Delegação de Lisboa
De 19 a 23 de Novembro a Delegação de Lisboa da Cruz Vermelha Portuguesa reúne “Grandes Marcas Solidárias” para uma campanha de...

“Grandes Marcas Solidárias” é o nome deste evento que reúne diversas marcas conhecidas para venderem os seus produtos sendo que uma percentagem das vendas reverterá a favor da Delegação de Lisboa, de forma a conseguir financiamento para os seus projectos.

A Delegação de Lisboa da Cruz Vermelha Portuguesa desenvolve inúmeras actividades na área de apoio a pessoas e grupos mais vulneráveis e com insuficientes rendimentos, o que conjugado com a redução das verbas públicas faz com que estas respostas tenham uma dificuldade acrescida de sustentabilidade financeira. O evento em questão é totalmente pensado para fazer face a essas dificuldades, que num contexto actual, se tornam ainda mais complicadas de superar, uma vez que há cada vez mais pessoas a recorrer a este tipo de apoios.

Em 2014 a Delegação de Lisboa da Cruz Vermelha Portuguesa já ajudou cerca de 10 mil pessoas provenientes de 7 mil famílias com cabazes alimentares, cerca de 500 alunos em Agrupamentos de Escolas referenciadas pela Direção Geral dos Recursos Humanos da Educação como sendo casos prioritários de intervenção e 70 bebés e crianças em equipamentos de apoio à infância. Através da Delegação de Lisboa foram centenas as pessoas apoiadas pelo voluntariado hospitalar, cerca de 1000 foram apoiadas em Cuidados no Domicílio e cerca 700 pessoas apoiadas em três Centros de Dia.

Atendendo que a Cruz Vermelha Portuguesa também vai celebrar os seus 150 anos em 2015, é esta é uma forma de a Delegação de Lisboa se associar às comemorações desta data tão importante para esta Instituição.

É através deste e outros evento que a Delegação de Lisboa da Cruz Vermelha Portuguesa pode continuar a ajudar quem mais precisa e assim cumprir a sua missão.

Legionella:
As autoridades de saúde já têm “uma ideia concreta” da origem do surto de legionella que causou 235 doentes e cinco mortos, a...

António Tavares, delegado de saúde regional de Lisboa e Vale do Tejo, disse que as provas recolhidas desde sexta-feira apontam para uma origem na região de Vila Franca de Xira, razão de todos os infectados estarem ligados a esta zona.

Para o conhecimento do foco foi determinante “o estudo da direcção dos ventos”, que as autoridades de saúde solicitaram logo no início da investigação. Escusando-se a revelar a origem do surto, uma vez que a Direção Geral da Saúde (DGS) vai fazer uma actualização do caso por volta das 17:00, António Tavares adiantou que ainda hoje deverão ser conhecidos os resultados das análises às bactérias que estiveram em cultura.

Ainda assim, os elementos recolhidos em fábricas, espaços públicos, sistemas de distribuição e habitações foram suficientes para uma primeira identificação do ADN da bactéria. “O facto de estar lá o ADN não significa que as bactérias estejam vivas”, adiantou.

 

Organização Mundial de Saúde pronta a enviar peritos para Portugal

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse hoje que tem peritos prontos para se deslocarem a Portugal para ajudar a lidar com o surto da doença do legionário que já matou cinco pessoas e infectou outras 235.

"Já identificámos os nossos peritos e eles estão prontos para se deslocarem" [a Portugal], disse à agência Lusa em Genebra o porta-voz da organização, Christian Lindmeier.

O responsável acrescentou que da parte da OMS "não há recomendações especiais, já que as autoridades ainda têm de identificar a fonte do surto", que está concentrado em três freguesias do concelho de Vila Franca de Xira.

Lindmeier reiterou que, caso seja necessário, os especialistas da organização estão prontos para apoiar as autoridades sanitárias portuguesas, que já notificaram a OMS do surto.

O porta-voz da OMS destacou as medidas preventivas já tomadas pelas autoridades portuguesas e apontou que o risco de propagação internacional é mínimo, já que a zona afectada não é muito frequentada por turistas.

Christian Lindmeier lembrou que não ocorreu nenhum contágio "por consumo de água na zona afectada" e frisou que "não existe contaminação directa de pessoa para pessoa" na doença do legionário.

A OMS considerou hoje como “uma grande emergência de saúde pública” o surto da doença do legionário em Portugal.

 

Empresa “Adubos de Portugal” inspeccionada

O ministro do Ambiente anunciou hoje uma acção inspectiva extraordinária à empresa Adubos de Portugal, em Vila Franca de Xira, para averiguar um eventual crime ambiental. Segundo Jorge Moreira da Silva, a acção inspectiva vai decorrer "nas próximas horas" e será para averiguar “eventual crime ambiental por libertação de microrganismos para o meio ambiente”.

“Foi hoje decidido de manhã desencadear uma acção inspectiva extraordinária relativamente à empresa Adubos de Portugal. Essa acção inspectiva vai ocorrer nas próximas horas, para averiguação de eventual crime ambiental por libertação de microrganismos no meio ambiente”, afirmou o governante, em Leiria, sublinhando, contudo, não ser de “descartar definitivamente outras hipóteses”.

O ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia advertiu que se está “perante amostras e análises que estão ainda em cultura”, pelo que “os resultados definitivos ainda demorarão algumas horas”.

“Mas tendo em atenção as análises que foram feitas, tanto no sábado, como novamente no domingo, consideramos que um grau de probabilidade mais elevado está associado às torres de refrigeração e, no âmbito das torres de refrigeração, concretamente em relação a esta empresa”, explicou Jorge Moreira da Silva.

O governante sublinhou ainda que “o foco está controlado desde o momento em que se decidiu no terreno que as torres de refrigeração, mesmo sem análises comprovativas que apontassem para a presença de legionella”, fossem encerradas no domingo.

Questionado se a empresa tinha efectuado limpeza de equipamentos, Moreira da Silva respondeu que tem “informação suficiente neste momento”, quer sobre as análises, “quer no que diz respeito à ausência de cuidados relacionados com manutenção”, para considerar que se deve de imediato avançar” com a inspecção extraordinária à Adubos de Portugal.

O ministro referiu que, apesar desta inspecção extraordinária, não se está a “afastar a averiguação” a torres de refrigeração de outras empresas, pois, insistiu, nesta fase não se pode “descartar definitivamente todas as possibilidades”.

De acordo com Jorge Moreira da Silva, as torres de refrigeração encerradas no sábado só serão reabertas depois de análises que assegurem a ausência da legionella e de “um conjunto de acções preventivas”.

“A legislação ambiental é muito clara, [as empresas] têm obrigações precisas sobre aquilo que tem de ser feito, mas, por outro lado, nós estamos perante aquilo que não é uma mera verificação de legislação”, observou, admitindo que se possa estar “perante um crime ambiental que é muito mais que uma mera contra-ordenação ou do mero incumprimento das melhores técnicas disponíveis”.

A acção extraordinária vai ser desencadeada pela Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território.

