Em 20 anos
Um grupo de 61 crianças regressou a Angola depois de tratadas em hospitais da Alemanha, no âmbito do programa “Kimbo Liombemwa”...

Trata-se de uma parceria estabelecida em 1994 entre a organização alemã Friendsdorf International e a angolana Kimbo Liombembwa, prevendo duas viagens anuais para tratar crianças com problemas ortopédicos, oftalmológicos, dermatológicos, queimaduras e alguns tipos de malformação congénita, seleccionadas em todo o país.

Foi o caso de Domingos José da Cruz, que recebeu a sua filha de cinco anos, tratada na Alemanha a um tumor na garganta.

“A minha filha foi seleccionada no Cuanza Norte, ficou seis meses na Alemanha, chegou hoje curada e estamos de regresso. Estou muito emocionado, porque a minha filha estava muito mal e voltou bem curada”, apontou.

Já Susana Alfredo, mãe de uma menina de quatro anos, manifestou a satisfação pelo regresso da filha, seis meses depois de iniciado o tratamento a um joelho. “É uma mão solidária, estou muito agradecida e satisfeita”, regozijou-se Susana, moradora em Luanda.

O embaixador da Alemanha em Angola, Rainer Muller, elogiou a iniciativa da sociedade civil, sublinhando os resultados positivos que tem registado.

Por sua vez, a secretária-geral da Kimbo Liombembwa, Severina Albano, explicou que, após o regresso deste grupo, outras 83 crianças partem para Alemanha.

Vão receber o mesmo tipo de tratamento médico, mas desde já a responsável apela a uma maior atenção dos pais para o problema das queimaduras.

“Porque é uma patologia que demora algum tempo, vão e voltam (várias vezes) para que a criança tenha realmente uma fisionomia aceitável”, referiu a médica.

A falta de documentos é um problema que este projecto tem vindo a enfrentar, já que muitas destas crianças não têm cédula, dificultando a conclusão do processo.

“Tem sido um problema. O INAC [Instituto Nacional da Criança] tem-nos ajudado nesse sentido, mas realmente é necessário que se expandam os registos, porque há muita gente ainda que não tem registo, não existem para o país”, adiantou.

As crianças angolanas representam o maior grupo de pacientes beneficiários de assistência médica na Alemanha, no âmbito deste programa.

 

Federação Internacional da Diabetes
Joana Gaspar, investigadora de Lisboa, foi agraciada com um prémio de investigação especificamente no estudo de novos...

Joana Gaspar, investigadora de Pós-doutoramento na Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP-ERC) e no Centro de Doenças Crónicas (CEDOC) da Universidade NOVA de Lisboa, estuda mecanismos celulares e moleculares da diabetes e acaba de ser galardoada com o prémio Europeu da Federação Internacional de Diabetes (IDF) para jovem investigador.

A APDP é a associação de doentes diabéticos mais antiga do mundo e o CEDOC é o mais recente instituto de investigação com sede em Lisboa no campus de Santana. O prémio foi entregue nas cerimónias do Dia Mundial da Diabetes que decorreu no Parlamento Europeu em Bruxelas no dia 5 de Novembro de 2014. A atribuição do prémio reconheceu a excelência da investigação científica na área da Biologia celular e molecular aplicada à diabetes, especificamente no estudo de novos mecanismos de regulação da glicose pós-prandial (após uma refeição) e sensibilidade à insulina.

Joana Gaspar integra projecto de medicina translacional, que envolvem a colaboração entre o CEDOC e a APDP, explicando que “o nosso principal objectivo é descobrir novos factores fisiológicos que aumentem a sensibilidade à insulina, de modo a prevenir e superar a resistência inicial à insulina que está associada ao desenvolvimento da diabetes tipo 2”.

A equipa de investigação de que faz parte Joana Gaspar está focada a estudar os sinais induzidos pela alimentação que aumentam a sensibilidade à insulina como resposta à ingestão de determinados nutrientes. O fígado é um dos órgãos chave que integra estes sinais alimentares, permitindo uma melhor sensibilidade à insulina por parte de outros órgãos, como é o caso do músculo esqueléticos, coração e rins. Estudos recentes indicam que a insulina é captada e metabolizada pelo fígado levando à produção de novas moléculas que aumentam a sensibilidade à insulina, contribuindo para uma regulação mais eficaz dos níveis de glicose após as refeições.

“Estamos a investigar os sinais alimentares em irmãos de pessoas com diabetes tipo 2, uma vez que são um importante grupo de risco para desenvolver a doença. Ao percebermos como é que estes sinais actuam pode-se desenvolver novos tratamentos que irão ajudar a prevenir a progressão da diabetes tipo 2”, esclarece a investigadora.

Desde o início da sua carreira que Joana Gaspar se interessa por compreender as complexidades da diabetes e suas complicações associadas. “A diabetes é a doença crónica mais comum, afectando milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, 1 em cada 10 adultos tem diabetes”, refere a investigadora. Acrescenta ainda que “o que é muito alarmante é que cerca de metade das pessoas com diabetes ainda não foi diagnosticada. Apesar da intensa investigação para compreender esta doença, ainda existe um longo caminho a percorrer no estudo da diabetes, que continua uma doença sem cura. Assim a mais pequena descoberta poderá ter um enorme impacto na vida destas pessoas, especialmente por ser uma doença silenciosa, com inúmeros factores e que afecta todos os órgãos”.

“É uma honra receber este prémio. Mais do que o reconhecimento do meu trabalho, é o reconhecimento do empenho de todas as pessoas que trabalham comigo e que tornam possível estas descobertas. É isto que nos motiva a fazer mais para compreender a diabetes, melhorar a vida das pessoas que vivem nesta condição e, finalmente, ajudar a encontrar a cura para esta doença”, remata Joana Gaspar.

O prémio atribuído a Joana Gaspar, durante as cerimónias no Parlamento Europeu, foi entregue pelo Dr. João Nabais, Presidente da IDF- Europa. A investigadora recebeu um cheque de 10 mil euros que será doado a uma instituição à sua escolha.

 

XXX Congresso
Toda a informação está agora disponível através de uma interactiva aplicação com os detalhes relativos ao programa,...

Durante os próximos três dias, Albufeira recebe o XXX Congresso de Pneumologia que este ano conta com a presença reforçada da comunidade médica internacional para discutir as doenças respiratórias que, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), foram a causa de morte que mais aumentou em Portugal. Sob o mote “40 Anos a Inspirar a Pneumologia”, aquele que é considerado o principal fórum de discussão médico-científica da área da pneumologia decorre este ano, em simultâneo, com o VIII Congresso Luso-Brasileiro de Pneumologia, no Centro de Congressos Sana Epic, na Praia da Falésia, no Algarve.

Este é um encontro que reúne mais de 700 profissionais de saúde nacionais e internacionais para participar num programa baseado em 4 Conferências, 3 Mesas Redondas, 2 Sessões Institucionais, 9 Simpósios, 8 Sessões da responsabilidade de Comissões de Trabalho e 264 apresentações, que constituem um número recorde de comunicações livres: é o reflexo do empenho de quem “inspira a pneumologia”.

 

Apresentado no Porto
O livro “Albino Aroso - um homem à frente do seu tempo” foi apresentado na Sede da Secção Norte da Ordem dos Médicos com o...

O livro, “Albino Aroso - um homem à frente do seu tempo” pretende recordar e homenagear uma personalidade que modificou por completo a área da ginecologia em Portugal, tornando-a acessível às mulheres e conferindo-lhes poder de decisão quanto à sua saúde sexual e reprodutiva. A apresentação contou com a presença de várias personalidades como Ana Jorge, ex-ministra da Saúde, Francisco Ramos, presidente do Concelho de Administração do IPO de Lisboa, e Fernanda Águas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, que assim homenagearam o ‘pai’ do planeamento familiar em Portugal.

