MAC e Associação XXS
Os donativos que foram enviados para ajudar os pais da bebé prematura portuguesa que morreu no Dubai vão ser entregues à...

"Ainda estamos a pagar várias despesas para poder fazer o cálculo final, mas irá sair tudo certinho num jornal em Portugal e colocada uma cópia aqui (no Facebook) e enviada outra ao Ministério da Administração Interna. O dinheiro que sobrar de Portugal irá ser doado, tanto em material para a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), como para a Associação XXS e o dinheiro que sobrar do Dubai irá ser entregue a uma igreja que nos ajudou quando mais precisávamos", lê-se na mensagem datada de 01 de dezembro.

A bebé filha de portugueses que nasceu prematura no Dubai morreu no dia 16 de novembro cerca das 07:00 de Lisboa. Margarida, filha dos portugueses Gonçalo e Genny Queiroz, nasceu a 28 de outubro, às 25 semanas de gestação e com 410 gramas, no Dubai.

O caso da bebé ficou conhecido em Portugal após um pedido de ajuda público dos pais, que não têm seguro de saúde e não dispunham de meios para pagar as despesas hospitalares de mil euros por dia, uma vez que não há seguradoras que façam apólices a uma bebé cujas hipóteses de sobrevivência oscilam entre 40% e 50%.

A história do casal de emigrantes portugueses gerou uma onda de solidariedade que levou à criação de uma página no Facebook, através da qual foram já angariados cerca de 100 mil euros e por onde mais de 135 mil pessoas seguiam a luta pela vida da bebé.

Na última mensagem, os pais, Gonçalo e Eugénia, dizem: "o destino quis que conhecêssemos pessoas maravilhosas, que fizéssemos amizades novas, que se falasse mais de bebés prematuros não só em Portugal mas no mundo. Ficamos muito sensibilizados por a lei sobre os bebés prematuros no Dubai se alterar a partir de 2016" e aproveitam para "agradecer aos milhares de pessoas que em Portugal e no mundo se sensibilizaram e ajudaram".

“Cada um ajudou no que pôde e como pôde e recebemos mais de 7500 transferências. Não conseguimos contabilizar quantas pessoas rezaram por nós e que nos deixaram as suas mensagens de apoio", lê-se no texto, que termina considerando: "Mesmo ainda sem sabermos as respostas para o que nos aconteceu... e para aquilo que Deus designou para o nosso futuro, sabemos que a Margarida mudou o mundo..."

Seguindo o exemplo da Organização Mundial de Saúde
A organização Human Rights Watch instou os governos a acabarem imediatamente com os “testes de virgindade”, como recomendou no...

“As autoridades de saúde em todo o mundo devem pôr fim à prática dos 'testes de virgindade' em todas as ocasiões, além de proibir que profissionais de saúde perpetuem esta prática discriminatória e degradante”, declarou Liesl Gerntholtz, directora para os direitos das mulheres na Human Rights Watch (HRW), citada num comunicado da organização de defesa dos direitos humanos.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) está incluída num manual intitulado “Cuidados com a saúde de mulheres submetidas à violência pelo parceiro íntimo ou violência sexual”, que sublinha que “qualquer exame físico só deve ser conduzido com o consentimento esclarecido da paciente e deve ser focado em determinar a natureza dos cuidados médicos necessários” e conclui que os “testes de virgindade” não possuem qualquer validade científica, adianta o comunicado.

Segundo a HRW, o uso dos “testes de virgindade” tem sido documentado em vários países, por exemplo no Afeganistão, onde as autoridades submetem regularmente ao teste mulheres e raparigas acusadas de “crimes morais” (fugir de casa, adultério).

“No Médio Oriente e no norte de África, as mulheres podem ser submetidas aos ‘testes de virgindade’ em várias circunstâncias, incluindo a pedido das suas famílias”, assinala a organização com sede em Nova Iorque.

Os testes foram usados no Egipto em manifestantes detidas durante a revolta de 2011 e continuam a ser usados pelas forças de segurança apesar de um tribunal já os ter declarado ilegais, são utilizados na Líbia e na Jordânia, enquanto na Indonésia fazem parte dos procedimentos de recrutamento de candidatas à polícia.

A HRW recorda que aqueles testes são “internacionalmente reconhecidos como uma violação dos direitos humanos”.

Universidade de Aveiro
Um trabalho realizado por investigadores da Universidade de Aveiro de caracterização química detalhada do medronho, usado...

Propriedades descobertas no medronho pelo Departamento de Química (DQ) da Universidade de Aveiro (UA) revelam a capacidade de evitar os radicais livres responsáveis por doenças como o cancro, de controlar os níveis de colesterol e de melhorar a saúde da pele e dos ossos.

A caracterização química detalhada do medronho realizada na UA “destaca a presença de ácidos gordos insaturados, nomeadamente ómega 3 e 6, fitoesteróis e triterpenóides”, compostos com importante actividade biológica.

“Os ómegas 3 e 6 são ácidos gordos essenciais que têm de ser obtidos a partir da dieta, uma vez que o nosso organismo não os sintetiza”, explica Sílvia Rocha, da equipa de investigação, sublinhando que esses compostos “têm demonstrado um papel importante no controlo dos níveis de colesterol, na saúde da pele e dos ossos e uma relação inversa entre o consumo de ómega 3 e a perda de funções cognitivas”.

Por outro lado, prossegue, “os esteróis têm um importante papel na saúde, uma vez que contribuem para regular o nível de colesterol e os triterpenóides, para além de ajudarem igualmente a controlar o colesterol, têm uma acção anti-inflamatória, antimicrobiana e antifúngica”.

Os resultados do estudo desenvolvido mostram ainda que os medronhos da Serra da Beira, que os investigadores têm usado no trabalho, “apresentam uma actividade antioxidante superior” à de frutos de outras proveniências, tanto de Portugal como de outros países europeus.

