Relacionamentos
Todos os anos, um dos picos de divórcios acontece depois das festividades do Natal e da passagem de

As férias no geral (as de natal, e as de verão) podem potenciar ou dar origem a diversos desentendimentos conjugais. Em primeiro lugar não podemos esquecer que este é um período em que os parceiros passam mais tempo juntos, o que muitas vezes exige uma “readaptação” às rotinas e alarga a possibilidade de desentendimentos, principalmente quando a relação já não está nas melhores condições.

Também existem situações em que o casal (ou pelo menos um dos elementos do casal) cria diversas expectativas em relação a este período, tais como:

  • Acreditar que com a diminuição do stress diário consigam reavivar o desejo sexual e, consequentemente, a intimidade sexual;
  • Encarar o período de férias como o momento ideal para “resolver os conflitos” relacionais acumulados durante o ano;
  • Ter mais tempo para estar em casal e assim conseguir avaliar os verdadeiros sentimentos em relação ao/à parceiro/a
  • Desejar ter mais tempo para falar com o/a parceiro/a sobre a relação ou como melhorarem a relação;
  • Dar “uma última oportunidade” à relação.

Da minha experiência clínica posso afirmar que existem dois períodos críticos em relação ao aumento de pedidos de ajuda para terapia de casal: o pós-férias e o início dos anos. Considero que os dois momentos têm em comum o facto de muitas pessoas verem estes períodos como períodos de reflexão e de tomada de decisões.

Evitar o fim da Relação 

Não existem formulas mágicas! Cada casal tem a sua particularidade e é nisso que os parceiros se devem focar. Independentemente de tudo, o importante é que os parceiros falem sobre a forma como cada um pensa ou deseja e não se sinta julgado/a ou criticado/a por dizer qual é a sua vontade.

Erradamente, muitas pessoas consideram que evitar discussões é “não falar sobre os assuntos”, porém, muitas vezes, é o facto de existirem assuntos tabu ou “não ditos” que provoca um aumento de desentendimentos e mal-estar, nos casais.

Por isso mesmo, muitas vezes, a terapia de casal passa precisamente por ajudar os casais a comunicar de forma assertiva e não violenta. Ou seja, ajudar os casais a terem uma comunicação onde não prevalece a crítica, o desprezo e a desvalorização – formas de comunicar muito comuns em casais que acabam em divórcio!

Erros a evitar 

Vejam este período como uma oportunidade para estarem juntos e não como uma “obrigação” de estarem juntos. Respeitem as vossas necessidades e as necessidades do outro. Por mais difícil que possa parecer, se deixarem de fazer “braço de ferro” e trabalharem genuinamente numa solução, será mais fácil encontrarem respostas que agradem a ambos.

É importante que não tomem decisões precipitadas. Se houver necessidade, em momentos de maior tensão, podem pedir ao/à parceiro/a um tempo de reflexão, para, por exemplo, ir dar uma volta até que se sintam menos ativados emocionalmente. Quando se sentirem mais calmos devem voltar a falar sobre o assunto, tentando expressar o que pensam e sentem e não criticando ou acusando o/a parceiro/a.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação da Mayo Clinic abre portas para um tratamento
Investigadores e colaboradores da Mayo Clinic identificaram uma proteína que é expressa por células imunitárias e que pode...

Doença fatal

A ELA é uma doença fatal dos neurónios motores. As pessoas com ELA morrem normalmente nos três anos seguintes ao diagnóstico.

Embora tenham existido avanços na compreensão da ELA, não há cura ou tratamento que melhore significativamente a função motora ou prolongue a sobrevivência das pessoas com a doença. Embora a perda de neurónios motores seja a caraterística principal da ELA, o sistema imunitário também está envolvido na maioria das pessoas.

A doença envolve a ativação de células imunitárias, incluindo células microgliais e macrófagos, que têm propriedades pró-inflamatórias. As células microgliais são células imunitárias específicas do sistema nervoso. Os macrófagos são as células gerais de "limpeza" do sistema imunitário que estão presentes no sistema nervoso periférico.

A equipa de investigação descobriu que a proteína integrina α5, que é expressa por células microgliais e macrófagos, está presente em abundância no sistema motor de pessoas com ELA, incluindo aquelas com uma causa genética da doença.

"O nosso estudo descobriu que a integrina α5 é expressa em células imunitárias e vasos sanguíneos em fases activas da doença, bem como na fase final", afirma Shanu F. Roemer, neuropatologista da Mayo Clinic e primeiro coautor do estudo. 

A equipa também descobriu que a integrina α5 não é expressa no tecido cerebral de pessoas sem ELA ou outras doenças neurodegenerativas ou inflamatórias, como a doença de Alzheimer, a paralisia supranuclear progressiva (uma doença de Parkinson) ou a sépsis.

"Os resultados sugerem que a integrina α5 desempenha um papel na patologia da ELA", afirma Roemer. "Uma vez que a integrina α5 parece ser selectiva para a ELA e está regulada positivamente ou aumentada no cérebro e nas fibras nervosas fora da medula espinal na ELA, abre-se a possibilidade de explorar a integrina α5 como um biomarcador de diagnóstico e tratamento."

Para além dos modelos pré-clínicos, os investigadores examinaram amostras de tecido humano do Programa de Autópsia e Banco de Cérebros para Pessoas com ELA da Mayo Clinic para determinar a difusão da integrina α5 na ELA. Dennis W. Dickson, professor no Robert E. Jacoby Center for Alzheimer's Research e neurocientista no departamento de neurociência da Mayo Clinic na Florida, coordena o banco de cérebros e é coautor do estudo. O banco de cérebros trabalha em estreita colaboração com Bjorn Oskarsson, diretor da clínica de ELA da  Mayo Clinic, e inclui uma grande coleção de amostras de tecido do cérebro e da espinal medula de pessoas com ELA que doaram os seus cérebros à Clínica para a realização de investigação sobre a ELA. Os investigadores utilizaram mais de 100 amostras de tecido de pessoas com ELA no estudo.

Uma possível nova via para tratamento

A equipa do estudo também explorou uma possível via de tratamento. Descobriram que um anticorpo monoclonal que bloqueia a integrina α5 foi capaz de preservar a função motora dos ratinhos. Os anticorpos monoclonais são proteínas sintetizadas pelo sistema imunitário utilizadas para tratar várias doenças.

"Os nossos resultados mostraram que o tratamento com anticorpos contra a integrina α5 parece proteger a função motora, atrasar a progressão da doença e aumentar a sobrevivência dos doentes", afirma Roemer. "No geral, os resultados sobre a regulação positiva ou o aumento da integrina α5 e a sua resposta a um anticorpo monoclonal sugerem que a integrina α5 pode ser um possível alvo terapêutico para modular a neuroinflamação na ELA."

