5000 mil euros para apoiar o seu desenvolvimento
Reconhecer o trabalho de instituições e associações que desenvolvem projetos solidários que ajudam o doente e os seus...

A TEVA voltou a premiar cinco iniciativas que melhoram a qualidade de vida dos doentes, na segunda edição dos Prémios Humanizar a Saúde. Uma vez mais, a empresa reconheceu o trabalho de instituições e associações, públicas e privadas, que desenvolvem projetos solidários que ajudam os doentes e as suas famílias a lidar com a doença de uma forma mais positiva.

“É para nós uma enorme satisfação poder ajudar a dar visibilidade e recompensar o trabalho daqueles que, tantas vezes na sombra, implementam atividades inovadoras, originais e empreendedoras que favorecem a luta contra a doença e ajudam a otimizar a qualidade de vida das pessoas afetadas.” Afirmou Marta González Casal, diretora-geral da Teva Portugal.

A responsável da Teva Portugal destacou que este ano foram submetidas 45 candidaturas, todas elas de grande qualidade. “Recebemos iniciativas maravilhosas, que nos fazem acreditar, nos entusiasmam e nos movem, pensando nos milhares de pacientes que delas beneficiam e no esforço subjacente por parte de profissionais e voluntários. O aspeto emocional e afetivo tem impacto nos doentes e devemos continuar a concentrar-nos na humanização da saúde através de grandes projetos e pequenos gestos”.

“Para a TEVA é uma honra enorme continuar a apoiar projetos inovadores que procuram soluções mais próximas e humanas capazes de responder às necessidades dos doentes e das suas famílias, e que, simultaneamente, ajudam a tornar qualquer processo diagnóstico, terapêutico ou paliativo mais suportável e confortável", concluiu Marta González Casal.

Iniciativas premiadas na edição dos Prémios Humanizar a Saúde 2022

Para eleger os cinco vencedores, o júri formado por todos os colaboradores da TEVA Portugal teve em conta o trabalho a sensibilidade e a imaginação postos ao serviço de atividades inovadoras, originais e empreendedoras que impactam positivamente a vida dos doentes, favorecendo um ambiente e tratamento mais empático e humano.

Cada iniciativa vencedora recebeu um prémio monetário no valor de 5.000 euros para apoiar o seu desenvolvimento.

Dormir é o melhor remédio - Iniciativa da Associação Nuvem Vitória que leva diariamente a magia dos contos, com histórias de embalar, a crianças internadas nos hospitais de Santa Maria, São João, Vila Franca de Xira, Braga, Santo André, Garcia de Orta, Cascais e Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.

Escola do Ser - Implementada pela Associação Partilhas e Cuidados, de Faro, acolhe pessoas com doença oncológica, mas também os seus cuidadores e familiares que os acompanham ao longo do processo de tratamentos. A iniciativa visa ajudar a comunidade oncológica a encontrar um serviço de apoio psico emocional para que, cada um ao seu ritmo, vá ao encontro do seu ponto de equilíbrio.

Vamos Puxar pelo Cérebro com Câmara de Lobos - Iniciativa da delegação da Madeira da Alzheimer Portugal que consiste em sessões de estimulação cognitiva para pessoas com demência, com vista à prevenção e ao adiamento da evolução sintomas, mas também a disponibilizar aos cuidadores ferramentas que lhes permitam prestar cuidados com qualidade e de forma mais eficiente e centrada no doente.

Aldeias Humanitar – Humanizar e Estar - O projeto Aldeias Humanitar intervém de forma gratuita na prestação de cuidados complementares integrados de saúde, amparo social e combate ao isolamento social, em dez concelhos do Douro Sul. Tem por base equipas multidisciplinares da área da saúde e da área social que levam os cuidados a casa das pessoas.

Dá a tua voz - Projeto da Associação Portuguesa de Doentes de Esclerosa Lateral Amiotrófica baseado em software, instalado em telemóveis, tablets ou computadores, que transforma texto em fala sintetizada. O objetivo do projeto é dar voz às pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica, permitindo que estas mantenham a capacidade de comunicar no seu dia a dia, em todas as fases da doença e sensibilizar a comunidade para uma das consequências da doença na pessoa diagnosticada: deixar de comunicar.

Novembro
Meeting Places da Ingka Centres em Portugal estão a divulgar rastreios junto das comunidades e parceiros sociais com vista a...

São quase indissociáveis do nosso modo de vida atual: a rotina, a correria e o stress. A pandemia veio trazer-nos mais consciência sobre a necessidade de abrandarmos, mas já quase tudo voltou ao mesmo. No entanto, essa necessidade não desapareceu. Em novembro, o MAR Shopping Algarve propõe um rastreio metabólico. Já o MAR Shopping Matosinhos proporciona um fim de semana de yoga terapêutico às famílias. Estas são as duas ações gratuitas previstas para mais um mês em que os dois meeting places da Ingka Centres voltam a sensibilizar as comunidades em que estão inseridos para a importância da deteção precoce de indicadores de saúde que careçam de acompanhamento médico, bem como para boas práticas em matérias de saúde e bem-estar.

Ambas as ações decorrerão no último fim de semana do mês, 26 e 27 de novembro, entre 11h00 e as 18h00 e o acesso funcionará por ordem de chegada. No MAR Shopping Algarve, a ação terá lugar junto à Farmácia e Clínica HPA (piso 0) e no MAR Shopping Matosinhos será num espaço adequado para o efeito no piso -1, junto à REFOOD.

No MAR Shopping Algarve, o rastreio metabólico será desenvolvido pelo Centro de Terapias S. Natural, com recurso a equipamento de “ressonância magnética quântica”, cada vez mais popular na procura por alterações bioquímicas e fisiológicas que, em conjunto com problemas nutricionais, limitem a absorção de vitaminas e minerais necessários ao bom funcionamento do nosso metabolismo. Os resultados do rastreio deverão permitir a quem a ele se submeta ajustar a sua alimentação e estilo de vida para que estes sejam mais equilibrados.

 

APDP contribui para a discussão com a presença do seu diretor clínico
Esta segunda-feira, dia 21 de novembro, discute-se no Parlamento Europeu uma resolução sobre o estado da diabetes na União...

“A diabetes continua a ser uma das principais pandemias da atualidade, sendo uma doença crónica de elevada complexidade e que necessita de uma correta gestão. É, por isso, crucial adotar novos e inovadores modelos de prestação de cuidados em proximidade, associados a novas formas de financiamento que favoreçam a sua adoção”, defende João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP, acrescentando: “Sem a ação coordenada da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e dos Estados Membros, com objetivos claros e definidos, as desigualdades continuarão a existir e a piorar, sendo que o número de pessoas com diabetes irá continuar a aumentar sem que tenham acesso ao melhor tratamento.”

Em foco estiveram as causas dos vários tipos de diabetes, que ainda não são conhecidas, bem como as medidas de prevenção e controlo adequado. “É urgente colocar esta doença na agenda política, abordando a forma de a prevenir, mas não só. A perceção enviesada da prevenção como solução para todos os tipos de diabetes provoca estigma relativamente a todos aqueles que já foram diagnosticados. A prevenção é crucial, mas o campo do tratamento não pode ser ignorado”, remata.

No Dia Mundial da Diabetes, foi bem reforçada a necessidade de políticas ativas de prevenção e de acompanhamento das pessoas com diabetes, através de centenas de iniciativas por todo o país, o que salienta a importância desta ação europeia.

 

Academia de Introdução à Investigação
A Escola Superior de Enfermagem do Porto é a casa da Academia de Introdução à Investigação, projeto pioneiro no âmbito da...

A iniciativa nasceu no Conselho Técnico-Científico da ESEP, com o objetivo principal de aproximar os estudantes da licenciatura em enfermagem ao exercício da investigação. De acordo com Carlos Sequeira, docente responsável pelo projeto, “a ideia era criar um expediente que pudesse incentivar os estudantes a participar mais na investigação, uma das falhas nas Instituições de Ensino Superior”.

Neste sentido, foi criada a Academia de Introdução à Investigação, em fevereiro de 2022, de uma forma experimental, com estudantes do 3º e 4º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem. O docente explica que é necessário relembrar que os “estudantes ao qual a academia se destina são estudantes de licenciatura, pelo não têm treino quase nenhum de investigação”. Deste modo, o projeto dá oportunidade para conhecer as realidades ligadas à investigação, tais como, ver como se faz um projeto, como é que se faz uma revisão de literatura, os tipos de revisão que há ou como se faz uma base de dados.

Atualmente, estão inscritos 15 estudantes em 15 projetos diferentes. Carlos Sequeira afirma que a academia está aberta a todos os estudantes, desde que assim entendam e tenham disponibilidade, em regime pós-laboral. Além disso, os participantes recebem uma menção no suplemento ao diploma.

O responsável reforça que este projeto permite, igualmente, que os estudantes vejam “uma outra vertente da enfermagem, a da investigação, fundamental para uma melhor prestação de cuidados”.

A iniciativa integra todos os projetos que estão em curso na unidade de investigação da Escola Superior de Enfermagem do Porto, a UNIESEP, ou no grupo NURSID do CINTESIS. No total, são mais de 50 projetos em curso que vão desde a criança ao idoso.

