Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) alerta
Diabetes e doença renal crónica são duas doenças diferentes, mas quem tem o diagnóstico da primeira deve estar atenta à segunda...

De facto, reforça o médico, “a diabetes é a principal causa de doença renal crónica no mundo ocidental. O mau controlo da glicemia, quando persistente, provoca lesões em vários órgãos como os olhos, os vasos sanguíneos, os rins, etc”. No entanto, apesar de as pessoas saberem que “a diabetes aumenta o risco de cegueira, de amputações ou de enfartes do miocárdio, desconhecem que a doença renal crónica pode ser adicionada a todo este rol de patologias, com perda significativa da qualidade de vida se houver necessidade de fazer diálise”.

A realidade confirma alguma falta de conhecimento sobre o tema na população nacional: um inquérito realizado junto da população, uma iniciativa da Escola Nacional de Saúde Pública com o apoio da AstraZeneca, mostra que há ainda ideias erradas sobre, por exemplo, o funcionamento dos rins, com 45,4% dos inquiridos a referirem que os rins têm a tarefa de ajudar a manter os níveis normais de açúcar no sangue, quando de facto não o fazem. Para o especialista, “é importante que as pessoas saibam dos malefícios do tabaco, do consumo excessivo do sal, do álcool, do excesso de peso, etc. E, nesse contexto, o conhecimento sobre doenças prevalentes, como é o caso da diabetes, deve fazer parte da educação para a saúde que todos temos no ensino obrigatório. No entanto, após essa fase inicial de ensino, é importante que cada um se mantenha interessado em continuar a obter informação sobres esses temas ao longo da vida, o que, infelizmente, nem sempre acontece e que leva à criação desses mitos”.

Edgar Almeida alerta ainda para o facto de “a lesão renal, nas fases iniciais, ser muito insidiosa. Apenas é detetável se estivermos atentos às alterações da composição da urina. Acresce que, em muitos casos, apesar de já estarem presentes, muitos profissionais de saúde não davam o devido valor às alterações. É necessário perceber que entre o surgimento destas alterações até à fase da irreversibilidade decorre um longo período. Pensamos que a deteção precoce destas alterações irá permitir introduzir medidas que retardam (ou até impedem) o aparecimento de lesões renais mais graves”.

É, por isso, importante que “os diabéticos sejam informados sobre os riscos de lesão dos órgãos-alvo em que se enquadra a doença renal crónica. Devem estar atentos aos sinais iniciais que surgem nas análises – aparecimento de proteínas na urina e subida dos valores da creatinina. Devem falar com o seu médico assistente sobre estes assuntos porque, recentemente, surgiram alguns medicamentos que podem ajudar a evitar a evolução para as fases mais avançadas da doença renal crónica”.

Instituições sem fins lucrativos
A Teva Portugal anunciou os 15 projetos finalistas da segunda edição dos Prémios Humanizar a Saúde. A iniciativa visa...

Os 15 finalistas passaram à fase seguinte na qual os colaboradores da Teva vão eleger 5 vencedores, sendo que cada um receberá um prémio monetário no valor de 5000 Euros em reconhecimento do trabalho extraordinário que realizam.

Os vencedores desta edição serão conhecidos a 15 de novembro, na cerimónia de entrega de prémios que terá lugar no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

“O processo de conhecer cada uma das candidaturas e selecionar os quinze finalistas foi muito desafiante, pela elevada qualidade dos projetos apresentados, oriundos de diversas regiões do continente e ilhas e, simultaneamente, inspirador porque na TEVA trabalhamos para descobrir novas possibilidades e soluções que melhorem o dia a dia das pessoas", afirmou Marta González Casal, diretora geral da Teva Portugal.

Os Prémios "Humanizar a Saúde" destacam iniciativas centradas em pessoas que sofrem de qualquer tipo de doença, prestando cuidados, aconselhamento, apoio ou soluções de saúde, promovendo fundamentalmente um cuidado mais humano e abrangente.

Nesta segunda edição, participaram mais de 45 projetos. O júri, composto por colaboradores da Teva Portugal selecionou os seguintes quinze projetos finalistas:

Plataforma Patient Innovation

Plataforma global, aberta, sem fins lucrativos e multilíngue, para doentes e cuidadores informais partilharem, após validação médica, soluções que tenham desenvolvido para lidar com limitações associadas à doença que enfrentam.

Dormir é o melhor remédio

Iniciativa da Associação Nuvem Vitória que leva diariamente a magia dos contos, com histórias de embalar, a crianças internadas nos hospitais de Santa Maria, São João, Vila Franca de Xira, Braga, Santo André, Garcia de Orta, Cascais e Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.

Escola do Ser

Implementada pela Associação Partilhas e Cuidados, acolhe pessoas com doença oncológica, mas também os seus cuidadores e familiares que os acompanham ao longo do processo de tratamentos. A iniciativa visa ajudar a comunidade oncológica a encontrar um serviço de apoio psico emocional para que, cada um ao seu ritmo, vá ao encontro do seu ponto de equilíbrio.

Prolepsis

Programa de treino inovador, desenvolvido pela Cuidadores Portugal, com sessões presenciais e uma app móvel personalizada que apoia as cuidadoras informais a melhor gerir o seu autocuidado e mudar os seus comportamentos na prevenção de doenças.

BeActive

Plataforma interativa para crianças e jovens com doenças reumáticas que visa envolve-los na autogestão da doença, fornecendo informação e otimizando a comunicação com os profissionais de saúde.

Dar voz a quem necessita

Projeto da Associação Portuguesa de Doentes de Esclerosa Lateral Amiotrófica baseado em software, instalado em telemóveis, tablets ou computadores, que transforma texto em fala sintetizada para dar voz a doentes com ELA.

Estimulando

Programa móvel de estimulação cognitiva e psicomotora individualizada ao domicílio para pessoas idosas com doenças neurodegenerativas do concelho de Cascais.

Cuidar o Cuidador

Projeto da Santa Casa da Misericórdia de Vizela com o intuito de diferenciar e otimizar o apoio dado às famílias dos utentes da Unidade de Cuidados Continuados da instituição.

ÁRIA em Casa

Equipa de Apoio Domiciliário Especializado na intervenção junto de pessoas com doença mental grave, estabilizadas clinicamente, que necessitem de programa adaptado ao grau de incapacidade psicossocial para reabilitação de competências relacionais, de organização pessoal e doméstica e de acesso aos recursos da comunidade, em domicílio próprio, familiar ou equiparado.

Saúde 360

Iniciativa da Associação Mais Proximidade que tem como objetivo monitorizar a saúde de cerca de 80 pessoas idosas em situação de isolamento e solidão que se encontrem no seu domicílio, aliviando em simultâneo a sobrecarga dos cuidadores e familiares, através de acompanhamento personalizado e em estreita articulação com os profissionais de saúde.

Ambulância Mágica

A Ambulância Mágica da delegação de Coimbra da Cruz Vermelha consiste num projeto de promoção do bem-estar emocional destinado a adultos com doença neurodegenerativa em fase de tratamento paliativo disponibilizando recursos materiais e humanos que possibilitam a concretização de um desejo significativo para o doente.

