Da Ciência à Espiritualidade
A Casa Ronald McDonald do Porto celebrou nove anos de existência com mais um ciclo de ‘Conversas de Família’ da Fundação...

Esta “conversa de família” pretendeu promover a reflexão e discussão sobre a relação que a ciência tem com o amor e com a espiritualidade e a importância do desenvolvimento espiritual e do caminho para o autoconhecimento. Durante mais de duas horas, Luis Portela contou na primeira pessoa a forma como vê o mundo e a forma como cada um de nós pode alcançar a espiritualidade numa altura em que as questões da saúde mental estão no topo das preocupações mundiais, afirmando que a “Ciência e a Espiritualidade andam de mãos dadas". Esclareceu também que a comunidade científica está cada vez mais recetiva a outras perspetivas de terapia e tratamento. Ao longo da sua intervenção foi reforçando sempre que “cabe a cada um fazer a sua parte” e que todos nós temos a "responsabilidade de contribuir para um mundo melhor".

A tarde ficou ainda marcada pelas inúmeras perguntas colocadas e por muitos momentos de partilha, começando com o próprio convidado quando este partilhou as suas crenças, convicções e inquietações. “Ajudou-me a repensar a nossa vida. Foi uma experiência gratificante”, refere a Mãe do Gonçalo que está na Casa Ronald McDonald do Porto desde junho deste ano. Marta Sousa Pires, Diretora Executiva da Fundação Infantil Ronald McDonald, afirmou que o propósito desta iniciativa se prendeu na vontade de “oferecer mais uma perspetiva de terapia diferente para ajudar as famílias e os profissionais de saúde a lidarem da melhor forma com o diagnóstico de uma criança doente”. A responsável salientou ainda: “Este foi um dos momentos altos das nossas conversas de família e despertou um interesse enorme nas famílias e contámos com a presença de muitos profissionais de saúde e do mundo académico e corporativo. É importante relembrar que todos nós podemos ter um papel importante na construção de um mundo melhor, onde a empatia, compaixão e entreajuda viva”.

O Programa “Conversas de Família” da Fundação Infantil Ronald McDonald procura apoiar e capacitar as famílias das crianças em tratamento hospitalar para lidarem melhor com as várias situações e desafios que acompanhar uma criança doente implica. Através de conversas informais, entre famílias e profissionais de diferentes áreas, sobre temas específicos e relevantes para a realidade e contexto das famílias, pretendemos dar às famílias maior segurança e confiança no cuidado e apoio que dão às suas crianças e aproximá-las da comunidade hospitalar.

Jornada de dois dias
O Iscte será, durante dois dias, palco de reflexão sobre a nova relação médico-doente no mundo digital e a inclusão e a...

A “Posição Conjunta para a Saúde Digital Inclusiva” será apresentada esta quinta-feira no Iscte – Instituto Universitário de Lisboa nas III Jornadas de Saúde Societal. Já assinada por 14 associações de doentes, das 44 que estão a trabalhar na adesão a esta posição, é um documento que promove a informação e a participação dos cidadãos nos processos de prestação de cuidados de saúde na era digital, assim como o desenvolvimento de uma nova relação médico-doente que a pandemia da Covid-19 acelerou.

A Ordem dos Médicos (Secção Regional do Sul) e a Ordem dos Psicólogos vão participar neste debate sobre saúde digital inclusiva que decorrerá durante as jornadas. O acesso efetivo aos dados de saúde, bem como os benefícios da exploração responsável dos dados de saúde na investigação, na formulação de políticas públicas e na gestão de sistemas de saúde vão estar no centro das intervenções (Ver Programa completo em anexo).

“A promoção de uma saúde digital inclusiva tem de contemplar a capacitação digital de indivíduos e de doentes, para que estes não sejam excluídos desta mudança”, afirma Luísa Lima, docente e investigadora do Iscte e coordenadora das jornadas. “Só com capacitação, literacia e advocacia para a utilização de dados de saúde na justa medida e de forma segura, os dados disponíveis poderão ser úteis para a promoção de políticas que melhorem a prestação de cuidados de saúde à população”.

Promover a inclusão e debater os impactos da digitalização na área da saúde é o principal objetivo deste congresso promovido pelo Iscte-Saúde. O Iscte irá apresentar o III volume do seu Caderno de Saúde Societal, desta vez dedicado à “Transformação Digital e Inclusão na Saúde”. Este caderno reúne um conjunto de reflexões sobre a sociedade e a telesaúde, impulsionada pela pandemia da Covid-19. A apresentação será feita por Henrique Martins, Jorge Ferreira, Elzbieta Campos e Elsa Cardoso, docentes e investigadores do Iscte,

O Iscte-Saúde é uma iniciativa para melhorar a resposta aos desafios da saúde na sociedade atual, através da conjugação entre a investigação, a formação e a intervenção do Iscte nas áreas de ciências sociais, da gestão e da tecnologia. É uma iniciativa de saúde societal que pretende “alargar os horizontes à participação do cidadão e ao papel das políticas públicas”.

Acesso aos dados de saúde para investigação

O programa das jornadas está dividido em dois dias. O primeiro será dedicado a quatro workshops: "Atualização e Participação nas Políticas de Saúde Digital", realizado com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação; “Saúde Digital”; e "ePROMS: Desigualdades no acesso a investigação e ensaios clínicos". Dedicado ao digital e organizado em parceira com a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, este último workshop tem como objetivo aprofundar os desafios entre o mundo do digital e a relação médico-doente, bem como da utilização de novas ferramentas digitais.

O primeiro dia das jornadas encerra com a gravação ao vivo do podcast “Pensar Saúde e Sociedade”. Ricardo Gonçalves Viegas, fundador do podcast, estará à conversa com três especialistas da área da saúde: Maria de Belém, antiga ministra da Saúde, Clara Carneiro, ex-assessora da Presidência da República, e Maria do Céu Machado, ex-presidente do Infarmed.

Haverá três mesas redondas de debate no último dia das jornadas: uma sobre a “Transformação Digital na Saúde”, outra sobre "Participação e Inclusão na Saúde" e a última é dedicada às “Desigualdades sociais na saúde: Desafios futuros”

 

 

Universidade de Coimbra
Um projeto multidisciplinar liderado por uma investigadora do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e...

O Lab-on-paper, financiado pela European Low Gravity Research Association (ELGRA), resulta de uma colaboração que envolve múltiplos cientistas da Universidade de Coimbra, do Instituto Superior de Engenharia do Porto e da Universidade Nova de Lisboa, provenientes de vários grupos/centros de investigação: BioMark@ISEP/ BioMark@UC (do Centro de Engenharia Biológica; Akmaral Suleimenova, Goreti Sales, Manuela Frasco e Rita Cardoso), o CENIMAT (do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação; Afonso Sampaio, Ana Carolina Marques, Elvira Fortunato, Guilherme Ribeiro e Rui Igreja), o Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (João Gabriel Silva) e o Laboratório de Sistemas Autónomos (André Dias), além de João Pedro Coutinho, aluno do Instituto Superior de Engenharia do Porto.