Em funcionamento pleno na atualidade, a academia já permitiu aos estudantes participarem em eventos científicos, nomeadamente no II Encontro Internacional de Literacia e Saúde Mental Positiva e no Congresso Internacional de Investigação em Enfermagem 2022.

Doença crónica
A Fibrose Quística é uma doença complexa e com grande variabilidade clínica.

A Fibrose Quística (FQ) é uma doença hereditária causada por mutações no gene que codifica a síntese de uma proteína de transporte, a Cystic Fibrosis Transmembrane Regulator (CFTR). Desde a descoberta do gene CFTR em 1989 foram já descritas mais de 2000 mutações, o que tem permitido grandes avanços na área de investigação. A mutação mais frequente a nível mundial é a F508del presente em cerca de 70-80% dos doentes.

A doença é multissistémica, afetando todos os órgãos que expressam o gene CFTR, nomeadamente as vias aéreas, o pâncreas, o intestino, o trato biliar, os canais deferentes, as glândulas sudoríparas e as salivares

As pessoas com FQ herdaram duas cópias defeituosas do gene FQ - uma cópia de cada progenitor. As com uma cópia do gene FQ defeituoso são chamadas portadores e não têm a doença. A descendência de um casal portadores do gene FQ tem o risco de 25% (1 em 4) ter 1 filho com FQ; 50% (1 em 2) o filho ser portador e 25% (1 em 4) não ser portador.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, na União Europeia 1 em cada 2000 a 3000 recém-nascidos é afetado pela FQ. Além da Europa, existe também uma elevada incidência na América do Norte e Austrália. Em Portugal a prevalência é mais baixa calculando-se ser de 1:7000 recém-nascidos.

A FQ não deve ser considerada uma doença letal da infância e ser definida como uma doença da idade pediátrica. De acordo com registo da Cystic Fibrosis Foundation (CFF), atualmente 53% dos doentes têm idade superior a 18 anos e dos 48204 doentes registados em 2017, no European Cystic Fibrosis Society Patient  Registry (ECFSPR) 51,3 % tinham idade superior a 18 anos. Em Portugal e de acordo com os dados dos 339 doentes registados no ECFSPR, 45,43% tinham idade superior a 18 anos.

O aumento significativo da esperança média de vida destes doentes tem sido atribuído a fatores como a melhor compreensão da doença, antibioticoterapia mais eficaz, de reabilitação respiratória precoce, melhor nutrição, diagnóstico precoce e ao seguimento em centros especializados. A possibilidade do diagnóstico precoce através do rastreio neonatal tem contribuído inegavelmente para um controlo precoce da doença pulmonar e para um melhor estado nutricional. Desde dezembro de 2018 que o rastreio da FQ está incluído no Programa Nacional de Diagnóstico Precoce.

A FQ é uma doença complexa e com grande variabilidade clínica. A tríade clássica consiste em doença sinopulmonar crónica, insuficiência pancreática e infertilidade masculina. Em 10-15% dos casos a apresentação pode ser atípica ou pode até predominar apenas uma manifestação (alterações electrolíticas, pancreatite, doença hepática, sinusite ou azoospermia obstrutiva).

O diagnóstico é confirmado pelos níveis elevados de cloreto no suor (>60 mmol/L) na prova de suor e através do estudo genético identificam-se as mutações.

O envolvimento pulmonar, carateriza-se por infeções crónicas por microorganismos típicos - como a Pseudomonas aeruginosa -, devido à obstrução das vias aéreas pelo muco viscoso.

Diariamente, as pessoas com FQ fazem uma combinação de tratamentos: reabilitação respiratória; terapêutica inalatória de mucolíticos e de antibióticos; suplementos de enzimas pancreáticas e multivitamínicos. Associado a estes tratamentos os doentes tem indicação de dieta hipercalórica, de prática de desporto de acordo com a situação clínica e de evitar ambientes poluídos nomeadamente com fumo de tabaco. Em períodos de exacerbação pulmonar ou aparecimento de complicações, nomeadamente pulmonares há indicação de internamentos. No estadio mais grave da doença pulmonar o transplante pulmonar é a hipótese terapêutica.

Em 2012 foi aprovado o primeiro fármaco que atua a nível da proteína defeituosa CFTR. Este grupo de medicamentos, chamados moduladores da CFTR, representam um avanço histórico na forma como é tratada a FQ. A grande investigação dos últimos anos conduziu à aprovação de mais 2 novos moduladores para mutações específicas e em 21 de Outubro de 2019 a FDA nos EUA aprovou a combinação de 3 moduladores da CFTR. Esta terapêutica tripla é um novo marco no tratamento da FQ por ser indicada para o grande grupo de doentes com a mutação mais comum, a F508del e pela demonstração de grandes benefícios clínicos e melhoria da qualidade de vida nos ensaios clínicos.

Para saber mais sobre esta patologia, clique na imagem para aceder ao Guia para Pais e Família concebido pela Associação Nacional de Fibrose Quística :

Prof. Doutora Celeste Barreto
Coordenadora do Centro de Referência de Fibrose Quística do CHULN
Vice-presidente da ANTDR - Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Revelados vencedores dos Amyris Innovation BIG Impact Awards 2022
Já são conhecidos os projetos vencedores da 2ª edição do concurso de Inovação em Biotecnologia os prémios Amyris Innovation BIG...

“Os dois projetos foram distinguidos por desenvolverem ideias deeptech no setor dos biosensores para diagnóstico da doença de esclerose múltipla e de biofertilizadores para o sector da agricultura,” salienta Hugo Choupina, da Católica Porto Alumni Biotecnologia, membro da organização do FIB 2022. Ana Leite Oliveira, investigadora da Escola Superior de Biotecnologia e membro da organização do evento, complementa “estamos na era da inovação biológica que terá necessariamente de passar por uma cada vez maior sensibilidade e responsabilidade naquilo que é sustentabilidade económica, tecnológica e principalmente societal”. 

Na categoria "BIG Impact Innovation Award" o projeto vencedor foi o BrainSense, sob coordenação de Inês Mendes Pinto, investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S). O BrainSense pretende desenvolver a deteção multiplexada de um painel de biomarcadores moleculares relevantes para a doença de esclerose múltipla, a partir de uma coleta de sangue ou saliva através de uma picada de dedo. Esta análise subsequente por meio de um algoritmo de risco orientado por Inteligência Artificial, permitirá a sociedade e o serviço nacional de saúde reduzir os custos da deteção da doença. 

"O Amyris BIG Impact Award representa a oportunidade de avançar com a tecnologia BrainSense para validação clínica para diagnóstico personalizado e monitorização de doenças neurodegenerativas, principalmente esclerose múltipla, que atualmente é alcançada através de métodos convencionais invasivos”, salienta Inês Mendes Pinto, investigadora do i3S. “Validação clínica significa transpor a tecnologia para o arquivo regulamentar in vitro do dispositivo de diagnóstico e uma maior disponibilidade do mercado,” conclui. 

O "Rising Innovation Award" foi atribuído ao projeto HydroPLUS, com coordenação de Helena Moreira, investigadora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. O objetivo é o de desenvolver um novo hidrogel biodegradável superabsorvente à base de casca de batata, um resíduo relevante da indústria alimentar que engloba microrganismos benéficos, nomeadamente bactérias promotoras de crescimento de plantas e fungos. O polímero à base de casca de batata servirá como um transportador eficaz e protetor para os microrganismos, prolongando a vida do produto, que por sua vez, irá favorecer a libertação lenta no solo. “O HydroPLUS atende assim às necessidades do novo paradigma da agricultura regenerativa e pretende melhorar o crescimento das culturas, preenchendo atualmente uma lacuna comercial no mercado de biofertilizantes,” refere Helena Moreira, coordenadora do projeto. "Este prémio ajudar-nos-á a desenvolver a nossa ideia e a colocá-la em prática. É também um reconhecimento de todo o trabalho que fizemos nos últimos anos focado nos sistemas agrícolas mais resilientes e sustentáveis. O HydroPLUS irá ajudar os agricultores a enfrentar os desafios do setor agrícola devido às mudanças climáticas, nomeadamente a escassez de água e o declínio da fertilidade do solo", acrescenta a investigadora. 

Anabela Veiga, da Católica Porto Alumni Biotecnologia reconhece que “esta edição do Amyris Big Impact Award 2022, reforçou a importância de acelerarmos a bio-inovação através de uma abordagem disruptiva no setor biotecnológico”, acrescentando “estamos já a preparar a edição de 2023 que se realizará a 11 de novembro de 2023”. 

O concurso “Amyris Innovation BIG Impact Award” já vai na 2ª edição e é promovido pela empresa Amyris Inc e a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica. O grande objetivo deste concurso é o de premiar os melhores projetos na área da biotecnologia e a promoção da inovação em Biotecnologia como motor fundamental do desenvolvimento económico. Visa ainda promover novos processos, tecnologias ou serviços que sejam, simultaneamente, comercializáveis e sustentáveis, com um grande impacto positivo e mensurável na sociedade. 