Vamos Puxar pelo Cérebro com Câmara de Lobos

Iniciativa da delegação da Madeira da Alzheimer Portugal que consiste em sessões de estimulação cognitiva para pessoas com demência, com vista à prevenção e ao adiamento da evolução sintomas, mas também a disponibilizar aos cuidadores ferramentas que lhes permitam prestar cuidados com qualidade e de forma mais eficiente e centrada no doente.

Voluntariado virtual

Desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia de Santarém, em parceria com o Instituto Politécnico de Santarém, o projeto promove a socialização e o envelhecimento saudável dos utentes num contexto institucional, através do desenvolvimento de atividades com recurso aos meios telemáticos.

Aldeias Humanitar – Humanizar e Estar

Prestação de cuidados complementares integrados de saúde, amparo social e combate ao isolamento social, à solidão e ao desamparo humano em dez concelhos do Douro Sul.

Lado-a-lado 

Projeto de apoio psicológico a pessoas com Parkinson e seus cuidadores, através de sessões gratuitas de grupos de apoio online e de sessões individuais telefónicas.

Projetos nascidos da investigação científica em Instituições de Ensino Superior
Já são conhecidos os quatro projetos vencedores do programa Born from Knowledge (BfK) Ideas, promovido pela Agência Nacional de...

João Borga, administrador da Agência Nacional de Inovação, acredita que a investigação científica produzida nas instituições de ensino superior é cada vez mais surpreendente, incentivando os vencedores do BfK Ideas a aproveitarem todas as oportunidades para chegarem ao mercado. No dia em que anunciou a criação de uma rede de gabinetes de transferência de tecnologia (TTOs), que envolve todas as instituições de ensino superior portuguesas, o responsável relembra “a importância de estas entidades cooperarem entre si e com o tecido empresarial para que a transferência do conhecimento em Portugal não se perca e contribua para uma economia sustentável e resiliente”.

O futuro dos transplantes de fígado está neste projeto: 50.000 vidas podem ser salvas por ano

Orgavalue (Universidade do Porto)

Apesar de Portugal, ser o sexto país do mundo com mais transplantes hepáticos por ano, a lista de doentes que aguardam um órgão para transplante é extensa. Segundo os promotores da Orgavalue, 30 pessoas morrem diariamente enquanto esperam por um transplante e 54% rejeitam o novo órgão.

O problema não está na falta de órgãos, mas na qualidade dos mesmos. No caso específico do fígado, a Orgavalue diz que, todos os anos, são desperdiçados 28.000 órgãos, que poderiam salvar a vida de 50.000 pessoas.

É para colmatar este problema que surge a OrgaValue, uma tecnologia de bioengenharia inovadora que permitirá reabilitar órgãos humanos, tornando-os totalmente transplantáveis. A solução é baseada numa solução líquida de limpeza que remove as células, deixando uma matriz não celular com a matriz orgânica apropriada. Então, novas células humanas saudáveis ​​são introduzidas na matriz para bioengenharia de um novo órgão. O processo é otimizado pela máquina de perfusão da Orgavalue. Uma vez concluído, o órgão de bioengenharia pode ser implantado no paciente usando técnicas e equipamentos de transplante existentes.

A Orgavalue está pronta para iniciar o desenvolvimento do processo de fabricação em pequena escala, suscetível às Boas Práticas de Fabricação (BPF) e entrar em testes pré-clínicos piloto. É expectável que o primeiro ensaio pré-clínico de Fase 1 ocorra no final de 2025 com o fígado de bioengenharia desenvolvido (“BeLiver”). 2028 é o ano em que a Orgavalue espera entrar no mercado.

Terapêutica veterinária biológica cura feridas cutâneas mais rapidamente, com menos custos e menor impacto ambiental

PlatGen® (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)

Quem tem um animal doméstico, um cão ou um gato, sabe que as feridas cutâneas por causa de infeções, acidentes, mordidas e até cirurgias, além de serem frequentes, são, muitas vezes difíceis de tratar, infetando frequentemente. Além de serem usados antisséticos, antibióticos e vários outros materiais que constituirão resíduos hospitalares, a conta no veterinário é elevada. Segundo os promotores do projeto, os custos por animal ascendem em média a 420€.

PlatGen® é um produto terapêutico, eficaz na regeneração de feridas complexas. Apresenta capacidade antimicrobiana e analgésica, sendo biocompatível, biodegradável e sustentável.

Surgiu do desenvolvimento de uma tese de doutoramento em Ciências Veterinárias da UTAD, tem já uma patente em curso, e artigos científicos revistos por pares, já publicados.

Sendo as feridas cutâneas muito comuns na clínica diária de cães e gatos, este produto vem, numa alternativa biológica, ecológica e mais económica, solucionar um problema complexo, moroso e muito dispendioso. Mais do que cicatrizar, estimula e acelera os mecanismos de regeneração tecidular e é constituído por proteínas de elevado valor biológico derivadas de plaquetas e leucócitos. Mesmo as lesões de grande dimensão e infetadas são resolvidas com a aplicação de Platgen® de forma eficaz, terminando numa cicatriz vestigial.

A sua aplicação no tratamento de feridas cutâneas de cães e gatos já está publicada por este grupo de trabalho, nos resultados científicos anteriormente referidos.

Constitui uma alternativa não química às opções convencionais já existentes no mercado (químico/farmacológicas, como antibióticos). É aplicado diretamente na lesão, sendo absorvido de uma forma natural ao longo do tempo, diminuindo a frequência da mudança de penso. Consequentemente, diminui os resíduos e desperdícios produzidos em contexto clínico, assim como os gastos associados a diferentes consultas/deslocações, incluindo intervenções cirúrgicas, que podem ser complexas e que comportam riscos, associados à anestesia.

As feridas tratadas com este produto não necessitam de aplicação tópica de antibióticos, antissépticos e analgésicos, contribuindo para a redução da pegada ecológica. De forma direta, o Platgen® está comprometido com a diminuição da resistência a antibióticos, assim como o aparecimento de bactérias multirresistentes, num conceito One Health.

O Platgen® tem como alvo inicial a aplicação em feridas de cães e gatos, com provas científicas de aplicação xenogénica. No futuro, os promotores pretendem que a sua utilização se estenda a outras espécies animais, incluindo humanos.

Impressão 3D chega à construção civil numa espécie de “tetris” sustentável

BOB – Bulding Out of the Box (Universidade da Beira Interior)

Apesar de o setor da construção representar 13% do PIB mundial, a sua pegada ambiental e baixa produtividade constituem um calcanhar de Aquiles. Para os promotores do projeto BOB, a digitalização tem de chegar a este mercado, permitindo-lhe evoluir para materiais inovadores, redução de recursos utilizados e zero desperdício.

