Cerimonia no dia 4 de março
É já no dia 4 de março que a Bayer vai realizar a cerimónia de entrega do Science Choice Award, na qual serão apresentados os...

“Juntos pelo futuro da uro-oncologia” é o mote desta iniciativa da Bayer, que visa reconhecer e distinguir projetos originais na prática clínica atual através da partilha de ideias e da geração de evidência de vida real em Portugal.

O projeto vencedor receberá 20 mil euros de prémio e será escolhido por um painel de avaliação composto por especialistas de excelência na área do cancro da próstata: Prof. Dr. Arnaldo Figueiredo, Prof. Dr. Carlos Silva, Prof. Dr. Luís Campos Pinheiro, Dr. José Palma dos Reis, Prof.ª Dr.ª Isabel Fernandes, Dr.ª Maria Joaquina Maurício, Dr.ª Gabriela Sousa, Prof. Dr. Miguel Ramos, representante da Associação Portuguesa de Urologia e Dr.ª Cátia Faustino, representante da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

“Investir em inovação e ciência que impacta positivamente a vida dos doentes é uma prioridade para a Bayer. Neste sentido, lançámos o “Science Choice Award” com o objetivo de reconhecer o mérito do trabalho desenvolvido pelos médicos portugueses no tratamento do cancro da próstata, a fim de escolher um dos melhores projetos e de poder ajudá-lo a crescer e a alcançar os seus objetivos de forma mais rápida”, explica Marco Dietrich, diretor geral da Bayer Portugal.

A primeira edição do Science Choice Award é apenas o primeiro passo da Bayer para reforçar o seu compromisso em contribuir de forma significativa e fazer a diferença no futuro da uro-oncologia em Portugal.

Projeto Premium Selection avança com residência sénior de 85 camas
A SMP Serviço Médico Permanente, empresa do Grupo Onyria que opera na área de Assistência Médica ao Domicílio, Telemedicina,...

Fundada em 2009, a residência Ofélia tem capacidade para 85 camas, num edifício caracterizado pela luz natural em que todos os quartos têm acesso ao jardim interior ou a terraços. Está dotado de enfermagem 24h, uma ampla sala de fisioterapia, cabeleireiro e lavandaria.

A gestão será assegurada pela SMP durante um período de 25 anos com o objetivo de se tornar uma referência para outros lares e residências, e um exemplo do que todo o projeto Premium Selection pretende desenvolver neste segmento de mercado.

“Esta será a primeira residência deste projeto, a partir do qual poderemos implementar as melhores práticas do sector, e dar formação a outras residências que pretendam integrar o projeto Premium Selection. O SMP detém um forte know how e experiência de 35 anos em cuidados de saúde domiciliários, a que se junta a experiência do grupo em hotelaria e restauração”, refere Luis Pinto Coelho, acrescentando: “Estamos próximos dos desafios do dia a dia das residências de idosos e queremos ser um exemplo de gestão neste setor, colaborando com todas as entidades no melhoramento dos níveis de qualidade e de vida dos nossos clientes”.

O Premium Selection - Senior Living é um projeto que pretende atribuir um selo de qualidade às residências do concelho e agregá-los num portal, que ficará disponível online no início de 2022. O projeto assenta em três pilares: um plano de trabalho de melhoria contínua, com consultoria do Grupo Onyria, para a melhoria das várias vertentes de hospitality destas residências; divulgação da rede de residências sénior com selo de qualidade e garantia de que cumprem todos os requisitos e elevado padrões de qualidade; e o apoio do Serviço Médico Permanente, do Grupo Onyria, disponível permanentemente para as residências aderentes, que desta forma passam a contar com médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, sempre que necessitem.

O Premium Selection - Senior Living é um projeto pioneiro, que se inicia agora em parceria com o município de Cascais, mas que pretende vir a expandir-se para abranger todo o território nacional. Começou a ser preparado há cerca de um ano, quando em plena pandemia, se percebeu que as residências necessitavam de adquirir mais competências e melhorar vários aspetos dos seus serviços, seja na alimentação, higiene, logística, em termos técnicos e médicos, ou mesmo da relação cuidador-utente. 

Protocolo entre o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e a Cruz Vermelha Portuguesa
O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, anunciou que o executivo irá lançar brevemente um...

“O Governo está prestes a anunciar um programa de apoio à saúde mental dos atletas de alto rendimento e daqueles que estão nos primeiros anos pós-carreira ou que já concluíram a carreira de alto rendimento e estão numa fase de transição para o mercado de trabalho”, avançou o Secretário de Estado, em primeira mão.  

Segundo João Paulo Correia, este "grande apoio” vai juntar-se a outros que já existem e “nascerá de um protocolo entre o Instituto Português do Desporto e Juventude e a Cruz Vermelha Portuguesa, com a sua rede de técnicos que tem grande cobertura territorial”. O político não avançou com a data de implementação. 

O Secretário de Estado afirmou ainda que “aumentar o número de mulheres em cargos de liderança é um dos objetivos para este mandato”. Em entrevista, refere que “é nos lugares de poder que se fazem as grandes mudanças e que se tomam as decisões que são transformadoras”, por isso, é essencial que a igualdade de género se reflita também “no número de treinadoras, no número de árbitras e no número de dirigentes”, continua.  

O Governo já apresentou publicamente, no mês passado, o relatório para igualdade de género no desporto, que analisa a realidade desportiva em Portugal e que reúne 15 recomendações para o setor nesta matéria. João Paulo Correia espera que as medidas que constam no documento ajudem Portugal a aproximar-se da média europeia, “não só em número de atletas, mas também no acesso das mulheres ao lugar de poder do desporto”. 

Para este mandato, o político destaca duas grandes prioridades: “A primeira é afirmar o desporto português na cena internacional; a segunda é aumentar os índices de atividade física da população em geral”. Para este último objetivo, concorda que “é preciso combater o sedentarismo e é preciso aumentar a literária da população em geral, para que haja uma compreensão, uma mudança cultural e uma transformação que permita à população compreender que a atividade física significa mais saúde”. 

Estudo Stima Index
Em Portugal, quatro em cada dez pessoas que vivem com VIH já foram alvo de algum tipo de discriminação social, e 15% já...

Os resultados do estudo, no qual a Direção-Geral da Saúde participa, foram apresentados ontem, dia 1 de março de 2023, no Auditório António de Almeida Santos da Assembleia da República, assinalando o dia da Discriminação Zero, data assinalada pela Organização das Nações Unidas e outras organizações internacionais.

O “Stigma Index” é um projeto internacional, aplicado pela primeira vez em Portugal em 2013 e replicado em 2021/2022 pelo CAD - Centro Antidiscriminação VIH (projeto conjunto de duas organizações da sociedade civil, a Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida - Ser+ e o Grupo de Ativistas em Tratatamento - GAT), com financiamento da Direção-Geral da Saúde e parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.

Segundo o estudo, 8,5% dos inquiridos revela ter sido alvo de algum tipo de discriminação social, e 3,5% já sofreu alguma situação de violação dos seus direitos por viver com VIH, nos últimos 12 meses.

