Nas áreas de oncologia e virologia
Criado em 2013 com a ambição de incentivar a investigação e a intervenção nas comunidades, o Programa Gilead GÉNESE tornou-se...

À 9ª Edição do Programa Gilead GÉNESE candidataram-se 71 projetos nacionais, tendo sido validados e avaliados 59, 40 de investigação e 19 de intervenção comunitária, submetidos por diversas entidades desde instituições de base científica e académica a grupos da sociedade civil. Foram selecionados 8 projetos de investigação e outros 5 de intervenção comunitária.

“Tal como nas anteriores edições, continuamos empenhados em contribuir para a promoção da investigação científica nacional e de iniciativas de intervenção comunitária junto de grupos da Sociedade Civil em Portugal. Acreditamos que cada projeto levado a cabo nestas áreas contribuirá, para fazer chegar aos doentes mais e melhor saúde, quer pela procura de novas abordagens terapêuticas, passando pela pesquisa ao nível de mecanismos de doença e de potenciais alvos terapêuticos, explorando novas técnicas de diagnóstico, até a iniciativas inovadoras de apoio junto de grupos de doentes inseridos nas comunidades”, afirma Ignacio Schoendorff, Diretor Geral da Gilead Sciences em Portugal.

À semelhança das edições anteriores, a 9ª edição do Programa Gilead GÉNESE conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República, que mais uma vez reconhece a relevância desta iniciativa.

O Programa Gilead GÉNESE visa apoiar projetos de investigação e projetos de iniciativa comunitária, nas áreas em que a Gilead desenvolve investigação, nomeadamente Oncologia e Virologia. A área da Oncologia contempla projetos de Hemato-oncologia, com foco nas Neoplasias Linfoides (de células precursoras e de células maduras), e Cancro de Mama e a área de Virologia projetos dedicados às hepatites virais crónicas, infeção por VIH/SIDA e Long COVID.

Na sua vertente de Investigação o Programa Gilead GÉNESE privilegia projetos que promovam a geração de resultados em saúde, a investigação com aplicação clínica e a implementação de sistemas de informação em saúde. Na vertente Comunidade, tem como foco os projetos que promovam a qualidade de vida, o diagnóstico e ligação aos cuidados de saúde e a participação cívica e cidadania de modo inovador e com impacto na vida dos doentes.

As candidaturas submetidas no âmbito do Programa Gilead GÉNESE são avaliadas segundo critérios objetivos, previamente estabelecidos e está a cargo das Comissões Externas de Avaliação de Projetos, constituídas por peritos cuja experiência e conhecimento é reconhecida em diferentes áreas do saber.

Nesta Cerimónia, além da distinção dos vencedores, terá lugar um debate sobre o tema “A inovação como motor da sustentabilidade em Saúde” que contará com a participação de Ana Jorge, Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; Margarida Couto, Presidente do GRACE - Empresas Responsáveis; Joana Branco, Diretora Executiva do Biocant; e Pedro Oliveira, Dean da Nova School of Business and Economics.

Para aplicar resultados de investigação em doentes
A Fundação “la Caixa” e o BPI vão apoiar com cerca de 300 000 euros seis projetos biomédicos inovadores que têm capacidade para...

Esta iniciativa, que oferece aos cientistas empreendedores selecionados apoio financeiro e acompanhamento através de mentoria, consultoria e formação, é levada a cabo em colaboração com a Caixa Capital Risc, uma das principais investidoras de venture capital de Espanha e com mais de 20 anos de experiência, e em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que financia dois projetos deste concurso. Um destes projetos foca o desenvolvimento de um inovador e biodegradável agente de contraste para melhorar a precisão do diagnóstico de AVC e é liderado pela Victoria Leiro, do i3S, Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto. O segundo projeto que contou com a parceria da FCT visa a identificação de um novo tipo de biomarcador para prever a progressão do cancro da mama e um possível alvo terapêutico para tratamentos personalizados, e é liderado pela Maria de Guadalupe Cabral, da NOVA Medical School.

Em termos de área de negócio, dois dos projetos pertencem à área das terapias, dois à área do diagnóstico e dois à área dos dispositivos médicos. No que toca a financiamento, os projetos premiados, todos eles na fase 1, recebem até 50 000 euros para o seu desenvolvimento nos próximos dois anos. O Programa permite que, quando atingirem metas específicas de desenvolvimento e após uma avaliação realizada por uma comissão de avaliação, os projetos avancem para fases posteriores com mais financiamento.

O CaixaImpulse Inovação dá apoio a projetos biomédicos na área da inovação e da transferência de tecnologia, ajudando os investigadores a validarem os seus ativos e a definirem a sua estratégia de exploração e valorização para fazerem chegar os seus projetos ao mercado. Fá-lo não só através de apoio financeiro, mas também de mentoria, consultoria e acompanhamento por parte de especialistas internacionais de diferentes áreas do ecossistema da inovação.

A Fundação “la Caixa” mantém o seu compromisso com a inovação e a transferência de tecnologia em biomedicina e saúde desde 2015, quando criou o primeiro programa de financiamento em Espanha. Até agora, a Fundação “la Caixa” concedeu um total de 21,3 milhões de euros a 202 projetos, dos quais nasceram 42 spin-offs, que, por sua vez, conseguiram financiamento adicional através de outros concursos competitivos ou investidores privados, num valor superior a 100 milhões de euros.

O Programa foi alargado a Portugal em 2017 e, desde então, a Fundação “la Caixa” e o BPI atribuíram 2,3 milhões de euros a um total de 23 projetos que, até à data, permitiram a criação de três spin-offs portuguesas.

Protocolo para transporte marítimo e rodoviário de bens
A Abraço - Associação de Apoio a Pessoas com VIH/SIDA e o Grupo Sousa assinaram, recentemente, um protocolo de cooperação para...

O protocolo insere-se no programa do Grupo Sousa “SOMOS SOLIDÁRIOS”, que, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente ODS 3 (Saúde de qualidade), ODS 10 (Reduzir as desigualdades) e ODS 17 (parcerias), visa a melhoria das iniciativas desenvolvidas pela ABRAÇO no apoio a pessoas infetadas e afetadas pelo VIH/SIDA e também nas ações de prevenção e de rastreio do VIH e outras infeções sexualmente transmissíveis.

A assinatura do protocolo teve lugar nas instalações da Abraço na cidade do Porto, contando com a presença de Cristina Sousa, Presidente da Abraço, e Pedro Amaral Frazão, Administrador & CSO do Grupo Sousa

Cristina Sousa, Presidente da Abraço, afirma que esta parceria “faz toda a diferença no diaa- dia da Abraço, reduzindo os custos associados ao transporte dos bens entre cidades onde intervimos permitindo a chegada de bens muitas vezes de grande volume de forma célere junto das pessoas que apoiamos. São estas parcerias que acrescentam valor aos nossos projetos”.

Pedro Amaral Frazão, Administrador & CSO do Grupo Sousa, refere que “este protocolo vem reforçar a missão da Abraço no combate ao VIH/SIDA, proporcionando-lhe os meios logísticos para que possam chegar a todas as franjas da sociedade. Está no nosso ADN promover parcerias geradoras de impacto social, nas comunidades onde operamos, esbatendo desigualdades, para melhoria da saúde e qualidade de vida das populações”.

