Candidaturas de 5 de julho a 30 de novembro
Acaba de ser lançada a primeira edição dos TOP Health Awards, para premiar as pessoas e instituições que mais se têm destacado...

Os objetivos destes prémios passam por impulsionar o talento em saúde e reconhecer projetos que contribuam para criar mais valor e resultados em saúde de forma inovadora e colaborativa, com foco na excelência e nos resultados e centrados nas pessoas com doença e nas populações.

São quatro as categorias dos TOP Health Awards: Literacia em saúde; Integração de cuidados de saúde; Tecnologia e dados ao serviço dos resultados em saúde; Sustentabilidade social.

“Os últimos tempos vieram mostrar a importância de um ecossistema da saúde forte, sobretudo devido ao dinamismo em torno da gestão da pandemia, reforçando também a notoriedade do setor da saúde. Por outro lado, a iliteracia e a desinformação em saúde, bem como a incerteza e complexidade dos tempos que vivemos, são bloqueios a um desenvolvimento sustentável do setor. Este é o momento ideal para reconhecer a importância das boas práticas do setor para a promoção de mais inovação com impacto, alicerçados na colaboração entre diferentes áreas e stakeholders com o propósito de criação de mais valor em saúde fazendo face aos desafios que o setor e o país encaram em termos sociais e económicos”, afirma Cristina Campos.

“Vivemos tempos de enorme incerteza e complexidade, onde notícias positivas e bons exemplos podem e devem ser partilhados e estimulados de forma mais visível e articulada com a perspetiva de amplificar caminhos de mais otimismo e exponenciar o impacto positivo na saúde de todos”, sublinha Paula Costa.

Poderão participar investigadores e profissionais na área das ciências da vida e que contribuem em toda a cadeia de valor do setor da saúde, nomeadamente, pessoas e equipas da indústria farmacêutica, consultoras, distribuição, tecnologia, hospitais, unidades de saúde, farmácias, associações de doentes e associações de cuidadores.

Os Top Health Awards são uma iniciativa da Associação TOP HEALTH, uma associação sem fins lucrativos, e contam com os seguintes parceiros: Convenção Nacional da Saúde; Universidade do Porto; Ordem dos Médicos; Ordem dos Farmacêuticos; Apifarma; Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH); Agência De Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB); Instituto de Medicina Molecular (iMM); Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP); Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM); RD-Portugal, Doenças Raras de Portugal; IQVIA; Amrop; Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET); Nova School of Business and Economics; Universidade Católica Portuguesa; VdA - Vieira de Almeida, Sociedade de Advogados; Microsoft.

As candidaturas arrancam a 5 de julho e encerram a 30 de novembro de 2023. Os vencedores serão conhecidos na cerimónia de entrega dos prémios a ter lugar em março do próximo ano.

Mais informações aqui.

Sugere estudo
Um estudo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) sugere que os microplásticos acumulam mais...

Este estudo, da autoria de Isabel Silva, aluna de doutoramento em Biociências do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da FCTUC, revela ainda que o tipo de plástico influencia o número e as características das bactérias que aderem a estas partículas.

«Recentemente, verificou-se que as características destas partículas facilitam o estabelecimento de um conjunto de microrganismos com características distintas dos que se estabelecem noutros substratos. Uma das preocupações que se levanta é a possibilidade destes microrganismos incluírem bactérias resistentes a antibióticos, capazes de causar infeções graves (bactérias patogénicas)», enquadra Isabel Silva.

Durante a investigação, foi possível detetar «bactérias potencialmente patogénicas incluídas na lista prioritária da Organização Mundial de Saúde (OMS), multirresistentes, isto é, resistentes a três ou mais classes de antibióticos diferentes, e com características de virulência preocupantes. A maioria destas bactérias foi detetada em microplásticos expostos à influência das descargas de águas residuais, demonstrando uma vez mais o contributo destas descargas para a evolução do problema da resistência aos antibióticos», observa a autora.

No entanto, esclarece, «as estações de tratamento de águas residuais contribuem significativamente não só para a redução do número de bactérias resistentes aos antibióticos nos efluentes finais, mas também para a redução do número de microplásticos que atingem os sistemas recetores. Mas, infelizmente, os processos de tratamento disponíveis não são suficientemente eficazes para eliminar o impacto que observámos neste estudo», lamenta a aluna.

Os resultados deste estudo, agora publicado na revista Environmental Pollution, mostram a grande pertinência no apoio a medidas que possam mitigar a dispersão da resistência a antibióticos. «Foram apresentados novos dados que identificam as descargas de águas residuais como determinantes na modulação, quer da composição microbiológica dos microplásticos, quer nas características de resistência destes microrganismos», aponta Isabel Silva.

Além disso, prossegue, «o facto de o tipo de microplásticos alterar a capacidade destas partículas de transportarem bactérias patogénicas e multirresistentes, poderá influenciar as escolhas futuras no que diz respeito à utilização de diferentes tipos de plásticos. Em última análise, este estudo apresenta mais evidências que apontam para a necessidade premente de diminuir a utilização de plástico, nomeadamente microplásticos, e de melhorar os tratamentos de águas residuais de forma a reter e eliminar estes contaminantes», conclui.

O estudo foi coordenado por Isabel Henriques, professora do DCV e investigadora do Centre for Functional Ecology (CFE), e Marta Tacão, investigadora auxilia do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, e contou também com a participação de Elsa Rodrigues investigadora do CFE.

O artigo científico pode ser consultado aqui.

Entrevista Dra. Alina Ionita|Hematologista IPO Lisboa
As causas do aparecimento dos linfomas cutâneos não são conhecidas.

Trata-se de um tipo de cancro raro e do qual a grande maioria da população nunca ouviu falar. Talvez por isso, este seja um tipo de patologia facilmente desvalorizado ou subdiagnosticado. De que falamos quando estamos a falar de Linfomas Cutâneos?

Muito frequentemente os linfomas cutâneos são patologias indolentes, com lesões que vão flutuando e que não são patognomónicas – facilmente são confundidas com outras patologias dermatológicas; também podem ter apresentações atípicas. O diagnóstico é complexo e requer experiência em todos os seus aspetos, desde saber suspeitar, saber onde biopsar até analisar e interpretar as diversas amostras necessárias para diagnóstico. É geralmente aceite na comunidade científica a dificuldade no diagnóstico, particularmente pelo comportamento destas doenças, mas também pela complexidade da interpretação. O atraso no diagnóstico prende-se mais com estes aspetos, geralmente, na minha experiência, os médicos Dermatologistas estão alertas para esta hipótese. É preciso, no entanto, dirigir-se a e ser acompanhado por um Dermatologista quando há lesões persistentes.

É possível determinar as causas associadas aos Linfomas Cutâneos?

As causas do aparecimento dos linfomas cutâneos não são conhecidas. Não há evidência de hereditariedade. Há, no entanto, situações que sabemos que favorecem o aparecimento destas doenças, como o estado de imunossupressão ou certas infeções crónicas.

Em matéria de idade e género, quem está em risco de desenvolver este tipo de tumores? Existem fatores de risco?

A grande maioria dos doentes com linfoma cutâneo se encontram na 6ª e 7ª década de vida, mas estas doenças podem aparecer em qualquer idade, inclusivamente em crianças. De forma geral, são ligeiramente mais frequentes nos homens e parecem ser mais frequentes em indivíduos de raça negra do que em caucasianos. Para além da imunossupressão e algumas infeções crónicas, o consumo tabágico e etanolico, tal como a exposição a tóxicos e poluição parecem estar associados a uma maior incidência de linfomas cutâneos.

Sabendo que existem dois grandes grupos de Linfomas Cutâneos e que os mais frequentes são os Linfomas Cutâneos de células T, a que sinais devemos estar atentos? Quais as principais manifestações clínicas dos LCCT?

As manifestações são diversas. A maioria destas doenças se manifestam num estádio precoce, envolvendo apenas a pele, frequentemente com manchas avermelhadas e placas localizadas, com descamação e muitas vezes com prurido associado. Podem ainda aparecer nódulos ou tumores da pele e pode haver envolvimento sistémico - de sangue, gânglios ou outros órgãos – com sintomas que dependem do órgão ou local envolvido. Nestas situações mais avançadas pode ainda haver uma degradação do estado geral, perda de peso, febrícula.

Quais os tipos mais frequentes de LCCT? Qual o prognóstico de cada um destes tipos de linfoma cutâneo?

Dentro dos Linfomas Cutâneos de células T, a Micose Fungoide é a entidade mais frequente, correspondendo a 2 terços destas doenças. A sua forma mais avançada, a síndrome de Sezary, é uma entidade mais rara, que se pode apresentar desde o início ou evoluir de um estadio mais precoce.

Trata-se de uma doença crónica, geralmente sem cura, mas os estadios precoces desta doença apresentam na sua maioria um excelente prognóstico, com relativamente pouco impacto na sobrevivência. No entanto, um quarto pode vir a progredir para estádios mais avançados, com prognóstico menos favorável, que vária de acordo com o estadiamento, características e comportamento da doença ao longo do seguimento.