Ao nível do estigma interno (quando a pessoa assume e aplica a si própria os estereótipos sociais negativos associados ao VIH) e da auto-discriminação (quando o próprio se isola, se exclui ou evita determinadas atividades e contextos, por ter VIH), 90,5% dos inquiridos identificou manifestações de estigma interno, e 30% algum comportamento de auto-discriminação nos últimos doze meses.

No estudo participaram 1 095 pessoas que vivem com VIH, das regiões de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, e colaboraram dez centros hospitalares e 18 organizações de base comunitária. Em relação aos cuidados de saúde, 22% dos inquiridos reportaram alguma situação de discriminação no último ano por parte de profissionais de saúde. O não cumprimento da confidencialidade aumentou de 5,3% (em 2013) para 9,5%, com os inquiridos a referirem que os seus registos médicos não são mantidos confidenciais.

Pessoas que para além do VIH, têm outros fatores de vulnerabilidade (como serem homossexuais, pessoas trans, trabalhadores do sexo, pessoas que usam ou usaram drogas, ou imigrantes) reportam mais frequentemente situações de estigma e discriminação nos vários contextos, comparando com pessoas com VIH que não pertencem a nenhuma destas populações. Também as mulheres referem, mais que os homens, sofrerem de discriminação social e nos serviços de saúde, bem como de estigma interno e auto-discriminação.  

 

Movimento LIFE quer impulsionar paridade e vai realizar estudo sobre a igualdade de género
As mulheres ainda enfrentam inúmeras barreiras no acesso a carreiras de topo e cargos de decisão. Mesmo com mais habilitações...

A área da saúde é predominantemente feminina, com as mulheres a representarem 75% do total da força de trabalho, mas a ocuparem pouco mais de um terço dos lugares de liderança.

Apesar de a área da saúde ser predominantemente feminina, com as mulheres a representarem 75% do total da força de trabalho, são ainda poucas as que ocupam cargos de liderança - pouco mais de um terço devido às barreiras no acesso a carreiras de topo e cargos de decisão, que continuam a ser muitas, apesar de elas terem mais habilitações do que os homens. A isto junta-se ainda a falta de literacia, de políticas de igualdade de género ou de medidas de tolerância zero para bullying e assédio moral e sexual no local de trabalho.

Medidas que as 30 mulheres de várias gerações com experiência de liderança na Saúde, que são Embaixadoras do Movimento LIFE, apresentaram na sequência de uma primeira reflexão, em que foram analisadas as razões históricas e atuais para estarmos distantes da igualdade de género e debatidas estratégias de desenvolvimento para criar um futuro melhor para as novas gerações.

Estas e outras conclusões de duas análises vão ser divulgadas hoje, dia 2 de março, na sessão pública de apresentação do Movimento LIFE - Liderança na Saúde no Feminino, que decorre no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a partir das 14:00.

Estas são algumas das conclusões de duas análises que vão ser divulgadas hoje, dia 2 de março, na sessão pública de apresentação do Movimento LIFE - Liderança na Saúde no Feminino, que decorre no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a partir das 14:00.

Um dos estudos foi realizado pela Faces de Eva: Estudos sobre a Mulher/CICS.NOVA (NOVA-FCSH) e outro pela consultora GFK/Metris, também com base na auscultação de algumas dezenas de mulheres com experiência de liderança na Saúde.

As duas análises que vão ser apresentadas apontam para a necessidade de se conhecer a realidade do setor da Saúde em Portugal. Só o conhecimento detalhado da realidade pode dar visibilidade ao problema da desigualdade de género e permitir definir linhas de atuação concretas que mudem a realidade para as gerações futuras.

Segundo a análise da GFK/Metris, há muita informação e múltiplas estatísticas, mas são dados desagregados e não sistematizados que dificultam uma compreensão profunda da realidade. No fundo, há muita informação e pouco conhecimento.

Por isso mesmo, o Movimento LIFE vai promover a realização de um estudo que ausculte as mulheres e homens com menos de 40 anos que trabalham no setor da Saúde em Portugal. A ideia, a par de ter maior conhecimento da realidade, é permitir um retrato dos entraves ou impulsos que as mulheres mais jovens sentem atualmente na sua progressão de carreira. O intuito é também recolher contributos de todos sobre medidas ou políticas que possam ser promotoras da igualdade de género.

O Movimento promoveu já uma primeira reflexão com cerca de 30 mulheres de várias gerações com experiência de liderança na Saúde, que são Embaixadoras deste Movimento. Foram analisadas as razões históricas e atuais para estarmos distantes da igualdade de género e debatidas estratégias de desenvolvimento para criar um futuro melhor para as novas gerações.

“A igualdade de género é um assunto que tem de importar a todos: mulheres e homens. Importa a toda a Sociedade debater este tema para concretizar ações que mudem o panorama da desigualdade de género. Porque equipas de liderança diversificadas tornam melhor as organizações”, refere Cláudia Ricardo, co-fundadora do Movimento LIFE.

Outra das fundadoras, Isabel Henriques de Jesus, sublinha que “a ‘questão das mulheres’ mantém toda a atualidade e pertinência nos dias de hoje e deve ser integrada num contexto mais vasto de Direitos Humanos”. “Apesar de um caminho e evolução inegáveis, ainda há tentativa de silenciamento ou apagamento, ainda há condicionamentos vários, por vezes bem subtis. Os contornos são mais ou menos nítidos, mas a questão das mulheres não perdeu qualquer atualidade”.

Nutricionista explica
Lutar contra os quilos a mais pode ser uma missão hercúlea, confusa e angustiante.

A obesidade é uma doença crónica e complexa, que pode estar associada à diabetes, hipertensão arterial, colesterol elevado, cancro, entre outras doenças. Em vésperas de mais um Dia Mundial da Obesidade, que se assinala a 4 de março, Sílvia Pinhão, nutricionista no serviço de nutrição do Centro Hospitalar Universitário de São João, alerta para os riscos desta doença, que pode levar a uma morte prematura, e desfaz alguns mitos em torno da obesidade. E avisa que retirar da dieta alguns nutrientes, como os hidratos de carbono, pode ter efeitos contrários aos desejados: a fome vai apertar e resvalar em assaltos ao frigorífico. 

“Tratar indivíduos com excesso de peso é uma tarefa muito complicada e desafiante. Muitas vezes, estas pessoas, antes de procurarem um especialista, vão recolher informações nas mais variadas fontes, nem todas credíveis. São diariamente invadidas por influencers, youtubers, profissionais do exercício físico ou do nutricoach. A confusão instala-se e as pessoas são as principais prejudicadas”, sublinha Sílvia Pinhão, que é também professora na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. 

De acordo com dados do último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física seis em cada 10 portugueses adultos, entre 2015 e 2016, apresentavam Pré-Obesidade ou Obesidade. Em 2019, segundo o Instituto Nacional de Estatística, mais de um terço tinha excesso de peso (36,6%) e quase 17% tinham obesidade.  

Sílvia Pinhão frisa que, para emagrecer, “é importante ingerir menos energia e gastar mais”. Além disso, “é imprescindível que haja alteração do estilo de vida, através de uma alimentação saudável, variada e equilibrada, sendo o nutricionista a melhor fonte de informação, que ajudará a fazer as escolhas acertadas e a desmistificar conceitos. Acrescenta que uma alimentação correta vai também ajudar a um melhor funcionamento do intestino, a nossa barreira entre o meio interior e exterior. Todas estas alterações devem ser acompanhadas da prática regular de atividade física. 

