Iniciativa da PSOPortugal
Já é conhecido o vídeo vencedor do Concurso de Talentos ‘PSOFriends – Faz uma Cena Mais Divertida’, uma iniciativa promovida...

Está encontrada a equipa vencedora do Concurso de Talentos ‘PSOFriends – Faz uma Cena mais divertida’ - a ATOM - Academia de Teatro do Orfeão da Madalena. O vídeo vencedor foi escolhido pelo público de entre os 10 vídeos selecionados preliminarmente pelo júri do concurso que incluía médicos especialistas, DGE e PSOPortugal. Os 10 vídeos finalistas estiveram disponíveis para votação nas redes sociais da PSOPortugal e o vídeo com mais ‘likes’ foi o vencedor.

O concurso de talentos ‘PSOFriends – Faz uma Cena Mais Divertida’ desafiou alunos do 2.º Ciclo, 3.º Ciclo e Ensino Secundário de todo o país para vestir a pele de quem é psoriático e a refletir sobre as experiências e vivências destas pessoas no seu dia a dia. Falar de psoríase e conseguir a atenção das pessoas, em especial crianças e jovens, representa um desafio. Por este motivo, o objetivo desta iniciativa foi, através da expressão artística, fomentar empatia e compreensão entre um público jovem muitas vezes desconhecedor.

A participação era realizada pela da submissão de um vídeo com a representação, através da expressão artística da sua eleição – dança, música, interpretação ou outra – de uma das cenas da série digital “PSOFriends”.

‘PSOFriends – Faz uma Cena Mais Divertida’ foi, pelo segundo ano consecutivo, até às escolas nacionais para mostrar como, através da arte e do humor, é possível combater o preconceito, ajudar a construir auto-confiança e promover a empatia. A mensagem deixada é muito simples: a Psoríase não mata, não é contagiosa, mas pode deixar marcas visíveis na pele e, por desconhecimento, levar a que outros se afastem.

Para Jaime Melancia, Presidente da PSOPortugal, “o balanço deste segundo ano de PSOFriends – Faz uma Cena Mais Divertida” é muito positivo. Com este projeto continuamos a apostar naquele que é um dos nossos maiores objetivos: promover o combate à exclusão social e ao preconceito contra quem é portador desta doença que em Portugal afeta mais de 400 mil pessoas, começando pelas crianças e jovens.”

 

Doença genética ainda sem tratamento
Um novo estudo liderado por uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de...

A ataxia espinocerebelosa do tipo 3, como também é designada a doença de Machado-Joseph, é uma doença genética que ocorre devido a uma alteração num gene específico, designado ATXN3. Esta alteração origina uma forma mutada da proteína ataxina-3 que se acumula no cérebro em forma de agregados, levando a disfunção e morte neuronal. A doença provoca problemas na marcha, no equilíbrio, na fala, na deglutição, nos movimentos oculares e no sono. Trata-se de uma condição extremamente debilitante que se vai agravando com o passar do tempo.

Com o objetivo de desenvolver uma estratégia terapêutica inovadora capaz de silenciar a mutação associada à doença de Machado-Joseph, os investigadores do grupo de “Terapia génica e de células estaminais para o cérebro”, liderado por Luís Pereira de Almeida, presidente do CNC-UC e docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), vesículas extracelulares (nanopartículas biológicas, produzidas naturalmente por células humanas) como sistema de entrega terapêutica de agentes silenciadores, para o cérebro.«Estas vesículas funcionam como pequenas ‘bolsas’ capazes de transportar material genético, como o RNA (do inglês ribonucleic acid), de forma não invasiva, até ao alvo pretendido, neste caso até aos neurónios, que são uma das populações de células do cérebro mais afetadas na doença de Machado-Joseph», explicam David Ramos e Kevin Leandro, investigadores do CNC-UC e autores do estudo.

A equipa do CNC-UC utilizou métodos de base biotecnológica para aumentar a quantidade de material terapêutico dentro das vesículas extracelulares, mais concretamente de microRNAs artificiais - pequenos fragmentos de material genético com a capacidade de silenciar genes específicos, impedindo a sua expressão. Para direcionar os microRNAs até ao alvo terapêutico pretendido, os cientistas modificaram a superfície das vesículas extracelulares introduzindo uma proteína, chamada RVG (Rabies Virus Glycoprotein), que direciona estas partículas especificamente até aos neurónios.

Os investigadores verificaram que as sequências silenciadoras (microRNAs) incorporadas nas vesículas extracelulares atingiram o seu alvo terapêutico, silenciando eficazmente o gene mutante associado à doença de Machado-Joseph, demonstrando assim um efeito terapêutico promissor, tanto em diferentes modelos celulares como em modelos animais. Adicionalmente, a equipa verificou, num modelo animal de ratinho com doença de Machado-Joseph, que a administração diária intranasal destas vesículas - um método de administração não invasivo - reduziu significativamente a expressão de espécies tóxicas de ataxina-3 mutada no cérebro dos animais. 

David Ramos e Kevin Leandro sublinham que «este estudo contribuiu para avanços em três domínios científicos distintos: o uso de vesículas extracelulares como veículo de entrega de terapias; a eficácia da tecnologia de RNAs de interferência, como os microRNAs, como ferramenta de silenciamento de genes e ainda o desenvolvimento de terapias génicas para a doença de Machado-Joseph utilizando a via intranasal, um método não invasivo que permite administrações regulares da terapia diretamente para o cérebro»

Este estudo foi publicado na revista científica Molecular Therapy e contou com financiamento do Programa Operacional da Região Centro 2020 (COMPETE 2020), da Fundação para a Ciência e Tecnologia, programa Horizonte 2020, National Ataxia Foundation (EUA).

 

Cirurgião explica
A doença hemorroidária é, em grande parte da população portuguesa, uma causa muito frequente de sofr

Os sintomas têm a ver com o grau de gravidade e vão desde o simples incómodo, até à presença de anemia grave causada pelas hemorragias por vezes muito frequentes. Os episódios de dor, por vezes insuportável, estão frequentemente presentes nos doentes que sofrem de hemorroidas.

Apesar disso, muitos destes doentes preferem continuar a sofrer pelo receio da cirurgia. De facto, a perspetiva de sofrimento no período pós-operatório, com dores intensas, muitas limitações e lento retorno à vida normal, leva a que a doença hemorroidária, por não ser tratada de forma correta, se prolongue e os sintomas se mantenham ou se agravem ao longo de muito tempo.

Estes receios são, hoje em dia, ainda perfeitamente justificados já que, em muitos hospitais, a cirurgia para o tratamento de hemorroidas se rege, ainda, por técnicas clássicas utilizadas desde há muitas e muitas décadas.

No entanto, através da utilização do laser, é hoje perfeitamente possível operar as hemorroidas de forma eficaz com uma técnica pouco invasiva, em que a dor é inexistente e a recuperação após a cirurgia se faz em poucos dias.

A minha experiência com dezenas de doentes tratados por laser permite-me verificar os excelentes resultados, e o excelente pós-operatório presente na generalidade dos casos.

Sinto muito orgulho em ser um dos poucos cirurgiões em Portugal a oferecer a possibilidade de tratar eficazmente as hemorroidas sem dores, sem complicações, com uma rápida convalescença.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Gomas comestíveis evitam sofrimento dos animais de laboratório
Uma solução tecnológica validada cientificamente para a produção de gomas medicamentosas para doseamento oral de substâncias a...

Designado por “HaPILLness”, o projeto desenvolveu uma solução inovadora e não invasiva para administração oral de fármacos a roedores usados em ensaios pré-clínicos de laboratório e que pode representar o fim de um processo penoso para as cobaias. Ao invés de lhes ser administrada a dosagem precisa do composto a testar por meio de uma sonda gástrica, os animais de laboratório passam a ter pequenas gomas coloridas que ingerem de forma voluntária. A equipa de trabalho é composta por Sofia Viana (docente da ESTeSC-IPC), Sara Nunes (diplomada da ESAC-IPC) e Pedro Vieira (diplomado da ESTeSC-IPC), num projeto que resulta de uma parceria entre o IPC e a Universidade de Coimbra.

O projeto classificado em primeiro lugar irá agora concorrer a nível nacional com os vencedores apurados nos restantes Politécnicos da rede Poliempreende e participar na Semana do Empreendedorismo, a realizar de 12 a 15 de junho de 2023, em Braga, com organização do Instituto Politécnico do Cávado e Ave.