No que diz respeito ao seu diagnóstico, podem passar anos entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a sua confirmação, porquê?  Quais são os principais desafios associados a esta área?

Como já referido, as manifestações são flutuantes, muitas vezes mimetizando outras patologias nos estádios mais precoces. Nestas alturas da evolução da doença há aspetos muito frequentemente inespecíficos ou muito frustres nas biópsias de pele, que trazem um grau significativo de dificuldade à interpretação. Ademais, as técnicas necessárias para diagnóstico são complexas e não estão amplamente disponíveis nos laboratórios. Para além de experiência, o diagnóstico requer uma interpretação conjunta da clínica e dos resultados de laboratório e uma boa comunicação entre as especialidades envolvidas.

Que implicações tem o tempo que decorre entre o início das manifestações clínicas da patologia e o seu diagnóstico no prognóstico? Existem complicações associadas aos LCCT?

Nos estádios precoces o atraso no diagnóstico não tem implicações prognósticas. De forma geral, nestes estádios não há qualquer evidência que o tratamento atrase a eventual evolução para um estadio mais avançado. A principal implicação prende-se com o controlo sintomático. Nos estadios mais avançados o atraso diagnóstico pode, de facto, permitir o aparecimento de lesões de vários órgãos e a degradação do estado geral, que dificulta ocasionalmente o tratamento, para além do próprio sofrimento. Geralmente, nas situações de doença mais avançada, por ter manifestações mais pronunciadas, o atraso diagnóstico é menor.

Quais as especialidades médicas essenciais para o diagnóstico e tratamento desta doença?

Ao longo do seguimento destas doenças é essencial o seguimento por um dermatologista e, particularmente em estádios mais avançados, por um hematologista. São estas as duas especialidades clínicas que gerem o seguimento, mas a equipa implicada é muito mais vasta e passa pelos especialistas de anatomia patológica, técnicas de laboratório, enfermagem, radioterapia, psicologia clínica. Tratando-se de uma doença crónica, todas estas vertentes são importantes ao longo do seguimento e não apenas em situações pontuais e apoiam nas decisões e terapêutica de forma repetida.

Após o diagnóstico, há cuidados especiais a ter?

Os cuidados com a pele são essenciais, mas é importante também cuidar da saúde do modo geral, ter um estilo de vida saudável e evitar as situações de stress – é conhecido o impacto negativo do stress no comportamento destas doenças. A comunicação com a equipa que segue estes doentes é essencial, tal como a adesão às terapêuticas.

No âmbito deste tema, que mensagem gostaria de deixar?

Apesar de se tratar de doenças crónicas e com grande impacto na qualidade de vida, pelas manifestações, pela sua vertente estética e pela necessidade de acompanhamento prolongado, há cada vez mais terapêuticas e desenvolvimentos na área dos cuidados destas doenças. Pela complexidade, é importante o seguimento por equipas de profissionais especializados e, sempre que possível, particularmente nos estádios mais avançados, é preferível o seguimento em centros de referência para estas patologias.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Tratamento à incontinência urinária
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) é o primeiro a aderir ao mais recente sistema de neuromodulação sagrada ...

“Já utilizávamos há muitos anos o sistema de Neuromodulação Sagrada com InterStim que é considerado o padrão de terapêutica de recurso em disfunções miccionais complexas. Este novo sistema vem aumentar significativamente o período de tratamento, de 5 para 10 anos, e tornar mais fácil a gestão diária do mesmo, uma vez que pode ser facilmente controlado através de uma app instalada no telemóvel do doente”, destaca o diretor do Serviço de Urologia do CHULN. Com este novo modelo, José Palma dos Reis espera conseguir “tratar ainda mais doentes e de forma mais sustentável e cómoda para os mesmos”.

Os sistemas InterStim já são considerados o padrão de tratamento em opções de terapia avançada, por se tratarem dos sistemas mais personalizado para fornecer NMS. Contudo, o novo dispositivo vem aumentar significativamente o período de tratamento, de 5 para 10 anos, e tornar mais fácil a gestão diária do tratamento, que pode ser facilmente controlado através de uma app instalada no telemóvel do doente.

A NMS permite o tratamento de incontinência urinária, retenção urinária e incontinência fecal, nos casos clínicos em que as terapias comportamentais ou a medicação não apresentaram resultados clínicos. Através de um procedimento minimamente invasivo, é feita a introdução subcutânea de um dispositivo que irá fazer a electroestimulação dos nervos sagrados, responsáveis por controlar os músculos da bexiga.

Através desta aposta, o CHULN torna-se pioneiro no tratamento com neuromodulação sagrada de última geração em Portugal e reitera, assim, o seu compromisso de promover continuamente a melhoria dos cuidados prestados aos doentes, contribuindo para a aumentar a sua qualidade de vida.

Em Portugal, estima-se que cerca de 600 mil portugueses sejam afetados por incontinência urinária, contudo, apenas 10% destes procura ajuda junto de um profissional de saúde. A vergonha é um dos principais fatores que impede a ação e leva, muitas vezes, a problemas de ansiedade, depressão e isolamento social.

‘Re-Humanize Our World’ de 1 a 2 de setembro de 2023
Já estão abertas as inscrições para a 8ª edição das Conferências do Estoril, que este ano se realizam nos dias 1 e 2 de...

Já disponível para registo em Estoril Conferences - A Future of Hope, a participação no evento é gratuita contudo sujeita a inscrição prévia obrigatória com limitação de lugares presenciais.

A Conferência será também transmitida em direto através de uma plataforma digital, aberta e gratuita a participantes de todo o mundo, igualmente sujeita a registo e inscrição prévia em Estoril Conferences - A Future of Hope.

Este ano sob o tema ‘Re-Humanize Our World’ as Conferências do Estoril propõem a reflexão em torno de 4 pilares - Planeta, Paz, Políticas e Pessoas/Saúde - promovendo o diálogo em direção a um futuro mais justo, equitativo, sustentável e inclusivo. A 8ª edição das Conferências do Estoril, contará com a presença de inúmeros líderes mundiais de diversas áreas de especialidade para partilhar a sua ciência e a sua experiência com todas as gerações, desafiando-as a pensar e a agir, no presente e no futuro, com consciências mais formadas.

Gerard Ryle (Pulitzer 2017), Richard Roberts (Nobel da Medicina 1993) e Aaron Ciechanover (Nobel da Química 2004) são alguns dos oradores já confirmados na edição 2023 das Conferências do Estoril, aos quais se juntam os internacionalmente reconhecidos Sameera Chukkapalli (Fundação Obama), Erden Eruç (primeira pessoa a completar a circunavegação da Terra totalmente a solo e exclusivamente movida por força motriz humana), Alexandra Palt (L'Oreal Foundation) e João de Macedo (surfista de ondas gigantes e co-fundador da Save The Waves Coalition).

A Edição 2023 das Conferências do Estoril

A Nova SBE e a NOVA Medical School promovem a 8ª Edição das Conferências do Estoril contando com o apoio estratégico da Câmara Municipal de Cascais e do Turismo de Portugal, os dois coanfitriões.  

Sob o tema “Re-Humanize Our World”: o Mundo: Planeta, Paz, Políticas e Pessoas/Saúde, as Conferências do Estoril apresentam uma agenda de dois dias que desafia a um diálogo aberto e inclusivo sobre um futuro mais sustentável e baseado em mais igualdade, equidade, justiça e paz.

Dezenas de oradores, divididos entre o palco principal e sessões paralelas, irão participar das Conferências do Estoril, numa missão de inspirar a ação imediata e de compromisso. Alterações climáticas, o caminho para a sustentabilidade, a tecnologia para o impacto social, temas da saúde emergentes, a saúde mental, os sistemas de educação, a confiança nas instituições políticas e o poder dos media; bem como questões críticas acerca do futuro da democracia e resistência ao populismo, conflitos de guerra e crise de refugiados, para um futuro de paz na Europa e no mundo, são alguns dos temas que serão abordados. As principais escolas de gestão e saúde do mundo estarão lado-a-lado com os grandes líderes e agentes de mudança numa missão comum de formar e inspirar os jovens e futuros líderes para a construção de um futuro comum onde a paz, a justiça, a saúde, a sustentabilidade e a inclusão prosperam. 

As Conferências do Estoril visam responder à necessidade urgente de agir e envolver os jovens na discussão dos desafios globais que hoje (e num futuro próximo) estão a surgir, abordando algumas das questões mais prementes através de investigação concertada e iniciativas inovadoras. Este esforço para capacitar os jovens a se tornarem cidadãos ativos na democracia e na sociedade, aumentando o seu sentimento de pertença, alinha-se com as estratégias do “Next UE Research & Innovation Investment Programme 2021-2027: Horizon Europe”, com a Estratégia para a Juventude da UE e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, reforçando o papel ativo das Conferências do Estoril no encontro de soluções para os principais desafios que o mundo enfrenta. 