Declarações do especialista
Algumas das consequências da prática desportiva intensa nas mulheres são um baixo nível de estrogénio ou variações súbitas de...

"A amenorreia (ausência de menstruação) é bastante comum em mulheres em idade reprodutiva com atividade física intensa, uma vez que o organismo é sujeito a um desequilíbrio entre as calorias fornecidas pela dieta e a energia consumida. Como resultado, as hormonas que regulam o funcionamento dos ovários são afetadas. Estas mulheres devem ser informadas de que a amenorreia, a longo prazo, pode levar à infertilidade, ou seja, pode impossibilitar uma gravidez de forma natural”, explica a especialista da Clínica IVI Lisboa.

Ciclo menstrual, treino e planeamento familiar

Por todas estas razões, é essencial que as equipas técnicas das atletas estejam familiarizadas com as características fisiológicas das mulheres, com o funcionamento do sistema endócrino e sobre como a libertação de hormonas influencia o seu desempenho e afeta a sua força, resistência e flexibilidade. Catarina Marques aponta ainda outro ponto-chave com impacto no rendimento das atletas: cuidar muito bem da alimentação.

"Se a atividade física de alta competição não for acompanhada por uma boa alimentação, à base de proteínas, gorduras de qualidade e carboidratos, pode causar problemas hormonais, pois são elementos fundamentais para que o ciclo hormonal seja mantido de forma regular. O baixo peso em combinação com défice de macronutrientes e exercícios de elevada intensidade contribuem para um encurtamento da fase lútea (período entre a ovulação e a menstruação), alteração da secreção hormonal e, consequentemente, para uma diminuição dos níveis de estrogénio. No entanto, é importante sublinhar que essa situação é reversível se não for mantida por muito tempo", afirma.

A médica acrescenta que é essencial planear a maternidade para que o desporto de alta competição não tenha impacto quando tentarem alcançar uma gravidez. “Estas mulheres devem procurar aconselhamento médico para planear a maternidade e até mesmo apostar na preservação da fertilidade numa idade precoce, para melhor conciliar uma carreira desportiva de sucesso com o seu desejo reprodutivo. A criopreservação dos óvulos oferece a estas mulheres a possibilidade de preservar os seus gâmetas na idade e qualidade do momento em que são congelados, até à altura em que decidam ser mães", conclui.

Opinião
Ano novo, resoluções novas.

Ao longo do tempo, o consumo excessivo de álcool causa danos cumulativos no fígado, levando à inflamação e a lesões degenerativas. Neste processo degenerativo, as células hepáticas saudáveis são substituídas por tecido cicatricial, a chamada fibrose, prejudicando o normal funcionamento do fígado. A progressão da fibrose leva à cirrose hepática, uma condição dificilmente reversível, o que enfatiza a importância de ser prevenida.

Outras condições, como as hepatites virais, a esteatose hepática de causa metabólica, também conhecida como fígado gordo, e as doenças autoimunes, também contribuem para a sua ocorrência. Contudo, o consumo abusivo de álcool é a causa mais comum, um cenário que ainda se torna para nós mais preocupante tendo em conta que os portugueses são dos povos com maior ingestão de álcool e onde este hábito se manifesta, de forma preocupante, desde tenras idades.

Para evitar a cirrose hepática e manter a saúde do fígado é importante ter alguns cuidados, nomeadamente começar por adotar um padrão de consumo mais seguro. Deve lembrar-se que é essencial estabelecer limites, mesmo quando o contexto onde estamos inseridos incita a comportamentos de risco.

Se tem dificuldade em “dizer que não a um copo” no seu ambiente social, pode, por exemplo, optar pelas versões sem álcool das bebidas alcoólicas. Deste modo, estará a olhar pela sua saúde, e ao mesmo tempo a manter-se incluído nos contextos mais descontraídos, sem deixar que a pressão social vença.

Se, porventura, sente que moderar o seu consumo está a ser mais difícil do que esperava, não desvalorize, pois está na altura de pedir ajuda. Seja transparente com os seus amigos e familiares sobre a situação e procure o acompanhamento de profissionais de saúde, que irão encaminhá-lo para o tratamento adequado.

Tenha também noção de que não existe nenhum limite para o consumo de álcool que possa ser considerado seguro para todas as pessoas. A suscetibilidade ao álcool é muito variável e alguns poderão desenvolver doença hepática ao consumirem quantidades de bebidas alcoólicas consideradas normais.

Portanto, deve aproveitar o embalo do novo ano para incluir na sua agenda o seu exame médico de rotina, que poderá eventualmente acompanhar-se da realização de análises ou de exames , onde o fígado deve ser considerado , especialmente se apresentar histórico de consumo excessivo de álcool ou outros fatores de risco.

Lembre-se sempre de que a prevenção é a melhor forma de preservar a saúde do fígado e viver uma vida saudável e plena. O Desafio Janeiro Sem Álcool é a oportunidade para não desistir e começar a refletir sobre os seus hábitos de consumo, adotando uma prática mais moderada em relação às bebidas alcoólicas e, assim, prevenir um conjunto de complicações irreversíveis e fatais.

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Estudo internacional
A percentagem de pessoas que morreram em casa aumentou em 23 países durante a pandemia de covid-19, revela um estudo...

A investigação, financiada pelo Conselho Europeu de Investigação (European Research Council, com a sigla em inglês ERC) e conduzida com o objetivo de compreender o impacto da pandemia no local onde as pessoas morreram, apresenta novos dados que podem contribuir para definir estratégias e políticas de saúde que melhorem a prestação de cuidados de saúde em fim de vida.

No artigo científico The rise of home death in the COVID-19 pandemic: a population-based study of death certificate data for adults from 32 countries, 2012-2021, publicado na reputada revista eClinicalMedicine, editada pela The Lancet, foram analisados dados relativos ao falecimento de 100,7 milhões de pessoas, a partir dos 18 anos de idade, em 32 países, entre os quais Portugal.

Foram comparados dados dos locais de morte referentes aos primeiros anos da pandemia (2020-21) com dados dos oito anos anteriores à pandemia (2012-19). No conjunto de países analisados, a percentagem de mortes em casa aumentou de 30,1% em 2012-13 para 30,9% em 2018-19; e ainda para 32,2% na pandemia (2020-21). No entanto, em Portugal, e em contraste com a maioria dos outros países, a percentagem de morte no domicílio diminuiu de 27,4% em 2012-13 para 24,9% em 2018-19; e ainda para 23,2% na pandemia (2020-21).