A nutricionista explica que, nos últimos anos a investigação permitiu confirmar que a microbiota (flora) intestinal tem um papel fundamental no nosso equilíbrio metabólico. Daí que seja tão importante ter uma alimentação cuidada e hábitos saudáveis. Existem naturalmente no nosso intestino bactérias probióticas que intervêm na regulação do apetite, da saciedade e no armazenamento de energia. “Com a escolha dos alimentos certos e com a ajuda da suplementação (probióticos) é possível garantir um maior aporte destes microrganismos benéficos. Há estudos que comprovam, por exemplo, que as enterobactérias Hafnia alvei HA4597 parecem conseguir comunicar com os neurónios responsáveis pela sensação de saciedade e, por isso, podem ser promissoras no controlo de peso”, acrescenta.  

Uma pessoa que baseie a sua dieta em alimentos processados vai ter menos diversidade de microrganismos benéficos no intestino, além de impedir que outros grupos bacterianos igualmente bons, ligados, por exemplo, à proteção do sistema imunitário, se desenvolvam. 

A batalha contra o excesso de peso e a obesidade é, contudo, uma batalha para a vida e não um jogo entre semanas de folia alimentar e contenção. Traz consequências para a saúde e pode ter impacto sob o ponto de vista psicológico. “Mais difícil do que atingir o peso saudável, é conseguir manter o peso atingido, ou seja, o tratamento dietético da obesidade é para toda a vida, logo tem de ser um modo de vida”, remata Sílvia Pinhão. 

Três mitos sobre obesidade 

1. Para emagrecer devo eliminar o pão/tostas/batata/massa/arroz e outros alimentos semelhantes. 

Estes alimentos são ricos em hidratos de carbono complexos e são estes nutrientes que devem ser a base da alimentação, pois permitem ter energia para realizar as atividades diárias e manter o cérebro com a sua atividade normal. Se forem excluídos, vão trazer consequências nefastas. É importante perceber que incluídos na porção certa para cada um, ajustada à idade, sexo e tamanho corporal, são fundamentais para manter a saciedade, evitar a sensação de fome, ajudar a evitar ataques de ansiedade e nervosismo e vão ajudar a controlar o peso. A fome poderá levar a pessoa a “assaltar” o frigorífico e a escolher os piores alimentos. 

2. Para emagrecer devo ingerir muitos legumes e hortaliças.  

Os hortícolas têm de estar na alimentação diária, na sopa e/ou no prato [aumentam o volume das refeições sem aumentar muito a densidade energética (quantidade de calorias)], mas devem ser ingeridos na quantidade certa para cada um, porque tudo o que é demais é exagero. E, principalmente, deve ter-se cuidado com a quantidade de gordura habitualmente adicionada (seja óleo, seja azeite), na sopa ou no prato. Se for demasiada, mesmo que seja o azeite, que é a gordura mais saudável, vai aumentar as calorias da refeição e contribuir para o aumento de peso. Por isso, comer hortícolas é fundamental, mas na quantidade certa e, idealmente, sem adição de gordura. 

3. Tenho excesso de peso e não posso fazer nada para mudar porque a minha família é toda gordinha.  

Embora exista uma base genética que predispõe para a obesidade, a verdade é que é possível tentar controlar os nossos genes criando um ambiente e comportamentos que contrariem a tendência para ganhar peso. Ou seja, a pessoa pode adotar duas grandes armas: a alimentação, tendo em atenção a qualidade, variedade e quantidade; por outro, deve empenhar-se em ter um estilo de vida mais ativo, como andar mais a pé, trocar o elevador pelas escadas, reservar 10 a 15 minutos diários para exercícios no horário que for mais conveniente. 

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha
Para assinalar os seus 25 anos de atividade, a Lusíadas Saúde lançou uma campanha com a qual pretende celebrar os finais...

Sob o mote “25 anos a criar histórias consigo”, a campanha pretende espelhar a realidade diária dos profissionais da Lusíadas Saúde inspirando-se nas suas áreas de especialidade e traçando um paralelismo com conhecidas séries televisivas em ambiente hospitalar. Susana Vilaça, Rui Borges e Ricardo Sampaio, médicos no Hospital Lusíadas Porto – região do país onde a história da Lusíadas Saúde começou a 1 de março de 1998 com o Hospital dos Clérigos – são os protagonistas desta campanha, na qual é dada a conhecer a realidade e a história dos cerca de 6.500 profissionais de saúde do grupo.

“Os primeiros 25 anos da Lusíadas Saúde foram e continuam a ser marcados por aqueles que fazem do grupo aquilo que é hoje. E é a história destes profissionais – as que se fizeram e as que ainda estão para vir – que queremos hoje celebrar com esta campanha, mostrando que os finais felizes não acontecem apenas na ficção, mas também no dia a dia dos nossos clientes, que em nós confiam para lhes proporcionar uma experiência de cuidados de saúde de excelência”, afirma Joana Menezes, administradora do Hospital Lusíadas Porto.

A campanha, que conta com a criatividade e conceito desenvolvidos pela Drummer, a nova unidade criativa da Lift, arranca hoje em todas as Unidades da Lusíadas Saúde do país e nas redes sociais do grupo, estando também disponível numa rede nacional de mupis, em spots de rádio e, no Norte do país, com uma campanha de outdoor e uma campanha digital.

 

 

De 10 a 12 de março
Faltam apenas alguns dias para o primeiro evento inteiramente dedicado ao envelhecimento feminino, o Women Aging Summit, que se...

Os temas discutidos no Grande Auditório durante o Women Aging Summit, abordarão o envelhecimento, idadismo, saúde mental e física, menopausa e sexualidade, inclusão, beleza, literacia financeira, entre muitos outros. Mas há ainda tempo e espaço para Workshops que tocam a sensualidade, a nutrição, as emoções, entre tantos outros assuntos que fazem parte do universo feminino no processo de envelhecimento, e não só.

No primeiro dia, 10 de março, o evento arranca às 15h com o testemunho inicial de Conceição Zagalo, seguido do Kick off “O Segredo Do Meu Envelhecimento” por Laura Sagnier. Rita Saldanha, irá moderar um painel subordinado ao envelhecimento, que contará com Laura Sagnier, Maria João Quintela, Isabel Neves, Isabel Minguéns, e Conceição Zagalo como oradoras. Saúde Espiritual e Capacidade de Trabalho são as duas outras temáticas abordadas em palco nesse dia, que encerra os debates pelas 19h00. A noite estende-se até às 22h00, com um Cocktail às 20h00 na Sala das Caldeiras, o testemunho do Prazer Sexual com Marta Crawford, e um concerto intimista da cantora Francisca Costa Gomes. 