“A actividade antioxidante reflecte a capacidade de evitar a formação de radicais livres, substâncias que, quando produzidas em excesso no organismo são responsáveis pelo stress oxidativo, conhecido por provocar danos no organismo humano, os quais estão associados ao envelhecimento e aumento da susceptibilidade a diversas doenças, nomeadamente as doenças civilizacionais emergentes”, aponta Sílvia Rocha.

São razões suficientes para que a equipa de investigadores da Universidade de Aveiro, em colaboração com a Cooperativa Portuguesa de Medronho, queira ver o medronho nacional, aproveitado quase exclusivamente para a produção de aguardentes e licores, também fora das garrafas e consumido fresco ou incluído noutros alimentos.

Nesse sentido, promove dia 3, às 16h30, na sala do Senado da Reitoria, uma mostra de alimentos, com o fruto na lista de ingredientes, em que pode ser provada a sua versatilidade gastronómica.

Do trabalho da equipa de investigação, constituída por Sílvia Rocha, da unidade de investigação Química Orgânica, Produtos Naturais e Agro-alimentares (QOPNA) do Departamento de Química, Armando Silvestre, do Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO) e Daniela Fonseca, aluna de Mestrado, já resultou na incorporação da polpa do medronho em vários alimentos comuns, sejam biscoitos, iogurtes, barras energéticas ou bombons.

Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla assinalado no dia 4 por todo o país
A falta de acesso a tratamentos inovadores e a falta de consultas médicas nos grandes centros urbanos e interior são hoje os...

Neste contexto, o Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla, assinalado no próximo dia 4 de Dezembro, data em que também se assinala o 30º aniversário da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), servirá para alertar para as principais dificuldades com que se depara o doente português.

De acordo com Manuela Neves, Secretária-Geral da SPEM “mantém-se, como maior desafio com que se deparam os novos doentes, o acesso a medicação e também a um número ideal de consultas. No primeiro caso, estamos perante uma situação de existência de medicação cada vez mais eficaz para a patologia, a qual é acompanhada pelo aumento de entraves com que se deparam os doentes e também os médicos ao respectivo acesso. Por exemplo, a existência da Comissão de Terapêutica e Farmácia, que decide sobre a conveniência de um determinado medicamento, pode constituir um factor de grande atraso, pela demora da decisão ou até mesmo de impedimento de acesso, se decidir negativamente. Para além destes casos, o número de consultas dos doentes é manifestamente inferior ao que seria desejável, tanto nos grandes centros como Lisboa como em outras unidades de menor dimensão”.

Em consequência desta situação o número de pedidos de ajuda junto da SPEM subiu em 2014. “Para além de pedidos de esclarecimento sobre a própria patologia destacam-se, também, as denúncias de ilegalidades no âmbito do acesso à medicação e às consultas praticadas em hospitais portuguesas, de norte a sul do país”, conclui a mesma responsável.

A Esclerose Múltipla (EM) é uma das patologias mais comuns do sistema nervoso central e afecta actualmente mais de 8 mil portugueses. Trata-se de uma doença crónica, inflamatória e degenerativa, que afecta o Sistema Nervoso Central (SNC). É uma patologia que surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos com maior incidência as mulheres do que os homens.

A esclerose múltipla é diagnosticada a partir de uma combinação de sintomas e da evolução que a doença apresenta na pessoa afectada, com recurso a exames clínicos e complementares de diagnóstico como a Ressonância Magnética Nuclear, o Estudo de Potenciais Evocados e a Punção Lombar.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2 milhões e meio de pessoas com EM. Esta pode produzir sintomas idênticos aos de outras patologias do SNC, pelo que o diagnóstico poderá demorar anos a acontecer.

Direcção-Geral da Saúde divulga
Estão disponíveis no site do Plano Nacional de Saúde os Roteiros de Intervenção que pretendem contribuir com a melhor evidência.

A Direcção-Geral da Saúde divulga os Roteiros de Intervenção do Plano Nacional de Saúde (PNS). Estes documentos são estudos de Autor solicitados a peritos nacionais com o objectivo de contribuir com a melhor evidência para o Plano.

Cada um dos Roteiros fornece um Modelo Conceptual, um Ponto de Situação e Recomendações para cada um dos temas.

Esta estratégia de desenvolvimento dos Roteiros de Intervenção permitiu aumentar os contributos externos, bem como proporcionar uma maior proximidade entre o ponto de situação de cada dos temas, a evidência disponível e as intervenções necessárias em cada área, permitindo assim que o PNS seja um documento construtivo, participado e baseado na evidência.

Poderá aceder aos documentos no site do PNS.

Ébola:
A Organização Mundial de Saúde indicou que o último balanço de mortes provocadas pelo Ébola é de cerca de 6 mil e não de 7 mil...

"Houve um erro quanto ao número de mortos na Libéria que é de 3.145" e não 4.181 mortos, como foi indicado no sábado por erro, explicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A 28 de Novembro, havia 2.155 casos de Ébola na Guiné-Conacri, com 1.312 mortos, 7.635 casos na Libéria, com 3.145 mortos, e 7.109 na Serra Leoa, com 1.530 vítimas mortais.

Numa conferência de imprensa realizada em Genebra, a OMS afirmou que conseguiu que um primeiro objectivo fosse alcançado na Libéria e na Guiné-Conacri, com 70% dos casos de infectados a serem isolados e tratados e 70% das vítimas mortais da doença enterradas de forma segura.

Na Serra Leoa, isso está a ser conseguido em várias regiões, mas há ainda dificuldades na zona oeste do país, onde a epidemia continua a propagar-se, disse a organização, adiantando que espera que o objectivo seja atingido neste país "dentro de semanas".

Oleiros investe
A população de Oleiros vai passar a ser servida por duas unidades móveis de saúde, um investimento municipal de 100 mil euros,...

