Trabalho publicado na revista Journal of Cell Science
Uma equipa de investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) e do Centro Médico...

Durante o desenvolvimento de cancro metastático algumas células tumorais adquirem a capacidade de migrar do tumor primário para a circulação sanguínea e deslocam-se para outros órgãos, alguns muito distantes, onde iniciam o desenvolvimento metastático. A disseminação metastática é, aliás, a principal causa de morte provocada por cancro. Apesar dos especialistas conhecerem bem esta migração das células cancerígenas, desconhecem-se ainda os processos que desencadeiam e sustentam o potencial invasivo e metastático característicos dos tumores de cancro da mama triplo negativo.

«Durante a nossa investigação com células de cancro da mama triplo negativo humano descobrimos algo surpreendente e inesperado: encontrámos uma proteína que até hoje só tinha sido vista num contexto de desenvolvimento neuronal, a proteína SKOR1. Assim que fizemos estas primeiras observações, empenhamo-nos em perceber como é que esta proteína contribui para cada uma das características mais marcantes deste tipo de cancro: crescimento tumoral e formação de metástases», revela Sandra Tavares.

Recorrendo a uma combinação de tecnologias de ponta como edição genética por CRISPR-Cas9, com modelos de laboratório - desde cultura de células 2D e 3D – e com um modelo animal, a equipa de investigadores decidiu então estudar o papel desta proteína e percebeu que «as células cancerígenas de cancro da mama triplo negativo ativam um mecanismo apenas observado num grupo de células durante o desenvolvimento neuronal». Em resumo, sustenta Sandra Tavares, «descobrimos que as células do cancro da mama triplo negativo usam este mecanismo para «alimentar» o seu comportamento agressivo, pois esta proteína promove a proliferação e a migração de células, exatamente os processos necessários para a formação de metástases».

A equipa de investigadores está agora a trabalhar no estudo de potenciais estratégias terapêuticas que tirem partido desta descoberta. «Queremos compreender melhor como funciona esta proteína para identificar formas de a bloquear e, assim, contribuir com novos alvos terapêuticos para combater esta doença», acrescenta Lilian Sluimer, a primeira autora do estudo.

 

Bonecos são símbolo de apoio às crianças com doenças oncológicas
A Fundação Juegaterapia entregou ontem 75 Baby Pelones às crianças hospitalizadas no serviço de pediatria do Hospital Dr. Nélio...

A cerimónia de entrega dos 75 Baby Pelones teve lugar ontem no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, e contou com a presença do Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, bem como de Nini Andrade Silva, Embaixadora da Fundação Juegaterapia na Madeira, e de Ana Príncipe, Embaixadora da Fundação Juegaterapia em Portugal.  

Nini Andrade Silva, que se juntou a esta iniciativa como Embaixadora da Fundação Juegaterapia na Madeira, diz que “através dos Baby Pelones, qualquer pessoa pode fazer a diferença nas vidas destas crianças que atravessam um momento difícil, proporcionando-lhes momentos divertidos. É uma honra poder abraçar esta iniciativa”. 

Ana Príncipe, Embaixadora da Fundação Juegaterapia em Portugal, refere que “o resultado da campanha que possibilitou a entrega dos Baby Pelones ao Hospital Dr. Nélio Mendonça tem deixado a Fundação Juegaterapia muito satisfeita. O envolvimento do povo português superou todas as expectativas, o que é revelador da sua generosidade. Ainda prevemos entregar muitos mais Baby Pelones, pois o nosso sonho é que todas as crianças que sofrem de cancro possam ter o seu boneco. Como temos dizemos habitualmente, "a quimio a brincar passa a voar”.  

A Fundação Juegaterapia é uma instituição solidária que apoia crianças em tratamento oncológico, dotando-as de ferramentas que promovam a brincadeira e as façam, por momentos, esquecer a doença. Com esta iniciativa, a Fundação pretende que estes 100 Baby Pelones transmitam a sua alegria às crianças hospitalizadas e que a quimio a brincar passe a voar. 

Como homenagem a todas as crianças, a Fundação Juegaterapia criou os Baby Pelones, uma coleção de 22 bonecos bebés, que se tornaram o símbolo do apoio da instituição às crianças com doenças oncológicas. Os Baby Pelones são inspirados nas crianças que lutam contra o cancro e todos os bonecos têm um lenço na cabeça, em sua homenagem. 

Estes simpáticos bonecos custam 14,95€ e podem ser comprados em Portugal, no El Corte Inglés, Toys”R”Us, Gocco e também online na Amazon, Women`s Secret e Juguetilandia e na loja online da Fundação em www.juegaterapia.org/tienda. Para mais informações, visite os respetivos pontos de venda e as redes sociais da Fundação Juegaterapia em Portugal.  

Em Portugal, surgem anualmente cerca de 400 novos casos de cancro pediátrico
Na data em que se assinala o Dia Internacional da Criança com Cancro, 15 de fevereiro, a Fundação Rui Osório de Castro lança um...

O Guia vai ser distribuído nos três Centros de Referência na área de Oncologia Pediátrica existentes em Portugal: Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa, Hospital Pediátrico de Coimbra e Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil do Porto / Hospital de São João do Porto. Está ainda disponível para consulta, na sua versão digital no Portal Português de Oncologia Pediátrica, na secção de publicações.

A Fundação Rui Osório de Castro preocupa-se em assegurar a qualidade, a seriedade e credibilidade da informação disponível a todas os pais que têm filhos doentes com cancro, seguindo a premissa de que uma família informada é uma família mais tranquila, mais segura e consequentemente mais capacitada para ultrapassar esta situação tão delicada. Para isso, disponibiliza um conjunto de formatos informativos como os seminários, workshops, um portal (pipop.info) e publicações várias que se debruçam sobre vários tópicos e fases da doença, como é caso deste Guia para Adolescentes que agora apresentam.