Semana da Consciencialização para o Álcool decorre de 3 a 9 de julho
“É só um copo, não faz mal a ninguém” é uma expressão frequentemente usada em ocasiões sociais.

A verdade é que não é só o fígado que é afetado pelo consumo de álcool, sendo também notória a ligação com o desenvolvimento de doenças graves como o cancro na região da boca, garganta e estômago, pressão arterial elevada, miocardiopatia, obesidade e até depressão.

Independentemente desses cenários, o impacto do consumo alcoólico no fígado continua a ser bastante expressivo, sendo responsável por um conjunto de doenças hepáticas, como é o caso da esteatose hepática (fígado gordo), hepatite alcoólica (inflamação), cirrose hepática e cancro do fígado. Em Portugal, o álcool é na atualidade a causa mais frequente de cirrose hepática!

As doenças hepáticas provocadas pelo álcool evoluem muitas vezes silenciosamente até aos estados mais avançados, como é o caso da cirrose hepática e do cancro do fígado. Havendo já cirrose, mesmo quando se está perante uma situação compensada, sem sintomas, a esperança média de vida continua a ser reduzida, rondando cerca de uma década.

Outro dos problemas que agrava a situação é o facto de o consumo de álcool começar relativamente cedo em Portugal, sendo o alcoolismo a toxicodependência mais frequente no país, e de o binge drinking (consumo de grandes quantidades de álcool numa janela temporal pequena) ser cada vez mais popular entre os jovens.

Ainda que para os mais novos, embora a perspetiva de que o seu fígado e saúde no geral sejam afetadas pelo álcool pareça distante, a verdade é que várias consequências podem ser imediatas, nomeadamente no desenvolvimento cognitivo, saúde mental, relações entre pares, rendimento escolar, acidentes resultantes da condução sob o efeito do álcool, e morte por intoxicação alcoólica.

Se suspeita que sofre de uma adição ao álcool ou tem sintomas como icterícia (cor amarelada dos olhos e pele), fadiga anormal, dor e inchaço na zona abdominal, urina escura e fezes amareladas, cinzentas ou esbranquiçadas, deve procurar ajuda médica de imediato, pois estes sinais podem ser indício de uma lesão avançada no fígado.

Por outro lado, se é saudável e pretende adotar um consumo moderado com intuito preventivo, saiba que existem várias opções que podem tornar este hábito mais seguro. Comece por controlar as vezes que bebe, ingira cada bebida lentamente e em pequenas quantidades, garantindo que come antes de beber, para reduzir a absorção de álcool no sangue. Idealmente, procure também priorizar as versões sem álcool ou então de baixo teor alcoólico. O consumo de álcool geralmente considerado seguro é de, no máximo, 2-3 bebidas por dia no homem e 1-2 bebidas por dia na mulher, mas mesmo estas quantidades dependem das características pessoais e do estado de saúde de cada um e podem, nalguns casos, ser perigosas.

Por fim, deve resistir à tentação de ceder à pressão social e, caso necessite, não deve sentir vergonha de pedir ajuda especializada, sobretudo porque esse gesto já demonstra a sua força de vontade em reverter o problema. Nesta Semana da Consciencialização para o Álcool, que decorre entre os dias 3 e 9 de julho, sob o mote “Álcool e Custo”, avalie o prejuízo que esta substância poderá ter na sua saúde, relações pessoais e financeiras, a curto e longo prazo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A deteção preventiva evita o sofrimento de mulheres e casais
Um grupo de investigadores criou um método capaz de identificar, com uma precisão de 95%, as assinaturas genéticas de um...

Uma das mais-valias do estudo – intitulado A gene expression risk signature of endometrial failure for prognosis in In Vitro Fertilization (FIV) patients – é o seu contributo para uma redução da perda de embriões, como sublinha Patricia Díaz-Gimeno, investigadora da Fundação IVI e coordenadora do estudo. 

Além de identificar de forma pioneira esses dois tipos de perfis endometriais – bom e mau prognóstico –, esta investigação permite estabelecer uma diferença de risco relativo três vezes maior em mulheres com mau prognóstico de apresentar falência endometrial, seja falha de implantação, aborto bioquímico ou aborto clínico. 

Até agora, as ferramentas que existiam para avaliar o endométrio baseavam-se na identificação do endométrio deslocado da janela de implantação sem ter demonstrado melhorias substanciais nas taxas de gravidez das mulheres.  

"Embora novas linhas de estudo sejam necessárias para pacientes que apresentam endométrio com mau prognóstico, poder distingui-las preventivamente é o ponto de partida na investigação de novos procedimentos que melhorem seu diagnóstico e tratamento, evitando o sofrimento de mulheres e casais devido a uma possível perda de embriões. Estes resultados promissores são outro exemplo do nosso firme compromisso com a medicina personalizada ou de precisão", acrescenta Patricia Díaz-Gimeno. 

Nas últimas quatro décadas, tem sido aprofundado o estudo dos embriões, para selecionar os que apresentam melhor qualidade, para que as mulheres consigam engravidar na terceira tentativa, em 95% dos casos. Com este novo método, focado no fator endometrial, o objetivo é atingir a mesma taxa de sucesso, mas na primeira tentativa. Atualmente, sem controlo deste fator, a probabilidade de gravidez numa primeira tentativa é de cerca de 65% a 68%, no caso específico do IVI, revela a investigadora. 

De acordo com Samuel Ribeiro, ginecologista e coordenador científico do IVI Lisboa, a origem das falhas reprodutivas pode estar no embrião, no endométrio ou mesmo na combinação de ambos. O médico explica que é preciso ter em conta a compatibilidade entre embrião e endométrio, e o diálogo que se estabelece entre ambos, essencial para o sucesso da implantação embrionária.  

Sobre os benefícios desta descoberta para as mulheres e casais, considera que vem dar mais ânimo as todas as pessoas que lutam pelo sonho da maternidade. “O percurso dos tratamentos de infertilidade é, por vezes, longo e com percalços pelo caminho, nomeadamente com a transferência de embriões que acabam por não gerar gravidez. Ainda que muitas vezes saibamos que o sucesso destes tratamentos vai aumentando cumulativamente à medida em que fazemos mais tentativas, ter um teste preciso que nos ajude a perceber quais são os pacientes sem problemas endometriais poderá contribuir para a resiliência dos pacientes, para persistirem nos tratamentos que poderão ajudá-los a cumprirem os seus sonhos”, remata Samuel Ribeiro. 

Fator de risco cardiovascular
Durante décadas, os médicos têm-se focado em baixar os níveis de colesterol dos doentes para preveni

As estatinas pertencem ao grupo de medicamentos mais prescritos a nível mundial, e percebe-se porquê – durante décadas, os médicos consideraram o colesterol elevado o principal fator de risco de doença cardiovascular. Mas uma nova metanálise1, recentemente publicada no The Lancet, contesta esta opinião e indica a inflamação como uma ameaça cardiovascular consideravelmente superior.

Grande análise de três estudos

Uma colaboração de Cientistas do Brigham and Women’s Hospital em Boston, Massachusetts, do Mount Sinai Heart, Nova Yorque, e do Cleveland Clinic Heart and Vascular Institute, no Ohio, realizaram uma análise que envolveu 31.245 doentes de alto risco cardiovascular a fazer terapêutica com estatinas. Os participantes do estudo foram recrutados de três ensaios multinacionais (PROMINENT, REDUCE-IT e STRENGTH).

A inflamação tinha maior impacto

Os investigadores analisaram o impacto da proteína C reativa (PCR) de elevada sensibilidade, um marcador de inflamação usado com frequência, e do colesterol LDL, para apurar de que modo estes dois fatores têm influência no risco de eventos adversos cardiovasculares major (MACE) na mortalidade cardiovascular e na mortalidade global.

Constataram que a inflamação (avaliada pelos valores da PCR) está claramente associada a MACE, mortalidade cardiovascular e mortalidade global. Por oposição, o colesterol não teve impacto nos MACE, e apenas teve um impacto reduzido na mortalidade cardiovascular e na mortalidade global.

Observado noutros estudos

Isto muda a perspetiva que encarou sempre o colesterol como o principal responsável. Por outro lado, vários estudos publicados nos últimos anos corroboram as observações apresentadas na revista Lancet. Por exemplo, investigadores suecos, sob a coordenação do Professor Urban Alehagen, cardiologista no Hospital Universitário de Linköping, publicaram vários estudos que demonstram uma relação inversa entre inflamação e mortalidade cardiovascular.

Risco de mortalidade 54% inferior

No estudo inovador KiSel-102, publicado na International Journal of Cardiology, em 2013, Alehagen e a sua equipa de cientistas demonstraram que a suplementação diária com 200 microgramas de selénio e 200 miligramas de coenzima Q10 fazia baixar a taxa de mortalidade cardiovascular em 54% entre idosos suecos saudáveis. Diversos estudos de acompanhamento, realizados posteriormente, mediante análise de amostras de sangue colhidas no âmbito do estudo KiSel-10, constataram que os níveis de PCR e de outros marcadores inflamatórios tinham diminuído significativamente no grupo que tomara suplementos ativos, comparativamente com grupo placebo.