O novo serviço municipal é apadrinhado pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa. As duas Unidades Móveis de Saúde destinam-se a apoiar a população do concelho de Oleiros, nomeadamente aquela que se encontra mais afastada da sede de concelho.

"Uma das unidades vai ter um enfermeiro a tempo inteiro para prestar serviços de saúde às pessoas que se encontram mais isoladas ou que precisem de cuidados de enfermagem. A outra conta com um psicólogo para apoio à população", disse o presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Marques Jorge.

O autarca explicou ainda que a Unidade Móvel de Saúde com o enfermeiro, além de fazer os tradicionais despistes de tensão arterial, diabetes e pensos, "vai fazer também uma triagem no terreno com vista à redução de consultas presenciais".

"Vamos ver se conseguimos também um médico para estas unidades", adiantou o presidente da Câmara de Oleiros. Fernando Marques Jorge disse que o município fez um investimento de 100 mil euros nas duas unidades e adiantou que vão ser colocados em pontos estratégicos do concelho quatro desfibrilhadores.

A câmara vai também comprar pulseiras electrónicas para distribuir pelas pessoas do concelho que se encontram a viver em zonas isoladas e distantes de Oleiros. O governante vai inaugurar na quarta-feira as duas Unidades Móveis de Saúde e visitar o Centro de Saúde de Oleiros.

Portugueses desenvolvem
Dois investigadores portugueses, do Porto e de Lisboa, desenvolveram um novo método de diagnóstico do cancro difuso e...

O método, no qual trabalharam a equipa de Raquel Seruca, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), e João Sanches, do Instituto Superior Técnico de Lisboa, baseia-se num algoritmo que permite, pela primeira vez, quantificar a proteína existente e perceber o risco que lhe está associado.

"Quando há uma mudança na proteína, relativamente à localização ou à quantidade, é porque a sua função está perturbada, mas até aqui não conseguíamos quantificar isto. É isso que este algoritmo ajuda a fazer", explicou Raquel Seruca.

Sublinhando que nem sempre a existência de uma alteração na proteína é sinal de que a pessoa vá desenvolver cancro, a investigadora do IPATIMUP esclarece, por isso, que a grande vantagem deste algoritmo passa pela capacidade de "ajudar a separar as variantes que têm impacto e são de risco das que não o são".

"Trata-se de um exame complementar, que visa melhorar o diagnóstico a este nível", sublinha.

Um diagnóstico que pode ser crucial, na medida em que, relativamente a este tipo de cancro, "em 80% dos casos em que essa mutação ocorre, resulta numa situação de cancro", assegura João Sanches, responsável pelo desenvolvimento do algoritmo.

"Com base em imagens, conseguimos observar a concentração de proteína e, através de uma análise numérica, é possível dar informação ao médico do grau de funcionamento desta", salienta, frisando ainda que este método "permite aumentar o rigor e reduzir o tempo de análise [em que se percebe se a proteína continua ou não funcional]".

De acordo com o estudo, publicado no European Journal of Human Genetics, o cancro gástrico é o quarto mais comum no mundo e o cancro difuso e hereditário do estômago, com elevada taxa de mortalidade, representa 3% dos casos.

Estudo revela
Os bisfosfonatos, uma terapia para a prevenção e tratamento da osteoporose, também seriam eficazes contra alguns tipos de...

A actuação dos bifosfonatos nestes cancros permite bloquear a acção de receptores de proteínas - denominados receptores do factor do crescimento epidérmico (HER) -, que geralmente aceleram a proliferação das células cancerígenas, segundo o estudo.

A acção dos bisfosfonatos, comercializados sob o nome de Fosamax e Zometa, entre outros, tinha já sido observado em mulheres com um tumor na mama.

O estudo, notícia a agência noticiosa francesa AFP, citada pela Lusa, também descobriu que os doentes que tomam bisfosfonatos orais para tratar a osteoporose tiveram uma menor incidência do cancro do cólon e da mama, tendo demonstrado efeitos profiláticos deste tratamento.

"A nossa investigação identificou um mecanismo que permite o uso de bisfosfonatos para tratar e prevenir cancros de pulmão, mama e cólon, cuja agressividade é alimentado pelo receptor HER", disse o catedrático Mone Zaidi, da Faculdade de Medicina de Mount Sinai, em Nova Iorque, membro da equipa internacional que publicou o trabalho na revista Proceedings, da Academia norte-americana de Ciências (PNAS).

Se os ensaios clínicos confirmarem os efeitos anticancerígenos de bisfosfonatos, estes tratamentos poderão em breve ser utilizados, já estão aprovados pela agência federal Food and Drug Administration dos Estados Unidos, pois foi demonstrada a sua eficácia e segurança para prevenir e tratar a osteoporose.

Os bisfosfonatos podem ser um complemento terapêutico importante no combate ao cancro de pulmão do cólon e da mama, já que, respectivamente, em 30%, 90% e 20% são portadores da mutação HER, adianta o estudo. Estes tumores tornam-se, de facto, muitas vezes resistentes aos tratamentos actuais.

No Porto
O artista Nuno Palhas, conhecido pelo nome Third, estava a finalizar um mural, no Porto, no âmbito do Dia Mundial de Luta...

Uma iniciativa conjunto da PortoLazer e da Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a Sida”, o mural, localizado no cruzamento entre a rua José Falcão e a rua de Ceuta, mostra “Sida” escrito com um “V” como primeira letra transformada no laço simbólico da luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), enquanto, do lado direito, se encontra uma mulher por trás de grades e coberta de correntes.

A chave para abrir essas grades, explicou Nuno Palhas, pode ser precisamente a “ajuda as pessoas”.

Por seu lado, a presidente da fundação, Filomena Frazão de Aguiar, sublinhou que se devia voltar a apostar na prevenção, depois de um período em que a ênfase se tem colocado nos tratamentos e no apoio.