“Esta homenagem é para mim muito reconfortante, quer em termos institucionais, quer em termos pessoais. A nível institucional é um reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido por Albino Aroso em prol da saúde da mulher e da criança. Não conheço maior defensor da mulher. Em termos pessoais foi como um pai que estimulou a minha actividade profissional durante vários anos”, comentou Luís Castanheira Nunes, presidente da Administração Regional de Saúde do Norte.

A obra, desenvolvida pelo Hospital do Futuro em parceria com a Gedeon Richter,

conta com vários textos elaborados por familiares, amigos e colegas que trabalharam e conviveram com Albino Aroso, ginecologista e antigo Secretário de Estado da Saúde. Alguns dos exemplos dos textos contemplados no livro são os de Paulo Macedo, Manuel Ferreira Teixeira, Eurico Castro Alves, Francisco George, José Manuel Silva, Germano Couto e representam entidades como Ministério da Saúde, Infarmed, DGS, Ordem dos Médicos, Ordem dos Enfermeiros, entre outras. Também as várias sociedades e instituições na área da ginecologia se encontram representadas.

Albino Aroso sempre defendeu, ao longo do seu percurso, o poder de decisão das mulheres relativamente ao momento em que desejassem construir família e ter filhos, tendo criado o conceito das consultas de Planeamento Familiar no nosso país. Este foi também o grande responsável pela redução da taxa de mortalidade infantil, posicionando Portugal entre os melhores do mundo a este nível. O livro surge assim como uma homenagem e reconhecimento pela vertente humanista de Albino Aroso, bem como o seu trabalho perpetuado até aos dias de hoje.

Em Portugal, os cidadãos podem aceder a consultas de Planeamento Familiar nos centros de saúde com equipas multiprofissionais para o esclarecimento das dúvidas e questões no domínio da saúde sexual e reprodutiva.

 

Congresso Europeu
As doenças inflamatórias auto-imunes afectam entre 0,5% e 2% da população madeirense, disse o médico Ricardo Figueira,...

“A realidade regional é igual à realidade do país, sendo que as doenças inflamatórias auto-imunes são várias e a prevalência difere consoante o tipo de patologia”, disse Ricardo Figueira, responsável local da organização do 8.º Congresso Europeu de Doenças Inflamatórias Auto-imunes, que decorre no Funchal.

Por outro lado, o presidente do congresso, João Eurico Fonseca, realçou que este ano os trabalhos vão estar focados na reumatologia, cujo leque de doenças, das mais raras às mais conhecidas, afecta cerca de um terço dos portugueses.

“Os profissionais portugueses estão perfeitamente capacitados para lidar com estas doenças, mas é importante haver uma distribuição mais adequada”, salientou João Eurico Fonseca, considerando que os reumatologistas devem estar presentes em maior número também em locais fora das grandes cidades.

O presidente do congresso disse que estas doenças ocorrem em qualquer idade.

“É errado pensar que são doenças dos idosos. As crianças podem ter. Qualquer pessoa em qualquer idade pode ter”, alertou, advertindo para a necessidade de se estar atento aos primeiros sintomas, que são dor, inchaço e rigidez nas articulações e dificuldade em mexer os pés, as mãos ou a coluna, sobretudo de manhã ao acordar.

Na abertura do congresso, o presidente do Governo Regional, que presidiu à cerimónia, destacou a importância do evento para a Madeira, sustentando que problema da insularidade não é apenas o isolamento físico, mas também o isolamento face aos grandes centros científicos. Alberto João Jardim salientou, por outro lado, que o actual estado da Europa tem criado dificuldades a sectores fundamentais como o da Saúde.

“É necessário regressar aos princípios iniciais da fundação da União Europeia, onde as pessoas eram o mais importante”, defendeu.

A iniciativa reúne especialistas de vários países até 07 de Novembro.

 

Criada base de dados única
A presidente do Congresso Nacional de Epidemiologia e Registo de Cancro, que começa amanhã, no Porto, disse que está a ser...

“Neste momento, o nosso grande problema é o atraso nas publicações, exactamente porque os hospitais vão registando devagarinho. Alguns destes atrasos são colmatados porque os registos acabaram por fazer projecções e, portanto, se não temos dados reais actualizados, e seria óptimo se tivéssemos dados de 2012, eu sou capaz de lhe dar dados/estimativas de 2013, baseada naquilo que é provável que venha a acontecer”, disse Maria José Bento.

A responsável pelo congresso, que é também a coordenadora do Registo Oncológico Regional do Norte (RORENO), sublinhou que “a perspectiva é ter a curto prazo uma base de dados única de registo oncológico em que, por via de alguns automatismos, que vão ser introduzidos se possa ter informação mais atempada”.

Este será um dos assuntos, a par da prevenção e rastreio oncológico, efectividade terapêutica, factores de risco/prognóstico e implementação de registos de cancro nos PALOP, em destaque no I Congresso Nacional de Epidemiologia e Registo de Cancro organizado pelo RORENO do IPO-Porto em colaboração com os outros três registos regionais, ROR-Centro, ROR-Sul e RORA (Açores).

No que respeita ao apoio de Portugal na implementação de registos oncológicos nos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Maria José Bento referiu que nesta fase esse apoio se traduz na formação de especialistas que, “no terreno, irão, provavelmente, ter responsabilidades nesta área”.

“Hoje, temos a decorrer um curso pré-congresso de registo oncológico em que a grande maioria dos participantes são oriundos de países africanos, como Cabo Verde, Moçambique e Angola”, frisou.

O programa integra quatro sessões plenárias sobre “Centros de Investigação e Registos de Cancro”, “Implementação de Registos Oncológicos nos PALOP”, “Efectividade da Terapêutica Oncológica” e “O Papel dos ROR na avaliação de programas de Saúde”.

Para além das quatro sessões plenárias, serão apresentados 33 trabalhos de investigação sobre temas ligados à epidemiologia e registo de cancro.

As projecções de incidência de cancro na Região Centro de Portugal até 2020, incidência de sarcomas de Kaposi em Moçambique, qualidade de vida em doentes oncológicos, factores de risco para o cancro colo-rectal na população do sul de Portugal, conhecimento da população relativa ao cancro, são alguns dos estudos que serão apresentados ao longo dos dois dias do congresso.

 

Uso racional
O Dia Europeu dos Antibióticos é promovido pela União Europeia em estreita colaboração com a Organiz
Dia Europeu dos Antibióticos

Todos os anos a 18 de Novembro assinala-se o Dia Europeu dos Antibióticos com o objectivo de sensibilizar a população para os riscos decorrentes da utilização inadequada e excessiva destes medicamentos e da consequente resistência microbiana aos antibióticos. É preciso que os doentes percebam que a toma de um antibiótico deve ser apenas feita após prescrição médica e a forma e tempo de toma devem ser escrupulosamente respeitadas. Desta forma, estaremos a ajudar a evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes e a preservar a eficácia destes fármacos para as gerações futuras.

O que são os antibióticos?
Os antibióticos, também denominados agentes antimicrobianos, são medicamentos que matam ou inibem o crescimento de bactérias, ajudando a curar infecções em pessoas, animais e, por vezes, plantas. Os antibióticos destinam-se a tratar infecções causadas por bactérias (como a pneumonia pneumocócica ou as infecções sanguíneas causadas por estafilococos); os agentes antimicrobianos eficazes contra vírus são, normalmente, denominados medicamentos antivirais (como os medicamentos para a gripe, o VIH e o herpes). Nem todos os antibióticos são activos contra todas as bactérias. Existem mais de 15 classes diferentes de antibióticos que se diferenciam entre si pela sua estrutura química e pelo seu modo de acção contra as bactérias. Um antibiótico pode ser eficaz contra vários tipos de bactérias ou contra apenas um.

Quando devo tomar antibióticos?
Os antibióticos não são a solução para infecções causadas por vírus, como as vulgares constipações ou a gripe. Os antibióticos apenas são eficazes contra infecções bacterianas. Apenas um médico pode realizar o diagnóstico correcto e decidir se um antibiótico é ou não necessário.