Em Portugal, surgem anualmente cerca de 400 novos casos de cancro pediátrico. Uma doença que afeta não só a criança ou o adolescente doente, mas toda a sua família e amigos. Todos os anos, cerca de 400 famílias são confrontadas com uma realidade para a qual não foram preparadas, pelo que necessitam de grande apoio, quer a nível emocional como informacional.

 

 

Dia Internacional da Síndrome de Angelman assinala-se a 15 de fevereiro
15 de fevereiro foi a data instituída como o Dia Internacional da Síndrome de Angelman com o objetivo de consciencializar o...

Para assinalar esta data a ANGEL Portugal organiza e promove, desde 2013, um conjunto de ações dirigidas a toda a comunidade: campanhas junto dos meios de comunicação, ações em escolas ou outras de escala mais alargada, como a iluminação de monumentos e edifícios municipais ou caminhadas solidárias.

Este ano, com o apoio da Unimagem – Comunicação e Imagem, a ANGEL Portugal produziu um vídeo onde apresenta as características principais da Síndrome de Angelman, apelando ao contacto com a Associação caso detete algumas das referidas características no seu familiar ou amigo. Em Portugal há ainda um grande desconhecimento sobre a Síndrome de Angelman e, por conseguinte, dificuldade no acesso a um diagnóstico, informação relevante e orientação adequada para profissionais qualificados, acesso a cuidados de saúde de qualidade, apoio geral social e médico e acesso a um sistema de ensino adequado, com quadros profissionais com formação específica. Sabe-se também que, dada a incidência mundial de 1 caso de Síndrome de Angelman em cada 20.000 nascimentos, os 80 casos atuais estão longe de corresponder ao número real.

A par desta iniciativa e à semelhança do que sucede um pouco por todo o Mundo e em Portugal, desde 2021, vários monumentos e edifícios iluminam-se de azul na noite de 15 de fevereiro, a cor da Síndrome de Angelman. Ao convite lançado pela ANGEL Portugal aderiram já os municípios de Azambuja, Cascais, Elvas, Felgueiras, Horta, Lisboa, Loures, Marco de Canavezes, Marinha Grande, Portalegre, Portel, Santa Marta de Penaguião, Sesimbra, Sintra e Tavira que irão demonstrar a sua solidariedade com esta causa.

Em paralelo, este ano, depois do sucesso da primeira edição, a ANGEL Portugal voltou a promover a caminhada de consciencialização pela Síndrome de Angelman: Walk'IN ANGEL! A caminhada realizou-se no passado dia 12 de fevereiro (domingo), às 10h30 em Lisboa e Vila do Conde e contou com a presença de várias famílias. Os participantes foram desafiados a utilizar uma peça de roupa ou acessório azul.

De destacar que, durante o mês de fevereiro, a ANGEL Portugal é uma das associações contempladas pela campanha do MB Way Ser Solidário. Para contribuir para esta causa, basta aceder ao Ser Solidário no MB Way, selecionar a ANGEL Portugal e fazer um donativo no valor que desejar. Também pode optar por fazer o seu donativo nesta aplicação através do número de telemóvel da ANGEL Portugal 911 733 101. A sua ajuda mudará certamente a vida destas crianças e jovens com síndrome de Angelman.

Ao longo destes 11 anos, a ANGEL Portugal tem procurado colmatar a ausência de informação, essencial ao diagnóstico e intervenção precoce. Com as iniciativas propostas para a comemoração deste Dia Internacional da Síndrome de Angelman, a ANGEL Portugal deseja motivar e envolver toda a comunidade no apoio à consciencialização para a existência desta Síndrome, na expectativa de promover uma maior visibilidade e deteçãodos sintomas associados a esta condição genética rara.

28 de fevereiro
A Direção-Geral da Saúde, em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a União das Associações...

A sessão acontece no Dia Mundial das Doenças Raras, e será transmitida através da plataforma Zoom, tendo como objetivo sensibilizar o público para a temática das doenças raras, assim como dar visibilidade ao trabalho desenvolvido nesta área, promovendo o debate sobre as doenças raras em Portugal, e divulgando visões diferentes sobre a temática.

Criado pela EURORDIS-Rare Diseases Europe em 2008, o Dia Mundial das Doenças Raras é comemorado em mais de 80 países. Reunindo mais de 700 associações de doenças raras, de mais de 60 países, a EURORDIS é uma aliança não-governamental, sem fins lucrativos, que tem como objetivo melhorar a vida dos 30 milhões de pessoas com doenças raras na Europa.

Na União Europeia, consideram-se doenças raras, por vezes também chamadas doenças órfãs, aquelas que têm uma prevalência inferior a 5 em 10 000 pessoas. Estima-se que existam entre 5.000 e 8.000 doenças raras diferentes afetando, no seu conjunto até 6% da população, o que, extrapolando, significa que existirão até 600.000 pessoas com estas patologias em Portugal.

As incrições para o evento estão abertas aqui.

 

Dia Internacional da Criança com Cancro
O Dia Internacional da Criança com Cancro é assinalado a 15 de fevereiro.

Todos os dias, mais de 1.000 crianças são diagnosticadas com cancro, o que representa uma mudança de vida drástica para as crianças e famílias de todo o mundo. De acordo com estimativas da International Agency for Research on Cancer (IARC - agência da Organização Mundial da Saúde especializado em cancro), em 2020, quase 280 mil crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) foram diagnosticados com cancro em todo o mundo e quase 110 mil crianças morreram de cancro. No entanto, os números reais podem ser muito maiores, uma vez que em muitos países o cancro infantil é difícil de diagnosticar. Na Europa, anualmente, são diagnosticados 13 mil novos casos em crianças até aos 19 anos, e em Portugal são diagnosticados, em média, 350 novos casos por ano.

