos como mais-valia o amor e a preocupação que as crianças sentem pelos seus avós, fomentando o interesse por conhecimentos que podem salvar pessoas de todas as idades”, explica Jan Van der Merwe, responsável pela campanha FAST Heroes.

A iniciativa conta com um leque de atividades para serem implementadas nas escolas e em casa que giram à volta de quatro super-heróis. Francisco (a Face), Fernando (a Força) e Fátima (a Fala) são três super-heróis reformados que lhes vão ensinar os três principais sintomas de AVC. Já Tomás (a Tempo), reforça a importância de agir de forma atempada. A novidade deste ano é Tânia (A Professora), uma personagem que apenas é apresentada aos alunos no segundo ano consecutivo de implementação.

Desenvolvida em parceria com o Departamento de Políticas Educativas e Sociais da Universidade da Macedónia, a iniciativa conta com o apoio da Organização Mundial de AVC, da Sociedade Portuguesa do AVC e da Iniciativa Angels. Além do português, os materiais estão já adaptados para várias línguas.

Para participar na campanha, basta ir ao website oficial, em www.fastheroes.com, inscrever a sua criança ou registar-se como professor, caso queira implementar a iniciativa nas suas aulas, e pedir os materiais físicos, disponibilizados de forma gratuita.

 

Aplicação de desenvolvimento pessoal é gratuita, em português e 100% digital
“Encontra os teus valores” e “Lidar com emoções difíceis”. São estes os novos desafios disponibilizados pela App 29k FJN no mês...

O desafio “Encontra os teus valores” promove uma exploração do mundo interior e é uma forma de identificar e aplicar os valores de forma a dar o máximo propósito a cada um dos dias. Durante 10 dias, os utilizadores concluem um dos seguintes exercícios diários: Sentir propósito; A tua bússola interior; Age por ti; Fazer o que é importante; O amor puro e simples; Objetivos SMART; Estabelecer limites; Escolhe como ages; Ultrapassar os desafios; Grato(a) pelo que tenho.

Por sua vez, “Lidar com emoções difíceis” é o desafio 29k FJN para aprender estratégias para melhorar a capacidade de lidar com emoções difíceis. O desafio estimula o utilizador a praticar a aceitação e a aliviar a dor provocada por várias emoções através de diversos exercícios: Parar; Aceitar os pensamentos e sentimentos; Age independentemente do sentimento; Desiste do controlo; Dificuldades.

Carlos Oliveira, Presidente Executivo da Fundação José Neves realça “a importância da App 29k FJN estar em constante desenvolvimento e divulgar novos e diversificados conteúdos para chegar a todos os portugueses e responder aos seus anseios, angústias e preocupações. A aplicação continua a crescer e a fazer o seu caminho. Sabemos hoje que cerca de 70% das pessoas com problemas de saúde mental recuperam totalmente, e entendemos que este programa pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar os portugueses a lidarem com as suas emoções e problemas.”

A aplicação 29k FJN, da Fundação José Neves, é o programa de desenvolvimento pessoal que pretende fortalecer a saúde mental, o equilíbrio emocional e o bem-estar dos portugueses. Conta com mais de 46 mil utilizadores registados em Portugal, é gratuita e em português, e disponibiliza 14 cursos, 22 meditações, 25 exercícios, 3 testes, 6 check-in e agora 3 desafios.

O programa 29k FJN está enquadrado no pilar da Fundação José Neves dedicado ao Desenvolvimento Pessoal. Resulta de uma parceria com a Fundação 29k, uma organização sueca sem fins lucrativos. Está comprovado cientificamente por psicólogos e investigadores da Universidade de Harvard (EUA), da Universidade de Londres (Inglaterra), do Instituto Karolinska (Suécia) e da Escola de Medicina da Universidade do Minho.

A aplicação tem um fundamento científico e combina tecnologia e psicologia. Promove a ligação entre as pessoas e a partilha de experiências de uma forma enriquecedora e motivadora.

A app tem como embaixadores Catarina Furtado, Fátima Lopes, Pedro Ribeiro, Paula Amorim (Galp e Grupo Amorim), Luís Portela (Fundação Bial), José Neves e Carlos Oliveira, que participam em vários dos cursos disponibilizados, sobre temáticas como stress, ansiedade, resiliência, amor-próprio, relações e valores.

 

Centro CEREBRO
Todos os anos, 15 milhões de pessoas são vítimas de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Em Portugal, é a primeira causa de...

Um tratamento inovador e diferenciado chegou a Portugal através do Centro CEREBRO – a terapia recoveriX. Uma neurotecnologia inovadora e única que ajuda o paciente a recuperar as funções das extremidades superiores e inferiores, ao mesmo tempo que potencia a fisioterapia padrão com a possibilidade de uma recuperação mais rápida e melhor sucedida. Surge como uma nova oportunidade de reabilitação, na medida em que pode ser aplicada mesmo após a aplicação de uma terapia padrão que não conseguiu produzir nenhum benefício adicional.