Para que tal aconteça, conceberam uma solução inovadora que irá atuar na indústria da construção civil em três vertentes: digitalização do processo comercial de empresas de impressão 3D de betão e outras argamassas; impressão 3D de vários elementos decorativos e estruturais, nomeadamente para projetos de renovação urbana e impressão de corais e outras estruturas baseadas na natureza; investigação e desenvolvimento de materiais de impressão através do aproveitamento de resíduos industriais, minas, entre outros.

A investigação, que está a ser feita através do C-Made, da Universidade da Beira Interior, já está no terreno, nomeadamente no município do Fundão, onde os promotores estão a scanear prédios devolutos e a desenvolver módulos para encaixarem nas estruturas existentes, quase como se de um “tetris” se tratasse.

O projeto BOB está ainda a desenvolver um tipo de betão absorvente de CO2.

Jogo interativo para crianças com dislexia

As Aventuras de Lexie (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave)

Segundo os promotores do projeto, uma em cada cinco pessoas em todo o mundo sofre de dislexia e 50% das crianças abandonam o ensino por causa desta perturbação, caracterizada essencialmente pela dificuldade da leitura, mas não só. A intervenção precoce, através de terapias, permitiria reabilitar muitas destas crianças, mas, na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio e as terapias dispendiosas.

Foi para ajudar as crianças com dislexia que surgiu o projeto As Aventuras de Lexi, um jogo que permite, de forma divertida, ultrapassar as limitações de aprendizagem. O conceito assenta na oportunidade de as crianças interagirem com as várias personagens e obter uma satisfação a jogar e a praticar os exercícios propostos, sempre através de desafios que tragam motivação. O jogo permite ainda aos pais, educadores, terapeutas e psicólogos o acesso aos dados de resultados dos minijogos de forma a poderem acompanhar o desenvolvimento da criança ao longo do período de jogabilidade.

Com a marca registada e algum trabalho de campo com crianças disléxicas, o projeto pretende submeter o registo de patente no próximo ano. Os seus clientes serão pessoas individuais, escolas e municípios e, além do mercado nacional, a marca projeta entrar também no Brasil.

Pelo desenvolvimento de agente antiviral espiro-β-lactâmico para vírus respiratórios de RNA
Teresa Pinho e Melo, Nuno Alves e Américo Alves, do Centro de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de...

Este projeto, que visa desenvolver o primeiro agente antiviral espiro-β-lactâmico para vírus respiratórios de RNA, resulta da colaboração do grupo de investigação coordenado pela professora Teresa Pinho e Melo, do Departamento de Química da FCTUC, com os investigadores Inês Bártolo da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e Nuno Taveira do Instituto Universitário Egas Moniz.

«O grande potencial dos novos compostos espiro-β-lactâmicos, desenvolvidos por esta equipa de investigação, para combater o parasita da malária, HIV e vírus da gripe foi já demonstrado», revela a cientista da FCTUC, acrescentando que, «o trabalho de investigação está agora focado no desenvolvimento e caracterização da atividade das novas moléculas contra os principais vírus respiratórios de RNA (vírus da gripe, vírus sincicial respiratório e SARS-CoV-2) em diferentes sistemas modelo, incluindo ratinhos, e determinar seu mecanismo de ação».

Assim, Teresa Pinho e Melo considera o «desenvolvimento de novos agentes antivirais de largo espectro poderá desempenhar um papel fundamental no controle e/ou prevenção de futuras ameaças pandémicas causadas por vírus».

Criado em 2013, Programa Gilead GÉNESE tem como objetivo incentivar a investigação, a produção e a partilha de conhecimento científico a nível nacional, assim como viabilizar iniciativas que conduzam à implementação de boas práticas no acompanhamento dos doentes.

 

 

15 de novembro
‘Futuro da Prevenção contra o RSV’ é o título da iniciativa promovida pelo Expresso em parceria com a Sanofi e que tem como...

O Vírus Sincicial Respiratório (RSV) é um vírus comum que é facilmente transmitido e pode causar doença respiratória em qualquer idade, no entanto pode evoluir com particular gravidade nas crianças, afetando, aproximadamente, 90% das crianças até aos dois anos de idade.1 Além disso, o RSV é a principal causa de infeções do trato respiratório inferior em crianças com menos de um ano de idade.2 A maioria das crianças hospitalizadas devido ao RSV não tem outros problemas de saúde. Desta forma, é difícil prever exatamente quais as crianças que ficarão gravemente doentes.3

O evento estará dividido em duas partes, sendo a primeira de acesso público transmitida em direto e em que será debatida a problemática das infeções por RSV. Já a segunda parte da iniciativa acontecerá num formato fechado e abordará o impacto nacional do RSV, as novas estratégias de prevenção e a gestão nacional para a proteção de todas as crianças nesta conferência que conta com a participação de profissionais de saúde que lidam diariamente com esta problemática, assim como representantes das entidades públicas de saúde em Portugal.

“O RSV é um fator relevante de internamentos de crianças em Portugal. As crianças estão em maior risco de hospitalização durante o primeiro ano de vida, sendo a maioria saudável. Contudo, as atuais estratégias de prevenção estão focadas em crianças com riscos específicos e não na prevenção do RSV em todos os bebés até um ano de idade. Nesse sentido, é importante sensibilizar e debater as novas estratégias de prevenção que permitam a todas as crianças e pais viveram esta fase de forma plena e sem sobressaltos que afetam toda a família e que implicam uma sobrecarga nas hospitalizações e elevados custos para o Sistema Nacional de Saúde”, explica Helena Freitas, Diretora-Geral da Sanofi Portugal.

Atualmente, existem opções limitadas para tratar a infeção por RSV. O tratamento de infeções graves por RSV depende geralmente de "cuidados de suporte", que podem incluir oxigénio e fluidos.4, 5

Contudo, é mundialmente reconhecido que a imunização é uma forma de prevenção primária de doenças com resultados mensuráveis em saúde pública.

Poderá assistir à primeira parte do evento ‘Futuro da Prevenção contra o RSV’ através do Facebook do Expresso.

Em janeiro
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) vai abrir, em janeiro, duas novas pós...

Ambos os cursos são direcionados para licenciados, com ligação ao setor da Saúde. No caso da pós-graduação em Dispositivos Médicos, o objetivo do curso passa por abordar um conjunto de temáticas acerca das novas tecnologias usadas na criação e na investigação dos dispositivos médicos. Assumindo um carácter diferenciador em relação às formações já existentes no mercado, a pós-graduação em Dispositivos Médicos foi concebida para dar resposta aos desafios dos profissionais das áreas das Tecnologias da Saúde, Ciências Farmacêuticas, Engenharia Biomédica, Medicina, Enfermagem e profissionais das indústrias de dispositivos médicos (tais como gestores comerciais, marketeers, administradores, entre outros). O curso funcionará em regime de blended learning, em pós-laboral.

Já a pós-graduação em Health Data Science foi desenvolvida a pensar na capacitação dos profissionais de saúde e decisores das organizações de saúde. No curso, serão abordadas um conjunto de estratégias, ferramentas e técnicas para transformar dados de grandes ou complexas bases de dados em informação e conhecimento úteis, que permitem tomadas de decisão mais eficientes. O curso funcionará em regime pós-laboral e não presencial.