A legionella, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detectada na sexta-feira no concelho de Vila Franca de Xira, tendo provocado a infecção em mais de 230 pessoas e a morte de cinco.

Todos os casos, de acordo com a Direcção-geral da Saúde, "têm ligação epidemiológica ao surto que decorre em Vila Franca de Xira".

A doença do legionário transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

 

Chuva e descida de temperatura pode ter alterado evolução do surto

O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera disse hoje que a mudança das condições meteorológicas dos últimos dias, com chuva e descida das temperaturas, "provavelmente alterou" o desenvolvimento do surto de legionella, que prefere temperaturas tépidas.

"A alteração das condições meteorológicas que se têm verificado nos últimos dias provavelmente alterou significativamente as condições de desenvolvimento e transporte [da bactéria legionella]", referiu Jorge Miranda, apontando "a chuva e o abaixamento de temperatura".

Entre os factores que favorecem o desenvolvimento da bactéria legionella está a temperatura da água entre 20°C e 45°C, sendo a óptima entre os 35ºC e 45ºC, conforme refere um documento da Comissão Sectorial para a Água.

O surto de legionella já causou 235 doentes e cinco mortos, estimando-se que todos têm relação com a região de Vila Franca de Xira.

O IPMA é uma das entidades que faz parte do grupo de trabalho que está a acompanhar as acções relacionadas o surto de legionella, bactéria que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, e tem fornecido informação sobre as condições meteorológicas registadas desde o início de Outubro, nomeadamente naquela região.

A tarefa do IPMA, desenvolvida em coordenação com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), é "fornecer estimativas da velocidade do vento em superfície e em altitude, para as regiões que têm sido potencialmente estudadas pelo grupo de trabalho de forma a ser possível identificar indirectamente qual a possível fonte da emissão das partículas que contêm legionella", esclareceu o presidente do Instituto.

"Temos fornecido informação relacionada com as condições meteorológicas, com a temperatura, factor também relacionado com a multiplicação das bactérias em meio aquoso", acrescentou Jorge Miranda.

O responsável do IPMA explicou que é importante saber qual a direcção do vento "porque permite relacionar cada caso com a direcção de onde poderá ter havido o transporte da legionella", mas também a intensidade "porque permite saber a distância entre a fonte e as pessoas que são afectadas" e a variação em altitude, "porque condiciona a forma como o transporte é feito".

Jorge Miranda disse ainda que, à medida que são transportadas, as gotículas podem cair, descer na atmosfera, e atingir a superfície, ou podem evaporar-se, situações em que a legionella deixa de representar perigo.

A Doença do Legionário transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

 

Dicionário de A a Z
A soja é uma leguminosa, sendo mesmo chamada de super-leguminosa, pois contrariamente às outras legu
Rebentos de soja

O seu elevado valor proteico e a presença de todos os aminoácidos essenciais é o que mais a distingue das leguminosas convencionais como o feijão, o grão ou as ervilhas. Este valor proteico é comparável ao da carne, é rica em fósforo e contém grande quantidade de Vitamina A, B, C e D.

A sua qualidade na prevenção de doenças também lhe é reconhecida devido ao alto teor de ácidos gordos poli-insaturados e fibra e ao seu reduzido teor de gordura saturada.

As doenças cardiovasculares são exemplo disso mesmo, pois ao substituir as proteínas ingeridas através da carne pelas da soja, reduz-se significativamente o desenvolvimento deste tipo de doenças.

A regulação do peso e um trânsito intestinal equilibrado são outros dos benefícios da soja. O seu elevado teor de fibras torna a digestão mais lenta, prolonga a sensação de saciedade e retarda a absorção de alguns nutrientes. Apenas há que ter em atenção a forma como é cozinhada, pois sendo frita, por exemplo em hamburgers, estes efeitos benéficos não se verificam devido à excessiva presença de gordura.

Embora seja um alimento pobre em cálcio é uma ajuda comprovada no combate à osteoporose pois ajuda à sua retenção no organismo.

Existem vários estudos, inconclusivos, que admitem que também possa actuar na prevenção de determinados tipos de cancro como o da mama, da próstata e do cólon. Esta ligação poderá estar relacionada com a proteína da soja e os seus componentes bioactivos (isoflavonas), pois crê-se contribuírem para inibir o crescimento das células cancerígenas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
O que são?
Afectam um pequeno número de pessoas, mas a falta de conhecimentos científicos e médicos traz consig
Doenças raras

As doenças raras – também designadas como doenças órfãs – são aquelas que afectam um pequeno número de pessoas, em comparação com a população em geral. Ocorrem com pouca frequência ou raramente. Existem ainda variantes raras de doenças frequentes. Na Europa, uma doença é considerada rara quando afecta uma em duas mil pessoas.

A definição de doença rara é, portanto, conjuntural, na medida em que depende do período de tempo e do espaço geográfico que estão a ser considerados. Por exemplo, a Sida já foi considerada uma doença rara, mas, hoje em dia, está em expansão. A Lepra, por seu turno, é rara em França, mas frequente na África central.

Quantas doenças raras existem?
São conhecidas cerca de sete mil doenças raras, mas estima-se que existam mais e que afectem entre seis a 8% da população – entre 24 e 36 milhões de pessoas – na União Europeia. Este número está em crescimento, uma vez que são reportadas, na literatura médica, cinco novas doenças por semana.

Como surgem as doenças raras?
A maioria das doenças raras – 80% – tem subjacente uma alteração genética. Existem ainda doenças raras de origem infecciosa (bacteriana ou viral), alérgica e profissional. Existem também doenças raras causadas por envenenamento.

Quais são as características mais frequentes das doenças raras?

  • São doenças crónicas, graves e degenerativas e colocam, muitas vezes, a vida em risco;
  • Manifestam-se na idade adulta;
  • Apresentam uma grande diversidade de distúrbios e sintomas, que variam não só de doença para doença, mas também de doente para doente;
  • Têm associado um défice de conhecimentos médicos e científicos;
  • São muitas vezes incapacitantes, comprometendo a qualidade de vida;
  • Muitas não têm tratamento específico, sendo que os cuidados incidem, sobretudo, na melhoria da qualidade e esperança de vida;
  • Implicam elevado sofrimento para o doente e para a sua família.

Que problemas enfrentam os doentes?
A natureza das doenças raras – falta de conhecimentos científicos e médicos – cria problemas específicos:

  • Dificuldades de diagnóstico – muitas vezes é feito tardiamente;
  • Escassez de informação;
  • Dificuldades na orientação para profissionais de saúde qualificados;
  • Problemas no acesso a cuidados de saúde de alta qualidade – pois a comunidade médica sabe relativamente pouco sobre estas doenças; há pouca investigação e o desenvolvimento de medicamentos para um número limitado de doentes é travado pelos imperativos comerciais;
  • Dificuldades de inserção profissional e cidadania;
  • Frequente associação com deficiências sensoriais, motoras, mentais e, por vezes, alterações físicas;
  • Vulnerabilidade a nível psicológico, social, económico e cultural;
  • Inexistência de legislação.