A 4ª edição do “FIB: Think Big in Biotechnology”, que se realizou a 12 de novembro, contou com mais de 200 participantes. A próxima edição já tem data marcada e irá realizar-se a 11 de novembro de 2023.

Uma Perspetiva multidisciplinar no apoio à criança doente
A Fundação Infantil Ronald McDonald move-se uma vez mais pela melhoria do apoio às crianças doentes e suas famílias em Portugal...

A II Conferência Family Centered Care - Uma Perspetiva multidisciplinar no apoio à criança realizou-se no Grande Auditório João Lobo Antunes, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e contou com intervenção de Eduardo Sá – Psicólogo Clínico, Psicanalista, Professor e Escritor; Daniel Ferro – Presidente do Conselho de Administração do CHULN-Hospital de Santa Maria; Sofia Coutinho – Arquiteta e Coordenadora da Unidade de Instalação e Equipamentos na ACSS; Ana Isabel Lopes – Diretora do Departamento de Pediatria do CHULN-Hospital de Santa Maria e Professora Catedrática da FMUL; e a oradora internacional Nicole Rubin – Consultora do Ronald McDonald House Charities Research Center da Universidade da Califórnia, EUA. A apresentar e moderar a Fundação Infantil Ronald McDonald contou com a o apoio da jornalista Conceição Lino e para encerrar com o Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, Dr. André Graça.

Nesta segunda edição da Conferência Family Centered Care, a Fundação Infantil Ronald McDonald procurou promover a reflexão e discussão sobre o papel que todas as pessoas que estão envolvidas no tratamento da criança, quer seja de uma forma clínica, quer seja não clínica, têm no apoio à criança doente e à respetiva família por forma a garantir o bem-estar, a tranquilidade e a segurança. O Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria e Diretor de Neonatologia do CHLUN-Hospital de Santa Maria, Dr. André Graça, salientou o papel da Fundação Infantil Ronald McDonald neste âmbito, afirmando que “ajuda a ultrapassar uma lacuna estrutural e complementar aos cuidados nos hospitais”. Ana Isabel Lopes, Diretora do Departamento de Pediatria do CHULN-Hospital de Santa Maria e Professora Catedrática da FMUL, também mencionou a Fundação Infantil Ronald McDonald na sua intervenção, elogiando as suas estruturas enquanto parte da terapêutica e afirmando que “a Pediatria tem sido pioneira na humanização dos serviços”.

Reforçou-se ainda a ideia de que apoiar a família perante um diagnóstico de doença infantil não é só tratar da criança doente, mas é também ajudar a família a encontrar recursos e alternativas para se tornar mais forte e disponível enquanto acompanha a sua criança em tratamento hospitalar. Eduardo Sá, Psicólogo Clínico, Psicanalista, Professor e Escritor, na sua intervenção remeteu precisamente para esta visão: “Uma criança é uma pessoa muito pequenina e quando fica doente ainda se sente mais reduzida e precisa muito dos pais por perto, precisam de afeto e empatia”.

Segundo Nicole Rubin, Consultora do Ronald McDonald House Charities Research Center da Universidade da Califórnia, EUA, “estudos mostram a importância dos cuidados centrados na família. Mais de 90% dos responsáveis hospitalares ao nível mundial consideram que o trabalho da Fundação melhora a vida de médicos e famílias”. O conceito Family-Centered Care é, de forma progressiva, uma prática em desenvolvimento e expansão no panorama internacional, com importantes resultados no tratamento do doente pediátrico. Também em Portugal, o trabalho diário da Fundação Infantil Ronald McDonald tem como base a importância do bem-estar e apoio à família para um melhor cuidado da criança através dos seus projetos as Casas Ronald McDonald e nos hospitais, o Espaço Familiar Ronald McDonald no Hospital de Santa Maria e a Sala de Brincar na Ala Pediátrica do Hospital São João.

Compromisso formal com a FP2030
A Organon, companhia farmacêutica dedicada à saúde da mulher, anunciou o seu compromisso formal com o FP2030, para ajudar a...

O FP2030 é um movimento global dedicado ao progresso no sentido do planeamento familiar equitativo e acessível até 2030. As instituições governamentais e as partes interessadas têm a oportunidade de participar neste movimento, assumindo um compromisso formal com os princípios da Organização.

Em Portugal, a Organon deu, no passado dia 26 de setembro, o mote para a discussão sobre o planeamento familiar nacional durante a Conferência Expresso “Repensar a saúde: O Planeamento Familiar em Portugal no séc. XXI”, que aconteceu no Dia Mundial da Contraceção, e na qual participaram líderes de opinião do contexto da saúde e político.

O compromisso do FP2030 está alinhado com a plataforma da Organon Her Promise, desenvolvida pela Companhia a nível global no início deste ano, com o apoio de uma rede de colaboradores em todo o mundo, incluindo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a Fundação Bill & Melinda Gates, que pretende mitigar as disparidades de género na saúde, como forma de apoiar as mulheres e jovens a atingir os seus objetivos.

O programa foi desenhado para promover o acesso à informação, formação e alternativas de contraceção custo-efetivas, para que as mulheres e jovens possam tomar decisões informadas sobre o seu percurso reprodutivo. Através de parcerias globais e locais, a Organon dedica-se à resposta a estas necessidades e pretende ajudar milhões de mulheres e jovens mulheres a assumir o controlo das suas escolhas.

O UNFPA considera as altas taxas de gravidezes não planeadas uma crise global de saúde pública. Anualmente, estima-se que cerca de metade das gravidezes, em todo o mundo, não são planeadas e que mais de 160 milhões de mulheres não têm acesso métodos contracetivos eficazes. Para agravar esta situação, estima-se que 270 milhões de mulheres em todo o mundo não tenham acesso a Planeamento Familiar.

Sendo uma Companhia farmacêutica mundial dedicada à saúde da mulher, a Organon posiciona-se como o parceiro para as ajudar a ultrapassar estes obstáculos. O seu compromisso com o FP2030 surge, assim, no seguimento da intenção de ajudar a reduzir as altas taxas de gravidezes não planeadas, pretendendo centrar esforços na expansão do acesso à contraceção, para mulheres em 73 países de baixo e médio rendimento, onde essa necessidade é clara.

“Quando as mulheres têm acessos a recursos e opções de contraceção, elas têm o poder de decidir perante as suas famílias, a sociedade e os sistemas”, afirma o CEO da Organon, Kevin Ali. “A Organon apoia o FP2030 com o compromisso de ajudar e prevenir 120 milhões de gravidezes não planeadas em todo o mundo”.

“Para a Organon, é absolutamente fundamental e basilar que todas as mulheres tenham acesso a sistemas de Planeamento Familiar, que as auxiliem a tomar as melhores decisões e aquelas que vão ao encontro da sua vontade. O acesso à informação e a métodos contracetivos eficazes é essencial para reverter estes números alarmantes”, afirma Ricardo Oliveira, diretor da Organon em Portugal.

“Estamos entusiasmados em receber a Organon, pelo seu compromisso em dar resposta às necessidades das mulheres, que enfatiza ainda mais a importância e o profundo impacto da colaboração intersectorial e demonstra o valor que os nossos parceiros do setor privado adicionam para impulsionar o progresso”, disse o Diretor Executivo do FP2030, Samukeliso Dube.

Barómetro da Saúde Oral 2022
A sétima edição do Barómetro da Saúde Oral da Ordem dos Médicos Dentistas, mais uma vez, traça-nos o retrato da realidade...

Relativamente à dentição, os dados não apresentam diferenças significativas face às edições anteriores, com apenas 32,3% dos portugueses a terem a dentição completa. Por sua vez, a percentagem de portugueses com falta de 6 ou mais dentes naturais, excetuando os dentes do siso, situa-se nos 28,5%, o que representa uma ligeira melhoria de 1 ponto percentual face a 2021, mantendo a tendência positiva que já se verifica desde 2018.

A percentagem de portugueses com falta de dentes que não têm nada a substituí-los também melhorou, tendo reduzido para 48,1% - aquele que é o melhor valor registado desde a primeira edição do Barómetro.

Entre os portugueses que têm falta de 6 ou mais dentes naturais, considerado o valor de referência para afetação da qualidade da mastigação e, concomitantemente, da sua saúde oral, 18,9% não têm substitutos (-3,1 p.p. face à edição de 2021). Esta evolução continua a ser positiva e de salientar, com uma redução significativa num curto espaço de tempo - em 2017 era praticamente o dobro da percentagem (36,6%).

Em termos dos hábitos de higiene oral dos portugueses verifica-se que a tendência se mantém: melhorou o nível do hábito de usar fio dentário e elixir, mas reduziu mais uma vez a percentagem de portugueses que escova os dentes pelo menos duas vezes ao dia.

Relativamente aos hábitos de visita ao médico dentista, apenas 67,4% dos portugueses o fazem pelo menos uma vez por ano. Ainda assim, a evolução é de assinalar, representando cerca de 9 pontos percentuais a mais, quando comparado com 2019, último ano pré-pandémico, e uma melhoria de quase 15 pontos percentuais face à primeira edição do Barómetro, em 2014. Ademais, nesta edição, 68,5% referem que visitaram o médico dentista no último ano, uma melhoria de 9,1 pontos percentuais, quando comparado com 2021, e um valor que, inclusive, supera os dados pré-COVID.