Apesar da taxa de cura ser elevada, o cancro ainda é a principal causa de morte nas crianças após o primeiro ano de vida. O diagnóstico precoce é fundamental e, defendido pelos especialistas, uma vez que permite salvar 8 em cada 10 crianças.Segundo o PIPOP (Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica), nas crianças, o cancro afeta principalmente as células sanguíneas, as células cerebrais e as células do sistema músculo-esquelético. Assim, os tipos de cancro mais frequentes nas crianças são a Leucemia, tumores no Sistema Nervoso Central, Neuroblastomas e Linfomas. É também comum na idade pediátrica o tumor de Wilms (tumor renal), o Retinoblastoma (tumor do globo ocular), o Osteossarcoma (tumor ósseo) e os Sarcomas (tumores dos tecidos moles).

A quimioterapia, radioterapia, cirurgia e a imunoterapia englobam as principais formas de tratamento. A escolha do tipo de tratamento é avaliada caso a caso, tendo sempre em conta vários fatores decisivos como, por exemplo, o tipo, a localização, o tamanho do tumor, assim como a idade e o estado de saúde da criança.

Para além das formas de tratamento acima mencionadas, em muitos casos há a necessidade da realização um transplante de células estaminais, do próprio doente ou de um dador compatível. Assim, estas são doenças para as quais os transplantes de células estaminais “formadoras de sangue” (transplantes de células estaminais hematopoiéticas) podem ser consideradas um tratamento standard. Para alguns casos, o transplante de células estaminais são a única terapia e, em outros, são usados apenas quando as terapias de primeira linha falharam ou a doença é muito agressiva.

As células estaminais hematopoiéticas podem ser obtidas de várias fontes como do sangue do cordão umbilical, medula óssea ou sangue periférico, sendo os dois primeiros as fontes mais ricas deste tipo de células.

O transplante de células estaminais hematopoéticas já é considerado como terapia standard em várias patologias como também em alguns cancros pediátricos mais frequentes como por exemplo: leucemia, linfoma, meduloblastoma, neuroblastoma e retinoblastoma. Para além disso, vários ensaios clínicos estão, atualmente, a ser conduzidos em crianças que sofrem de malignidades hematológicas mielóides e linfóides como também, em crianças e adultos jovens com tumores sólidos recidivos ou refratários.

Ao optar por guardar o cordão umbilical, ganha-se uma possibilidade terapêutica atualmente praticada no tratamento de várias patologias, nomeadamente o cancro pediátrico. Ao não guardar ou doar o cordão umbilical, podemos estar a desperdiçar este potencial agente terapêutico.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A inauguração estava planeada para janeiro, mas não aconteceu
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) revelou, esta terça-feira, estar preocupada pelo atraso na abertura do...

“O anúncio, em 2022, pelo Governo, de um centro de PMA no Algarve foi recebido com entusiasmo, mas rapidamente este desapareceu. Mais de um mês após a data prevista para a sua abertura, não há qualquer indicação de pedido para funcionamento junto do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) ou de alterações a nível de infraestrutura e recursos humanos para que se torne uma realidade”, explica a APFertilidade.  

A data de inauguração foi avançada, no ano passado, pelo então secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales. Numa audição em comissão parlamentar, o político confirmou um reforço de oito milhões de euros para a área da procriação medicamente assistida e avançou que o novo centro de PMA do Algarve iniciaria funções em janeiro de 2023, no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA). Desta forma, o SNS conseguia dar resposta às mulheres e aos casais do sul. 

Cláudia Vieira garante que, até ao momento, “não houve qualquer declaração feita por parte do ministério da Saúde” para justificar o atraso na abertura do centro do sul. A associação de doentes aponta a “falta de vontade dos sucessivos Governos” e a inexistência de um “orçamento realista” para esta área da saúde. “As pessoas que enfrentam este problema têm o direito a receber o apoio para o qual contribuem com os seus impostos. Esta negligência existe há demasiado tempo e estes beneficiários merecem o devido respeito”, continua. 

A APFertilidade revela ainda que já levou esta e outras preocupações às reuniões com os grupos parlamentares do PS, Chega, Livre e PCP. Segundo a presidente da associação, os deputados “lamentaram que continue por abrir um centro de PMA na zona sul e informaram que iriam questionar a tutela para saber se houve alterações quanto ao anunciado o ano passado e se existem prazos para que o centro se torne uma realidade”. 

“As mulheres e casais que se agarraram à esperança de deixarem de se deslocar várias centenas de quilómetros para serem ajudados sentem-se desiludidos com o que consideram ter sido uma falsa expectativa, como muitos confessaram à APFertilidade por telefone ou e-mail”, conclui Cláudia Vieira. 

Dia Europeu da Disfunção Erétil
Para assinalar o Dia Europeu da Disfunção Erétil, Pepe Cardoso, urologista e andrologista, escreve s

No âmbito do dia Europeu da Disfunção Erétil, que se assinala a 14 de Fevereiro e coincidente com o Dia de São Valentim – Dia dos Namorados, é importante a sensibilização para um problema que afeta 10% dos homens portugueses… Com 52% dos casos na faixa etária dos 40 aos 70 anos de idade. Problema que ainda é “tabu” para a maioria, mas que se identificado/diagnosticado é tratável na maioria das situações, possibilitando uma vida sexual saudável, com reflexos positivos em várias dimensões, incluindo a económica… É que está hoje provado que um indivíduo saudável - conceito onde se inclui a saúde sexual - é mais produtivo e contribui para um melhor ambiente relacional, quer socio-profissional quer familiar.