Já no sábado, dia 11 de março, a manhã começa às 10h00 com Liliana Campos a dar o mote para a Saúde Física, o painel que vai moderar, e que conta com a participação de Ágata Roquete, Pedro Tânger, Ana Rita Vítor, especialista em Smart Aging e cardiologia, a médica ginecologista obstetra Luísa Pargana, e ainda Ana Rita Gomes, membro da Comissão Executiva Multicare. O segundo momento do dia é dedicado à Beleza, e tem início com o testemunho de Carmo Sousa Lara, seguindo-se um debate sobre Beleza Interior e Exterior, com a participação de Patrícia Goulart, Inês Mendes da Silva, e Tiago Batista Fernandes, cirurgião plástico. Já durante a tarde estarão em destaque a Menopausa e a Sexualidade, com a jornalista brasileira especialista em envelhecimento e menopausa, Patrícia Parenza, e a Literacia Financeira, onde se encontrarão personalidades como Fernando Ulrich, Helena Sacadura Cabral e Bárbara Barroso.

O segundo dia do Women Aging Summit será encerrado com o espetáculo “Nasci para Sonhar”, de Joana Castro e Costa com Gabriel Selvage, às 20h00, na sala das caldeiras.

O terceiro e último dia do evento, 12 de março, com início às 10h00, é dedicado à inclusão no envelhecimento, com um painel de oradores como Evódia Graça, Maria Gil, e Neusa Sousa, moderado pela jornalista Catarina Marques Rodrigues. O painel seguinte aborda a saúde mental, tem a moderação de Sofia Alçada, e conta com Sandro Resende, Filipa Pico, Catarina Alvarez, e Rita Machado como convidados.

Ainda no dia 12 de março, as relações estarão em debate com a jornalista Carla Rocha, Rosário Carmona e Costa, Margarida Salema Garção, Rita Rugeroni, e Bibá Pitta. Este ciclo será moderado por Sofia Valério. O tema do idadismo, tão presente na nossa sociedade, vai encerrar a primeira edição do Women Aging Summit, numa conversa moderada por Luísa Pinheiro, com a presença de Rosa Araújo, Francisca Sequeira, Ana Mendonça, e Adri Coelho Silva.

O programa completo do Women Aging Summit pode ser consultado aqui. É possível assistir ao Women Aging Summit presencialmente, ou online.

Os bilhetes para 1 dia, nomeadamente 11 de março, já se encontram esgotados. Mais detalhes sobre os bilhetes e os programas diários, podem ser consultados no site do Women Aging Summit, bem como nas redes sociais, Instagram,  Facebook e Linkedin.

Esta iniciativa conta com os patrocínios de EDP, Associação Mutualista Montepio, Clinique, Câmara Municipal de Cascais, Wells, Bimby, UP Clinic, Maserati, JLL, Dove, Multicare, Novartis e TMF Group. E como parceiros: Gender Calling, PWN Lisbon, Impulso Positivo, Associação Coração Amarelo, , Associação Alzheimer Portugal, Nova SBE, Glooma, Delta Cafés e B2Run. O evento conta ainda com a Hill+Knowlton Strategies como parceiro de comunicação, e a Ofélia como parceiro de produção e criativo.

Testemunho de doente chega a cada um dos deputados da AR
A MulherEndo - Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose prometeu que não desistiria da sua luta e, neste dia...

Comemora-se hoje, 1 de Março, pela primeira vez no nosso país o Dia Nacional da Endometriose e Adenomiose. Este dia só foi possível graças à petição que a Associação MulherEndo lançou em 2022, sendo por isso uma vitória para todas as pacientes. Contudo, na mesma Petição, a Associação solicitava muito mais e apesar de ter havido uma convergência por parte dos partidos políticos sobre a pertinência e necessidade de colocar em prática tudo o que fora solicitado pela MulherEndo, o PS votou contra todos os projectos de lei e de resolução apresentados no passado dia 17 de Fevereiro, continuando a deixar as mais de 350 mil doentes em Portugal sem estatuto de doença crónica, sem medicação comparticipada e sem um atendimento condigno no SNS.

Assim, após o resultado pouco significativo da votação da sua Petição Pública, a MulherEndo continua a luta e faz chegar a cada um dos 240 deputados da Assembleia da República uma carta com um testemunho de uma doente, onde, entre outras informações, se podem ler o elevado número de anos e médicos para a obtenção de diagnóstico, bem como os valores avultados gastos por cada doente. Serve a presente carta para pedir a cada deputado que não desista desta luta e que se junte às doentes no próximo dia 25 de Março, no Parque das Nações, para a EndoMarcha - evento anual realizado em todo o mundo para a sensibilização da doença.

A par desta campanha, a Associação enviou também um pedido de audiência ao Presidente da República e ao Ministro da Saúde que espera ver acontecer em breve.

 

 

 

 

“Tempo de Partilhar”
A Miligrama Comunicação em Saúde acaba de lançar o seu novo projeto “Tempo de Partilhar”, uma plataforma online que pretende...

“Elaborámos esta plataforma com a missão de dar a conhecer as lutas, desafios, preocupações e iniciativas que pautam a atuação das Associações de Doentes, criando um espaço de partilha em formato digital”, afirma Andreia Garcia, Diretora-Geral da Miligrama Comunicação em Saúde.

Acrescenta que “com este projeto o que se pretende é contribuir para a mudança no paradigma da ligação entre o doente e a sociedade. É essencial normalizar as doenças e criar redes de apoio fortes, dando-lhes a visibilidade que merecem no contexto mediático”. 

Tempo de Partilhar engloba várias secções: atualidade, entrevistas, opinião e testemunhos e conselhos. O site contempla, ainda, uma secção de podcasts, que serve como diretório para os diferentes podcasts de organizações da sociedade civil, no setor da saúde.

A iniciativa conta já com a parceria da Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN), da Associação Portuguesa de Celíacos (APC), da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), da Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk), da Força 3P – Associação de Pessoas com Dor, da Associação Portuguesa de Doentes com Esclerodermia (APDE), da Associação Oncológica do Algarve (AOA), da Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica (Myos) e da Associação Portuguesa de Tratamento de Feridas.

Também pode fazer parte deste projeto, partilhando as suas atividades, conquistas e inquietações, através do e-mail: [email protected] e subscrevendo a newsletter.

Consulte o website aqui: https://tempodepartilhar.pt/.

 

 

Hoje
A Bluepharma acaba de inaugurar uma unidade industrial de produção de formas sólidas orais potentes, nomeadamente na área da...

A cerimónia de inauguração contou com as presenças do Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva e do Presidente da Bluepharma, Paulo Barradas Rebelo. Estiveram também presentes diversas entidades nacionais e vários clientes internacionais da farmacêutica portuguesa.

Este investimento em capacidade produtiva especializada traduz a estratégia de diferenciação da Bluepharma e o seu posicionamento único em Portugal e na Europa. Estamos perante um importante contributo para o desenvolvimento do país e da estratégia de reindustrialização da Europa.

A nova unidade industrial, dotada da mais recente tecnologia, tem uma capacidade de produção anual de 300 milhões de unidades, em que mais de 90% é para exportação. A título de exemplo refira-se que o mercado nacional consome

anualmente um total de 40 milhões deste tipo de cápsulas e comprimidos. Esta unidade de produção materializa o projeto ONConcept®, que juntou a Bluepharma numa parceria com duas empresas alemãs de referência, na área farmacêutica - Helm e Welding.