Os portugueses aparentam, assim, estar mais cientes da importância da ida ao médico dentista, tendo havido igualmente uma redução de 20,1 pontos percentuais na percentagem de indivíduos que afirma não ter necessidade de ir. Dados que indicam que é necessário fazer um longo percurso em matéria de literacia e perceção para a saúde oral e para a sua importância na saúde sistémica. Por sua vez, o número de portugueses que indica não ter dinheiro para tal aumentou 7,4 pontos percentuais, notando-se já aqui os efeitos da crise atual.

Quando questionados acerca das intenções de tratamentos, também se estima um aumento da procura, com o número de indivíduos que não tenciona fazer nada a reduzir, tendo alcançado o valor mais baixo das últimas edições do Barómetro.

Entre os menores de 6 anos, 65,2% nunca visitaram o médico dentista, sendo que este valor é inferior ao verificado nas duas últimas edições do Barómetro. Ainda acerca dos menores de idade, é possível verificar que 51,8% utilizam o cheque dentista quando recorrem a uma consulta, menos 8,5 pontos percentuais do que o verificado na edição de 2021. A redução nota-se sobretudo junto das crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos.

No geral, os portugueses continuam satisfeitos com os seus médicos dentistas (94,5%), sendo que nos casos de insatisfação, os principais motivos são os preços praticados (59,3%) e os resultados dos tratamentos (41,6%).

Para além dos preços, os aspetos mais valorizados aquando de uma visita ao médico dentista são a confiança no mesmo, os resultados dos tratamentos e a higiene e limpeza. Já os aspetos menos valorizados são o género do médico dentista e a idade. Em comparação com os resultados da última edição do Barómetro, a importância dada aos fatores apresentados reduziu sensivelmente, mas mantiveram-se as prioridades.

Atualmente, 55,9% da população portuguesa não sabe que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza a área de medicina dentária e apesar deste valor ter vindo a reduzir consecutivamente desde 2017, nesta edição a tendência inverteu-se. Em acréscimo, ainda que 44,1% dos portugueses tenham conhecimento, isso não se reflete na utilização do SNS para tratar de problemas de saúde oral. Entre quem sabe, apenas 6,9% recorreu ao SNS nos últimos 12 meses para medicina dentária, sendo que quem utiliza são, sem surpresa, sobretudo os indivíduos de classes socais mais baixas. Um terço indica que se não tivesse sido atendido no SNS não teria recorrido ao privado por motivos económicos e apenas 39,5% consideram realizar tratamentos complementares no setor privado. A importância do acesso a serviços de medicina dentária no SNS e da comparticipação do Estado nas consultas do setor privado é assim ilustrada, sendo reconhecida pelos portugueses. É, no entanto, pertinente realçar que a importância dada reduziu desde a última edição do Barómetro.

Alerta pediatra
Jorge Amil Dias, presidente do Colégio de Especialidade de Pediatria, sublinha que, mesmo em algumas

Numa altura em que se aproximam os meses mais frios e que as urgências de pediatria já registam uma afluência acima da média, Jorge Amil Dias, presidente do Colégio de Especialidade de Pediatria, alerta que determinados tipos de ocorrências, principalmente respiratórias ou digestivas têm etiologia vírica e que “a prescrição de antibióticos pode ser inútil ou até deletéria”. Na sua opinião, o frequente recurso a consultas de doença aguda, principalmente consultas de urgência, faz com que tudo se resuma a um ato médico isolado sem seguimento de evolução”. E, nesse contexto, “os médicos acabam por recorrer, talvez por excesso, à prescrição de antibióticos, o que talvez não fizessem se estivessem a observar uma criança que já conhecem de outras consultas e que poderiam reavaliar quando necessário”.  

Em vésperas de mais uma Semana Mundial de Consciencialização sobre o uso de Antimicrobianos (18 a 24 de novembro) e do primeiro inverno pós-pandemia, do qual se espera uma maior incidência de infeções – as crianças estiveram isoladas e não adquiriam imunidade natural a alguns agentes – o médico especialista em Pediatria e gastrenterologia pediátrica, reconhece que é compreensível a angústia dos pais quando têm um filho doente, mas recomenda uma utilização criteriosa dos antibióticos e o seguimento das crianças, sempre que possível, com o médico habitual.  

“O ‘tratamento’ mais difícil em Pediatria é a paciência! É compreensível que os pais tenham enorme ansiedade perante o seu filho doente e febril, esperando que algum medicamento mágico faça ‘desaparecer o bicho’”, frisa. E lembra que, do lado dos médicos, “pode haver a tentação de atuar ‘por excesso’ acautelando a hipótese, ainda que improvável, de infeção bacteriana”, se a avaliação ocorrer apenas no decurso de consulta de agudos. 

“Por tudo isto, e pelo risco de erros de diagnóstico que podem ser corrigidos com controlo de evolução adequado, a principal regra deve ser usar o contacto com o médico que habitualmente observa a criança. O conhecimento dos antecedentes, de episódios semelhantes, de fatores de risco específico e a possibilidade de reavaliar a criança sempre que necessário, justifica que seja esse médico a acompanhar os episódios de doença aguda nas crianças”, sustenta Jorge Amil Dias. As exceções são os casos de emergência, como as convulsões, choque, hemorragia, desidratação, exantemas de evolução rápida, etc., que justificam ação emergente em serviço hospitalar. 

Riscos para o intestino e para a imunidade 

O médico alerta ainda para os riscos do uso inadequado e prolongado dos antibióticos na saúde das crianças, em particular no intestino, quando tomados por via oral, o primeiro ponto de contacto e de “inevitáveis consequências”. Explica que “a generalidade dos antibióticos é ingerida na sua forma ativa pelo que exercem efeito modificador da abundante microbiota (flora) intestinal com potenciais consequências de índole clínica”. A conhecida diarreia associada aos antibióticos é uma das consequências mais frequentes dessa situação. Embora a duração desta diarreia seja variável e geralmente de curta duração, é, ocasionalmente, prolongada. 

Jorge Amil Dias frisa que a ciência da interação entre a microbiota intestinal, o sistema imunitário e a saúde em geral, ainda é um campo de vasta investigação e rápida modificação de conceitos. No entanto, adianta que há estudos, principalmente em modelos animais, que têm mostrado que a modificação da microbiota tem implicações relevantes no estado nutricional e imunitário com risco atópico associado.  

“No mundo real, mais complexo e com numerosas interações, é arriscado fazer afirmações definitivas, mas o princípio da precaução recomenda que haja vigilância de efeitos potenciais, especialmente em cenários que exijam tratamento antibiótico prolongado ou de largo espectro”, afirma. E acrescenta que “a prescrição excessiva de antibióticos, particularmente de largo espectro, têm feito emergir uma outra consequência de enorme gravidade decorrente da aquisição de resistências e emergência de novas estirpes de alto risco patogénico”. 

O intestino é uma das principais barreiras entre o meio exterior e o meio interior e tem um papel primordial no amadurecimento e na manutenção do sistema imunitário, identificando o que é benéfico permanecer no intestino. Os antibióticos matam tanto as bactérias nocivas, como as que contribuem para a imunidade e bem-estar, pelo que podem desequilibrar a vasta comunidade de microrganismos que habita este órgão do sistema digestivo.  

O desequilíbrio da microbiota intestinal induzido pela toma frequente e repetida de antibióticos pode desencadear, além da diarreia, inúmeras doenças alérgicas e do aparelho digestivo, pelo que este tipo de medicamento só deve ser tomado quando prescrito pelo médico e pelo prazo indicado. Para a reposição do equilíbrio da microbiota intestinal recomenda-se uma alimentação com mais produtos frescos e orgânicos e menos produtos refinados, ingestão de água. A suplementação com probióticos, naturalmente resistentes a antibióticos, pode ajudar a prevenir e a tratar a diarreia induzida pela toma de antibióticos. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
23 de novembro
O Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, no Porto, recebe no dia 23 de novembro, pelas 18h00, o evento de...

O evento é promovido pela Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) e conta com o apoio da Danone Nutricia e da Liga Portuguesa Contra o Cancro. No decorrer do mesmo será apresentado e distribuído um guia de alimentação desenvolvido por uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde (oncologista, nutricionista e enfermeiro) que cuidam diariamente de pessoas com cancro.

Os participantes poderão ainda assistir a uma mesa-redonda que contará com os autores do guia: Andreia Capela, Presidente da AICSO e Médica Oncologista no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho; Elsa Madureira, Nutricionista no Centro Hospitalar e Universitário de São João; Luciana Teixeira, Nutricionista no Centro Hospitalar e Universitário de São João e Sara Parreira, Enfermeira Coordenadora na CUF Oncologia.

A juntar-se ao painel, o testemunho real de Luciana Mendes, que irá abordar na primeira pessoa a necessidade de um bom estado nutricional nesta fase tão desafiante. Será ainda realizado um showcooking de receitas com recurso a suplementos nutricionais orais, elaboradas pela nutricionista Fernanda Santa Rosa.