É importante e urgente melhorar o acesso a cuidados de saúde sexual no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, os quais são escassos, assim como implementar a comparticipação, atualmente quase inexistente, de exames e tratamentos (medicamentosos ou cirúrgicos) de modo a permitir cuidados mais abrangentes uma vez que no regime privado estes são proibitivos para a maioria da população masculina que sofre de disfunção erétil.

É importante desmitificar o tabu associado a esta patologia e ao termo impotência que em termos psicológicos é agressivo e deve ser substituído por um termo mais suave - disfunção eréctil – independentemente da sua severidade e com a informação de que esta pode ter solução

No que concerne á abordagem terapêutica é essencial à alteração de hábitos, sejam eles alimentares, tabágicos, consumo de álcool, consumo de drogas recreativas, sedentarismo ou ainda medicamentosos. E aqui convém salientar que temos uma população hipermedicada, com patologias e terapêuticas que muitas vezes afetam o desempenho sexual… A obesidade, a diabetes, a dislipidémia, as doenças cardio-vasculares, a hipertensão… Em muitos casos somente a mudança de hábitos e um bom controlo das co-morbilidades permite corrigir uma disfunção erétil ligeira ou moderada.

Uma chamada de atenção para a disfunção eréctil como sinal preditor da existência de patologia cardíaca, sendo que a doença cardiovascular integra um conjunto de patologias que surgem associadas à disfunção erétil… São vários os estudos que têm demonstrado que a disfunção eréctil e as doenças cardio-vascular têm fatores comuns sendo esta por si só um marcador de risco ou de doença cardíaca. Tendo em conta esta constatação, todo o doente ao qual for identificada uma disfunção erétil, deve ser avaliado quanto ao risco cardíaco, sendo extremamente importante esta avaliação já que permite identificar doenças cardíacas ainda em fase “insipiente” e assim tratá-las precocemente prevenindo a progressão para estádios mais graves.

A procura de ajuda para a resolução deste problema assim como a oferta desta ainda não é a desejável pois a falta de informação ou a vergonha são fatores impeditivos, sendo importante passar a mensagem de que este problema tem solução. Normalmente a pessoa afetada evita expor-se, procurando informação na internet onde encontra de tudo, do melhor ao pior, inclusive medicamentos à venda, na maioria dos casos falsificados e que podem pôr em risco a sua saúde. Em todo o caso importa dizer que pese a persistência do “tabu”, o número de homens que recorre a consultas especializadas tem vindo a aumentar.

É importante sensibilizar os doentes a procurar ajuda e motivar os profissionais de saúde para a avaliação da saúde sexual dos seus doentes. Para que isto aconteça é necessário que a informação chegue aos doentes, quer através de ações de sensibilização/informação, em que as Sociedades Cientificas devem ter um papel fundamental, quer através dos Media com a cobertura e divulgação destas. Por outro lado é necessário que o médico, para além de estar sensibilizado para a saúde sexual, tenha disponibilidade de tempo que lhe permita acrescentar às muitas questões que tem de colocar na consulta, as questões inerentes a avaliação da saúde sexual. E é aqui que as coisas falham: o médico tem o seu tempo de consulta espartilhado por números, e indicadores, uma limitação difícil de ultrapassar e a qual se soma o próprio problema, já que a sua abordagem facilmente ocupa, por si só, o tempo de uma consulta.

No tratamento de “primeira linha”, além das medidas gerais mencionadas atrás, mantêm-se as orais com os inibidores da fosfodiesterase tipo 5. Neste grupo dispomos hoje de quatro medicamentos, que nos permitem ajustar a terapêutica ao perfil de cada doente. Temos ainda terapêuticas indicadas em situações pontuais, às quais se recorre tendo em conta a medicação que o doente está a fazer para tratamento ou controlo de co-morbilidades. É o caso, por exemplo, de patologias como a hiperprolactinémia, o hipogonadismo e do hipo/hipertiroidismo, tratadas com recurso a terapêuticas hormonais.

Numa “segunda linha” temos as drogas injetáveis ou de administração tópica intra-uretral (comprimido ou creme) e os dispositivos de ereção por vácuo, os quais são pouco utilizados porque são incómodos e pouco práticos, o que resulta numa reduzida adesão por parte dos doentes.

Esgotados estes recursos, temos ainda a possibilidade de recorrer à cirurgia de implante de prótese peniana (maleável ou hidráulica), utilizadas apenas em “fim de linha”.

A.J. Pepe Cardoso
Urologista/Andrologista
Serviço de Urologia, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE

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Atualização entrou em vigor no início de 2023
A Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) acaba de publicar a nova versão do Código de Boas...

Mantendo a proibição de patrocínio direto a profissionais de saúde e a proibição de atribuição de donativos a Hospitais e Instituições de Saúde, esta nova revisão reforça a transparência através da previsão da notificação prévia ao empregador do profissional de saúde; introduz medidas relacionadas com os terceiros intermediários; e altera os critérios gerais para a organização de eventos educativos por forma a adaptar este Código à evolução que se tem verificado no mercado, nomeadamente a relacionada com os eventos virtuais.

“A indústria dos dispositivos médicos continua empenhada em elevar os níveis de transparência no seu relacionamento com os profissionais de saúde mediante a adoção de uma rigorosa autorregulação. Desta forma, este Código define elevados padrões éticos nas atividades desenvolvidas pelas Empresas nossas Associadas no que respeita ao apoio à formação contínua dos profissionais de saúde”, comenta João Gonçalves, Diretor Executivo da APORMED.

O Código de Boas Práticas Comerciais contém diretrizes que se destinam a fornecer orientações sobre as interações das Empresas Associadas da APORMED com os profissionais de saúde (nomeadamente  médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos e  investigadores) ou com determinadas entidades, tais como unidades de prestação de cuidados de saúde ou organismos de compra centralizada, de forma a que seja perfeitamente evidente que qualquer apoio prestado pelas empresas de dispositivos médicos não colide com as normas legais e éticas aplicáveis.