A responsável da fundação manifestou-se preocupada em particular com as faixas mais jovens e com as mais velhas, onde tem assistido a níveis crescentes de infecções.

O ministro da Saúde afirmou hoje que o número de novos casos de VIH/Sida em Portugal continua acima da média europeia, pelo que haverá maior aposta no diagnóstico precoce, através das análises de rotina pedidas pelo médico.

Falando na sessão de abertura do Congresso Nacional “VIH, Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica”, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, manifestou um “misto de expectativas” em relação aos dados mais recentes sobre o VIH/Sida.

“Houve uma evolução melhor nos últimos anos do que seria expectável. Tendo em conta o cenário adverso vivido, seria de supor uma diminuição não tão significativa”, realçou o ministro, como factor positivo.

Medicamento semanal injectável para diabetes tipo 2
O dulaglutido, um agonista dos receptores de GLP-1 (AR GLP-1), é o único tratamento injectável não insulínico disponível numa...

O dulaglutido, um agonista dos receptores de GLP-1 desenvolvido e produzido pela Eli Lilly, é uma solução injectável para administração uma vez por semana desenhada para melhorar o controlo glicémico em adultos com diabetes tipo 2. O medicamento está disponível numa caneta pronta a usar, com uma agulha pré-inserida escondida. O dulaglutido tinha já recebido uma recomendação positiva do Comité dos Medicamentos de Uso Humano (CHMP) a 25 de Setembro de 2014.

Jeremy Morgan, vice-presidente da Lilly Diabetes International defende que “a aprovação do dulaglutido na União Europeia representa mais um marco significativo no programa global de Diabetes da Lilly”, acrescentando que “em toda a Europa, a diabetes continua a representar um grande peso para os sistemas de saúde, e estamos desejosos de ajudar os doentes com diabetes tipo 2 a atingir os objectivos do seu tratamento.”

O dulaglutido é indicado para melhorar o controlo glicémico em adultos com diabetes tipo 2:

  • em combinação com outros medicamentos anti-hiperglicemiantes, incluindo insulina, quando estes, juntamente com dieta e exercício, não proporcionam um controlo glicémico adequado ;
  • em monoterapia, quando a dieta e o exercício físico não são, só por si, suficientes para atingir um controlo glicémico adequado em doentes em que a metformina está contra-indicada ou é considerada inadequada por intolerância.

É recomendada a utilização do dulaglutido 1,5 mg uma vez por semana nos doentes que o usam em combinação com outros tratamentos para a diabetes. 0,75 mg de dulaglutido uma vez por semana é a dose recomendada para os doentes que o utilizam em monoterapia, podendo ser considerado como dose inicial (em combinação com outros tratamentos para a diabetes) para determinadas populações vulneráveis, incluindo doentes com idade igual ou superior a 75 anos.

A autorização de introdução no mercado é baseada, em parte, nos resultados dos estudos, incluindo seis grandes ensaios clínicos de Fase 3. Nos primeiros cinco ensaios, a redução dos níveis médios de açúcar no sangue (HbA1c) foi superior com 1,5 mg de dulaglutido em comparação com o placebo e com quatro outros medicamentos frequentemente utilizados no tratamento da diabetes tipo 2. A dose de 0,75 mg de dulaglutido proporcionou uma redução de HbA1c semelhante à do medicamento comparador, em um dos ensaios, e demonstrou uma redução superior nos restantes quatro. No sexto ensaio, a dose de 1,5 mg demonstrou uma redução de HbA1c semelhante à dose máxima recomendada de um agonista dos receptores de GLP-1 utilizado uma vez por dia.

Os efeitos adversos gastrointestinais foram os mais frequentemente reportados, bem como a hipoglicemia sintomática documentada (baixo nível de açúcar no sangue), nos casos em que o dulaglutido foi utilizado em combinação com insulina à hora da refeição ou com merformina e glimepirida. Estes efeitos adversos são consistentes com os observados com outros agonistas dos receptores de GLP-1.

O dulaglutido foi aprovado pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) a 18 de Setembro de 2014 e tem outras submissões para aprovação pendentes.

O dulaglutido vai ser comercializado na Europa a partir de 2015.

 

Sobre a diabetes

É estimado que 387 milhões de pessoas a nível mundial tenham diabetes tipo 1 e tipo 2. A diabetes tipo 2 é a mais comum, sendo responsável por 90 a 95% de todos os casos. A diabetes é uma doença crónica que ocorre quando o corpo não produz ou não utiliza eficazmente a hormona insulina.

 

Sobre a dulaglutida

O dulaglutido é um medicamento injectável de administração uma vez por semana que pertence à classe dos agonistas dos receptores de GLP-1. O dulaglutido não é insulina. O dulaglutido actua como o GLP-1, uma hormona natural que ajuda o corpo a libertar a sua própria insulina quando o doente come. O dulaglutido vai ser comercializado numa caneta pronta a usar que não requer que o doente tenha contacto com a agulha ou faça qualquer mistura ou medição. Pode ser administrado a qualquer altura do dia, independentemente das refeições, e deve ser injectada subcutaneamente no abdómen, na coxa ou no braço.