Atualmente, entre 30% a 70% dos doentes oncológicos estão malnutridos, situação que tem um impacto na sua sobrevida. Para estes doentes, é essencial a utilização de suplementação nutricional oral, sempre que a alimentação por si só não seja suficiente para fazer face às necessidades nutricionais, dada a importância que um bom estado nutricional tem no aumento da tolerância aos tratamentos oncológicos. É este o objetivo da marca Fortimel, que apresenta uma vasta gama de suplementos nutricionais orais para a malnutrição associada a doença.

 

Qual a relação?
Todos os anos quase dois milhões de pessoas morrem devido ao tabaco, refere o relatório da Organizaç

Contudo, não são só os fumadores que estão em risco. A exposição passiva ao fumo está relacionada com o aumento do risco de contrair doenças cardiovasculares. Ainda assim, deixar de fumar continua a reduzir este risco na ordem dos 50 por cento.

Ao não fumar estará a proteger o seu coração e a prevenir várias patologias. Por exemplo, os casos de enfarte agudo do miocárdio são causados em 25 por cento pelo consumo desta substância, assim como metade dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). Estes fenómenos ocorrem, uma vez que os componentes presentes nos cigarros fazem com que as artérias fiquem mais estreitas e que exista a inflamação e aparecimento das placas de ateroma, responsáveis pela aterosclerose, que pode culminar em problemas como o AVC ou enfarte agudo do miocárdio. Por outro lado, o hábito de fumar está associado a mudanças prejudiciais na pressão arterial, vasos sanguíneos, artérias coronárias e artérias cerebrais.

Portanto, as palavras de ordem para evitar as múltiplas doenças associadas ao tabagismo são “deixar de fumar”. Não existe meio termo. Não só estará a contrariar o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e da doença vascular periférica, como também estará a proteger-se contra vários tipos de cancro (incluindo o cancro do pulmão) e outros tipos de patologias, tais como o enfisema pulmonar e a bronquite. Problemas gástricos e até mesmo a impotência sexual não escapam à lista de riscos do consumo de tabaco, o que comprova que os danos se refletem por todo o corpo.

Não deixe para amanhã a mudança de comportamentos. Cada cigarro vai aumentar as probabilidades de contrair um vasto leque de patologias que podem diminuir o seu tempo de vida. Proteja o corpo e o coração.

 

 

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15 unidade hospitalares apoiadas
A Associação para Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Medicina (AIDFM) está a dotar tecnologicamente as unidades...

Criada no contexto de pandemia, a iniciativa da AIDFM pretende melhorar a articulação da investigação e comunicação aos mais diversos níveis: entre profissionais de saúde, na relação entre médico e utente, mas também na interação dos doentes com o exterior. Entre os muitos exemplos de utilização dos tablets em contexto hospitalar está a facilitação das atividades de investigação, incluindo a realização de teleconsultas e de videochamadas dos utentes em internamento com familiares.

“O impacto do contexto pandémico decorrido nos últimos dois anos trouxe consequências graves para toda a organização nas unidades de saúde na investigação clínica e na sua resposta à comunidade. Contudo, ocorreram avanços tecnológicos que permitem mitigar esse facto, e possibilitar aos médicos e utentes terem uma relação mais próxima. O nosso objetivo foi procurar as unidades de saúde com necessidades de investigação identificadas e conseguirmos colmatar essas falhas”, refere a Direção da AIDFM.

“A nossa missão vai muito além do desenvolvimento de soluções terapêuticas inovadoras. Temos uma visão holística da saúde e procuramos trabalhar com todos os nossos parceiros, incluindo os hospitais e os profissionais de saúde, com o objetivo de melhorar a prestação de cuidados. Com este projeto, acreditamos estar a humanizar os cuidados de saúde e, consequentemente, a transformar a vida dos doentes”, afirma Antonio Della Croce, diretor-geral da AbbVie.

“A humanização dos cuidados de saúde é uma preocupação permanente, pelo que estes equipamentos são um auxiliar relevante para que possamos concretizar o objetivo de uma maior proximidade dos utentes com aqueles que lhes são significativos”, salientou a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, unidade que beneficiou do projeto.

A AIDFM, associação científica e tecnológica sem fins lucrativos, é pólo dinamizador da investigação na área da saúde, com projetos de distintas temáticas e com amplitudes de atuação muito significativas, quer a nível nacional, quer a nível internacional, contribuindo para a operacionalização e dinamização da investigação científica.

A associação promove e apoia atividades de investigação, organiza iniciativas para uma aproximação da Faculdade de Medicina de Lisboa (FMUL) à comunidade, bem como apoia o desenvolvimento de alguns objetivos da FMUL, como sejam o ensino, a formação e a investigação na área da Medicina e das Ciências Biomédicas.

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta
A Retinopatia de Prematuridade (ROP) é uma das principais causas de baixa visão e cegueira na infânc

Todos os anos nascem cerca de 15 milhões de prematuros em todo o mundo, ou seja, um em cada dez bebés nasce prematuro. Em Portugal, a prematuridade é de cerca de 8% e a prevalência de prematuros abaixo das 32 semanas é de 1,2%.

Os bebés muito prematuros nascem com olhos extremamente imaturos, cuja zona nobre, a retina, não está ainda desenvolvida. O crescimento dos vasos sanguíneos da retina acontece assim, fora do útero, o que pode levar ao desenvolvimento de alterações dos mesmos, com crescimento anárquico, doença que se designa por Retinopatia da Prematuridade (ROP). Esta doença vascular tem vários estádios de gravidade progressiva que podem culminar numa destruturação total do olho e condicionar cegueira. Em termos globais, estima-se que, em cada ano, aproximadamente 20 mil bebés prematuros fiquem cegos devido à ROP e outros 12 mil sejam portadores de deficiência visual.

“As fases iniciais podem regredir espontaneamente e não necessitam de tratamento específico, mas exigem uma rigorosa monitorização por Oftalmologia”, refere Madalena Monteiro, médica oftalmologista e coordenadora do Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da SPO. “Quando a ROP evolui para as formas mais graves, é necessário realizar tratamento. As armas terapêuticas mais comuns são o laser e as injeções intravítreas, estando a cirurgia reservada para os casos extremos”, acrescenta a especialista.

Quanto menor a idade gestacional e/ou o peso à nascença, maior a probabilidade de desenvolver ROP.  O ganho de peso nas primeiras semanas de vida, as complicações sistémicas, a necessidade de ventilação invasiva e a gemelaridade, entre outros, são igualmente fatores de risco.

Em Portugal são observados por Oftalmologia todos os prematuros com idade gestacional <32 semanas e/ou <1500 g de peso, além de outros que sejam sinalizados pelas unidades de Neonatologia. Estima-se que cerca de 30% desenvolvam ROP. Destes, somente 2,5 a 13,3% desenvolvem ROP severa e ROP com critérios para tratamento.

“A vigilância por Oftalmologia dos bebés muito prematuros é a única maneira de diagnosticar a ROP. É fundamental que os pais e a sociedade civil percebam a importância das avaliações por Oftalmologia enquanto cuidado imprescindível para a saúde destes bebés. Nas fases iniciais de vida, os prematuros têm de ser vigiados até que se observe o crescimento dos vasos sanguíneos da retina em toda a extensão do olho ou nos casos que tenham implicado tratamento até à regressão das alterações da ROP, o que implica várias observações quer seja nas unidades de Neonatologia, quer seja vindas ao hospital depois dos prematuros terem tido alta para casa”, refere ainda Madalena Monteiro.

A SPO alerta igualmente para o facto de que os ex-grandes prematuros têm uma maior fragilidade das estruturas oculares e devem ser avaliados periodicamente por um médico oftalmologista ao longo de toda a sua vida.

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Opinião
Celebrar o “Dia do Não Fumador” em Portugal, é recordar a necessidade de atuar, sem tibieza, tendo e

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recorda todos os anos, no dia 31 de maio - “Dia Mundial Sem Tabaco” - as diversas facetas da epidemia tabágica e suas consequências. Este ano, o tema selecionado foi, muito apropriadamente, a contaminação do nosso planeta pelos produtos resultantes das atividades da indústria do tabaco.

Nesta nota, que se pretende em linguagem acessível, iremos analisar os seguintes pontos:

  1. Os riscos associados à exposição ao fumo ambiental do tabaco (FAT) para “não fumadores” e “fumadores”;
  2. Os riscos dos fumadores resultantes do tabagismo ativo e interação deste com outros fatores e contaminantes
  • FAT, álcool, amianto, bactérias e vírus - comorbilidades
  • Tabaco e diabetes / Tabaco e cirurgia
  1. A contaminação ambiental decorrente das atividades da indústria do tabaco
  2. Os riscos associados aos novos produtos de tabaco
  3. Os governos, indústria e sociedades científicas

1. Os riscos associados à exposição ao fumo ambiental do tabaco (FAT) para os não fumadores e fumadores

Ao longo de várias décadas, a evidência acumulada sobre a contaminação associada ao consumo de tabaco em espaços fechados é volumosa e inequívoca. A avaliação da contaminação nos espaços de trabalho e de lazer revelaram valores de partículas respiráveis inaceitáveis, por lei, para o ambiente exterior, ultrapassando em várias centenas os valores máximos recomendados. Igual constatação foi verificada para as esplanadas (na maioria das vezes espaços completamente fechados), assim como a exposição dentro dos veículos automóveis, nos domicílios e, mais recentemente, identificados em edifícios residenciais, de hotelaria e de outras atividades de lazer como é o caso dos cruzeiros.