Potencial de poupança para o Estado Português é de 200 milhões de euros

“Em Portugal, nos vários tratamentos oncológicos, consomem-se anualmente 40 milhões de unidades de soluções sólidas orais potentes, o que significa que com a utilização de medicamentos genéricos, como os que vão ser produzidos em Coimbra, o potencial de poupança para o Estado Português é de 80%, ou seja, 200 milhões de euros por ano” sublinha Paulo Barradas Rebelo, Presidente da Bluepharma.

“Além das poupanças para o Estado estamos perante um novo salto qualitativo na melhoria do acesso aos cuidados de saúde a nível mundial”, refere Paulo Barradas Rebelo.

Uma unidade sustentável e orientada para o futuro

A criação desta nova unidade reforça também o compromisso da Bluepharma com a sustentabilidade e a descarbonização, graças à colocação de 478 painéis solares que vão funcionar como unidade de produção para autoconsumo e garantir cerca de 30% das necessidades energéticas do edifício. No total estamos perante uma redução de 69 toneladas/ano em emissões de CO2.

 

Associação tem novos órgãos sociais para 2023-2024
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) acaba de nomear Sofia Correia de Barros para presidente da direção nos...

Sofia Correia de Barros, licenciada em Matemáticas Aplicadas à Economia e à Gestão do ISEG (1998), tem uma experiência profissional em diferentes sectores como banca, consultoria e hotelaria, sendo de destacar mais de 10 anos de experiência na área da saúde quer em Portugal como no Reino Unido. Em 2002 fez o MBA da Universidade Nova em full-time e em 2003 ingressou na McKinsey & Company, onde aprofundou os seus conhecimentos em eficiência operacional e saúde. Atualmente, Sofia Correia de Barros é a country manager da Diaverum Portugal.

“Entendemos que o futuro da ANADIAL passará por reforçar os pilares que têm caraterizado a atividade dos seus associados, nomeadamente, a centralidade da pessoa doente, com particular enfoque na sua liberdade de escolha; a transparência nos resultados terapêuticos; a parceria com as autoridades de saúde e restantes parceiros do setor na procura de soluções que visem a sua sustentabilidade; e o investimento na literacia em saúde, em particular, com a dinamização de campanhas de consciencialização para a doença renal crónica”, menciona Sofia Correia de Barros.

A nova Direção da ANADIAL é também constituída por Rui Filipe (vice-presidente), Ângelo Cardoso, Paulo Dinis, Pedro Miguel Leite, Ricardo Leão e Serafim Guimarães.

Atualmente através dos seus associados, a ANADIAL é responsável por cerca de 90% dos tratamentos de hemodiálise realizados, em Portugal, às pessoas com doença renal crónica submetidas a esta terapêutica de substituição.

 

Candidaturas de 1 de março a 31 de maio de 2023
Estão abertas as candidaturas para a 5.ª edição da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo. Uma iniciativa da Associação...

Os projetos de investigação podem ser realizados por investigadores nacionais ou estrangeiros com exercício em instituições portuguesas sendo encorajada a colaboração e parceria entre várias instituições, bem com a interdisciplinaridade. Todas as candidaturas devem ser formalizadas para o e-mail [email protected], até às 24 horas de dia 31 de maio de 2023.

Segundo Manuel Abecasis, presidente da APCL, «a Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo tem permitido apoiar grupos de investigadores que de outra forma teriam muita dificuldade em desenvolver os seus projetos de investigação clínica. Iniciativas deste género são cada vez mais importantes no sentido de estimular o interesse pela investigação, contribuindo para encontrar novas respostas que atendam às necessidades destes doentes. Para a APCL tem sido extremamente gratificante estar na génese desta iniciativa, pelo número crescente de candidaturas que temos vindo a receber de ano para ano, e também pela excelência e pertinência dos trabalhos que se candidatam».

Para João Raposo, presidente da SPH «o contributo que esta iniciativa tem trazido para a produção científica nacional, enquanto apoio a projetos de investigação em curso ou planeados, é inegável. Acresce ainda o facto de estarmos a tratar de uma patologia rara da área da hemato-oncologia, com um elevado índice de mortalidade associado. É sempre com grande expetativa que recebemos estes trabalhos em que nos apresentam investigações cujos resultados podem trazer ganhos para o doente, seja a nível do tratamento ou da qualidade de vida».

«Tendo em conta o impacto alcançado em edições anteriores, é um enorme orgulho para a Amgen fazer parte desta iniciativa há sete anos consecutivos, onde se espelha não só a qualidade e excelência dos projetos desenvolvidos, mas também a fulcral importância da promoção e do financiamento de mais e melhor conhecimento ao serviço dos doentes», declara Tiago Amieiro, diretor-geral da Amgen Biofarmacêutica.

Todos os projetos submetidos serão avaliados por um júri idóneo, composto por peritos de reconhecido mérito em investigação científica e experiência profissional e/ou académica em hemato-oncologia em Portugal e/ou internacional, nomeado pela APCL e SPH. O regulamento da bolsa de investigação em Mieloma Múltiplo pode ser consultado nos sítios dos parceiros.

O Mieloma Múltiplo é a segunda neoplasia hematológica mais frequente em Portugal com cerca de 544 novos casos por ano. Esta patologia tem uma grande incidência a partir dos 50 anos e apresenta sintomas inespecíficos, por vezes desvalorizados, sendo o diagnóstico atempado fundamental para maximizar os resultados em saúde nestes doentes.

Março, mês de Luta Contra o Cancro do Intestino
O cancro do intestino é o mais frequente no nosso país. Uma realidade que pode ser alterada com a mudança de atitude dos...

Diariamente morrem, em média, 11 portugueses por cancro colorretal (CCR), sendo a sobrevivência global aos 5 anos de 50%. Se o diagnóstico for realizado atempadamente, a sobrevivência ultrapassa os 90%. (fonte: United European of Gastroenterology). 

A urgência em alertar a população para a elevada incidência e mortalidade desta doença, que pode ser acautelada através de um diagnóstico eficaz e atempado, levou a SPG a implementar uma campanha de sensibilização com a divulgação um filme apresentado na televisão e redes sociais. (toda a informação sobre a campanha disponível aqui). A SPG defende a criação de uma estratégia nacional, com igualdade de acesso a todos os cidadãos para uma eficaz prevenção e tratamento. De acordo com as novas diretrizes internacionais, todos as pessoas, mesmo assintomáticas, a partir dos 45 anos devem ser incluídos num programa de rastreio do cancro do cólon e reto.

Para o presidente da SPG, Guilherme Macedo “a importância do rastreio por colonoscopia, resulta da elevada incidência e mortalidade por CCR em Portugal, e da existência de um tratamento curativo, que é tanto mais eficaz quanto mais precoce for o diagnóstico e deteção das lesões precursoras (pólipos intestinais)” e acrescenta que “com o recurso à colonoscopia é possível a remoção destas lesões, interrompendo a progressão para cancro evitando assim novos casos. A colonoscopia é, portanto, o método de rastreio por excelência, ao permitir o diagnóstico e o tratamento no mesmo ato, promovendo uma efetiva prevenção da doença”.