 

Sobre a Lilly Diabetes

A Lilly tem sido líder mundial no tratamento da diabetes desde 1923, quando introduziu a primeira insulina disponível comercialmente no mundo. Actualmente, a Lilly trabalha sobre essa herança para atender às diversas necessidades das pessoas com diabetes e daqueles que delas cuidam. Através da investigação científica e do desenvolvimento de um amplo portfólio de medicamentos, que continua a crescer, e de uma determinação sustentada para proporcionar soluções – de medicamentos a programas de apoio, entre outras - a Lilly trabalha para melhorar a vida das pessoas com diabetes, em todo o mundo. Para mais informação, visite www.lillydiabetes.com

 

Sobre a Eli Lilly and Company

A Eli Lilly and Company, uma empresa líder que aposta na inovação, tem vindo a desenvolver um conjunto cada vez maior de produtos farmacêuticos de primeira linha, aplicando a investigação mais recente desenvolvida nos seus laboratórios em todo o mundo e em colaboração com as mais eminentes organizações científicas. Fundada em 1876, a empresa tem sede em Indianapolis, nos Estados Unidos da América, opera em 125 países e emprega mais de 39 mil pessoas. Cerca de oito mil dos seus colaboradores trabalham em investigação clínica. Em 2013, a Lilly investiu 24% das suas vendas em Investigação e Desenvolvimento (I&D). A Lilly dá respostas, na forma de medicamentos, a algumas das mais prementes necessidades de saúde. Para mais informações consulte www.lilly.pt

12 e 13 de Dezembro -Hotel Olissipo Oriente - Lisboa
A doença por HPV e a Colposcopia vão estar em debate em reunião clínica do Hospital CUF Descobertas com a participação de...

É uma das infecções por transmissão sexual mais frequentes em todo o mundo. Sabe-se hoje que o HPV, Vírus do Papiloma Humano, é o vírus responsável não só pelo cancro do colo do útero, mas também por outros cancros como o vaginal, vulvar, anal, do pénis e orofaríngeo. Esta transversalidade e sua relevância na saúde pública dão mote à reunião clínica “Doença a HPV: Colposcopia e outras visões”, organizada pela Unidade de Exames Especiais do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do hospital CUF Descobertas, que irá realizar-se nos dias 12 e 13 de Dezembro no Hotel Olissipo Oriente, em Lisboa

Albert Singer, médico ginecologista britânico que, entre outras funções, é professor de ginecologia na Universidade de Londres desde 1992, foi co-fundador da British Society for Colposcopy and Cervical Pathology em 1972, instituição da qual ainda faz parte, assim como do British Gynaecological Cancer Group, que fundou em 1978, é o orador convidado desta reunião e responsável pelas palestras do segundo dia.

Numa reunião multidisciplinar que conta com a participação de especialistas das mais diversas áreas, estarão em debate a visão de urologistas, ginecologistas, gastrenterologistas, dermatologistas e otorrinolaringologistas sobre as lesões por HPV. Exames como a colposcopia, testes de HPV, citologia, entre outros, serão assuntos também abordados. A vacinação e os estudos epidemiológicos de prevalência da infecção por HPV nas mulheres em Portugal estarão ainda em destaque nestes dois dias de conferência.

Além das diversas palestras apresentadas por oradores especialistas, terá também lugar um curso teórico-prático ministrado por Albert Singer, conhecido perito no ensino da Colposcopia e que desde 2012 é responsável por uma plataforma de e-learning nesta área.

Esta reunião apresenta um custo de inscrição no valor de 100€ que inclui almoço nos dois dias. Para os profissionais da Jose de Mello Saúde o valor é de 50€. As inscrições podem fazer-se a através do e-mail [email protected] ou pelo telefone 210 025 478.

Já provocaram mortos
A Comissão Europeia propôs que sejam banidas do espaço europeu duas substâncias psicoactivas cujo uso já causou dezenas de...

Uma das substâncias (4,4'-DMAR) é um estimulante, semelhante ao 'ecstasy', enquanto a outra (MT-45) é um opiáceo, como a morfina, indicou Bruxelas.

A primeira foi detectada em nove Estados-membros (Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Holanda, Polónia, Roménia, Suécia e Reino Unido), tendo provocado 31 mortes em três desses países (Hungria, Polónia e Reino Unido).

Já a segunda substância, que segundo a Comissão tem uma toxicidade muito acima da morfina, foi associadas 28 mortes e 18 intoxicações não fatais desde que foi detectada, em Outubro de 2013.

A recomendação da Comissão de proibir a fabricação e venda destas substâncias deverá agora ser aprovada pelo Conselho de Ministros da União Europeia.

Por não ser consultado
O Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA demitiu-se de todas as comissões que integrava como membro,...

“Demitimo-nos de todos os lugares para que fomos convidados, enquanto não formos respeitados”, anunciou Luís Mendão, presidente do GAT, durante a sessão de abertura do Congresso nacional “VIH, Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica”, que decorre até quarta-feira em Lisboa.

Luís Mendão explicou aos jornalistas que o GAT se demitiu das comissões científicas para as quais tinha sido convidado a participar como membro, designadamente a de criação de estratégias anti-virais e a de elaboração de orientações terapêuticas para tratamento do VIH.

“Nestes dois últimos anos, foram aprovados documentos chave para controlo da epidemia sobre os quais não tivemos conhecimento”, afirmou.

O responsável sublinhou que se o GAT foi convidado para participar num organismo, é para “dar a opinião antes de a decisão ser tomada”.

Para Luís Mendão, não faz sentido continuar a pertencer como membro de comissões se estas “não lhe dão a possibilidade de dar a sua contribuição antes de tomarem decisões”.

O presidente do GAT denunciou ainda que os concursos do Estado para projectos a desenvolver em 2015 na área da Sida, que deveriam ter sido abertos em Maio, ainda não abriram, quase no fim de 2014. “Em Maio abrem os concursos do Estado que identificam as prioridades para o ano seguinte e que permitem às organizações candidatarem-se e porem no terreno medidas”, explicou. Este ano isso não aconteceu e a data de abertura dos concursos passou para Outubro, sem que tal tenha acontecido novamente.

Em Dezembro, o GAT queixa-se de ausência de informação sobre o assunto, desconhecendo se vai haver concursos e se vai planear trabalho no terreno para 2015. “Não é possível planear actividades nestas circunstâncias”, frisou. O presidente do GAT denunciou ainda que, apesar dos passos positivos que têm sido dados, “os meios postos à disposição” do coordenador do programa nacional de luta contra o VIH/Sida “são insuficientes”.