Este projeto representa o primeiro voo de uma equipa portuguesa no foguetão MASER e abre portas à possibilidade de análise de alguns parâmetros com interesse para a saúde no espaço. «Esta experiência inédita pretende avaliar o funcionamento de sensores semelhantes às tiras de urina no espaço, onde a gravidade é quase nula», explica a líder do projeto, acrescentando que recorreram a sensores de açúcar (glucose) ou de antibióticos (tetraciclina), com base em a tecnologias já desenvolvidas pela equipa, em 2014 e 2015.

O lançamento, que aconteceu esta quarta-feira, 23 de novembro, foi acompanhado pela líder do projeto, Akmaral Suleimenova, e João Gabriel Silva, Professor Catedrático de Engenharia Informática da FCTUC, no sentido de assegurar em Terra a operacionalidade dos biossensores, da estrutura mecânica desenvolvida para este efeito e da comunicação entre o foguetão e a experiência, encerrados numa caixa própria para esta viagem única. Esta caixa passou aliás por múltiplos testes nestes últimos meses, um deles levando Akmaral Suleimenova, Guilherme Ribeiro (Universidade Nova da Lisboa) e João Pedro Coutinho (Instituto Superior de Engenharia do Porto) à Suécia, um mês antes desta partida.

A experiência foi bem-sucedida do ponto de vista da comunicação com o foguetão e de gravação de imagem prevista, mas nem todos os resultados esperados foram conseguidos. Vai agora seguir-se uma fase de análise detalhada de todos os dados recolhidos. Num segundo lançamento espera-se conseguir recolher não só os dados que não foram agora obtidos, como alargar o âmbito científico da experiência.

«Como no espaço não há hospitais, são necessárias formas simples de analisar o estado de saúde dos astronautas ou dos turistas espaciais. A recolha de uma amostra de sangue é muito difícil, pois a ausência de gravidade dificulta a transferência de líquidos. Perante esta situação, os testes rápidos para saliva ou urina, que mudam de cor, são os mais adequados, uma vez que basta um pouco urina/saliva para se obter um resultado visível a olho nu. Até à data nunca foi testada a possibilidade de usar estes sensores no espaço», revela o consórcio, considerando que a equipa está a caminho de conseguir este feito, detendo o consórcio nesta fase um conhecimento privilegiado para concluir no futuro este caminho com sucesso.

O foguetão MASER, onde viajaram os biossensores, foi construído pela Agência Espacial Sueca e testado em lançamentos anteriores. Esta missão MASER-15 corresponde ao terceiro voo da série Suborbital Express, que inclui várias experiências de naturezas muito diversas no mesmo voo, uma delas o Lab-on-paper.

Com 12,6 metros de altura, este foguetão consegue transportar 300 Kg até cerca de 260 Km de altitude (a atmosfera terrestre estende-se apenas até 100 km de altitude). Esta altitude é fundamental para que a qualidade da microgravidade a que ficam sujeitas as experiências seja elevada, uma conquista deste foguetão em relação a um modelo anterior.

O foguetão foi lançado no centro espacial de Esrange, no norte da Suécia, acima do círculo polar ártico, especializado em voos suborbitais. Este é o maior centro europeu de lançamento civil de foguetões, onde a temperatura exterior oscila nesta altura do ano entre os 10 e os 20 graus negativos.

 

Grupos de risco
A primeira imunoterapia criada para a diabetes tipo 1, que atrasa, em média, 3 anos o desenvolvimento desta doença em pessoas...

“Na diabetes, cada dia conta, e o atraso no desenvolvimento da doença é uma grande vitória! Significa mais três anos, em média, durante os quais as pessoas podem viver sem terem de se preocupar com injeções, contagem de hidratos de carbono e controlo da glicemia, mas não só. Poderá ajudar também a protegê-las do desenvolvimento de complicações a longo prazo.”, frisa José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Pela primeira vez em 100 anos, o tratamento da diabetes tipo 1 sofre uma grande mudança e as atenções viram-se agora para o prolongamento do período durante o qual a insulina não é necessária. “Estamos hoje mais próximos do dia em que a diabetes tipo 1 poderá ser prevenida ou até curada, é um momento histórico! Para isso, temos de alargar o acesso a esta imunoterapia a todo o mundo”, defende o presidente da APDP.

Na diabetes tipo 1, o sistema imunológico destrói as células do pâncreas que produzem insulina. “As imunoterapias são novos tratamentos que reprogramam o sistema imunológico para interromper o seu ataque ao pâncreas, lidando com a causa da diabetes tipo 1, neste caso específico.", explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP. Ou seja, a imunoterapia agora aprovada consiste “num anticorpo programado para atacar as células imunes responsáveis pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isto permitirá produzir insulina durante mais tempo.”, acrescenta.

Para o sucesso deste tratamento preventivo, é necessário que este seja combinado com programas de rastreio que permitam identificar as pessoas em risco. Através de um teste ao sangue, é possível detetar sinais precoces de que o sistema imunitário já iniciou este processo de destruição mesmo antes de a pessoa desenvolver sintomas de diabetes tipo 1. “Saber quem está em risco abre uma janela para usar a imunoterapia e interromper o ataque imunológico antes que ele progrida demais.”, remata o diretor clínico da APDP.

Esta imunoterapia pode ser agora prescrita nos Estados Unidos da América a pessoas com mais de oito anos e com alto risco de virem a desenvolver diabetes tipo 1. No Reino Unido, em parceria com o Sistema Nacional de Saúde (NHS), o processo de aprovação também já foi iniciado. Está ainda a ser testada a possibilidade de ser utilizada em pessoas recentemente diagnosticadas com diabetes tipo 1, na tentativa de proteger as células beta produtoras de insulina remanescentes.

 

Estudo
8 em cada 10 consumidores europeus acreditam no vidro como o material de embalagem do futuro, reconhecendo a sua segurança,...

Quando se assinala a Semana Europeia da Redução de Resíduos, a Friends of Glass revela os resultados de um novo estudo que conclui que 8 em cada 10 consumidores Europeus vêem o vidro como o material de embalagem do futuro – sendo considerado o material que mais contribui para uma vida e um planeta mais saudáveis.

Estes são os resultados de um estudo independente realizado junto de mais de 4.000 consumidores em 13 países europeus, promovido pela European Container Glass Federation (FEVE) para a plataforma de consumo  Friends of Glass.