Na análise, foram consideradas outras categorias de locais de morte, como hospitais ou outras instituições de saúde, bem como local desconhecido (que representou 12,1% dos óbitos em Portugal). Os dados do local de morte foram analisados para a toda a população falecida, tendo em conta o local de óbito, sexo, faixa etária e causas de morte (com foco para o cancro, demência e covid-19). Em Portugal, foram analisados dados de 1,1 milhões de adultos que faleceram entre 2012 e 2021.

A equipa, liderada pela investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Bárbara Gomes, e pela docente da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, Sílvia Lopes, revela ainda que, no conjunto de todos os países, “68% das pessoas falecidas tinha mais de 70 anos, tendo 20,4% morrido de cancro e 5,8% de demência. 30,8% morreu em casa”. “As mortes em casa aumentaram durante a pandemia em 23 países, sendo que, na maioria dos países analisados, o aumento foi maior nas mulheres e nas mortes provocadas por cancro”, explicam as investigadoras.

O facto de Portugal estar em contraciclo em relação à maioria dos países analisados – por não se ter observado um aumento da percentagem de morte no domicílio, mas sim a sua diminuição – pode ter diversas explicações. “Já éramos dos países com uma tendência de morte hospitalar mais acentuada nos anos anteriores à pandemia. O investimento que se tem verificado em cuidados paliativos domiciliários pode não ser suficiente para chegar de forma expressiva a todos os que deles necessitam. Com apoio limitado em casa, o recurso a hospitais e outras instituições de saúde torna-se quase inevitável”, explicam as cientistas.

No entanto, em Portugal, contrariamente ao que se observou para o conjunto das doenças, no grupo de pessoas falecidas por causa de uma doença oncológica registou-se um aumento da percentagem de mortes no domicílio durante a pandemia, de 15,5% em 2018-19 para 18,6% em 2020-21. Este aumento de mortes no domicílio de pessoas que morreram de cancro “pode ser explicado pela trajetória mais previsível da doença em comparação com doenças não malignas, bem como pelo acesso a cuidados paliativos mais precoces e melhor integrados”, explicam. “Este é um dado transversal à grande maioria dos outros países”, acrescentam.

Sobre o impacto desta investigação no conjunto dos países analisados, Bárbara Gomes e Sílvia Lopes defendem que “se a mudança que encontrámos na maioria dos países de crescente morte em casa for adequadamente apoiada, alinhada com as preferências e associada a bons resultados (melhor controlo de sintomas, mais qualidade de vida e conforto, tanto para o doente como para a família), estaremos no bom caminho para uma transição de saúde complexa”. “Se, por outro lado, forem identificados défices nos cuidados de fim de vida, que apresentem falhas para com os doentes e seus familiares, deveremos repensar e melhorar o apoio domiciliário em fim de vida, considerando a realocação de recursos de outros locais”, alertam.

“É urgente refletir sobre a situação portuguesa neste contexto internacional, considerando a importância de promover reais escolhas relativamente ao local onde as pessoas com doença em fase avançada preferem viver até ao fim”, sublinham as cientistas.

As investigadoras salientam ainda a importância de as futuras políticas de saúde nacionais e internacionais estarem atentas a mudanças no que concerne aos locais de morte, de forma a “garantir uma afetação adequada de recursos aos cuidados paliativos e de fim de vida, tendo em consideração os diversos locais e trajetórias de cuidados”.

“Nos próximos anos, é crucial que se monitorize se as tendências que observámos se mantêm ou se revertem nos vários países”, destacam Bárbara Gomes e Sílvia Lopes. “Para tal, é necessário melhorar a forma como se classifica o local da morte. Uma classificação internacional, que a nossa equipa está a desenvolver, com categorias mais detalhadas e homogéneas para o local de morte, permitirá comparações mais sólidas entre países e também um melhor mapeamento dos locais preferidos pelos doentes para os cuidados em fim de vida”, rematam.

A equipa de investigação contou ainda com a participação de investigadores da Vrije Universiteit Brussel e do Makerere College of Health Sciences. O estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto de investigação EOLinPLACE: Choice of where we die: a classification reform to discern diversity in individual end of life pathways, liderado pela Universidade de Coimbra e financiado pelo Conselho Europeu de Investigação.

Financiado com 1,8 milhões de euros, o EOLinPLACE pretende contribuir para melhorar a prestação dos cuidados de saúde em fim de vida, ambicionando transformar a forma como se classificam os locais onde as pessoas são cuidadas no final da sua vida e onde acabam por morrer. Mais informações sobre o EOLinPLACE podem ser consultadas em www.eolinplace.com e na conta do X (antigo Twitter) do projeto.

O artigo científico está disponível em https://doi.org/10.1016/j.eclinm.2023.102399.

 
Opinião
Todos os Cuidados Médicos de Emergência, derivam dos Primeiros Paramédicos criados na década de 60 n

A falta da Paramedicina (Técnicos de Emergência Médica e Paramédicos) em Portugal compromete de forma avassaladora a prestação de cuidados médicos de emergência de excelência, o que acarreta um forte prejuízo para os pacientes e para o país. Portugal, detém um sistema de socorro de má qualidade. 

Aproveitamos para destacar a degradação do SNS, (reconhecida por diversas entidades), que têm vindo a criar constrangimentos de relevante importância aos pacientes e às equipas de resposta que providenciam o transporte dos pacientes aos Serviços de Urgência, serviços estes, que apresentam filas intermináveis, promovendo a retenção dos meios de resposta nos referidos serviços.  

Afigura-se fundamental que se produza de forma célere a merecida aposta nos cuidados  médicos de emergência, promovendo os melhores cuidados, educação e investigação capazes de colaborar no desenvolvimento do sistema de saúde – sendo estes provedores de cuidados médicos de emergência muitas vezes a “porta de entrada” para o Sistema de Saúde. O elo entre o local e o Serviço de Urgência, pelo que se entende que Portugal deve possuir os melhores dos melhores, e têm condições para isso. 

Nesta senda, manter o atual estado da arte, é contribuir para o aumento dos pacientes nos  Serviços de Urgência, aumentar a morbilidade e a mortalidade, para além dos elevados custos que o atual sistema acarreta ao erário público. 

A Paramedicina, é uma ciência reconhecida em forte processo de evolução, detentora do seu próprio corpo científico, devidamente suportada pela Medicina Pré-Hospitalar. 

Os Técnicos de Emergência Médica, fornecem Basic Life Suport e os Paramédicos fornecem Advanced Life Suport, suporte este, apenas fornecido atualmente pelas VMER e Helis de EM os últimos dois meios que se mostram claramente insuficientes para dar resposta em tempo aos pedidos de ajuda. Com Paramédicos, este grave problema ficará resolvido, pois teremos uma vasta rede de Paramédicos no país, capazes de dar pronta resposta às situações que surgirem. 