“Compete às instituições de ensino superior contribuir para o desenvolvimento das profissões que forma, não só através da investigação e criação de conhecimento, mas também da disponibilização de formação atualizada e complementar”, reconhece o presidente da ESTeSC-IPC, Graciano Paulo, lembrando que, “nos dias que correm, a formação dos nossos profissionais não pode esgotar-se na licenciatura e a Saúde é um exemplo paradigmático de uma área em constante evolução científica e tecnológica”.

Os planos curriculares das duas novas pós-graduações, bem como informações adicionais quanto às condições de candidatura (que decorrem até 5 de dezembro), estão disponíveis para consulta em www.estesc.ipc.pt.

 

 

 

 

 

 

 

 

Protocolo de colaboração institucional já foi assinado
Pela saúde mental e bem-estar dos portugueses. Pela partilha e divulgação de conhecimento. Pela saúde psicológica e diminuição...

A parceria entre a FJN e a OPP vai permitir potenciar diversos tipos de colaboração, nomeadadamente “sensibilizar para a importância da intervenção das Psicólogas e dos Psicólogos nas dimensões de formação e intervenção nas áreas do desenvolvimento de competências, empregabilidade, desenvolvimento pessoal, saúde mental/ psicológica e bem-estar; promover a literacia em saúde psicológica e bem-estar e psicologia vocacional e do desenvolvimento da Carreira; promover e aprofundar os conhecimentos e contributos da ciência psicológica, colaborando na produção e/ou promoção de documentação, investigação, ferramentas e websites no âmbito do desenvolvimento de competências ao longo da vida, da empregabilidade, do desenvolvimento pessoal e da promoção da saúde psicológica e bem-estar”.

“Despertar para a consciência individual é um dos pilares de atuação da Fundação José Neves. É nossa missão promover o equilíbrio entre as dimensões intelectual e espiritual do conhecimento, fortalecer o lado humano, moral e ético dos cidadãos. Esta parceria vai certamente contribuir para que as nossas ações possam ter mais impacto na promoção do bem-estar, da felicidade e do desenvolvimento pessoal dos portugueses”, destaca Carlos Oliveira, Presidente Executivo da Fundação José Neves.

“Promover a literacia em saúde mental é fundamental para a promoção da saúde mental e bem-estar e este protocolo é mais um passo nesse sentido. A Ordem dos Psicólogos Portugueses quer, em todos os contextos, contribuir para intervenções baseadas na evidência científica e assim para a melhoria de novas soluções, experimentais ou não, bem como das soluções já existentes” afirma o Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses Francisco Miranda Rodrigues.

Com o objetivo de fortalecer a saúde mental dos portugueses, a Fundação José Neves disponibiliza a App 29k FJN, com cursos, exercícios e meditações. É gratuita, 100% digital, em português e está ao alcance de todos através de uma aplicação disponível para iOS e Android e pode ser descarregada também no link https://joseneves.org/pt/29-k-fjn, onde consta informação sobre esta ferramenta.

Disponibiliza ainda conteúdos diversos, tais como dois Guias FJN criados em parceria com a Escola de Medicina da Universidade do Minho e lançados recentemente. Os documentos contam com o patrocínio científico da Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde.

O Guia para pais e professores: como investir na saúde mental e no bem-estar dos jovens? é dirigido a pais, familiares e professores que querem saber como identificar e agir perante os sintomas e problemas de saúde mental dos jovens.

Já o Guia para empresas: como promover o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores? é dirigido a todas as empresas e gestores que queiram melhorar a sua atividade e garantir o bem-estar e a saúde mental dos seus trabalhadores.

 

Oftalmologia
Não nos podemos esquecer que em cerca de 90% dos casos, a perda grave de visão e a cegueira associad

Mais de um milhão de Portugueses com idades entre os 20 e os 79 anos têm diabetes. Destes cerca de 300.000 têm retinopatia diabética.  A retinopatia diabética (RD) é a 1ª causa de cegueira na idade ativa nos países ocidentais, incluindo Portugal. É também a complicação da diabetes mais frequentemente identificada e aquela que os doentes mais temem, exatamente porque pode provocar cegueira. Mas, por estranho que pareça, aproximadamente metade dos diabéticos já diagnosticados nunca foi ao médico Oftalmologista ou a um programa de rastreio. Não é estranhar por isso que seja de aproximadamente 30.000 o número de diabéticos com perda grave de visão ou cegueira em Portugal devidas à retinopatia diabética.

A pergunta que se coloca é: e esta perda grave de visão e a cegueira podiam ter sido evitadas? Sabemos que sim. De facto, a perda grave de visão e a cegueira associadas à retinopatia diabética podem ser evitadas em cerca de 90% dos casos, desde que haja uma prevenção e um tratamento atempado da doença ocular.

O papel do doente é fundamental.  A consciencialização do doente diabético para a necessidade imperiosa de prevenir e tratar uma doença que não provoca dor ou sequer lacrimejo, mas pode originar uma cegueira silenciosa e irreversível é fundamental o bom controlo metabólico, o controlo da tensão arterial, do colesterol, uma alimentação apropriada e atividade física diária são fundamentais para evitar lesões graves de retinopatia diabética. E o controlo anual da evolução da doença a nível ocular é muito importante. E como é que este controlo pode ser feito?

Através do rastreio centrado no médico de família numa articulação com os serviços de Oftalmologia. Apenas os casos não avaliados no rastreio necessitam de observação pelo medico Oftalmologista. Esperar pelo aparecimento dos sintomas para procurar uma avaliação pelo programa de rastreio ou pelo médico oftalmologista é um erro grave que pode trazer sérias consequências.

 O tratamento adequado e atempado permite evitar as consequências, muitas vezes dramáticas, da doença. É um facto que dispomos atualmente de armas terapêuticas capazes de fazer recuperar visão perdida na maioria dos casos. Mas é também um facto que um doente que chega ao tratamento demasiado tarde e com grave perda de visão tem muito menos possibilidades de recuperar uma visão que lhe permita por exemplo ler ou conduzir. A retinopatia diabética, tal como a diabetes que a provoca, é uma doença cronica. Por isso mesmo, a manutenção do tratamento pelo tempo necessário e com a frequência adequada é fundamental.  

Não nos podemos esquecer que estamos na presença de uma população, na sua grande maioria na idade produtiva que fica impossibilitada de trabalhar. Não nos podemos esquecer também que em cerca de 90% dos casos a perda grave de visão e a cegueira que estão na base desta incapacidade podem ser evitadas com ganhos muito significativos para os próprios doentes e para a sociedade.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alerta da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO)
A retinopatia diabética é a causa mais frequente de perda visual irreversível na população adulta entre os 20-74 anos de idade...

Cerca de 93 milhões de pessoas no mundo sofrem de retinopatia diabética, e 1 em cada 3 pessoas com diabetes vão desenvolver retinopatia diabética ao longo da vida. O aumento do número de pessoas com diabetes e em idades cada vez mais precoces leva a um risco acrescido das complicações da doença.