A nível europeu, o vidro é o único material de embalagem que registou um aumento de consumo nos últimos três anos (8%), enquanto outras tipologias de embalagem, como o bag-in-box, o metal e o plástico registam reduções de consumo entre os 24% e 41%. Em Portugal, os resultados foram ainda mais expressivos, com os produtos embalados em vidro a registarem um aumento na ordem dos 28%. Para este crescimento contribuem fatores como o facto de o vidro ser considerado o material de embalagem com o processo de reciclagem mais eficaz (65% dos Portugueses), o que causa menos abandono de embalagens usadas no ambiente, littering (47%), e aquele que provoca menos resíduos (45%). O vidro é ainda referido como a melhor opção de embalagem para a saúde, por 26% dos Portugueses.  Em relação às categorias de produtos que gostariam de encontrar mais em embalagens de vidro nas prateleiras, 69% dos Portugueses referem os produtos lácteos, 55% os molhos e 46% as bebidas não alcoólicas. 

Por outro lado, 48% dos Portugueses assumem que consumiriam mais produtos embalados em vidro se estes fossem mais baratos. Entre as razões que mais limitam o consumo de produtos embalados em vidro, junto dos Portugueses destacam-se ainda a menor conveniência (36%) e a disponibilidade de produtos embalados neste material (35%). Ainda assim, 84% dos consumidores nacionais assumem que recomendariam produtos embalados em vidro aos amigos, sendo que Portugal é o país Europeu que mais associa as embalagens de vidro à prevenção dos efeitos das alterações climáticas (52%), a uma menor transferência de produtos químicos nocivos para os alimentos (40%) e a uma menor perda de qualidade dos alimentos e bebidas (39%). 

Comportamentos de Reciclagem 

Em linha com a média Europeia (83%), 82% dos Portugueses dizem reciclar vidro muito frequentemente, sendo que Portugal é um dos países Europeus que mais valoriza a reciclagem destas embalagens como o contributo para um planeta mais sustentável (91%). Os Portugueses são também o povo Europeu que mais assume ter sido influenciado por campanhas de reciclagem nos últimos 3 anos (61%), que se preocupa em ensinar boas práticas de reciclagem aos filhos (89%) e que acredita que as embalagens de vidro são efetivamente recicladas (84%). Por outro lado, 80% dos portugueses que assumem não reciclar vidro, dizem que não o fazem por não ter um espaço conveniente perto de casa para o efeito.

Quando questionados sobre a sua adesão a um sistema de Depósito e Reembolso, 6 em cada 10 Portugueses respondem favoravelmente, mas na pergunta se estariam dispostos a pagar um depósito em cima do preço dos produtos embalados em vidro, este número baixa para 4 em cada 10 consumidores. Estes resultados estão alinhados com o facto de 53% dos inquiridos preferir a utilização dos ecopontos para a reciclagem do vidro, contra 34% que preferem um sistema de Depósito e Reembolso.

Vidro, um material de embalagem com futuro

Sobre as conclusões deste novo estudo, Adeline Farrelly, Secretária-Geral da FEVE refere: 

“À medida que se celebra o Ano Internacional do Vidro, e que os decisores políticos se concentram nas novas metas de redução de resíduos, estas conclusões provam que os consumidores reconhecem cada vez mais o vidro como um material de embalagem quotidiano, saudável e reciclável - um material que já provou ser capaz de cumprir os compromissos assumidos para com um mundo mais saudável.

Como indústria, procuramos constantemente novas formas de inovar para garantir que o vidro continua a ser um material sustentável, no qual podemos confiar para proteger a nossa saúde e a do planeta. Estamos muito orgulhosos por ver os consumidores reconhecerem essas qualidades e posicionarem o vidro como o material de embalagem do futuro. É agora o momento das nossos marcas favoritas também aceitarem este desafio."

A embalagem certa tem um papel vital na preservação do produto, a que se associa também uma diferenciação e experiência da própria marca. A indústria do vidro de embalagem tem feito uma aposta forte na descarbonização do seu processo produtivo, aliada à oferta de embalagens mais leves e sempre 100% recicláveis, para responder à procura dos seus clientes e dos consumidores, por opções de embalagem mais sustentáveis.

Para mais informações sobre este estudo europeu e para aceder aos resultados em detalhes consultar news.friendsofglass.com

Hospital de Santa Marta (CHLC) acolhe ação formativa Day at the Cath Lab
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover a iniciativa formativa Day at the Cath Lab (D@CL),...

Esta iniciativa conta com a presença de Tijn P.J. Jansen, cardiologista de intervenção no Radboud University Medical Center, na Holanda, que vai participar na apresentação e discussão do tema “Como tratar os pacientes ANOCA/INOCA?”.

Segundo Rúben Ramos, cardiologista de intervenção no Hospital de Santa Marta e responsável do programa deste D@CL: “Este D@CL terá um formato misto, teórico e prático. Na primeira parte teremos um fórum de discussão onde os convidados farão curtas comunicações sobre o atual panorama do estudo invasivo ANOCA em Portugal, discussão de métodos invasivos e não invasivos e perspetivas atuais e futuras de tratamento. Na segunda parte, mais prática, estaremos no laboratório para aplicar um protocolo compreensivo e sistematizado de estudo invasivo em três doentes com ANOCA”.

E acrescenta: “Em cerca de dois terços de mulheres e um terço de homens submetidos a coronariografia invasiva, por angina estável e/ou teste de isquemia anormal, não é detetada doença coronária obstrutiva.  A disfunção vascular coronária é uma causa muito prevalente de angina nestes doentes com ANOCA. Nos últimos dois anos, temos utilizado no Hospital de Santa Marta este protocolo de avaliação com frequência crescente (cerca de 60 casos) e esta reunião vai ajudar-nos a divulgar o tema e partilhar a nossa experiência”.

Carlos Braga, cardiologista de intervenção e responsável pela iniciativa D@CL, explica: “Com este D@CL pretende-se divulgar os métodos invasivos disponíveis no Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santa Marta que permitem de uma forma rápida, sistematizada e reprodutível, diagnosticar e classificar os vários subtipos de ANOCA, mas também promover a atividade formativa para os cardiologistas de intervenção com interesse na área”.

O responsável pela iniciativa acrescenta que “o D@CL é uma iniciativa que também permite aos cardiologistas de intervenção conhecerem o dia a dia de um Laboratório de Hemodinâmica do país, num ambiente informal, hands on e de proximidade”.

O Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santa Marta tem vindo a realizar estudos de disfunção vascular que servem de tema a este D@CL e que já são rotina no Hospital. Por outro lado, disponibiliza programas dedicados a oclusões crónicas e de ICP de alto risco com ou sem suporte ventricular, e mantém-se como um dos centros de maior volume em angioplastia primária.

Desafio de Pós-Doutoramento em I&D da AstraZeneca
A escolha era difícil. Tão difícil que a AstraZeneca decidiu financiar o trabalho dos seis finalistas do Desafio de Pós...