O que é a resistência aos antibióticos?
As bactérias apresentam resistência aos antibióticos quando determinados antibióticos específicos perderam a sua capacidade de as matar ou impedir o seu desenvolvimento. Algumas bactérias são naturalmente resistentes a certos antibióticos (resistência intrínseca). Um problema mais preocupante ocorre quando algumas bactérias, que são normalmente susceptíveis aos antibióticos, desenvolvem resistência em resultado de alterações genéticas (resistência adquirida). As bactérias resistentes sobrevivem na presença do antibiótico e continuam a multiplicar-se, causando uma doença mais prolongada ou, mesmo, a morte. As infecções causadas por bactérias resistentes são habitualmente mais perigosas, exigindo antibióticos alternativos mais dispendiosos com efeitos secundários mais graves. 

Causas da resistência

Qual é a causa mais importante da resistência aos antibióticos?
A resistência aos antibióticos é uma situação natural causada por mutações nos genes das bactérias. Porém, a utilização excessiva ou inadequada de antibióticos acelera o aparecimento e a propagação das bactérias resistentes ao antibiótico utilizado e também a outros. Quando expostas aos antibióticos, as bactérias susceptíveis morrem, mas as bactérias resistentes podem continuar a viver e a multiplicar-se. Estas bactérias resistentes podem propagar-se e causar infecções noutras pessoas que não tenham tomado quaisquer antibióticos.

O que é o uso “inadequado” dos antibióticos?
Usar os antibióticos sem necessidade: constipações e gripes são causadas por vírus contra os quais os antibióticos não são eficazes. Nestes casos, não irá melhorar o seu estado clínico tomando antibióticos: os antibióticos não baixam a febre nem melhoram os sintomas, como por exemplo o espirro.

Usar os antibióticos de forma incorrecta: quando encurta a duração do tratamento, baixa a dose, não cumpre a frequência correcta de administração (isto é, se aumenta ou diminui o intervalo de tempo entre duas tomas do antibiótico), a quantidade necessária e adequada de antibiótico no organismo não é atingida e as bactérias sobrevivem, podendo tornar-se resistentes. Portanto, não se auto-medique e respeite sempre as recomendações do seu médico sobre quando e como tomar os antibióticos.

Que doenças são causadas por bactérias resistentes?
As bactérias multirresistentes podem causar um vasto conjunto de infecções: infecções do tracto urinário, pneumonia, infecções da pele, diarreia, infecções da corrente sanguínea. O local da infecção depende da bactéria e do estado clínico do doente.

As bactérias multirresistentes ocorrem mais frequentemente nas infecções adquiridas no hospital ou associadas aos cuidados de saúde (IACS), mas a sua incidência aumenta significativamente na comunidade, muitas vezes relacionada à utilização prévia de antibióticos.

O problema da resistência

Por que razão é a resistência aos antibióticos um problema?
O tratamento das infecções causadas por bactérias resistentes é um desafio: os antibióticos habitualmente utilizados já não são eficazes e os médicos têm de escolher outros antibióticos. Este facto poderá causar o atraso na implementação do tratamento correcto e resultar em complicações, incluindo a morte. O doente poderá também necessitar de mais cuidados, assim como de antibióticos alternativos mais dispendiosos e que podem causar efeitos secundários mais graves.

Qual é a gravidade do problema?
A situação agrava-se com o aparecimento de novas estirpes de bactérias resistentes a vários antibióticos em simultâneo (conhecidas como bactérias multirresistentes). Estas bactérias podem, eventualmente, tornar-se resistentes a todos os antibióticos conhecidos. Sem antibióticos, há o risco de regressarmos à “era pré-antibiótica”, em que as doenças infecciosas causadas por bactérias passariam a não poder ser tratadas com sucesso, resultando na morte. Nesta situação, os transplantes de órgãos, a quimioterapia para o cancro, os cuidados intensivos e outras actividades e procedimentos médicos deixarão de ser possíveis.

O problema é pior do que no passado?
Antes da descoberta dos antibióticos, milhares de pessoas morriam devido a doenças bacterianas, como a pneumonia ou infecções na sequência de procedimentos cirúrgicos.Com o aparecimento e desenvolvimento dos antibióticos, a mortalidade por infecções diminuiu marcadamente. No entanto, a sua crescente utilização levou a que cada vez mais bactérias originalmente susceptíveis aos antibióticos desenvolvam estratégias para os combater e se tornem resistentes. Os níveis de resistência estão a aumentar e o problema da resistência aos antibióticos é agora uma importante ameaça para a saúde pública.

O que pode ser feito para resolver o problema?
Manter a eficácia dos antibióticos é uma responsabilidade de todos. A utilização responsável de antibióticos pode ajudar a combater o desenvolvimento de bactérias resistentes e a manter a eficácia dos antibióticos para utilização pelas gerações futuras. Com base neste facto, torna-se importante saber em que ocasiões é apropriado tomar antibióticos e como os usar de forma responsável.

Todas as pessoas podem desempenhar um papel importante na redução da resistência aos antibióticos:

Os doentes:

  • Respeitar os conselhos do médico ao tomar antibióticos
  • Sempre que possível, prevenindo as infecções por meio de vacinação adequada
  • Lavar as suas mãos, e as mãos dos seus filhos, com regularidade – por exemplo, depois de espirrar ou tossir e antes de tocar em objectos ou em pessoas
  • Usar sempre antibióticos mediante receita médica, não tomando “sobras” nem antibióticos obtidos sem receita médica.
  • Perguntar ao farmacêutico qual a forma apropriada de eliminar os medicamentos não consumidos.

Os médicos e outros profissionais de saúde:

  • Explicar aos doentes como aliviar os sintomas de constipações e de gripe sem utilizar antibióticos
  • Informar os doentes sobre a importância de cumprir o tratamento quando recebem uma receita de antibióticos passada pelo médico
  • Prescrever antibióticos apenas quando são necessários, em conformidade com as orientações baseadas em factos científicos.

Lembre-se:

  • Os antibióticos apenas são eficazes contra infecções bacterianas – não irão ajudar a recuperar de infecções causadas por vírus como constipações comuns ou gripes
  • Os antibióticos não evitam a propagação de vírus para outras pessoas
  • Tomar antibióticos pelas razões erradas, como em caso de constipações ou de gripe, não lhe irá trazer qualquer benefício
  • A utilização inadequada de antibióticos resulta apenas no desenvolvimento de resistência aos tratamentos com antibióticos por parte das bactérias. Por conseguinte, quando necessitar de tomar antibióticos no futuro, estes poderão já não funcionar
  • Os antibióticos têm frequentemente efeitos secundários, como diarreia
  • Respeite sempre os conselhos do médico antes de tomar antibióticos
  • A utilização de antibióticos resulta no desenvolvimento de resistência aos tratamentos com antibióticos por parte das bactérias, por isso, é importante não tomar antibióticos pelas razões erradas ou de forma incorrecta
  • Tome antibióticos apenas quando prescritos por um médico e respeite os conselhos do médico sobre como tomá-los de modo a que possam manter a sua eficácia também no futuro
  • Não guarde restos de antibióticos não utilizados. Caso tenha recebido mais doses que as que lhe foram prescritas pergunte ao seu farmacêutico como pode eliminar os medicamentos excedentes.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Estudo revela
Um estudo de uma equipa de investigadores da Universidade de Swansea, no País de Gales, revelou que as pessoas que trabalham...

De acordo com o estudo publicado na revista norte-americana Esquire, alterar os turnos de forma irregular e desregrada pode levar a danos da função cerebral, não só em termos de memória, mas também de rapidez de raciocínio.

O estudo, que também incluiu investigadores de outras universidades europeias, observou, durante 15 anos, cerca de 3 mil pessoas que trabalhavam por turnos e que tinham passado por uma rotatividade acentuada de horários.