Como se depreende, associados à caracterização da contaminação ambiental, foram e são regularmente documentados, os efeitos sobre a saúde, nomeadamente dos recém-nascidos, das crianças e dos adultos. Nestes, para além dos riscos associados ao cancro do pulmão, reconhece-se hoje a sua relevância na doença respiratória crónica e agudizações, doença cardíaca e, mais recentemente, doenças neurológicas, nomeadamente o AVC e a demência.

Não surpreende que a indústria tenha rejeitado sistematicamente esta evidência, optando por subcontratar entidades supostamente idóneas com competências no domínio da qualidade do ar, cujos procedimentos técnico-científicos foram, reconhecidamente, incorretos. Acresce que as diversas indústrias associadas à restauração e diversão foram aconselhadas a adquirir equipamentos dispendiosos, absolutamente ineficazes para o cumprimento dos parâmetros de qualidade do ar definidos na lei portuguesa assim como pela OMS e outras organizações, tendo em vista a salvaguarda da saúde pública e da saúde dos trabalhadores.

Assim, também não surpreende que a indústria, nos seus documentos internos vindos a público como resultado de ações judiciais, considerasse o fumo do tabaco ambiental (ETS – “environmental tobacco smoke” ou “secondhand smoke”) como a maior ameaça ao negócio, tendo desenvolvido uma agressiva estratégia de lobbying ao nível das diversas estruturas da União Europeia e nacionais, diversificando os patrocínios inicialmente dirigidos à compra de equipamentos de tratamento do cancro (hoje proibidos por lei e pela ação da OMS), para o “apoio” à cultura sendo frequente constatar que governantes portugueses e organismos públicos são veículos desta reorientação.

Por exemplo, nos locais onde se fumava ou ainda se fuma, os efeitos na nossa saúde devido à contaminação do ar interior pelo fumo do tabaco e à contaminação atmosférica, são semelhantes. São vários os agentes tóxicos envolvidos dos quais as partículas inaláveis (PM10 e PM2.5) têm merecido grande atenção. A estes agentes associam-se o benzeno, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, reconhecidos agentes cancerígenos que entram em contacto com o organismo através da mucosa nasal e dos alvéolos pulmonares. Outros agentes tóxicos são igualmente relevantes como é o caso do monóxido de carbono.

É compreensível que sendo estes locais áreas em que o nosso organismo interage com o ambiente exterior, resulte a absorção desses poluentes transportando-os para o interior do nosso corpo. Uma vez no interior do nosso organismo este reage por vários mecanismos complexos, incluindo alterações da coagulação, desregulação do sistema nervoso autónomo e produção de substâncias que visam a sua defesa. Contudo, todos estes mecanismos, sobretudo para exposições prolongadas, poderão resultar em danos para o mesmo.

Um estudo recente revela que por cada aumento de dez microgramas por metro cúbico (10µg/m3) das PM, a probabilidade de ocorrer um AVC aumenta 13%. Algumas determinações efetuadas em locais de diversão e de jogo recolheram-se valores várias centenas de vezes superiores sendo, como se depreende, estes riscos particularmente significativos para quem trabalha diariamente nesses locais.

Outra situação da maior relevância é a relação entre o tabagismo ativo e passivo e o baixo peso à nascença. Frequentemente estas crianças têm um desenvolvimento pulmonar incompleto e baixos níveis de oxigénio no sangue. Por tais motivos, é fundamental que a mãe cesse o consumo e que os familiares que pretendem fumar o façam fora da proximidade das crianças mantendo todos os seus espaços livres de fumo. Melhor ainda será se um casal pretende vir a ter um descendente, procurar, em conjunto, apoio na consulta de cessação tabágica, iniciando a ambicionada vida saudável de um novo ser, o mais precocemente possível.

2. Os riscos dos fumadores resultantes do tabagismo ativo e interação deste com outros contaminantes

  • Fumo ambiental do tabaco (FAT), álcool, amianto, bactérias e vírus, e comorbilidades

Já analisamos, em detalhe os riscos associados ao FAT. Importa agora salientar os riscos para os fumadores dessa exposição. Quem fuma está exposto, através da inalação, ao seu próprio fumo que como vimos penetra em todo o organismo através da mucosa nasal e dos alvéolos pulmonares, explicando assim porque provoca graves danos em órgãos “distantes” – rim, bexiga, pâncreas, olhos, etc. A socialização dos fumadores promove o consumo em grupo, do que resulta que os fumadores estão também expostos aos fatores já assinalados resultantes da exposição passiva, multiplicando substancialmente os seus riscos. Estes riscos são ainda mais potenciados pelo consumo de álcool provocando lesões cancerígenas potencialmente muito graves sobretudo da cavidade bucal, orofaringe, laringe e estômago.

Existem ainda profissões de risco dado que a contaminação do ar, seja interior ou exterior, resulta de inúmeras atividades - tráfego automóvel e oficinas de reparação (risco acrescido associado ao uso do amianto em calços de travões e embraiagens), atividade fabril, centrais de produção elétrica (sobretudo a carvão), fogos florestais, cozinhar a lenha e lareiras. No entanto, reforçamos o que anteriormente foi referido, uma das principais fontes de poluição resulta do consumo do tabaco em casa, no automóvel e nos locais de trabalho, afetando todos na proximidade, incluindo quem vive em habitações contíguas.

É, pois, compreensível que quem trabalha, diariamente, em espaços contaminados - escritórios, veículos, casinos, bares, restaurantes, locais de estudo e lazer, sem esquecer as forças de segurança, seja altamente afetado.

  • Comorbilidades, Tabaco e diabetes / Tabaco e cirurgia

Quando falamos de comorbilidades devemos ter presente que o consumo de tabaco acarreta riscos acrescidos de internamento e gravidade da doença quando ocorrem infeções respiratórias como é o caso das decorrentes da infeção pelo COVID-19. No entanto, esta situação já estava assinalada para os internamentos por gripe sazonal ocorridos antes da pandemia. O consumo de tabaco reduz as defesas do organismo e cria condições propícias ao aumento da gravidade das doenças.

Por outro lado, constata-se que é sistematicamente ignorada a interação entre o tabaco e a diabetes. Neste contexto, os dados seguintes visam promover o conhecimento e a atuação dos profissionais de saúde e a capacitação (conhecimento) da comunidade.

Sabia que

  • Os fumadores têm um risco 30-40% mais elevado de virem a ser diabéticos quando comparamos com o risco dos não fumadores.
  • O risco de complicações graves nos diabéticos que fumam é 14 vezes maior quando comparado com o risco de qualquer uma das situações por si (ser diabético ou ser fumador).
  • Nos diabéticos o tabagismo agrava a resistência à insulina e as alterações dislipidémicas (colesterol e outos) que favorecem a aterosclerose.
  • Os benefícios para um diabético que deixa de fumar são imediatos.
  • Os diabéticos que deixam de fumar têm melhor controlo da glicemia.
  • Os diabéticos que deixam de fumar recuperam mais rapidamente de qualquer cirurgia, têm menor riscos de complicações e internamentos mais curtos.

Neste contexto o caminho é claro. O melhor é não começar e se já é fumador peça ajuda. Por outro lado, um doente internado tem o direito a ser tratado de todos os seus problemas de saúde, incluindo orientação e medicamentos para prevenir os sintomas resultantes da dependência da nicotina e à organização dos apoios necessários após a alta.

3. Contaminação ambiental decorrente das atividades da indústria do tabaco

Como referimos na introdução, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao relembrar os riscos associados às diversas facetas da epidemia tabágica e suas consequências, selecionou como tema para o “Dia Mundial Sem Tabaco” deste ano - “A contaminação do nosso planeta pelos produtos resultantes das atividades da indústria do tabaco”.

Destaquemos as principais mensagens:

  1. A cultura, manufatura e consumo de tabaco envenena a nossa água, solos, praias e ruas com substâncias químicas tóxicas, resíduos tóxicos, pontas de cigarros, resíduos de cigarros eletrónicos;
  2. A indústria deve ser responsabilizada pela destruição ambiental e pelas consequentes medidas de reparação necessárias:
  • Deixar de fumar contribui para a redução da contaminação e da delapidação de recursos do nosso planeta, assim como para a redução da emissão de gases com efeitos estufa;
  • Urge apoiar os agricultores a mudarem para culturas alternativas e sustentáveis.

Assinale-se que os portugueses e os seus governantes “gostam muito de leis” que não cumprem. Um exemplo claro é a legislação referente à eliminação das pontas de cigarros.