Os países que detém Paramédicos, garantem um imenso manancial de cuidados médicos de emergência de excelência, promovendo os cuidados centrados no paciente:

Os paramédicos estão entre os prestadores de cuidados de saúde mais versáteis do mundo. Como profissionais que prestam cuidados de saúde em todos os ambientes, podem ser encontrados a trabalhar no pré-hospitalar, hospitais, clínicas, ambulâncias, instituições de saúde pública, agências de segurança pública, em aeronaves, embarcações marítimas, debaixo d'água, no ártico, nos desertos e na selva, nas grandes cidades, em aldeias e comunidades rurais e remotas. A paramedicina é verdadeiramente a profissão capaz de atuar em todos os extremos.

Os paramédicos prestam cuidados centrados no paciente. Na maioria dos casos, operam com pouca ou nenhuma supervisão direta, usando diretrizes estruturadas, geralmente de autoria de outros paramédicos. O atendimento prestado às vezes inclui o transporte dos pacientes ao serviço de urgência ou outras unidades para cuidados definitivos.

Trabalham de igual modo, para proporcionar igualdade nos cuidados de saúde das comunidades às quais servem. 

Tal como outros países têm serviços médicos de emergência, com Técnicos de Emergência Médica e Paramédicos, com melhores resultados para os pacientes, desde logo para o país, tendo um serviço de maior qualidade e menos dispendioso - Portugal não deverá exceção. 

Não podemos continuar com um modelo caro e ineficaz!

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Recomendações
A fibromialgia, é uma condição que se caracteriza por dor generalizada e sintomas associados, afetan

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, baseado na ausência de alterações em exames físicos, laboratoriais e de imagem. A presença de alodínia, dor provocada por estímulos que não seriam tão intensos quão para doer, é investigada nos 18 pontos inicialmente descritos como critérios de diagnóstico pelo American College of Rheumatology em 1990. Estes, têm sido revistos, mas o desafio para aprimorar métodos diagnósticos continua. Houve atualizações que visam mudar a definição de doença "periférica" para "baseada em sintomas sistémicos".

Tratamento

Para enfrentar a fibromialgia, o tratamento visa aliviar a dor, reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida. Estratégias não farmacológicas, como a educação do paciente, relaxamento psicológico, regularização do sono, alimentação e nutrição equilibradas e exercício físico, são determinantes e podem fazer toda a diferença na qualidade de vida. Por sua vez e se e só de aconselhado em contexto de consulta com o seu médico, o tratamento farmacológico, muito necessário, seguro e eficaz em determinados casos, envolve analgésicos, relaxantes musculares e antidepressivos é medida dos sintomas e perfil clínico de cada pessoa com fibromialgia.

Recomendação Importante:

Se enfrenta sintomas de fibromialgia, consulte o seu médico de família ou reumatologista. O diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado são essenciais. O apoio médico aliado a mudanças no estilo de vida pode melhorar significativamente a qualidade de vida.

Literacia e Informação

É crucial manter-se informado, isto dá-lhe liberdade de escolha e atributos para ser assistente no seu próprio tratamento. A literacia sobre a fibromialgia é fundamental. Procure informações fidedignas e atuais, como as fornecidas pela Associação Portuguesa de Fibromialgia (APJOF) em https://apjof.weebly.com/. Mantenha-se atualizado para tomar decisões informadas sobre seu bem-estar e saúde.

Confiança nos Profissionais de Saúde

Recomenda-se buscar ajuda exclusivamente de profissionais de saúde ou ciências do desporto/exercício clínico. Confie na ciência, tecnicidade e ética dos profissionais reconhecidos pelas ordens e outros órgãos de tutela. Evite orientações de pessoas não qualificadas para garantir um tratamento seguro e eficaz. Lembre que é o médico que está qualificado para o diagnóstico e participação no tratamento. Os outros profissionais de saúde ou ciências do desporto | exercício clínico, podem ter um papel decisivo para a sua qualidade de vida, mas, o diagnóstico a fibromialgia, é médico. Certifique-se que quem procura ou se oferece para ajudar é “encartado”.

A fibromialgia, embora coloque às pessoas e à sociedade desafios importantes e que merecem toda a consideração e atenção, pode ser gerida com compreensão, tratamento adequado e apoio contínuo. Não hesite em procurar ajuda profissional para fazer o seu caminho para uma vida mais saudável, equilibrada e ativa.

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Urgências hospitalares
Nos últimos dois meses, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) suporta o encerramento dos serviços de urgências...

Segundo o Centro Hospitalar, têm sido atendidos "não apenas doentes da região Centro, mas de várias regiões do País com limitações conhecidas".

Entre os dias 23 e 29 de dezembro, verificou-se uma elevada afluência de doentes aos Serviços de Urgência do CHUC. Neste período, o CHUC teve 5.489 admissões aos serviços de urgência, tendo ocorrido um pico como esperado, no dia 26 de Dezembro, com 987 admissões.

Entre as medidas implementadas, destaca-se a articulação com unidades dos cuidados de saúde primários com a disponibilização de consulta aberta nas regiões dos ACeS do Baixo Mondego e do Pinhal Interior Norte, incluindo a cidade de Coimbra. Esta medida foi acompanhada pela divulgação nos órgãos de comunicação social dos horários de funcionamento das consultas abertas nos centros de saúde, através da campanha “ACHA QUE É MELHOR IR ÀS URGÊNCIAS?”.

No dia 26 de dezembro, as unidades de cuidados de saúde primários da cidade de Coimbra, atenderam 261 doentes. "Neste dia, a resposta na cidade de Coimbra, totalizou 1.248 atendimentos. Sem o apoio das equipas de cuidados de saúde primários, a resposta hospitalar estaria claramente comprometida", pode ler-se na nota de imprensa. 

No dia 28 de dezembro, "face à elevada procura dos Serviços de Urgência e previsível aumento de episódios do foro traumático durante a passagem de ano, o CHUC tomou um conjunto de medidas adicionais comunicadas em 27 de dezembro".

A capacidade de resposta demonstrada pelo Serviço Nacional de Saúde em Coimbra "deve-se ao desempenho e dedicação inexcedíveis dos seus profissionais de saúde e da colaboração entre as diferentes unidades de saúde. Não podemos deixar de destacar o papel das unidades de cuidados de saúde primários que, de forma articulada, são chaves importantes nesta resposta", destaca o CHUC em comunicado. 