O que são medicamentos órfãos?
São medicamentos desenvolvidos para tratar doenças raras, ao abrigo de legislação promotora de apoios à investigação e à exclusividade de mercado.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Centro Hospitalar de Leiria
O Centro Hospitalar de Leiria anunciou a disponibilização de novas técnicas terapêuticas para o tratamento não farmacológico da...

Numa nota de imprensa, aquela unidade de saúde informa que “mesoterapia, acupunctura, electroterapia, massagens e várias técnicas não invasivas, como bloqueios epidurais e plexos, integram as novas opções acessíveis aos doentes seguidos na Unidade de Dor do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e que as podem realizar após avaliação e diagnóstico médico”.

Citada na mesma nota de imprensa, a directora do Serviço de Anestesiologia e Unidade de Dor do CHL, Elisabete Valente, afirma que os doentes “vão passar a ter acesso, não só a tratamentos farmacológicos, mas também a terapêutica não farmacológica”.

“Estamos a começar esta actividade há cerca de um ano e esperamos desenvolver esta vertente terapêutica em doentes com dor”, refere a responsável, adiantando que estes “tratamentos não farmacológicos são efectuados pela equipa médica e de enfermagem da Unidade de Dor”.

A mesoterapia é um ramo recente da medicina clássica, que tem vindo a ser utilizada com bons resultados no tratamento de várias patologias do foro músculo-esquelético, esclarece o centro hospitalar.

“Esta técnica consiste na administração de uma mistura de fármacos, em pequenas quantidades, por meio de múltiplas injecções intradérmicas aplicadas no local exacto onde a acção terapêutica é desejável”, acrescenta o CHL.

No caso da acupunctura, “os efeitos terapêuticos são obtidos quando, através da inserção de agulhas sólidas e finas nos tecidos, o médico consegue modular o funcionamento do sistema nervoso, do sistema imunitário e das glândulas exócrinas”.

“Esta estimulação local provoca a libertação de uma série de substâncias que têm como efeito final o aumento da circulação local, com melhoria da oxigenação e do aporte de nutrientes aos tecidos”, lê-se na mesma nota, esclarecendo que “cefaleias de tensão, cervicalgia, dor no ombro e lombociatalgia, e a dor músculo-esquelética são as indicações médicas consensuais para a acupunctura.

A Unidade de Dor, constituída por uma equipa multidisciplinar, tem como principal objectivo “promover uma melhor qualidade de vida do doente com dor crónica”.

O CHL é composto pelos hospitais de Leiria, Pombal e Alcobaça, e tem uma área de influência que abrange uma população na ordem dos 400 mil habitantes.

Estudo aponta
Um estudo da Aliança Alzheimer do Mediterrâneo revela discrepâncias a nível do diagnóstico precoce, dos custos económicos da...

Os resultados preliminares do estudo, coordenado por Federico Palermiti, da Associação de Alzheimer do Mónaco, são apresentados hoje, em Lisboa, na conferência internacional "Alzheimer e o Mediterrâneo: Trabalhando em parceria para um melhor entendimento”.

“O estudo teve como principal objectivo fazer um levantamento das necessidades das pessoas com doença de Alzheimer e os seus cuidadores em vários países do Mediterrâneo”, disse Maria do Rosário Zincke dos Reis, da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer.

Por iniciativa da Associação de Alzheimer do Mónaco foi criada, em 2013, uma aliança das associações de Alzheimer dos vários países do Mediterrâneo (Mónaco, França, Espanha, Egipto, Marrocos, etc.) por terem aspectos comuns a nível da cultura e “muito em especial no que diz respeito às demências”, adiantou Maria do Rosário Zincke dos Reis.

“Existem problemáticas comuns e, ao mesmo tempo, existem grandes disparidades de país para país”, disse a responsável, dando como exemplo o facto de apenas o Mónaco e a França terem planos nacionais para as demências, um plano há muito reivindicado pela Alzheimer Portugal.

Para apurar a situação relativamente a esta doença, o estudo abordou vários tópicos: prevalência, políticas públicas, direitos e questões éticas, aspectos socioeconómicos, diagnóstico precoce, formação dos profissionais, investigação, tratamento, cuidados, cultura e cidadania.

Os resultados preliminares do estudo apontam para uma discrepância a nível do diagnóstico precoce e dos custos económicos da doença. “Verifica-se que estes custos são mais elevados nos países de baixos e médios rendimentos, entre os quais se incluem Portugal”, adiantou Maria do Rosário Reis. Existem também divergências relativamente aos quatro medicamentos específicos disponíveis para a doença de Alzheimer.

Nalguns destes países apenas dois destes medicamentos estão disponíveis, o que “é bem elucidativo das disparidades que ainda existem”, sublinhou. Maria do Rosário Reis sublinhou que há pontos comuns muito importantes, como a cultura, a história, geografia e laços de solidariedade.

“Isso faz com que diversas associações de Alzheimer do Mediterrâneo estejam unidas com o propósito de fazer valer o interesse das pessoas com demência e pressionar os decisores políticos para que sejam criadas medidas concretas de apoio e promoção dos direitos destas pessoas”, sustentou.

Sobre a posição que Portugal ocupa neste estudo, a responsável disse que fica a meio da tabela: “Na verdade, não temos quase nenhumas respostas específicas para estas pessoas”.

Contudo, ressalvou, “estas pessoas são acompanhadas, não com a qualidade que desejaríamos em termos globais, mas não estamos na base da hierarquia, estamos a meio”.

Aliança Alzheimer do Mediterrâneo salienta ainda que “há pouco conhecimento sobre o problema em torno da doença de Alzheimer, que permanece subestimada e pouco documentada, principalmente nos países do Norte da África”.

“Isto vais levar, nos próximos anos, a consequências dramáticas tanto sociais, como de saúde e humanas”, adverte a aliança.

Esta rede é constituída por associações de Alzheimer, cientistas e profissionais de Saúde da região do Mediterrâneo, que pretende partilhar conhecimento e práticas de troca, mas também fazer propostas a nível local e internacional.

Desde Dezembro 2013
Desde Dezembro do ano passado, no entanto, as auditorias deixaram de ser obrigatórias, numa alteração legislativa alvo de...

Há dois anos, técnicos de uma empresa de certificação energética e de qualidade do ar interior identificaram a Legionella num lar de idosos no interior do país. As bactérias estavam num depósito de água quente numa casa de banho. Era uma situação de elevado risco. Um simples duche – ao vaporizar a água em pequenas gotículas – poderia levar a bactéria para pulmões já debilitados. Seria a combinação perfeita para mais casos de Doença do Legionário em Portugal, escreve o Jornal Público na sua edição Online.

Os técnicos fizeram o que a lei mandava. Realizaram um “plano de acção correctiva”, eliminaram a bactéria da água e o problema ficou resolvido. “Ficaram muito felizes por se ter detectado o problema atempadamente, não se tendo verificado qualquer baixa entre os idosos”, afirma José Afonso, responsável pela Engiprior, a empresa que realizou o trabalho.