 A Associação Abraço é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sob a forma de Associação de Solidariedade Social, com fins de saúde, que presta apoio a pessoas infetadas e afetadas pelo VIH/SIDA, desenvolvendo também ações de prevenção e de rastreio do VIH e outras infeções sexualmente transmissíveis.

O Grupo Sousa tem a sua sede na ilha da Madeira e, ao longo dos últimos 38 anos, tornouse o maior armador português de linhas de carga e um dos principais operadores portuários portugueses. Cria valor nas áreas do transporte marítimo e logística integrada, entre Portugal continental, as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, Cabo Verde e Guiné-Bissau, e, mais recentemente, opera também no setor da energia.

 

 

Promovidas pelo Serviço de Endocrinologia do SESARAM
Nos dias 19 e 20 de outubro de 2023, o Centro de Congressos do Hotel Vidamar, no Funchal, será palco das XVI Jornadas de...

Este encontro é uma referência no panorama da Endocrinologia desde 1987 e contará com o contributo de prestigiados especialistas nacionais e internacionais que irão abordar o tema da diabetes de uma perspetiva transversal. A Sessão de Abertura irá contar com o Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Miguel Câmara Ramos.

Partindo de uma visão geral da diabetes e das múltiplas formas desta síndrome, até aos desafios que coloca, entre outros tópicos, os painéis contarão com a presença de diversos especialistas, entre os quais o presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, José Silva Nunes.

O primeiro dia destas Jornadas irá também assinalar o 100º aniversário do Glucagon, através da intervenção de Peter Schwarz, responsável pela equipa de investigação do Paul Langerhans Institute Dresden. A utilização e vantagens do Freestyle Libre para a monitorização contínua da glicose na gestão da diabetes será o tema do simpósio promovido pelo Abbott, neste dia, pelas 14h30.

Os avanços médicos, as novas guidelines na terapêutica da Diabetes tipo 2, bem como as novas tecnologias e as interrogações que ainda existem sobre esta doença, vão ser alguns dos temas abordados no segundo dia do encontro, pelos convidados,  onde se contam nomes como João Filipe Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, e Manuel Sobrinho Simões,  especialista em diagnóstico e investigação em cancro, que participará na Conferência da Tireoide, abordando “O que há de novo nos tumores da Tireoide na edição de 2023 da OMS?”

A diabetes mellitus é uma doença crónica e metabólica que se caracteriza por níveis elevados de glicose no sangue e pode provocar, ao longo do tempo, danos graves no coração, vasos sanguíneos, olhos, rins e nervos, refere a Organização Mundial da Saúde (OMS).

XVI Jornadas de Diabetes da Madeira, promovidas pelo Serviço de Endocrinologia do SESARAM, irá contar com simpósios da Abbott, da Novo Nordisk, da Lilly e da Boehringer/Lilly.

Cada episódio da primeira temporada foi visto em média por 240 mil crianças
Depois do sucesso de audiências alcançado na estreia em televisão dos “Heróis da Fruta” em 2021, simultaneamente em 8 canais...

O formato “Heróis da Fruta” para televisão é uma adaptação do projeto escolar com o mesmo nome que a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) desenvolve nas escolas desde 2011, com o apoio principal da ALDI e que já beneficiou mais de 660 mil crianças.

A série de animação 100% produzida em Portugal, conta com 26 episódios que retratam as aventuras de um grupo de super-heróis que querem salvar o planeta “à dentada”, viajando pelo país à procura das frutas e legumes nacionais de origem sustentável para ganharem superpoderes.

Os atores Jessica Athayde e Diogo Amaral que dão voz às personagens principais desta série, Sushi e Yoga. “Adorei dar voz à personagem Sushi neste projeto da APCOI. É fundamental formarmos os nossos filhos para bons hábitos alimentares. Espero que os Heróis da Fruta ajudem a despertar novos hábitos nas casas de quem nos vai ouvir.” afirma a atriz Jessica Athayde a propósito da sua participação.

Para o ator Diogo Amaral "Enquanto pai, poder dar a voz pelo projeto Heróis da Fruta é para mim algo muito especial. Espero que esta ação da APCOI ajude a sensibilizar muitos pais e crianças e que as refeições fiquem mais coloridas.”

A partir de hoje, todos os dias, um novo episódio será transmitido nos canais de televisão parceiros da iniciativa: RTP2, RTP Açores, RTP Madeira e Localvisão TV.

 

 

 

Ação de sensibilização decorreu no passado dia 13 de outubro
O Alma Shopping - Centro Comercial gerido e comercializado pela consultora imobiliária CBRE - em parceria com o Hospital CUF...

Com o objetivo de alertar a população para a importância de uma postura correta e para os fatores de risco para a lesão da coluna, os profissionais de saúde do Hospital CUF Coimbra efetuaram a pesagem de bolsas, mochilas e sacos das compras transportados pelas pessoas, sensibilizando para o peso adequado e postura correta para levantar e pousar os mesmos. Durante a iniciativa, os profissionais de saúde informaram a população sobre os cuidados a ter com a coluna, nomeadamente, a postura a adotar no trabalho e em todas atividades diárias e abordaram, ainda, a importância do exercício físico e dos alongamentos para a saúde da coluna.

De acordo com Armando Lopes, Coordenador de Neurocirurgia no Hospital CUF Coimbra, “a dor na coluna é um dos principais fatores de incapacidade e absentismo laboral, pelo que é fundamental sensibilizar a população para a modificação dos fatores de risco mais importantes para esta condição”. O transporte de pesos de forma desadequada é um desses exemplos: “apenas devemos transportar até 10% do nosso peso corporal, dividido por ambos os lados”, refere o especialista, alertando que “a adoção de posturas corretas no dia-a-dia permite evitar várias lesões na coluna”.

Segundo João Teixeira, Diretor do Alma Shopping, “estima-se que 1 em cada 3 portugueses sofre diariamente de dores de costas, impactando drasticamente a sua qualidade de vida. Por isso mesmo, queremos, cada vez mais, ser um agente ativo junto da comunidade, alertando e sensibilizando a mesma para comportamentos de risco e formas de prevenção”.

 

Inquérito internacional revela o que as mulheres sabem (e não sabem) sobre a microbiota
Apenas uma em cada cinco mulheres sabe exatamente o que é a microbiota vaginal, mas o conhecimento aumenta quando se utiliza o...

Em termos globais, os resultados deste inquérito revelam uma falta de compreensão generalizada sobre o contributo da microbiota vaginal para a saúde e sobre as formas de a preservar, para prevenir, por exemplo, irritações ou infeções.

Além disso, mostra que ainda são poucos os profissionais de saúde que abordam este tema nas consultas, sobretudo com as mulheres mais idosas.

Apenas 1 em cada 4 mulheres com 60 ou mais anos afirma que o seu médico lhe ensinou o que é a microbiota vaginal e para que serve. Ao contrário, o grupo etário dos 25 aos 34 anos é o mais bem informado pelos médicos.

Em termos gerais, menos de 1 em cada 2 mulheres recebeu explicações sobre o que é a microbiota vaginal, qual a sua função e os comportamentos a adotar para manter uma microbiota vaginal equilibrada.

Mas o que é afinal este órgão tão pouco conhecido?

Microbiota é o termo usado para definir a comunidade de microrganismos num ambiente específico, como por exemplo a microbiota vaginal (mais conhecida como flora vaginal).