Entre estes trabalhadores, 1.197 tinham feito por ano 50 turnos diferentes durante uma década, tendo sido analisada a sua capacidade cognitiva depois de se terem reformado, em 1996, 2001 e 2006. Foram comparados com outros profissionais com horários regulares e que se reformaram nos mesmos anos.

Os que tinham trabalhado por turnos rotativos apresentavam problemas de memória, de processamento rápido de informação e de deterioração geral das capacidades cognitivas, quanto comparados com os trabalhadores que tinham os horários regulares.

Mas o estudo revela ainda que é possível recuperar as capacidades cognitivas quando for interrompido o trabalho por turnos, embora possam ser necessários cerca de cinco anos.

Nas conclusões do estudo, os investigadores salientam que não é somente a saúde daqueles profissionais que está em causa, mas também a das pessoas com quem lidam.

Este não é o primeiro estudo do género a demonstrar que a rotação de turnos provoca danos na saúde, pesquisas anteriores revelaram que este tipo de rotação irregular leva a níveis mais baixos de serotonina, assim como uma probabilidade elevada de diabetes tipo 2, ataques cardíacos e úlceras.

No entanto, os investigadores são cautelosos em não apontar somente um factor para esta causa, considerando que há dois grandes ‘suspeitos’: a interrupção do relógio interno do corpo e a privação da vitamina D proveniente do sol.

Os efeitos dos padrões de sono perturbado são mais fáceis de perceber, já que o relógio interno, que regula o sono e o apetite, mantém o cérebro em modo de tensão constante. Quando alguém trabalha no turno da noite e depois tem de enfrentar de forma alternada o turno da manhã, sente-se sonolento quando está a trabalhar e activo quando deveria estar a dormir.

Segundo um estudo mais antigo referido no site Science Daily, os trabalhadores de turnos noturnos e diurnos, dormem tipicamente menos uma a quatro horas do que a média. Alguns efeitos da privação do sono são imediatamente sentidos: sonolência, raiva, depressão, ansiedade, diminuição do desejo sexual, esquecimento e abrandamento de reflexos.

 

Intervenção precoce é importante
A realização de exame oftalmológico nos dois primeiros meses de vida em crianças de alto risco é fundamental, pois uma...

A baixa visão, definida como uma perda parcial de visão que não é passível de ser corrigida, nomeadamente com óculos ou por cirurgia, pode manifestar-se desde o nascimento e só uma intervenção precoce durante a infância pode permitir o máximo estímulo da visão e diminuir as dificuldades cognitivas que geralmente estão associadas a este problema, alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). É fundamental a realização nos dois primeiros meses de vida de um exame oftalmológico em crianças de alto risco, nomeadamente as que apresentem potencial para sofrer de retinopatia da prematuridade, as que tenham história familiar e/ou suspeita clínica de retinoblastoma, de cataratas infantis, de glaucoma congénito e de doenças metabólicas e genéticas.

Paulo Vale, Coordenador do Grupo de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da SPO, explica que a visão é central no desenvolvimento e na aprendizagem, sobretudo na aprendizagem espontânea, conferindo uma imagem integrada do mundo. Refere também que a incapacidade de adquirir novas informações visuais, causada pela baixa visão, conduz a uma falta de estímulos, levando o sistema visual a permanecer subdesenvolvido. “O desenvolvimento do sistema visual destas crianças não se produz da mesma forma espontânea e intuitiva que acontece numa criança sem problemas oftalmológicos. Estando esse sentido enfraquecido, muitos dos conceitos e aprendizagens que são adquiridos espontaneamente através da visão, ir-se-ão desenvolver de um modo fragmentado, baseados em informações parcelares, provenientes dos restantes sentidos e em descrições verbais subjectivas, o que compromete o desenvolvimento conceptual e linguístico”, defende o especialista. Por isso é tão importante ensinar estas crianças a ver.

As dificuldades cognitivas surgem “se não houver uma intervenção precoce no sentido de estimular ao máximo a função visual da criança. É importante utilizar estratégias para que as crianças aprendam também através dos outros sentidos, nomeadamente através da audição e do tacto, para que haja uma complementaridade dos canais receptores de informação. No entanto, em muitos casos, como em anomalias congénitas estruturais, por vezes associadas com outras doenças sistémicas, doenças genéticas ou metabólicas, paralisia cerebral, etc., o défice visual associa-se a outros défices, nomeadamente motores e intelectuais, o que dificulta ainda mais a reabilitação destas crianças”, refere Paulo Vale.

De acordo com o especialista, a falta de contacto visual e interacção com o rosto da mãe, o nistagmo (trémulo dos olhos), a dificuldade em reconhecer um rosto familiar podem lançar o alerta quando a criança tem ainda meses de vida. A dificuldade em ver e reconhecer objectos que são perigos potenciais, as dificuldades na leitura, a foto sensibilidade ou maior dificuldade de visão em ambientes não familiares com pouca luz, ou em ambientes repletos de estímulos visuais, podem constituir também sintomas de baixa visão.

O médico oftalmologista aconselha os pais de crianças com este problema, a proporcionar um ambiente visualmente estimulante ao bebé, colocando à sua volta estímulos visuais (cores vivas e contrastantes, luzes e objectos brilhantes e acrescentando sempre que possível estímulos sonoros). É importante que os pais complementem a apresentação dos diversos objectos com a sua descrição, quer a partir do sentido da visão, quer também do tacto. Só assim as crianças poderão associar o objecto à sua função. A partir dos 3 anos, as novas tecnologias são também uma boa ferramenta, pelo que “é importante encorajar a criança desde cedo a usar o computador, nomeadamente o teclado, bem como dispositivos electrónicos.” Mas claro que a reabilitação visual, partindo de uma avaliação em cada caso concreto do resíduo visual existente, tem que ser levada a cabo por uma equipa multidisciplinar que engloba o oftalmologista pediátrico, o pediatra do desenvolvimento, técnicos com treino em ajuda de baixa visão, o professor de ensino especial, o terapeuta ocupacional, o psicólogo e claro, os pais da criança. A criança deve estar integrada num ensino escolar regular.

É importante salientar que dos mais de 163 mil deficientes visuais em Portugal, estima-se que apenas 15-20% sejam cegos. Estudos populacionais indicam baixa prevalência da cegueira infantil, de 0,2 a 0,3 por 1000 crianças em países desenvolvidos e de 1,0 a 1,5 por 1000 crianças em países em desenvolvimento. Já a prevalência de baixa visão é estimada como sendo três vezes maior, segundo o Banco de Dados Mundiais sobre a Cegueira da Organização Mundial de Saúde.

 

Nos últimos 4 anos
Os jovens europeus ficaram mais expostos, nos últimos quatro anos, na internet, a mensagens de ódio, a portais pró-anorexia e...

Os jovens europeus ficaram mais expostos, nos últimos quatro anos, na internet, a mensagens de ódio, a portais “ pró-anorexia e de automutilação e ao ciberbullying”, revela o relatório final do projecto "UE Kids Online".

Em comparação com 2010, os jovens europeus, entre os 11 e 16 anos, têm mais probabilidade de ser expostos a mensagens de ódio (de 13% para 20%), sítios na internet pró-anorexia (de 9% para 13%), de automutilação (de 7% para 11%) e ciberbullying (de 7% para 12%), refere o relatório divulgado pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), que participou no projecto.

Em 2010, o projecto realizou um inquérito face-a-face, em casa, a 25.000 crianças e jovens, entre os 09 e os 16 anos, utilizadores de internet, e a um dos seus pais, em 25 países.

Entre 2011 e 2014, procurou aprofundar o conhecimento sobre as experiências e práticas de risco e segurança na internet e novas tecnologias por crianças e jovens europeus e pelos seus pais.

Os resultados divulgados no relatório final, que incluem uma actualização e análise dos dados e recomendações em relação a riscos na internet de crianças e jovens, salientam que “nem todo o uso da internet resulta em benefícios”.