Adicionalmente, os promotores recebem ainda um prémio monetário no valor de 2.000€ e 12 meses de incubação no INOPOL Academia de Empreendedorismo, a incubadora do Politécnico de Coimbra, para apoio ao desenvolvimento do projeto e à constituição da empresa.

A sessão de apresentação dos pitchs dos finalistas do Concurso Regional Poliempreende 2023 no IPC contou com um total de 11 projetos, sendo que para avaliar as ideias de negócio das equipas, esteve presente um júri composto por representantes do CEC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro, IAPMEI, ANJE, Instituto Pedro Nunes e IPC.

O projeto “Luxifer”, desenvolvido por uma equipa de estudantes e docentes do ISEC-IPC, alcançou a segunda posição. Trata-se de uma solução IoT para controlo e monitorização inteligente de luminárias LED, através da adaptação do seu funcionamento às necessidades horárias, ambientais e/ou vontade dos utilizadores.

Em terceiro lugar ficou o projeto ARMedLearn, um software de realidade aumentada (RA) para simulação de procedimentos invasivos não cirúrgicos criado por uma equipa de estudantes do ISEC-IPC.

Para além dos prémios monetários, ambos os projetos terão também acesso a serviços de incubação no INOPOL, assim como a uma vasta rede de contactos e parceiros do ecossistema empreendedor, que irão ser fulcrais para alavancar os projetos e dar origem a novas empresas.

Na edição de 2023 do Poliempreende no IPC, foram submetidas um total de 24 ideias de negócio de áreas científicas muito diversas e representativas das diversas Escolas do Politécnico de Coimbra.

A visão de 77 personalidades e entidades
Hoje pelas 18:30h na Feira do Livro de Lisboa, o Iscte Executive Education lança o livro “77 Vozes pela nossa Saúde – Um debate...

Depois de “67 Vozes por Portugal”, “101 Vozes pela Sustentabilidade” e “71 Vozes pela Competitividade”, a obra “77 Vozes pela nossa Saúde” reúne visões de 77 personalidades - associações, empresários, professores, ordens profissionais, enfermeiros, médicos e investigadores e ex-ministros, entre outros - sobre o estado da Saúde em Portugal, a necessidade de mudar, de crescer, de criar a diferença no Serviço Nacional de Saúde (SNS), na coexistência entre hospitais públicos e privados e na gestão da Saúde.

Com nota introdutória de Ana Maria Simões, Rui Vinhas da Silva e José Crespo de Carvalho (membros da Comissão Executiva do Iscte Executive Education), a obra de 688 páginas confronta os leitores com algumas questões, alvo de debate aberto, através do qual foram procuradas respostas concretas e conclusões: a Saúde está mesmo mal em Portugal? O SNS dá resposta às necessidades dos cidadãos? Os hospitais privados devem desaparecer, ou antes pelo contrário? Como é gerida a Saúde no nosso país?

Coordenado pelo Iscte Executive Education e editado pela Oficina do Livro, do grupo LeYa, 77 Vozes pela nossa Saúde encontra-se à venda nas livrarias e online por 16,90 Euros, estando também disponível em e-book.

 

Prevalência da doença em Portugal não é conhecida
A APELA – Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica – e a VitalAire – empresa do grupo Air Liquide Healthcare,...

Com uma incidência de cerca de 2/100.000, não se conhece exatamente a prevalência da ELA em Portugal. Sabemos, através do consumo do fármaco específico para a doença, que os números estão a crescer e que temos registo, anual, de cerca de 950 casos (Fonte: APELA). Com uma sobrevida de cerca de 5 anos, esta doença rara, neurodegenerativa e progressiva, impacta indivíduos de todas as idades e apresenta consequências severas decorrentes da fraqueza muscular progressiva dos músculos, incluindo os respiratórios, podendo causar Insuficiência Respiratória, levando à necessidade de Cuidados Respiratórios nestes pacientes.

Este acordo vem formalizar a parceria entre as duas entidades, que já haviam desenvolvido iniciativas em conjunto no sentido de sensibilizar a população para esta patologia e promover o apoio direto à APELA.  

Jorge Correia, Diretor Geral da VitalAire Portugal, realça que “a assinatura deste acordo representa o compromisso da VitalAire em estar ao lado dos pacientes e dos seus cuidadores, tanto no apoio como na capacitação, para uma melhor gestão da terapia, com vista a otimizar a sua qualidade de vida. As iniciativas que desenvolveremos em conjunto com a APELA constituirão um passo importante na sensibilização da população para a doença, assim como no apoio às pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica.”

Para Teresa Moreira, Diretora Executiva da APELA, “os cuidados respiratórios nos doentes com Esclerose Lateral Amiotrófica são da máxima importância para a sua qualidade de vida. Sendo uma doença sem cura, é importante que no seu processo, haja uma equipa multidisciplinar, que atue na melhoria dos cuidados, sempre tendo a pessoa doente como foco. Assim, a cooperação entre diferentes instituições e profissionais de saúde é muito enriquecedora no sentido de partilha de conhecimentos e na melhoria do apoio prestado aos doentes. O facto de podermos realizar ações formativas e informativas em conjunto, irá não só permitir a divulgação da importância do apoio ventilatório aos doentes, particularmente no domicílio, como também trará, sem dúvida, grandes benefícios para os doentes, para os seus cuidadores e para os profissionais de saúde que os acompanham.”

De 7 a 9 de junho
É a única solução tecnológica desenvolvida em Portugal para a área das Feridas e marcará presença, de 7 a 9 de junho, na mais...

Presente como expositora no Pavilhão Health Portugal, no Centro de Congressos da capital, a F3M irá, assim, divulgar o MpDS e o ClinicalWoundSupport (CWS), soluções tecnológicas desenvolvidas especificamente para a área das Feridas Crónicas, nomeadamente para as Úlceras por Pressão, um dos maiores problemas de saúde pública. Com estas plataformas, desenhadas à medida, os profissionais de saúde podem efetuar e agilizar diversas tarefas essenciais ao nível da monitorização e acompanhamento de feridas, por exemplo, a captação automática de imagens clínicas, a identificação, a caracterização e a seleção da intervenção terapêutica mais adequada.

“O MpDS tem sido muito bem acolhido pelas equipas técnicas que já o utilizam diariamente em serviços e respostas vocacionados, sobretudo, para a 3ª idade. E são já muitas as entidades do país, algumas das quais com elevada expressão/representatividade em Portugal, a integrar esta solução nos respetivos processos e métodos de trabalho. Estamos, por isso, muito satisfeitos com esta recetividade que acaba por vir ao encontro daquilo em que acreditamos: a tecnologia também está ao serviço das pessoas e de áreas vitais, como é a saúde. A tecnologia é uma ferramenta que auxilia, melhora e muda a vida das pessoas”, refere Pedro Salgado, gestor da Área de Negócio da Saúde da F3M.

Naquele que é já um evento de referência na área da saúde, à escala europeia, a F3M irá, também, aproveitar a oportunidade para promover a ampla oferta tecnológica que disponibiliza para o setor. A HIMSS23 Europe, Conferência e Exposição Europeia de Saúde em Portugal, arrancou esta quarta-feira, 7 de junho, e vai abordar diversos temas relacionados com a saúde digital. O certame, que tem como missão reformar o ecossistema global de saúde através da informação e da tecnologia, irá também explorar iniciativas e projetos que decorrem em diferentes países europeus, nomeadamente em Portugal. Ao longo de três dias, servirá, ainda, como espaço para reforço de colaborações pan-europeias.

Consulta multidisciplinar junta especialidades de Neurologia e Oftalmologia
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) passa a dispor da Consulta de Neurologia-Visão – uma consulta...

“As alterações visuais de causa não ocular são frequentes e necessitam de uma abordagem especializada para melhor diagnóstico e seguimento, bem como para o correto esclarecimento e tranquilização dos utentes afetados.”, afirma Ricardo Soares Reis, neurologista.

“O facto de a consulta de Neurologia-Visão ser realizada em proximidade entre o neurologista e o oftalmologista para discussão dos casos – permite um estudo mais aprofundado e individualizado, utente a utente.”, acrescenta Olinda Faria, oftalmologista.