Tal como no fim-de-semana prolongado anterior, existem várias respostas alternativas aos serviços de urgência hospitalar disponíveis na grande região de Coimbra. "Os horários e locais de funcionamento encontram-se disponíveis através da linha de saúde 24, na comunicação social regional e através das redes sociais. Sabemos que o corrente fim-de-semana colocará à prova a capacidade de resposta dos nossos serviços e das nossas equipa", sublinha o Centro Hospitalar. 

Em comunicado de imprensa, o CHUC apela que sejam "seguidas as recomendações da Direção-Geral da Saúde para as temperaturas frias, ser utilizada a linha saúde 24, as unidades de cuidados de saúde primários, e recorrer parcimoniosamente aos serviços de urgência". 

"Em circunstâncias difíceis, cada profissional que exerce funções no serviço de urgência merece o nosso reconhecimento e louvor coletivo. Cada cidadão pode apoiar o esforço destes profissionais e é responsável pela qualidade da resposta dos serviços de saúde, através da utilização adequada dos mesmos", afirma. 

Segundo o CHUC, "a alta prevalência de episódios de serviços de urgência inadequados diminui a satisfação do doente e reduz a qualidade do atendimento com tempos de espera e diagnósticos ou tratamentos tardios, e afeta negativamente os profissionais de saúde".

Iniciativa alerta para o facto de muitas doenças raras causarem deficiência
A grande maioria das mais de 6000 doenças raras causa deficiência. Este foi o ponto de partida da União das Associações das...

As associadas da RD-Portugal representam mais de 300 diferentes doenças com impactos também diferentes. Esta campanha foca-se, além da causalidade-efeito geral, na realidade específica de algumas das doenças representadas.

“Viver com deficiência causada por uma doença rara é um desafio duplo para os doentes, as famílias e os cuidadores. Sendo as doenças raras desconhecidas e as suas consequências muitas vezes imprevisíveis, a perceção de que causam deficiência não está devidamente generalizada. Com esta campanha queremos dar a conhecer algumas das doenças raras que representamos e as suas consequências, e levar o público em geral a ter interesse em saber mais sobre estas patologias e ter consciência que muitas delas são incapacitantes”, afirma Paulo Gonçalves, Presidente da RD-Portugal.

A divulgação da campanha teve início prévio ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a 3 de dezembro, tendo mantido a sua continuidade após essa data, nas redes sociais. No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a RD-Portugal partilhou uma imagem que engloba uma mensagem genérica de apoio à efeméride, sob o claim: “Hoje Celebramos o Lugar da Diferença!”.

A iniciativa do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência pode ser consultada nas diferentes redes sociais da RD-Portugal – Facebook, Instagram, LinkedIn e rede social X, e no site.

Além desta campanha, a RD-Portugal desenvolve, ao longo do ano, o projeto Informar sem Dramatizar, que leva esta temática às escolas insistindo na necessidade de inclusão, e o CUIDARaro, que coloca em prática o acompanhamento do doente por alguns dias para descanso do cuidador.

 
Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos Pediátricos apoiada com quarto totalmente equipado para criança com doença crónica grave
Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Água Monchique, esteve no Kastelo – Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos para Crianças,...

Teresa Fraga, enfermeira e diretora do Kastelo, explica que “o Kastelo tem dezenas de crianças em cuidados continuados e paliativos, tanto residentes como em ambulatório, que recebem todos os cuidados de saúde necessários, assim como suporte físico e emocional, que é igualmente prestado às suas famílias. O nosso trabalho consiste em Dar Vida aos Dias, transformando os seus dias de vida em dias felizes e sem dor”. Teresa Fraga apela ainda à solidariedade: “todos os apoios, tanto de particulares como de empresas, são fundamentais para conseguirmos fazer cada vez mais e melhor por estas crianças. Apadrinhar um quarto é muito importante para o Kastelo. Gostávamos que este gesto da Água Monchique inspirasse mais pessoas a ajudar”.

 
Dia 5 de janeiro, em formato online
“Liderança no Feminino” é o tema da aula aberta de Políticas de Saúde organizada pela NOVA Medical School (NMS), a decorrer no...

Com um renomado painel, a aula contará com a participação da Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospital Universitário de Lisboa Norte, Ana Paula Martins, da antiga Ministra da Saúde, Maria de Belém Roseira, da Diretora da NOVA Medical School, Helena Canhão, e da Diretora Geral da Saúde, Rita Sá Machado.

Princípios de liderança e ferramentas de gestão serão algumas das temáticas em discussão por estas mulheres, que vão partilhar as suas experiências em cargos de liderança na área da Saúde.

Sob a coordenação de Francisco Goiana da Silva, Membro da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e de Alexandra Bento, Coordenadora do Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA e ambos professores da NOVA Medical School, esta área curricular juntou ao longo de todo o semestre alunos de Medicina e de Nutrição de todo o país, para discutirem, aprenderem e pensarem políticas de saúde. Apesar de ser uma disciplina integrada no Plano de Estudos da Licenciatura em Ciências da Nutrição, reconhece-se a sua importância, daí a nossa ambição em torná-la acessível a todos.

As inscrições encontram-se abertas, em: https://lnkd.in/dMbHCzCt

 
Carlos Portinha revela alguns dos cuidados a ter com o cabelo durante as festividades
A época mais especial do ano já chegou com o típico rebuliço da quadra festiva, com calendários pree

Segundo Carlos Portinha, diretor médico do Grupo Insparya, eis alguns dos hábitos saudáveis que podemos adotar neste período festivo para cuidar do cabelo e marcar a diferença:

  1. Uma alimentação saudável é fundamental em qualquer altura, mas é nesta fase do ano que surgem mais oportunidades para reforçar certos alimentos na nossa dieta e experimentar pratos diferentes que são grandes aliados no que toca à saúde capilar. Há produtos que podem ser incluídos em qualquer ceia ou refeição de Natal como o salmão, os ovos ou os frutos secos e, assim, evitar o excesso de gorduras, de açúcares ou sal que tendem a enfraquecer o cabelo. Como explica o especialista em saúde capilar, “os ovos são um alimento que está presente em muitas preparações e são uma ótima fonte de proteína e biotina, que fortalecem o cabelo e o crescimento capilar”.
  2. Se optar por penteados festivos, como os apanhados, é importante certificar-se de que não coloca demasiada tensão no cabelo, pois isso pode danificar a sua estrutura. Segundo Carlos Portinha, "a alopécia de tração, que é muito comum entre as mulheres, surge habitualmente em pessoas que usam penteados apertados. É aconselhável evitá-los e incluir na nossa rotina produtos específicos para cada tipo de cabelo", explica o médico, que insiste ainda na importância da utilização de protetores térmicos se forem utilizados utensílios de calor.
  3. As baixas temperaturas que se fazem notar nesta altura, fragilizam o cabelo, pelo que é importante protegê-lo com chapéus ou bonés. "O inverno está associado ao frio e, em muitos casos, ao tempo húmido. Devido à ação do frio, o cabelo fica mais suscetível à quebra, pelo que a utilização de suplementos capilares é também uma das melhores opções para o cuidado do cabelo”.
  4. Com o novo ano surgem novas resoluções, pelo que as férias de Natal são o momento ideal para começar a incorporar novos hábitos que irão melhorar o aspeto do cabelo. Há que aproveitar o tempo livre para explorar técnicas de relaxamento, meditação ou até adquirir um estilo de vida mais ativo. A introdução e manutenção de estilos de vida saudáveis ao longo de 2024, refletir-se-á no aspeto e na vitalidade do cabelo, evitando problemas como a sua queda ou a alopécia.