Os pacientes aos quais já foi aplicada esta terapia apresentaram visíveis melhorias, nomeadamente no que se refere à sua locomoção, maior capacidade de concentração, aumento da capacidade de memória, capacidade de movimento ativo e passivo, redução da espasticidade, aumento da sensibilidade bem como redução de tremores.

A eficácia clínica da terapia recoveriX foi demonstrada num estudo de grupo realizado junto de 51 pacientes que melhoraram nas funções motoras e na espasticidade de forma altamente significativa. Brain Computer Interface Treatment for Motor Rehabilitation of Upper Extremity of Stroke Patients—A Feasibility Study foi publicado na Frontiers in Neuroscience, em 2020.

Christoph Guger, fundador da g.tec medical engineering GmbH e diretor executivo do recoveriX Schiedlberg refere que “com o nosso estudo de grupo com 51 pacientes que melhoraram nas funções motoras e na espasticidade de forma altamente significativa, provámos que a terapia recoveriX é eficaz mesmo 10, 20 ou 30 anos após a doença neurológica”.

A terapia recoveriX resulta da combinação única de três terapias convencionais, nomeadamente a Imaginação Motora (IM), através da qual o paciente imagina o movimento da mão enquanto o recoveriX mede a sua atividade cerebral através de sinais EEG, a Realidade Virtual (RV), onde a imaginação conduz a uma simulação virtual de membro imaginado no ecrã, e a Estimulação Elétrica (FES), em que o movimento imaginado torna-se um movimento real através da estimulação dos seus músculos afetados sem qualquer dor.

Durante as 25 sessões terapêuticas necessárias para a aplicação desta terapia, os pacientes imaginam movimentos das mãos ou das pernas um total de 6.000 vezes, sendo este o mesmo número de vezes que uma criança necessita para aprender a andar. Desta forma, enquanto imagina os movimentos, o paciente está a criar novas ligações no cérebro, através das quais relembra a capacidade de se mover e movimentar. Cada sessão tem a duração de 50 minutos e podem ser realizadas três ou mais sessões por semana, até dois tratamentos por dia (se necessário).

Jorge Alves, neuropsicólogo diretor do Centro CEREBRO, afirma que “O Centro CEREBRO é a única instituição a disponibilizar esta terapia em Portugal e a possuir a certificação para a sua aplicação. A incorporação desta neurotecnologia reitera a continuidade do nosso compromisso em elevar os cuidados de reabilitação neurológica em Portugal e em melhorar a vida das pessoas vítimas de lesão cerebral”.

Estudo Grupo Português de Psoríase da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV)
A prevalência da psoríase em Portugal é, atualmente, de 4,4%, segundo o estudo epidemiológico realizado pelo Grupo Português de...

Este estudo, representativo da população portuguesa, concluiu que a psoríase é uma doença subdiagnosticada em Portugal. 76% dos inquiridos tinham um diagnóstico prévio de psoríase realizado por um médico (na maior parte dos casos, um dermatologista), mas 24%, apesar de apresentarem critérios clínicos de psoríase, não estavam ainda diagnosticados por um médico.

“A ausência de dados de prevalência atualizados e de caracterização da população psoriática em Portugal foi o que motivou este estudo. Só com uma caracterização adequada da população é possível desenvolver estratégias a nível nacional para uma melhor abordagem da doença e dos doentes psoriáticos”, refere o Prof. Doutor Tiago Torres, dermatologista, presidente do Grupo Português de Psoríase e coordenador do estudo.

O estudo demonstrou que a psoríase tem elevado impacto nos doentes portugueses, tanto a nível físico como psicossocial. 1,5% dos doentes já tinha sido hospitalizado devido à psoríase e 17% teve de recorrer, pelo menos uma vez, a consultas de urgência. Mais de 50% dos doentes referiram apresentar lesões de psoríase em áreas de elevado impacto como o couro cabeludo, a face, os genitais, as unhas, ou palmo-plantar, e 42% dos doentes preenchiam os critérios selecionados para artrite psoriática.

Adicionalmente, este estudo demonstrou o elevado impacto na qualidade de vida dos doentes, com 16% a relatarem que a psoríase interferia nas suas atividades diárias, 12% que a doença “tem impacto na sexualidade” e, pelo menos 7%, que a psoríase interferiu “na escolha da carreira profissional”. Por essa razão, não foi de estranhar que uma das comorbilidades mais relevantes reportadas tenha sido a depressão/ansiedade (18%).

Por fim, mais de metade dos doentes inquiridos apresentavam comorbidades relevantes, com necessidade de acompanhamento médico regular, como comorbilidades cardiometabólicas, em particular, o excesso de peso/ obesidade (60%).

Outra das conclusões obtidas através deste estudo é a de que “a psoríase é subtratada em Portugal”. A evidência publicada refere que 20 a 30% da população com psoríase tem doença moderada a grave, o que requer terapêutica sistêmica, mas, de acordo com os dados agora obtidos, apenas 12% dos participantes no estudo estavam, no momento em que foram inquiridos, em terapêutica sistémica (3% em terapêutica biológica).