Selénio e coenzima Q10

É sabido que o risco de inflamação crónica aumenta com a idade. Curiosamente, tudo indica que a adição de selénio e coenzima Q10, dois nutrientes essenciais que sofrem uma depleção com o avançar da idade, confere proteção. O selénio é um constituinte de diversas selenoproteínas, sendo várias delas antioxidantes potentes com efeito anti-inflamatório. Além disso, o selénio e a coenzima Q10 interagem entre si, numa ação bioquímica complexa recíproca.

O colesterol é essencial

Considerando que o colesterol é essencial para inúmeras funções do organismo, como a integridade da membrana celular, síntese de várias hormonas, síntese da vitamina D, e muitas outras funções, a estratégia de bloquear a síntese do colesterol com estatinas poderá não ser a melhor. E o que é mais importante é que a coenzima Q10 e o colesterol partilham a mesma via bioquímica (a chamada via do mevalonato), e é sabido que as estatinas afetam a síntese endógena da coenzima Q10 pela mesma razão.

Deve ser protegido contra oxidação

Essencialmente, o colesterol não é um problema, a menos que esteja sujeito a agressões dos radicais livres que o oxidam e provocam reação inflamatória na parede dos vasos. Isto acontece quando os macrófagos digerem as partículas de LDL oxidadas e produzem as chamadas “células espumosas”. Estas estão depositadas no endotélio dos vasos sanguíneos, onde criam condições para desenvolver inflamação. A coenzima Q10 e o selénio são ambos antioxidantes eficazes que protegem o colesterol LDL e outros lípidos contra peroxidação lipídica, e esta pode ser a resposta para evitar a reação inflamatória que parece ser a causa subjacente da aterosclerose.

Referências:

1Inflammation and cholesterol as predictors of cardiovascular events among patients receiving statin therapy: a collaborative analysis of three randomised trials,The Lancet, Volume 401, ISSUE 10384, P1293-1301, April 15, 2023

2Cardiovascular mortality and N-terminal-proBNP reduced after combined selenium and coenzyme Q10 supplementation: a 5-year prospective randomized double-blind placebo-controlled trial among elderly Swedish citizens, International Journal of Cardiology, 2013. Sep 1;167(5):1860-6.

Fonte: 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Documento inédito faz o raio-x à profissão de Médico Dentista
O diagnóstico à profissão de Médico Dentista está feito e pode ser consultado no ‘Livro Branco da Medicina Dentária’, que conta...

Quem são os médicos dentistas a trabalhar em Portugal? Onde trabalham e em que condições e o fenómeno de emigração na profissão? As políticas de saúde oral em Portugal? A relação da medicina dentária com a saúde geral? O impacto social e combate às desigualdades sociais no investimento da medicina dentária? A evolução da profissão e a investigação da medicina dentária em Portugal? Estas e tantas outras perguntas estão respondidas detalhadamente no ‘Livro Branco da Medicina Dentária’.

“Quando se questiona o papel das ordens profissionais com poderes e competências delegados pelo Estado, a edição deste livro é um contributo da OMD uma reflexão para o desenvolvimento do pais e na melhoria das suas políticas. O investimento em cuidados de saúde oral, nunca pode ser visto como um custo, mas como um investimento, com ganhos em saúde geral e benefícios de impacto social.”, afirma Miguel Pavão, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas.

A sessão de apresentação do “Livro Branco da Medicina Dentária” conta com a presença do Ministro da Saúde, Dr. Manuel Pizarro.

Nesta ocasião será ainda entregue o Prémio Bolsa de Formação da Ordem dos Médicos Dentistas João F. C. Carvalho. 

 

 

Dia 2 de julho, programa “Domingão” na SIC
A Associação das Doenças da Tiróide (ADTI) vai realizar no próximo domingo (2 de julho) uma ação de sensibilização que será...

Com o objetivo de destacar a importância do fator genético das doenças relacionadas com a tiroide, esta iniciativa pretende dar continuidade ao trabalho de consciencialização e de sensibilização que a ADTI tem vindo a promover no seguimento da Semana Internacional de Consciencialização para as doenças da Tiroide.

Para Celeste Campinho, presidente da Associação das Doenças da Tiróide, «estas ações são essenciais para darmos a conhecer a doença entre a nossa comunidade uma vez que esta afeta, no nosso país, cerca de 1 milhão de pessoas, sendo que muitas delas nem se apercebem que sofrem da mesma. Dado que ainda existe um grande desconhecimento das doenças associadas à tiroide e da forma como se manifestam, pretendemos assim, alertar, não só para as consequências que podem trazer para a saúde, mas também para os sinais para os quais todos devemos estar atentos, nomeadamente se tivermos em consideração sintomas como fadiga, fraqueza muscular, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, problemas de visão e problemas relacionados com o ciclo menstrual. Foi consciente desta realidade que escolhemos para esta ação a frase “Cuide da sua tiroide, não ignore os alertas”, porque estes podem salvar vidas.»

Por outro lado, a presidente da ADTI sublinha também a importância do diagnóstico precoce «uma vez que este pode levar o doente a realizar um tratamento mais adequado e eficaz, o que se traduz num enorme benefício em termos da recuperação da qualidade de vida afetada na sequência de sequelas deixadas por problemas da tiroide. É nesse sentido que a ADTI tem vindo também a desenvolver vários rastreios com o intuito de facilitar cada vez mais o acesso ao diagnóstico e, desta forma, informar e alertar para a relação do histórico de saúde familiar com o risco de ocorrência de doenças da tiroide. É também de sublinhar que estamos a falar de um diagnóstico muito simples de realizar e que pode ser feito através de análise ao sangue ou dos níveis hormonais. Acima de tudo o que pretendemos é que existam cada vez mais pessoas informadas e alertadas para a realidade das doenças da tiroide e das suas consequências para a saúde em geral.»

Hipotiroidismo

Estima-se que, em todo o mundo, 200 milhões de pessoas vivam com algum distúrbio da tiroide, e muitas vezes por diagnosticar. Em Portugal, prevê-se que afete 1 milhão de pessoas, embora ainda exista um grande desconhecimento das doenças associadas a esta glândula, bem como em relação à forma como estas se manifestam.

A tiroide é uma glândula endócrina, com um formato semelhante ao de uma borboleta, localizada na parte frontal do pescoço. Esta glândula é responsável pela produção de diversas hormonas reguladoras do metabolismo do corpo que afetam o crescimento e desenvolvimento pessoal. Desta forma, quando a sua produção está comprometida, afetam os mais diversos órgãos, o que resulta nos mais distintos problemas de saúde.

O desequilíbrio desta glândula resulta em sintomas como fadiga, fraqueza muscular, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, problemas de visão e problemas no ciclo menstrual. Assim, o seu diagnóstico é feito através de testes de função da tiroide, que podem ser realizados a partir de uma simples análise ao sangue ou pela análise dos níveis hormonais.

Apesar de serem doenças que podem ter mais impacto em mulheres e surgir em todas as etapas da vida, desde a infância até à terceira idade, há evidências de que este pode ser um problema hereditário, pelo que é comum surgir em diferentes membros da mesma família.

A causa mais comum de doenças da tiroide é autoimune, um processo em que é o próprio sistema imunitário que ataca as células da tiroide, como se estas fossem células estranhas.

Iniciativa começa a ser divulgada no próximo dia 3 de julho
A Montellano, uma empresa do Grupo Proclinic, uma das principais distribuidoras nacionais de equipamentos e consumíveis, e...

O concurso de fotografia começa a ser divulgado no próximo dia 3 de julho, na página de Facebook da Montellano. Para participar, os interessados deverão responder - entre os dias 10 e 30 de julho - na caixa de comentários na publicação reservada para o efeito, no perfil da Montellano no Facebook, com uma fotografia individual ou em grupo que ilustre a profissão de Assistente Dentária(o).

A participação no passatempo é gratuita e qualquer participante de saúde oral poderá concorrer, contudo o prémio apenas é válido para Assistentes Dentários.

Os prémios são três, com valores monetários diferentes e entregues em cartão Continente e FNAC, no valor de 500€, 250€ e 150€.

O júri irá selecionar, entre todas as participações válidas, a participação mais criativa, para atribuir os prémios aos vencedores. Este é composto por um elemento da Montellano, um designer independente e um elemento da agência de comunicação da Montellano. Os vencedores serão anunciados até dia 18 de agosto na página do Facebook da Montellano.

Para Bernardo Montellano, Diretor-geral da Montellano, esta celebração é já um marco para a empresa, que há cinco anos celebra o dia com um concurso de fotografias: “pretendemos dar visibilidade e importância ao trabalho dos assistentes dentários, que nem sempre veem o seu trabalho devidamente reconhecido e valorizado”.