A situação só foi detectada porque lares, hospitais, centros comerciais e muitos outros tipos de edifícios eram obrigados, desde 2006, a submeterem a qualidade do ar interior a auditorias periódicas. Desde Dezembro do ano passado, no entanto, as auditorias deixaram de ser obrigatórias, numa alteração legislativa alvo de muitas críticas.

Segundo a lei anterior – sobre a qualidade do ar interior e a certificação energética dos edifícios –, as auditorias deveriam ser feitas de dois em dois anos em escolas, centros desportivos, infantários, centros de idosos, hospitais e clínicas; e de três em três anos em estabelecimentos comerciais, de turismo, de transportes, culturais, escritórios e outros.

A preocupação com a poluição do ar interior – um problema grave a nível mundial – criou um mercado. Abriram-se empresas, compraram-se equipamentos, certificaram-se peritos. Mas em Agosto de 2013, o Governo reviu a legislação e as auditorias desapareceram. As normas existem e têm de ser cumpridas. Mas agora cabe à Inspecção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT) verificar se de facto estão a ser respeitadas.

“Deixou de haver uma atitude proactiva, remetendo-se apenas para os operadores a realização de avaliações de forma voluntária e a fiscalização para um organismo da tutela”, afirma Serafin Graña, coordenador da Comissão de Especialização em Engenharia de Climatização da Ordem dos Engenheiros. “Não é certamente o melhor procedimento quando estamos a lidar com questões de saúde pública”, completa.

Segundo Serafin Graña, nas auditorias que antes eram feitas, os principais problemas detectados tinham a ver com bactérias e fungos acima dos valores legais.

Não faltaram avisos dos riscos que a alteração legal traria. “Tentámos falar com deputados, ainda fomos recebidos por alguns, mas não nos ouviram”, diz José Afonso, que é membro da direcção da Associação Nacional de Peritos Qualificados.

“É evidente que houve lobbies para que houvesse esta alteração”, completa Fernando Brito, da Associação Portuguesa da Indústria da Refrigeração e Ar Condicionado, entidade que, na altura, também manifestou a sua discordância e tentou falar com governantes. “Era um retrocesso em relação ao que tínhamos feito até então. Quando entrou o novo Governo, deu tudo para trás”, afirma.

O Público tentou ouvir o Ministério da Economia e do Emprego, a quem coube a iniciativa de alterar a legislação, mas não obteve resposta.

 

Até quinta-feira
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses deu à administração do Hospital de Santarém um prazo até quinta-feira para a...

Lamentando o “arrastamento” do problema, o SEP afirma em comunicado, que neste momento estão alocados aos Serviços de Urgência apenas 11 enfermeiros para 14 postos de trabalho “determinando uma sobrecarga de trabalho em todos os turnos, manhã, tarde e noite”.

Por outro lado, afirma que existe um 15.º posto de trabalho, “onde em média estão internados entre 20 a 30 doentes principalmente do foro médico, dependentes, que aguardam internamento num qualquer serviço do hospital mas que ali podem ficar durante vários dias”.

A este posto de trabalho não está alocado qualquer enfermeiro, quando deveriam estar entre três a cinco, afirma o sindicato, sublinhando que, por turno, na Urgência do Hospital de Santarém, “faltam entre seis a oito enfermeiros”.

“É num contexto de arrastamento deste problema que os enfermeiros decidiram dizer ‘basta’ e numa reunião com o SEP, a 06 de Novembro, decidiram exigir do Conselho de Administração”: a admissão de mais enfermeiros para a Urgência até dia 13 de Novembro, que o número de enfermeiros a alocar esteja de acordo com as necessidades identificadas e que sejam discutidas e decididas, em reunião entre a administração e o sindicato, “outras formas de minimizar/resolver” o problema.

“Ainda, e por escrito, os enfermeiros transferiram toda e qualquer responsabilidade para o Conselho de Administração caso aconteça qualquer incidente negativo na prestação de cuidados devido àquelas condições de trabalho”, adianta o comunicado.

A nota acrescenta que os enfermeiros do Hospital de Santarém, que em Agosto fizeram quatro dias de greve, na sequência da qual foi anunciada a contratação de mais 14 profissionais, admitem vir a decidir “outras iniciativas”.

O sindicato considera ainda “inadmissível que em alguns dias todo o pré-hospitalar esteja bloqueado porque as macas dos bombeiros estão na urgência do Hospital de Santarém”.

 

No Japão
Cientistas japoneses confirmaram a eficácia de um novo método de análise capaz de detectar a doença de Alzheimer nas fases...

O projecto foi levado a cabo conjuntamente por peritos do Centro Japonês de Geriátricos e Gerontologia e uma equipa de cientistas da empresa japonesa Shimadzu, liderados pelo Prémio Nobel de Química em 2002, Koichi tanaka, publica a estação pública nipónica HNK, citada pela agência Efe.

Utilizando a tecnologia que a equipa de Tanaka desenvolveu em 2013 para detectar no sangue a acumulação de proteínas beta-amiloide, uma das prováveis causas do Alzheimer, ambas as equipas levaram a cabo análises de sangue em mais de 60 pessoas com idade avançada.

Os investigadores comprovaram os estudos que apontam que os doentes desta patologia acumulam a dita substância no cérebro mais de 10 anos antes de desenvolver sintomas e, além disso, observaram que aqueles que apresentavam a dita substância também experimentaram um aumento na quantidade do peptídeo APP669-711 no seu sangue.

O uso prático deste teste permitiria detectar o Alzheimer durante um controlo médico rotineiro antes que a doença se desenvolva, e sem necessidade de recorrer aos testes actuais de Tomografia por Emissão de Positrões (PET) e extracção do líquido cérebroespinal, dois procedimentos complexos e dolorosos.

Lusa

 

Estudo
Uma equipa de investigadores, incluindo o português David Raposo, concluiu, numa experiência com ratos, que a mesma região do...

A região do cérebro analisada é o córtex parietal posterior, envolvido em múltiplas tarefas cognitivas, como a tomada de decisões, tendo a equipa questionado se eram grupos especializados de neurónios - as células do sistema nervoso - que estavam dedicados a distintas tarefas, ou se eram muitos neurónios, no seu conjunto, a contribuírem para a realização dessas tarefas.

David Raposo, estudante do Programa Internacional de Doutoramento da Fundação Champalimaud, disse que a equipa verificou que "uma única rede de neurónios" está "envolvida em várias etapas de processos cognitivos complexos, como a tomada de decisões".

Na escolha de um restaurante para jantar, exemplificou, não só se avalia a qualidade da comida, mas também o seu preço.

Estas distintas avaliações, que se fazem para se decidir onde se vai jantar, ocorrem porque uma grande série de neurónios do córtex parietal posterior "contém, em conjunto, informação suficiente para a realização de mais do que uma tarefa em simultâneo", assinalou.

Na experiência que fez com ratos, a equipa de David Raposo sujeitou os roedores a responderem, diversas vezes por dia, a uma sequência variável de "flashes" de luz e tons sonoros, e registou a actividade dos neurónios no córtex parietal.

O investigador adiantou que a equipa propõe-se fazer, em colaboração com médicos e outros cientistas, dos Estados Unidos, testes semelhantes com voluntários humanos.