“Estratégias de sensibilização dirigidas à sociedade civil, a melhoria das estratégias de rastreio e a melhoria da abordagem terapêutica são necessárias para enfrentar os desafios atuais no que respeita ao reconhecimento atempado e melhor gestão clínica da psoríase em Portugal”, acrescenta Tiago Torres.

O estudo, cujo principal objetivo foi fornecer uma caracterização epidemiológica dos indivíduos com psoríase em Portugal, com foco na prevalência da psoríase, caracterização clínica, impacto na qualidade de vida, comorbidades e gestão clínica foi conduzido pelo Grupo Português de Psoríase da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV).

 

48% dos doentes manifestam distúrbios de ansiedade
A saúde mental é cada vez mais reconhecida como sendo muito significativa na vida dos doentes com psoríase. Além do impacto...

Em Portugal, cerca de 18% dos doentes com psoríase vive com depressão e distúrbios de ansiedade, refere o estudo epidemiológico levado a cabo pelo Grupo Português de Psoríase da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV). 

No âmbito do Dia Mundial da Psoríase, que se assinala a 29 de outubro, a LEO Pharma, empresa farmacêutica líder em Dermatologia médica, une-se à PSOPortugal e à IFPA para alertar para a importância da saúde mental das pessoas que vivem com psoríase. 

“A natureza crónica da psoríase e a inflamação sistémica afeta a vida dos doentes em muitos aspetos além da pele. Apesar de não contagiosa, causa um forte estigma social, que leva, em muitos casos, ao isolamento e, por isso, aumenta o risco de perturbações mentais, como a depressão ou distúrbios de ansiedade”, afirma Jaime Melancia, Presidente da PSOPortugal - Associação Portuguesa da Psoríase. “Por isso, neste Dia Mundial da Psoríase, queremos alertar para o impacto psicológico significativo da psoríase, sensibilizar a sociedade e encorajar os doentes a procurarem ajuda especializada”, acrescenta. 

A prevenção e o diagnóstico da doença mental em pessoas com psoríase devem ser uma prioridade para alcançar um bem-estar geral, a nível físico, mental e social. 

Christian Taveira, Medical Advisor da LEO Pharma Portugal, acrescenta que “tratar a psoríase não é tratar apenas a doença. O impacto psicossocial da psoríase deve ser tido em conta no processo de gestão e controlo da doença. O nosso compromisso com os doentes e com os profissionais de saúde passa, não só pela aposta em soluções inovadoras, mas também pelo apoio a programas de educação e iniciativas que contribuem para a diminuição do estigma associado à psoríase”.  

A psoríase está associada a altas taxas de depressão e distúrbios de ansiedade, baixa autoestima e com impacto a nível laboral, nas relações interpessoais e na intimidade. Por esse motivo, o tema de 2022 para o Dia Mundial da Psoríase é “Unidos Para Atuar” na defesa da saúde mental e do bem-estar de quem vive com esta doença crónica. 

A psoríase é uma doença que afeta cerca de 400 mil pessoas em Portugal. É uma doença inflamatória, crónica, autoimune e sistémica, ainda sem cura, mas cujo tratamento adequado permite ao doente manter a sua qualidade de vida. Aproximadamente 80% dos doentes apresenta formas ligeiras da doença e 20% evidenciam formas moderadas a graves, com envolvimento de mais de 10% da superfície corporal. 

Estudo apresentado no Congresso da ASRM
Os avanços na área da medicina da reprodução têm garantido, nos últimos anos, resultados cada vez mais significativos,...

"Após um trabalho intensivo de investigação, conseguimos criar uma nova ferramenta de apoio à clínica que aposta na análise não invasiva do esperma através da aplicação da Inteligência Artificial (IA). Isto permite-nos diferenciar alguns espermatozoides dos outros e assim definir o perfil bioquímico de cada um deles. Ou seja, deixa de ser necessário alterar o espermatozoide para analisá-lo e perceber qual o mais adequado para alcançar o sucesso reprodutivo", explica Nicolás Garrido, diretor da Fundação IVI e coordenador deste estudo, intitulado “Hyperspectral imaging of single spermatozoa as a promising non-destructive objective tool for sperm selection prior to ICSI – determination of reproducibility, sensitivity and specificity”. 

De acordo com o coordenador do estudo, a literatura atual no campo reprodutivo é muito limitada no que diz respeito ao fator masculino, pelo que os conhecimentos existentes sobre os fatores que influenciam a infertilidade masculina e os conhecimentos de como melhorar o diagnóstico e o tratamento ainda precisam de ser aprofundados. 

"Até agora, a informação bioquímica do esperma só foi estudada com recurso a técnicas invasivas. Graças a este trabalho, somos capazes de associar, de forma inócua, uma identidade única e inequívoca ao esperma e reconhecê-la entre outros espermatozoides. Para tal, primeiro tínhamos de ser capazes de verificar que o que medimos é reprodutível, particular e característico de um espermatozoide específico e não de outro, dentro da mesma amostra de sémen. Finalmente sabemos como fazê-lo", acrescenta Garrido.