Se estiver saudável e equilibrada terá muitas centenas de bactérias benéficas e um menor número de bactérias prejudiciais para a saúde e fungos (Candida, por exemplo).

Algumas bactérias, particularmente os lactobacilos, ajudam a manter um ambiente vaginal saudável e impedem que microrganismos nocivos se instalem na vagina. Qualquer desequilíbrio poderá levar a sintomas como corrimento incomum, ardor e irritação, prurido e odor vaginal desagradável.

A microbiota vaginal é uma comunidade dinâmica, sujeita à influência de diferentes fatores, e que evolui ao longo da vida. A sua composição muda radicalmente desde a infância, ao passar pela idade adulta, e até à menopausa.

Daí que seja importante usar produtos de higiene íntima adequados, além de outros cuidados, como evitar roupa apertada e tecidos sintéticos (optar por algodão), mudar regularmente o penso higiénico ou tampão durante a menstruação ou banir os duches vaginais, porque a microbiota vaginal tem uma função de autolimpeza.

 

 

Cientistas da Fundação Champalimaud
O objetivo é ambicioso: criar um sistema estandardizado de armazenamento na nuvem de dados de doentes, devidamente anonimizados...

Por ocasião do Open Day da Unidade de Mama da Fundação Champalimaud (FC), que se realiza hoje, 16 de outubro, vai ser apresentada uma infraestrutura inédita de armazenamento, consulta e análise de dados médicos por investigadores. Foi criada pelo Digital Surgery Lab daquela unidade, uma equipa multidisciplinar liderada pelo cirurgião Pedro Gouveia, em parceria com a Altice e a empresa portuguesa BMD Software.

Por que é que esta infraestrutura é inédita? “Hoje, em Portugal e na maioria dos centros na Europa, quando é preciso aceder a dados de imagem médica – para fazer investigação, nomeadamente –, tem de se ir aos hospitais consultar os arquivos de imagens de doentes e gravar a informação em CD”, explica Gouveia. Em pleno século XXI, estamos ainda a usar discos físicos para transferir informação!”

Este não é um método seguro, frisa ainda o médico, porque não é possível controlar quem tem acesso a estes dados, nem ter a certeza de que o processo da sua anonimização (indispensável para garantir o cumprimento do regulamento de proteção de dados, o GDPR na sigla em inglês) tenha sido feito corretamente. “Agora, pela primeira vez, nós conseguimos demonstrar que é possível transferir e armazenar ficheiros digitais em segurança, de forma virtual, via internet, utilizando ferramentas que já existem nos hospitais”, acrescenta Gouveia.

O facto de os dados poderem ser armazenados na nuvem torna a sua acessibilidade muito mais simples e imediata às pessoas acreditadas. Mas estes investigadores vão mais longe: se o formato desses dados estiver devidamente normalizado, explicam ainda, é possível vislumbrar um futuro em que os hospitais e centros de investigação possam transferir dados médicos entre si de forma totalmente transparente para o utilizador final.

Gouveia dá um exemplo da situação atual: cada hospital escolhe o seu próprio formato de datas, nomeadamente o norte-americano ou o europeu. “Como é que podemos esperar que dois sistemas comuniquem, se isso não estiver estandardizado?”, questiona.

“Ora, nós já conseguimos fazer essa estandardização e obter essa interoperabilidade. O Hospital de Santa Maria, por exemplo, poderia ir buscar imagens médicas e dados clínicos das doentes com cancro da mama tratadas na Fundação Champalimaud sem ter de descobrir primeiro como é que nós fazemos a formatação das datas ou de outros elementos. Porque tudo isso já terá sido estandardizado.

A criação desta infraestrutura é apenas a primeira fase de um projecto, baptizado MetaBreast – que Gouveia tem desenvolvido, nos últimos anos, com colegas da Unidade de Mama e outros parceiros. O projecto foi recentemente aprovado para receber financiamento do Plano de Resiliência e Recuperação português (PRR) – do qual cerca de 1,4 milhões de euros irão para a FC. (https://fchampalimaud.org/ptpt/news/cirurgia-do-cancro-mama-do-futuro-esta-chegar).

Metaverso cirúrgico

A nova infraestrutura irá, para já, ser utilizada para fazer investigação (desenvolver software, testar a fiabilidade e segurança dos dados armazenados, etc.), mas o objetivo da equipa é criar, numa segunda fase, um dispositivo médico comercial (financiado pelo PRR), que irá permitir aos médicos aceder aos dados de saúde e de imagem através de óculos de realidade aumentada.

Entramos aqui no chamado “metaverso cirúrgico” – que, para Gouveia, é indubitavelmente o futuro da cirurgia. É que, como os óculos de realidade aumentada se ligam à internet, a nova infraestrutura deverá tornar possível o acesso aos dados das doentes, através destes óculos, diretamente no bloco operatório.

Mais precisamente, o derradeiro objetivo do MetaBreast é criar um dispositivo médico que, graças a um software ou um serviço, use a internet para permitir que os cirurgiões da mama (e outros mais tarde) tenham acesso, através de óculos de realidade aumentada, aos dados de imagem e aos dados clínicos das doentes com cancro, em tempo real, durante as cirurgias. Os cirurgiões poderão assim sobrepor diversas imagens radiológicas da doente ao corpo real da doente, em direto no bloco operatório, tornando a cirurgia mais precisa – ou ainda consultar diretamente outros tipos de dados clínicos sobre essa mesma doente se e quando for necessário (https://fchampalimaud.org/pt-pt/news/tecnologia-de-realidadeaumentada-e-modelos-3d-personalizados-da-mama-utilizados-pela-primeira)

O primeiro passo do projeto MetaBreast era inicialmente criar uma base de dados online, ditos “pseudoanonimizados”, de várias centenas de doentes com cancro da mama, com imagens médicas anotadas, fotografias do torso e outros dados pertinentes de cada uma. A pseudo-anonimização garante ao mesmo tempo a segurança dos dados (GDPR), graças à atribuição de uma chave, de um código secreto, aos dados de cada doente, e a possibilidade de o médico que trata a doente saber quem é a doente, em caso de necessidade, através dessa mesma chave. “E é uma forma mais ética fazer a pseudo-anonimização dos dados, porque se for feita alguma descoberta relevante para uma doente, o médico que a trata poderá agir em consequência”, explica Gouveia.

“Interoperabilidade é a palavra-chave”

Com o desenvolvimento da infraestrutura hoje apresentada, esta parte do projecto tornou-se mais ambiciosa. “Já tínhamos falado de criar uma base de dados online”, lembra Gouveia. “Mas o que estamos agora a criar é muito mais do que isso. Uma base de dados online é uma coisa normal em qualquer projeto. O que nós fizemos é uma coisa completamente diferente: criámos um ‘sistema de interoperabilidade’ e armazenamento de dados em saúde”, conectando digitalmente o sistema clínico a um repositório de dados em nuvem.

Esta é que é a novidade, explica ainda o cirurgião. “Interoperabilidade é a palavra-chave”, afirma. Significa deixar de depender da extração manual dos dados dos doentes para um CD ou para uma tabela de Excel e conseguir que os sistemas informáticos comuniquem em tempo real, transfiram dados entre si e os anonimizem ou pseudo-anonimizem de um lado para o outro de uma forma automática e segura.