Nesta época de celebrações e convívios, é importante não esquecer que o cabelo desempenha um papel crucial na nossa imagem e autoestima. Ao incorporarmos nas rotinas diárias os melhores cuidados para o cabelo não só nos despedimos do ano com um aspeto radiante, como também lançamos as bases para um 2024 cheio de confiança e de bem-estar capilar.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Arranca em janeiro de 2024, em formato presencial
Os especialistas estimam que existiam cerca de 25 mil doentes em Portugal em 2022. As doenças inflamatórias intestinais -...

Esta pós-graduação nasce de uma necessidade sentida pelos enfermeiros em prestar cuidados especializados às pessoas com doença intestinal inflamatória,” explica Luís Sá, docente da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem (Porto) da Universidade Católica Portuguesa e co-coordenador desta Pós-graduação. Ao longo desta oferta pós-graduada, o participante vai adquirir conhecimentos atualizados sobre fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da DII; desenvolver competências sobre avaliação inicial, elaboração de diagnósticos, intervenções e avaliação final no cuidado à pessoa com DII; conhecer as especificidades da DII em populações especiais; aprofundar conhecimentos sobre a gestão do regime terapêutico nas pessoas com DII; desenvolver competências que contribuem para a gestão dos processos de transição nas pessoas com DII; explicitar os aspetos éticos e jurídicos dos cuidados de enfermagem à pessoa com DII; desenvolver competências de pesquisa e seleção da evidência científica disponível sobre as opções mais efetivas para o bem-estar das pessoas com DII.

Em formato presencial, o plano formativo desta formação está alinhado com os conteúdos que a Nurses – European Crohn’s and Colitis Organisation (N-ECCO) defende para que os enfermeiros sejam peritos em Doenças Inflamatórias Intestinais. A Pós-graduação em Cuidados de Enfermagem à pessoa com Doença Inflamatória Intestinal é apoiada pela Janssen Immunology, Pharma Kern, Abbvie e pelo Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal.

 
"Entre os dias 23 e 26 de dezembro verificou-se uma elevada afluência de doentes aos Serviços de Urgência"
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem estado a suportar o encerramento dos serviços de urgências de vários...

De acordo com a nota enviada, o CHUC ativou, no passado dia 11 de dezembro, o seu Plano de Contingência para a resposta sazonal em saúde — módulo de inverno. Este plano envolve um conjunto de medidas escaláveis e dinâmicas, incluindo a abertura adicional de camas de agudos com o adequado aumento das equipas dedicadas.

"Anualmente, os dias 26 de dezembro e 2 de janeiro são caracterizados pelo aumento da afluência aos serviços de urgência. Sabendo-se que este ano, estes dois dias decorrem na sequência de fins de semana prolongados, era expectável um incremento da procura dos serviços de urgência", revela em nota de imprensa. 

De forma a mitigar o previsível aumento de afluência, o CHUC tomou um conjunto de medidas adicionais de contingência, como a articulação com unidades dos cuidados de saúde primários com a disponibilização de consulta aberta nas regiões dos ACeS do Baixo Mondego e do Pinhal Interior Norte, incluindo a cidade de Coimbra e a divulgação nos órgãos de comunicação social dos horários de funcionamento das consultas abertas nos centros de saúde 

Por outro lado, tem articulado com hospitais distritais para referenciação e retorno de doentes e reforçou o transporte de doentes, para retorno a outros hospitais e domicílios. 

Em conjunto com os Serviços Clínicos, desenvplveu esforços "para a promoção de uma gestão mais eficiente das altas nos serviços de internamento" e reforçou "o número de camas de agudos dedicadas ao Plano de Contingência para a resposta sazonal em saúde — módulo de inverno". 

Em conjunto com a Equipa de Gestão de Altas (EGA) e Equipa Coordenadora Regional (ECR), tem procurado o encaminhamento mais célere para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

"Como esperado, entre os dias 23 e 26 de dezembro, verificou-se uma elevada afluência de doentes aos Serviços de Urgência do CHUC", revela. 

"Destaca-se que, apesar de o CHUC ter divulgado alternativas ao Serviço de Urgência, nomeadamente informação sobre o local e horário dos Centros de Saúde da região, verificou-se um aumento de doentes triados de menor gravidade, situações que seriam melhor atendidos — qualidade e celeridade, em outros pontos da rede do Serviço Nacional de Saúde", pode ler-se. 

O Conselho de Administração do CHUC mostra nesta nota "total empatia pelo esforço das equipas e demonstra total disponibilidade para, em conjunto com as equipas, encontrar as melhores e mais adequadas soluções para cada momento".

A alta prevalência de episódios de serviços de urgência inadequados diminui a satisfação do doente e reduz a qualidade do atendimento com tempos de espera e diagnósticos ou tratamentos tardios, e afeta negativamente os profissionais de saúde. "Face às circunstâncias atuais, importa recordar que devem ser seguidas as recomendações da Direção Geral da Saúde para as temperaturas frias, ser utilizada a linha saúde 24 e recorrer parcimoniosamente aos serviços de urgência."

 
Dieta e exercício físico
Depois do Natal e das festas de fim de ano, poucos são os que não se queixam dos excessos que foram

Não há ninguém que não goste de estar sentado à mesa, rodeado das pessoas que ama, a saborear os pratos tão tradicionais desta quadra festiva. Por isso, é também muito frequente, assim que festejamos o Natal, queixarmo-nos dos exageros que cometemos entre almoços e jantares. Ora abusando das bebidas, ora das comidas ricas em calorias, gorduras e açúcar.

Se este foi também o seu caso, e até já sente a roupa mais apertada, tome nota de algumas dicas que o podem ajudar a recuperar a sua forma física.