Os assistentes dentários desempenham um papel fundamental no setor da medicina dentária. São profissionais treinados que trabalham em estreita colaboração com dentistas e outros profissionais de saúde oral, garantindo que os procedimentos são realizados de forma segura e eficiente.

A importância é ampla e abrange variadíssimas áreas, tais como suporte ao dentista; atendimento ao paciente; preparação e limpeza do consultório; radiografias e registos; educação e orientação, entre muitas outras.

Espaço conta com massagens
A Joaquim Chaves Saúde volta a marca presença no NOS Alive, que decorre nos dias 6, 7 e 8 de julho no Passeio Marítimo de Algés...

Estrategicamente situado, com uma vista privilegiada para o palco principal, o espaço Joaquim Chaves Saúde oferece todas as comodidades e conforto para que as futuras mães possam desfrutar dos espetáculos, sem perder o espírito festivaleiro. No piso superior, podem usufruir de cadeiras para assistir aos concertos, juntamente com um acompanhante. No piso inferior, vão estar a decorrer várias ativações dedicadas a esta fase tão especial, como a realização de massagens gestantes, para ajudar no alívio do cansaço associado a este tipo de eventos.

A Joaquim Chaves Saúde dispõe de uma ampla oferta de serviços de apoio à grávida, como consultas de Obstetrícia, ecografias obstétricas, CTG (cardiotocografia), ecocardiografia fetal e análises clínicas. Após o parto, disponibiliza, também, de consultas de Pediatria, Cardiologia Pediátrica, Pneumologia Pediátrica, entre outras, para um acompanhamento do bebé desde o início da sua vida.

Para Miguel Vieira Marques, Diretor de Marketing e Comunicação da Joaquim Chaves Saúde, “É com enorme satisfação que a Joaquim Chaves Saúde volta a estar presente no NOS Alive, com um espaço onde todas as grávidas podem desfrutar de momentos de diversão, contando com todas as comodidades e acompanhamento personalizado, que esta fase das suas vidas exige.”. O responsável acrescenta, ainda, que “este tipo de iniciativas permite-nos reforçar o nosso posicionamento de proximidade e confiança de que estamos lado a lado com os portugueses, em todos os momentos da sua vida”.

As grávidas interessadas em usufruir deste espaço, exclusivo Joaquim Chaves Saúde, terão de realizar uma inscrição prévia, na secção “Acesso Especial”, no site do NOS Alive, e terão direito a assistir, no máximo, a três concertos por dia. De ressalvar que os lugares são limitados, pelo que é necessária uma inscrição antecipada.

 

A importância de reconhecer e valorizar os sintomas
Caracterizada por dor crónica generalizada e fadiga intensa, a Fibromialgia, embora reconhecida há u

A Fibromialgia é uma doença real! E tem de se desconstruir o mito de que “a doença não existe, que não passa de uma invenção de pessoas preguiçosas ou incapazes de enfrentar os desafios da vida”. “O sofrimento descrito pelos doentes com fibromialgia é inquestionavelmente real. É marcadamente acrescentado pela incompreensão e a suspeita”, reforça José António Pereira da Silva, Professor de Reumatologia na Universidade de Coimbra e Diretor Científico de www.myfibromyalgia.org, admitindo que esta é uma das ideias que deve ser combatida com mais conhecimento a respeito da doença.

Deste modo, explica que a Fibromialgia “é uma doença, reconhecida há mais de 10 anos pela Organização Mundial de Saúde, que se caracteriza essencialmente por um quadro de dores generalizadas, frequentemente migratórias e incapacitantes, que não são acompanhadas de inchaço ou vermelhidão e não causam deformação do corpo”. Estas dores, acrescenta, são quase sempre acompanhadas de cansaço extremo e de sono não retemperador, ou seja, “a pessoa acorda já cansada!”.

Além disso, estes sintomas são ainda, frequentemente, acompanhados por dores de cabeça, cólicas abdominais, dificuldades de concentração e memória “e, ainda, perturbações emocionais importantes sob a forma de depressão ou ansiedade”.

“Estas manifestações são fortemente incapacitantes, obrigando as pessoas a baixa médica ou mesmo ao abandono de trabalhos mais exigentes do ponto de vista físico ou emocional”, adianta sublinhando, no entanto, que “as manifestações podem variar em intensidade de uma pessoa para outra ou na forma como se foram desenvolvendo ao longo do tempo”. E exemplifica: “As dores podem, concretamente, tomar características muito diversas: dores profundas, a sensação de queimadura, picadas ou descarga elétrica, passando pela noção de contratura e retesamento dos músculos. Tendem a afetar várias partes do corpo, mas em algumas pessoas mais fixas e intensas numa só região, com destaque para a coluna lombar. Também as perturbações do sono são variadas, mas, de uma maneira geral, têm o aspeto comum de a pessoa sentir que o sono a não refresca, acordando já cansada”. Porém, salienta que “o médico treinado conseguirá, contudo, identificar os aspetos dominantes e diagnosticar a doença”.

Segundo o especialista, os desafios que se colocam ao diagnóstico resultam, principalmente, da falta de alterações visíveis ao médico e da falta de alterações nos exames complementares de diagnóstico. Quer isto dizer que “nem análises nem raios x nem ecografia ou qualquer outro exame mostrará alguma alteração na pessoa que tiver apenas fibromialgia”.

“Os sintomas são, tipicamente, descritos como intensos e acompanhados de grande ansiedade. O médico não vê nada de anormal. Os exames nada revelam. A situação é confusa e exige que o médico consiga identificar, pelo interrogatório os elementos cardinais desta doença: dor generalizada, cansaço excessivo, e sono não retemperador para além de alguns outros sintomas acompanhantes”, reforça.

“Os médicos precisam de ultrapassar as limitações que têm em lidar com sintomas desta natureza, em compreender que o sofrimento é real ainda que nada haja para ver, em aceitar a sua responsabilidade de contribuir para o alívio, mesmo quando as razões para as queixas são menos claras”, acrescenta. “Em www.myfibromyalgia.org temos uma equipa de profissionais que conhece, reconhece e respeita esta doença e quem dela padece”, afirma.

Florbela Batalha tinha apenas 40 anos quando surgiram os primeiros sintomas desta patologia: “um cansaço enorme, dores no corpo e problemas em dormir”.

Na altura pensou que este quadro estaria associado “a excesso de trabalho, preocupações e eventos do foro emocional pelos quais estava a passar” e decidiu consultar o médico assistente. “Fiz todos os exames relativos a doenças reumáticas e todos deram resultado negativo”, comenta.

Um mês depois, um episódio que descreve como dramático fez soar todos os alarmes: “Um dia quis levantar-me de manhã e não consegui. As dores eram dilacerantes, totalmente incapacitantes e foi aqui que procurei ajuda”.

“No momento em que não me conseguia mexer fui a todas as especialidades possíveis e imaginárias e continuava a recorrer ao hospital, todas as semanas, para me aliviarem as dores. Até que fui a uma reumatologista, que me deu o diagnóstico”, recorda descrevendo que o mais difícil, ao longo deste processo, que demorou cerca de um ano, foi “não ter uma resposta, uma solução para os problemas que o meu corpo apresentava”.

“A situação era insuportável a vários níveis. Quando me foi apresentado o diagnóstico senti um grande desamparo. Saí do hospital com uma receita de Tramadol, comprimidos para dormir, outros para S.O.S e com o recado que seria para o resto da vida. A minha doença era irremediável. A família também acusou o desgaste, de quem olha para o outro, sempre doente, e completamente impotente na resolução do problema”, conta adiantado que na altura, por conta deste diagnóstico, o mundo parou “por umas horas”. “Fiquei ali, a lamentar-me e a pensar como viver com aquela doença. Não conhecia a doença, nem ninguém com a mesma”, diz.

Além disso, sentiu na pele o que grande parte destes doentes diz sentir: “os profissionais e os portugueses em geral, olham para a doença de forma desconfiada. Aquilo que não se vê, não existe, não tem como se explicar. Não existe gesso num braço, nem um penso na testa. Ou é maluco ou está a fingir”.

Florbela recorda que aceitar e aprender a viver com a doença foi um processo longo, mas estava decidida a não cruzar os braços. O primeiro passo foi “estudar sobre a doença, depois a pensar como ultrapassá-la”. “Foi aí que me deparei com o site do Myfibromialgia. Inscrevi-me, marquei consulta com um dos médicos e tudo começou a mudar”, revela.

O sexo feminino é um importante fator de risco

Segundo o professor de Reumatologia “a doença é 4 a 10 vezes mais frequente em Mulheres do que em homens”.