 

 

Semana de Sensibilização para a Zona
Mais de 90% dos adultos são portadores do vírus que causa a Zona, que tende a reativar-se após os 50 anos e pode ser altamente...

Segundo o estudo “Vacinação na Idade Adulta e Envelhecimento Saudável: o que sabemos sobre a Zona?”, uma iniciativa da GSK e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) realizada em 2022, 53% da população portuguesa com mais de 50 anos não conhece os fatores de risco associados à doença, 16% não conhecem os sintomas e 28,6% não sabem qual é a faixa etária mais vulnerável ao seu aparecimento.

“A Semana Mundial de Sensibilização para a Zona é uma iniciativa global que pretende contribuir para o aumento da literacia da população portuguesa relativamente a este problema. O objetivo passa por sensibilizar a população em maior risco, nomeadamente todas as pessoas com mais de 50 anos e doentes imunocomprometidos, sobre os riscos, o impacto e os comportamentos a adotar para uma melhor qualidade de vida, incentivando sempre a procura de mais informação junto dos profissionais de saúde”, afirma Teresa Branco, Médica Internista do Hospital Fernando Fonseca.

“Com esta iniciativa pretendemos alertar e informar a população, em particular aqueles que têm mais de 50 anos, para a importância de conhecer a Zona e os seus sintomas, que podem ser altamente incapacitantes e ter um enorme impacto na qualidade de vida. Nesta Semana de Sensibilização para a Zona queremos incentivar os portugueses a procurar saber mais sobre a doença, falando com o seu médico, de modo a evitar as consequências muito debilitantes que esta infeção pode ter”, explica Neuza Teixeira, Diretora Médica da GSK Portugal.

A Zona, também conhecida por Cobrão ou Herpes Zoster, é uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zoster. Depois de uma pessoa contrair varicela, habitualmente durante a infância, o vírus permanece adormecido no corpo desta durante toda a vida, não causando normalmente quaisquer sintomas. Contudo, com o aumento da idade, o sistema imunitário enfraquece naturalmente, o que pode permitir que o vírus varicela-zoster se reative, causando Zona. 

Inicialmente, a doença pode manifestar-se através da sensação de formigueiro ou dor numa área da pele, de dor de cabeça ou mal-estar geral. Tipicamente, surge ainda, alguns dias mais tarde, uma erupção cutânea (vesículas ou bolhas) apenas de um lado do corpo, mais frequentemente no peito, abdómen ou rosto, podendo também estar presentes em qualquer parte do corpo. Normalmente, os sintomas melhoram após algumas semanas, mas alguns doentes podem sofrer complicações.  A complicação mais comum da Zona (30 % dos casos) é a Nevralgia Pós-Herpética (NPH), caracterizada por uma dor incapacitante que pode durar de 3 a 6 meses, podendo em alguns casos persistir durante vários anos. A NPH pode causar ansiedade, depressão e insónia. Outras complicações podem incluir alterações da pele, envolvimento dos olhos e problemas de audição.

Para mais informações, consulte o seu médico. Poderá também aceder a www.porumavidainteirapelafrente.pt

“A Mensagem das Lágrimas - Guia para lidar com o luto”
A editora PACTOR anuncia o lançamento do livro “A Mensagem das Lágrimas – Guia para lidar com o luto”, uma edição portuguesa do...

A perda significativa de alguém na vida é, por norma, um momento muito difícil. Durante o processo de luto surgem várias questões sobre esta experiência e é importante normalizar as principais reações emocionais, cognitivas, físicas e espirituais que são vívidas pelas pessoas enlutadas.

“A Mensagem das Lágrimas é uma obra intemporal acerca do processo de luto e das ferramentas que auxiliam na dolorosa caminhada de perder quem se ama e, consequentemente, na gestão do sofrimento, do vazio e do silêncio provocados pela perda.”, escreve, Sofia Gabriel, Psicóloga clínica na Mind.

“Como podemos processar a morte de uma pessoa querida?”; “Como podemos ajudar uma pessoa que está a sofrer?”; “Quais são as palavras reconfortantes que devemos dizer?”; “É mais adequado afastarmo-nos, para ganhar espaço, ou aproximarmo-nos?” e “O que podemos oferecer, quando os últimos momentos se aproximam e não há mais nada a fazer ou a dizer?” são perguntas frequentes para quem se encontra em processo de luto ou para as pessoas que acompanham alguém nessa situação. A Mensagem das Lágrimas é um guia prático e inspirador que pretende ajudar o leitor a esclarecer todas estas dúvidas e a refletir sobre as suas angústias, pensamentos e emoções que possam ter vergonha de verbalizar.

“Independentemente da relação perdida ou das circunstâncias da morte, este livro é também um guia para as pessoas que querem ajudar uma pessoa próxima que se encontra em luto”, diz Mauro Paulino, Coordenador da Mind.

Este livro destina-se às pessoas que se encontram em processo de luto, mas também é para aqueles que desejam ajudar os que estão a passar por uma perda. A obra está dividida em dez capítulos e apresenta uma série de pistas que ajudam a identificar qual é o sofrimento desnecessário, que pode levar a complicações, e qual é o sofrimento necessário e indispensável, como parte natural do processo de recuperação.

Assumindo uma atitude respeitosa e sensível, a autora conduz os leitores pelos diferentes momentos da vivência do luto, levando-os a sentir e viver a sua própria experiência de forma presente e em plena consciência, além de dar indicações sobre o que os pode ajudar no processo de recuperação da esperança e do desejo de viver, de forma a honrar a pessoa amada.

Em parceria com o Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Lisboa
Antecipando o Dia Mundial da Obesidade que se assinala a 4 de março, a ADEXO – Associação Portuguesa de Pessoas que Vivem com...

A iniciativa, que teve como ponto de partida o livro “O Esconderijo”, visa sensibilizar a comunidade para o bullying infantojuvenil relacionado com a Obesidade e contou com a participação de 260 turmas e de cerca de 5.636 alunos de várias escolas do concelho de Lisboa. Como complemento ao trabalho realizado pelas escolas foram realizadas 78 sessões pedagógicas para cerca de 2.200 alunos sobre os temas do projeto e tendo por base o livro "O Esconderijo". A exposição conta com cerca de 265 trabalhos de 32 escolas de 1º e 2º ciclo da rede pública de lisboa. "

A ADEXO – Associação Portuguesa de Pessoas que Vivem com Obesidade ofereceu a cada uma destas escolas 1 exemplar do livro “O Esconderijo”, ao abrigo da campanha “1000 LIVROS 1000 ESCOLAS” o qual foi dinamizado nos vários agrupamentos e em mais de 48 escolas, terminando agora com a realização de uma exposição coletiva dos trabalhos efetuados pelos alunos ao longo do projeto e que pretendem mostrar a forma como cada turma/escola apreendeu a história e os conceitos associados e como, na sua realidade, previnem eventuais situações de bullying.

A inauguração da exposição conta com a participação do Reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, do Presidente da ADEXO – Associação Portuguesa de Pessoas que Vivem com Obesidade, Carlos Oliveira, da Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Lisboa, Sofia Athayde e, ainda, dos apresentadores de televisão, Vanessa Oliveira e José Carlos Malato, que são os padrinhos do livro.