Assim, a consulta de Neurologia-Visão pretende estreitar a ligação entre as duas especialidades, permitindo uma abordagem ao utente verdadeiramente multidisciplinar, mas também a redução do número de consultas que o utente necessitaria em cada uma das especialidades.

A consulta é dirigida a utentes provenientes da Neurologia ou da Oftalmologia com patologia neuro-oftalmológica diagnosticada (ou com suspeita clínica adequadamente sustentada) e aos utentes com patologia vascular da retina.

O CHUSJ estima chegar aos 125 utentes com primeira consulta, até ao final do ano de 2023.

Esta consulta específica de Neurologia terá lugar no serviço de Oftalmologia do CHUSJ, dispondo de todos os exames complementares de diagnóstico em uso na oftalmologia, incluindo os exames de eletrofisiologia ocular.

Esta abordagem permite, assim, estudar os doentes com patologia neuro-oftalmológicas de imediato, chegar a diagnósticos mais rapidamente e estabelecer a terapêutica com a prontidão desejável, traduzindo-se em óbvios ganhos de saúde para os utentes do CHUSJ.

 

Simpósio “Inovações Tecnológicas”,
O Curso de Imagem Médica e Radioterapia da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD), do Instituto Politécnico de Castelo...

Para contribuir para a discussão e formação nas referidas áreas, a GE HealthCare esteve presente com a organização de um workshop com o tema “Análise quantitativa e processamento assistido por IA em estudos pulmonares”, no qual foram exploradas algumas ferramentas existentes para o processamento dos estudos de cintigrafia pulmonar. 

“Sendo que este foi um congresso organizado pelos estudantes da ESALD, estou convicta de que a nossa participação enriqueceu bastante o programa, consistindo numa oportunidade única para os estudantes, futuros Técnicos de Radiologia, Radioterapia e Medicina Nuclear, poderem explorar as aplicações mais inovadoras existentes no mercado nas estações de trabalho existentes nas Clínicas e Hospitais”, afirma Patrícia Calvinho, Product Sales Specialist in Molecular Imaging da GE HealthCare.

Ainda no âmbito do simpósio “Inovações Tecnológicas”, a GE HealthCare esteve responsável pela palestra “Omni Legend – o início de uma nova era em PET/CT”, onde apresentou a nova plataforma de PET/CT totalmente digital, com tecnologia inovadora que está a revolucionar as capacidades desta modalidade com os seus tempos de aquisição ultra-rápidos e com ultra-baixa dose. Além disso, é o primeiro PET/CT do mundo a incluir um sistema de câmara de posicionamento do doente.

 

Mogamulizumab é o primeiro tratamento biológico dirigido ao recetor CCR4
A Kyowa Kirin anunciou a inclusão do mogamulizumab no Sistema Nacional de Saúde português, sob o nome comercial Poteligeo®,...

Os LCCT são uma forma rara, por vezes grave e potencialmente fatal de linfoma não-Hodgkin. Ocorrem principalmente na pele, mas podem afetar o sangue, gânglios linfáticos e vísceras, de forma secundária. Os LCCT podem ter um impacto profundo na qualidade de vida e bem-estar psicológico dos doentes. Os distúrbios cutâneos e o prurido levam à depressão, distúrbios do sono e fadiga6.

Nas palavras de Mariana Cravo, dermatologista responsável pela Consulta Multidisciplinar de Linfomas Cutâneos do Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO): “a qualidade de vida dos doentes com LCCT pode ser má. Mesmo nos estadios iniciais, os doentes podem ver os seus relacionamentos sociais alterados, pois têm lesões visíveis na pele e, por vezes, a comichão não lhes permite viver com qualidade. Os cuidadores também têm dificuldades em lidar com esta patologia e em conseguir ajudar o doente".

Os LCCT representam cerca de 4 por cento de todos os casos de linfomas não-Hodgkin e até 80 por cento de todos os linfomas cutâneos primários. Afetam cerca de 240 pessoas por 1 milhão na Europa. A Síndrome de Sézary (SS) é responsável por aproximadamente 5 por cento dos LCCT. A sobrevivência desta doença em estadios avançados ronda os 4,7 anos. Quando há uma elevada carga tumoral no sangue é de 4,64 anos, em comparação com 29,28 anos quando não há. Já em relação à MF, segundo uma meta-análise, a sobrevivência global no estadio mais avançado (IVB) varia entre 10-39,7% versus 82,1-85,8% nos estadios iniciais (IB).

"Devido ao prurido e aos distúrbios cutâneos, os doentes com linfomas cutâneos de células T têm frequentemente sintomas que afetam diretamente a sua saúde física e psicológica. Tratamentos como o que é hoje lançado em Portugal, constituem um grande passo em frente na melhoria da qualidade de vida das pessoas com LCCT e, indiretamente, beneficia também a vida dos seus familiares ou cuidadores", diz o presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), Professor Manuel Abecasis.

Até agora, no caso da SS, a maioria dos tratamentos disponíveis raramente são capazes de induzir remissões a longo prazo. No caso da MF, apenas a fotoquimioterapia com psoraleno (PUVA) mostrou evidência de remissão, com taxas a 10 anos de 30-50%, embora com recidivas tardias.

O mogamulizumab é a primeira terapia biológica aprovada para a Síndrome de Sézary e Micose Fungoide que visa o receptor CCR4, após o fracasso da terapia sistémica anterior. As recomendações da ESMO indicam que esta terapia tem demonstrado eficácia clinicamente relevante, especialmente em doentes com distúrbios do sangue.

Neste sentido, Mariana Cravo afirma: "procuramos melhorar a doença, obter uma remissão completa durante o máximo de tempo possível e melhorar os sintomas, tudo isto com o mínimo de complicações possível a curto, médio ou longo prazo. O Mogamulizumab é um anticorpo monoclonal anti-CCR4 que revolucionou o tratamento de LCCT com leucemia, com impacto no sangue periférico, representando um grande avanço para estes doentes.

 

Projeto de Hospitalização Domiciliária Pediátrica é a primeira do país
A Fundação do Gil assinou um protocolo com o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), em Lisboa, para estabelecer uma...

A Hospitalização Domiciliária é considerada uma alternativa distinta ao internamento hospitalar convencional e este projeto inovador, pioneiro em Portugal, tem sido até então exclusivamente implementado para adultos. Esta parceria tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da criança e sua família, minimizando as complicações inerentes ao internamento convencional.

O projeto piloto da 1ª Unidade de Hospitalização Domiciliária Pediátrica, com o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), é destinado a doentes pediátricos dos concelhos da Amadora e de Sintra em seguimento no Departamento da Criança e do Jovem. Os cuidados prestados são garantidos por uma equipa multidisciplinar, terá uma prestação de 24 horas por dia, sete dias por semana, durante o ano inteiro.

A primeira Unidade de Hospitalização Domiciliária Pediátrica irá permitir que o doente pediátrico possa permanecer no seu domicílio sob vigilância clínica e psicossocial. Considerando que a área de Hospitalização Domiciliar Pediátrica não existia, a Fundação do Gil e os hospitais parceiros podem assim oferecer um modelo de assistência que, em breve, poderá ser mais uma solução inovadora para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), proporcionando às crianças e às suas famílias um ambiente mais propício para superar as dificuldades da doença e ampliar as opções oferecidas pelo SNS à comunidade.

No trabalho realizado na Hospitalização Domiciliária em adultos, verificou-se que os cuidados de saúde prestados na casa do doente apresentam uma elevada qualidade, complexidade e intensidade, comparáveis aos cuidados fornecidos num hospital. Nesta modalidade, procura-se assegurar uma maior acessibilidade aos cuidados de saúde, criar um ambiente psicossocial mais favorável ao adulto durante o período de internamento e valorizar o papel da família/cuidador, prevenindo a rejeição, o abandono e a institucionalização. O avanço deste projeto pioneiro e inovador na área da Pediatria irá contribuir para serviços hospitalares sem barreiras físicas, garantindo mais e melhores acessos aos cuidados de saúde, reduzindo as complicações associadas à hospitalização tradicional, criando um ambiente psicológico mais favorável à criança durante o período de tratamento, valorizando sempre o papel da família/cuidador.