Em Portugal, existem cerca de 250 mil diabéticos com retinopatia, dos quais 25 mil apresentam alterações da acuidade visual. Anualmente, estima-se que três mil diabéticos sofrem perdas graves da visão, atingindo a definição cegueira, um número que poderia ser evitado se os doentes fossem devidamente rastreados e tratados, alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

O primeiro passo na prevenção da retinopatia diabética passa pelo diagnóstico precoce da diabetes por um médico oftalmologista, início do tratamento adequado com bom controlo metabólico, bom cumprimento por parte do doente e adoção de hábitos de vida adequados. “Um controlo glicémico intensivo pela dieta e medicação pode prevenir o aparecimento da retinopatia diabética em 76% dos casos e diminuir o risco de progressão em 54% dos casos nos doentes tratados com insulina. A nível ocular, como a retinopatia diabética é, na maioria das vezes, assintomática em estadios iniciais, é essencial que se faça uma vigilância oftalmológica regular para uma deteção precoce da doença de forma a se poder evitar a evolução para estadios graves”, refere o Professor Rufino Silva, médico oftalmologista e Presidente da SPO. Neste sentido, “os programas de rastreio da retinopatia diabética são fundamentais para a sua deteção precoce”, acrescenta ainda o especialista.

O Professor Manuel Falcão, médico oftalmologista e Tesoureiro da SPO, esclarece que “estão disponíveis várias opções de tratamento diferentes com indicação e aplicações diferentes para a retinopatia diabética, muitas vezes complementares entre si, como a fotocoagulação com laser ou as injecções intra-oculares de medicamentos anti-angiogénicos ou de corticosteroides”.

Manuel Falcão acrescenta ainda que “quando realizados de forma precoce, os tratamentos são eficazes, permitindo preservar o olho e a visão dos doentes diabéticos.”

“A diabetes ocular pode ter um impacto muito importante do ponto de vista sócio-económico. Sendo a principal causa de perda visual em idades adultas ativas ou produtivas, afeta a qualidade de vida dos doentes diabéticos e a dos seus familiares. Com a perda da visão, a capacidade de trabalho fica grandemente limitada com perda laboral ou reformas antecipadas; há um aumento progressivo e proporcional à severidade da perda visual da dependência de terceiros até para tarefas básicas”, explica a Professora Lilianne Duarte, oftalmologista e membro da direção da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

“Uma vez que se trata de uma doença crónica, muitas vezes com necessidade de tratamento e consultas regulares, cuja frequência e complexidade aumenta com a severidade da doença, o custo para o SNS ou para o próprio, para os familiares com as deslocações e faltas ao trabalho, pode tornar-se exorbitante. Quanto mais avançada a idade, a essas implicações da retinopatia diabética, acrescem as provocadas pelas comorbilidades (doenças associadas) e limitações expectáveis devido à idade. As implicações sócio-afetivas são evidentes nessas situações”, reforça a especialista.

 

Dia Mundial da Diabetes assinala-se a 14 de novembro
A diabetes é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovascul

O risco de desenvolver doença cardiovascular duplica em pessoas com diabetes, comparativamente à população não diabética. Além disso, uma em cada três pessoas que têm doenças cardíacas, também têm diabetes. Ambas as patologias têm em comum o facto de serem silenciosas – não apresentarem sintomas – nas fases iniciais, o que dificulta um diagnóstico e, consequentemente, tratamento adequados.

As principais doenças cardiovasculares potenciadas pela diabetes são: enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, ataque isquémico transitório e entupimento das artérias.

Seja qual for o tipo de diabetes que a pessoa tenha, há sempre uma maior probabilidade de vir a desenvolver doenças cardiovasculares, no entanto, a diabetes tipo 2, por ter uma evolução mais silenciosa, pode ter um diagnóstico mais tardio, sendo que por vezes, a doença vascular já está instalada.

Frequentemente, quem tem diabetes apresenta, em simultâneo, outros fatores de risco cardiovascular. A obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes bem como para o desenvolvimento de doença cardiovascular. O mesmo acontece no caso da hipertensão, que tanto está associada ao risco de problemas cardiovasculares, como parece ter influência no aumento da resistência do organismo à insulina. Além disso, a diabetes interfere negativamente no processo de aterosclerose, ou seja, quanto maiores os valores dos lípidos sanguíneos, como o colesterol e os triglicéridos, pior será o impacto na progressão de aterosclerose.

Tendo em conta estes fatores, a melhor forma de prevenir as doenças cardiovasculares em pessoas com diabetes é a alteração do estilo de vida. Diminuir o excesso de peso corporal; ter uma alimentação rica em frutas, hortaliças, grãos integrais; reduzir o consumo de sal e açúcares; fazer exercício físico regularmente; e, por fim, consultar o médico de forma periódica, são algumas das práticas que devem ser adotadas.

Há muito a fazer para evitar as complicações cardiovasculares que podem ser causadas pela diabetes. Não descure a sua saúde.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vencedor da 4ª. Edição do Prémio MSD Investigação em Saúde
O Prémio MSD Investigação em Saúde 2022 foi entregue ao projeto “Acuidade diagnóstica da ecografia digital pulmonar de bolso...

Tradicionalmente, o pulmão não era considerado um alvo para a ecografia devido à incapacidade de penetrar estruturas anatómicas cheias de gás. No entanto, com o avançar do conhecimento, a equipa percebeu que este exame pode ser muito útil, não só na avaliação das complicações da pneumonia, como também no estudo do próprio tecido pulmonar.

Assim sendo, através da investigação, a equipa representada pela Dr.ª Sara Monteiro, do Centro Materno Infantil do Norte, pretende estudar a utilização e eficácia da ecografia pulmonar de bolso no diagnóstico de pneumonia, reduzindo a utilização indevida de antibióticos.

Este é um pequeno dispositivo, que pode ser transportado no bolso da bata do médico, fornecendo assim um maior conforto e tranquilidade à criança. Através da transmissão Bluetooth para smartphone/tablet, permite a visualização do pulmão em tempo real, economizando tempo e permitindo um diagnóstico e tratamento mais céleres.

Apesar da evidência da utilidade da ecografia no diagnóstico da pneumonia, a utilização primária, sobretudo do ecógrafo de bolso, ainda não faz parte da prática clínica pediátrica. Por esse motivo, a equipa do Centro Materno Infantil do Norte pretende dar formação, disseminar e tornar esta técnica acessível a todos os Serviços de Pediatria, implementando-a de forma consistente em todo o país.

O grande vencedor da 4.ª edição do Prémio MSD Investigação em Saúde foi revelado durante a Conferência Leading Innovation, Changing Lives, que decorreu no passado dia 5 de novembro. O protocolo recebeu um prémio no valor de 10 mil euros para apoiar a implementação desta nova técnica de diagnóstico.