Os arquivos de imagens médicas dos hospitais já possuem um sistema estandardizado, denominado PACS (Picture Archiving and Communication System) e desenvolvido utilizando um standard chamado DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), que veio substituir os filmes radiológicos convencionais. Em cada hospital, estes arquivos de imagens médicas recebem os ficheiros de imagens directamente dos equipamentos que, nesse hospital, realizam registos radiológicos como as TAC, ressonâncias ou raios X.

Quanto aos dados não imagiológicos – que na Fundação Champalimaud, por exemplo, estão contidos num processo clínico eletrónico – também vão estar integrados na nova infraestrutura.

“Todos os dados de imagem e os processos clínicos da Unidade de Mama vão ser transferidos para dois computadores da rede privada da Altice nas Picoas (Lisboa)”, diz Gouveia. Para isso, a equipa criou, dentro da nuvem do Centro Clínico Champalimaud, um PACS dito de gateway – isto é, um PACS de transferência – que recebe os dados do PACS clínico da Unidade de Mama, pseudo-anonimiza-os e envia-os a seguir para fora da nuvem da clínica, para um terceiro PACS, apelidado de PACS de investigação, instalado nos servidores da Altice. Este último está disponível por VPN aos investigadores da Fundação e aos membros do consórcio MetaBreast, que passam a ter acesso não só aos dados de imagem, mas também aos dados não imagiológicos armazenados pela Altice.

“A unidade da Mama tem já 3.500 doentes com dados clínicos estruturados que vão, portanto, poder ‘viajar’ de PACS em PACS até ao destino final”, acrescenta Gouveia. E até as próprias doentes, se o desejarem, poderão um dia aceder, com as devidas credenciais, a todo o seu processo clínico eletrónico a partir de qualquer hospital ou clínica que possua um PACS.

Um trio de PACS

Neste momento, o PACS de gateway e o PACS de investigação já estão operacionais e já começaram as transferências de um para o outro. A equipa tenciona testar a fiabilidade da infraestrutura com várias centenas de doentes recrutadas para o efeito (das quais já foram recrutadas 25% – mais de 100 doentes desde fevereiro 2023). “Para este estudo clínico”, explica Gouveia, “estamos a recolher dados de ressonância magnética das doentes em duas posições – de barriga para baixo e de barriga para cima – e também a construir mapas da superfície do corpo de cada doente, com um dispositivo específico, numa posição análoga à da cirurgia.”

As ressonâncias magnéticas anonimizadas irão também permitir a João Santinha, especialista de inteligência artificial aplicada às imagens médicas do Digital Surgery Lab, treinar os algoritmos de inteligência artificial que está a desenvolver. Desta forma, sem precisar de aceder diretamente ao PACS clínico da Fundação, que contém a identidade das doentes, o investigador poderá fazer a segmentação automática dos diferentes tecidos mamários e identificar onde é que está o tumor, onde está a gordura e o tecido fibroglandular. São esses algoritmos que tornarão possível a construção dos modelos 3D personalizados das doentes que os cirurgiões irão um dia visualizar – de forma rotineira, se tudo correr bem. “Para conseguirmos treinar os nossos algoritmos de IA precisamos de transferir os dados de pelo menos 400 doentes para a nova infraestrutura”, esclarece Gouveia.

Mais: até poderá ser possível, no futuro, aproveitar dados presentes nas imagens médicas, mas que ainda não estão a ser explorados, para melhorar a qualidade de vida das doentes. Santinha exemplifica: “As doentes com cancro da mama, quando fazem uma cirurgia conservadora, fazem sempre a seguir radioterapia para garantir a erradicação da doença. E precisam portanto de fazer uma TAC de planeamento da radioterapia de forma a identificarmos os órgãos de risco e as regiões em que queremos ter determinadas doses de radiação. Ora, há uma série de informações que são visíveis nestas imagens, mas que hoje em dia não estamos a utilizar, como problemas cardiovasculares que as doentes já tenham ou que possam vir a ter, riscos de doença cardiovascular, de osteoporose, de doença obstrutiva respiratória.”

Estes sinais poderão vir a ser utilizados um dia para identificar as mulheres com cancro da mama com risco de outras doenças e conseguir adaptar os tratamentos de forma a minimizar esses riscos ou os efeitos dessas doenças.

Heka, deus do Egipto

A equipa está, entretanto, a preparar-se para criar uma spin-off que permita comercializar o dispositivo médico de IA e realidade aumentada que venha a ser desenvolvido, no âmbito do projeto MetaBreast, pelo Digital Surgery Lab.

“Estamos em processo de registo da empresa, que se vai chamar Heka Vision”, diz Gouveia. “Temos um roadmap a cinco anos com necessidades de investimento de 13 milhões de euros para realizar todos os ensaios clínicos necessários e colocar o dispositivo no mercado”, acrescenta. E salienta ainda que, embora as aplicações em desenvolvimento do dispositivo sejam ainda exclusivamente na área da cirurgia do cancro da mama, o seu âmbito de utilização poderá obviamente vir a expandir-se.

Porquê o nome Heka Vision? Foi Tiago Marques, neurocientista e especialista em visão artificial (computer vision), que também pertence ao Digital Surgery Lab e ao projeto MetaBreast, que o sugeriu. Um parêntese: para além dos três investigadores séniores aqui citados, o Digital Surgery Lab conta com três alunas de doutoramento, dois software developers vindos de uma empresa externa, mas com dedicação exclusiva – e irá integrar em breve vários alunos de mestrado e de licenciatura. “Já somos mais de dez”, diz Gouveia.

Voltando ao nome da futura empresa, “Heka era o deus egípcio da medicina e da magia”, explica Marques. “Portanto, o seu nome faz sentido porque estamos a desenvolver dispositivos médicos. Mas também gostamos do facto de ser um deus da magia, porque estamos a desenvolver uma tecnologia que, no fundo, funciona quase como magia, não é?” Marques inspirou-se numa frase do escritor de ficção científica e futurista Arthur C. Clarke, que disse que uma tecnologia suficientemente desenvolvida parece magia para as pessoas que não a conhecem. “O nome Heka Vision traduz bem essa ideia de uma visão médica e ao mesmo tempo mágica”, salienta.

 

 

Próximas sessões a 18 e 25 de outubro
A gravidez requer uma monotorização constante do estado de saúde da mãe e do bebé, ao logo de toda a gestação. Como forma de...

É expectável que com a gravidez apareçam também os enjoos, cansaço e até azia. Estes sintomas são considerados normais durante a gestação, mas existem outros aos quais as mulheres devem estar atentas, de forma a conhecerem melhor o seu novo corpo e perceberem se tudo está bem consigo e com o seu bebé. Para ajudar as grávidas a reconhecerem estes sintomas e sinais de saúde durante a gravidez,  a enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia, Sara Paz, vai conduzir  primeira sessão, no dia 18 de outubro, pelas 21h00.

Também nesta sessão, a enfermeira e conselheira em aleitamento materno Raquel Fonseca vai marcar presença para falar sobre a importância do contacto pele com pele com o bebé, que serve para tranquilizar o mesmo, assegurando-lhe que, apesar de já não estar dentro da barriga da mãe, continua seguro.

Outro tema que pode gerar alguma ansiedade é pensar como será a comunicação com o bebé, numa fase em que este ainda não fala e, por isso, a terapeuta da fala, Carina Pinto, vai dar uma aula de Baby Signs, exemplificando gestos que podem ensinar aos seus bebés e que representam determinadas palavras.