A exposição “Na Nossa Turma Ninguém se Esconde” materializa-se em dois formatos de apresentação dos trabalhos realizados pelas escolas – físico e digital – e integrará várias dinâmicas que permitirão a interação com os visitantes, seja em contexto escolar ou outro, construindo um programa de visitas e de atividades para as escolas e famílias.

Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, refere a propósito desta iniciativa que “que a Câmara Municipal de Lisboa é o parceiro que aceitou o desafio que lhe lançamos com a oferta dos livros e colocou todos os agrupamentos a falar sobre um tema que para muitos continua a ser TABU.  Esta ação permitiu que as crianças passassem a ter uma visão diferente sobre o tema e falem agora sobre um tipo de agressão continuada que não podemos aceitar e que, muitas vezes, os mais jovens, por exemplos menos felizes, não a entendem como tal”.

Este ano, a Adexo – Associação Portuguesa de Pessoas que vivem com Obesidade assinalará o Dia Mundial da Obesidade ao abrigo do tema “Juntos abordamos a Obesidade em toda a Europa”. Em Portugal, a Associação participará em várias atividades com a Câmara Municipal de Lisboa e com a SPEO – Sociedade Portuguesa de Estudo da Obesidade, entre as quais a participação num Curso Multidisciplinar de Obesidade na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, no dia 4 de março dirigido a Profissionais de Saúde.

3 de março
A Direção-Geral da Saúde vai realizar o evento “Promoção da Alimentação Saudável: Passado, Presente e Futuro”, organizado no...

Neste evento será apresentado o relatório anual do PNPAS de 2022, bem como os resultados de um conjunto de iniciativas que foram promovidas por este Programa ao longo do último ano para melhorar os ambientes alimentares nos quais as crianças e jovens vivem. Destaca-se, ainda, a apresentação das linhas estratégias do PNPAS 2022-2030, pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares.

O evento será realizado em formato híbrido, presencial e online no canal YouTube da DGS.

Para participação presencial, a inscrição deve ser realizada para o email [email protected], até 2 de março de 2023.

 

Ana Gonçalves Andrade, ginecologista da Maternidade Alfredo da Costa
O Papilomavirus Humano (HPV) não escolhe idades ou género, é silencioso, e pode provocar diversos ti

“As mulheres com rastreio positivo para HPV de alto risco devem ter uma vigilância clínica mais regular para que o médico possa ponderar a melhor abordagem em função do risco, e assim evitar que a infeção evolua para uma doença maligna, alerta a médica, em vésperas de mais um Dia Internacional de Consciencialização sobre o HPV, que se assinala a 4 de março. 

Ana Gonçalves Andrade explica que esta vigilância não só previne uma evolução para o cancro do colo do útero, como evita tratamentos desnecessários e reduz os níveis de ansiedade associados a um rastreio positivo. “Apesar de sabermos que 80 a 90% das infeções podem regredir espontaneamente, a vigilância regular (wait and see ou esperar para ver) pode ser difícil de aceitar pela doente. Mas, nesta fase, é fundamental explicar à doente que, consoante o tipo de lesão identificada, podem não ser necessários tratamentos invasivos, como a cirurgia, e que existem outras formas de gerir e tratar a infeção até à cura efetiva. 

De acordo com a especialista cerca de 80% das pessoas sexualmente ativas terá, pelo menos, um episódio de infeção pelo papilomavirus humano (HPV) durante a vida. Existem mais de 200 tipos diferentes, mas só alguns com potencial cancerígeno. “Uma vez que a infeção persistente por HPV promove o desenvolvimento do cancro do colo do útero e que depende, em parte, do status imunitário do aparelho genital, estratégias que permitam melhorar a imunidade vaginal, equilibrando o seu microbioma, podem ser importantes na prevenção da infeção persistente e na progressão de lesões de baixo risco, salienta. 

A estratégia para a eliminação do cancro do colo do útero assenta em três pilares: prevenir a infeção HPV, diagnosticar lesões precursoras e tratar lesões com elevado risco de progressão. A vacinação contra o HPV é a base da prevenção primária. Disponível em Portugal, a vacina nonavalente, incluída no Programa Nacional de Vacinação, cobre os serotipos responsáveis por 90% dos cancros do colo do útero. 

A implementação do rastreio permite identificar as mulheres em risco de desenvolver cancro do colo do útero e, ao vigiá-las, reduzir a sua incidência e mortalidade. Daí que seja importante a vigilância da doente em Unidades especializadas em patologia do colo, para ir avaliando a evolução da infeção e de eventuais lesões. Estratégias de intervenção terapêutica, como produtos de aplicação vaginal, podem ser utilizados como forma de estimular a regeneração dos tecidos, potenciando a neutralização natural do HPV, e, ao mesmo tempo, diminuir os níveis de ansiedade. Por exemplo, diversos estudos indicam que o carboximetil beta-glucano, um polímero hidrofílico mucoadesivo, contribui para reequilibrar o microbioma vaginal e apoia a regeneração das células que revestem o colo do útero*. Contudo, alerta que a sua utilização não exclui a necessidade de manter uma vigilância clínica regular em centros diferenciados. 

Ana Gonçalves Andrade sustenta que, “existem atualmente um conjunto de medidas preventivas custo-eficazes que tornam o cancro do colo do útero uma doença evitável”. E relembra que “a consciencialização da população para a importância da infeção HPV é fundamental para uma adequada adesão a todas estas medidas preventivas e para tornar o cancro do colo do útero uma doença do passado”.  

PERGUNTAS E RESPOSTAS: 

O que torna o colo do útero tão suscetível? 

O HPV infeta as células basais dos epitélios através de micro abrasões decorrentes das relações sexuais. Por ser uma zona de metaplasia ativa, a zona de transformação do colo é particularmente suscetível. No interior da célula o vírus completa o seu ciclo de replicação, destrói a célula infetada e liberta novas partículas virais que perpetuam a infeção (infeção produtiva; lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau). Se a infeção persistir o vírus integra o seu DNA no genoma da célula hospedeira conferindo-lhe a capacidade de transformação neoplásica (infeção transformante; lesão intra-epitelial escamosa de alto grau – precursora do cancro do colo do útero). 

Quais os tipos de HPV mais perigosos? 

Entre os HPV de alto risco, os 16 e 18 são os mais perigosos e responsáveis pela esmagadora maioria dos cancros do colo do útero. Daí que sejam fundamentais a vacinação e o rastreio. Os HPV de baixo risco causam doença benigna, os condilomas. 

O HPV está relacionado com que tipos de cancro? 

O Papilomavirus Humano é um dos carcinogéneos mais potentes e está na origem de múltiplas neoplasias: mais de 90% dos cancros do colo do útero, 88% dos cancros anais, 70% dos da vagina, metade dos cancros do pénis; cerca de 43% das neoplasias da vulva e está relacionado com 26% dos casos dos cancros da orofaringe. 

 

Referências: 

*Lavitola G, Della Corte L, De Rosa N, Nappi C, Bifulco G. Effects on Vaginal Microbiota Restoration and Cervical Epithelialization in Positive HPV Patients Undergoing Vaginal Treatment with Carboxy-Methyl-Beta-Glucan. Biomed Res Int. 2020 Apr 27;2020:5476389. doi: 10.1155/2020/5476389. PMID: 32420349; PMCID: PMC7201736. 