Ao contrário das tradicionais iniciativas de pós-doutoramento da indústria farmacêutica, este desafio, lançado em março de 2022, encorajava cientistas em início de carreira a enviarem as suas propostas de investigação para acelerar a descoberta de medicamentos para algumas das doenças mais complexas do mundo.

Foi o que fizeram Cátia Ferreira, aluna de doutoramento do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto; Ana Filipa Louro, aluna de doutoramento do iBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica e Gonçalo Rosas da Silva, cientista no Aramune Technologies Ltd., na Irlanda do Norte, que apresentaram três das mais de 120 propostas. Destas, foram escolhidas seis, por um painel de jurados da AstraZeneca e líderes na área das ciências da vida, com base no mérito científico e no potencial de criar um impacto real para os doentes, a sociedade e os sistemas de saúde.

Cátia Ferreira, que vive atualmente na Suécia, é Mestre em Ciências Farmacêuticas e trabalhou durante cinco anos numa farmácia, onde prestava serviços de saúde à população. Foi durante esses anos que descobriu a sua paixão: encontrar novas abordagens terapêuticas para beneficiar os doentes, tendo realizado um Mestrado em Ciências Biofarmacêuticas. Participa neste desafio com uma investigação na área dos distúrbios metabólicos raros.

Ana Filipa Louro é Doutorada em Bioengenharia pelo ITQB-NOVA e Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa. Conquistou, em 2018, uma bolsa de doutoramento do programa MIT Portugal, tendo dado início a um projeto no qual tem trabalhado até ao momento, que visa avançar com terapêuticas baseadas em vesículas extracelulares para regeneração cardíaca.

Gonçalo Rosas da Silva concluiu a sua licenciatura e mestrado em Ciências Biomédicas na Universidade da Beira Interior, tendo o seu projeto final tido como foco o metabolismo do cancro, o que fez despertar o seu interesse pela forma como as doenças e os hábitos de vida são refletidos enquanto perturbações metabólicas. Ciente de que a insuficiência cardíaca afeta 65 milhões de pessoas em todo o mundo, e que é elevada a sua mortalidade e morbilidade, que a tornam um grande fardo de saúde pública, o seu projeto tem como objetivo o desenvolvimento de terapêuticas direcionadas para este problema de saúde. 

“Lançámos o Desafio de Pós-Doutoramento em I&D para promover a diversidade de pensamento e estimular oportunidades de investigação em todo o mundo. O evento final foi bem-sucedido e reuniu profissionais com elevada experiência e conhecimento com o intuito de ajudar a transformar as ideias dos vencedores em benefícios significativos para os doentes e potenciar o desenvolvimento das suas carreira. Estou ansioso para voltar a implementar o programa nos próximos anos”, afirma Mene Pangalos, Vice-Presidente Executivo de Biofarmacêutica I&D da AstraZeneca.

Os vencedores de África, Médio Oriente e Europa foram premiados com funções de investigação de pós-doutoramento totalmente financiadas, com acesso à experiência, compostos, novas ferramentas e tecnologias da companhia e suporte de orientação para transformar as suas ideias em realidade.

O Desafio de Pós-Doutoramento I&D faz parte do compromisso da AstraZeneca em apoiar os jovens talentos, oferecendo oportunidades de trabalho num ambiente diversificado e inclusivo, que permita que a ciência prospere.

Campanha “O melhor presente é cuidar”.
Este ano, num compromisso de responsabilidade social, as Farmácias Holon dão voz à Ajuda de Mãe com a campanha “O melhor...

Neste Natal, os utentes das Farmácias Holon têm a oportunidade de oferecer um presente solidário e, em simultâneo, ajudar a Associação Ajuda de Mãe.

“A Responsabilidade Social continua a ser parte integrante do ADN das Farmácias Holon. Este Natal, abraçamos mais um compromisso, com a Associação de Solidariedade Social Ajuda de Mãe.

Sensibilizados pelo importante e diferenciador trabalho da Ajuda de Mãe no apoio às mães e crianças com dificuldades económicas, vamos associar-nos a esta causa e endereçar parte do valor das vendas dos nossos produtos, da Gama Holderma, à Associação”, explica Jorge Aldinhas, Gestor de Marca Própria nas Farmácias Holon.

A Ajuda de Mãe é uma Associação de Solidariedade Social, IPSS com estatuto de utilidade pública e sem fins lucrativos. Tem como principal objetivo, apoiar cada Mãe e cada Família de modo a que o nascimento do Bebé seja um fator de melhoria da sua vida e da vida familiar. Este apoio é feito através de acompanhamento psico-social, acolhimento, formação e reintegração profissional. Apoia também a construção e consolidação do projeto da gravidez e maternidade de cada mãe e ainda a sua inserção laboral com vista a uma melhor vida com a sua família.

“Este Natal convidamos todos os utentes das Farmácias Holon a fazer a diferença na vida de uma Mãe e de um Bebé, oferecendo este presente solidário. Num ano em que as necessidades cresceram exponencialmente e os pedidos de apoio têm sido muitos, prevendo-se que esta situação pior em 2023, a Ajuda de Mãe pretende unir esforços para ajudar Mães que se encontrem em situação de vulnerabilidade, através da ajuda de aquisição de bens de primeira necessidade para si e para os seus filhos”, explica Madalena Teixeira Duarte, Presidente da Ajuda de Mãe.

A gama Holderma é uma gama de produtos cosméticos e de higiene corporal da Marca Produtos Holon, que conta com várias soluções para o correto cuidado da pele, nomeadamente: produtos para a higiene e hidratação diária em que se incluem cremes e bálsamos protetores para o cuidado específico da pele do corpo, mãos, pés e lábios, óleo de banho e champô, e uma solução para a higiene íntima diária. Os produtos desta gama caracterizam-se pelas suas formulações diferenciadas e cuidadosamente desenhadas, adequadas para toda a família, que facilmente fidelizam quem as utiliza.

Campanha de sensibilização para a vacinação da AICSO e da Direção-geral da Saúde
Por opção ou desconhecimento, muitos doentes não reconhecem na vacinação uma forma de diminuir a gravidade de algumas infeções....

A vacinação é uma das formas de diminuir a gravidade de infeções que podem surgir devido à imunossupressão provocada pela doença oncológica. Numa altura em que se aproxima mais um inverno Telma Costa, membro da direção da Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) e médica oncologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), alerta para a necessidade de reforçar a sensibilização junto da população e dos profissionais de saúde.  

“O risco de doença, hospitalização e morte pelo vírus da gripe são muito superiores na pessoa com doença oncológica, principalmente naqueles que estão em tratamento de quimioterapia ou que apresentam neoplasias hematológicas, pulmonares ou com doença avançada. O mesmo se observa com a infeção por SARS-CoV-2, em que o risco de morte por COVID19 nestes grupos de doentes pode ser até quatro vezes superior à da população geral”, sublinha Telma Costa.  