Já no dia 25 de outubro,  pelas 21h00, as participantes podem contar com o apoio da enfermeira parteira, Isabel Ferreira, que as ajudará a cuidarem do seu períneo na gravidez, parto e pós-parto.

Durante esta sessão, a enfermeira especialista em saúde materna e obstétrica, Teresa Coutinho, vai ajudar os casais que receiam o choro do bebé, explicando algumas das causas que o provocam e partilhando técnicas que podem prevenir esta situação.

Para terminar a sessão deste dia, Rafaela Peixoto, fundadora da modalidade Sling Dance, vai dar uma aula de dança para as grávidas e mães com bebés de colo. O Sling Dance consiste em permitir que as mães continuem a sua atividade física, mesmo com os seus bebés ao colo. Através de movimentos simples e suaves, sem impacto, pode criar-se um momento extremamente agradável para as mães e seus bebés.

A Crioestaminal também marcará presença em ambas as sessões, representada pela conselheira em células estaminais, Joana Gomes, e a diretora médica, Alexandra Machado, que vão explicar todos os passos da criopreservação e  os potenciais terapêuticos das células estaminais.

Empresa bio farmacêutica global, centrada na inovação e tratamentos especializados
Carlos Martínez Caballero é o novo Diretor da Unidade de Negócio de Oncologia para Espanha e Portugal. Martínez Caballero...

Carlos Martínez Caballero desenvolveu o seu percurso profissional na indústria farmacêutica, onde desempenhou diferentes cargos de responsabilidade na área de vendas e marketing de diversas multinacionais e vários países durante os últimos 20 anos, aproximadamente. Em Espanha, foi Diretor da Unidade de Negócio de Oncologia e da Unidade de Fertilidade da Merck e Brand Manager na Roche. Também foi Global Marketing Manager na Abbott USA e na Nutricia Holanda e na Lilly México desempenhou a função de Product Manager. Integra a Ipsen vindo da Ferring, onde até agora era Diretor da Unidade de Negócio de Medicina Reprodutiva para Espanha, Grécia e Portugal.

“Gostaria de agradecer à Ipsen pela oportunidade que me proporciona de fazer parte desta grande equipa. Espero que a minha experiência e a minha vocação contribuam para alcançarmos grandes êxitos nesta área estratégica da Empresa, através da inovação e da diferenciação”, afirmou Carlos Martínez.

“Estamos convictos de que a experiência de Carlos Martínez nos ajudará a alcançar as metas definidas a médio prazo na área de oncologia. Além disso, a sua ampla experiência na industria contribuirá para a introdução de novos pontos de vista e linhas de trabalho que, certamente, reforçarão a nossa posição nesta área”, salientou Aurora Berra de Unamuno, Diretora Geral da Ipsen Iberia.

Carlos Martínez Caballero é licenciado em Negócios Internacionais pela Universidade Pan-americana do México, tem uma pós-graduação em Finanças pela mesma universidade, um MBA em ICADE e um mestrado em marketing digital pelo ISDI.

 

 

 

Como a quiroprática pode ajudar
Se já ouviu falar da dor ciática ou, pior ainda, já sentiu, sabe que não é brincadeira!

Bem, a dor ciática acontece quando o nervo ciático, o mais longo nervo do nosso corpo, fica irritado ou comprimido. Essa irritação pode causar uma dor que começa nas costas e se estende até à parte de trás da perna. E quando falamos em "tanta gente", estamos a falar a sério! Estima-se que cerca de 40% das pessoas entre os 40 e 59 anos de idade experimentarão dor ciática em algum momento das suas vidas. A dor ciática é mais prevalente em pessoas que trabalham com pesos, estão sentadas muito tempo ou estão expostas a vibrações constantes como a condução. Infelizmente estas dores podem interferir significativamente com a nossa qualidade de vida afetando a produtividade e mesmo levando a dias de trabalho perdidos.

"Ok, isso é intrigante, mas o que posso fazer sobre isso?" - perguntam muitos. À parte das muitas coisas que já ouvimos falar como as intervenções através de medicamentos ou cirúrgicas, até mesmo aos exercícios que podemos ser pró-ativos em fazer, a resposta pode estar nas mãos de um quiroprático. Sim, quiropráticos são especialistas em cuidados com a coluna!

Pesquisas científicas mostram resultados promissores. Um estudo revelou que os pacientes que receberam tratamento quiroprático para dor ciática tiveram uma redução significativa na intensidade da dor e na frequência dos episódios. Ou seja, menos "choques elétricos" e mais momentos de alívio, logo mais qualidade de vida!

Agora, se está a pensar: "Mas eu nunca fui a um quiroprático...", não se preocupe. É sempre um bom momento para começar. Lembre-se de procurar profissionais qualificados e, acima de tudo, ouça o seu corpo. Afinal, ninguém conhece melhor as suas dores do que você!

Por isso, se a dor ciática está a tornar os seus dias cinzentos, talvez seja a hora de dar uma oportunidade à quiroprática. Quem sabe, em breve, poderá voltar a dançar, correr ou simplesmente caminhar sem aquela "dorzinha" chata a incomodar.

Até lá, lembre-se: o seu bem-estar está em suas mãos e, talvez, quem sabe, nas mãos de um quiroprático!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto desenvolvido pela APPIA quer melhorar a distribuição de alimentos aos mais carenciados
“E-integrar” é o grande vencedor da 11.ª edição do Prémio MSD | Maria José Nogueira Pinto. Desenvolvido pela APPIA – Associação...

O projeto mereceu a distinção do júri do Prémio, presidido por Maria de Belém Roseira, por ser a iniciativa que melhor corresponde ao conceito de “socialmente responsável na comunidade onde nos inserimos”, defendido por Maria José Nogueira Pinto.

Os pedidos de apoio alimentar no Algarve têm vindo a ter uma maior expressão, ano após ano, uma vez que muitas famílias veem os seus rendimentos a serem cada vez mais pressionados, devido ao aumento generalizado dos preços dos bens essenciais e das taxas de juro. Nesse sentido, o projeto “E-integrar” pretende garantir que as famílias mais vulneráveis, sem exceção, como desempregados, idosos com baixos rendimentos, famílias monoparentais, pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes e refugiados tenham acesso a uma distribuição mais equitativa e adequada a apoios alimentares, como forma de promover a inclusão social.

A iniciativa proporciona, através da utilização de uma plataforma digital, a gestão e distribuição do apoio alimentar, identificando quais as famílias vulneráveis por meio da elaboração de uma rede de mapas, acabando por não permitir a duplicação do apoio. Além disso, a inovação estende-se à implementação de recursos de monitorização e avaliação contínua das especificações alimentares de cada beneficiário, permitindo a realização de ajustes às necessidades de cada um, em tempo real. A “E-integrar” resulta da colaboração estratégica com instituições académicas e de saúde, como a Universidade do Algarve e a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.

Como forma de assegurar a qualidade dos alimentos fornecidos, a plataforma utiliza critérios nutricionais baseados na dieta mediterrânia desenhados em parceria com especialistas.

O montante do prémio vai permitir a criação da plataforma digital inovadora, dando assim início ao projeto “E-integrar” na região do Algarve.