A ASAE, no seu portal, esclarece que “a Lei n.º 88/2019, de 3 de setembro, entrou em vigor no dia 04-09-2019. Todavia, quer a obrigação imposta aos operadores económicos, prevista no artigo 4.º, traduzida na disponibilização de cinzeiros e de equipamentos próprios para a deposição dos resíduos indiferenciados e seletivos produzidos pelos seus clientes, quer o regime sancionatório previsto no artigo 11.º, só se tornam aplicáveis a partir de 4 de setembro de 2020, por força do regime transitório estabelecido no artigo 14.º da Lei. Durante o período transitório o Governo desenvolverá ações de sensibilização dirigidas aos responsáveis por estabelecimentos comerciais, transportes públicos, instituições de ensino, atividade hoteleira e alojamento local, entre outros, onde é comum haver o consumo de produtos de tabaco, informando-os das medidas a adotar”.

Tendo já decorrido dois anos para que a sua aplicação se torne efetiva, importa perguntar – “Quais as evidências disponíveis da aplicação da legislação?”.

No referido portal não foi possível obter qualquer informação para além da acima assinalada. Os órgãos de comunicação social assinalaram um número irrisório de coimas. Parece manifestamente evidente que nada se alterou do que resulta que as “beatas” produzidas continuadamente estarão, certamente, nos nossos cursos de água e mar, desconhecendo-se o tipo e quantidade das ações de formação realizadas.

4. Riscos associados a novos produtos de tabaco

Numa tentativa de diversificar a área de negócio face à crescente regulamentação em inúmeros países, a indústria desenvolveu sofisticados equipamentos de distribuição de nicotina que poderemos incluir debaixo da designação genérica de cigarros eletrónicos. Estes dispositivos têm sido apresentados como dispositivos inovadores possibilitando a redução de danos, isto é, provocando consequências na saúde menos graves que os cigarros clássicos, sendo, frequentemente, apresentados como dispositivos médicos. Igualmente a indústria identificou “buracos” na legislação o que lhe tem possibilitado fazer ações de marketing banidas para os produtos clássicos, contratando “influencers” simultaneamente fumadores e ativos nas redes sociais. As consequências são óbvias. Agências de saúde dos EUA assinalam o substancial crescimento da sua utilização pelos estudantes do ensino secundário e universitário. Estas mesmas agências sublinham que o uso de produtos de tabaco, seja qual for o seu tipo, é inseguro pois contêm nicotina substância que causa dependência, pode lesar o sistema nervoso em desenvolvimento e provocar dependência futura a outras drogas. As mesmas entidades assinalam a maior propensão para a utilização destes produtos por indivíduos e grupos mais vulneráveis e a forte promoção e presença de locais de venda nestas comunidades.

5. Os governos, a indústria e as sociedades científicas

Sendo que o uso de produtos do tabaco é, reconhecidamente, a principal causa prevenível nos adultos e que a vasta maioria começou a fumar na adolescência, ignorar esta realidade é contribuir para a perpetuação de políticas públicas não saudáveis com consequências bem visíveis.

A saúde não se mede pelo número de internamentos, de consultas e exames, de médicos, enfermeiros e de profissionais de saúde… Nem pelo número de inaugurações, discursos, €€€s … O importante é o que a sociedade obtém, isto é, “ganhos em saúde” - menos doença e melhor qualidade de vida por mais tempo. Para tal, a ação concertada e determinada da sociedade e decisores políticos é vital e uma total independência em relação aos diversos interesses instalados.

Em 2019, ao assinalar o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), a Sociedade Portuguesa de Pneumologia referia que a doença afeta cerca de 800 mil portugueses e estima-se que seria a terceira causa de morte no mundo em 2020.

A mesma sociedade científica refere que “…os dados de que dispomos apontam para uma prevalência de DPOC nos indivíduos com idade superior a 40 anos, em Portugal, de cerca de 14%, sendo que, para a DPOC moderada, grave e muito grave a prevalência é de aproximadamente 7%. O fumo de tabaco é a principal causa de DPOC, sendo a cessação tabágica a medida mais eficaz para evitar o aparecimento desta doença.”

Por outro lado, dados de um grande estudo efetuado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, divulgado em 2018, revelam que mais de um terço dos portugueses sofre de hipertensão (2,4 milhões). A hipertensão é mais frequente nos homens e na população com mais baixa escolaridade. Sabe-se que a nicotina nos cigarros e outros produtos de tabaco provoca constrição dos vasos sanguíneos, aumento do ritmo cardíaco e consequentemente hipertensão arterial. Parar o consumo do tabaco faz baixar a tensão arterial e reduzir, substancialmente, o risco de acidente vascular cerebral ou de ataque cardíaco.

Acresce que cerca de 40% dos cancros são preveníveis e que, aproximadamente, 15% destes são causados pelo tabaco. Também neste caso são evidentes os benefícios de uma vida saudável.

É por estas razões que a Sociedade Portuguesa do AVC e outras sociedades científicas e da comunidade, exercem o seu dever de contribuir para o conhecimento e para o processo de decisão e avaliação de políticas públicas saudáveis envolvendo a comunidade, os diversos profissionais e os poderes públicos.

Portanto, apesar das gritantes dificuldades que afetam, atualmente, a maioria dos portugueses, não se esqueçam das sete, agora oito, recomendações simples promovidas inicialmente pela American Heart Association:

  1. Mexa-se – pelo menos 2h e meia por semana
  2. Coma “melhor” – controle o consumo de sal, do álcool e, se possível, coma mais vegetais e frutas
  3. Perca / Controle o peso – se aderir aos pontos 1 e 2 acima, vai no bom caminho
  4. Controle o colesterol
  5. Controle a tensão arterial
  6. Controle o açúcar do sangue
  7. Pare de fumar
  8. Durma bem

Se aderir aos pontos 1 e 2 acima, vai no bom caminho para alcançar os restantes. A sua saúde agradece; a sua família também!

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Teste do VIH-Hepatites de 21 a 28 de novembro
De Helsínquia a Lisboa e, em Portugal, de Norte a Sul e ilhas, esta é uma semana em que as organizações da sociedade civil se...

Ricardo Fernandes, diretor executivo do GAT afirma que “se a Europa e Portugal querem cumprir as estratégias internacionais de eliminação da infeção pelo VIH, hepatites virais e outras IST, enquanto grave problema de saúde pública, as instituições públicas e comunitárias têm de continuar unidas e atuantes. E têm de ir ao encontro de todas as populações potencialmente afetadas. Fazemos isso todos os dias no GAT mas, nesta semana, redobraremos os nossos esforços.”

A Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites realiza-se de 21 a 28 de novembro. Ao longo destes dias, será possível fazer o rastreio do VIH e hepatites virais em várias organizações da sociedade civil. Os testes são gratuitos, rápidos e anónimos.

“Os testes são uma chave que pode abrir a possibilidade de fornecer um pacote completo tanto de prevenção como de cuidados que respondem às necessidades mais vastas da população. Isto pode ser feito também através da realização de testes para várias doenças, aconselhamento, redução de danos, tratamento, PrEP, intervenções comportamentais, entre outras”, esclarece Ricardo Fernandes. “O rastreio direcionado aos grupos mais vulneráveis, bem como a distribuição de material de prevenção, como preservativos, é a uma das prioridades do GAT”, conclui.

A Semana Europeia do Teste do VIH e hepatites virais é organizada pela EuroTest desde 2013 e este ano unirá uma vez mais um grupo de parceiros da área da saúde pública, não só para aumentar o número de testes realizados em contexto comunitário, mas também para divulgar informação essencial para aumentar a literacia em saúde da população do continente europeu.

“Em Portugal, as organizações membro da Rede de Rastreio Comunitária e associações que se juntam à iniciativa, destacam a importância da manutenção destes serviços, nomeadamente a necessidade de reforço do apoio financeiro à continuação das suas atividades, e a remoção de qualquer barreira no acesso a cuidados de saúde, que hoje sabemos ainda existirem”, afirma Luís Mendão, ativista do GAT. Também nesta semana estará a ser organizada a terceira edição da Semana Internacional do Teste juntamente com todos os membros parceiros da Coalition Plus.

O lançamento da iniciativa será feito em coorganização com o GAT e a MATRAM, em Maputo, no dia 21 de novembro. Através da Rede Lusófona, o GAT está a promover o aumento da cobertura e a reforçar a disponibilização do rastreio em contexto comunitário.

Ambas as iniciativas, Semana Europeia e Semana Internacional do Teste, desenvolvem atividades de rastreio para que mais pessoas possam conhecer o seu estatuto serológico para estas infeções, bem como acederem atempadamente aos cuidados de saúde que necessitam.

O rastreio continua a ser uma das principais ferramentas para que se consiga alcançar os objetivos traçados pelas Nações Unidas até 2035.

 

Estudo da ESTeSC-IPC
A prática de exercício físico e a ingestão proteica contrariam o desenvolvimento da sarcopenia – uma alteração musculo...

Condição comum a partir da terceira década de vida (e com maior incidência a partir dos 50 anos), a sarcopenia é uma alteração músculo-esquelética progressiva e generalizada, associada à redução da massa magra e consequente diminuição da força, aumentando a probabilidade de quedas, fraturas, incapacidade física (limitando atividades simples como caminhar, subir escadas ou levantar-se da cama), dependência e mortalidade.