Por outro lado, lembra que a infeção, principalmente quando apresenta critérios de gravidade, com necessidade de internamento ou outras complicações associadas, pode, por si só, ter um impacto no prognóstico da doença oncológica, ao atrasar ciclos de quimioterapia ou até mesmo cirurgias. “Não faz sentido apostar apenas em tratamentos que nos permitem curar a doença oncológica, sem apostar nos melhores cuidados de suporte, e na vacinação, enquanto meio de prevenção de infeções graves, que deve ser sempre considerada quando estabelecemos um plano de cuidados para o nosso doente”. 

O alerta surge no âmbito de uma campanha de sensibilização para a vacinação da AICSO e da Direção-geral da Saúde, em parceria com diversas associações e sociedades profissionais na área da Saúde. O objetivo é levar as pessoas com diagnóstico de cancro a questionarem as suas equipas de saúde sobre a vacinação e, em simultâneo, incentivar essas equipas a estarem mais atentas a esta temática e a disponibilizarem informação fidedigna sobre a vacinação aos doentes e seus cuidadores.  

Na campanha, que vai prolongar-se até à Semana Mundial da Vacinação, que se assinala todos os anos em abril, estão previstas ações de sensibilização e informação sobre a importância, indicações e contraindicações de diferentes vacinas na pessoa com doença oncológica, bem como sobre a vacina contra o HPV, o vírus da hepatite B, a vacinação de viajantes e migrantes, entre outros temas. 

Cancro do pulmão é o cancro mais frequente em todo o mundo
Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento ocorridos nas últimas décadas, o cancro do pulmão continua a ser o cancro...

No âmbito do Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão, que se assinala em novembro, a Takeda lança uma campanha de sensibilização para promover um maior conhecimento em torno do cancro do pulmão, alertar para os principais sinais e sintomas e para a importância do diagnóstico atempado.

O objetivo da campanha passa, sobretudo, por dar a conhecer os principais sinais e sintomas do cancro do pulmão, que podem ser desvalorizados por serem confundidos com os de outras patologias, dificultando, em muitos casos, o diagnóstico. Sintomas como tosse persistente e irritativa, dor torácica, dificuldade respiratória, rouquidão e fadiga, são sinais de alerta e que devem motivar uma consulta médica.

O tumor pode desenvolver-se de forma silenciosa, não apresentando sintomas durante algum tempo, pelo que a maioria dos doentes são diagnosticados em estado avançado4. Atualmente, o diagnóstico e intervenção cada vez mais precisas, baseadas na medicina personalizada, têm permitido alterar o paradigma do tratamento do cancro do pulmão, com impacto positivo na sobrevida e na qualidade de vida dos doentes.

A campanha de sensibilização vai estar presente em mupis distribuídos pelas cidades de Lisboa e Porto e autocarros da Carris e STCP, durante o mês de novembro.

 

 

Município de Loulé
“Saúde Mental e Bem-estar no Idoso” são os temas da próxima sessão informativa promovida pelo Espaço Saúde 360º Algarve. A...

A importância do autocuidado, as consequências a curto, médio e longo prazo da pandemia na saúde mental, as boas práticas para promover a saúde mental e o bem-estar dos cidadãos, assim como, mecanismos de apoio existentes para dar resposta a estas questões, são alguns dos tópicos que estarão em discussão durante a sessão. 

“É importante alertar para a importância do autocuidado e debatermos o impacto da pandemia na saúde mental, ao mesmo tempo que pretendemos alertar e informar as pessoas para estes problemas, tão atuais. Será um momento de partilha de ideias e uma conversa aberta sobre os sintomas, as causas, assim como formas de cuidar e proteger a nossa saúde mental”, afirma Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Espaço Saúde 360º Algarve.

Estas sessões informativas pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a área da saúde, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos erróneos. Para isso, contam com o apoio de profissionais de saúde e de Associações de doentes que integram a Plataforma Saúde em Diálogo, que se unem nesta missão de promover a literacia em saúde no seio da comunidade idosa do Algarve.

Ricardo Valente Santos, psicólogo do projeto Espaço Saúde 360º Algarve, orientará a próxima Sessão de Saúde em Dia, que permitirá a discussão e reflexão sobre um tema tão relevante como a Saúde Mental e o Bem-Estar no Idoso.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

 

Controlo é fundamental
Também conhecida como ATTR-CM, a Miocardiopatia Amiloidótica por Transtirretina tende a ser confundi

A ATTR-CM resulta da acumulação de porções insolúveis de transtirretina (uma proteína que em condições normais circula no sangue) no músculo do coração. Pode ser dividida em dois tipos: Wild-Type/ Selvagem (também antigamente designada “Senil”) e Hereditária.

Os casos de ATTR-CM Wild-Type têm particular incidência em homens caucasianos idosos (mais frequente a partir dos 80 anos, embora possa surgir a partir dos 60). De uma maneira geral, a doença manifesta-se com insuficiência cardíaca, arritmias como fibrilhação auricular, atrasos na condução elétrica cardíaca ou estenose aórtica grave. Nestes casos, é causada por fenómenos de desagregação ou desestabilização da estrutura da transtirretina que parecem estar relacionados com o envelhecimento. O coração é o órgão mais afetado, mas é frequente que os doentes tenham tido também síndrome do túnel cárpico, muitas vezes bilateral.

Os casos hereditários são mais raros e devem-se a uma mutação no gene da transtirretina. Dependendo de qual a mutação presente, a doença pode manifestar-se predominantemente com sintomas cardíacos ou neurológicos, podendo haver uma combinação de ambos. Quando há atingimento cardíaco (ATTR-CM Hereditária) manifesta-se habitualmente entre os 50 e os 60 anos e apresenta-se como insuficiência cardíaca, arritmias ou atrasos da condução elétrica cardíaca (podendo ser necessário colocar um pacemaker). Os sintomas neurológicos começam habitualmente nos pés e vão progredindo de forma ascendente no corpo; incluem a perda de sensibilidade (por exemplo, incapacidade de distinguir o calor ou o frio, ou de sentir dor), formigueiros e dores/ “picadelas” nos pés, podendo progredir para fraqueza motora, o que pode causar dificuldade em caminhar. Também podem surgir sintomas gastrointestinais, oftalmológicos, urológicos, renais e síndrome do túnel cárpico bilateral. Incide de forma idêntica nos sexos masculino e feminino e um portador desta mutação tem uma probabilidade de 50% de a poder transmitir aos seus descendentes. Em Portugal, a mutação mais frequente do gene da transtirretina é a Val30Met e associa-se, na maioria dos casos, a sintomas neurológicos significativos, daí que esta doença também seja designada Polineuropatia Amiloidótica Familiar, Paramiloidose ou “Doença dos Pézinhos”.