A pornografia lidera a lista de preocupações das crianças e jovens sobre os conteúdos “online”, seguindo-se “os conteúdos violentos, agressivos, cruéis ou sangrentos”.

Sobre o que “perturba particularmente crianças e jovens”, o relatório aponta a “violência real (ou realista), mais do que a ficcional, e a violência contra os mais vulneráveis como crianças ou animais”.

A preocupação dos mais novos com riscos na internet aumenta significativamente entre os 9 e os 12 anos. “As crianças mais novas estão mais preocupadas com riscos de conteúdo e, à medida que crescem, preocupam-se mais com riscos sobre condutas e contactos”, adianta o relatório baseado no trabalho desenvolvido por mais de 150 investigadores de 33 países, entre os quais Portugal.

Os investigadores concluem que a probabilidade de beneficiar do uso da internet depende da idade, género e estatuto socioeconómico, da forma como os pais apoiam e do conteúdo positivo que está à disposição.

Advertem ainda que, “quando o uso da internet aumenta, são precisos ainda maiores esforços para prevenir que o risco também aumente”.

Mas a probabilidade de um risco resultar em dano também depende do papel de pais, da escola e dos pares, e da regulação nacional, da provisão de conteúdos, dos valores culturais e do sistema de educação, acrescentam.

A Universidade Nova de Lisboa refere em comunicado que “um dos objectivos fundamentais do projecto foi garantir um diálogo activo com decisores para assegurar que as políticas de segurança são definidas com base em evidências”.

Os investigadores procuraram obter “um retrato claro do que as crianças fazem e sentem de facto acerca da internet, e o que lhes causa danos, de forma a informar políticas e medidas prescritivas”, acrescenta.

 

Investigadores de Coimbra
Investigadores de Coimbra fizeram testes em células neuronais de ratinhos e verificaram que estas drogas induzem alterações...

A cocaína e a heroína induzem alterações moleculares nas células neuronais que são semelhantes às que se observam em doenças neurodegenerativas, como a de Parkinson. A descoberta foi feita pela equipa de Catarina Resende de Oliveira, do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra, e vem juntar-se a um corpo crescente de estudos que apontam para que as drogas como a cocaína ou a heroína, mas também a cannabis, mais conhecida por marijuana, causam alterações de longo prazo em determinadas células e estruturas no cérebro.

A investigação da equipa de Coimbra foi feita em células de ratinhos, no laboratório, e a fase seguinte, os estudos em animais, ou in vivo, já deveriam estar em marcha, mas a falta de financiamento inviabilizou a sua continuação. "Concorremos a um projecto nesse sentido, mas não conseguimos verba", explica Catarina Oliveira ao DN. “Vamos esperar pelo próximo concurso [da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, CCT], que ainda não sabemos quando abrirá”, diz a investigadora.

A verificação daquelas semelhanças moleculares nos neurónios de ratinhos, tanto pelo efeito daquelas duas drogas, como pelas consequências neurodegenerativas da doença de Parkinson já eram, por seu turno, a sequência de anteriores estudos da equipa portuguesa sobre a acção da cocaína e da heroína nas células cerebrais de ratinhos. Com esses trabalhos anteriores a equipa de Catarina Oliveira tinha demonstrado que aquelas duas drogas induzem a degenerescência dos neurónios e até a morte celular.

Estes estudos integram um corpo crescente de investigações cujos dados mostram com uma nova clareza que o consumo de substâncias psicoactivas deixa marcas perenes, talvez definitivas, nas células de algumas estruturas cerebrais.

Centro Hospitalar Barreiro/Montijo
O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo afirmou que o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo foi o...

Luís Cunha Ribeiro esteve no hospital do Barreiro para assinalar o 5.º aniversário do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo onde disse que é preciso corrigir a situação dos medicamentos.

“O custo com medicamentos aumentou entre 2013 e 2014 apesar de se terem reduzido o número de medicamentos passados. Isto significa que foram prescritos fármacos mais caros”, disse.

O responsável da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) salientou que o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo foi o único a registar um aumento na região, na ordem dos 1,2%, e alertou que a situação deve ser corrigida, apontando também a alguns vencimentos elevados.

“Os vencimentos dos médicos são também dos mais altos da região e, em alguns casos, o dobro da média. É uma minoria, mas não é sustentável e tem que se alterar”, referiu.

Luís Cunha Ribeiro defendeu ainda um aumento das sinergias entre os hospitais da Península de Setúbal, referindo que nem todos podem ter especialização nas mesmas áreas, e elogiou o aumento das cirurgias e das acessibilidades no Centro Hospitalar.

Já o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, Silveira Ribeiro, disse que as consultas externas aumentaram 9,5% e que melhorou o acesso a cirurgias e à urgência.

“Tivemos 1450 partos, o que justifica a manutenção da maternidade. Cumprimos o orçamento e os constrangimentos não permitiram melhorar mais serviços”, salientou.

Silveira Ribeiro divulgou também a implementação de um projecto-piloto de apoio domiciliário, a concretizar nos próximos dois anos, no âmbito de uma parceria que irá envolver o centro, o Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho Sul, Câmara Municipal do Barreiro e Santa Casa da Misericórdia do Barreiro.

O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, explicou que a melhor forma de defender o serviço público é dar-lhe eficácia, mas salientou que a eficácia não pode pôr em causa a qualidade dos serviços prestados.

Para publicação da portaria
O Governo falhou o prazo para publicação da portaria que regula a actividade do enfermeiro de família, iniciativa que deveria...

A figura do enfermeiro de família foi oficialmente criada no dia 05 de Agosto, com a publicação em Diário da República do decreto-lei que prevê esta nova actividade nos centros de saúde.

O diploma estipulava que, no prazo de 90 dias, seria publicada uma portaria a estabelecer um plano de acção, com requisitos e directrizes, o modelo de governação, os locais e o período temporal de execução.

A estes critérios obedeceriam os projectos-piloto previstos iniciar em cada uma das cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) durante “o segundo semestre de 2014”.

Ultrapassado o prazo, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros – o principal dinamizador da medida –, Germano Couto, afirma desconhecer ainda o conteúdo da portaria, mas adianta que os projectos-piloto estão já previstos iniciar-se no dia 01 de Janeiro de 2015.

“Tenho conhecimento de que a portaria está adiantada em termos de elaboração dentro do Ministério da Saúde, mas não conheço o conteúdo e a Ordem ainda não foi contactada para a audição prévia necessária antes da publicação. Espero com expectativa que, nos próximos dias, possa ter acesso à proposta de portaria para a Ordem se pronunciar”, afirmou à Lusa Germano Couto.

Depois de publicada a portaria e com o grupo de acompanhamento constituído, as experiências piloto terão início a 01 de Janeiro: uma ou duas por ARS, em Unidades de Saúde Familiar (USF) do tipo A e B.

Para já, o bastonário considera “positivo” o facto de estar formado o grupo de trabalho para as experiências piloto, constituído por um total de sete elementos: três da Ordem e quatro enfermeiros.

O modelo de Enfermeiro de Família é defendido pela própria Organização Mundial de Saúde, estando já em vigor e em funcionamento em vários países europeus, como é o caso de Espanha e do Reino Unido, como refere o decreto-lei.

“O enfermeiro de família é o profissional de enfermagem que, integrado na equipa multiprofissional de saúde, assume a responsabilidade pela prestação de cuidados de enfermagem globais a famílias, em todas as fases da vida e em todos os contextos da comunidade”, explica o diploma.

Questões
O Índice Ómega 3 é actualmente considerado um dos marcadores mais relevantes para determinar com pre
Ómega 3

O Índice Ómega 3 representa a percentagem de ácidos gordos Ómega 3 de cadeia longa, EPA e DHA, presentes nos glóbulos vermelhos. Estes ácidos gordos são considerados essenciais, porque como nem sempre os conseguimos sintetizar, devem ser fornecidos pela alimentação.