Nesta edição, o Júri atribuiu ainda duas Menções Honrosas aos seguintes projetos: “VolunTalento”, da Pista Mágica, do Porto e “Melhorar as respostas às vítimas de Tráfico de Seres Humanos - Portugal contra o TSH”, da Associação para o Planeamento da Família, em Lisboa.

Este ano, o Prémio MSD | Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social validou, uma vez mais, dezenas de candidaturas de projetos inseridos em várias áreas de intervenção social, desenvolvidos em Portugal continental e ilhas.

O Prémio MSD | Maria José Nogueira Pinto é atribuído anualmente ena edição deste ano, o Grande Vencedor deverá receber o valor de 15.000€ (quinze mil euros) e cada uma das Menções Honrosas receberá um montante de 2.500€ (dois mil e quinhentos euros). Instituído em 2012 pela MSD, o Prémio pretende distinguir o trabalho desenvolvido por pessoas, individuais ou coletivas, que se tenham destacado no contexto da responsabilidade social.

21 de outubro no Edifício Core, em Carnaxide
A Joaquim Chaves Saúde vai realizar, no dia 21 de outubro, uma reunião clínica dedicada à especialidade de Psiquiatria,...

Inserida nas CORE Sessions, esta iniciativa integra um ciclo de eventos científicos para partilha de conhecimento, conduzidos por profissionais de saúde de diferentes especialidades e realizados no Auditório do Edifício CORE, da Joaquim Chaves Saúde, em Carnaxide.

Numa altura em que a saúde mental tem vindo cada vez mais a debate e há um crescente conhecimento em relação ao diagnóstico e tratamento das perturbações psiquiátricas, a Joaquim Chaves Saúde apresenta uma equipa multidisciplinar, integrando diferentes equipas e especialidades médicas, que garantem a resposta mais eficaz de acordo com cada patologia.

Com início às 9h, a sessão conta com abertura por parte da Dr. Luis Lebre, diretor clínico da Joaquim Chaves Saúde, e com a participação de vários especialistas na área da Psiquiatria, de forma a debater temas como a depressão e ansiedade, a importância da avaliação neuropsicológica, a perturbação obsessivo-compulsiva e as perturbações do comportamento e da memória associadas ao envelhecimento.

A inscrição no evento poderá ser feita aqui.

 

Iniciativa conta com apresentação de estudo sobre o impacto da doença em Portugal
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) vai organizar, no dia 28 de outubro, com início às 09h15 e final previsto para...

“O mieloma múltiplo é uma doença hemato-oncológica rara, o que torna a promoção da educação sobre a doença fulcral. Estes seminários procuram proporcionar aos doentes, cuidadores e profissionais de saúde um aprofundamento dos seus conhecimentos no que diz respeito a esta patologia”, explica Manuel Abecasis, Presidente da APCL.

O evento, que vai decorrer exclusivamente em formato presencial, vai contar com várias palestras centradas em diversos aspetos da doença, como terapêuticas novas e atuais na área do mieloma múltiplo, relação da doença com a estrutura óssea, os cuidados essenciais para os cuidadores e a importância do apoio emocional e grupos de apoio nesta patologia. Durante a sessão, Cristina João, hematologista na Fundação Champalimaud, irá apresentar os resultados do estudo ‘Viver com o mieloma múltiplo: impacto na vida dos doentes em Portugal’.

Haverá ainda uma mesa redonda para refletir sobre a gestão dos efeitos adversos das novas terapêuticas, que terá o contributo de Rui Bergantim, hematologista no Centro Hospitalar e Universitário de São João; João Gil, oftalmologista no CHUC; Mariana Reis, nefrologista no CHUC; Beatriz Santos, cardiologista no CHUC; e Ana Cabral, psiquiatra também no CHUC. A moderação deste momento, que vai permitir conhecer as várias perspetivas de diferentes especialistas, ficará a cargo de Catarina Geraldes, hematologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

A inscrição no evento é gratuita e pode ser feita através do preenchimento do formulário, enviando email para [email protected] ou através do contacto telefónico 213 422 205. A iniciativa conta com o apoio das farmacêuticas GSK, Janssen, Sanofi, Sebia e Takeda.

 

 

Dia Mundial da Alimentação assinala-se a 16 de outubro
A disfagia, caracterizada pela dificuldade em mastigar e engolir alimentos, é uma realidade frequent

Cada doente é único, exigindo uma abordagem personalizada. Os familiares e cuidadores desempenham um papel fundamental na identificação precoce das dificuldades associadas à alimentação no pedido de ajuda especializada. O acompanhamento numa consulta de alimentação desempenha um papel crucial na avaliação, prevenção e tratamento destas dificuldades, oferecendo planos alimentares personalizados adaptados às necessidades individuais de cada doente, após avaliação especializada. O doente é, ainda, um parceiro ativo na definição de objetivos nutricionais e preferências alimentares. A variedade de opções alimentares é maximizada para atender às necessidades individuais de cada doente, garantindo que o prazer pela alimentação não seja comprometido.

Ao contrário do que dizem alguns mitos nem todos os doentes com disfagia necessitam de adaptar a textura e consistência dos alimentos e, mesmo quando existe essa necessidade, não significa que os purés e papas sejam a melhor opção para salvaguardar a segurança das refeições.

A abordagem da disfagia deve ser multidisciplinar, envolvendo uma equipa de profissionais de saúde, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, médicos, auxiliares de ação médica e colaboradores da restauração para lidar com a condição, especialmente em caso de internamento.

O modelo de cuidados do CNS – Campus Neurológico, centro português especializado em doenças neurológicas, não só tem por base esta multidisciplinariedade. Adicionalmente, através de cursos para profissionais de saúde e cuidadores, rastreios gratuitos e ações de sensibilização, pretende sensibilizar e informar o público em geral sobre as doenças neurológicas. Numa época em que temos acesso a tanta informação é importante garantir que essa informação é credível e tecnicamente correta. A recomendação principal é procurar orientação individualizada com um profissional de saúde

especializado e, na dúvida, questionar sempre. Educar e envolver os familiares e cuidadores formais ou informais é igualmente importante, existindo também vários momentos de formação para cuidadores.

Neste Dia Mundial da Alimentação, é importante lembrar que a alimentação desempenha um papel fundamental na nossa saúde ao longo de toda a vida. Não existe um padrão alimentar único, mas sim a importância de adotar uma dieta variada, equilibrada e integrada num estilo de vida ativo e consciente. É essencial compreender que a alimentação desempenha um papel comprovado na prevenção de doenças não transmissíveis e que, em muitos casos de doenças, deve ser guiada por profissionais de saúde qualificados.

Especificamente, nas doenças neurológicas, um acompanhamento nutricional adequado pode significar uma melhoria significativa na qualidade de vida dos doentes e dos seus cuidadores.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aula decorre dia 21 de outubro no Hospital de Santa Maria e dia 30 no IPO de Coimbra
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) defende que o exercício físico devidamente...

“Fala-se muito da necessidade de humanizar e personalizar cada vez mais a Medicina, o que engloba não só a relação médico-doente, mas também a individualização terapêutica, tendo em conta as necessidades que cada pessoa apresenta num determinado momento da sua jornada oncológica. Os planos terapêuticos têm de ser desenhados numa perspetiva mais holística, incluindo o tratamento dirigido ao cancro, claro, mas também o tratamento de suporte, pois as pessoas têm uma vida para viver para além da doença e precisam de a viver com a máxima qualidade e bem-estar possível”, afirma Telma Costa, médica oncologista e membro da direção da AICSO. 