Sinais e sintomas

A ATTR-CM pode ser confundida com outras doenças do foro cardíaco. Apresenta, frequentemente, sintomas e sinais comuns a outras causas de insuficiência cardíaca de que são exemplo o cansaço extremo, a “falta de ar” ou a dificuldade em respirar, que podem manifestar-se quando o doente está deitado (totalmente horizontal) ou quando faz algum esforço. Um sinal de alerta é o inchaço, nomeadamente nas pernas (de forma simétrica) e que pode acompanhar-se de aumento de peso. Também podem surgir palpitações, tonturas e desmaios.

Como diagnosticar?

Os exames auxiliares de diagnóstico são essenciais para confirmar a suspeita de ATTR-CM. Para chegar a uma conclusão, a equipa médica pode recorrer a análises de sangue e urina, Eletrocardiograma, Ecocardiograma, Ressonância Magnética Cardíaca, Cintigrafia Óssea, Teste Genético e mesmo Biópsia Cardíaca.

A importância do apoio e acompanhamento, no pós-diagnóstico

Paralelamente ao acompanhamento médico regular, os doentes devem ter uma boa rede de suporte. Receber o diagnóstico de ATTR-CM pode ser muito complicado e, nesse processo, o apoio dos entes queridos e dos profissionais de saúde é fundamental. Felizmente, já existem alguns grupos de apoio e fontes de informação com validação científica onde os doentes podem encontrar algum suporte e compreensão que poderão ajudar a conviverem com a doença da melhor forma possível. A partilha de experiências e de informação prática, bem como o desenvolvimento de relações com quem está na mesma situação, ajudam, na maioria dos casos, a lidar com a patologia.

Tal como noutras doenças, o conhecimento e a literacia em saúde serão sempre importantes aliados e permitirão ao doente, devidamente acompanhado por profissionais de saúde e pelas pessoas que lhe são mais próximas, tomar as decisões que são melhores para si ao longo do processo.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo do Observatório para as Condições de Vida e de Trabalho
Assédio moral e pressão para trabalhar em dias de folga, o medo de errar no desempenho das funções devido à falta de colegas e...

O estudo foi feito a nível nacional, entre março e setembro de 2021. Em virtude da crise da TAP e do plano de restruturação em curso entre 2021 e 2022, foram repetidas algumas questões numa segunda fase do inquérito, realizado entre 5 de julho e 6 de setembro de 2022. Além do inquérito, foram, ainda, realizados dois grupos focais.

Dos inquiridos, a maioria trabalha na TAP (88%), seguindo-se a Portugália (6%) e a SATA (6%), sendo que a grande maioria (67%) faz horas extra, 60% confessa não conseguir efetivamente descansar nas folgas e 58% diz não ter tempo para cuidar da família ou deles próprios.

Quanto às horas extra, alguns testemunhos qualitativos revelaram que tal ocorre “por má programação da gestão e das chefias, que trabalham sistematicamente com deficiência de pessoal”.

Os resultados indicam que 64% dos técnicos de manutenção de aeronaves declaram ter dificuldade em dormir, 44% declaram-se emocionalmente exaustos algumas vezes por mês (17%), uma vez por semana (10%), algumas vezes por semana (14%) ou sempre (3%).

Entre a primeira fase do inquérito e a segunda, o número de técnicos de manutenção a reportar serem alvo de assédio moral no trabalho – na maioria dos casos este assédio é praticado pelas hierarquias – passou de 28% para 39% quando contabilizadas as respostas “não sabe/não responde”. A percentagem sobe para 45% quando se retiram da contabilização as respostas “não sabe/não responde”. Além disso, 38% declaram ser pressionados pelas chefias para trabalhar em dias de folga.

“Tal como noutros cenários de intensificação laboral em Portugal, o trabalho extra passou a ser uma norma na gestão. Este modelo de gestão tem impacto na relação entre trabalhadores e destes com as hierarquias, sendo que 62% sentem que o contacto negativo com as hierarquias os afeta”, acrescenta o Observatório para as Condições de Vida e de Trabalho.

O estudo adianta que os TMA exibem “níveis preocupantes de sofrimento no trabalho e esgotamento emocional no seu todo” e que “nem todos os cansados exibem sinais de burnout, mas todos os que estão em burnout têm índices de cansaço muito altos”. Entre as conclusões refere-se que existe uma “relação elevada entre o assédio moral no trabalho e a exaustão emocional”. Um dos fatores que mais preocupa estes profissionais é o congelamento salarial, que afeta 99% dos inquiridos e a possibilidade de encerramento da empresa (98%).

Dos inquiridos, 86% concorda que os TMA deveriam ter um regime especial de reforma e 97% refere que o trabalho que desempenha envolve pressão contínua e stress laboral.

“Em sede de entrevistas qualitativas destacamos o medo de errar e a assunção, por parte dos próprios técnicos de manutenção, de que, com estas condições de trabalho, podem cometer-se erros que podem colocar em risco a segurança dos passageiros”, adiantam os investigadores.

Para Raquel Varela, historiadora e investigadora responsável pelo estudo, “as conclusões mostram uma degradação das condições destes profissionais que está já a afetar sua a saúde a todos os níveis”.

“O congelamento de salários, a redução de pessoal e os níveis de assédio moral que reportamos são sintomáticos de um ambiente de trabalho muitas vezes tóxico, num setor que só por si já está exposto a níveis de stress elevados tendo em conta que os TMA são uma das garantias da segurança na aviação”, acrescenta.

Já Jorge Alves, presidente do SITEMA, sublinhou que “o pedido deste estudo foi feito partindo do pressuposto de que havia um sentimento geral de desgaste dos TMA”.

“É importante alertar as principais entidades empregadoras para o facto de os trabalhadores estarem cansados e que é preciso agir já para evitar consequências piores. Para o SITEMA, a questão deve também ser tratada a montante e não a jusante, isto é, deve haver um investimento a médio prazo na formação de novos TMA, que em média demoram 10 anos a qualificarem-se aptos para a função, de forma a aumentar a captação de novos talentos nas universidades e que esta categoria profissional seja reconhecida e valorizada, não só na aviação civil, mas pela sociedade em geral.”

Chumbo de licenciamento de uma clínica de diálise
A decisão da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) de chumbar o licenciamento de uma clínica de diálise...

A DaVita, um dos maiores prestadores de cuidados renais no país com resultados clínicos líderes a nível mundial, relata que a sua nova clínica em Lamego - recentemente concluída com um custo de 2 milhões de euros - foi recusada pela ARS Norte, apesar de cumprir todos os requisitos exigidos legalmente, naquela que é uma decisão governamental sem precedentes que tem um impacto negativo na qualidade de vida dos doentes.