O IVI já era pioneiro na Inteligência Artificial aplicada à seleção de embriões e associa agora mais esta inovação aplicada à seleção de espermatozoides, apresentada no 78.º Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, uma das reuniões científicas mais relevantes a nível mundial no campo da reprodução assistida.

Uma incubadora de embriões que filma

Neste congresso, foi também apresentado o estudo “Application of Artificial Intelligence on vitrified/warmed embryos: prediction of live birth from post-warmed blastocyst Dynamics”, que permite prever a viabilidade de um embrião descongelado se desenvolver e dar origem a uma gravidez bem-sucedida. 

"Há cinco anos que estudamos intensivamente a aplicação da Inteligência Artificial à seleção de embriões. Durante este tempo, conseguimos resultados promissores, que nos ajudam a satisfazer o desejo das nossas pacientes no mais curto espaço de tempo e com as maiores garantias. Neste estudo conseguimos ir um pouco mais longe. Agora o nosso foco é perceber como a análise do desenvolvimento embrionário pela Inteligência Artificial, após a desvitrificação (descongelamento) dos embriões, pode ser indicativa do potencial destes embriões para dar origem a um recém-nascido vivo", revela Marcos Meseguer, embriólogo, coordenador do estudo e supervisor científico do IVI Valencia, em Espanha.

O especialista em embriologia explica que, em vez de introduzir o embrião numa incubadora convencional para esperar pelo momento de o transferir para o útero materno, após a sua devitrificação, como é habitual, este é colocado numa incubadora à qual foi dado o nome de EmbryoScope. Esta incubadora consegue filmar o desenvolvimento embrionário e mostrar as alterações que vai sofrendo durante as quatro horas em que é aqui colocado. “Esta observação, sustentada por um algoritmo de Inteligência Artificial, permite-nos conhecer as possibilidades de implantação deste embrião e avaliar o seu desenvolvimento antes de o transferir”, acrescenta Marcos Meseguer. 

Este avanço científico melhora a capacidade de diagnóstico e aumenta o grau de precisão quando se trata de confirmar com maior certeza as possibilidades de implantação que cada embrião apresenta.

Organizações locais foram desafiadas a desenvolver ações de sensibilização dirigidas à população
O Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC) celebra-se anualmente no dia 29 de outubro e a Sociedade Portuguesa do AVC ...

A cada hora que passa, três portugueses sofrem um AVC, sendo esta patologia considerada a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. As datas dedicadas ao tema, como o “Dia Mundial do AVC” e o “Dia Nacional do Doente com AVC” foram instituídas com o objetivo de sensibilizar a população para a importância da prevenção e da correta identificação (e atuação) perante os sinais de um AVC, para assegurar um tratamento rápido e adequado, num local preparado para receber o doente.

Como habitualmente, a SPAVC associa-se ao mote internacional para esta data, selecionado pela World Stroke Organization (WSO), neste caso: “Precious Time” (“Tempo Precioso”), salientando que todos os minutos contam e fazem diferença no tratamento e recuperação dos doentes com AVC.

“Para dar uma ideia da grandeza, o nosso cérebro tem aproximadamente 84 mil milhões de neurónios. Quando se instala o AVC, a cada minuto que passa sem tratamento, morrem 1,9 milhões desses neurónios”, explica a Dr.ª Liliana Pereira, embaixadora da SPAVC para esta data. E acrescenta: “O AVC acontece quando a circulação a uma região do cérebro é interrompida, e então os neurónios deixam de receber o oxigénio e nutrientes de que necessitam para sobreviver. Sofrem dano, que pode ser transitório se, com o tratamento adequado, for restabelecida a circulação atempadamente; ou irreversível, levando às sequelas do AVC, que são tanto físicas, como psicológicas e cognitivas”.

Assim, “estas datas permitem lembrar-nos ou ensinar-nos que o AVC não tratado traz graves consequências: para a saúde do indivíduo que o sofre, que frequentemente passa a viver com limitações que podem mesmo chegar à dependência de terceiros; para as famílias, que se têm de se reorganizar face à nova situação e eventual necessidade de se tornarem cuidadores; e para a sociedade, que arca com os custos socioeconómicos da perda de produtividade ou funcionalidade do indivíduo e novos gastos em saúde com o mesmo”, enumera a especialista em Neurologia.

Neste sentido, sensibilizar a população para as consequências gravíssimas do AVC torna-se uma prioridade, a par do alerta para as medidas de prevenção do AVC. A população deve conhecer, de forma consistente, os principais fatores de risco modificáveis (sedentarismo, obesidade, hipertensão arterial, tabagismo, fibrilhação auricular, diabetes e consumo excessivo de bebidas alcoólicas) e não modificáveis (fatores genéticos individuais, hereditariedade, idade, raça ou sexo), bem como os sinais de alerta (desvio da face, falta de força num braço, dificuldade em falar), sabendo que só há uma forma correta de agir em caso de um AVC: ligar para o 112, ativando a Via Verde do AVC.