Nesta cerimónia, o júri atribuiu ainda duas Menções Honrosas aos seguintes protocolos de investigação:

  • “Myco4HP - Exposição antigénica ambiental em doentes com Pneumonite de Hipersensibilidade”, da equipa representada pelo Dr. David Coelho, do Centro Hospitalar e Universitário de São João;
  • “Utilização do polimorfismo HLA-DQA1*05 como preditor do desenvolvimento de anticorpos anti-infliximab em doentes com doença inflamatória intestinal: um passo na medicina personalizada", da equipa representada pela Dra. Joana Revés, do Hospital Beatriz Ângelo e Faculdade de Medicina de Lisboa;

O Prémio MSD Investigação em Saúde foi criado em 2019 com o objetivo de reconhecer o esforço e a dedicação que as equipas médico-científicas aplicam no planeamento e desenvolvimento dos seus projetos de investigação, apoiando a sua implementação em prol de um melhor cuidado prestado aos doentes.

11 de novembro
“O Futuro da Doença em Portugal” é o tema do seminário que a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos irá organizar na...

A conferência de abertura vai ser do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, numa abordagem sobre “O Futuro do Sistema de Saúde Português”.
Também Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, marcará presença com uma intervenção sobre a “A Regionalização da Saúde em Portugal”, tal como Maria de Belém Roseira fará uma intervenção sobre a “Lei de Bases da Saúde”.
Esta conferência abrange vários momentos onde serão discutidos temas tais como “Objeto do Sistema de Saúde Português – Saúde ou Doença?”, “O impacto da competitividade da economia portuguesa na saúde”, “Que Futuro para a doença em Portugal?”, “Qual o contributo do sector social para a saúde?”, “Quanto custa a doença em Portugal?”, “Lei de Bases de Saúde”, e até um olhar menos clínico através do Chef Rui Paula, do advogado José Pedro Aguiar Branco e da jornalista Lúcia Gonçalves, sobre “E a sociedade, como vê a doença?”.
A reflexão final - “Que futuro para a Saúde em Portugal” - será do novo diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.

 

Tumor raro e indolente
São um tipo de tumores raros que se desenvolvem nas células neuroendócrinas, isto é, em células que
Tumores neuroendócrinos

Sendo as células neuroendócrinas um tipo de células com origem embrionária comum, com características mistas – neurológicas e endócrinas -, e que se encontram distribuídas pelo nosso corpo em vários órgãos, isto significa que este tipo de tumores se pode desenvolver em qualquer parte do nosso corpo. No entanto, as localizações mais frequentes são o tubo digestivo (por exemplo, estômago ou as diferentes partes do intestino), seguido do pulmão e do pâncreas.

Deste modo existem vários tipos de tumores neuroendócrinos que apresentam diferentes características diferentes não só consoante o órgão onde se desenvolvem - um tumor que se desenvolve no estômago tem características específicas diferentes de um tumor que se desenvolve no pulmão -, mas também consoante o tipo de célula – há células neuroendócrinas, por exemplo, que têm funções secretórias pelo que o tumor pode libertar uma substância química com efeitos fisiológicos.

Sinais e Sintomas

Devido ao seu crescimento lento, é frequente que os tumores neuroendócrinos não apresentem sintomas por um longo período de tempo, sendo detetados já numa fase mais avançada da doença.

Por outro lado, de salientar que as suas manifestações clínicas dependem da localização do tumor, pelo que há uma heterogeneidade que pode dificultar o seu diagnóstico.

No entanto, de um modo geral, este tipo de tumor pode causar:

  • dor abdominal tipo cólica
  • diarreia
  • obstipação
  • náuseas ou vómitos
  • perda de apetite
  • diminuição do peso
  • tosse persistente
  • hipoglicemia
  • hiperglicemia
  • rubor facial

Diagnóstico

O diagnóstico deste tipo de tumores nem sempre é fácil. Não só porque estes podem ter um crescimento indolente, sem se associarem a sintomas durante vários anos, como podem ser detetados acidentalmente em exames endoscópicos ou análises de rotina.

Ainda assim, quando há fortes suspeitas do diagnóstico, são pedidas análises de sangue e urina, que avaliam marcadores dos tumores e substâncias por estes produzidas. Posteriormente para localizar o tumor e avaliar a sua extensão e função, são realizados os seguintes exames: endoscopia, ecografia, tomografia axial computorizada (TAC), ressonância magnética, cintigrafia e tomografia por emissão de positrões (PET).

Por fim, é necessária uma biópsia ao tecido tumoral e uma análise de anatomia patológica para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

Sendo os tumores neuroendócrinos heterogéneos e relativamente raros, o seu tratamento deverá ser decidido, idealmente, em reuniões em que estejam presentes as várias especialidades médicas possivelmente envolvidas na sua orientação, em centros com experiência. Vários tratamentos estão disponíveis, como cirurgia, terapêutica farmacológica, tratamentos de medicina nuclear, técnicas ablativas por radiologia de intervenção ou radioterapia. A terapêutica farmacológica é utilizada para controlo do crescimento tumoral nas situações em que os tumores são irressecáveis (isto é, quando não é possível remover toda a doença através da cirurgia). A terapêutica farmacológica é também utilizada para controlar a produção de hormonas pelo tumor (e, deste modo, melhorar os sintomas do doente) nas situações de neoplasias funcionantes.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nomeação
A ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos acaba de reforçar a sua equipa com a contratação de Andrea de Sousa para o...

“É com grande entusiasmo que inicio esta nova etapa profissional. Após cerca de treze anos ao serviço do sector farmacêutico, esta é sem dúvida uma oportunidade bastante aliciante para mim. Junto-me a uma equipa com a qual me sinto perfeitamente alinhada e assumo com total confiança as minhas novas responsabilidades, contribuindo para que a ADIFA continue o seu caminho de reafirmação do papel da Distribuição Farmacêutica enquanto serviço de interesse público essencial no nosso país”, afirma Andrea de Sousa, Secretária-Geral da ADIFA.

Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Coimbra, Andrea de Sousa tem uma Pós-graduação em Gestão de Farmácia pela Universidade Católica Portuguesa, e formação em Liderança e Gestão em Farmácia pela Universidade Nova de Lisboa. Após uma experiência em farmácia comunitária, Andrea desenvolveu a sua carreira profissional na Associação Nacional das Farmácias onde ocupou os cargos de Key Account Manager, Institutional Affairs Advisor, Project & Business – Unit Manager e, mais recentemente, Regional Head of Key Account Managers.

 

Protocolo destina-se ao Curso Clínico de Especialização em Cirurgia de Dentes
A Universidade Europeia acaba de reforçar o leque de parceiros estratégicos para os novos cursos na área das Ciências da Saúde....

Este curso, que terá a duração de 2 meses e arrancará no próximo ano, será composto por 2 Módulos: Teórico e Prático. Na parte teórica, as aulas decorrerão nas instalações da Universidade Europeia, enquanto que a prática simulada será lecionada numa sala de aula de laboratório da Universidade Europeia, sendo que a prática de formação em cirurgia oral com pacientes decorrerá no Centro Clínico Ambulatório do SAMS, nos respetivos Departamentos de Cirurgia Oral.