"Esta decisão da ARS Norte é infundada e significa que os doentes de Lamego continuam a ser obrigados a viajar mais de 100 km por dia para o seu tratamento, o que reduz drasticamente a sua qualidade de vida", afirma Paulo Dinis, diretor geral da DaVita Portugal.

"A DaVita - como outros prestadores de hemodiálise em Portugal - investe milhões de euros na construção de clínicas mais próximas das casas dos doentes, a fim de evitar que façam longas viagens, que são prejudiciais para a sua saúde; e a reduzir os custos de transporte pagos pelo Ministério da Saúde", refere.

E continua: "Não é aceitável ter uma licença negada nas fases finais de uma construção de três anos, tanto para os prestadores de cuidados renais, como para os doentes portugueses, que são os que sofrem por lhes ser negado tratamento mais perto de casa. Continuamos com esperança que a ARS Norte aprove a abertura da clínica, em benefício das pessoas com doenças renais de Lamego", conclui Paulo Dinis.

A DaVita garante ter seguido todas as regras e regulamentos exigidos, o que envolveu vários anos de planeamento, construção e execução para preparar a clínica para os doentes.

Atualmente, a DaVita Portugal emprega cerca de 500 colaboradores, distribuídos por 10 clínicas, e fornece tratamento a mais de 1.300 doentes.

A doença renal crónica é causada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia).

Em fases avançadas, as pessoas com esta doença requerem um tratamento de substituição renal regular, que pode ser hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.

 

Centro de Referência de Implantes Cocleares (CRIC)
Foi efetuado hoje, dia 22 de novembro, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o centésimo implante coclear do...

Pela primeira vez em Portugal é ultrapassada uma centena de implantes cocleares num só ano e num só Centro. Desde 1985, ano do início deste programa pioneiro, foram realizados 1449 implantes cocleares no CHUC.

João Elói, Coordenador do Centro de Referência de Implantes Cocleares (CRIC), relata que este trabalho do CRIC “é um trabalho de toda uma equipa de médicos, administradores, enfermeiros, técnicos, terapeutas, administrativos e auxiliares, presentes e passados, e que só chegou a este bom porto com todo o apoio da Direção do Serviço de Otorrinolaringologia, coadjuvado pelo Departamento de Cabeça Pescoço e Pele e pela Direção do Conselho de Administração do CHUC”.

“O desígnio de todos consiste em trabalhar em prol da saúde, garantir bem-estar e servir os doentes que, de todo o país, nos procuram” conclui João Elói que não esconde a sua enorme satisfação e orgulho por ter atingido esta meta no ano de 2022.

Também o Conselho de Administração felicita o Centro de Referência de Implantes Cocleares pelo excecional desempenho de toda a equipa e pelos números alcançados nesta linha de serviço tão diferenciadora para o CHUC.

 

Disfunção do sistema endócrino
A Síndrome do Ovário Poliquístico, também referenciada pela sigla SOP, é uma disfunção do sistema en

Nesta disfunção há alterações nos níveis hormonais, nomeadamente altos níveis de andrógenos, que são hormonas responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas. Estas hormonas são produzidas pelo homem, através dos testículos, e também pelas mulheres, por meio dos ovários.

Mulheres que sofrem desta disfunção podem apresentar os seguintes sintomas:

  • excesso de pelo facial e corporal;
  • aumento de peso;
  • acne;
  • cabelos mais finos;
  • alterações no humor;
  • menstruação irregular;
  • ausência de menstruação;
  • ciclos anovulatórios, que são caracterizados pela ausência de ovulação, sendo uma das principais causas da infertilidade.

Embora a causa exata da SOP seja desconhecida, existe alguma evidência da influência da genética, assim como outros fatores, tais como:

  • Altos níveis de andrógenos: níveis elevados destas hormonas afetam a ovulação o que acaba por causar ciclos menstruais irregulares, assim como acne e excesso de pelo no corpo e rosto;
  • Inflamação: mulheres que sofrem de SOP podem apresentar baixos níveis de inflamação crónica;
  • Resistência à insulina: níveis elevados de insulina no sangue estimulam os ovários a produzirem andrógenos. Como mencionado anteriormente, o excesso destas hormonas contribui para os sintomas da SOP. A insulina é uma hormona que ajuda o organismo a processar a glicose (açúcar) e, posteriormente, utilizá-la como fonte de energia. Quando se tem resistência à insulina as células do corpo não

respondem à ação da insulina, e consequentemente leva à redução da absorção da glicose no sangue, o que faz com que o corpo produza ainda mais insulina. Estar acima do peso, é um fator de risco para vir a ter resistência à insulina, por isso, manter um peso saudável, ter uma alimentação equilibrada e fazer atividade física é fundamental.

Na saúde integrativa, é utilizada uma abordagem multifatorial para tratar a SOP que poderá incluir:

  1. A otimização da alimentação para melhorar a resistência à insulina;
  2. Introdução da atividade física;
  3. Melhorar a função digestiva para reduzir a inflamação;
  4. Reduzir a exposição a toxinas para ajudar a equilibrar os níveis hormonais;
  5. Prescrição de suplementos alimentares e/ou fitoterápicos para ajudar a equilibrar os níveis hormonais.

No entanto, com a dieta balanceada, a suplementação pode ser considerada uma intervenção sazonal. Uma dieta adequadamente balanceada e um estilo de vida saudável devem ser o primeiro elemento da terapia da SOP.

Simples alterações nos hábitos alimentares e estilo de vida, podem vir a ajudar a controlar este distúrbio.

Nos cuidados de saúde integrativos, um histórico completo do caso é realizado para determinar as causas subjacentes da Síndrome dos Ovários Poliquísticos e adaptar a abordagem às necessidades e circunstâncias de cada um.

Em vez de apenas mascarar os sintomas, o objetivo é restaurar seu equilíbrio hormonal - permitindo que a SOP seja controlada a longo prazo.

 

 

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Unidade hospitalar cria 250 postos de trabalho
A Lusíadas Saúde apresentou, esta terça-feira, a nova unidade hospitalar do Grupo, o Hospital Lusíadas Vilamoura, que irá criar...

Com a data de abertura estimada para o início do segundo semestre de 2023, a Lusíadas Saúde reabilitará o icónico edifício Lusotur, da Vilamoura World, desenhado pelo arquiteto Francisco Keil do Amaral e situado no designado Triângulo Dourado do Algarve, contribuindo, deste modo, não só para o desenvolvimento económico e sustentável desta região do País, como também para o aumento da oferta de cuidados de saúde.

De acordo com Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, “este investimento numa nova unidade hospitalar é mais um passo na materialização do projeto de expansão e de consolidação do nosso Grupo. É também uma nova demonstração do nosso compromisso com a saúde dos portugueses e com o futuro do setor da saúde em Portugal.