Segunda Patrícia Boura, "Esta parceria deixa-nos muito felizes, pois representa mais um passo importante para a Fundação do Gil e para o futuro da Hospitalização Domiciliária Pediátrica. A experiência de 16 anos da Fundação do Gil com o Projeto Cuidados Domiciliários Pediátricos mostra que existe uma necessidade para uma melhor prestação dos cuidados pediátricos e é importante a criação recursos para dar resposta. Queremos agradecer ao Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca por se juntar a nós neste projeto tão inédito e inovador no país. Em particular, pretendemos fazer a diferença em conjunto, ao sermos parte integrante do impacto positivo que este projeto irá ter nas crianças e nas suas famílias. Importa referir que, ao estabelecer parcerias com os hospitais no âmbito deste projeto, iremos investir na experiência da Hospitalização Domiciliária em Portugal, onde os indicadores de saúde obtidos têm sido muito satisfatórios."

A Hospitalização Domiciliária é considerada uma alternativa distinta ao internamento hospitalar convencional e este projeto inovador, pioneiro em Portugal, tem sido até então exclusivamente implementado para adultos. Esta parceria tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da criança e sua família, minimizando as complicações inerentes ao internamento convencional.

O projeto piloto da 1ª Unidade de Hospitalização Domiciliária Pediátrica, com o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), é destinado a doentes pediátricos dos concelhos da Amadora e de Sintra em seguimento no Departamento da Criança e do Jovem. Os cuidados prestados são garantidos por uma equipa multidisciplinar, terá uma prestação de 24 horas por dia, sete dias por semana, durante o ano inteiro.

A primeira Unidade de Hospitalização Domiciliária Pediátrica irá permitir que o doente pediátrico possa permanecer no seu domicílio sob vigilância clínica e psicossocial. Considerando que a área de Hospitalização Domiciliar Pediátrica não existia, a Fundação do Gil e os hospitais parceiros podem assim oferecer um modelo de assistência que, em breve, poderá ser mais uma solução inovadora para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), proporcionando às crianças e às suas famílias um ambiente mais propício para superar as dificuldades da doença e ampliar as opções oferecidas pelo SNS à comunidade.

No trabalho realizado na Hospitalização Domiciliária em adultos, verificou-se que os cuidados de saúde prestados na casa do doente apresentam uma elevada qualidade, complexidade e intensidade, comparáveis aos cuidados fornecidos num hospital. Nesta modalidade, procura-se assegurar uma maior acessibilidade aos cuidados de saúde, criar um ambiente psicossocial mais favorável ao adulto durante o período de internamento e valorizar o papel da família/cuidador, prevenindo a rejeição, o abandono e a institucionalização. O avanço deste projeto pioneiro e inovador na área da Pediatria irá contribuir para serviços hospitalares sem barreiras físicas, garantindo mais e melhores acessos aos cuidados de saúde, reduzindo as complicações associadas à hospitalização tradicional, criando um ambiente psicológico mais favorável à criança durante o período de tratamento, valorizando sempre o papel da família/cuidador.

Segunda Patrícia Boura, "Esta parceria deixa-nos muito felizes, pois representa mais um passo importante para a Fundação do Gil e para o futuro da Hospitalização Domiciliária Pediátrica. A experiência de 16 anos da Fundação do Gil com o Projeto Cuidados Domiciliários Pediátricos mostra que existe uma necessidade para uma melhor prestação dos cuidados pediátricos e é importante a criação recursos para dar resposta. Queremos agradecer ao Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca por se juntar a nós neste projeto tão inédito e inovador no país. Em particular, pretendemos fazer a diferença em conjunto, ao sermos parte integrante do impacto positivo que este projeto irá ter nas crianças e nas suas famílias. Importa referir que, ao estabelecer parcerias com os hospitais no âmbito deste projeto, iremos investir na experiência da Hospitalização Domiciliária em Portugal, onde os indicadores de saúde obtidos têm sido muito satisfatórios."

6.ª Expedição Radical APDP/NJA
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza nos próximos dias 10 a 12 de junho a 6.ª edição da Expedição...

Esta aventura junta um grupo de pessoas com diabetes tipo 1, profissionais de saúde da APDP e uma equipa de guias de montanha credenciados da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, de forma a garantir a segurança e bem-estar de todos os participantes.

“Os anos passam, mas o nosso compromisso para com a educação para a diabetes não desaparece. Iniciativas como esta são cruciais para mostrar a importância que o desporto pode ter no tratamento da diabetes, mas também para desfazer mitos. Isto torna-se especialmente relevante quando falamos de pessoas que têm o desafio acrescido de integrar a diabetes na sua vida familiar e profissional.”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

“Programas como este, que obrigam a uma otimização da autogestão da diabetes e ao apoio entre pares, têm sido reconhecidos como altamente importantes por todo o mundo. A verdade é que educar para o tratamento da diabetes em contexto de exercício físico é essencial para a promoção de uma vida saudável e a observação das experiências de outras pessoas com diabetes pode, de certa forma, ajudar a ultrapassar as dificuldades da doença.”, defende Alexandra Costa, coordenadora do Núcleo Jovem da APDP.

Desde o seu lançamento, em 2017, as Expedições APDP já contaram com cerca de 130 participantes. Além de aumentarem a autoconfiança nas decisões terapêuticas de quem vive com diabetes, contribuindo para uma melhor aceitação da mesma, têm como objetivo promover a melhoria do autocuidado com benefícios clínicos e psicológicos.

Sociedade Portuguesa de Oncologia
A sobrevivência dos doentes com cancro tem vindo a aumentar devido a uma melhoria na deteção precoce e às evoluções no...

Em todo o mundo, no ano de 2020, ocorreram cerca de 19,3 milhões novos diagnósticos de cancro, prevendo-se que, em 2040, haverá 30,2 milhões de novos diagnósticos. O crescimento destes números está associado a diversos fatores, nomeadamente ao crescimento populacional, ao envelhecimento da população e aos estilos de vida.

Não existem dados reais publicados sobre número de sobreviventes existentes, sendo que, em 2017, o número estimado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) era de meio milhão de sobreviventes. A crescente população de sobreviventes de cancro apresenta vários desafios e oportunidades para os quais importa refletir. Os desafios mais prementes prendem-se com a definição de possíveis normas de seguimento, bem como estratégias de orientação de possíveis toxicidades decorrentes de tratamentos oncológicos a longo prazo.

Neste âmbito, foi desenvolvido um trabalho pelo grupo de Sobreviventes da Sociedade Portuguesa de Oncologia, com a colaboração de médicos e psicólogos, com o apoio da LPCC, dedicado ao cuidado de doentes oncológicos e onde se destacam uma série de recomendações que visam normas de vigilância, abordagem de sequelas (como ostomias, linfedema) e toxicidades decorrentes de tratamentos (como cardíaca, neurológica ou pulmonar). O impacto da doença e dos tratamentos na vida familiar e a nível laboral foi também objeto de reflexão nesta investigação.

Dado que em junho que se celebra o Dia do Sobrevivente de Cancro e por forma a assinalar esta importante data, o grupo de Sobreviventes da SPO publica, inicialmente, em formato digital e, posteriormente, como suplemento da revista da SPO estas recomendações, possibilitando uma melhor articulação entre Oncologia e Cuidados de Saúde Primários, no processo de acompanhamento dos sobreviventes.

Pode consultar a publicação aqui.

Relatório “Acesso a cuidados de saúde, 2022 – As escolhas dos cidadãos no pós-pandemia”
Depois de uma década em evolução o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde em Portugal revela um decréscimo. Os dados fazem...

Elaborado no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE o documento, da autoria dos investigadores Pedro Pita Barros e Eduardo Costa do Nova SBE Health Economics & Management Knowledge Center, carateriza as decisões dos cidadãos no primeiro contacto com o sistema de saúde analisando a incidência de episódios de doença, decisão de aceder a cuidados de saúde, barreiras de acesso (financeiras e não financeiras) e prestação de cuidados de saúde nos setores público e privado.  

Acesso a cuidados de saúde, 2022 – As escolhas dos cidadãos no pós-pandemia apresenta resultados relativos aos anos de 2021 e 2022, comparando com o relatório anterior (2013-2020).