“Qualquer cidadão consegue aprender a rever estes 8 fatores de risco em si e nos seus familiares e iniciar a sua correção”, refere o presidente da SPAVC, Prof. Vítor Tedim Cruz. “Se todos o fizermos”, completa, “podemos transformar a nossa sociedade e comunidades nas mais saudáveis da Europa. Mesmo em contexto de crise económica”. Nas palavras do especialista, “precisamos de um exército informado na luta diária contra o AVC junto de cada pessoa em risco”, para reduzir o peso da doença vascular cerebral na vida dos portugueses.

Motivadas por este repto da SPAVC, várias instituições de saúde e outras organizações associaram-se a esta missão e organizam, a propósito do Dia Mundial do AVC, ações de sensibilização dirigidas às populações locais.

O representante da SPAVC reforça, como mensagem final, que as três principais componentes para tirar esta doença do topo da mortalidade e morbilidade em Portugal são: 1) evitar o primeiro AVC ou Acidente Isquémico Transitório (AIT) através da “adesão em massa dos cidadãos à identificação e correção dos fatores de risco, ao invés de esperar por consultas médicas”; 2) evitar o segundo AVC ou AIT por meio do “acesso às Unidades de AVC (UAVC) e consultas especializadas no diagnóstico etiológico, tratamento e prevenção pós-AVC, para reduzir a probabilidade de repetição em doentes de alto risco”; e 3) “manter, cuidar e estimular uma rede de centros/UAVC dedicados à trombólise e garantir o acesso a trombectomia em tempo útil, o mais rápido possível após o início de um AVC”.

Os neurologistas finalizam lembrando que “com este conhecimento sobre AVC, é possível ser-se agente de mudança positiva na prevenção e tratamento atempado desta patologia e, com isso, salvar vidas”.

'Espasticidade: a sequela não esperada'
Estima-se que 33% dos sobreviventes de um acidente vascular cerebral apresentam espasticidade no primeiro ano após o AVC, com...

A Ipsen, empresa biofarmacêutica global centrada na inovação e cuidados especializados, apresentou a campanha Espasticidade: a sequela não esperada, coincidindo com o Dia Mundial do AVC, que se assinala no sábado, 29 de Outubro, para consciencializar a sociedade para uma das sequelas mais frequentes e, ao mesmo tempo, mais desconhecidas na sequência de um AVC: a espasticidade.

Estima-se que pelo menos um em cada três sobreviventes de um acidente vascular cerebral (AVC) apresenta espasticidade durante o primeiro ano após a sua ocorrência, tornando o AVC na principal causa de incapacidade adquirida em adultos. A espasticidade consiste numa série de contrações permanentes de certos músculos que se manifesta como rigidez e resistência ao alongamento muscular.

Com uma prevalência de entre 30 a 80%, a espasticidade desenvolve-se gradualmente, semanas ou mesmo meses após um AVC, e torna-se uma sequela crónica, pelo que é muito importante detetá-la e tratá-la precocemente para evitar complicações graves ou limitações funcionais que interfiram com as atividades diárias e com a qualidade de vida dos doentes. A administração de tratamentos específicos, a reabilitação e os cuidados de saúde são fundamentais para a recuperação após um AVC.

Como se pode detetar a espasticidade e quais são as suas repercussões?

A espasticidade pode ser percebida por uma sensação de rigidez ou tensão aumentada nos músculos, que pode ser acompanhada por dor e/ou espasmos. É uma importante sequela motora e está presente em muitos doentes que, após o AVC, apresentam alguma forma de sequela, embora também ocorra noutras afeções do sistema nervoso central, como na esclerose múltipla, paralisia cerebral infantil, traumatismos crânioencefálicos ou lesões da medula.

Pode ser facilmente detetada porque acarreta a adoção de posturas anormais que limitam o movimento. Manifesta-se normalmente com alguns destes padrões: abdução e/ou rotação do ombro, punho cerrado, flexão do cotovelo, pulso dobrado, antebraço pronunciado, polegar na palma da mão, joelho e ponta dos pés rígidos.

Se a espasticidade não for detetada precocemente e tratada a tempo, pode levar a limitações funcionais que interferem com as atividades diárias e têm um grande impacto na qualidade de vida do doente pós AVC. Entre as principais repercussões da espasticidade figuram as seguintes:

  • Limita a mobilidade, afetando, por exemplo, a deslocação, a movimentação na cama ou a facilidade em sentar-se.
  • Produz dor, espasmos e contrações.
  • Favorece o aparecimento de lesões na pele por pressão (chagas, úlceras…).
  • Limita a destreza (comer, vestir-se, manter a higiene, escrever…)
  • Favorece a deformidade articular (no braço, cotovelo, pulso, mão e perna) limitando o movimento.

Uma correta avaliação clínica é essencial para prevenir complicações

O diagnóstico precoce da espasticidade é fundamental para se poder fazer o tratamento adequado em tempo oportuno, para assim prevenir complicações. A gestão da espasticidade é complexa e requer uma equipa multidisciplinar composta, entre outros, por médicos especialistas (em medicina física e de reabilitação, neurologia, geriatria, ortopedia...), enfermeiros, terapeutas (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional...).