“É prioridade da Universidade Europeia o lançamento de novos programas na área das Ciências da Saúde. Estamos, por isso, a trabalhar continuamente para encontrar as parcerias mais adequadas para que, em conjunto, possamos oferecer a melhor formação aos nossos estudantes. O aprofundamento do acordo com o SAMS que agora concretizamos, especificamente para a formação na área da medicina dentária, creio que vem reforçar a nossa capacidade de diferenciação, promovendo a integração entre as componentes académicas de Ensino, Investigação e a consequente Transferência de Conhecimento, ancoradas na indispensável ligação ao "mundo real”, afirma a reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira.

António José Real da Fonseca, presidente do Conselho Executivo do SAMS acrescenta ainda que “Assinalamos hoje o primeiro passo daquela que queremos seja uma grande caminhada conjunta”.

O Curso Clínico de Especialização em Cirurgia de Dentes Inclusos tem como objetivo fornecer conhecimentos teóricos, práticos e clínicos no diagnóstico e tratamento das inclusões dentárias e capacitar os alunos do curso para dominarem as diferentes áreas do diagnóstico clínico e imagiológico, permitindo efetuar um diagnóstico correto, um bom plano de tratamento e uma eficiente execução do mesmo.

A cirurgia de dentes inclusivos é uma técnica operatória que exige conhecimentos das ciências médicas básicas (anatomia, fisiologia, farmacologia, clínica médica), mas também conhecimentos avançados de técnica cirúrgica. A prática deste tipo de cirurgia nos anos de mestrado é praticamente inexistente em virtude da sua especificidade, pelo que a Universidade Europeia vai disponibilizar um curso especializado com um modelo académico assente na aprendizagem experiencial onde os estudantes aprendem com a simulação de casos clínicos, contado para tal com a parceria de centro clínico de referência.

O acesso e ingresso a este ciclo de estudos tem como requisitos obrigatórios Mestrado em Medicina Dentária ou Mestrado em Medicina com especialidade de Estomatologia ou a frequentar a mesma.

O objetivo é que o ensino universitário, a formação e a investigação possam ser utilizados em benefício de uma melhoria progressiva da qualidade da prestação dos cuidados de saúde.

Estudo
Segundo um estudo lançado hoje pela Médis, 53% das mulheres têm pelo menos uma doença diagnosticada e 21% vivem mesmo com mais...

Os dados são avançados em “A Saúde das Mulheres, um potencial a alcançar”, um projeto desenvolvido pela Return On Ideas e promovido pela Médis, do Grupo Ageas Portugal, e confirmam o contrassenso de que apesar de uma maior longevidade e cuidado consigo mesmas, as mulheres têm pior saúde física e mental do que os homens. Esta incoerência foi inicialmente observada em 2021, em “A saúde dos Portugueses - um BI em nome próprio”, dando origem ao trabalho de investigação que agora se apresenta. Ambos os estudos fazem parte do Saúdes, um projeto cujo objetivo é contribuir para a produção de conhecimento, a reflexão e o debate público em torno da saúde.

31% de mulheres, vs. 19% de homens, acusa dor intensa, muito intensa ou insuportável. Em muitos casos, verifica-se uma normalização da dor, ou seja, a mesma é aceite com resignação e sem despoletar a procura de algum tipo de ajuda.

Quando as mulheres tiveram de avaliar o seu estado de saúde, numa escala de 1 a 10 a pontuação é de 6.8, enquanto nos homens o valor situa-se nos 7.4. Ainda sobre esta temática, 23% das mulheres consideram-se pouco saudáveis e na faixa etária dos 40+ esta percentagem sobe para os 25%, vs. 13% dos homens com a mesma idade.

No bem-estar o desequilíbrio não se altera, facto comprovado através dos resultados do estudo. Mais de metade das mulheres mostram um nível de bem-estar baixo ou muito baixo (59% das mulheres vs. 50% dos homens) e 73% afirmam sentir ansiedade.

Menstruação, gravidez, menopausa e a relação com o corpo são identificadas como as quatro bolsas de mal-estar que afetam as mulheres. Se é verdade que a biologia, a fisionomia e a própria histórica explicam, em parte, estas bolsas de mal-estar, o estudo mostra como a falta de informação e de consciência e, sobretudo, a normalização do “não estar bem” agravam o problema e contribuem para a desigualdade na saúde e bem-estar que se verifica entre os géneros. “O facto de estarem sujeitas a um ciclo de vida mais acidentado (porque reprodutivo) que os homens, não quer dizer que, necessariamente, as mulheres tenham que se acomodar ao desconforto e normalização do sofrimento, como se de uma fatalidade, de uma inevitabilidade se tratasse”, afirma o responsável científico do estudo e professor catedrático de medicina, Dr. Miguel Oliveira da Silva.

O estudo Saúdes é divulgado hoje, dia 10 de novembro, numa conferência realizada na NOVA Medical School, entre as 10h15 e as 12h00, para discutir a saúde e bem-estar das mulheres, e junta em debate Miguel Oliveira da Silva, Maria João Marques, Teresa Bartolomeu e Adalberto Campos Fernandes.

Pode saber mais sobre o estudo Saúdes aqui: https://www.saudes.pt/

Antiga "Enfermaria da Malnutrição" transformada, 3 anos após Ciclone Idai
Catorze de março de 2019. O ciclone Idai deixava um rasto de morte e destruição em Moçambique. O Hospital Central da Beira, o...

A 4 de novembro de 2022 o Ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, inaugurou o Centro de Formação e Pesquisa em Saúde do Hospital Central da Beira. A cerimónia contou com a presença da Ministra Conselheira da Embaixada de Portugal em Moçambique, Rita Araújo, do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, do Administrador da Visabeira Moçambique, Pedro André, e do Administrador da Health4Moz, Luís Almeida.

Centro de Formação e Pesquisa em Saúde do Hospital Central da Beira

A Health4MOZ, que coopera voluntariamente com Moçambique na área da formação em saúde, contou com o apoio das Câmaras Municipais de Coimbra, Porto e Sintra (as três

cidades geminadas com a cidade da Beira) e da Visabeira, na construção do Centro de Formação e Pesquisa em Saúde do Hospital Central da Beira.

Com mais de 90 anos de história, a antiga "Enfermaria da Malnutrição", um dos edifícios mais antigos do Hospital, foi recuperada pela Sogitel – Grupo Visabeira, dando lugar ao Centro de Formação e Pesquisa, totalmente equipado com o apoio do IPO Porto, Salvador Caetano, Fundação Manuel António da Mota, Tavfer, TAP Asas Solidárias e LAM - Linhas Aéreas de Moçambique.

O Centro de Formação e Pesquisa em Saúde do Hospital Central da Beira tem como objetivo ser um centro de excelência e de referência no país, fundamental na formação pré e pós-graduada em saúde, na realização de conferências científicas, videoconferências, telemedicina, investigação e simulação biomédica, promovendo assim a partilha de conhecimento entre profissionais de saúde de Moçambique e do mundo.

O que nos pode dizer o paradeiro dos parasitas da malária no fígado?
A malária é uma doença devastadora causada pelo parasita Plasmodium. Após a picada de um mosquito infetado, os parasitas viajam...