Consulte o Código de Boas Práticas Comerciais da APORMED aqui: https://www.apormed.pt/images/apoio/Código_de_Boas_Práticas_Comerciais_da_APORMED_2023.pdf

 

 

Participação conjunta em atividades clínicas, pedagógicas, científicas e de investigação
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa ...

“Ao longo dos anos, a Escola e a APDP têm sido parceiros naturais nas áreas da diabetes, literacia em saúde e capacitação do cidadão. A formalização da assinatura deste protocolo representa, por isso, um reforço desta parceria para a cocriação de valor para a sociedade, com enfoque na melhoria da saúde das populações”, afirma Sónia Dias, diretora da ENSP-NOVA. “Estamos focados em robustecer a participação conjunta em atividades de prevenção e gestão da doença, mas também em iniciativas de caráter pedagógico, científico e de investigação, que procurem soluções para os problemas e necessidades das populações”.

Para a APDP, “esta parceria representa mais uma possibilidade de desenvolvimento do potencial científico das duas instituições em prol da sociedade. Através dos vários formatos de colaboração, como no ensino ou na investigação, trabalharemos em conjunto de forma a obter o melhor resultado possível, numa colaboração igualitária.”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

“A colaboração no ensino poderá ser realizada através da lecionação em unidades curriculares dos diversos planos de estudos ou em cursos breves. Já na área da investigação poderá ser a nível de consultoria e da colaboração no desenvolvimento de projetos de investigação científica biomédica, clínica, epidemiológica e serviços, com vista ao desenvolvimento do potencial científico das duas instituições”, acrescenta.

Com foco na participação conjunta em atividades de caráter clínico, pedagógico, científico e de investigação, esta colaboração irá permitir partilhar competências, ferramentas e metodologias.  O protocolo foi assinado pelo presidente da APDP, José Manuel Boavida, pelo diretor clínico da APDP, João Filipe Raposo, e pela diretora da ENSP-NOVA, Sónia Dias. As atividades a serem desenvolvidas no âmbito deste protocolo serão coordenadas pelos dois últimos ou por quem as entidades indicarem, em caso de impossibilidade dos coordenadores.

 

Obras do projeto FERTILID’ART em exposição no Palácio de São Bento, de 15 a 24 de fevereiro
Sensibilizar para o tema da fertilidade através da expressão artística foi o grande objetivo do projeto FERTILID’ART, uma...

A cerimónia de inauguração da mostra de peças de arte e fotografias acontecerá no próximo dia 15, pelas 14h30, e contará com a presença de várias entidades institucionais, nomeadamente representação da APFertilidade, Comissão de Saúde* e do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA).

Serão, ao todo, 13 os trabalhos expostos, entre os vencedores e as menções honrosas da 1ª e 2ª edições desta iniciativa, sobre temas como conceção, fertilização, desafios da infertilidade, gravidez, gestação e estados emocionais.

“É importante continuar a alertar para os problemas de fertilidade, que afetam cada vez mais casais, e para a necessidade de lhes dar apoio na concretização do seu sonho de terem um filho. Este projeto pretendeu isso mesmo, mas de uma forma inovadora e criativa. A adesão às duas edições foi extraordinária e trazer os trabalhos destes jovens artistas agora a público permite-nos fazer jus ao respeito que demonstraram perante uma doença que certamente desconheciam. A arte tem um alcance universal e esse é o propósito desta exposição, seja naqueles que vivenciam a infertilidade, nos que a tratam ou mesmo nos que têm o poder de decidir as políticas de apoio à fertilidade.”, afirma Cláudia Vieira, Presidente da APFertilidade.

A exposição está aberta ao público, mas mediante envio de email prévio para:  [email protected].

 

 

Estudo da AADIC avalia a perceção e o impacto da insuficiência cardíaca
Cerca de 70% dos doentes com insuficiência cardíaca afirmam que tiveram, pelo menos, um episódio de descompensação nos últimos...

No mês em que se celebra o amor e se assinala o Dia dos Namorados, importa falar sobre o coração e, sobretudo, sobre as doenças que o podem afetar. A insuficiência cardíaca (IC)  é uma delas e é a área de foco do mais recente estudo da AADIC, divulgado no âmbito da campanha “O lugar do Coração é em Casa”, que visa promover o aumento da literacia e incentivar as pessoas com insuficiência cardíaca a cuidarem do seu coração, de forma a permanecerem em casa, junto de quem mais gostam, evitando os internamentos hospitalares, frequentes quando a insuficiência cardíaca não está devidamente tratada e compensada.

“Apesar de a insuficiência cardíaca afetar cerca de 400 mil portugueses, o inquérito demonstrou que ainda existe uma grande falta de conhecimento. Mais de metade dos inquiridos (67%) revelaram que as pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca não sabiam nada sobre a doença no momento do diagnóstico”, realça Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC.

No campo do diagnóstico, cerca de 44% dos doentes foram diagnosticados em contexto de consulta de rotina, porém cerca de 20% receberam o diagnóstico durante um episódio de urgência ou hospitalização.

A insuficiência cardíaca é a primeira causa de hospitalização em pessoas com mais de 65 anos. Luís Filipe Pereira acrescenta que “sempre que ocorre um episódio de descompensação, o doente é levado para o hospital e, por vezes, permanece lá durante um período de tempo. Isto implica que esteja temporariamente afastado da sua rotina e dos seus familiares e amigos. Por isso, é urgente promover a partilha de informação sobre a insuficiência cardíaca e sobre os cuidados a ter para uma melhor gestão da doença.” 

O inquérito demonstrou ainda que cerca de 40% dos inquiridos consideram que a IC tem um elevado impacto em todas as esferas da sua vida. Alguns doentes sublinham que deixaram de fazer algumas coisas de que gostam, como ir à rua ou conviver com outras  pessoas, por se sentirem muito cansadas (70%), com picos de ansiedade (49%) ou emocionalmente instáveis (45%).