 

Em que consiste o Teste Índice Ómega 3?
A proporção de ácidos gordos na membrana dos eritrócitos tem demonstrado ser um marcador altamente fiável para avaliar a sua incorporação na dieta nos últimos 3 meses, independentemente da ingestão a curto prazo.

Este índice avalia a presença no organismo de dois dos principais ácidos gordos Ómega 3; o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), propiciados tanto através da alimentação como através da sua síntese endógena a partir do ácido alfa-linolénico (ALA).

Este Índice calcula a percentagem que constituem o EPA e o DHA em relação ao total dos ácidos gordos presentes na membrana dos eritrócitos. Considera-se um nível aceitável um valor acima dos 7,5%.

O Índice Ómega 3 constitui um indicador de risco das doenças cardiovasculares e cerebrais, independente de outros factores de risco, como o colesterol, e representa a percentagem destes ácidos gordos na membrana das células do miocárdio.

O Índice Ómega 3 e a proteína C reactiva têm demonstrado ser os únicos factores estatisticamente significativos para a determinação do risco de doenças coronárias e de morte súbita. Ao contrário da proteína C reactiva, o Índice Ómega 3 pode melhorar através da ingestão de ácidos gordos Ómega 3.

Quais as mais-valias de se efectuar este teste?
O papel do Índice Ómega 3 na prevenção de acidentes cardiovasculares é fundamental. Este índice é uma excelente ferramenta para a medicina preditiva e para uma prevenção personalizada das doenças ditas da civilização.

O Índice Ómega 3 é actualmente considerado um dos marcadores mais relevantes para determinar com precisão o risco de doença cardiovascular ou cerebral. Na realidade, um Índice Ómega 3 baixo cria um ambiente favorável para o desenvolvimento de arteriosclerose.

Para além de fornecer excelentes informações sobre o prognóstico, o Índice Ómega 3 oferece soluções eficazes, seguras e fáceis de aplicar, reduzindo o risco de aparecimento dessas doenças através da correcção da alimentação.

O objectivo do teste Índice Ómega 3 é o de colocar a avaliação micronutricional no centro de todas as estratégias de prevenção, excelentes e fundamentadas.

Qual o papel dos Ómega 3 no nosso organismo?
Os ácidos gordos são componentes estruturais dos seres vivos. Em função da sua estrutura molecular classificam-se em quatro grupos: saturados, trans, monoinsaturados e polinsaturados.

Os ácidos gordos monoinsaturados e os polinsaturados são gorduras saudáveis e necessárias ao organismo. Ao grupo dos polinsaturados pertencem os ácidos gordos Ómega 3. Estes ácidos gordos intervêm no correcto funcionamento de distintos processos fisiológicos e consideram-se essenciais, dado que o nosso organismo nem sempre está em condições óptimas de sintetizá-los. Por este motivo devem ser aportados através da dieta ou de suplementos alimentares.

Os Ómega 3 desempenham um papel importante, na manutenção da fluidez da membrana, na normalização da pressão arterial, nos processos inflamatórios, na agregação plaquetária e na função cognitiva.

Existem 4 áreas, onde se poderão verificar os benefícios dos Ómega 3 de forma acentuada:

Processos Inflamatórios. Existem ácidos gordos que intervêm na modulação do processo inflamatório. Importante para que os mecanismos de defesa não se transformem em auto-agressão. Têm uma acção benéfica, anti-inflamatória, melhoram a bronquite crónica do fumador e o quadro clínico da asma brônquica. Há evidência de melhoria de outras situações caracterizadas por inflamação, como por exemplo na doença de Crohn, doenças eczematosas e doenças infecciosas, e na artrite reumatóide.

Redução do Risco Cardiovascular. O consumo regular e adequado de Ómega 3 reduz o risco de acidentes vasculares por vários motivos:

  1. Actua na prevenção do aparecimento de arritmias. Os Ómega 3 têm a capacidade de “estabilizar” as cargas eléctricas das membranas e a excitabilidade das fibras cardíacas.
  2. Aumento da esperança de vida dos doentes pós-enfarte, devido ao efeito anti-trombótico, anti-inflamatório e vaso-dilatador.
  3. Na redução da pressão arterial e da trigliceridémia.

Ómega 3 na Gravidez e Lactação. O consumo de Ómega 3 neste período é fundamental para o desenvolvimento e crescimento do recém-nascido. Durante o 3º Trimestre da gravidez aumentam muito as necessidades do feto em ácidos Ómega 3 devido ao rápido crescimento do sistema nervoso. Os Ómega 3 têm também um papel relevante no desenvolvimento da retina, já que contem cerca de 60% de DHA.

Dinâmica da Insulina: Com uma maior rigidez da membrana há uma maior dificuldade para a insulina se ligar aos seus receptores na superfície da membrana celular. Alguns autores atribuem a este mecanismo a provável explicação do papel dos Ómega 3 na prevenção e controle da diabetes, da obesidade e da hipertensão.

Quais as consequências dos baixos níveis de Ómega 3?
Os valores óptimos do Índice Ómega 3 situam-se entre 7,5% e cerca de 10%. Abaixo de 4%, o risco de morbilidade cardiovascular está significativamente aumentado. Um Índice de Ómega 3 baixo aumenta o risco de depressão e compromete o funcionamento cognitivo cerebral.

Tem se encontrado uma relação entre uma ingestão baixa em ácidos gordos Ómega 3 e:

  • Acidentes cardio e cerebrovasculares
  • Doenças degenerativas cerebrais como o Alzheimer
  • Depressão e depressão pós-parto
  • Peso do feto e desenvolvimento da retina do feto em grávidas
  • Transtorno de défice de atenção e hiperactividade

Uma deficiência em Ómega 3 pode dar lugar a múltiplas alterações e para citar algumas;  atraso na aprendizagem e no crescimento, eletrorretinograma anormal, lesões de pele , infertilidade , polidipsia e esteatose hepática

O que devemos fazer/que alimentos devemos comer para aumentar esse índice?
O consumo, duas vezes por semana, de peixe gordo permite atingir um índice de Ómega 3 de cerca de 7,5%, o que corresponde ao objectivo de saúde mínimo. A ingestão de óleo de peixe gordo de qualidade permite também obter um Índice Ómega 3 óptimo (cerca de 2 g de óleo de peixe por dia).

O alfa-linolenico (ALA) encontra-se em pequenas quantidades, embora em geral suficiente, nos alimentos que estão presentes na nossa dieta habitual, como as sementes de linho, nozes, soja, colza, entre outros. Os outros ácidos gordos polinsaturados Ómega 3, principalmente o DHA e o EPA, encontram-se quase exclusivamente em peixes de águas frias, como a sardinha, cavala, no arenque, salmão entre outros. O óleo de linhaça também contém ácidos gordos Ómega 3 em quantidades importantes

Entrevista realizada pelo Jornal Médico, Just News, a Dra. Carla Aquina - Especialista em Medicina Preventiva Personalizada  da Labco (www.labco.pt)

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Genética
Cientistas franceses disseram ter descoberto o mecanismo genético de uma “cura espontânea” em dois homens infectados com o...

A descoberta é baseada no estudo de dois homens infectados com o VIH que nunca desenvolveram sintomas de SIDA. O vírus permaneceu nas células do sistema imunitário, mas foi inactivado porque o seu código genético foi alterado, segundo os investigadores.

Em análise estiveram os casos de um homem de 57 anos diagnosticado VIH positivo em 1985 e um outro de 23 anos diagnosticado em 2011.

Os cientistas sequenciaram o genoma do VIH em amostras retiradas dos dois homens que, dizem, registaram uma “aparente cura espontânea”.

A mutação pode estar ligada a uma enzima comum designada APOBEC, indicou a equipa científica.

“O trabalho abre caminhos terapêuticos para a cura, utilizando ou estimulando aquela enzima”, indicam os investigadores num comunicado.