Sobre a incidência dos episódios de doença, os dados permitem aferir que a pandemia da COVID-19 acentuou a associação entre a condição socioeconómica do agregado familiar e a ocorrência de episódios de doença. As pessoas de grupos socioeconómicos de maior rendimento reportaram menos situações de doença (provavelmente devido à redução de contactos sociais resultantes da maior permanência em casa) e o grupo socioeconómico com maior dificuldade financeira, embora revele também um decréscimo no registo de ocorrências (provavelmente devido ao receio de contágio), em 2022, reporta um acréscimo grande (de, pelo menos, um episódio de doença). Verifica-se assim que os anos 2020 e 2021 contrariam a tendência crescente dos anos anteriores (2013-2020) retomando, em 2022, aos valores registados antes da pandemia.

Os investigadores concluíram que, nos anos da pandemia (2020 e 2021), apenas 27% e 30% dos inquiridos, respetivamente, reportaram terem-se sentido doentes, pelo menos uma vez, mostrando que o período pandémico foi marcado por valores anormalmente baixos neste indicador. Fatores como rendimento mais baixo (47,6%) e idade mais avançada (57,6%) encontram-se associados a uma maior probabilidade de a pessoa se ter sentido doente pelo menos uma vez.  Em 2022, porém, verifica-se uma subida expressiva, com 40% dos inquiridos a revelar ter-se sentido doente pelo menos uma vez no ano. A comparação entre anos permite verificar que o aumento da população, que reporta ter-se sentido doente em 2022, é sobretudo explicado pelo aumento dos episódios de doença nos grupos etários mais novos, abaixo dos 45 anos. Os autores adiantam que ‘isto é compatível com os padrões de evolução da pandemia’ e acrescentam que ‘por um lado, o início de 2022 foi marcado por grandes impactos da variante Ómicron da COVID-19. Por outro lado, ao longo do ano de 2022, a redução da utilização generalizada das medidas de proteção individual contribui para um aumento de circulação dos vírus’.

Ainda em 2022, cerca de 14% da população optou por não recorrer ao sistema de saúde, na sequência de um episódio de doença, o que ‘pode sinalizar a perceção por parte dos cidadãos de uma maior dificuldade de aceder a cuidados de saúde, levando a que alguns optem por não os procurar’, salientam os autores, embora também considerem que poderá estar ‘ligado a um conjunto de fatores, e não apenas a uma única justificação’.

Em alternativa ao recurso ao sistema de saúde, as pessoas procuraram outras soluções como a automedicação (43%), que pode ser explicado pela acumulação de medicamentos mais comuns por parte das famílias, ou optaram por ‘esperar’ que a sua doença melhorasse (57%). O aumento dos que não contactaram o sistema de saúde pode ser explicado pelo aumento de infeções de COVID-19, no final de 2021 e início de 2022, a par das recomendações das autoridades de saúde para não recorrer ao sistema de saúde em caso de doença ligeira. O padrão verificado em 2022, porém, inverte o histórico verificado desde 2013, quer no período da pandemia (2020 – 2021), quer no período pré-pandemia (2013 – 2019). Na larga maioria dos casos (quer naqueles que se automedicaram, quer nos que decidiram esperar) a baixa gravidade da doença foi eleita como a principal razão para não contactar o sistema de saúde (82,2% e 88,9%, respetivamente, em 2022).  Embora registando um maior número de pessoas que (doentes) não recorreram ao sistema de saúde, os dados revelam que a probabilidade de as pessoas se deslocarem aos serviços de saúde em caso de doença ainda permanece muito elevada (80%), sendo ‘o aparecimento de um problema inesperado’ a principal razão que motiva a procura (70%).

Numa perspetiva mais ampla, os investigadores avaliaram também as barreiras de acesso a cuidados de saúde e concluíram que, em 2022, existiram dificuldades em fazer face às despesas habituais do agregado familiar na classe com menores rendimentos, sobretudo na aquisição de medicamentos (50%). Ainda no campo do medicamento, verifica-se que a proporção de famílias que pede a substituição de um fármaco de marca pelo respetivo genérico aumenta com o acréscimo das dificuldades económicas (passando de 33%, em 2019 para 56% em 2022). Ainda assim, e apesar do aumento da preferência pelos medicamentos genéricos, a despesa com medicamentos representa a maior fatia da despesa associada a idas aos cuidados de saúde primários ou a urgências hospitalares.

No que diz respeito ao acesso a consultas ou urgências o presente relatório evidencia que a proporção de pessoas que reporta não ter conseguido aceder a uma consulta ou urgência por dificuldades financeiras é muito baixa, o que pode ser explicado pelo facto de ‘nos cuidados de saúde primários, as consultas com os médicos de família não estão sujeitas ao pagamento de taxas moderadoras. Nos cuidados de saúde hospitalares, essas taxas existem, por exemplo, no acesso ao serviço de urgência. Contudo, estão previstas diversas isenções’.

No que diz respeito às barreiras não financeiras, e apesar do aumento das infeções de COVID-19 associadas à variante Ómicron, o receio de contágio nos cuidados de saúde e os cancelamentos de consultas e exames continuaram em queda.

A prestação de cuidados de saúde nos setores público e privado foi igualmente alvo de análise, verificando-se um aumento no recurso ao setor público, recuperando parcialmente a queda verificada entre 2019 e 2020, motivado em grande maioria pela utilização da linha de atendimento SNS 24 (de 3%, em 2019, para 28%, em 2022). Ainda assim, apesar da ligeira subida face aos níveis de 2020 e 2021, a proporção de pessoas que procura os serviços de urgência permanece abaixo do pré-pandemia (41,1% em 2019 e 35,5% em 2022).

Os autores fizeram, também, o retrato dos cuidados centrados no doente tendo constatado que embora  em 2022 exista uma quebra na perceção de que o tratamento dos doentes foi feito com dignidade, compaixão e respeito, durante a pandemia não se verificaram quebras neste indicador o que poderá estar associado a um ajuste  níveis de exigência da população, associados a uma maior compreensão para a pressão sentida durante a pandemia, ‘evitando assim a deterioração deste indicador’,  adiantam os investigadores.

Apresentação dos relatórios “Recursos Humanos em Saúde & Acesso a Cuidados de Saúde 2022”

No mesmo dia em que se apresenta o relatório sobre Acesso a Cuidados de Saúde, também se apresenta o relatório de Recursos Humanos, que tem como objetivo caraterizar várias das dimensões que têm afetado a atração e retenção de profissionais de saúde em Portugal, perspetivando potenciais caminhos de futuro, e com o qual se concluiu que o melhor aproveitamento das competências dos profissionais de saúde, a reorganização do trabalho com recurso a novos modelos pautados por um maior trabalho de equipa entre os diferentes grupos profissionais e a utilização de mecanismos de partilha, aproveitando as potencialidades das novas tecnologias, podem traduzir-se em ganhos económicos e de eficiência global para o Serviço Nacional de Saúde.

Ambos os relatórios dão particular relevância ao momento pós-pandemia, considerando o impacto da mesma sobre os profissionais de saúde e sobre o acesso dos cidadãos ao sistema de saúde.

Relatório ‘Recursos Humanos em Saúde’, disponível na integra aqui

Relatório ‘Acesso a cuidados de saúde, 2022 – As escolhas dos cidadãos no pós-pandemia’, disponível na integra aqui

Opinião
Considerada um dos antioxidantes tópicos mais potentes para a pele, a vitamina C, quando incluída na

O que é a vitamina C?

Também conhecida como ácido ascórbico é uma molécula fundamental para o desenvolvimento do corpo humano, sendo essencial para o desenvolvimento dos ossos, tendões e pele. É considerada um antioxidante potente e é usada cada vez mais na cosmética pela sua capacidade de eliminar os radicais livres, reduzindo assim os sinais do envelhecimento. Além disso, é capaz de auxiliar na reparação dos danos já causados na pele por agressores diários, sendo capaz de melhorar o aspeto das rugas finas, devolvendo a luminosidade e melhorando a firmeza cutânea. 

O que a vitamina C faz com a nossa pele?

Esta molécula é capaz de proteger a nossa pele de diversas formas, no entanto vamos sintetizar para facilitar!

1.     É considerada como um escudo contra os radicais livres, combatendo o stress oxidativo provocado por fatores externos como a radiação solar, calor, poluição ambiental, assim como a exposição à luz diária, seja pelo uso do telemóvel ou computador ou pela iluminação existente nos espaços fechados. Desta forma evita o envelhecimento precoce da pele.