O Hospital Lusíadas Vilamoura reforçará a oferta de cuidados de saúde no mais extenso e populoso município algarvio e dará um contributo para o desenvolvimento socioeconómico da região, de forma duradoura e sustentável”.

Para João Brion Sanches, CEO da Vilamoura World, “este é um passo importante na estratégia que temos definida desde o início do mandato e que tem como missão tornar Vilamoura no melhor destino do Algarve para viver, passar férias e investir.

O acesso aos melhores cuidados de saúde é fundamental para os residentes de Vilamoura e para todas as pessoas que elegem Vilamoura para as suas férias. Estamos certos de que este hospital terá um impacto muito positivo em Vilamoura, complementando de forma muito profissional os serviços na área da saúde e dotando Vilamoura de mais uma infraestrutura que a torna um destino único no Algarve e no País”.

Construída de raiz, esta unidade com 1.700 metros quadrados está a ser idealizada para ter diferentes fatores de diferenciação no sistema nacional de saúde. Será, por um lado, o primeiro Hospital FOR ALL do País, ou seja, uma unidade projetada para ser inclusiva, quer na vertente da acessibilidade, quer em matéria de empregabilidade. Também a experiência de Cliente responderá aos interesses e necessidades do perfil da população residente e também dos turistas. Garantindo um total alinhamento com a política de responsabilidade social corporativa, o Grupo está igualmente a priorizar uma estratégia de sustentabilidade na construção e futura atividade do Hospital.

Por outro, é o primeiro Hospital a sul do País dedicado em exclusivo à cirurgia de ambulatório, e o segundo do Grupo Lusíadas após a abertura de Braga em novembro de 2020. Desenvolvendo a sua atividade clínica em estreita integração e referenciação com a rede nacional Lusíadas – Hospital Lusíadas Albufeira, Clínica Lusíadas Faro e Clínica Lusíadas Fórum Algarve –, Vilamoura terá um projeto clínico inovador, tecnológico e multidisciplinar, sob a alçada de Pedro Oliveira, CEO das unidades que integram o Cluster Lusíadas Algarve.

Em termos de capacidade, a unidade incluirá atendimento permanente, mais de 20 gabinetes de consultas, salas de tratamentos e exames, salas de bloco operatório e de pequena cirurgia, unidade de Gastrenterologia e área de Imagiologia, dotada de equipamentos tecnológicos especializados e de vanguarda, tais como ressonância magnética, tomografia computorizada (TAC), Raio-X, Mamografia, Ecografia, entre outros.

O Hospital Lusíadas Vilamoura será um hospital de referência na humanização e excelência dos cuidados, mantendo os mais elevados padrões internacionais de qualidade, segurança e satisfação dos doentes, transversal a todas as unidades do Grupo Lusíadas.

6 de dezembro
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) vai realizar no dia 6 de dezembro, entre as 17h00 e as 18h45, um novo webinar...

Com moderação a cargo do jornalista Paulo Farinha, o webinar está dividido em três momentos, havendo no final de cada um espaço de perguntas e respostas.

Mariana Cravo, dermatologista do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, conduz os dois primeiros tópicos, centrados na compreensão do diagnóstico e nos cuidados a ter com a pele.

Por sua vez, Diana Alexandre, nutricionista no IPO de Lisboa, aborda o tema da “alimentação e dieta” em contexto da doença, com sugestões para um regime mais saudável.

Com este tipo de iniciativas, a APCL pretende promover um espaço de partilha de conhecimentos e experiências que sejam uma mais-valia para as pessoas com doenças hemato-oncológicas, seus familiares, cuidadores e profissionais de saúde.  

A participação no webinar da APCL é totalmente gratuita, sendo apenas necessária inscrição prévia aqui.

 

 

 

Receitas revertem na íntegra para Bolsas Terapêuticas
A ANGEL – Associação de Síndrome de Angelman Portugal é uma associação sem fins lucrativos criada em 2012 com o objetivo de...

A Síndrome de Angelman é uma condição genética rara, causada, na maioria dos casos, pela ausência ou imperfeição do cromossoma 15 materno, que afeta uma em cada 20.000 crianças nascidas em todo o mundo. Caracteriza-se por um atraso severo no desenvolvimento psicomotor, perturbações graves na fala, incapacidade de equilíbrio e coordenação dos movimentos (ataxia), dificultando a marcha, epilepsia, agitação permanente/hiperatividade e perturbações do sono.

Em colaboração com o Monte da Ravasqueira, a ANGEL Portugal produz e comercializa, desde 2013, o Fonte dos Sorrisos. Com mais de 7 mil garrafas vendidas, o Fonte dos Sorrisos Tinto apresenta-se com um carácter jovem, elegante e muito harmonioso, com notas de frutos vermelhos e especiarias, leve, mas exuberante. O Fonte dos Sorrisos Branco é um vinho de carácter jovem, fresco, leve e exuberante com uma componente floral e fruta amarela ácida a sobressair o nariz.

As receitas geradas pela compra do Fonte dos Sorrisos revertem na íntegra a favor de Bolsas Terapêuticas, que surgem com o objetivo de comparticipar parte do custo das terapias necessárias a pessoas com Síndrome de Angelman. Estas terapias visam ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Angelman, trabalhando áreas como a mobilidade, coordenação, comunicação, através de fisioterapia, hidroterapia ou terapia da fala.

Iniciativa decorre até ao próximo dia 02 de dezembro
As farmácias portuguesas associam-se ao movimento 45+, uma Campanha de Sensibilização para o Rastreio de Cancro Colorretal,...

O rastreio pode ser feito em qualquer farmácia aderente, de uma forma simples, fácil e gratuita, através do teste de "pesquisa de sangue oculto nas fezes". Basta deslocar-se à farmácia escolhida, levantar o kit e posteriormente entregar a amostra, sendo a recolha feita em casa. No caso de um resultado positivo para a deteção de sangue nas fezes será contactado pela Europacolon Portugal, com a indicação de seguimento para aconselhamento médico.

“A proximidade que as farmácias têm da população permite-nos assumir um papel fundamental na prevenção e rastreio de doenças. Com o nosso envolvimento podemos contribuir para uma deteção precoce, essencial para o início atempado do tratamento, em situações em que ainda não existe qualquer sintoma. As farmácias reforçam assim o seu compromisso com a saúde dos portugueses”, esclarece Ema Paulino, Presidente da Associação Nacional de Farmácias.

Nas edições anteriores, que decorreram em 2021 e 2022, participaram na Campanha de Sensibilização para o Cancro Colorretal mais de 6.000 pessoas, com 5% a testaram positivo para a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Importa ainda referir que, durante 2020, foram diagnosticados, em Portugal, 10.501 novos casos de cancro colorretal, e mais de 4.300 mortes, sendo a segunda neoplasia mais comum em ambos os sexos.

Consulte aqui as farmácias aderentes.

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