“Sendo a sarcopenia uma condição natural do envelhecimento, é importante procurar estratégias para contrariar este processo”, nota Helena Loureiro. Estima-se que, atualmente, a sarcopenia afete mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, uma realidade que deverá quadruplicar nos próximos 40 anos. Com o aumento da esperança média de vida (prevê-se que, na União Europeia, o número de indivíduos com mais de 65 anos cresça 70 por cento até 2050 e o número de idosos com mais de 80 anos aumente cerca de 170 por cento, tendência que será acompanhada também em Portugal), “a sarcopenia torna-se um importante problema de saúde pública”, alerta.

A investigação da docente mostra, no entanto, que é possível contrariar a evolução da sarcopenia através do exercício físico de força e de resistência e da suplementação de proteína. Helena Loureiro realizou um estudo ao longo de 12 semanas, com uma amostra de indivíduos autónomos e independentes, com idade superior a 60 anos. Os participantes foram divididos em quatro grupos: o primeiro grupo integrou um programa de exercício físico (força e resistência aeróbia, três dias por semana, com um profissional), seguido de toma de suplementação proteica (20g de whey protein, caseina e leucina); o segundo integrou o mesmo programa de exercício físico, mas ingeriu um placebo no lugar da proteína; o terceiro fez apenas suplementação proteica, sem atividade física; e o quarto (grupo de controlo) não praticou exercício nem aumentou o consumo de proteína.

Nos três primeiros grupos, os participantes que tinham sarcopenia provável no início do estudo passaram a não sarcopénicos após as 12 semanas de intervenção, apresentando uma tendência para aumento da massa esquelética apendicular, aumento de massa magra, da força de preensão manual e da força dos músculos das pernas. Pelo contrário, no grupo de controlo, os parâmetros em análise pioraram, aumentando significativamente o número de participantes com sarcopenia provável.

“Verificámos que os suplementos proteicos têm um efeito bastante expressivo nos parâmetros da sarcopenia, mesmo quando os seniores não praticam exercício, pelo que podem ser uma boa opção para idosos que não possam fazer exercício ou uma estratégia para colmatar défices nutricionais em idosos”, descreve a investigadora. Por outro lado, “o exercício de intensidade moderada mostrou-se eficiente para sensibilizar o músculo esquelético e aumentar os efeitos anabólicos da proteína, contribuindo para a melhoria dos parâmetros físicos em análise e, consequentemente, da qualidade de vida relacionada com a saúde”, acrescenta. “Não sendo o objetivo principal deste estudo o impacto na qualidade de vida, foram estes os resultados que efetivamente mais nos surpreenderam”, assume Helena Loureiro.

O estudo “Influência do Exercício Físico e da Nutrição na Sarcopenia” foi ontem apresentado em livro, integrado na coleção Ciência, Saúde e Inovação, Teses de Doutoramento, editada pela ESTeSC-IPC. A investigação resulta da tese de doutoramento da docente, na área de Ciências do Desporto - Ramo de Atividade Física e Saúde, apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.

Análise
Portugal é um dos países onde o nível de confiança dos cidadãos na informação fornecida pelo governo, durante o período...

Os dados resultam da análise do European COVID-19 Survey (ECOS), que monitoriza as perceções e comportamentos da população ao longo do tempo relativamente à pandemia de COVID-19. Revelam ainda que entre abril de 2020 e janeiro de 2022, existiram diferenças permanentes nos níveis de confiança nos governos dos vários países, sendo de destacar os níveis de confiança permanentemente baixos da França e do Reino Unido e os níveis de confiança sistematicamente elevados de Portugal, Países Baixos e Dinamarca. Analisando a evolução ao longo do tempo, é de salientar a quebra generalizada e acentuada dos níveis de confiança nos primeiros meses após o início da pandemia (com o Reino Unido a registar um decréscimo significativo no nível de confiança que passa de 84% em abril de 2020 para 63% em Setembro do mesmo ano) que foi sendo recuperada [a partir de abril de 2021 a maioria dos países regista aumentos nos níveis de confiança, sendo de destacar França (onde o nível de confiança é sistematicamente baixo), que em janeiro de 2022 obteve níveis de confiança superiores aos registados no início da pandemia].

Portugal, que em janeiro de 2022, se posicionou como o país onde a confiança na informação do Governo é maior, mantem-se sistematicamente como um dos países com maiores níveis de confiança tendo registado apenas durante o ano de 2020, uma redução (ainda que mais modesta quando comparada com a quebra registada na maioria dos restantes países) dos níveis de confiança (de 84% para 77%). Ainda em Portugal, e no que se refere à evolução da confiança da população por faixa etária, verifica-se existir uma relação direta entre a preocupação com a saúde / mortalidade e a preocupação com a situação económica.  A população mais idosa (cujo risco associado à gravidade da COVID-19 é maior face à incerteza económica, devido à situação de reforma de grande parte deste grupo) regista um decréscimo dos níveis de confiança ao longo do tempo, cenário contrário ao verificado com a população mais jovem (que valoriza a vertente económica em detrimento da saúde) que ao longo do tempo registou um ligeiro aumento nos níveis de confiança na informação do governo.  Nas diferentes faixas etárias os níveis de confiança médios foram sempre muito semelhantes e demonstram uma forte confiança dos portugueses na informação do governo.  O sucesso do programa de vacinação, a capacidade política de antecipar medidas mais bem aceites pela população, mensagem de trabalho conjunto do Governo e da população para ultrapassar as dificuldades criadas pela pandemia são alguns dos motivos apontados pelos investigadores para justificar o nível de confiança em Portugal.

“O difícil equilíbrio entre o controlo da situação pandémica e as consequências económicas substanciais para as famílias e empresas, torna-se mais delicado tendo em consideração as flutuações dos níveis de confiança nos governos” referem os autores da Nota Informativa COVID 19, acrescentando “a falta de confiança na informação dos governos pode contribuir para uma menor adoção das recomendações dos próprios governos (…) Durante o ano de 2021 os decisores políticos conseguiram assegurar uma adequada leitura do sentimento da população e reforçar a sua confiança. Esta confiança foi provavelmente alicerçada no sucesso do programa de vacinação e na imposição de medidas de restrição consideradas aceitáveis pela população face à informação transmitida sobre a evolução do risco da pandemia”.

Quanto melhor entendermos os doentes e os seus cuidadores, melhores cuidados de saúde poderemos prestar. Esse é o principal...

Este estudo conta com o apoio da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), da Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma (ADL) e da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) que se juntam à Janssen Portugal, companhia farmacêutica do Grupo Johnson & Johnson, e à consultora MOAI que prestará o suporte técnico.

Os dados recolhidos permitirão aos clínicos fazer uma gestão de leucemias e linfomas mais centrada nas necessidades dos doentes e promover uma maior consciencialização da sociedade para a carga destas doenças.

“A parceria com as associações de doentes é algo prioritário para a Janssen. Acreditamos que este estudo permitirá tirar conclusões muito relevantes que permitam contribuir para ações concretas que aumentem a qualidade de vida dos doentes, afirmou Filipa Mota e Costa, diretora-geral da Janssen Portugal.

“É fundamental entender os doentes e os cuidadores, pois estamos a falar de um grupo muito isolado e com muita dificuldade de comunicação. A doença pode ser muito solitária e por isso é impreterível entendermos como podemos estar mais próximos destes doentes e como os podemos ajudar”, sublinhou Lara Cunha, Diretora Executiva da APCL.

"Formar e informar tem sido um paradigma da ADL para com os nossos associados e todos os que nos procuram. Acreditamos que este estudo possa ser uma ferramenta importante para melhorar a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias, disse Maria de Fátima Ferreira, Vogal da ADL.

Para Ana Soares, ex-doente e Voluntária da APLL “este estudo vai permitir-nos avaliar o impacto das doenças nas pessoas e compreender as suas necessidades. As informações recolhidas vão possibilitar chegar mais longe na resposta a todos os que precisam”. 

Todos os doentes com leucemia e linfoma, bem como os seus cuidadores, poderão responder ao questionário, através deste link.

Taça Solidários até à Medula
O Clube de Ténis do Estoril, com o apoio da Caetano Baviera, vai realizar, no dia 26 de novembro, a partir das 10h30, a “Taça...

Todos os interessados na modalidade e na componente solidária são desafiados a participar. A participação tem o valor unitário de 30€, que inclui torneio e almoço, ou 25€, para quem opte somente pelo almoço. As inscrições podem ser efetuadas por e-mail para [email protected] ou telefone para 912 268 795. Inscrições por e-mail para [email protected].

Esta é mais uma iniciativa no âmbito da campanha “Solidários até à Medula”. A campanha foi lançada em 2009, com o intuito de consciencializar e angariar fundos para dar continuidade à missão e trabalho desenvolvido pela APCL. Até hoje, realizaram-se várias ações, tais como concertos e ações de doação de medula.

A APCL tem como a missão contribuir, a nível nacional, para aumentar a eficácia do tratamento das leucemias e outras neoplasias hematológicas afins, apostando em investigação científica com programas de atribuição de Bolsas, investindo na formação para profissionais de saúde e dinamizando outras ações dirigidas também a cuidadores e doentes.

 

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