“O Programa Nacional para a Infecção VIH/SIDA não tem meios financeiros, humanos e técnicos alocados para responder às necessidades”, afirmou, acrescentando que criar medidas “no papel é fácil”, mas difícil é aplica-las no terreno. Luís Mendão referia-se especificamente a estudos para conhecer melhor a epidemia, identificar onde estão os problemas e o que está a falhar, bem como investir no rastreio de populações mais atingidas e garantir que os serviços essenciais continuam a funcionar.

Relativamente aos medicamentos, considerou que têm que passar a ter “rapidamente preços comportáveis” e apelou à indústria farmacêutica para que “faça um esforço adicional nos preços que propõe ao SNS para que os doentes não tenham que se sujeitar a medicamentos tóxicos e de efeito pouco eficaz”.

DECO pede
A Associação de Defesa do Consumidor encontrou em Portugal duas marcas consideradas perigosas de acessórios para pulseiras de...

Os acessórios em causa são os "Loom Charms", da marca D.I.Y, e os "Colorful Loom Bands", da Baiqi, que segundo a Associação de Defesa do Consumidor (DECO) ultrapassam os níveis de cádmio permitidos e registam elevada libertação de níquel.

"Uma marca contém 440 vezes mais ftalatos do que o limite legal", adianta a DECO, explicando que as peças da Loom Charms ultrapassam "o máximo permitido de cádmio, apresentam 44% de ftalatos [...] e as partes metálicas libertam demasiado níquel".

O limite legal de cádmio admitido é de 0,1%.

Os acessórios "Colorful Loom Bands" têm 9,8% de ftalatos, o que também está fora da lei, de acordo com a DECO.

"Os dois produtos são um perigo real para a saúde: se a criança os puser na boca, a saliva vai permitir a transferência dos metais pesados e dos ftalatos para o organismo. Também é possível que o contacto com a pele, sobretudo quando se transpira, possibilite a migração de metais pesados", considera a DECO.

Por isso, a associação de defesa do consumidor apresentou já à Autoridades de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) "um pedido de retirada do mercado".

A DECO decidiu avançar com a realização de testes a estes produtos depois de, em Agosto, ter sido retirada do mercado no Reino Unido uma marca destes acessórios com 400 vezes mais ftalatos que o permitido por lei.

Entre os 10 produtos testados, dois chumbaram, enquanto os restantes não apresentaram problemas de segurança química, adianta a DECO.

A DECO lembra que o cádmio, usado como pigmento para dar cor ou como estabilizador do plástico, é uma substância tóxica que pode permanecer no organismo por longos períodos, é carcinogénico e a exposição a doses elevadas durante um curto período pode causar sintomas semelhantes aos da gripe e irritação dos pulmões. Exposições prolongadas podem levar a doença renal, enfraquecimento dos ossos e danos nos pulmões.

O níquel é um metal com um elevado poder alergénico, especialmente quando em contacto directo com a pele.

Os ftalatos são usados como plasticizantes, de modo a tornar os plásticos flexíveis, transparentes e duráveis. Podem prejudicar o fígado e os rins e afectar os níveis de testosterona, com possível diminuição da fertilidade. Não são eliminados pelo organismo, o que aumenta o risco de problemas a longo prazo.

As pulseiras de elásticos popularizaram-se na primavera deste ano, tendo-se tornado numa verdadeira "febre" entre crianças e adolescentes.

 

Missão solidária
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros associa-se à missão solidária da Associação Laços Sem Nós.

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros acolhe a 4 de Dezembro na sua sede, em Coimbra, o lançamento do livro de poesia Laços de Esperança, que se destina a angariar recursos financeiros para as actividades de apoio social da associação.

A sessão enquadra-se no programa do colóquio do concurso Cuidar 14, que premeia três projectos de melhoria dos cuidados de enfermagem prestados aos cidadãos em instituições de saúde dos distritos de Coimbra e Leiria. O colóquio inicia-se pelas 15h00.

Laços de Esperança reúne criações da autoria de António Vilhena (escritor, Mestre em estudos clássicos), Anabela Coelho (Advogada em Coimbra), André Pereira (Jornalista/argumentista), Alves Cardoso (Advogado em Coimbra), Cília Diniz (Procuradora Geral Adjunta do Tribunal da Relação de Coimbra), Conceição Desterro (Procuradora da República no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria), Paulo Santos (Psicólogo), Francisco Lucas (Médico e Mestre em Medicina Legal, em Coimbra), Lurdes Breda (Escritora).

A Associação Laços Sem Nós, através de uma vasta rede de voluntários qualificados, presta apoio gratuito nas seguintes áreas: conceder acompanhamento social, psicológico, jurídico etc.; apoiar, mediante avaliação rigorosa, em bens e artigos indispensáveis ao bem-estar familiar; dinamizar formação em áreas como a educação parental, gestão doméstica, apoio e cuidados ao idoso, procura activa de emprego, criação do próprio emprego, etc.; realizar um apoio de proximidade (in loco); conceder formação especializada e certificada a beneficiários comprovadamente carenciados; estabelecer parcerias efectivas de trabalho em rede para maior articulação e sinalização de situações abusivas e crónicas ao nível de rendimentos estatais; etc.

Iniciativa celebra o Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla
Foram eleitos os melhores autores da iniciativa “Eu sei escrever bEM sobre Esclerose Múltipla” que pretendeu distinguir os...

Duarte Barradas, da Escola Conde de Vilalva, em Évora, Sara Lopes, da Escola El Rei D. Manuel I, de Alcochete e Pedro Campião, também da Escola Conde de Vilalva, foram o primeiro, segundo e terceiro classificados, respectivamente, do Prémio Literário “Eu sei escrever bEM sobre Esclerose Múltipla”, uma iniciativa que pretende distinguir o melhor texto sobre a doença elaborado por alunos do segundo ciclo (5º e 6º anos de escolaridade) e também celebrar o 30º aniversário da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e o Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla, que se assinalam ambos a 4 de Dezembro.