A médica acrescenta que há evidência científica de que o exercício físico é eficaz na melhoria de alguns sintomas e performance física, e seguro nas várias fases da doença.  “Queremos que esta mensagem chegue a todas as pessoas, em particular aos doentes, para que possam falar e aconselhar-se com as suas equipas de saúde, e a quem tem o poder de decidir, para que o exercício físico seja reconhecido, não apenas como uma atividade de lazer, mas sim como uma opção terapêutica de suporte, acessível e com o acompanhamento adequado por profissionais especializados neste grupo de doentes. O que queremos é uma Medicina mais humanizada e personalizada, que trará certamente vantagens para todos”, afirma.  

Telma Costa reforça que existem atualmente opções terapêuticas inovadoras que conferem mais anos de vida com qualidade, além de avanços ao nível dos meios de diagnóstico, o que ajuda a explicar a diminuição progressiva da mortalidade e uma maior sobrevivência, mesmo daqueles com doença metastizada. “Mas nós podemos ainda oferecer mais e melhor a estas mulheres, ou seja, podemos associar a esta inovação melhorias na aptidão física, qualidade de vida e bem-estar, atenuando efeitos adversos relacionados com a doença e tratamentos, e prevenindo outras patologias e complicações futuras”, diz. 

Para chamar a atenção para a importância do exercício em mulheres com cancro de mama a AICSO, através do programa ONCOMOVE, lançou a campanha “Mais vida e em equilíbrio com o cancro da mama” que conta com o apoio de diversos parceiros* na área da Saúde, entre os quais os serviços de Oncologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o IPO de Coimbra. “Vamos estar no maior hospital do país no dia 21, às 10h30, para dar uma aula para mulheres que têm ou tiveram cancro de mama e, em Coimbra, a 30 de outubro, às 15h30, a coincidir com o Dia Nacional da Prevenção contra o Cancro da Mama”, revela Anabela Amarelo, membro da AICSO e enfermeira de Oncologia, especialista em Enfermagem de Reabilitação no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. 

Anabela Amarelo sublinha que a evidência científica sobre os benefícios do exercício, se torna ainda mais importante quando a pessoa apresenta cancro da mama avançado com metastização a nível esquelético (ou do osso), dado o risco de fratura e de outras complicações. Não esconde que nestas situações, a prática de exercício é subutilizada, não sendo recomendado pela maioria dos médicos assistentes e enfermeiros de oncologia, porque têm dúvidas quanto à segurança e ao risco de complicações. Reconhece que a pessoa com metastização óssea compreende um perfil clínico único e multifacetado, o que torna a estratégia da reabilitação pelo exercício um verdadeiro desafio.  

No entanto, revela que, recentemente, um painel de especialistas em Exercício Físico e Cancro formulou consensos dedicados exclusivamente a indivíduos com metástases esqueléticas, o que veio ajudar os profissionais de saúde e da área da reabilitação física a estabelecer as estratégias adequadas para esta população específica. Essas recomendações atestam a segurança e eficácia do treino em pessoas com cancro metastático a nível esquelético.  

Acrescenta que, nestes casos, o foco deve estar numa avaliação cuidadosa que permita estabelecer um plano cujos objetivos sejam: a preservação da função física, o auxílio do controlo de sintomas, a prevenção das complicações e, se possível, fazer com que a pessoa que vive com metástases ósseas do cancro da mama se torne o mais funcional possível. Neste sentido, acredita que a prática de exercício físico pode ser uma boa resposta, mas a especificidade desta abordagem deve levar a que a equipa de saúde que acompanha a pessoa com metástases ósseas esteja disponível a discutir o caso e comunicar rotineiramente com o profissional de exercício que realiza o plano de treino (seja o fisiologista do exercício, fisioterapeuta ou enfermeiro de reabilitação). 

“É fundamental que os profissionais de saúde desta área e as pessoas que cuidam, tenham esse conhecimento sobre a segurança e benefício das intervenções com base no exercício físico. Como em qualquer outra área, sabemos que uma abordagem personalizada e uma boa comunicação entre especialistas será o garante para uma prestação de cuidados global e que vá realmente ao encontro das necessidades de quem cuidamos”, diz. 

Lembra ainda que os benefícios do exercício não se limitam apenas ao cancro da mama. “Nós temos já muito caminho percorrido no programa ONCOMOVE, na reabilitação do doente oncológico. Desenvolvemos, por exemplo, os projetos MAMA_MOVE e PROSTATA_MOVE para otimizar o tratamento da pessoa que vive com e para além do cancro. É um programa multidisciplinar com resultados comprovados”, remata

Curso organizado em 4 módulos
Dar a conhecer e incentivar uma alimentação saudável para crianças e jovens e reforçar a importância da envolvência familiar...

Planeado e desenvolvido por uma equipa de nutricionistas para apoiar familiares e cuidadores de crianças, o curso integra componentes teóricas e práticas, desde a escolha dos alimentos atá à confeção e consumo. Permite compreender e implementar estratégias para melhorar a alimentação dos mais jovens e contornar os habituais obstáculos que surgem nestas idades. 

O curso está organizado em quatro módulos – Alimentação saudável nos primeiros anos de vida; A alimentação em família e na escola; Como educar as crianças para uma alimentação saudável; Como implementar as recomendações para uma alimentação saudável em crianças: estratégias práticas. É composto por 20 vídeo-aulas, cada uma com cinco a sete minutos de duração. Cada módulo termina com um teste de avaliação que abrange os conteúdos abordados.

As inscrições encontram-se a decorrer até 31 de dezembro, estando disponíveis na respetiva página do curso.

No âmbito do Plano Nacional de Saúde, a Direção-Geral da Saúde definiu enquanto prioridade a redução o consumo de alimentos não saudáveis em pelo menos 15% até 2030. Sendo os primeiros anos de vida fundamentais para estabelecer os hábitos alimentares de uma criança, esta formação pretende promover da implementação de estratégias práticas que facilitem a adoção das recomendações alimentares desde o momento da gestação até à adolescência.

A plataforma NAU é um projeto pioneiro em Portugal dedicado ao ensino e formação online, reconhecido pela sua versatilidade na adequação de temáticas dirigidas a grupos alargados, como a nichos mais específicos, promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia através da unidade FCCN. Consiste numa plataforma de MOOC com conteúdos gratuitos e lecionados maioritariamente em português, promovidos em conjunto com entidades de relevo dos sectores público, ensino superior e privado, disponíveis no site https://nau.edu.pt/.

Lançada em 2019, a NAU procura incentivar a requalificação, a aprendizagem ao longo da vida e o desenvolvimento pessoal dos portugueses, enquanto contribui de forma significativa para a promoção da língua portuguesa como veículo de transmissão de conhecimento.

Num contexto online e através de um conjunto de serviços digitais partilhados, que visam apoiar o desenvolvimento do ensino e da ciência em Portugal, a NAU conta com mais de 205 mil utilizadores e mais de 460.000 inscrições nas cerca de 275 edições dos mais de 130 cursos já disponibilizadas. Atualmente, estão disponíveis cursos de acesso aberto em parceria com mais de 45 entidades de referência nacional.