Esta equipa desempenha um papel crucial no trabalho com o doente e os seus cuidadores para avaliar o grau e o impacto da espasticidade, identificar os objetivos do tratamento, encaminhar para aconselhamento especializado, implementar programas de gestão, monitorizar os efeitos das intervenções e acompanhar o processo de reabilitação.

O tratamento da espasticidade inclui a combinação de várias modalidades de fisioterapia, terapia ocupacional, tratamento farmacológico (toxina botulínica, medicação oral, medicação intratecal, neurólise com fenol) e cirurgias (cirurgia ortopédica e neurocirurgia). O aconselhamento e apoio a doentes, familiares e prestadores de cuidados devem ser sempre considerados.

Em linhas gerais, os principais objetivos do tratamento da espasticidade são: melhorar a funcionalidade (marcha e mobilidade geral, equilíbrio e postura sentado e transferência para a cadeira ou para a cama) e melhorar a qualidade de vida e o nível de bem-estar do doente (alívio da dor, melhoria da qualidade do sono, facilitar os cuidados e as atividades diárias, tais como a higiene, o vestir-se e a alimentação, e aliviar o trabalho do cuidador).

Portugal encontra-se no top 5 dos países em Cuidados Preventivos
Apenas 12% das mulheres no mundo foram testadas para qualquer tipo de cancro em 2021. Esta é uma das conclusões de um dos...

O relatório revela ainda que, ao nível dos cuidados preventivos, mais de 1,5 mil milhões de mulheres em todo o mundo não foram testadas para nenhuma das doenças que mais as afetam, como as cardíacas, cancro, diabetes ou as infeções sexualmente transmissíveis. Dificuldades em encontrar comida e abrigo suficientes, falta de oportunidades educacionais e ameaças à segurança das mulheres são algumas das barreiras aos cuidados preventivos identificadas. Estes fatores contribuem ainda para aumentar as lacunas no bem-estar das mulheres entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, áreas urbanas e rurais, bem como, pessoas mais e menos instruídas.

Todos os 122 países e territórios analisados pelo Índice têm oportunidades significativas para melhorar a saúde das mulheres. A pontuação global média foi de apenas 53, numa escala até 100, a pontuação mais alta foi de 70, para Taiwan, e a pontuação mais baixa foi de 22, para o Afeganistão.

Portugal encontra-se na 39ª posição do ranking, com uma pontuação global de 58 pontos, uma queda face ao ano anterior. Ao nível dos cuidados preventivos, e apesar de se encontrar no top 5 dos países com uma pontuação mais elevada, o país apresenta uma queda de 5 pontos em 2021, quando comparado a 2020. É nos cuidados de saúde individual que Portugal manifesta um pior desempenho, encontrando-se entre os países com maior declínio nesta dimensão, o que significa que as mulheres estão a experienciar mais problemas de saúde ou dores no seu dia-a-dia.

“A falta de progresso e, em alguns casos, o retrocesso justificam um alerta mais urgente para que os líderes mundiais façam mais pelas mulheres, cujo bem-estar sustenta a saúde das famílias, comunidades, sociedades e economias”, disse Steve MacMillan, Chairman, Presidente e CEO da Hologic. “Dados credíveis podem desencadear mudanças genuínas, e esperamos envolver os líderes de todo o mundo no sentido de recorrerem ao Índice para defender o bem-estar das mulheres”.

A Hologic juntou-se à Gallup, uma empresa líder em análise de dados, para criar o Índice Mundial da Saúde das Mulheres. Para esta segunda edição do relatório anual, aproximadamente 127.000 pessoas em todo o mundo – incluindo 66.000 mulheres e jovens com idade igual ou superior a 15 anos – foram inquiridas durante 2021, em mais de 140 idiomas. Este alcance significa que o Índice representa 94% da população feminina mundial.

O Índice oferece uma estratégia para alcançar o progresso mundial para elevar o bem-estar das mulheres. São analisadas cinco dimensões relacionadas com a saúde das mulheres: Cuidados Preventivos, Necessidades Básicas, Perceções de Saúde e de Segurança, Saúde Individual e Saúde Emocional. Em conjunto, estas dimensões contribuem em 80% para a esperança média de vida das mulheres de todo o mundo. Podem ser vistas como forma de orientação para os líderes se concentrarem na deteção precoce e no tratamento de doenças, criando uma rede de segurança mais forte para a satisfação das necessidades básicas da vida, como a alimentação e o abrigo, mantendo as mulheres seguras e investindo mais em recursos que aumentem a igualdade socioeconómica.

As lacunas nestes aspetos básicos trazem desafios que impedem as mulheres de priorizar o seu estado de saúde. Cerca de 85% das mulheres entrevistadas para o Índice acreditam na importância de visitar regularmente um profissional de saúde, mas menos de 60% consultaram um durante o último ano.

“Enquanto médica que trabalha, há décadas, com doentes de diferentes partes do mundo, vi, em primeira mão, como a deteção precoce de doenças faz uma diferença crítica na expetativa e na qualidade de vida das mulheres. Mas quando as mulheres têm que escolher entre obter cuidados de saúde para si mesmas e encontrar a próxima refeição para as suas famílias, provavelmente não irão priorizar a sua saúde”, afirma Dra. Susan Harvey, Vice-Presidente de Assuntos de Saúde Mundiais da Hologic. “É crucial que os decisores políticos vejam os cuidados preventivos enquanto parte de um conjunto de fatores multidimensionais e interdependentes que devem ser abordados de forma holística”.