Os cientistas, em Portugal e Israel, rastrearam a infeção por Plasmodium no fígado, observando a localização dos parasitas ao longo do tempo e foram capazes de criar um atlas da infeção do fígado através da aplicação de uma abordagem inovadora. "O fígado é formado por milhares de lóbulos. Os lóbulos são grupos de células que se organizam em forma de hexágonos. Descobrimos que o resultado da infeção é diferente dependendo da zona dos lóbulos infetados pelos parasitas da malária. Os parasitas desenvolvem-se mais rapidamente e sobrevivem melhor nas regiões mais próximas do centro destes lóbulos em forma de hexágono", diz Shalev Itzkovitz, co-líder do estudo, sobre as principais conclusões deste trabalho.

A equipa de investigação analisou os genes ativos das células do fígado e dos parasitas em diferentes momentos após a infeção, utilizando ratinhos como modelo. Uma vez que os genes ativos nas células do fígado dependem da sua localização, os investigadores conseguiram acoplar cada parasita à sua localização no fígado e reconstruir o seu percurso ao longo do tempo da infeção. "Encontrámos um grupo de parasitas localizados na extremidade dos lóbulos que não são capazes de desenvolver uma infeção", continua Shalev Itzkovitz.

"Chamamos a estas células do fígado onde os parasitas não são capazes de desenvolver uma infecção 'células hepáticas abortivas'", acrescenta Maria Manuel Mota, investigadora principal no iMM e co-líder do estudo. "É quase como se estas células fossem hostis aos parasitas e os parasitas tivessem de "abortar a missão". Descobrimos que a resposta imunitária que estas células são capazes de promover em resposta aos parasitas é diferente das restantes", explica Maria Manuel Mota.

A fase hepática da infeção por malária é difícil de estudar devido à heterogeneidade do fígado. "Há 20 anos que estudo a fase hepática da malária e este estudo é um ponto de viragem. Agora temos informação de como as células do fígado e os parasitas Plasmodium se comportam durante a infeção, no tempo e no espaço. Esta informação vai abrir o caminho para a nossa investigação futura. Podemos utilizar as vulnerabilidades do Plasmodium que encontramos neste estudo para tentar desenvolver formas de eliminar a infeção na fase hepática, que é assintomática", diz Maria Manuel Mota.

Os investigadores criaram um atlas detalhado da infeção pelos parasitas que causam a malária no fígado. Compreender a dinâmica da infeção nesta fase assintomática é importante para investigar como parar a infeção no fígado e tentar eliminar a doença antes do aparecimento dos sintomas.


Representação dos caminhos tomados no fígado pelos parasitas Plasmodium, que causam malária

Este trabalho foi financiado pelo Wolfson Family Charitable Trust, a Edmond de Rothschild Foundations, o Fannie Sherr Fund, o Dr. Beth Rom-Rymer Stem Cell Research Fund, o Helen and Martin Kimmel Institute for stem cell research, a Minerva Stiftung grant, a Israel Science Foundation, a Broad InstituteIsrael Science Foundation, o European Research Council através da European Union’s Horizon 2020 research and innovation program grant, a Chan Zuckerberg Initiative, a Bert L. and N. Kuggie Vallee Foundation, o Howard Hughes Medical Institute, a European Molecular Biology Organization, a Fundação “la Caixa” e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Serra Shopping recebe várias iniciativas
Na próxima segunda-feira, dia 14 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Diabetes e o Serra Shopping une-se à Associação de...

Em ambos dias, 13 e 14 de novembro, entre as 10h e as 12h, a Associação de Diabetes da Serra da Estrela vai estar no Piso 0, do Serra Shopping a realizar rastreios gratuitos à glicémia capilar.

Os visitantes do Centro são ainda convidados a participar num jogo de perguntas simples, a assistir a um filme, a visitar uma exposição, entre outras iniciativas. A quem visitar o espaço, a Associação de Diabetes da Serra da Estrela juntamente com o Continente, oferecem alimentos saudáveis. 

“É bom podermos ser mais do que um centro comercial para os nossos visitantes e proporcionar momentos de aprendizagem. Termos um papel ativo de responsabilidade social e criar impacto positivo nas vidas das pessoas que nos visitam é sem dúvida a motivação para continuarmos a receber iniciativas destas no futuro,” refere António Parracho, diretor do Serra Shopping.

 

Perito forense explica
Qualquer criança está em risco de ser abusada sexualmente.

As crianças com défices são mais suscetíveis de serem abusadas, especialmente aquelas que são incapazes de denunciar o que está a acontecer ou que não compreendem que se trata de abuso o que estão a vivenciar.

Alguns abusadores aproveitam-se das crianças que estão isoladas ou que são negligenciadas pelos pais ou pelos cuidadores, este tipo de abuso requer proximidade entre agressor e vítima.

A estrutura familiar é o fator de risco mais importante no abuso sexual de crianças. As crianças que vivem com dois pais biológicos casados correm baixo risco de abuso. O risco aumenta quando as crianças vivem com padrastos ou com um progenitor solteiro. As crianças que vivem sem nenhum dos pais (filhos adotivos) têm 10 vezes mais probabilidade de serem abusadas sexualmente do que as crianças que vivem com ambos os pais biológicos. As crianças em agregados familiares de baixo estatuto socioeconómico são 3 vezes mais suscetíveis de serem identificadas como vítimas de abuso.

Existem certos fatores que tornam uma criança mais vulnerável ao abuso sexual?

FACTO: As crianças de todos os sexos, idades, afinidades populacionais, etnias, estatuto sócio económico e estrutura familiar estão em risco, nenhuma criança está imune.

FACTO: Os agressores, ao serem interrogados, afirmaram que procuravam características específicas nas crianças que escolherem para abusar. Relataram que procuravam crianças passivas, silenciosas, perturbadas e solitárias, com famílias monoparentais ou pertencentes a lares desfeitos. Os agressores trabalhavam proactivamente para estabelecer uma relação de confiança antes de abusarem delas.

FACTO: O género é também um fator importante no abuso sexual. As meninas têm 5 vezes mais probabilidades de serem abusadas do que os meninos. A idade média para os abusos é de 9 anos.

Quem são os agressores?

A maioria dos agressores sexuais de crianças são homens e podem ser membros respeitados da comunidade atraídos para locais onde possam ter fácil acesso a crianças como escolas, clubes e igrejas. A maioria dos agressores pertencem ao núcleo familiar, pai, mãe, padrasto e madrasta. Pertencem a todas as faixas etárias, religiões e classes socioeconómicas. A maioria das vítimas conhece e confia nos seus agressores. Não são os estranhos que as crianças mais têm de temer.

Muitos agressores estabelecem uma relação de confiança com a família da vítima a fim de terem acesso à criança. Frequentemente fazem comentários inapropriados assim como apresentam comportamentos cada vez mais insidiosos. Cerca de 35% dos agressores condenados usaram ameaças de violência para impedir que as crianças revelassem o abuso. A maioria dos abusos sexuais de crianças ocorre numa residência, tipicamente a da vítima ou do agressor.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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