 

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório
Pedro Pita Barros (Cátedra BPI | Fundação “la Caixa” em Economia da Saúde) e Eduardo Costa, investigadores do Nova SBE Health...

A análise dos autores incide sobre os dados recolhidos na última década (2011-2022) e verifica, entre outros parâmetros, que na prestação de cuidados de saúde, o aumento do número de profissionais, sobretudo desde 2015, foi anulado pelo aumento do número de profissionais que trabalham em tempo parcial e pelas alterações aos horários de trabalho (regresso às 35 horas). Tal revela que a capacidade assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS) depende, entre outros fatores, do número de horas trabalhadas e não do número de profissionais. Concluindo assim que ‘o esforço financeiro realizado foi canalizado para a recuperação e não para a expansão da capacidade’.

Embora o número de profissionais de saúde em Portugal tenha crescido de forma contínua (entre dezembro de 2014 e julho de 2022, verificou-se um aumento global de 29%: médicos internos +35%, médicos especialistas +25% e enfermeiros +35%), o aumento da procura por cuidados de saúde e a sofisticação técnica esbatem os ganhos obtidos pelo aumento do número de profissionais de saúde. O relatório revela ainda que Portugal apresenta fortes desequilíbrios na força de trabalho em saúde, o que acentua a dificuldade para fazer face às necessidades de uma população particularmente envelhecida, com elevada prevalência de doenças crónicas e hábitos de vida pouco saudáveis.

Alertando para as limitações que impedem uma justa comparação, os autores lembram, ainda assim, que Portugal é o país da OCDE com maior número de médicos por mil habitantes (5,5 médicos por cada mil habitantes), mas surge entre os dez países com menos enfermeiros (7,1 enfermeiros por mil habitantes) e é mesmo o país da OCDE com o rácio de enfermeiros por médico mais baixo (1,3 enfermeiros por médico, em contraposição à média dos restantes países que apresentam um rácio de 2,7 enfermeiros por cada médico).

Envelhecimento dos profissionais de saúde

O envelhecimento da população e dos profissionais de saúde foi igualmente alvo de análise no presente relatório. Os dados mais atuais (relativos a dezembro de 2021) indicam que cerca de um quarto dos médicos (24%) inscritos na Ordem tinha mais de 65 anos, o que faz antecipar uma vaga de aposentações nos próximos anos, cenário que atingirá o seu pico na presente década (2020–2030), com um expectável volume médio de aposentações anuais superior a 450. O envelhecimento dos profissionais de saúde - que no caso dos enfermeiros é menos expressivo – afeta diretamente o planeamento dos recursos humanos em saúde, uma vez que a proporção de médicos envelhecidos não só reduz o número de profissionais disponíveis para trabalhar em período noturno ou na urgência, como permite antever, para a presente década, a aposentação de cerca de 5 mil médicos. ‘O planeamento atempado dessas aposentações é fundamental para minimizar disrupções no normal funcionamento dos cuidados de saúde’ adiantam os investigadores, frisando o impacto destas saídas ao nível, por exemplo, da manutenção da capacidade formativa no SNS.

A fotografia dos recursos humanos no SNS e as estimativas futuras existentes reforçam a necessidade de outro tipo de abordagem para fazer face aos problemas da escassez de alguns profissionais, das restrições orçamentais e das necessidades crescentes e complexas da população. A resolução dos desafios existentes nos recursos humanos em saúde em Portugal passa, segundo os investigadores, por ‘(…) uma diferente capacidade de gestão para estabelecer, por um lado, condições de atratividade do SNS (…) e, por outro lado, aproveitar as potencialidades de reorganização do trabalho nas unidades de saúde, propiciadas quer pela evolução das competências dos vários grupos profissionais da saúde quer pelo desenvolvimento tecnológico, incluindo a transformação digital, que permite o desempenho de algumas tarefas por meios tecnológicos.’.

Profissionais de saúde do SNS exaustos e com menos poder de compra

Na análise às remunerações o relatório conclui que a deterioração da atratividade do SNS tem vindo também a ser reforçada pela diminuição da competitividade das condições remuneratórias, fruto da evolução negativa das mesmas. Ao passo que o ganho médio nacional subiu 23% entre 2011 e 2022, no caso dos médicos observou-se um decréscimo de 5% (em parte explicado pelas aposentações) e no caso dos enfermeiros o ganho médio subiu 14%, no mesmo período. A comparação entre a evolução das remunerações reais e a evolução do poder de compra, evidencia que, em 2022, os médicos perderam 18% do poder de compra face a 2011, e os enfermeiros perderam 3% (em média, os trabalhadores nacionais viram o seu poder de compra subir 6% no mesmo período, apesar da quebra significativa em 2022, face ao aumento da inflação). Os autores do estudo referem que o período de recuperação registado antes da pandemia ‘não foi suficiente para recuperar significativamente as dificuldades sentidas durante a crise financeira e para fazer face à dinâmica recente de preços’.

O recurso a suplementos remuneratórios utilizado para atenuar as perdas de poder de compra acentua a pressão da carga de trabalho e complexifica a gestão das unidades de cuidados de saúde. Também o crescimento do setor privado, com a consequente possibilidade de duplo emprego para complemento dos rendimentos, cria uma pressão adicional ao SNS, complexificando a gestão de recursos humanos, e coloca desafios sobre a evolução da remuneração dos profissionais de saúde no setor público, enquanto fator de atratividade dos profissionais.

Condicionantes à evolução dos recursos humanos em saúde em Portugal

O presente relatório destaca como fortes condicionantes à evolução do cenários dos recursos humanos em saúde em Portugal três períodos negativos sucessivos que  incidiram sobre os profissionais de saúde e que resultaram na perda de rendimento real e na degradação das condições de trabalho: o programa de ajustamento financeiro e das contas públicas (2011-2014) - reduções salariais, aumento dos horários de trabalho e congelamento do orçamento para o SNS diminuíram significativamente as perspetivas de evolução dos profissionais de saúde, acentuando o desgaste face ao crescimento contínuo da procura por cuidados de saúde; o período seguinte de reversão de medidas (2015-2019)  – a diminuição do horário de trabalho associada à mesma procura por cuidados de saúde teve que ser satisfeita por um número menor de horas de trabalho o que se traduz em contratações utilizadas para recuperar a capacidade de resposta e não o seu reforço; e a pandemia da Covid-19 (2020-2021)  - aumento drástico da carga de trabalho e desgaste relacionado com o trabalho na ‘linha da frente’ da pandemia que se somou aos fatores de pressão que se sentiam desde a crise financeira.

‘A falta de atratividade do Serviço Nacional de Saúde como local de trabalho decorreu mais dos três choques sucessivos do que da falta de atenção (que existiu) aos efeitos da demografia’, concluem os autores, salientando a necessidade de mudanças para lá da abertura de vagas para formação e da abertura de concursos de recrutamento - mudanças ao nível da gestão, com a criação de uma estratégia ativa para desenvolvimento profissional no SNS, e da reorganização do trabalho.

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