1. Coma mais vezes (mas em pequenas quantidades!)
Nunca é demais relembrar que uma das melhores formas de perder peso passa por aumentar o número de refeições diárias. Em vez das três principais, opte por fazer cinco ou seis refeições mais pequenas, ao longo do dia. Além de se manter saciado, terá maiores níveis de energia e por consequência o metabolismo mais acelerado, o que o ajudará a perder peso.

2. Tome um bom pequeno-almoço
Na realidade, o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia. Por isso se acha que saltar esta refeição o vai ajudar a perder peso, saiba que não podia estar mais enganado. Começar o dia com um bom pequeno-almoço ajuda a acelerar o metabolismo e dá-lhe energia.

Se saltar esta refeição o seu corpo vai demorar muito mais tempo a gastar as calorias que ingeriu, acabando por as transformar em gordura.

3. Aposte nas fibras e proteínas
Se quer emagrecer, é importante manter uma dieta rica em fibras (pão, arroz, massa e cereais integrais, frutas, legumes, sementes e nozes), uma vez que, para além de saudáveis, são altamente saciantes; e em proteínas (carne e peixe branco, lacticínios magros) que ajudam a desenvolver e manter a massa muscular e a combater a fome.

4. Mais legumes, menos hidratos de carbono
Embora não deva eliminar completamente os hidratos de carbono da sua dieta, o seu consumo deve ser moderado e, se possível, ir reduzindo a sua quantidade substituindo-os por legumes.

Experimente substituir o arroz ou as batatas por legumes assados, grelhados, cozidos, salteados ou ao vapor. As opções são muitas e, para além desta ser a época ideal para o começar a fazer, o seu corpo agradece.

5. Esqueça os hidratos de carbono ao jantar
Para eliminar os quilinhos que ganhou durante esta época limite a ingestão de alimentos ricos em hidratos de carbono brancos: pão, arroz, massa, batatas e cereais, sobretudo ao jantar.

6. Apetece-lhe um doce? Coma fruta
A fruta é um dos snacks mais saudáveis que pode comer entre refeições. E uma vez que possui açúcares naturais, são uma boa forma de resistir aos doces.

7. Aproveite as resoluções de fim de ano e mexa-se!
Inscreva-se num ginásio, faça caminhadas, combine jogos de futebol com os amigos, vá passear o cão, mas mexa-se! Não só faz bem ao corpo como à mente.

Se já pratica exercício físico intensifique os treinos. Vai ver que num instante se livra dos excessos cometidos este Natal.

8. Faça destes truques um hábito
Não basta adotar estas medidas durante dois ou três meses. Faça delas um estilo de vida. Só assim atingirá o seu bem-estar físico e a forma que tanto deseja.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Financiamento de 65 mil euros
Uma investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa | NOVA FCT é a vencedora do concurso...

A farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim desafiou investigadores de todo o mundo a apresentarem soluções de preservação e sustentabilidade para produtos biofarmacêuticos, também conhecidos como medicamentos biológicos, utilizados sobretudo para doenças autoimunes e cancerígenas. Os biofarmacêuticos são compostos por moléculas sensíveis com tempo de vida limitado, usualmente administradas por via intravenosa. A preservação existente é baseada num processo de congelação/secagem, designado por liofilização - com uma considerável pegada ambiental - alto consumo de energia e de produção de gases de efeito de estufa.

A investigadora Ana Rita Duarte, do Departamento de Química da NOVA FCT, com os alunos de doutoramento Liane de Meneses e Filipe Oliveira, propuseram a utilização das práticas sustentáveis de química verde para ultrapassar o desafio da Boehringer Ingelheim. A solução inclui o uso de solventes eutéticos, como o mel, que devido à sua natureza viscosa, permitem uma melhor preservação da estrutura das moléculas, incluindo à temperatura ambiente. A solução sustentável apresentada preserva os biofarmacêuticos e contribui para uma menor pegada ecológica da indústria farmacêutica.

Os investigadores portugueses concorreram com 23 outros projectos de 12 países diferentes e foram os selecionados para um financiamento de 65 mil euros que visa a otimização da solução, a ser publicado numa revista científica internacional de referência, e a consequente implementação industrial, no prazo de 12 meses.

“Estamos atentos aos problemas da indústria e queremos que a investigação que fazemos na NOVA FCT tenha impacto nas várias vertentes, económica, social e ambiental. A seleção da solução proposta pela nossa equipa demonstra uma clara aposta da indústria farmacêutica em aplicações mais verdes e sustentáveis”, explica a investigadora Ana Rita Duarte, da NOVA FCT.

 
16 e 17 de março de 2024
O evento que reúne num só local todas as áreas do autocuidado está de regresso a Lisboa. A 2ª edição do SelfCare MARKET &...

Esta viagem ao mundo do autocuidado inclui dois “locais” muito especiais a explorar: SUMMIT e MARKET. Nos três palcos, os passageiros desta viagem terão a possibilidade de assistir a várias Talks, Masterclasses e Workshops. Este ano o evento conta, entre oradores e moderadores, com Catarina Furtado, Madjer, Inês Gaya, Ticas Graciosa e muitos outros, tais como dermatologistas, nutricionistas, ginecologistas, oncologistas, psicólogos, desportistas, campeões, coaches e sobreviventes oncológicos. O programa está imperdível e recheado de pessoas verdadeiramente inspiradoras. Os 6 pilares do autocuidado estão refletidos no programa de 2024 e, de uma forma “descomplicada”, vão ser abordadas temáticas tão distintas como nutrição, longevidade saudável e slow aging, menopausa, saúde mental, saúde capilar, infertilidade, HPV e cancro, exercício físico, sono, mindfullness, imagem pessoal, jardinagem, entre muitas outras.

Na vertente MARKET, os passageiros que embarcarem nesta viagem terão a possibilidade de contactar e experimentar as suas marcas e produtos preferidos. Mas não só, também clínicas e prestadores de serviços de áreas como a dermocosmética, nutrição, suplementos, fitness, estética e fragrâncias, estarão presentes e vão disponibilizar gratuitamente avaliações faciais e capilares, rastreios, nutricionistas, dermoconselheiras e beauty advisors. Uma panóplia de experiências onde se poderá sentir a sensorialidade dos produtos, a excelência dos serviços e ainda adquirir os mesmos com condições muito especiais, tudo isto nos stands das mais de 50 marcas presentes.

É, de facto, um evento único e pioneiro na área da saúde e do bem-estar, que não se pode perder. Tem de se viver.