"O nosso objectivo é o de que um dia possamos aplicar estes conhecimentos em casos clínicos para, por exemplo, sabermos como restabelecer o normal funcionamento do cérebro em pacientes com perdas de capacidades cognitivas", afirmou David Raposo, que trabalha no Cold Spring Harbor Laboratory, em Nova Iorque.

O estudo foi publicado hoje na revista Nature Neuroscience.

 

Among Genotype 3 Hepatitis C Patients
Daclatasvir+sofosbuvir regimen achieves SVR12 in 90% of treatment-naïve and 86% of treatment-experienced genotype 3 patients;...

Bristol-Myers Squibb Company (NYSE:BMY) today announced late-breaking data from the landmark ALLY Trial investigating a ribavirin-free 12-week regimen of daclatasvir (DCV) in combination with sofosbuvir (SOF) in genotype 3 hepatitis C (HCV) patients, a patient population that has emerged as one of the most difficult to treat. The results of the study, which showed sustained virologic response 12 weeks after treatment (SVR12) in 90% of treatment-naïve and 86% of treatment-experienced patients, will be presented at The Liver Meeting® 2014, the Annual Meeting of The American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD), in Boston, MA, November 7 – 11.

“Both treatment naïve and treatment experienced patients in the ALLY-3 study achieved high SVR rates. These results are encouraging given that patients with genotype 3 have emerged as among the hardest to treat,” said David R. Nelson, M.D., Professor of Medicine, Molecular Genetics and Microbiology; Director, UF Clinical and Translational Science Institute; and Assistant Vice President of Research for the University of Florida. “Genotype 3 is associated with a more rapid progression of disease and remains a challenge to the efficacy of even newer regimens. The ALLY-3 results demonstrate the possibility of bringing a cure to genotype 3 patients in an all-oral, 12-week regimen.”

These results build upon the existing body of data on the daclatasvir and sofosbuvir combination. Data from an open-label, randomized study of daclatasvir with sofosbuvir in genotypes 1, 2, and 3 demonstrated that the 24-week regimen of daclatasvir and sofosbuvir (± ribavirin) achieved SVR12 in 89% of patients with genotype 3. The ALLY study presented at the Liver Meeting investigates the regimen for 12 weeks, halving the previous treatment duration. Other ongoing ALLY studies examine diverse HCV populations across all genotypes: cirrhotic and post-liver transplant patients, as well as treatment-naïve and treatment-experienced patients who are co-infected with HIV.

“HCV is a complex disease, and the treatment community needs multiple options to address the remaining unmet medical needs,” said Douglas Manion, M.D., Head of Specialty Development, Bristol-Myers Squibb. “Daclatasvir has shown pan-genotypic activity in bench research, a factor which is becoming increasingly important as we learn more about the complexity of HCV. Further, daclatasvir’s potential to be combined with many other agents, including sofosbuvir, is significant in continuing to develop additional treatment options that may help patients of all genotypes achieve cure.”

In the ALLY-3 study, the daclatasvir and sofosbuvir combination regimen was well tolerated, with no deaths, treatment-related serious adverse events, or discontinuations due to adverse events. The most frequent side effects (≥5%) were headache (19.7%), fatigue (19.1%), nausea (11.8%), diarrhea (8.6%), insomnia (5.9%), abdominal pain and arthralgia (both 5.3%). Additionally, there were 17 (11.2%) treatment failures, with 16 relapses post-treatment and 1 rebound at the end of treatment. There were no viral breakthroughs in this ribavirin-free regimen.

 

About ALLY-3: Study Design

This Phase III open-label clinical trial enrolled 152 genotype 3 HCV patients; 101 treatment-naïve patients and 51 treatment-experienced patients in 2 cohorts each received daclatasvir 60 mg and sofosbuvir 400 mg once daily for 12 weeks, with 24 weeks of follow-up. The primary endpoint was SVR12 rates, defined as HCV RNA < LLOQ target detected or not detected at follow-up week 12 in treatment-naïve and treatment-experienced patients.

The full abstract for the presentation is available at The Liver Meeting website.

 

About Hepatitis C

Hepatitis C is a virus that infects the liver and is transmitted through direct contact with infected blood and blood products. Approximately 170 million people worldwide are infected with hepatitis C, with an estimated 2.7–3.9 million chronically infected in the United States. Up to 90 percent of those infected with hepatitis C will not spontaneously clear the virus and will become chronically infected. According to the World Health Organization, up to 20 percent of people with chronic hepatitis C will develop cirrhosis; of those, up to 20 percent may progress to liver cancer.

 

About Genotype 3

Genotype 3 is estimated to affect 54.3 million people and is the second most common worldwide behind genotype 1 (83.4 million). It is now potentially the most difficult-to-treat genotype, and the more aggressive nature of genotype 3 lies in the damage it causes to the liver, as it is associated with progressive disease, increased rates of steatosis and a disproportionately increased risk of hepatocellular carcinoma.

 

About Bristol-Myers Squibb’s HCV Portfolio

Bristol-Myers Squibb’s research efforts are focused on advancing late-stage compounds to deliver the most value to patients with hepatitis C. At the core of our pipeline is daclatasvir, a potent pan-genotypic NS5A complex inhibitor (in vitro), which continues to be investigated in multiple treatment regimens and in people with co-morbidities.

Daklinza (daclatasvir) was recently approved in the EU for use in combination with other medicinal products across genotypes 1, 2, 3 and 4 for the treatment of chronic hepatitis C virus (HCV) infection in adults. Daklinza is also approved in Japan in combination with Sunvepra (asunaprevir), a NS3/4A protease inhibitor. The Daklinza+Sunvepra Dual Regimen is Japan’s first all-oral, interferon- and ribavirin-free treatment regimen for patients with genotype 1 chronic HCV infection, including those with compensated cirrhosis.

In 2013, Bristol-Myers Squibb’s investigational all-oral DCV-TRIO Regimen (daclatasvir/asunaprevir/beclabuvir) received Breakthrough Therapy Designation in the U.S., which helped to expedite the start of the ongoing Phase 3 UNITY Program. Study populations include non-cirrhotic naïve, cirrhotic naïve and previously treated patients. In addition to UNITY 1 and 2, both the UNITY-3 study among Japanese treatment-naïve and -experienced genotype 1 patients and UNITY-4, which studies the DCV-TRIO regimen without ribavirin in cirrhotic and non-cirrhotic patients in Korea, Russia and Taiwan, are currently ongoing. The DCV-TRIO regimen is being studied as a fixed-dose-combination treatment with twice daily dosing.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global biopharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information, please visit http://www.bms.com or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

Bristol-Myers Squibb Forward Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding the research, development and commercialization of pharmaceutical products. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that daclatasvir will receive regulatory approval in the United States, or if approved, that it will become a commercially successful product. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013, in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

 

Legionella:
O delegado de saúde do Barreiro, Mário Durval, afirmou que os doentes internados no Hospital do Barreiro com Doença do...

“Os doentes trabalham todos numa empresa da zona de Alverca e residem no Barreiro. A população do Barreiro pode estar descansada e fazer a sua vida normal que não há nenhum problema”, concluiu.