Por outro lado, no que diz respeito aos fatores de risco associados, revela que “é reconhecido, há muito tempo que as pessoas que tiveram problemas significativos na primeira infância, nomeadamente sobre a forma de negligência ou maus-tratos têm maior risco de desenvolver a doença”. “Os antecedentes de problemas de índole psicológica e psiquiátrica, como os distúrbios de ansiedade, a depressão e as perturbações obsessivas são também mais frequentes em doentes com fibromialgia do que na população em geral”, adianta ainda referindo que “a nossa investigação leva-nos a acreditar que um perfil psicológico caracterizado por preocupação permanente, exigência, consigo e com os outros, perfeccionismo e intranquilidade desempenha um papel decisivo na emergência e manutenção da fibromialgia”.

Quanto aos fatores que podem agravar a doença, José António Pereira da Silva, revela que existem três que tipicamente os doentes sabem reconhecer: o stress, ou esforço físico e a exposição ao frio.

“É importante sublinhar que muitos pacientes têm dificuldade em identificar espontaneamente o stress como fator de agravamento, embora o reconhecimento da sua importância seja quase universal uma vez que se lhes peça uma reflexão sobre a matéria. Curiosamente as dores agravadas pelo esforço físico ocorrem sobretudo depois da pessoa ter concluído o esforço: enquanto este decorre, dizem os doentes, a sensação de obrigação e dever ultrapassa a dor”, adianta.

“Estes fatores de agravamento são facilmente compreensíveis se entendermos que as dores e o cansaço da fibromialgia se devem, essencialmente, à contração muscular permanente que resulta da tensão nervosa em que, por natureza, o doente fibromiálgico tende a viver. Este é um pilar do entendimento que damos a esta doença e do tratamento que propomos para ela”, explica o especialista.

No que diz respeito ao tratamento, o médico diz que este assenta em quatro pilares:

  1. oferecer ao doente uma compreensão da sua situação que lhe permita lidar com ela da melhor maneira
  2. considerar medicação, com destaque para analgésicos virgula antidepressivos e antiepiléticos.
  3. Exercício físico regular, ajustado.
  4. Psicoterapia isto é intervenção psicológica visando aumentar a capacidade de gerir a doença e diminuir o stress.

“Transformámos a nossa experiência clínica, reconhecimento e investigação em fibromialgia num plano terapêutico que oferecemos a todos os doentes no website  www.myfibromyalgia.org”, revela o reumatologista.

“Este programa radica no carácter essencial que atribuímos ao stress na origem e na manutenção da fibromialgia. Não excluímos a utilização de medicamentos, mas reconhecemos que o seu alcance é, regra geral, muito limitado. A nossa intervenção consiste essencialmente em ajudar o doente a encontrar maior serenidade virgula equilíbrio emocional e satisfação de viver, ensinando lhe técnicas para gerir e controlar o stress. Se conseguirmos sucesso a fibromialgia desaparece, porque não consegue resistir a esse estado positivo de espírito”, acrescenta admitindo que esta não é, no entanto, uma transformação fácil. “A tendência natural das pessoas com esta doença é o oposto: stress permanente que conduz a dor e cansaço permanentes. Por isso treinamos uma equipa de psicólogos especialmente focada no tratamento de pessoas com fibromialgia”, explica.

“O número, já substancial, de doentes nossos que se sentem “praticamente curados da fibromialgia”, dá-nos ânimo para continuar a desenvolver a nossa metodologia e a levá-la a cada vez mais doentes”, avança.

Florbela Batalha é, hoje, uma das doentes que passou por todo este processo. “O tratamento indicado foi desacelerar, eliminar os fatores de stress. Praticar Yoga, meditação e procurar o que me fazia sentir feliz”, diz admitindo que “neste momento a doença é apenas um pequeno grilo falante, que me vai lembrando de “não calçar sapatos que não me servem”. Estou praticamente curada”.

“Foi um longo e doloroso processo, no qual tive de me desmontar, peça a peça e construir de novo. Deixei o meu trabalho, fui viver para a montanha, ganhei mais confiança, amor próprio e, sobretudo, consciência”, revela mostrando que hoje é uma pessoa completamente transformada.

Por isso deixa um conselho: “Procurem a felicidade e não descansem até a encontrarem. A solução está dentro de cada UM. E é diferente para todos, porque somos únicos e maravilhosamente imperfeitos”.

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NMS Nutrition Graduation
Pelo segundo ano a NOVA Medical School promove evento convidando parceiros chave do ecossistema da saúde para apresentar os...

Os licenciados da NOVA Medical School, além das competências técnicas e científicas para serem nutricionistas, trabalham, durante os 4 anos de formação, o desenvolvimento de competências humanas essenciais ao real enquadramento que é necessário numa nova visão em saúde.

Apresentaram-se Pitch de impacto no Serviço Nacional de Saúde, com problemas como a relevância da intervenção de um nutricionista no pré-cirúrgico, com uma história real em que a falta do cuidado nutricional ditou a morte do paciente. Apresentaram ainda soluções ao nível comunitário e de saúde pública assim como na indústria alimentar. Estes finalistas revelaram uma sólida formação e preparação para relação de confiança com as entidades empregadoras.

Para a abertura do evento, que decorreu no passado dia 26 de junho, na sede da NMS, tivemos o debate “NOVA era da saúde: desafios e oportunidades”. Neste debate foi analisada e discutida a importância das escolas médicas viradas para o futuro e a necessidade social de dar respostas mais humanizadas em que os cuidados nutricionais são um pilar muitas vezes esquecido, menorizado ou, por oposição, hiperbolizado em mitos e desinformação.

Contamos no debate com a participação de Laurinda Alves, Professora na Nova SBE​; Luís Pisco, Médico de Família e Presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT; ​e Pedro Pita Barros, Professor da Universidade NOVA de Lisboa. A conversa foi moderada por Luís de Sousa, apresentador do programa de televisão “Histórias Clínicas” e formador certificado em comunicação e liderança empresarial.

O grupo vencedor do Prémio Melhor Pitch recebeu como prémio a inscrição em dois Webinar e no Simpósio da Sociedade Portuguesa de Nutrição Clínica e Metabolismo, e o Prémio de Melhor Aluno 2019-2023, foi entregue à aluna Inês Neto Moreira, o qual consiste num estágio à Ordem dos Nutricionistas no Hospital CUF.

A licenciatura em Ciências da Nutrição da NOVA Medical School conta com um conjunto de professores e investigadores com reconhecimento nacional e internacional. É um curso que está focado no desenvolvimento do ensino articulado com instituições parceiras que permitem a realização de aulas práticas em ambiente real de trabalho, como, por exemplo, hospitais públicos e privados com a prática de Nutrição Clínica. Ao longo dos quatro anos de formação, os alunos passam por estágios clínicos e de investigação, também, fora do país.

Ao ser um curso lecionado numa escola médica, em que a articulação e a interdisciplinaridade fazem parte da metodologia de ensino desenvolvida, a licenciatura em Ciências da Nutrição da NOVA Medical School prepara de uma forma muito estruturada todos os seus alunos, dando-lhes, ainda, uma forte componente de investigação que, cada vez mais, é valorizada no mercado do trabalho.

Estudo "The State of Fashion: Beauty"
A The Business of Fashion (BoF) e a McKinsey & Company lançam o estudo The State of Fashion: Beauty, que revela que a...

Por categorias, o segmento de skincare destaca-se como o de maior crescimento, devendo alcançar 260 mil milhões de dólares em vendas (em comparação com o valor atual de 190 mil milhões de dólares), impulsionado pela inovação e procura dos consumidores por produtos que privilegiem a eficácia baseada na ciência.  No segmento de perfumaria, estima-se que as vendas de fragâncias aumentem dos 70 mil milhões de dólares para quase 100 mil milhões, beneficiando de uma maior penetração esperada na China e do crescimento nos EUA.

Por outro lado, na categoria de make up, estima-se que os produtos de maquilhagem continuem a sua recuperação pós-pandemia, aumentando os lucros de 80 mil milhões de dólares para, aproximadamente, 105 mil milhões de dólares, com um crescimento distribuído, em grande medida, entre os diferentes segmentos de preços. No que diz respeito aos cuidados com o cabelo, excluindo os dispositivos, prevê-se que este segmento cresça de 90 mil milhões para 120 mil milhões de dólares, estando num processo de "skinificação" à medida que os consumidores adotam rotinas de vários passos nos cuidados capilares, tal como fazem com os cuidados da pele.

O relatório identifica cinco dinâmicas essenciais para o setor, durante os próximos cinco anos, até 2027: diversificação geográfica, necessidade de expansão das empresas, oportunidades de fusões e aquisições, influência da Geração Z, e expansão do bem-estar e dos cuidados pessoais.

Alterações nas prioridades geográficas e de categoria

A indústria da beleza construiu a sua reputação como sendo resistente, capaz de manter margens elevadas e de encontrar novas vias de expansão. De acordo com o relatório, esta tendência irá continuar, mas irá exigir que os players do setor aumentem a sua diversificação geográfica: embora se espere que os Estados Unidos e a China continuem a ser os principais mercados da indústria, outras regiões poderão desempenhar um papel mais importante na produção de receitas, em comparação com o passado.