Opinião
A Psoríase é uma doença inflamatória crónica, não contagiosa, que pode iniciar-se em qualquer idade,

A psoríase surge em pessoas com predisposição genética (hereditariedade) mediante certos estímulos ambientais, por exemplo, stress, infeções ou reações a medicamentos.

Na forma mais habitual manifesta-se com o aparecimento de placas vermelhas e espessas, cobertas de escamas brancas, localizadas sobretudo nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Porém, as placas podem surgir em qualquer local, inclusive na face, mãos, região genital ou perianal, e também pode haver alterações das unhas. Estas lesões podem ser causa de comichão, constrangimento sexual, embaraço social ou dificuldades profissionais, provocando um grave impacto na qualidade de vida dos doentes. É fácil perceber como a saúde mental é afetada, pois os doentes acabam por evitar as situações em que expõem a pele, como ir a praias ou piscinas, e, por vezes, até evitam desenvolver relações sentimentais por receio da intimidade. Isso limita a sua vida emocional e social e cria isolamento e depressão. Até a escolha do vestuário é condicionada pela doença, de forma a cobrir o máximo de pele possível (alguns doentes verbalizam que gostariam de usar calções no Verão). Outro problema muito sério é a discriminação no trabalho, limitando quer o acesso quer a progressão na carreira, dependendo das profissões.

Além das perturbações da saúde mental, a Psoríase associa-se a um grande número de outras patologias, ou comorbilidades, nomeadamente Artrite psoriática (articulações dolorosas e inchadas), obesidade, diabetes tipo II, hipertensão arterial e aterosclerose.

De facto, a psoríase grave é um fator de risco independente para doença cardiovascular, o que mostra bem a natureza sistémica da inflamação psoriática. A existências destas patologias também vai influenciar e condicionar a escolha dos tratamentos para a psoríase, devido às contraindicações e interações farmacológicas a que devemos estar atentos.

Trata-se, portanto, de doentes complexos, que precisam de um diagnóstico precoce e de uma avaliação muito cuidada, ou seja, precisam de acesso precoce a consultas especializadas.

Atualmente, dispomos de muitos tratamentos para a psoríase. Conforme a gravidade e o tipo de lesões, podemos escolher terapêuticas tópicas (locais) ou sistémicas ou ainda fototerapia (exposição a radiação ultravioleta, em meio hospitalar).

Apesar de continuar a não existir cura para a psoríase, as terapêuticas mais recentes, chamadas biotecnológicas, constituíram um enorme avanço que nos permite obter excelentes resultados, com bom perfil de segurança, mesmo em casos graves e extensos de psoríase em placas. No entanto, estudos indicam que se o doente só inicia este tratamento após muitos anos de evolução de doença grave, então é mais difícil ter sucesso.

Quer por este motivo, quer pelos anos de sofrimento físico e psicológico evitáveis, o ponto essencial é a precocidade do acesso à consulta especializada, ao diagnóstico e à intervenção adequada.

Dra. Maria João Paiva Lopes - Assistente Graduada Sénior Dermatovenereologia.
Diretora do Centro de Responsabilidade Integrado de Dermatovenereologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central

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Atividades para pessoas com perturbações de neurodesenvolvimento
O projeto europeu “Meter Matters”, coordenado pela Universidade de Ljubljana e que a Universidade de Coimbra (UC) integra, está...

O estudo surge depois do grupo de investigação ter identificado que «apesar de existir legislação nacional e internacional que apoia a participação inclusiva no desporto, há lacunas entre a prática e as diretrizes da União Europeia, em termos de apoio sustentado a programas de desportos inclusivos na forma de cofinanciamento de recursos estatais e locais», explica Maria João Campos, docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEFUC), investigadora do Centro de Investigação em Desporto e Atividade Física (CIDAF) e coordenadora do Núcleo de Estudos de Atividade Física Adaptada (NEAFA) da FCDEFUC.

Neste contexto, o cofinanciamento é relevante dado que «na maioria dos países as ações de financiamento estão direcionadas para o desporto de alto rendimento, nomeadamente para o programa paralímpico, existindo uma lacuna no acesso ao financiamento para a oferta de atividades físicas adaptadas e inclusivas nos contextos recreativo e desportivo», sublinha a investigadora da Universidade de Coimbra.

A lacuna identificada tem vindo a condicionar os programas de desporto inclusivo pois «a oferta dos clubes desportivos em modalidades adaptadas e/ou inclusivas é extremamente diminuta, estando vedada aos potenciais praticantes a participação em algo tão básico como a realização de atividade física regular», salienta Maria João Campos. Assim, a «criação de modelos e critérios de financiamento vai permitir que clubes, associações desportivas, e outro tipo de instituições e entidades tenham a oportunidade de usufruir de fundos que lhes permitam promover o desporto inclusivo», acrescenta a docente da UC.