No que diz respeito aos principais desafios, quem vive com a doença aponta a superação do medo/ansiedade/depressão e a gestão dos sintomas físicos (dor, falta de ar e cansaço). Já as expetativas, são unânimes e concentram-se em torno da criação de medicamentos mais eficazes (35%), melhorando a qualidade de vida e contribuindo assim para reduzir o número de hospitalizações e manter o coração do doente no lugar certo, em casa.

O estudo promovido pela Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), realizado pela Spirituc, com o apoio da Bayer, baseia-se em 117 inquéritos realizados a portugueses de ambos os géneros com insuficiência cardíaca, residentes em Portugal Continental e com 50 ou mais anos de idade. Os inquéritos foram feitos entre os dias 21 de junho e 23 de dezembro de 2022, com o objetivo de avaliar a perceção e o impacto da insuficiência cardíaca.

Opinião
O dia 14 de fevereiro assinala o Dia Nacional do Doente Coronário, data esta instituída pela Fundaçã

A doença das artérias coronárias é responsável por um grande número de mortes e hospitalizações em Portugal, estando intimamente relacionada com a elevada prevalência de hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolémia, obesidade e tabagismo na população. Todos estes fatores de risco interagem entre si para promoverem o processo de aterosclerose que leva à obstrução das artérias coronárias, aumentando assim o risco de angina de peito e de enfarte agudo do miocárdio. Trata-se de uma doença crónica progressiva ao longo da vida, pontuada por agudizações que podem ser fatais.

O processo de aterosclerose não é específico da doença coronária sendo partilhado com patologias como o acidente vascular cerebral, doença arterial periférica e a doença renal crónica, por exemplo. Assim, se sofre de uma ou mais destas patologias encontra-se em risco de doença coronária e deve consultar o seu médico para saber como se proteger.

De facto, o controlo dos fatores de risco na população em geral, visando os alvos preconizados pelas linhas orientadoras nacionais e internacionais, permite reduções significativas na morbimortalidade por doença coronária.

Olhando a doença coronária de outra perspetiva, importa não esquecer que esta constitui um dos principais fatores de risco para insuficiência cardíaca, um verdadeiro problema de saúde pública em Portugal. A insuficiência cardíaca constitui a principal causa de internamento acima dos 65 anos, tem uma sobrevida estimada de 50% a 5 anos e é responsável por elevados custos em saúde, nomeadamente em internamentos.

Proteger o seu coração começa por si.

Informe-se sobre o que é a doença coronária, quais os sintomas e quando pedir ajuda, nomeadamente através da linha 112. Lembre-se ainda que há muito que está nas suas mãos para proteger o seu coração. A adoção de um estilo de vida mais saudável, evitando o tabagismo, com prática de exercício físico regular e com uma dieta variada pobre em sal e gorduras, bem como adesão aos fármacos prescritos pelo seu médico poderão fazer a diferença. Não falte às suas consultas e prepare-as levando consigo toda a medicação que se encontra a fazer.

No dia 14 de fevereiro, proteja o seu coração e guarde-o para o seu Valentim.

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Associação de Profissionais Licenciados de Optometria realizou a tradução do documento
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), entidade de utilidade pública, traduziu para português a...

O Guia tem como principal objetivo incluir os cuidados para a saúde da visão no âmbito da cobertura universal de saúde, que prevê que todos os indivíduos devem receber os cuidados para a saúde da visão que necessitam, com qualidade e sem sofrer de dificuldades financeiras.

A proposta da OMS apresenta várias estratégias que fornecem apoio prático aos Estados Membros no planeamento e implementação de cuidados para a saúde da visão integrados centrados nas pessoas.

“Foi com um enorme orgulho que a Associação de Profissionais Licenciados de Optometria auxiliou a OMS na tradução deste guia, que constitui uma ferramenta valiosa para os governos, mas também para prestadores de serviços de saúde e outros parceiros relevantes de todos os países lusófonos, que diariamente trabalham pelo desenvolvimento dos cuidados para a saúde da visão” afirma Raúl de Sousa, Presidente da APLO. O documento da Organização Mundial da Saúde está disponível em "Cuidados para a Saúde da Visão nos Sistemas de saúde: Guia para a Ação".

 

 

 

13 de março
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), com o apoio do Sommer Cook, vai promover um workshop de culinária centrado...

O workshop tem como objetivo ajudar os doentes hemato-oncológicos, familiares, cuidadores e profissionais de saúde relacionados, a aprofundar o seu conhecimento nutricional em contexto de doenças hemato-oncológicas, esclarecendo todas as dúvidas inerentes.

Diana Alexandre e Inês Almada Correia, nutricionistas, conduzem a primeira parte do workshop fazendo uma introdução teórica à nutrição. Por sua vez, o Chef Pedro Sommer e o Chef Leandro Batista vão partilhar receitas e sugestões nutricionalmente equilibradas e saborosas.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela APCL que pretende criar um espaço de partilha de informação e experiências relevantes para pessoas que vivem ou lidam com doenças hemato-oncológicas.

A participação é gratuita e a inscrição deve ser efetuada até dia 9 de março, através do email [email protected] ou do contacto telefónico, 213 422 205.

 

Ambulatório
Dando continuidade ao seu compromisso com o bem-estar psicológico para uma melhor saúde, a Médis passou a disponibilizar uma...

Para responder às necessidades dos portugueses nesta área, a seguradora de saúde do Grupo Ageas Portugal defende uma abordagem holística e acrescenta aos serviços que já tinham disponíveis para a Saúde Mental, novas respostas na prevenção, promoção e no tratamento.