Além de explorar as oportunidades na China e nos EUA, o estudo analisa o Médio Oriente e a Índia como exemplos de mercados que os players da indústria da beleza podem considerar para um crescimento contínuo. No Médio Oriente e em África, prevê-se que as vendas a retalho de produtos de beleza atinjam 47 mil milhões de dólares até 2027, devido, em parte, à modernização económica no âmbito de novos programas governamentais, ao aumento dos rendimentos das famílias e a uma geração crescente de jovens compradores e utilizadores digitais.

Ana Paula Guimarães, sócia da McKinsey & Company, afirma que “a diversificação geográfica terá um maior peso, uma vez que mercados-chave como os Estados Unidos e a China estão a registar uma maior concorrência de marcas locais e internacionais que pode limitar o seu crescimento. Os mercados como a Índia e o Médio Oriente, terão um crescimento de vendas que poderá atingir 21 mil milhões e 47 mil milhões de euros, respetivamente, o que poderá torná-los em novos polos de oportunidades. Neste sentido, as marcas deverão atualizar as suas estratégias geográficas para encontrar novas oportunidades de crescimento.”

O auge do bem-estar

Desde finais da década de 2000, os cuidados pessoais começaram a tornar-se uma prioridade para os consumidores que, cada vez mais, procuram produtos que cumpram com as suas expetativas estéticas, de saúde e bem-estar.

Desta forma, segundo o inquérito feito aos consumidores de produtos de beleza, a maioria dos compradores dos Estados Unidos, China e Europa afirmaram que planeiam aumentar os gastos em produtos e serviços de bem-estar no próximo ano. "O mercado da beleza está numa trajetória ascendente em todas as categorias e provou ser resiliente perante crises económicas globais e um ambiente macroeconómico turbulento", afirma Ana Paula Guimarães.

Além disso, prevê-se que a indústria mundial de bem-estar, atualmente valorizada em 1,5 biliões de dólares, cresça até 10%, até 2027, o que irá refletir-se num aumento das ofertas de produtos que combinam beleza e bem-estar. O inquérito da McKinsey concluiu que os produtos de bem-estar, cuja popularidade deverá aumentar, incluem: higiene do sono (30% dos inquiridos afirmam utilizar regularmente produtos e serviços que melhoram o sono), bem-estar sexual (cerca de 20% dos consumidores utilizam, atualmente, produtos desta categoria) e suplementos (que vão desde vitaminas e adaptógenos, a snacks e bebidas com benefícios para a saúde e a beleza).

Mudanças no comportamento do consumidor

Relativamente às preferências dos consumidores, 40% afirmam que são fiéis às marcas que conhecem e em que confiam, enquanto uma grande maioria (69%) afirma que gosta de experimentar novos produtos, pelo menos de seis em seis meses. O inquérito também aborda os hábitos de compra, com os consumidores a indicarem as lojas físicas como o seu método de aquisição preferido (45%), seguido do online (40%).

A sustentabilidade é outro tema analisado no estudo. "Tal como na categoria de moda, os consumidores de produtos de beleza estão a valorizar cada vez mais a sustentabilidade, tanto na criação como na produção, e procuram produtos com ingredientes amigos do ambiente, fórmulas 100% naturais e cruelty free", afirma Ignacio Marcos, sócio sénior da McKinsey e líder de sustentabilidade no consumo. "Há uma mudança fundamental na forma como os consumidores percecionam o mercado da beleza, com um foco mais amplo no impacto interno e externo dos produtos que compram", acrescenta.

Em resumo, os cincos temas que marcam as quatro categorias de beleza na reformulação da indústria:

Novo mapa de crescimento: A China e os Estados Unidos continuam a ser mercados importantes para a beleza, mas outros também devem, agora, passar a fazer parte das estratégias de crescimento das marcas e retalhistas.

A Índia e o Médio Oriente estão a emergir como mercados-chave de crescimento, perante a perspetiva de que as vendas a retalho aumentem para 21 mil milhões de dólares na Índia e 47 mil milhões de dólares no Médio Oriente, e em África, até 2027.

O despertar do bem-estar: Os consumidores estão a transformar a sua perceção de beleza que evolui da estética pura e abarca o bem-estar holístico, criando oportunidades em subcategorias como o sono, bem-estar sexual e suplementos de beleza e nutricosmética.

Estima-se que a indústria mundial de bem-estar, atualmente valorizada em 1,5 biliões de dólares, expanda as vendas a retalho a uma taxa de crescimento anual de 10 %, entre 2022 e 2027.

Descodificar a Geração Z: As marcas devem adaptar as carteiras de produtos, o mix de canais e as estratégias de marketing para se conectarem com a geração mais jovem de consumidores, que dão prioridade ao valor e à eficácia na seleção de produtos de beleza.

A Geração Z é mais fiel do que muitas marcas poderão pensar. Mesmo quando querem experimentar novos produtos, quase 60% estão dispostos a continuar a comprar as suas marcas favoritas.

O imperativo da escala: Para as marcas mais jovens, o crescimento está a tornar-se cada vez mais difícil, face a um mercado muito saturado, e irá exigir um foco na expansão geográfica e na diversificação de canais.

De um grupo de 46 marcas com vendas a retalho globais entre 50 e 200 milhões de dólares, em 2017, apenas quatro ultrapassaram os 400 milhões de dólares cinco anos depois.

Fusões e aquisições recalibradas: A curto prazo, a atividade de fusões e aquisições no setor da beleza poderá não originar tantos negócios de grande dimensão como no passado, mas as transações manter-se-ão em alta.

As margens médias de EBITDA das marcas de beleza são de cerca de 15-25%, o que as torna atrativas para os retalhistas.

CFO quer avançar mais na agenda da sustentabilidade
Anna Graham é a nova Chief Financial Officer da AstraZeneca Portugal, companhia que tem na Investigação e Desenvolvimento (I...

Licenciada em Economia e contabilista qualificada (CIMA), Anna Graham, cidadã Britânica nascida na Polónia, juntou-se à AstraZeneca em 2006, tendo passado por diversas funções ligadas à área financeira, nomeadamente, enquanto Diretora de Financial Controls & Compliance Group, onde trabalhou com operações internacionais no Japão, Asia Operations, Global HR e Science Units, e mais recentemente enquanto Finance Business Partner na equipa Internacional, onde liderou o planeamento financeiro e relatórios.

Para este novo desafio, a nova CFO da AstraZeneca Portugal pretende “garantir uma forte abordagem centrada no doente e avançar, ainda mais, na agenda da sustentabilidade, com um impacto positivo na comunidade portuguesa. Estou empenhada no desenvolvimento das pessoas e em garantir que a AstraZeneca Portugal oferece excelentes perspetivas de carreira a longo prazo. Vou garantir que a equipa possa alcançar estes objetivos importantes, apresentando um forte desempenho financeiro e continuando a investir nas áreas certas”. 

 

Saúde capilar
É no verão que os cabelos mais sofrem com a exposição a uma multiplicidade de agressões externas que

Carlos Portinha, Chief Clinical Officer do Grupo Insparya, aponta alguns dos efeitos do sol e do calor no nosso cabelo:

1.      Exposição a raios UVA mais elevados

Atualmente, é reconhecida a importância de aplicar proteção solar na nossa pele para prevenir o envelhecimento cutâneo e possíveis doenças. No entanto, por vezes esquecemo-nos de proteger a cabeça, a zona que é diretamente mais afetada pelos raios solares, provocando queimaduras no couro cabeludo que podem originar feridas e outras doenças de pele. Uma das recomendações de Carlos Portinha, vai no sentido de " proteger a cabeça, especialmente a meio do dia, com um chapéu, um lenço ou um protetor solar para o cabelo".

2.      Desidratação

O aumento das temperaturas provoca uma diminuição da humidade em todo o corpo, mas especialmente no cabelo. Esta falta de humidade contribui para que o cabelo se torne mais fino e mais fraco e, por conseguinte, mais quebradiço. "Por esta razão, devemos cuidar regularmente do cabelo com produtos como máscaras, óleos e champôs especiais para o nutrir, como seja o champô NutriPlus da Insparya que, sendo formulado com aveia, aloé vera e algas marinhas, é um champô muito hidratante", explica o especialista.

3.      Suor

Parte da desidratação que sofremos no verão é causada pela perda de líquidos através da transpiração. A transpiração no couro cabeludo é muito frequente devido ao calor produzido pelo próprio cabelo. Este suor acumulado obstrui os poros e, por conseguinte, dificulta a sua respiração, danificando o couro cabeludo. Por isso, é importante beber muitos líquidos, de preferência água, de modo a evitar um aumento excessivo da temperatura interna.

4.      Abuso na tração

Com temperaturas elevadas, verifica-se a tendência de, mais frequentemente, puxar o cabelo para trás apertando-o e desapertando-o constantemente. Este abuso de rabos-de-cavalo e adereços que podem provocar a queda de cabelo, especialmente nas têmporas, o que é conhecido como alopecia de tração.