O conceito de autocuidado é agregador de diversas áreas que geralmente estão dispersas. O SelfCare MARKET & SUMMIT reúne-as num só espaço, abrangendo os 6 pilares do autocuidado: Saúde, Aparência, Atividade Física, Nutrição, Sono e Mindfulness. Pretendendo contribuir para a melhoria de cada pilar e de todos, porque a saúde de cada um depende, principalmente, de nós próprios, o autocuidado reflete uma prática focada em cada um de nós, naquilo que fazemos diariamente, naquilo que promove a nossa saúde e bem-estar. Para passar esta mensagem de uma forma simples e eficaz, a organização transformou os 6 pilares do autocuidado em 6 mensagens que pretendem chegar a cada pessoa: #cuida-te, #ama-te, #nutre-te, #mexe-te, #revigora-te e #respeita-te. Um # que reflete cada pilar.

Paula Iglésias, mentora deste evento, explica o conceito: “Vivemos cada vez mais tempo e uma preocupação de todos é que essa longevidade seja com saúde e bem-estar. Nos últimos anos, a prática do autocuidado tem ocupado um lugar, cada vez, mais relevante na promoção de uma longevidade saudável. Decidi criar este evento para reunir num só espaço todas as ferramentas que podemos utilizar no autocuidado e, ainda, para desmistificar algumas preocupações quanto a esta prática, tais como: “falta de tempo, é muito caro, é uma atitude egoísta e a minha prioridade são os meus filhos”. No SelfCare MARKET & SUMMIT terá a oportunidade de usufruir de um espaço privilegiado de partilha de informação e conhecimento, assim como, de contactar com as suas marcas e produtos favoritos. Junte-se a nós nos dias 16 e 17 de março, em Lisboa, na Cordoaria Nacional. Vemo-nos lá!”

A aquisição do bilhete para os dois dias (12€) que transformarão a sua vida está disponível no site https://selfcaremarket.pt/. Todas as novidades poderão ser acompanhadas no Instagram @selfcaremarketpt

 
Inflamação nos tendões
A tenossinovite de De Quervain é um nome complicado para uma doença que tem sido chamada de "po

Embora a causa exacta seja desconhecida, existem opções de tratamento específicas que podem ajudar, revela Sanjeev Kakar, um cirurgião ortopédico da Mayo Clinic.

Quando um movimento simples, como fechar a mão ou mover o polegar, se torna doloroso, isso pode ter ocorrido devido ao uso diário excessivo. Kakar explica que uma das ocorrências mais comuns é a tenossinovite de De Quervain, que afeta principalmente os tendões.

"Se olharmos para a zona do pulso, temos essencialmente os tendões responsáveis pelos movimentos do polegar. E estão cobertos por uma bainha, o que é natural. Todos nós temos esta estrutura, mas em alguns doentes pode ocorrer inflamação nesta zona", explica o especialista. 

Quando ocorre uma inflamação nos tendões por baixo desta bainha, pode ocorrer uma dor intensa. Esta dor pode ser incapacitante impedindo que o paciente consiga realizar tarefas simples no seu dia a dia. 

Outro sintoma que pode ocorrer é uma sensação desagradável de choque no local, devido à irritação de ramos nervosos presentes nessa região do punho.

O cirurgião ortopédico explica que o tratamento para esta condição é relativamente simples. A terapia na zona e a utilização de uma tala podem ajudar.

"Por vezes, é necessário aplicar uma injeção de corticosteróides para reduzir a inflamação e, na maioria das vezes, a situação melhora", acrescenta. "No entanto, por vezes é necessário recorrer à cirurgia".

Trata-se de um procedimento ambulatório que consiste em abrir a bainha que envolve o tendão para libertar a pressão e permitir que os tendões deslizem mais livremente e sem dor.

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O que diz a neurociência
Muitas vezes não temos consciência do que nos falta, incomoda, faz desanimar.

"O efeito protetivo em relação aos traumas, particularmente quando profundamente enraizados no inconsciente, pode ser compreendido como um mecanismo de defesa para evitar uma constante ruminação dessas experiências. Embora a consciência não retenha plena percepção desses traumas, evidências indicam a sua localização no córtex, exercendo uma influência depressiva sobre a psique, e mesmo sem compreender o motivo a pessoa carrega um peso, sente-se mal. O papel do psicólogo, notavelmente destacado por Freud na psicanálise, reside na facilitação da regressão, expondo esses pensamentos ao consciente, à razão", começa por explicar.

Devemos então seguir o caminho da compreensão e tentar trazer ao consciente o que nos perturba no mais íntimo de nós.

Como refere Abreu, "ao trazer à tona esses traumas, ocorre uma reflexão profunda, aliviando as dores associadas. Este processo visa transferir as memórias do hipocampo para o córtex pré-frontal, promovendo uma análise lógica e racional, saindo do emocional e analisando com lógica e inteligência. Esta transferência pode potencialmente aliviar e, em alguns casos, favorecer a cura dos traumas".

Para o neurocientista esse é mesmo o caminho para a cura, pois pegamos no que nos fere, no incompreendido e damos-lhe forma.

"Podemos dizer que mais do que racionalizar uma experiência negativa estamos perante uma modificação na "residência" dessas experiências dolorosas e pensamentos intrusivos. A conjugação destes dois fatores é o caminho para a compreensão e racionalização do problema promovendo o seu alívio e talvez a sua cura", concluí.

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Mais de cinco mil crianças e jovens vivem com diabetes tipo 1 em Portugal
Focados em chutar a diabetes para fora de campo, várias crianças com diabetes tipo 1 acompanharam os jogadores do Sport Lisboa...

“É fantástico podermos proporcionar a estas crianças um momento único, durante o qual podem partilhar o campo de mãos dadas com os seus ídolos. O futebol é um desporto vivido intensamente no nosso país e as nossas crianças ficaram radiantes com esta oportunidade.”, vinca Raquel Coelho, médica coordenadora do Departamento de Crianças e Jovens da APDP.

Em Portugal, calcula-se que mais de 30.000 pessoas vivem com diabetes tipo 1 (DT1), 5.000 das quais serão crianças e jovens.

“Falamos de pessoas, crianças, jovens e adultos que não vivem sem insulina e que todos os dias têm de gerir esta doença. Uma boa integração na sociedade é um dos principais objetivos para melhorar a aceitação da diabetes, o controlo metabólico e a qualidade de vida, pelo que iniciativas deste género são, sem dúvida, cruciais para concretizar este objetivo.”, remata Raquel Coelho.

A DT1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da própria pessoa impede o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina. Pessoas com DT1 necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder produzir. 

A ideia de colocar crianças a entrar em campo de mãos dadas com os jogadores de futebol foi oficialmente incorporada pela FIFA em 2001, no seguimento de uma parceria celebrada com a UNICEF, passando a investir em ações deste género.

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