A juntar aos serviços que sempre fizeram parte da proteção nesta área como a Linha Médis, o Médico Assistente Médis, acesso a Psicólogos e a consultas de psiquiatria e mais recentemente o Médico Online, a seguradora lança uma cobertura específica para a Saúde Mental, que se diferencia por limites claros de consultas/sessões e dias de internamento, particularmente relevante no cenário atual de subidas de preço face à inflação, disponibilizando o acompanhamento continuo necessário para prevenir ou tratar a doença mental e promover a saúde mental.

Para Teresa Bartolomeu, Responsável da Oferta de Saúde do Grupo Ageas Portugal “este é um problema de saúde com grande impacto na população portuguesa e para o qual é urgente criar respostas. A responsável avança ainda que “por não serem consideradas doenças físicas, a Saúde Mental fica habitualmente para segundo plano, colocando em risco a sua prevenção e respetivo tratamento. A Médis decidiu apostar numa resposta abrangente, e investir nesta área de uma forma estratégica, assegurando-a como um dos pilares fundamentais para uma boa saúde, pois a saúde física e mental complementam-se”.

Para a melhoria da resposta na Saúde Mental a Médis conta com a colaboração da Ordem dos Psicólogos reforçando o seu compromisso na criação de uma proteção diferenciadora. A seguradora acrescenta também ao seu portefólio consultas de psicologia (nas diversas áreas de atividade) e psiquiatria online, através da sua app, garantido que mais pessoas conseguem aceder a estas especialidades mesmo à distância.

No site da Médis, há ainda um espaço exclusivamente dedicado à Saúde Mental, com conteúdos sobre promoção da saúde mental, deteção precoce e tratamento, bem como ferramentas de autoavaliação na área da saúde mental e bem-estar. Para a marca, é igualmente prioritário fomentar a literacia em Saúde Mental, sobretudo junto das faixas etárias mais jovens, alertando desde cedo para as problemáticas de foro psicológico.

Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS)
O Prémio de Investigação Noémia Afonso, promovido pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), tem as candidaturas a decorrer...

Os trabalhos apresentados serão avaliados pela sua investigação de natureza interdisciplinar, pela sua contribuição na melhoria da intervenção clínica e pelo real impacto no desenvolvimento científico, através de critérios como a originalidade e grau de inovação, exequibilidade e potencial impacto na prática clínica ao nível do cancro da mama.

De acordo com o presidente da SPS, José Carlos Marques: “a SPS não tinha nenhum prémio desta natureza que pretendesse estimular a investigação, pelo que este é mais um passo em prol da promoção da interdisciplinaridade entre as várias especialidades médicas na área do cancro da mama.”

“Este Prémio surge como uma oportunidade de homenagear a nossa colega Noémia Afonso, membro ativo da Sociedade que nos deixou de forma prematura, uma oncologista muito respeitada entre os seus pares. O prémio com o seu nome foi uma forma de perpetuar a sua memória”, acrescenta José Carlos Marques. E conclui que “estamos muito esperançados e otimistas de que vamos ter boas candidaturas.”

Os participantes podem submeter a sua candidatura até 31 de maio através do preenchimento de um formulário na página da SPS.

O grande vencedor desta distinção irá receber 20 mil euros para apoio ao desenvolvimento do projeto, e será anunciado nas XX Jornadas de Senologia, em maio de 2023. Pode consultar o regulamento.

Distribuidores já asseguraram a entrega de 141.840 kits de medicação
A ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos anunciou hoje pretender replicar a outras unidades hospitalares o programa...

Este projeto, desenvolvido em parceria com CHULC e as farmácias comunitárias, já existe há cerca de três anos e surgiu para dar resposta à necessidade de acesso em proximidade à terapêutica hospitalar por parte dos utentes do hospital. Através desta iniciativa, os doentes passaram a poder levantar os medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde hospitalares nas farmácias comunitárias mais próximas da sua área de residência, evitando, assim, que tenham de se deslocar às unidades do CHULC onde são acompanhados.

Segundo os dados mais recentes apresentados por esta associação, desde que este projeto foi implementado os distribuidores farmacêuticos asseguraram a entrega de 141.840 kits de medicação em 1.772 farmácias comunitárias distribuídas por todo o país, livremente selecionadas pelos utentes, dos quais 32.983 kits correspondiam a terapêutica de cadeia de frio.

Nuno Flora, Presidente da ADIFA, sublinha que “Este programa de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade aos doentes já deu provas do impacto positivo que tem nas pessoas e no Sistema Nacional de Saúde. Basta analisar os números de doentes beneficiados por este sistema e de kits de medicamentos entregues para perceber que este projeto, devido a uma articulação entre os distribuidores farmacêuticos, farmácias comunitárias e centros hospitalares, permitiu reduzir as distâncias de deslocação dos utentes e seus cuidadores às unidades hospitalares, melhorar o acesso, e aumentar os níveis de comodidade e satisfação quanto à dispensa de medicação necessária ao controlo das suas patologias.”

Com base neste caso de sucesso, entende a ADIFA que o Governo deve reafirmar a prioridade na implementação de sistemas de acesso em proximidade de medicamentos nas farmácias, para que este exemplo seja seguido noutros centros hospitalares, com a logística assegurada pelos distribuidores farmacêuticos de serviço completo ao abrigo das Boas Práticas de Distribuição.

 

Desenvolvimento de competências pessoais, sociais, de integração cívica e cidadã
O Projeto SURE (Skills for Unimputable Social Rehab) é um projeto do Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) de Psiquiatria...

Pedro Renca, Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria do CHUC tem a Coordenação Técnica do projeto e dá nota de que “o projeto SURE teve início em dezembro de 2022, tem a duração de 16 meses, assumindo o CHUC o papel de líder na parceria com a instituição Parc Sanitari San Joan de Deu (PSSJD) em Espanha pretendendo-se, deste modo, transformar as competências comportamentais e sociais desenvolvidas no processo de reabilitação de cada instituição envolvida em competências técnicas e proporcionar a sua utilização pelos restantes técnicos envolvidos.