2.     Ajuda a clarear e a uniformizar o tom da pele: a vitamina C contribui para a inibição da tirosinase, que é a enzima que transforma a tirosina em melanina, diminuindo desta forma a formação de manchas.

3.     Corrige pequenas rugas e linhas de expressão: por ter uma ação na produção de colágeno vai atenuar as rugas e linhas de expressão. Além disso ajuda a reter a água na pele deixando mais hidratada e mantendo a elasticidade da mesma.

4.     Melhora a luminosidade da pele: pela sua ação antioxidante e por todos os benefícios referidos anteriormente a pele vai ficar com um aspecto mais luminoso e saudável.

Existem várias fórmulas de vitamina C?

A vitamina C pode ser encontrada em vários tipos de formulações, desde ampolas, sérum, gel ou creme. Seguramente os séruns são a formulação mais comum encontrada no mercado por fornecer uma alta concentração da molécula e também por permitir uma maior penetração e estabilidade do produto.

O ácido L-ascórbico é uma molécula instável para formulação em uso tópico, por isso derivados mais estáveis de tem sido utilizado em formulações tópicas. Derivados como ascorbil fosfato de sódio, palmitato ascórbico ou o ascorbil fosfato de magnésio têm sido utilizados também para uso tópico. Estes são derivados da vitamina C e são formulados de forma diferente, sendo alguns deles hidrossolúveis e adaptados à pele mais sensível. No entanto, não está provado que os derivados, após aplicação tópica, sejam absorvidos pela pele ou convertidos em ácido L-ascórbico após a penetração. Estudos revelam ainda que o pH da vitamina C interfere com a sua absorção, sendo que um pH mais baixo (inferior a 3,5) é ideal para que seja eficaz.

Relativamente à composição podemos ainda dividir a vitamina C em duas categorias: anidro (que significa "sem água") e à base de água. Este último normalmente vem acondicionado em frascos opacos e escuros para manter a estabilidade da vitamina, pois esta normalmente é mais instável e sensível à luz. No entanto, independentemente da composição é importante manter o frasco sempre bem fechado e guardado num local fresco e mais escuro, por forma a evitar alterações da composição.

Adequadas a todos os tipos de pele?

Antes de mais devemos saber como começar a usar vitamina C e como adaptar a cada tipo de pele. 

Uma das dicas que explico em consulta é que se é a primeira vez que vão utilizar vitamina C devem começar com uma concentração baixa e vão subindo à medida que a pele estiver adaptada. Além disso, recomendo que não usem diariamente numa fase inicial, podendo começar inicialmente por um esquema de três vezes por semana. É importante ainda adaptar o tipo de vitamina C, especialmente quando se trata de uma pele com tendência a oleosidade, sendo que as formulações com ácido L-ascórbico podem ser as mais adequadas. Por outro lado, quando falamos de uma pele seca e sensível, o ascorbil fosfato de magnésio, uma vitamina C solúvel em água, pode ser o mais indicado por ser menos irritante e mais hidratante.

Quando e como usar?

A vitamina C pode ser usada todo o ano, mas a verdade é que as vendas deste produto disparam com a chegada da primavera, pois o seu benefício na prevenção das manchas faz com que seja mais requerido nesta altura do ano. No entanto, o seu benefício antioxidante faz com que possa e deva ser usado todo o ano.

Pode ser usada de manhã e à noite, no entanto aconselho o seu uso preferencial pela manhã pelo seu efeito protetor contra os danos oxidativos, no entanto realço que a vitamina C funciona como reparadora pela noite, motivo pelo qual também se aconselha o seu uso.

Não se esqueça que após a colocação da vitamina C pela manhã, deve-se associar o uso de protetor solar. Inclusive existem estudos que referem que o uso de protetor solar associado à vitamina C permite uma proteção mais abrangente, uma vez que o protetor solar por si só não consegue bloquear todas as radiações.

Como referi anteriormente, é importante começar devagar, pelo que costumo recomendar a sua aplicação apenas algumas vezes por semana e ir aumentando gradualmente até à sua incorporação diária. Além disso, recomendo que inicialmente comece com uma concentração baixa.

Os resultados não são imediatos e são necessárias várias semanas/meses para se observarem na pele. 

O que não se pode misturar?

Antigamente, pensava-se que a vitamina C era incompatível com muitos ativos, incluindo o retinol, mas estudos mais recentes referem que não. A vitamina C pode perfeitamente ser combinada com niacinamida, peptídeos, alfa e beta hidroxiácidos, assim como com o retinol. Alguns estudos referem a sinergia entre a vitamina C e retinol, sendo benéfico o seu uso concomitante para prevenir o envelhecimento da pele.

Sabemos ainda que muitas empresas de cosméticos combinam vários antioxidantes nos seus produtos para os potenciar. Combinação de vitaminas C e E, assim como ácido ferúlico podem ter benefícios para a pele, sendo muito utilizados na cosmética atual.

Top 10 de produtos com vitamina C:

Existem vários produtos disponíveis no mercado, com várias concentrações de vitamina C e várias combinações de ativos, que podem ser adaptados aos diferentes tipos de pele e às diferentes necessidades do paciente.

Selecionei alguns dos produtos que mais recomendo e que melhor feedback me têm dado os pacientes:

  • Sérum Intensive Vitamina C² da Esthederm: sérum concentrado com 2 tipos de vitamina C - 10% Vitamina C pura + 2% Provitamina C. Programa intensivo de 28 dias de tratamento para recuperar a luminosidade da pele.
  • Sérum Silymarin CF Skinceuticals: composto por ácido L-ascórbico a 15%, e combinado com ácido salicílico e cardo mariano, que irão permitir controlar a pele mais oleosa e deixar um aspecto mais matificado da pele.
  • Sérum C E Ferulic da SkinCeuticals: com 15% de vitamina C pura, associada ao ácido ferúlico e vitamina E para potenciar a sua eficácia.
  • P-Bright Serum da Fillmed: constituído por vitamina C combinada com ácido fítico, com ação visível na uniformização cutânea e efeito antioxidante.
  • Sérum Endocare Radiance C Ferulic Edafence da Cantabria: vitamina C reforçada com as vitaminas C, E e Ácido ferúlico. Combina uma inovadora tecnologia antipoluição com uma tecnologia de regeneração cutânea para melhorar o seu efeito antioxidante.
  • Pigmentbio C-Concentrate da Bioderma: possui 2% de vitamina C pura em pó que é integrada ao sérum na primeira utilização. Além da vitamina C possui vitamina E combinada com alfa e beta hidroxiácidos, como o ácido glicólico e salicílico. Serúm adequado para uma pele pigmentada e que pretende prevenir os sinais de envelhecimento pela combinação de ativos.
  • Vitamin C Antiox Ativo Puro da Martiderm: Fórmula anidra inovadora, enriquecida com 15% de vitamina C associada ao gengibre. Um shot de vitamina C pura concentrada para um paciente que deseja uma pele mais revitalizada, uniforme e luminosa.
  • NCFE reverse sérum da Filorga: constituído por vitamina C e retinol encapsulado, associado ao complexo NCEF (um complexo poli revitalizante com 50 ingredientes). Uma excelente combinação para uma pele madura que pretende tratar os sinais do envelhecimento.
  • Pure vitamin C10 da La Roche Posay: combina vitamina C pura, ácido salicílico e ácido hialurónico. Adaptada a pele oleosa e acneica com um extra de hidratação devido ao ácido hialurónico.
  • C-light serum da Fillmed: com vitamina C e H e polifenol de Hexilressorcinal-14 que protegem a pele dos radicais livres, para uma pele mais protegida e iluminada.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Já disponível nas livrarias
Um balanço da Covid-19 do ponto de vista da realidade que se impôs aos municípios.

O livro “Municípios e Saúde – entre as lições da Covid-19 e os desafios da descentralização”, uma obra que conta com o apoio da Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM), foi apresentado no dia 30 de maio, na Feira do Livro de Lisboa. A sessão de apresentação contou com a presença dos coordenadores Luís Filipe Mota Almeida (Investigador associado no Centro de Investigação de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa), André Dias Pereira (Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra), e Manuel Ferreira Ramos (Coordenador do Centro de Valorização de Eleitos Locais) e com a participação de Álvaro Beleza, Presidente da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) e Albino Almeida, Presidente da ANAM.