Segundo o especialista, existem três casos confirmados de Doença do Legionário e mais um suspeito no Hospital do Barreiro, todos ligados a Vila Franca de Xira, onde na sexta-feira foi conhecido um surto causado pela bactéria legionella, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal.

"Estão quatro doentes internados no hospital do Barreiro, três já com análises confirmadas de legionella e um outro que, apesar de não estar confirmado, todos os indicadores apontam nesse sentido", afirmou.

O delegado de saúde disse que dois doentes deram entrada na unidade hospitalar a 05 de Novembro e outros dois no dia 09 de Novembro, estando todos "estáveis". Todos são homens, com idades entre os 40 e os 50 anos.

O director geral da Saúde revelou que foram identificados casos de Doença do Legionário em várias regiões do país, como Castelo Branco, Barreiro e Porto, todos eles com "ligações claras" a Vila Franca de Xira.

De acordo com Francisco George, estes casos têm todos ligações "temporais e espaciais" a Vila Franca de Xira, região onde foi identificado um surto causado pela bactéria legionella, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal.

No início da noite de domingo, Francisco George revelou que o surto de legionella já tinha causado 160 infecções e quatro mortes.

 

Suspensa por "precaução" colheita de sangue em Santa Iria de Azóia

A colheita de sangue que estava agendada para a próxima sexta-feira no Colégio Bartolomeu Dias, em Santa Iria de Azóia, foi suspensa “por medida de precaução” devido ao surto de legionella, segundo uma associação de dadores.

De acordo com um comunicado assinado pelo presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue Póvoa de Santa Iria, a suspensão deveu-se a uma informação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação no sentido do adiamento de todas as colheitas na área envolvente do surto de legionella.

No domingo, a colheita de sangue que estava a decorrer na sede da Associação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa de Santa Iria, foi suspensa como medida de precaução devido ao surto de legionella.

O presidente da Associação, Nuno Caroça, explicou domingo que a suspensão da colheita de sangue foi decidida pelo Instituto Português de Sangue e da Transplantação como medida de precaução.

Esta medida pretende, sobretudo, proteger os dadores, que, para dar sangue, devem estar em perfeito estado de saúde, explicou Nuno Caroça, adiantando que a bactéria legionella não se transmite por via sanguínea.

 

Primeira exposição ao surto anterior a 18 de Outubro

O director geral da Saúde afirmou hoje que a primeira exposição ao surto por legionella que está a afectar o concelho de Vila Franca de Xira é anterior ao dia 18 de Outubro.

Francisco George falava durante uma sessão de esclarecimento aos trabalhadores da empresa Adubos de Portugal, em Alverca do Ribatejo, uma das empresas que, por medida de precaução, desligou a torre de refrigeração.

Nesta empresa, segundo disse o administrador da Adubos de Portugal, presente na sessão, foi registada “meia dúzia” de casos.

De acordo com Francisco George, a primeira exposição à bactéria registou-se antes do dia 18 de Outubro, tendo continuado durante a segunda quinzena do mesmo mês.

O director geral da Saúde revelou ainda que vai ser criada uma morada de correio electrónico para responder a dúvidas e aconselhou a ida ao hospital no caso de sintomas.

 

Sobe para três número de pessoas internadas em Castelo Branco

O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco disse à agência Lusa que hoje, às 12:00, deu entrada no Hospital Amato Lusitano (HAL), mais um doente infectado com legionella. "Entrou hoje, cerca do meio-dia, mais uma pessoa que se veio a verificar estar infectada com legionella", disse Vieira Pires à agência Lusa. Sobe assim para três o número de casos de doentes infectados com a bactéria da ‘legionella’ no HAL, sendo que os outros dois deram entrada durante o fim-de-semana - um no sábado, o outro no domingo.

Vieira Pires explicou que se trata de três homens, com idades entre os 50 e os 69 anos, "todos da mesma zona de Vila Franca de Xira".

"Os três são casos aparentemente moderados, nenhum se encontra nos cuidados intensivos até agora", adiantou. Segundo o responsável da ULS de Castelo Branco, os primeiros dois homens que foram internados durante o fim-de-semana no hospital, "encontravam-se na região para a colheita de azeitona".

 

10 de Novembro: Dia Mundial de Sensibilização para Tumores Neuroendócrinos
Os doentes com tumores neuroendócrinos têm de fazer modificações profundas no seu estilo de vida, incluindo mudanças na sua...

Estes alertas são feitos pelo Grupo de Estudo de Tumores Neuroendócrinos (GE-TNE) da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), com base num estudo do INCA (International Neuroendocrine Cancer Alliance), que surgem no âmbito do Dia Mundial de Sensibilização para esta doença, que se assinala hoje, dia 10 de Novembro.

O estudo desenvolvido pelo INCA, e agora apresentado, indica ainda que cerca de dois quintos dos doentes com TNE tem dúvidas quanto à forma de lidar e tratar a sua doença; 60% afirmam que a sua saúde emocional foi afectada pela sua doença e, de entre os doentes que não estão a trabalhar, 82% apontam que tal facto se deve à sua doença.

“Esta é a primeira vez que a situação dos doentes com TNE foi quantificada a um nível global, e confirma o impacto devastador que este tipo raro de cancro pode ter nas vidas dos doentes”, afirmou Teodora Kolarova, Presidente do INCA. “Esperamos que as descobertas deste estudo ajudem as pessoas com este cancro a terem uma voz, e a educar o público e os profissionais de saúde sobre o lado mais humano desta doença”.

O estudo teve como objectivo aumentar a compreensão das experiências, necessidades e desafios dos doentes com TNE, e partilhar insights e conhecimentos entre países e regiões para o tratamento avançado dos TNE a um nível global. A pesquisa foi efectuada entre Fevereiro e Maio de 2014 e incluiu 1.928 doentes de 12 países.

 

Sobre as TNE

Os TNE são uma doença debilitante e que afecta profundamente a qualidade de vida dos doentes. Desenvolvem-se em diferentes tecidos e órgãos espalhados pelo corpo que contenham células neuroendócrinas, sendo que a maioria se encontra no trato gastrointestinal, nos pulmões e no pâncreas, e podem ser classificados como sintomáticos ou assintomáticos.

Muito embora os TNE sejam o segundo tipo de tumor maligno gastrointestinal mais comum, depois do cancro do cólon, o seu diagnóstico é difícil, uma vez que os são geralmente cancros de crescimento lento, difíceis de detectar, e cujos sintomas podem ser confundidos com outro tipo de patologia comum como a síndrome do cólon irritável, perturbações psiquiátricas, sintomas vasomotores (semelhantes aos afrontamentos) ou manifestar-se através de outras doenças, como por exemplo, o aparecimento súbito de uma diabetes ligeira a moderada., pelo que entre 60 a 80% dos doentes com Tumores Neuroendócrinos (TNE) são diagnosticados tardiamente.

 

14 de Novembro - Dia Mundial da Diabetes
Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Diabetes o alerta para a necessidade de uma estratégia de sinalização das...

Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Diabetes, o Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) deixa o alerta: os números anunciados no último relatório “Diabetes: Factos e Números” do Observatório Nacional da Diabetes só podem ser revertidos com uma estratégia de sinalização das populações de risco e uma política de prevenção da diabetes mellitus, para a qual a medicina interna pode contribuir.

Segundo o mesmo relatório, a prevalência da diabetes continua a aumentar. Em Portugal, há um milhão de pessoas com diabetes, das quais 44% não estão diagnosticadas e em 2013, foram detectados 160 novos casos de diabetes por dia. 40% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos já tem diabetes ou pré-diabetes, verificando-se maior prevalência nos homens (15,6%) do que nas mulheres (10,7%). Mais de uma em cada quatro das pessoas entre os 60-79 anos tem diabetes e a prevalência é quatro vezes maior na população obesa do que naquela que apresenta um índice de massa corporal normal.

Álvaro Coelho, coordenador do NEDM, afirma que “ na prática clínica diária”, a medicina interna verifica que grande parte dos diabéticos tem idades superiores a 60 anos (cerca de 60%), uma grande percentagem destes tem obesidade associada (praticamente 80%) e muita iliteracia. É também muito frequente a associação da diabetes com outras co-morbilidades que se conjugam no compromisso do estado da saúde, em especial a hipertensão, a dislipidemia e as infecções para o qual são considerados população de grande risco”.

O especialista defende que “o futuro sanitário” depende de projectos que levem a uma modificação comportamental da sociedade em relação às medidas preventivas e aos meios postos ao dispor, passíveis de ser implementados no combate a estes “problemas”, em especial na população de risco, que deveria estar “sinalizada” e ser alvo de intervenção preventiva eficaz.

E de acordo com o coordenador do NEDM, “a figura hospitalar da Medicina Interna coloca a especialidade na posição de ter de contribuir para a minimização da dimensão deste “tsunami”, e de conseguir contribuir para um conjunto de procedimentos que permitam o diagnóstico mais atempado, uma intervenção terapêutica mais adequada. Isto permitirá proporcionar uma gestão da evolução da doença menos onerosa, que para além do valor financeiro que ronda hoje os 2000€/diabético/ano, acarreta ainda outros custos (pessoais, familiares, sociais, etc....), considerando-se a maior parcela despendida directamente no hospital (boa parte ao alcance do controlo do internista) .

Identificar causas, dispor dos meios e de intervenientes preparados, são as condições necessárias, segundo o NEDM, para travar o combate contra a diabetes, e contribuir para estabilizar ou mesmo fazer regredir sua a incidência.

 

“A Fundação Portuguesa de Cardiologia precisa de mais Amigos”
No âmbito da celebração dos seus 35 anos, a Fundação Portuguesa de Cardiologia apresenta a nova imagem dos “Amigos da Fundação...

Os Amigos da Fundação Portuguesa de Cardiologia são um grupo de pessoas e entidades que apoiam a causa através de donativos anuais e de voluntariado. O seu apoio, a sua amizade, são fundamentais. A nova imagem dos Amigos da Fundação Portuguesa de Cardiologia, que espelha o espírito de entreajuda e a importância de ter amigos, nasce do lema “Os Amigos fazem falta”.

Actualmente 31% dos óbitos em Portugal são devido a doenças do aparelho circulatório. De forma a poder dar continuidade à sua missão, promover a prevenção, tratamento e reabilitação das doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais em todas as idades, a FPC precisa de mais amigos.

Os Amigos da Fundação Portuguesa se Cardiologia para além de possibilitarem que se consiga adquirir materiais de diagnóstico, realizar acções de sensibilização e formações, promover acções de formação para profissionais de saúde, realizar rastreios cardiovasculares para a população, desenvolver campanhas de promoção e divulgação, produzir e distribuir materiais didácticos, e ter a possibilidade de apoiar doentes cardiovasculares, são essenciais para ajudar a passar a mensagem de prevenção.

Segundo Manuel Carrageta, presidente da FPC, “A importância das doenças cardiovasculares é enorme, se tivermos em conta, que em Portugal, só no último ano, de um total de 100 mil óbitos, ocorreram cerca de 35 mil mortes por doenças cardiovasculares, das quais se estima que cerca de 20 mil sejam devidas a acidente cerebrovascular e mais de 10 mil a enfarte do miocárdio. A tendência dos últimos anos mostra uma ligeira redução dos acidentes vasculares cerebrais e dos enfartes do miocárdio fatais, para a qual contribuiu certamente o trabalho da Fundação. A FPC vive do trabalho de voluntários e da generosidade de mecenas, quer particulares quer empresas, dado que a FPC, sempre optou por não ter actividades comerciais, vivendo, numa palavra, de boas vontades.”.

Na luta por Corações (mais) Saudáveis todo o apoio é assim essencial, tornando a capacidade de actuação da FPC maior e mais eficaz, conseguindo chegar a mais pessoas. A Fundação precisa de mais amigos.

Se estiver interessado em integrar o grupo de Amigos da Fundação Portuguesa de Cardiologia visite o sitehttp://www.fpcardiologia.pt/envolva-se/liga-de-amigos/.

 

Pelos cortes salariais nas horas extraordinárias
Os enfermeiros portugueses marcaram uma greve nacional para os dias 14 e 21 deste mês, em protesto pelos cortes salariais nas...

Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), acusou o Ministério da Saúde de não cumprir os compromissos assumidos em processo negocial no que se refere à possibilidade do descongelamento do tempo de serviço para a progressão na carreira.

“A proposta de Orçamento de Estado para 2015, contrariamente ao que estava inscrito no Documento de Estratégia Orçamental e que o Governo propagandeou, em Junho, não prevê normas que são exigências dos enfermeiros e do SEP, nomeadamente, a progressão na carreira, o fim dos cortes salariais nas horas penosas e nas horas extraordinárias, reposição das 35 horas”, referem os sindicalistas no comunicado em que anunciam a greve.

Segundo Guadalupe Simões, o sindicato enviou já aos vários grupos parlamentares e à comissão parlamentar da saúde um documento com propostas de alteração à proposta de Orçamento de Estado para 2015, pedindo também uma reunião.

Os enfermeiros portugueses cumpriram dois dias de greve nacional há menos de dois meses, nos dias 24 e 25 de Setembro, contra a “grave carência” de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira de enfermagem.

De acordo com Guadalupe Simões, os motivos que originaram a paralisação de Setembro ainda se mantêm válidos.

Legionella:
Duas pessoas infectadas com legionella estão internadas no Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco desde a manhã de domingo,...

"Posso confirmar que há dois casos [de infecção por legionella] em Castelo Branco que têm ligação a Vila Franca de Xira", confirmou o director-geral da Saúde.

Francisco George explicou ainda que a Direcção-Geral de Saúde (DGS) teve conhecimento destes dois casos "desde ontem [domingo] de manhã" e adiantou que, neste momento, "é só esta informação” que pode disponibilizar.

A Lusa contactou também o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco, Vieira Pires, que não prestou quaisquer declarações e remeteu para o delegado de saúde de Castelo Branco qualquer informação sobre o assunto.