A investigação, publicada na revista Clinical Microbiology and Infection, foi realizada por cientistas do Instituto Nacional de Saúde e de Investigação Médica (INSERM).

 

Exclusive option agreement
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) and Galecto Biotech AB today announced that the companies, together with the Galecto...

Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) and Galecto Biotech AB today announced that the companies, together with the Galecto shareholders, have entered into an agreement that provides Bristol-Myers Squibb the exclusive option to acquire Galecto Biotech AB and gain worldwide rights to its lead asset TD139, a novel inhaled inhibitor of galectin-3 in Phase 1 development for the treatment of idiopathic pulmonary fibrosis (IPF) and other pulmonary fibrotic conditions. Total aggregate payments under the agreement have the potential to reach $444 million, which includes the option fee, an option exercise fee and subsequent clinical and regulatory milestone payments.

“Delivering innovative medicines that halt or slow the progression of fibrotic diseases is a key part of our R&D strategy to build a sustainable pipeline,” said Francis Cuss, MB BChir, FRCP, executive vice president and chief scientific officer, Bristol-Myers Squibb. “TD139 provides Bristol-Myers Squibb an opportunity to advance the company’s fibrosis development program with the addition of a promising compound that has the potential to modulate multiple disease pathways.”

“Galecto has, in close collaboration with our founders, managed to demonstrate the importance of galectin-3 as an anti-fibrosis target,” said Hans Schambye, M.D., Ph.D, chief executive officer, Galecto Biotech. “We have confirmed the anti-fibrotic activity of our lead compound, TD139, in several preclinical models and now have taken the compound into clinical testing in healthy volunteers followed by patient studies in early 2015.”

“Partnering with Bristol-Myers Squibb validates what we have created in Galecto, and will allow us to advance TD139 and our portfolio of other galectin modulators for several important human conditions,” said Magnus Persson, M.D., Ph.D, chairman, Galecto.

Galectin-3 is a protein which binds to carbohydrate structures in the body, and plays a central role in various types of fibrosis. By targeting and inhibiting the protein’s binding ability, galectin-3 inhibitors represent a promising approach to treat diseases that exhibit galentin-3 expression such as IPF, a chronic, progressive form of lung disease characterized by the scarring of lung tissue for which there are limited treatment options. TD139 is a highly potent, specific inhibitor of the galactoside-binding pocket of galectin-3 formulated for inhalation, which enables direct targeting of the fibrotic tissue in the lungs, while minimizing systemic exposure.

Bristol-Myers Squibb is developing an early stage fibrosis portfolio that includes BMS-986020, a lysophosphatidic acid 1 (LPA1) receptor antagonist in development for the treatment of IPF.

Under terms of the agreement, Bristol-Myers Squibb can exercise the option to acquire Galecto at any time following the execution of the transaction agreement but no later than 60 days following completion of the Phase 1b trial. The companies have agreed on pre-clinical studies and a Phase 1 development plan that will be executed by Galecto AB during the option period.

 

About Galecto Biotech AB

Galecto Biotech is focused on developing novel drugs for the treatment of fibrosis, inflammation and other serious human diseases. The company’s products target galectins or galactoside binding lectins, which are a group of proteins shown to be involved in many disease processes. Galecto Biotech’s high potency Galectin Modulators may open new treatment possibilities for many patients. The company is led by top-level scientists and biotech executives. Galecto Biotech is funded by Novo Seeds, MS Ventures, Sunstone Capital and SEED Capital. Galecto Biotech is located in Copenhagen, Denmark, with close proximity to the founders’ research groups.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global biopharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information, please visit www.bms.com or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

XTANDI ™ (enzalutamida) cápsulas
XTANDI demonstrou um impacto significativo na sobrevivência global em doentes que não foram submetidos a quimioterapia prévia,...

A Astellas Pharma anunciou que o Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um parecer positivo recomendando a alteração da Autorização de Introdução no Mercado de enzalutamida (XTANDITM). O parecer positivo diz respeito ao uso de enzalutamida no tratamento de homens adultos com cancro da próstata metastático resistente à castração assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos após falha da terapia de privação androgénica, para os quais a quimioterapia não é ainda clinicamente indicada.[i]

Bertrand Tombal, Presidente do Departamento de Urologia e Professor de Fisiologia na Universidade Católica de Louvain (UCL) e investigador principal europeu do estudo PREVAIL, comenta que “para os urologista que estão a tratar doentes com cancro da próstata metastático resistente à castração, este parecer positivo do CHMP é um marco importante no sentido de tornar a enzalutamida disponível em toda a Europa. Enzalutamida marca um passo importante e encorajador para muitos doentes que vivem com esta doença, na medida em que demonstra benefícios na sobrevivência global, um impacto positivo na qualidade de vida e mostrou ser bem tolerado”.

“Para além dos benefícios claros a nível de eficácia e segurança comparativamente a placebo, XTANDI tem a vantagem adicional de não necessitar de ser tomado em simultâneo com corticoesteroides e requer apenas uma monitorização básica, tornando-se uma opção simples para os profissionais de saúde e doentes. Espero que a Comissão Europeia siga esta opinião, e que proporcione aos doentes, para os quais a quimioterapia não é indicada, uma nova opção de tratamento", refere Bertrand Tombal.

O parecer positivo baseou-se nos resultados do ensaio clínico de fase III PREVAIL que mostrou que os homens tratados com enzalutamida demonstraram uma redução significativa no risco de morte e no atraso da progressão do cancro e também atrasaram o tempo de início de quimioterapia comparativamente aos doentes tratados com placebo.[ii]

Enzalutamida reduziu o risco de morte em 29% (HR=0,71; p<0,001), relativamente a placebo. Adicionalmente, reduziu significativamente o risco de progressão radiográfica ou morte em 81% quando comparado com placebo (HR=0,19; p<0,001). Os homens submetidos a tratamento com enzalutamida obtiveram um atraso de 17 meses no tempo de início da quimioterapia, em relação aos homens que tomaram placebo (28,0 meses versus 10,8 meses; HR=0,35; p<0,0001).2

Na Europa, normalmente, a Comissão Europeia segue as recomendações do parecer do CHMP e emite a sua decisão final até cerca de dois meses após a recomendação deste Comité.

XTANDI está aprovado na Europa para o tratamento de homens adultos com cancro da próstata metastático resistente à castração cuja doença tenha progredido durante ou após o tratamento com docetaxel.[iii] A autorização de comercialização foi concedida pela Comissão Europeia em Junho de 2013.

 

Sobre o ensaio clínico PREVAIL

O PREVAIL é um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, controlado com placebo, multinacional que envolveu mais de 1.700 doentes em centros de investigação nos EUA, Canadá, Europa, Austrália, Rússia, Israel e países asiáticos, incluindo o Japão. O estudo incluiu doentes com cancro da próstata metastático resistente à castração, cuja doença progrediu após tratamento com análogo LHRH, ou após orquiectomia bilateral, mas que ainda não tinham recebido tratamento com quimioterapia. Os objectivos co-primários deste estudo foram a sobrevivência global e a sobrevivência livre de progressão radiográfica. O estudo foi desenhado para avaliar a acção da enzalutamida na dose de 160 mg, uma vez ao dia, por via oral, comparativamente a placebo.2

 

Sobre XTANDI™

XTANDI é um inibidor da via de sinalização do receptor androgénico (RA), com toma diária por via oral. XTANDI actua em três fases diferentes da via de sinalização do receptor androgénico.

  • Bloqueia a ligação dos androgénios[iv]
  • Inibe competitivamente a ligação dos androgénios aos receptores androgénicos[v]
  • Impede a translocação nuclear dos RA4
  • A translocação do RA para o núcleo é um passo essencial na mediação da regulação do gene do receptor androgénico5
  • Afecta a ligação ao ADN, impedindo a modulação da expressão genética4
  • A interacção do receptor androgénico ao ADN é essencial para a modelação da expressão do gene5



[i] Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP). Summary of opinion – XTANDI.