Esta iniciativa, que teve como parceiros a Direcção Geral da Educação (DGE) e a Biogen Idec, com o apoio financeiro do Instituto Nacional da Reabilitação (INR), promove a educação para a cidadania em consonância com as linhas orientadoras definidas pelo Ministério da Educação e Ciência, visando premiar os melhores textos originais sobre a Esclerose Múltipla, realizados por alunos do 2º ciclo de escolaridade. Os autores dos três melhores textos receberam prémios e o reconhecimento da SPEM.

O júri deste concurso foi composto por Vita Lains, da direcção da SPEM, pela escritora Maria João Lopo de Carvalho e por Dulce Godinho, em representação da DGE.

Vita Lains afirma que “a esclerose múltipla manifesta-se geralmente em jovens adultos que estão no início da sua carreira profissional ou a constituir família e que, perante o diagnóstico, acabam por ter que reavaliar todos os planos que tinham feito para o futuro. Sentimos, portanto, necessidade de criar uma iniciativa que nos ajudasse a chegar a um público mais jovem e desmistificar algumas ideias erradas que possam surgir à volta desta doença. Este prémio literário garante-nos que a informação chega aos nossos jovens pois para escrever “bEM” sobre esclerose múltipla, é preciso primeiro ler e assimilar todos os dados sobre a patologia que lhes forem transmitidos”.

Já a escritora Maria João Lopo de Carvalho, refere que “Vale a pena partilhar a esclerose múltipla, aprendê-la, ultrapassá-la, viver com ela, desmistificá-la. Costumo dizer que muito do que somos nos foi ensinado na escola: o que nos emociona, nos sensibiliza, nos move e nos faz correr a caminho da “meta”. Junto-me a esta iniciativa por acreditar que podemos formar uma geração melhor se soubermos ensinar-lhes o valor de remover uma simples pedra do meio do caminho. São eles, os mais novos, que nos vão “limpar” caminhos e horizontes, que nos vão segurar na mão, amparar quedas, ensinar o, até agora, desconhecido. Este é um prémio de palavras: uma palavra, depois outra... um poema, um texto, mas é sobretudo um prémio de “pontuação”: Vence, também, quem melhor souber pontuar este trabalho de múltiplos “esses”: sensibilidade, solidariedade e sabedoria.”

A sessão de entrega do prémio contou com a participação das escolas candidatas, do presidente do Instituto Nacional de Reabilitação, José Madeira Serôdio, e dos membros do júri, que entregaram os três primeiros prémios e duas menções honrosas.

Partnering For Cure
Cientistas portugueses estão a desenvolver estratégias de luta contra a infecção por VIH para impedir a entrada do vírus nas...

"O que propomos no nosso trabalho são duas estratégias novas e complementares, dirigidas para o que se chama a cura funcional da infecção pelo VIH", relatou Pedro Borrego, investigador do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.

A investigação integra-se nos trabalhos de desenvolvimento de novas soluções e estratégias para a cura de infecções virais crónicas, nomeadamente VIH, hepatite B e hepatite C.

Foi o trabalho escolhido para ganhar 100 mil euros por um painel de cientistas internacionais que integram o programa Partnering for Cure, uma iniciativa pioneira na Europa apoiada pela Bristol-Myers Squibb.

As estratégias propostas são baseadas em terapia genética, ou seja, "o agente terapêutico que vai desenvolver a actividade terapêutica é material genético, genes ou fracções de genes", e esta actividade será dirigida para dois alvos de acção complementares, explicou Pedro Borrego.

O investigador avançou que um dos alvos "vai actuar na entrada do vírus em células novas, que não estão infectadas, impedindo essa entrada, e outro [será] dirigido para a latência do vírus, em células que já estão infectadas". Para prevenir a entrada do vírus em novas áreas será utilizada uma pequena proteína que vai ligar-se às partículas virais no exterior da célula, impedindo que ele se ligue e infecte uma nova célula.

"Complementarmente, vamos actuar também nas células que já estão infectadas, através de um sistema novo de edição genómica, vamos provocar alterações no genoma próviral do vírus que existe na célula infectada e, ao provocar essas alterações, vamos tornar a expressão do vírus defectiva, isto é, vamos impedir a correcta expressão do vírus na célula já infectada e impedir que produza novos vírus infecciosos", especificou o cientista.

A principal importância apontada nesta abordagem relaciona-se com o facto de, na infecção pelo VIH, haver estabelecimento de reservatórios virais, em diferentes tipos de células ou locais anatómicos, como tecido linfático, onde o vírus continua a replicar-se, de uma forma estável e persistente ao longo do tempo, mesmo na presença de terapêutica anti-retroviral e de respostas do sistema imunitário.

O trabalho proposto é um estudo pré-clínico, o que quer dizer que vai ser desenvolvido e estudado 'in vitro' e não integra teste e aplicação das estratégias em ensaios em animais, o que será realizado somente numa fase posterior.

Na solução proposta, "vamos dar elementos para a própria célula produzir estes agentes terapêuticos, os quais depois vão actuar nas duas fases distintas do ciclo de replicação viral", resumiu Pedro Borrego.

"Estamos honrados e entusiasmados por receber o prémio de investigação Partnering For Cure", que vai facilitar o desenvolvimento do trabalho, salientou.

Entre Março de 2013 e Agosto de 2014
O Projecto +Abraço realizou, entre Março do ano passado e Agosto de 2014, 1.259 testes de detecção do VIH/Sida, a maioria a...