Para potenciar este acesso a apoios, a investigação em curso vai propor, por um lado, critérios adequados para o cofinanciamento de programas desportivos que envolvem pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento em organizações desportivas; e, por outro lado, um modelo de cofinanciamento de inclusão no desporto a nível nacional, em cada um dos três países envolvidos.

Sobre os impactos do projeto no trabalho de organizações que atuam na área do desporto inclusivo, Maria João Campos explica que «se os critérios e o modelo de cofinanciamento forem testados em projetos-piloto por alguns anos, espera-se que possam vir a surgir soluções mais sustentáveis no desporto para todos» e que «os critérios mensuráveis para a inclusão no desporto que o Meter Matters vai propor possam ser usados em candidaturas a fundos». A longo prazo, a investigadora da UC revela que «é expectável que os critérios para avaliar a inclusão no desporto e a proposta de um modelo de cofinanciamento sejam um dos passos importantes para a regulação do desporto para todos».

O “Meter Matters” vai ser desenvolvido até 2024 e vai envolver profissionais de ciências do desporto, psicólogos, praticantes de desporto e seus familiares, especialistas nacionais e internacionais em políticas desportivas de inclusão, organizações desportivas, organizações que atuam na área da deficiência e da saúde e que implementam programas desportivos, e decisores.

O projeto está em curso em três países – Eslovénia, Portugal e Hungria –, sendo coordenado pela Faculdade de Desporto da Universidade de Ljubljana. Em Portugal, vai contar com a colaboração da Universidade de Coimbra (UC), através da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEFUC), e da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Coimbra (APPDA Coimbra). Conta ainda com a participação da Special Olympics Eslovénia, da Universidade de Educação Física da Hungria e da Special Olympics Hungria. Alain Massart, docente da FCDEFUC, e José Pedro Ferreira, também professor e atual diretor da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da UC, integram igualmente o projeto.

A próxima reunião da equipa do projeto vai decorrer em Coimbra, no final de janeiro de 2023.

1º episódio “É possível viver melhor com uma alimentação diferente?
A Universidade Europeia vai arrancar com a 2ª temporada do podcast dedicado à área das Ciências da Saúde “A Receita para…”, já...

“É possível viver melhor com uma alimentação diferente?”, da área da Nutrição Clínica, é o mote do 1º episódio, que será disponibilizado no dia 1 de novembro no canal de Youtube da Universidade Europeia e na plataforma digital Spotify. A Coordenadora da Área de Nutrição da Universidade Europeia e Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, é a primeira convidada para falar deste tema, tão atual nos dias de hoje.

“Quando decidimos lançar o podcast “A Receita para…” tínhamos como objetivo abrir-nos ao diálogo, ouvir e falar à sociedade sobre temas relacionados com a área de ciências da saúde, que nos interessam a todos, numa tentativa de entender verdadeiramente os principais desafios e como enfrentá-los. O balanço é tão positivo que decidimos arrancar com uma 2ª temporada ainda mais abrangente, estimulante e disruptiva”, afirma a reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira

O desenvolvimento da área da Saúde é uma prioridade para a instituição, que procura dar uma resposta qualificada e eficaz às carências existentes na formação superior nesta área. O projeto “A Receita para…” é apenas um passo para reforçar este processo de afirmar a Universidade Europeia como uma instituição de referência também na Saúde em Portugal.

Marketing em Saúde Online, Value Based Health Care, Cirurgia Medicina Dentária, Health Insurance, Saúde e Longevidade, Direito e Biotécnica na Saúde são alguns dos temas a abordar em episódios de cerca de 15 minutos. O podcast “A Receita para…” é disponibilizado a cada duas semanas às terças-feiras no canal de Youtube da Universidade Europeia e na plataforma digital Spotify.

 

Saiba o que é esta doença rara, mas muito grave
Rara, mas particularmente grave – uma vez diagnosticada, apresenta uma esperança média de vida de tr

O que é a ATTR-CM?

A doença surge na sequência da acumulação de proteínas desnaturadas no coração e no organismo e divide-se em dois tipos: wild type (também conhecida como Amiloidose Cardíaca Senil) e hereditária. No caso da wild type, a doença é idiopática, ou seja, a sua causa é desconhecida. É especialmente incidente entre os homens caucasianos, sobretudo entre os que sofrem de insuficiência cardíaca ou de arritmias como a fibrilhação auricular, ou que apresentam um histórico de síndrome do túnel cárpico bilateral. Tendencialmente, começa a manifestar-se a partir dos 60 anos.

Já os sintomas da ATTR-CM hereditária, têm tendência a começar um pouco mais cedo, geralmente entre os 50 e os 60 anos. Tem a mesma incidência em pessoas do sexo masculino ou feminino e está associada a insuficiência cardíaca, sintomas neurológicos (periférico e autónomo) e/ou gastrointestinais, e a história clínica de síndrome do túnel cárpico bilateral.

Sinais de que pode sofrer de ATTR-CM

Como se chega ao diagnóstico?

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