[ii] Beer TM, et al. Enzalutamide in Metastatic Prostate Cancer before Chemotherapy. N Engl J Med 2014;371:424-33.

[iii]Resumo das Características do Medicamento Xtandi, setembro 2014.

[iv] Tran C, et al. Development of a second-generation antiandrogen for treatment of advanced prostate cancer. Science 2009; 324:787-790.

[v]Hu R, Denmeade SR and Luo J. Molecular processes leading to aberrant androgen receptor signaling and castration resistance in prostate cancer. Expert Rev Endocrinol Metab 2010; 5 (5): 753–764.

 

 

 

Não aplicável a todos os doentes
Uma equipa coordenada pelo urologista Nuno Maia realizou, em Coimbra, um novo tratamento ao cancro da próstata, que visa ...

O urologista Nuno Maia, de Coimbra, disse que “este procedimento inovador tem a vantagem de causar a mínima agressão cirúrgica ao doente”, ao permitir a eliminação, “apenas, de o núcleo de células malignas que se pretende destruir”.

A realização deste tratamento a um homem de 64 anos, residente na região Centro, envolveu quatro médicos e dois enfermeiros, com a colaboração do urologista Massimo Valério, do hospital University College of London, em Inglaterra.

A equipa realizou, num hospital privado de Coimbra, uma intervenção denominada “electroporação irreversível prostática”, com a ajuda de agulhas e corrente eléctrica, proporcionando “a tecnologia mais recente e promissora no tratamento focal do cancro da próstata”.

Segundo Nuno Maia, coordenador da equipa de urologia da Idealmed Unidade Hospitalar de Coimbra - local da intervenção -, uma das vantagens desta técnica é “a preservação na totalidade da potência sexual e continência urinária”.

O procedimento, realizado no bloco operatório, sob anestesia geral e com apenas um dia de internamento, consiste na colocação de duas ou mais agulhas no tecido prostático, com recurso à ecografia biplanar, utilizando uma corrente eléctrica “com determinadas características”.

O próprio sistema imunitário do doente removerá o tecido destruído, “sem daí resultar qualquer sequela ou cicatriz”, adiantou Nuno Maia, que obteve formação específica, em Londres, realizando agora a sua primeira intervenção com estas características.

A nova técnica, no entanto, “não é, para já, aplicável a todos os doentes com cancro da próstata”, esclareceu o médico.

 

Em Vila Real
50 pessoas estão a participar no programa “Diabetes em Movimento”, que está a ser implementado em Vila Real e visa promover o...

Servindo ainda para fazer investigação, o projecto junta médicos, enfermeiros e investigadores do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é gratuito e decorre, numa primeira fase, até Maio de 2015.

De segunda a sexta-feira, meia centena de pessoas com diabetes tipo dois juntam-se para concretizar um programa de exercícios que são monitorizados pelos alunos da academia transmontana.

À frente do projecto está Romeu Mendes, médico e investigador do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD) da UTAD, que afirmou hoje que o “principal objectivo é melhorar a qualidade de vida e a saúde destas pessoas”.

“Queremos fazer intervenção comunitária, ou seja, através deste programa de exercício educar a própria comunidade para a importância da prática de exercício de uma forma geral e queremos também fazer formação dos alunos”, frisou.

Romeu Mendes referiu que o sedentarismo é um dos principais factores de risco para esta doença crónica, a que se juntam ainda a idade e a má nutrição, nomeadamente o excesso de calorias.

O projecto está ainda a servir para fazer investigação. “Perceber quais são os efeitos da prática regular de exercício quer na diabetes tipo dois quer nas inúmeras doenças que estão associadas, nomeadamente no risco cardiovascular”, acrescentou.

António Almeida, enfermeiro e investigador, afirmou que se vai também estudar a influência do programa no “índice de qualidade de sono destes utentes” e a sua consequência a nível dos custos.

“Iremos tentar perceber até que ponto este programa de actividade terá influência a nível dos custos de saúde, em termos de medicação, se vai haver ou não algum tipo de redução a nível dos custos em termos de medicação, em termos de idas à urgência e, eventualmente, prevenir alguns episódios de hipoglicemia nestes utentes”, salientou.

O médico do CHTMAD e director clínico do projecto, Paulo Subtil, referiu que se trata de um “programa elaborado, seleccionado, que visa obviamente melhorar o controlo metabólico das pessoas com diabetes tipo dois mas, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade, a mobilidade, o equilíbrio e diminuir o risco cardiovascular”. “Diminuir uma série de complicações que estão inerentes à doença”, frisou.

Para os utentes a experiência está a ser muito positiva.

“Permite controlar a diabetes e mantém o movimento que é uma coisa que às vezes não dá-mos importância mas que, com a idade, tem muita importância e areja o juízo, porque também com a reforma a gente tem tendência para a melancolia, para estar em casa quieto”, afirmou Jorge Ginja.

Já Luís Silva destacou a vantagem do programa ser comunitário o que, na sua opinião, faz com que uns “puxem os outros”, mesmo quando não apetece sair de casa.

Foi hoje apresentado o relatório “Diabetes: Factos e Números” do Observatório Nacional da Diabetes, que revelou que, em 2013 surgiram 160 novos casos de diabetes por dia em Portugal e que os custos com esta doença crónica representaram 1.500 milhões de euros no ano passado.

 

Diário da República publica portaria
A descida do preço dos testes para diabéticos, que o Governo anunciara no ano passado, mas tinha sido suspensa por decisão...

Esta diminuição de 15% no preço das tiras-teste, seringas, agulhas e lancetas para diabéticos tinha sido anunciada no ano passado pelo Ministério da Saúde, mas o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) anulou esta baixa.

O TCAS considerou, na altura, que o Governo violara “o princípio da boa-fé” ao baixar os preços com a justificação de que uma comissão criada para o efeito não chegou a consenso, quando na realidade a comissão nunca se reuniu, nem os ministérios da Saúde e da Economia nomearam representantes para a integrar.

O Ministério da Saúde recorreu entretanto desta decisão do Tribunal.

Hoje, o Diário da República publica a redução do preço das tiras-teste, seringas, agulhas e lancetas para diabéticos, justificando a medida com o “actual contexto socioeconómico”, referindo que os novos valores entram em vigor no domingo. De acordo com a portaria, os preços máximos dos reagentes (tiras-teste) para determinação de glicose no sangue descem oito cêntimos por unidade: de 0,5829 euros para 0,5002 euros.

Os testes para determinar a cetonemia, que custavam 1,70 euros, vão passar a ter como preço máximo os 1,4588 euros, enquanto as tiras para averiguar corpos cetónicos na urina descem de 0,1222 euros para 0,1049 euros.

O preço das agulhas e seringas diminui 0,0162 cêntimos, baixando de 0,1145 euros para 0,0983 euros por unidade. As lancetas, que tinham o preço máximo de 0,0670 euros, passam para 0,0786 euros por unidade.

Os valores destes produtos para os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos subsistemas públicos de saúde também baixam: para determinação de glicose no sangue de 0,4263 euros para 0,3658, para analisar a cetonemia de 1,53 para 1,3129 euros, para determinar os corpos cetónicos na urina de 0,0894 euros para 0,0767 euros.

As agulhas e seringas baixam de 0,0838 euros para 0,0575 euros e as lancetas de 0,0670 para 0,0575 euros.

A comparticipação do SNS mantém-se nos 85% do valor das tiras-teste para pessoas com diabetes e 100 por cento do preço das agulhas, seringas e lancetas.

De acordo com a portaria, as embalagens de produtos fabricados até à entrada em vigor da presente portaria devem ser objecto de remarcação, o que pode acontecer “mediante a sobreposição de etiqueta autocolante à etiqueta original”.

Após 40 dias, não poderão ser colocadas nos distribuidores por grosso, nem nas farmácias, embalagens de produtos sem que as mesmas apresentem, impressa ou aplicada, uma única etiqueta nos termos da legislação em vigor.

 

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