“Municípios e Saúde – entre as lições da Covid-19 e os desafios da descentralização”, é o terceiro volume da coleção Autarquias e Poder Local e conta com o Prefácio de Adalberto Campos Fernandes, Ex-Ministro da Saúde. Apresenta um balanço da Covid-19 do ponto de vista da realidade que se impôs aos municípios que, na verdade, foram transformados em agentes e executores de uma inevitável transferência de competências do SNS para as entidades locais.

Editado pela Almedina, este terceiro volume reúne em três capítulos - “As Lições da Covid-19 e a sua utilidade para o processo de descentralização”, “O Processo de Descentralização de Competências na Área Saúde — os desafios, o presente e o futuro” e “Outros Desafios dos Municípios na Área da Saúde” - 23 textos de 31 autores de diversos quadrantes políticos, da área da saúde, de ordens profissionais e académicos, que refletem a sua experiência, desafios e o balanço da realidade imposta aos municípios e às Assembleias Municipais pela pandemia.

A saúde tem sido uma das áreas mais problemáticas no âmbito do processo de descentralização de competências para a esfera municipal e a crise sanitária provocada pela covid-19 e os seus impactos sociais e económicos não só exigiram uma forte e estreita cooperação multinível, como também colocaram à prova a capacidade do poder local e dos seus órgãos representativos procurarem e concretizarem respostas políticas para os desafios emergentes, com proximidade às populações.

O livro já se encontra disponível nas livrarias.

Opinião
Não há propriamente um limite para o picante que devemos colocar na comida, tudo depende do gosto de

O picante deve-se à existência de uma substância chamada capsaicina. A presença desta substância no nosso corpo acelera o metabolismo, ou seja, permite-nos gastar mais calorias. Devido a isso é uma substância com efeito termogénico. Contudo, trata-se de um efeito bastante discreto, com um impacto pouco significativo no gasto calórico diário.

Quando ingerida, a capsaicina pode promover um aumento do metabolismo, levando a um gasto extra de algumas calorias por dia. No entanto, convém reforçar que se trata apenas de um ligeiro gasto extra, sem grande impacto no total de calorias gasto diariamente. Além disso, a capsaicina também tem propriedades antioxidantes.

A capsaicina tem potencial para causar irritação do sistema digestivo, podendo originar ardência, dor, ou algum tipo de desconforto. Comer comida picante todos os dias não é prejudicial para a saúde, se a pessoa gostar e não tiver nenhum tipo de sensibilidade particular ao picante.

Há grupos de risco que devem evitar a toda a força a comida picante como por exemplo as pessoas que têm um sistema digestivo mais sensível, ou que sofrem de alguma doença do sistema digestivo (gastrite, por exemplo), são mais suscetíveis a sentirem desconforto ou dor após o consumo de picante. Também quem sofre de hemorroidas, pode sentir alguma ardência na região anal, se tiverem algum tipo de fragilidade nos vasos sanguíneos dessa região.

Há quem defenda que a comida picante favorece outros momentos picantes. Mas não é verdade, trata-se de um mito. No entanto, o efeito placebo associado à ingestão de comida picante pode levar as pessoas a sentirem algum aumento no desejo sexual.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Os profissionais de saúde mental portugueses consideram que existe um potencial significativo para as Aplicações Móveis de...

A evidência é apresentada no artigo “Mental Health Professionals’ Attitudes Toward Digital Mental Health Apps and Implications for Adoption in Portugal: Mixed Methods Study”, da autoria de Diogo Nogueira-Leite do Nova SBE Health Economics & Management Knowledge Center, que revela ainda preocupações dos profissionais de saúde mental no que diz respeito à sua participação para assegurar que as aplicações ganham a adesão necessária. ‘É altura de o sistema de saúde português enfrentar este desafio, uma vez que apresenta muitas semelhanças relativamente a outras ferramentas digitais de saúde, como a necessidade de investir na literacia digital dos profissionais de saúde’ refere o investigador.

Em Portugal, numa realidade caracterizada pelo impacto considerável da doença mental, uma população cada vez mais envelhecida e limitações na prestação de cuidados de saúde, a relevância das AMSM está ainda por aferir. Explorar as atitudes e expectativas dos psiquiatras e psicólogos sobre as aplicações móveis de saúde mental no contexto português, bem como os benefícios, obstáculos e medidas de apoio à sua utilização foi o grande objetivo do presente estudo que pretende analisar as melhores políticas e esforços, públicos e privados, relativamente ao desenvolvimento e implementação destes produtos e serviços digitais para a saúde mental.

Dos resultados obtidos foi possível aferir que a maioria dos profissionais admite como válida a possibilidade de prescrever AMSM. No entanto, é necessária mais informação sobre a sua validade clínica e funcionamento em contexto de prática clínica antes de conquistarem a confiança dos prestadores de cuidados de saúde mental em Portugal. A produção de recomendações por organismos governamentais, assim como por associações profissionais e sociedades científicas, são fortemente encorajadas e existe um forte consenso relativamente aos benefícios e barreiras associados às AMSM e à necessidade de promover a literacia digital dos profissionais de saúde.

Quanto aos potenciais benefícios identificados, todas as hipóteses listadas obtiveram o acordo da maioria dos profissionais. Aquelas que diziam respeito aos pacientes incluíam vantagens como o aumento da literacia em saúde (87%), gestão adequada da doença (79%) e melhor acesso aos cuidados (75%), bem como melhor capacidade de tomar decisões informadas (65%). Por outro lado, de uma maneira geral, também concordaram, do ponto de vista dos profissionais de saúde, quanto a benefícios relativamente a ganhos de eficiência na prática clínica (70%), à disponibilização de opções terapêuticas adicionais (66%) e à melhoria dos cuidados prestados aos utentes (58%). Porém, só 39% concordou com a possibilidade das AMSM poderem contribuir para maior sucesso do tratamento.

Relativamente às barreiras para a adoção de AMSM, quase todos os participantes concordaram com a falta de informação sobre aplicações de saúde mental (96%), com a maioria a reconhecer uma curva de aprendizagem acentuada (72%) e a necessidade de ajustar a sua prática e registos clínicos (71%). Pelo menos um terço dos profissionais mostrou incerteza ou neutralidade quanto à falta de mecanismos de copagamentos por seguros e a falta de apoio pelos produtores destas ferramentas.

Adicionalmente, foram identificadas algumas medidas de apoio à adoção destas apps. A maioria das opções de resposta obteve a concordância da vasta maioria dos participantes, nomeadamente a disponibilização de mais informação sobre aplicações e a sua adequação ao contexto clínico (94%), receber mais evidência sobre o papel das AMSM como intervenções em saúde (92%) e a existência de recomendações ou diretrizes emitidas por sociedades científicas ou grupos profissionais (91%). Mais posições de desacordo e incerteza foram registadas quanto ao impacto da integração das AMSM nos pacotes de seguros de saúde.

Os dados primários analisados no presente estudo foram obtidos através de um questionário online (160 respostas completas) tendo sido os inquiridos questionados sobre as suas características demográficas, contextos de trabalho e nível de concordância (utilizando uma escala de Likert) relativamente a tópicos sobre potenciais benefícios, barreiras à utilização e medidas para apoiar a adoção de AMSM. Os dados recolhidos foram complementados com uma análise de 6 especialistas portugueses de aplicações digitais em saúde mental, que versou sobre os resultados obtidos e as suas opiniões quanto aos resultados do questionário.

As respostas obtidas no presente estudo, de participação livre e não remunerada, refletem as perceções daqueles que têm maior interesse sobre o assunto. No entanto, os especialistas auscultados consideram que as respostas desta amostra refletem globalmente as perceções da população-alvo, apesar das diferenças das características entre estes grupos. A maioria das respostas foram de profissionais do sexo feminino (84%) e de pessoas com idades inferiores ou iguais a 55 anos (94%). A maioria dos participantes trabalhavam em unidades que abrangiam uma população de mais de 20.000 habitantes (85%), representando sobretudo contextos urbanos, e trabalhando em diversos contextos laborais – sobretudo clínicas (36%) e hospitais (35%). Apenas 11% trabalhavam nos Cuidados de Saúde Primários.

Os participantes que reportaram atitudes mais positivas relativamente a AMSM e aqueles que trabalhavam em clínicas reportaram uma maior intenção de prescrever ou recomendar estas aplicações. Profissionais do sexo masculino também apresentaram maior probabilidade de apresentar atitudes positivas face à recomendação ou prescrição.

Foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa entre a pontuação de afinidade digital e as intenções de prescrever AMSM, o que não aconteceu para a relação entre a afinidade digital e as atitudes dos profissionais. Globalmente, os resultados mostram que os profissionais de saúde mental portugueses esperam prescrever ou recomendar estas ferramentas a curto prazo (definido como os próximos 12 meses), apesar de não serem muito otimistas sobre estas aplicações, o que pode sugerir uma abertura para mudar as suas perspetivas e, neste sentido, as medidas identificadas para incentivar a adoção podem ser instrumentos importantes.

‘Como Portugal tem um sistema de dados de saúde maioritariamente centralizado, com um número único de utente de saúde para cada cidadão, pode servir como um contexto propício ao desenvolvimento de novas ferramentas de AMSM e avaliação do seu impacto. Pode, igualmente, servir de exemplo para outros países europeus na utilização destas abordagens inovadoras. Com base nos resultados obtidos, as nossas recomendações ajudarão agentes públicos e privados a identificar os principais problemas reconhecidos pelos profissionais de saúde mental e como melhor superá-los, melhorando assim a adequação ao mercado dos seus produtos e serviços e, por conseguinte, o acesso a cuidados digitais de saúde mental.’

Dr. Carlos Portinha
O Dr. Carlos Portinha, Chief Clinical Officer do Grupo Insparya, grupo de saúde capilar co-fundado por Cristiano Ronaldo,...

O tipo de cabelo de cada pessoa é classificado de acordo com a sua estrutura (cabelos lisos, ondulados e encaracolados),  textura  e espessura (fina, média e grossa) e em função da produção de gordura (cabelos secos, normais ou oleosos), particularidades a ter em conta no momento de escolher os cuidados e soluções capilares mais adequados a cada caso.

É verdade que os cabelos oleosos costumam apresentar uma maior tendência de queda, o que ocorre devido ao facto de os cabelos com menor espessura serem habitualmente mais frágeis. Nestes casos, se a olesosidade não for corretamente regulada, o folículo pode ser afetado, o que provoca a sua queda.

Para o Dr. Carlos Portinha (OM 38073), "nenhum tipo de cabelo está livre de poder vir a sofrer de alopecia, porque existem muitos fatores que podem influenciar a saúde do cabelo. Além da questão genética, existem os cuidados inadequados, stress e estilos de vida pouco saudáveis, entre outros, que podem enfraquecer ou provocar a perda de cabelo, independentemente do seu tipo".

É também muito importante não confundir densidade capilar com volume: um cabelo encaracolado e grosso tem mais volume e dará sempre uma sensação de maior densidade do que um liso e fino. O mesmo se aplica a cabelos claros que oferecem uma maior sensação de densidade do que os cabelos escuros.

"O volume do cabelo corresponde ao espaço ocupado por este, o qual pode ser aumentado com penteados, enquanto que a densidade capilar é a quantidade real de cabelo que temos e que quando perdido, a única maneira de o recuperar é com a realização de um transplante capilar", acrescenta o Dr. Carlos Portinha.

O transplante capilar deve ser adaptado às particularidades e necessidades de cada tipo de cabelo, pelo que é muito importante avaliar a sua estrutura, incluindo tanto o folículo piloso como o próprio cabelo, aspetos que serão decisivos no processo de extração e implantação.

Sobre esta questão, o Dr. Carlos Portinha recorda a importância de um bom diagnóstico, realizado por profissionais especializados que, à semelhança da equipa clínica do Grupo Insparya, sejam capazes de identificar a viabilidade do transplante capilar e, em caso afirmativo, projetá-lo da forma mais personalizada possível para obter um resultado natural.  

Apesar de cada tipo de cabelo ter as suas especificidades que devem ser consideradas na realização do transplante capilar, o procedimento acaba por ser o mesmo. "É claro que, no caso dos cabelos encaracolados, é preciso ter uma atenção especial para não danificar o cabelo na hora de o extrair, já que no seu interior também é encaracolado. No entanto este tipo de cabelo acaba por ter uma grande vantagem em relação a outros. Quando se trata de transplantar cabelos encaracolados, especialmente se forem escuros, é possivel, com um número menor de folículos, cobrir uma superfície maior, o que não se verifica em transplantes capilares com cabelos lisos", esclarece o Dr. Carlos Portinha.

Nos casos em que a solução passa pelo transplante capilar, é  essencial confiar em profissionais com experiência e dedicação que garantam resultados naturais no transplante, como é o caso do Grupo Insparya.  

Com uma forte aposta em inovação e um elevado investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico e biomédico, o Grupo Insparya desenvolveu a sua própria técnica: o Método Insparya, que faz do grupo uma referência no setor do transplante capilar. Através do do seu departamento de I&D, o Grupo desenvolveu avançadas tecnologias como o BotHair® UltraPlus, que permitem a evolução contínua do transplante capilar, com o objetivo de melhorar, a cada dia, o processo e a qualidade da execução do transplante. 

Desenvolvido no Insparya Science and Clinical Institute, esta tecnologia de extração, armazenamento e implantação de unidades foliculares, permite uma extração ainda mais precisa, diminuindo as unidades foliculares em um ano e melhorando a taxa de sobrevivência dos folículos pilosos,  o que permite obter melhores resultados, adaptando-se às necessidades de cada tipo de cabelo.

Iniciativa da ESEnfC
A iniciativa de voluntariado ambiental da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), “Mondego limpo tem mais encanto”,...

Este projeto, através do qual a ESEnfC promove, com a colaboração de alguns parceiros institucionais, a limpeza das margens do rio Mondego (entre a ponte de Santa Clara e a ponte pedonal Pedro e Inês), contribuindo, igualmente, «para fomentar uma cidadania ativa e boas práticas ambientais junto dos voluntários», figura no livro Práticas inspiradoras de responsabilidade social, produzido pelo Observatório da Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior (ORSIES).

Nesse documento é referido que a iniciativa de voluntariado ambiental “Mondego limpo tem mais encanto” resulta (avaliação de impacto) numa «maior sensibilização por parte da comunidade educativa e de todos os intervenientes para as questões ambientais», assim como na «melhoria da qualidade do leito do rio e suas margens, pelo lixo recolhido em cada iniciativa (cerca de 12 sacos de 30l /iniciativa)».

Compreender a importância da água como recurso essencial à vida na Terra, sensibilizar a comunidade educativa e a sociedade civil para práticas mais sustentáveis, assim como para a importância de colocar o lixo nos contentores adequados, preservando o ecossistema, são alguns objetivos desta atividade, enunciados no documento Práticas inspiradoras de responsabilidade social, onde pode, ainda, ler-se que, «pela partilha de experiências entre os vários atores, [a iniciativa] permite também fomentar e reforçar comportamentos que influenciam a comunidade envolvente, formar cidadãos mais responsáveis e promover o desenvolvimento de soft skills».

Ação de limpeza começa com sensibilização sobre "Água, Património e Sustentabilidade"

A 6ª edição da iniciativa de voluntariado ambiental “Mondego limpo tem mais encanto”, que se realiza amanhã (a partir das 9h30), no Coimbra Stand Up Paddle/Centro Náutico, no Choupalinho (margem esquerda do Mondego), começa com uma ação de sensibilização sobre "Água, Património e Sustentabilidade", pela jornalista brasileira, mestre em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos e doutoranda, na Universidade de Coimbra, em Território, Risco e Políticas Públicas, Rita de Almeida.

A ESEnfC é signatária da Carta de Compromisso das Instituições do Ensino Superior com o Desenvolvimento Sustentável, que representa a vontade de cumprir «um papel central na evolução para uma sociedade sustentável, livre, justa, solidária e tolerante, caraterizada pelo respeito pela natureza e pela pessoa humana». É, ainda, membro da Rede Campus Sustentável e da Rede de Voluntariado do Ensino Superior, sendo uma das escolas galardoadas com a Bandeira Verde do programa Eco-Escolas, e uma das 29 instituições de ensino superior membros do ORSIES.

Promovido pela Fórum Estudante, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o ORSIES, que existe desde 2017, é uma rede colaborativa de instituições de ensino superior com o objetivo de promover a responsabilidade social através da troca de experiências e partilha de práticas.

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