À Lusa, Joaquim Serrasqueiro remeteu para a DGS quaisquer informações sobre estes dois casos de infecção por legionella.

No domingo, Francisco George admitiu que o surto de legionella, que já causou 160 infecções e quatro mortes confirmadas, possa estar “próximo do máximo”, explicando que só uma pequena percentagem das pessoas expostas ficarão doentes.

Em declarações aos jornalistas, o responsável afirmou ao início da noite de domingo que “do primeiro dia para o segundo dia há uma triplicação [do número de casos] e deste último dia para hoje [domingo] há uma duplicação”.

Também no domingo, Francisco George disse que todos os casos de doentes infectados por legionella e que estão nos hospitais de Lisboa têm ligação a Vila Franca de Xira.

"Todos os casos, mesmo os de fora de Lisboa, têm uma ligação a Vila Franca de Xira, ou trabalham, ou estiveram lá, ou têm relações de qualquer tipo lá", disse Francisco George, sublinhando que "a grande maioria das situações aponta para Vila Franca".

O ministro da Saúde, também no domingo, anunciou que iriam ser encerradas as “principais torres de refrigeração” de empresas na área afectada pelo surto de legionella, em Vila Franca de Xira, enquanto estão a ser avaliadas casas particulares.

O governante disse que estão a ser feitos “todos estes esforços, por um lado, tendo em vista suspender potenciais focos da doença e, por outro lado, identificar a origem da doença”.

 

Não transmissíveis
Segundo as conclusões do Conselho da União Europeia sobre "Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças...

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a Sociedade Portuguesa de Pediatria estabelecem parceria em prol de um trabalho integrado na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças respiratórias na infância. O protocolo de cooperação, assinado durante o XXX Congresso de Pneumologia, procura ainda lançar as bases para a promoção do ensino, formação e divulgação de estudos nas áreas comuns da patologia respiratória.

Segundo as conclusões do Conselho da União Europeia sobre "Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças respiratórias crónicas das crianças" as doenças respiratórias crónicas são as doenças não transmissíveis mais frequentes nas crianças. Asma e rinite alérgica encontram-se no topo das mais frequentes, sendo a asma motivo mais frequente das consultas de urgência e internamento hospitalar.

Segundo o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias a prevalência da asma é mais elevada na população infantil e juvenil. Em Portugal a prevalência média da asma atinge mais de 11% da população no grupo etário dos 6-7 anos, 11,8% no dos 13-14 anos e 5,2% no dos 20-44 anos, estimando-se que o número total de doentes com asma activa possa ultrapassar os 600 mil.

Segundo Carlos Robalo Cordeiro, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia “as doenças respiratórias crónicas têm um impacto negativo no desenvolvimento e qualidade de vida das crianças. É importante desenvolver novas ferramentas para melhorar a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento das doenças respiratórias crónicas em idades precoces. Á semelhança de outros protocolos que a SPP já assinou, como seja o protocolo de cooperação com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, também este, na área da Pediatria, procura entender o doente como um todo através de uma visão e intervenção multidisciplinar”.

O acordo assinado entre as duas Sociedades vai ao encontro das directrizes do Conselho da União Europeia que recomenda aos estados membros, um trabalho integrado na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, mediante a cooperação entre organizações de doentes e de profissionais de saúde. Para o profissional de saúde da área de pediatria, este é um protocolo que irá permitir a todos os associados usufruir do intercâmbio de conhecimento e formação existentes entre a SPP e a ERS (European Respiratory Society).

 

Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a Sociedade Portuguesa de Cardiologia reuniram-se numa sessão institucional para...

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, na Europa, o tabaco é responsável directo por cerca de 85% das mortes por cancro do pulmão, 70% das mortes por DPOC e 15% das mortes por doenças cardiovasculares. Dados que constituem uma forte razão para que ambas as sociedades médicas continuem empenhadas na luta contra o tabagismo. Para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia esta é uma luta que passa também por manter uma posição desfavorável em relação ao uso de cigarro electrónico. A mensagem deixada pela Coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo foi clara: “o cigarro electrónico não deve ser utilizado enquanto não se conhecerem os efeitos que têm na saúde, e não devem ser utilizados na cessação tabágica enquanto não houver ensaios clínicos fiáveis que provem a sua eficácia”.

Os dados do Relatório “Prevenção e Controlo do Tabagismo em números – 2013”, do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo revela que mais de 90% dos fumadores portugueses iniciaram o consumo antes dos 25 anos e que existe uma tendência para o aumento do consumo de tabaco entre os jovens escolarizados. “Alguns jovens não fumadores podem começar a usar e-cigarros por acreditarem ser menos nocivo do que fumar cigarros. Esta é uma questão que não podemos negligenciar. Não se trata apenas de olharmos para o cigarro electrónico como um incentivo ao consumo e dependência da nicotina mas também como um retrocesso na longa batalha que ao longo dos anos temos vindo a travar contra o tabagismo”, acrescenta Ana Figueiredo, Coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo da SPP.

Segundo Carlos Robalo Cordeiro, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia “é urgente que esta questão do cigarro electrónico seja regulamentada para que dentro de 20 anos não tenhamos uma nova geração de fumadores, conquistados através dos cerca de 7000 sabores existentes no mercado e das atractivas campanhas publicitárias como as que em tempos conferiram glamour ao cigarro”.

“Congresso não fumador, incluindo equipamentos electrónicos”, foi a mensagem que este ano o XXX Congresso de Pneumologia procurou transmitir, à semelhança do que ocorreu no Congresso da European Society Respiratory (ERS), realizado no passado mês de Setembro em Munique e a qual revela a posição da maioria da comunidade médica.

Legionella:
O director-geral da Saúde, Francisco George, admitiu que o surto de legionella, que já causou 160 infecções e quatro mortes...

O responsável afirmou que “do primeiro dia para o segundo dia há uma triplicação [do número de casos], e deste último dia para hoje há uma duplicação”.

“O que quer dizer que poderemos estar - não quer dizer que estejamos - poderemos estar próximo do máximo, do pico deste processo. Mas não sabemos ainda”, referiu Francisco George, que falava no final de uma reunião de emergência de quase cinco horas de diversas entidades para analisar o surto provocado pela infecção por legionella, bactéria que causa pneumonias graves.

O director-geral da Saúde explicou que noutros surtos registados na Europa, “muitas vezes, torres de refrigeração de unidades fabris ou de grandes espaços, nomeadamente comerciais, podem emitir gotículas que, desde que estejam contaminadas, podem ser inaladas e provocar uma infecção na árvore respiratória que está na origem da pneumonia”.

As autoridades esperam que surjam mais casos nas próximas semanas, mas o responsável sublinhou que “há milhares de pessoas expostas a este risco, mas só muito poucas ficarão doentes”, algo que é próprio desta doença.

Francisco George salientou que “o que é preciso é selar as fontes que podem representar mais risco” e, nesse sentido, “as principais torres de arrefecimento das unidades fabris da região [Vila Franca de Xira] foram seladas”, como anunciara minutos antes o ministro da Saúde, Paulo Macedo.

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