Este projecto consiste na realização de testes rápidos para o VIH "com o devido aconselhamento pré e pós testes" seguindo as linhas de recomendação do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e da Coordenação Nacional para a Infecção VIH e Sida.

Os 1.259 testes, em que 13 foram repetições, foram realizados no Porto, Matosinhos, Leça da Palmeira, Maia, Espinho, Furadouro, Esmoriz, Cortegaça, Gandra, Vila nova de Gaia, Famalicão, Marco de Canavezes, Penafiel e Covilhã. Dos testes realizados, 828 foram em faculdades, 128 em ambiente recreativo, 111 em acções de rua, 118 em praias, 74 em gabinete. Dois terços dos testes foram realizados a estudantes, 22% a trabalhadores, 6% a trabalhadores/estudantes, 3% a desempregados e 3% a reformados.

A maioria (68%) tinha entre 18 e 25 anos, 17% entre 26 e 35 anos, 7% entre 36 e 45, 5% mais de 55 anos e 3% entre os 46 e os 55 anos.

Os dados, divulgados a propósito do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, que se assinala hoje, revelam que apenas 19% utilizam sempre preservativo no sexo vaginal. Já 62% disseram que apenas usam "às vezes" e 15% nunca utilizam.

No caso do sexo oral, 67% disseram que nunca utilizam preservativo, 16% confessaram que usam "às vezes" e 6% utilizam sempre. Questionados sobre se utilizam preservativo no sexo anal, 17% disseram que nunca usam, 14% às vezes e 13% sempre. Os restantes (56%) afirmaram que não praticam este tipo de sexo.

Para o presidente da Abraço, Gonçalo Lobo, estes dados são preocupantes e indicam “cada vez mais a necessidade de trabalhar na prevenção. “É uma área em que Portugal tem vindo a apostar” e o número de casos tem vindo a diminuir, mas “ainda existe uma franja da população que não usa preservativo nas relações sexuais”, lamentou Gonçalo Lobo.

O presidente da associação defendeu que tem de haver “uma intervenção contínua no âmbito da sexualidade que venha surtir efeitos da prevenção do VIH”. “Nunca existiu uma política concertada no âmbito da saúde para a prevenção na área do VIH, existem sim acções pontuais mas que não são levadas a cabo de modo contínuo e, quanto estamos a falar na questão da sexualidade, esta não pode ser tratada na pontualidade”, sustentou.

Por outro lado, “ainda há receio das pessoas fazerem o teste e, principalmente, pelos dados que tivemos relativos a 2013, isto acontece mais na população de homens que têm sexo com homens”. “Hoje em dia reconhece-se que há uma necessidade de intervenção mais especializada junto de determinados grupos (…), o que não quer dizer que todos os outros estejam protegidos da doença” frisou, explicando que o que está em causa na transmissão desta doença são os comportamentos de riscos a que toda a população está sujeita.

O presidente da Abraço salientou a importância do Dia Mundial de Luta Contra a Sida para alertar novamente para este risco: “Nunca é demais, quando estamos a falar do campo da saúde, das pessoas se protegerem e de terem comportamentos adequados”.

Centro Médico Dentário da Abraço
Mais de 35 dentistas voluntários tratam gratuitamente da saúde oral a 1.284 seropositivos no Centro Médico Dentário da Abraço,...

“Infelizmente, nos últimos anos, temos sentido que a taxa de absentismo tem subido ligeiramente, o que está relacionado com dificuldades cada vez maiores a nível financeiro (…). É a realidade que vivemos no nosso país e que é difícil de contornar”, lamentou o director clínico do centro, Marcos Veiga.

Por mês, o Centro Médico Dentário realiza, em média, cerca de 170 consultas e, desde que abriu portas, em 2006, já efectuou 17 mil actos clínicos. Marcos Veiga explicou que a “higiene e a saúde oral têm uma influência importantíssima na saúde” e implicações a nível do VIH e de muitas outras doenças.

Os seropositivos “têm uma susceptibilidade aumentada a uma panóplia de patologia oral que é importante vigiar e diagnosticar precocemente para que tenha o mínimo de consequências sobre a sua saúde”. Mas a doença diagnosticada precocemente apenas acontece em utentes que já estão a ser acompanhados na Abraço.

“A generalidade das pessoas chega-nos com um estado de saúde oral bastante precário que é fruto da realidade do Serviço Nacional de Saúde não providenciar cuidados de qualidade a nível de saúde oral”, sublinhou.

Há cerca de três anos foi criado um cheque dentista para os seropositivos, mas, contou o dentista, os utentes continuam a procurar os serviços médicos da associação.

Apesar da existência deste cheque, “os hospitais continuam a enviar-nos os seus doentes, o que demonstra de uma certa forma que os médicos infecciologistas reconhecem que um centro dedicado poderá prestar aos doentes cuidados de muita boa qualidade”, adiantou.

Sobre situações de discriminação, Marcos Veiga afirmou que ouve esses relatos desde que o centro abriu. “Infelizmente, esses relatos continuam a existir, o que é lamentável”, mas “eu penso que a discriminação a nível dos cuidados de saúde está a melhorar”, uma situação para a qual terá contribuído o trabalho que as faculdades têm feito nesse sentido, sublinhou.

Infectada por VIH há cerca de 20 anos, Isabel (nome fictício) é uma das utentes do centro médico dentário e da Abraço e percebe os benefícios de ter uma boa saúde oral.

“Não podemos ter infecções na boca porque podem provocar problemas”, disse Isabel, no final de uma consulta no gabinete dentário.

Isabel contou que passou por várias situações de discriminação, mas disse que nunca deixou que a discriminassem, porque sabia defender-se.

“Tive várias vezes situações de discriminação e, pensassem o que pensassem, eu ia lá e falava com as pessoas. Nunca perdi um emprego por causa disso, porque também me sabia defender. Só dizia a quem tinha de dizer, ponto”, adiantou.

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