Para tentar evitá-lo, é importante reduzir a utilização de penteados agressivos, dispensar as extensões, a laca e reduzir ao mínimo a utilização de alisadores e secadores de cabelo, além de eliminar tratamentos como a coloração do cabelo. É também fundamental desembaraçar o cabelo antes de o pentear para evitar puxões e tentar alternar os penteados.

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Doenças cérebro-cardiovasculares são a primeira causa de incapacidade em Portugal
A Coligação Nação Invisível pela saúde da saúde cérebro-cardiovascular dos portugueses resulta de uma colaboração entre a...

As DCCV são a principal causa de morte evitável no nosso país, bem como a primeira causa de incapacidade. O número de vidas já perdidas ganha ainda maior impacto quando as mais recentes estatísticas são perspetivadas: 68% da população tem dois ou mais fatores de risco de DCCV, e 22% quatro ou mais. A título de exemplo, 2 em cada 3 mortes por estas doenças são devidas a doença cardiovascular arteriosclerótica (DCVA) não controlada: 25 mil pessoas por ano. Um estudo recente comprova que os doentes em risco cérebro-cardiovascular elevado e muito elevado não conseguem baixar o seu colesterol ‘mau’ LDL para os valores preconizados nas recomendações clínicas. Apenas um exemplo da oportunidade perdida de uma maior aposta na prevenção e controlo dos fatores de risco associados à DCCV.

A Coligação “Nação Invisível” nasce da preocupação com a falta de medidas adequadas e de ações concretas por parte das autoridades de saúde para reduzir, de forma eficaz, o impacto negativo que estas doenças têm na sociedade portuguesa nas esferas da saúde social e económica. As organizações que atuam na área das doenças cérebro-cardiovasculares concordam em unir esforços e trabalhar em conjunto para alterar o atual cenário das DCCV em Portugal. O objetivo principal será trabalhar para desencadear uma mudança de comportamento na sociedade, junto da comunidade de doentes e dos decisores, de forma que a saúde cérebro-cardiovascular seja uma prioridade. Criar uma estratégia de abordagens integradas que fomentem a literacia dos portugueses sobre os fatores de risco para as DCCV, assim como mobilizar os stakeholders para definir metas concretas partilhadas por todos os capazes contribuir para a implementação de medidas públicas que permitam reduzir o impacto destas doenças no futuro.

“Atuar nas DCCV exige uma mobilização do cidadão a nível individual para que esteja mais consciente dos fatores de risco e possa gerir melhor a sua saúde, mas também ao nível dos nossos decisores que precisam não só de colocar mais recursos na prevenção como também estabelecer prioridades mais claras e que sejam mobilizadoras de todos os setores da sociedade que podem contribuir para que as DCCV deixem de ser um flagelo para as famílias portuguesas”, refere Luís Filipe Pereira, presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca.

“Muito além dos números das DCCV preocupam-nos o contexto e o seu impacto, numa sociedade que enfrenta hoje as consequências de que é inevitável viver e morrer de DCCV. Não podemos aceitar como inevitável o fardo que a sociedade suporta e que, no contexto do envelhecimento que caracteriza o nosso país, sofre consequências que extravasam a saúde e se tornam avassaladoras. Ao longo dos anos temos trabalhado com a sociedade civil para a consciencialização da importância de um estilo de vida saudável e do controlo dos fatores de risco e para a necessidade de uma atuação a nível individual e coletivo. É com entusiasmo que o continuaremos a fazer de uma forma integrada através da Coligação Nação Invisível”, comenta Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

“Como representantes dos sobreviventes de AVC, conhecemos de perto as consequências na pessoa, na família e na sociedade da falta de prevenção, de uma atuação precoce e da reabilitação e do acompanhamento adequado das pessoas que sofrem as DCCV. Precisamos não só de valorizar mais a prevenção, como também olhar para as necessidades dos doentes, apostando num Programa de Reabilitação Multidisciplinar adequado e acessível a todos. A Coligação abre as portas a todos os atores que queiram contribuir para que o nosso país não seja aceite como normal ver desaparecer, ou passar a ter uma vida tão desintegrada, tantos dos nossos familiares e amigos por DCCV”, reforça António Conceição, Presidente da Portugal AVC.

Sindicato dos Enfermeiros diz que "enfermeiros não ficarão a aguardar por uma resposta por tempo indeterminado”
O Sindicato dos Enfermeiros – SE estabeleceu o dia 4 de julho como a data-limite para o Ministério da Saúde marcar a retoma da...

Em um ofício conjunto enviado com o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem ao Ministério da Saúde, Pedro Costa recorda que, ao longo dos últimos meses, “o Sindicato dos Enfermeiros – SE sempre esteve do lado da solução e do diálogo”.

“Quando muitos nos pressionavam para avançar para a greve, optámos por continuar a trabalhar e a servir os portugueses, que tanto necessitam do SNS, mantendo sempre a porta aberta ao diálogo com a tutela”, salienta. Mas, sustenta Pedro Costa, “há limites e não podemos continuar indefinidamente a aguardar que o Ministério da Saúde decida quando quer retomar as negociações com os sindicatos dos enfermeiros”.

Em maio passado, recorda Pedro Costa, o Sindicato dos Enfermeiros, o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem e o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos desafiaram o Ministério da Saúde a retomar a mesa negocial com as estruturas sindicais, com vista à valorização da carreira de enfermagem. O repto foi lançado à margem da II Convenção Internacional dos Enfermeiros, organizado pela Ordem dos Enfermeiros na Figueira da Foz.

“Nesse momento, o Ministro da Saúde comprometeu-se a retomar o diálogo com as estruturas sindicais durante o corrente mês de junho”, o que, reforça o presidente do SE, ainda não aconteceu até ao momento. O líder do Sindicato dos Enfermeiros adianta ainda que, desde esse momento e até agora, “já foram enviados vários ofícios à tutela, mas sem qualquer resposta”.

“Há, entre os enfermeiros portugueses, um crescente sentimento de revolta, uma vez que vemos cada vez mais esfumar-se a oportunidade de valorização da nossa carreira, uma reivindicação que entendemos ser mais que merecida”, assevera Pedro Costa. Sem deixar de acrescentar que os enfermeiros “esperam desde 2017 que seja concluído o primeiro Acordo Coletivo de Trabalho para a classe”.

O Sindicato dos Enfermeiros exorta ainda o Governo a trabalhar de forma antecipada para que, “aquando da elaboração do Orçamento de Estado para 2024, sejam contempladas verbas para a valorização salarial dos níveis remuneratórios dos enfermeiros”. Se tal não suceder de forma antecipada, afiança Pedro Costa, “já sabemos que nada vai ser contemplado e que, na altura de discussão do Orçamento vão sempre surgir dificuldades de última hora, que vão adiar mais um ano a tomada de decisões”.

Deste modo, as três estruturas sindicais, definiram o dia 4 de julho como a última oportunidade para Manuel Pizarro marcar a primeira reunião. “Se até essa data nada for feito, compreenda o ministro da Saúde que nos sentimos legitimados para decretar uma Greve Geral conjunta, prolongada no tempo, de modo a garantir que os direitos dos enfermeiros são cumpridos e respeitados”.

Dia 29 de junho
Para responder a esta e a outras questões, no dia 29 de junho às 15h, realiza-se o seminário “Prevenção de Úlceras de Pressão e...

A Inteligência Artificial tem influenciado a área da saúde de diversas formas, nomeadamente através da realização de diagnósticos precisos, bem como na monitorização de pacientes. “Neste projeto, procuramos demonstrar através da utilização de Inteligência Artificial num colchão, quais os locais onde o paciente já tem úlceras por pressão e onde poderá vir a desenvolver dado o tempo que passa imobilizado na mesma posição,” refere Paulo Alves, investigador e diretor da Escola de Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa no Porto. “Esta tecnologia já é utilizada com muita precisão em pessoas que utilizam cadeiras de rodas, mas era agora preciso dar o passo para o colchão,” acrescenta.

O evento vai permitir explicar os principais resultados obtidos no decorrer do projeto, mas também falar de futuro na utilização da Inteligência Artificial enquanto instrumento estratégico nos cuidados de enfermagem e na gestão e prevenção de úlceras por pressão.

O seminário “Prevenção de Úlceras de Pressão e Tecnologia Digital”, organizado no Instituto de Ciências da Saúde (Porto) da Universidade Católica Portuguesa juntamente com a SensoMatt Lda, terá lugar no próximo dia 29 de junho, a partir das 15h00, em formato híbrido. A sessão tem entrada livre, mediante inscrição prévia.

O SensoMatt é um projeto financiado CENTRO-01-0247-FEDER-070107, desenvolvido pela empresa SesonMatt Lda., com o Instituto Politécnico de Castelo Branco e em parceria com o Instituto de Ciências da Saúde (Porto) da Universidade Católica Portuguesa.

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