Ana Dias, Administradora Hospitalar e elemento da coordenação geral, prossegue referindo que se trata de um “projeto que tem por base três eixos fundamentais: apoiar a inserção social e cidadania da pessoa inimputável utilizando estratégias educativas e formação não formal; facilitar o uso corrente de meios de comunicação digitais e adotar e reforçar comportamentos de sustentabilidade ambiental. Com este projeto pretende-se gerar oportunidades para os doentes inimputáveis desenvolverem competências pessoais, sociais, consciência moral e ética, com vista à re(habilitação e reintegração social com a participação ativa na sociedade, contribuindo para as prioridades “Inclusão Social”, “Valores Comuns e Participação Cívica”, “Percursos de Melhoria de Competências” e abordagem dos tópicos Desenvolvimento de Competências Chave”, “Competências Digitais” e “Ambiente e Alterações Climáticas”. É também desígnio deste projeto iniciarmos um processo de colaboração internacional tendo em vista elaborar um Plano de Educação Não Formal que será a base da criação de uma metodologia comum de estratégias educativas para o treino de competências em doentes inimputáveis, a ser desenvolvida em futura colaboração entre estas e outras partes em Programa ERASMUS+.”

Eleonora Santos, Terapeuta Ocupacional, explica que “os grupos alvo do Projeto SURE são: a) os aprendentes que em simultâneo reúnam os seguintes critérios: 1) Pessoas adultas; 2) Pessoas em regime hospitalar psiquiátrico; 3) Pessoas em regime penitenciário ou não, mas com a classificação de doentes inimputáveis; 4) Pessoas sujeitas a treino de competências pessoais, sociais, de integração cívica e de desenvolvimento de consciência moral e ética; b) Beneficiários diretos do Projeto os técnicos que trabalhem com o grupo-alvo, nomeadamente Educadores Sociais, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos e Enfermeiros e as organizações participantes do projeto; c) Beneficiários indiretos os técnicos e as pessoas que queiram seguir e aplicar as práticas desenvolvidas pelo Projeto. Deste modo, irão desenvolver-se ações para incrementar e reforçar competências pessoais, usar meios de comunicação digitais, ter consciência ambiental e apoiar a inserção social e cidadania da pessoa inimputável, elaborar um Guião para um Plano de Educação Não Formal para pessoas inimputáveis, realizando diversas reuniões de coordenação e técnicas de intercâmbio institucional, assim como diversas ações de disseminação do projeto junto da instituição e comunidade regional. “

O Enfermeiro gestor em funções de direção, Fernando Gomes, refere que “no final da implementação do projeto, esperam-se resultados sobretudo a dois níveis: 1. a nível individual, reforço das competências das pessoas inimputáveis, promovendo a sua inserção social, o seu equilíbrio emocional e a sua saúde, dando-lhes oportunidade para evoluírem em temas digitais e ambientais. 2. A nível grupal / regional, apoiar o desenvolvimento e a integração dos grupos inimputáveis, para consolidação dos valores democráticos, a inclusão e a igualdade, em todas as regiões da União Europeia, desenvolvendo metodologias de educação não formal, sustentáveis, reforçando a transição digital e climática.”

Dia Internacional da Epilepsia
A epilepsia é um distúrbio neurológico no qual as atividades cerebrais se tornam anormais, causando

“A variedade de possibilidades de tratamento é muito maior agora”, começa por dizer Van Gompel. “Nós melhorámos muito os resultados nesta área. Acho que é importante explorar as opções de tratamento porque elas podem ter um impacto bastante significativo na vida das pessoas com epilepsia.”

Segundo o especialista, algumas pessoas precisam de tratamento ao longo de toda a vida para controlar as convulsões, “enquanto para outras, as convulsões param de acontecer em algum momento. Para algumas crianças com epilepsia, a doença pode desaparecer com a idade”.

Os medicamentos para epilepsia melhoraram e continuam a ser a forma mais comum de tratamento.

A cirurgia para remover a parte do cérebro que causa as convulsões ainda é uma opção de tratamento importante para os casos em que a doença não é controlada com medicamentos. Nos últimos anos, foram desenvolvidas novas opções de tratamento para epilepsia, incluindo opções minimamente invasivas. 

Os tratamentos mais recentes incluem:

Estimulação cerebral profunda. É feita por meio do uso de um dispositivo colocado permanentemente dentro do cérebro. Esse dispositivo liberta sinais elétricos programados regularmente que interrompem a atividade indutora das convulsões. Esse procedimento é orientado por ressonância magnética. O gerador que envia o sinal elétrico é implantado no tórax.

Neuroestimulação responsiva. Esses dispositivos implantáveis podem ajudar a reduzir significativamente a frequência da ocorrência das convulsões. Os dispositivos de estimulação responsiva analisam padrões de atividade cerebral para detetar convulsões logo no início e libertam uma carga elétrica ou um medicamento que interrompe a convulsão antes que ela provoque algum comprometimento. Pesquisas mostram que essa terapia tem menos efeitos colaterais e pode aliviar as convulsões a longo prazo. O dispositivo é colocado no crânio. 

Terapia térmica intersticial a laser (LITT). Essa opção é menos invasiva do que a cirurgia ressetiva. A terapia usa um laser para identificar e destruir uma pequena porção de tecido cerebral. Uma ressonância magnética é usada para orientar o laser.

Cirurgia minimamente invasiva. Novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como o ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética, mostram-se promissoras para tratar convulsões, apresentando menos riscos do que a tradicional cirurgia cerebral para a epilepsia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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