O financiamento inicial do projeto NAU, proveniente do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia e do Programa Operacional Comunitário COMPETE 2020, no âmbito do Quadro Portugal 2020, com o número de projeto 02/SAMA2020/2016, foi reforçado com financiamento proveniente do Fundo Social Europeu no âmbito do Programa Competitividade e Internacionalização para a concretização do projeto FAN – Ferramentas Avançadas NAU, com o número de projeto POCI-05-5762-FSE-000266.

Este projeto consiste na futura disponibilização de ferramentas, serviços e documentação para a plataforma NAU, nomeadamente ferramentas de avaliação online; inclusão de um chatbot de inteligência artificial; disponibilização de uma ferramenta anti-plágio; certificados mais robustos do ponto de vista de segurança; integração de ferramentas de colaboração via LTI (Learning Tools Interoperability); a possibilidade de acesso pelas entidades promotoras dos cursos a ferramentas de reporting e analítica mais complexas; possibilidade de limitar as inscrições em cursos através de processos de autenticação exclusivos; e a possibilidade de ter instâncias privadas de formação.

Opinião
16 de outubro é o Dia Mundial da Coluna.

Num planeta marcado por grandes desigualdades económicas, muitas das doenças que são quase referências históricas nos países desenvolvidos continuam a grassar e a afetar milhões de pessoas nos países em vias de desenvolvimento. Nestes, as más condições sanitárias e o difícil acesso aos cuidados de saúde explicam a grande prevalência de doenças infeciosas como a tuberculose, as sequelas da falta de tratamento atempado das deformidades da coluna nas crianças e as consequências do tratamento inadequado das lesões traumáticas da coluna.

Contudo, a ciência e a tecnologia têm feito progressos fascinantes no sentido de um diagnóstico e tratamento mais fácil, seguro e acessível. As modernas técnicas de imagem permitem um diagnóstico cada vez mais rigoroso. As tecnologias da navegação e da robótica abrem todos os dias novos horizontes na indicação e na segurança cirúrgica. O crescente desenvolvimento das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas vão garantindo uma recuperação mais rápida e menos dolorosa com um retorno mais precoce ao trabalho e às atividades diárias. O desenvolvimento de novos fármacos e modalidades de radioterapia têm sido decisivas no tratamento e na melhoria da qualidade e esperança de vida dos doentes com cancro ou metástases vertebrais.

Os fatores genéticos são fundamentais na evolução do processo de envelhecimento da coluna, mas a rapidez com que este se desenvolve e a incapacidade que gera pode ser modificada pelas opções de cada um. Evitar o sedentarismo, controlar o peso, abandonar o tabagismo, ter uma alimentação saudável e praticar exercício são orientações que devem ser repetidas até à exaustão. A sua eficácia na prevenção e no tratamento da doença degenerativa e da osteoporose têm evidência comprovada. Neste sentido, o lema do Dia Mundial da Coluna de 2023 é «move a tua coluna» e tem como objetivo convocar uma grande mobilização internacional no sentido da promoção da atividade física, do combate ao sedentarismo e da sensibilização para a criação de condições mais saudáveis no trabalho.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto de Medicina Molecular (IMM) e Universidade Pompeu Fabra
Um grupo de cientistas liderado pelo Prof. Miguel Castanho, docente e investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em...

“Estamos a falar de vários vírus, alguns dos quais subvalorizados pela população, o que é um erro”, reforça Miguel Castanho. “É o caso da SIDA, que persiste como um problema sério; do sarampo, que levanta preocupações a nível mundial desde que alguns grupos começaram a optar por não se vacinar ou do SARS-CoV-2, que se sabe pode também provocar danos neurológicos.”

A esta lista juntam-se ainda os responsáveis pelo Zika, dengue e chikungunya, cuja ameaça, devido às alterações climáticas e à expansão das colónias de um tipo específico de mosquito, o chamado mosquito-tigre, já detetado no norte, sul e centro da Europa, incluindo Portugal e Espanha, se torna cada vez mais real.

“Estamos a trabalhar no desenvolvimento de um medicamento que deverá ter duas características inovadoras importantes: ser de largo espetro, porque uma mesma espécie de mosquito pode transportar várias espécies de vírus, como dengue, Zika ou chikungunva, e ser capaz de proteger o cérebro dos fetos em mulheres grávidas, porque um desses vírus, o Zika, tem capacidade de causar microcefalia nos bebés. Poderá vir a ser um medicamento preventivo, que protege contra o desenvolvimento de infeções, ou um medicamento curativo, isto é, que inativa vírus que já iniciaram um processo de infeção no corpo”, esclarece o investigador do IMM.

David Andreu, investigador da Universidade Pompeu Fabra, reforça a importância desta parceria e do alerta da Organização Mundial de Saúde sobre o chamado Longo Covid. “É certo que o fim da pandemia de Covid-19 já foi decretado, mas há uma chamada de atenção, que se traduziu num plano de abordagem de emergência para a doença, isto devido aos milhões de casos de Longo Covid que vão continuar a necessitar de cuidados médicos".

Esta continua a ser, de resto, uma preocupação, com a OMS a estimar uma sobrecarga enorme para os serviços de saúde, que precisam de dar resposta aos doentes que continuam a viver com o impacto da Covid, procurando tratamentos que lhes devolvam a qualidade de vida, não só ao nível físico, mas também psicológico, o que justifica também a aposta deste grupo de investigadores.

Tromboembolismo venoso é a segunda principal causa de morte nos doentes oncológicos
O estudo PROTINCOL, um estudo ibérico promovido pelo Grupo Gallego de Investigación en Tumores Digestivos (GITuD), com o apoio...

Estima-se que os resultados do estudo PROTINCOL, cujo principal foco é o cancro do cólon, sejam apresentados no último trimestre de 2025. A identificação dos doentes que necessitam de terapêutica anticoagulante surge como uma necessidade urgente para evitar que alguns doentes possam estar expostos, desnecessariamente, ao risco de hemorragias.

O coordenador do estudo em Portugal, Hélder Mansinho, Diretor do Serviço de Hemato-Oncologia do Hospital Garcia de Orta, refere que “os doentes com cancro do cólon que sofrem de tromboembolismo venoso têm um pior prognóstico e geram custos acrescidos em saúde. Se a individualização da profilaxia antitrombótica puder reduzir as complicações do tratamento oncológico ambulatório e for custo-efetiva, será uma mais-valia no cuidado futuro de doentes com cancro colorretal metastático. Estima-se que os resultados do estudo PROTINCOL sejam apresentados no último trimestre de 2025”.

Esteve Colomé, Diretor do Departamento Médico da Unidade de Trombose da LEO Pharma, comenta que “o uso de novos e mais eficazes tratamentos anticancerígenos levaram a um aumento na incidência do tromboembolismo venoso em doentes oncológicos. Apoiar estudos da Iniciativa do Investigador, como este, que permitem adquirir um maior conhecimento sobre a patologia e beneficiar a qualidade de vida dos doentes, é da maior relevância”.

Os doentes com cancro apresentam um risco superior de desenvolver um coágulo venoso1, devido à alteração do equilíbrio do sistema de coagulação. De acordo com dados do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), o tromboembolismo venoso (TEV) associado ao cancro é cada vez mais prevalente, e as estimativas apontam para que afete um quinto de todos os doentes oncológicos. É a segunda principal causa de morte em doentes com cancro, apenas ultrapassada pelo próprio tumor.

 

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