Aponta estudo realizado em Portugal
A investigação realizada em Portugal revela que, apesar do diagnóstico positivo das grávidas para a COVID 19, em todos os...

Um estudo, realizado no laboratório da Crioestaminal às amostras de sangue do cordão umbilical recebidas para criopreservação, reforça a baixa probabilidade de transmissão de SARS-CoV-2 aos bebés durante a gravidez.

Entre abril de 2020 e fevereiro de 2023, foram analisadas, através de técnicas de biologia molecular (RT-PCR), 779 amostras de sangue do cordão umbilical colhidas no parto de grávidas que indicaram, nos questionários clínicos realizados, um diagnóstico de COVID‑19, seis semanas antes ou após o parto.

Em todos os testes efetuados foram obtidos resultados negativos, ou seja, não foi possível detetar a presença de SARS-CoV-2 nas amostras de sangue do cordão umbilical dos bebés de grávidas que tiveram um diagnóstico de COVID‑19. Estes resultados reforçam o baixo risco de transmissão do vírus a partir de uma amostra de sangue do cordão umbilical.

“Este estudo reforça o que tem sido comunicado em várias publicações científicas acerca da possível transmissão de SARS-CoV-2 através de sangue do cordão umbilical: nas 779 amostras analisadas não foi detetada a presença do vírus causador de COVID-19, refletindo a baixa probabilidade de transmissão deste vírus através do sangue do cordão umbilical e a segurança da utilização desta fonte de células estaminais numa futura utilização clínica, mesmo que a colheita tenha sido realizada em pleno contexto pandémico”, afirma Carla Cardoso, Diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Da incerteza à evidência científica

Durante a pandemia de COVID‑19, as grávidas foram consideradas um grupo de risco, não só pela saúde da futura mãe, mas também do feto durante o desenvolvimento uterino e do recém-nascido após o parto. Surgiram, por isso, muitas questões sobre a probabilidade de ocorrência da transmissão vertical do SARS-CoV-2, ou seja, da passagem de partículas virais da mãe para o feto através da placenta, ou para o recém-nascido já na fase do parto e pós‑parto.

A maioria dos estudos realizados desde 2020 indicam a ocorrência de transmissão vertical do SARS‑CoV‑2 como algo possível, mas de muito baixa probabilidade, sendo que a transmissão transplacentar apenas poderá ser confirmada se detetada a presença do genoma do vírus em tecidos fetais, como o sangue do cordão umbilical.

Logo no início da pandemia, uma das preocupações dos profissionais de saúde e dos bancos de tecidos e células prendeu-se com a possibilidade da existência de partículas virais do SARS-CoV-2 no sangue do cordão umbilical colhido para transplantação hematopoiética.

“Por ser uma fonte rica em células estaminais hematopoiéticas, o sangue do cordão umbilical é utilizado em transplantes que visam regenerar a medula óssea. Por isso, a sua colheita após o parto é uma prática comum em vários países, como é o caso de Portugal. Assim, dada a sua importância clínica, foram realizados vários estudos no sentido de detetar a eventual presença do vírus causador de COVID‑19 no sangue do cordão umbilical”, esclarece Carla Cardoso.

Em 2020, uma publicação científica agrupou os resultados de vários estudos realizados na China, abrangendo um total de 38 grávidas com história clínica de infeção por COVD‑19, cujos tecidos fetais, incluindo sangue do cordão umbilical, foram analisados por RT-PCR quanto à presença do vírus SARS‑CoV‑2, não tendo sido possível detetar a presença deste agente infecioso em nenhum dos tecidos analisados.

Em 2021, uma metanálise mais alargada publicada no American Journal of Obstetrics and Gynecology, revelou a deteção do vírus em cerca de 3% das amostras de sangue do cordão umbilical testadas, demonstrando que a presença do vírus nestas amostras é possível, embora de baixa probabilidade.

Apesar da baixa probabilidade de existência do vírus no sangue do cordão umbilical colhido à nascença, os bancos de tecidos e células adaptaram os seus procedimentos de análise de risco, para que fosse incluída na análise da história clínica familiar a possibilidade de infeção por COVID-19 na grávida.

Esta investigação é habitualmente feita através de questionários que deverão ocorrer antes do parto, na altura do parto e, se necessário, após o parto em que ocorre a colheita da amostra de sangue do cordão umbilical.

No laboratório de tecidos e células da Crioestaminal, as amostras de sangue do cordão umbilical recebidas para criopreservação com vista à futura utilização clínica são sujeitas a investigação da história clínica familiar que, com a pandemia, passou a incluir a avaliação do risco de transmissão de SARS‑CoV‑2 para a amostra criopreservada.

Medicina Veterinária
A doença cardíaca está entre as principais causas de doença e morte de animais de companhia e é uma

No âmbito do Dia Mundial do Coração, que se assinala a 29 de setembro, Myriam Gonçalves, médica veterinária e Head of Operations da AniCura Ibéria. lembra que “A doença cardíaca tem impacto não só no funcionamento do coração, mas em todo o organismo. O diagnóstico atempado e o tratamento adequado podem fazer toda a diferença para que o animal atinja mais longevidade com qualidade de vida, por isso, é fundamental procurar o médico veterinário aos primeiros sintomas”.

A insuficiência cardíaca define-se como retrógrada, nos casos em que se acumula líquido nos pulmões (edema pulmonar), sendo a forma mais comum de insuficiência cardíaca, ou anterógrada, quando não é possível manter a pressão arterial normal1.

Saber identificar os principais sinais é importante para evitar o avançar da doença.

Cinco sinais de insuficiência cardíaca em cães e gatos:

  1. Fadiga ou intolerância à atividade física - É um dos sinais que mais chama a atenção dos cuidadores, sobretudo quando se trata de cães jovens que não querem praticar exercício físico, passear ou correr. Nos animais adultos ou idosos a identificação acaba por ser mais difícil, já que o cansaço pode ser atribuído à idade ou a outras condições.
  2. Dificuldade respiratória - Uma vez que a doença cardíaca dificulta o bombeamento do sangue, o transporte de oxigénio e a respiração, para tentar compensar, o animal pode apresentar respiração ofegante mesmo sem realizar qualquer esforço físico. Além disso, podem acumular-se fluídos nos pulmões, provocando uma súbita e grave dificuldade respiratória (edema pulmonar).
  3. Emagrecimento - Trata-se de um sintoma que pode ser facilmente atribuído a outras causas, mas a perda de peso, especialmente se for repentina, deve ser avaliada pelo médico veterinário.
  4. Tosse - Em muitos casos, os cães com cardiopatias tossem, mas tal não significa que seja sinal de insuficiência cardíaca. A tosse deve-se, muitas vezes, ao facto de o coração pressionar os brônquios ou a outra doença nas vias respiratórias além da cardiopatia. Pelo contrário, os gatos não costumam apresentar tosse em caso de insuficiência cardíaca.
  5. Aumento do volume abdominal - A acumulação de líquido no abdómen pode ser também um dos indicadores de doença cardíaca.
  6. Colapsos cardiovasculares - No caso dos gatos, estes podem apresentar ainda colapsos cardiovasculares com grande impacto na saúde geral e redução da temperatura corporal que, frequentemente, baixa dos 38-39 graus até aos 34-35 graus. Doenças cardíacas crónicas graves também podem causar debilidade e morte súbita devido a distúrbios do ritmo cardíaco (arritmia)2.

A médica veterinária lembra que “Procurar um veterinário o mais rapidamente possível é especialmente importante quando a respiração, a consciência e o estado geral do animal estão comprometidos. Quanto mais atempadamente for detetado o problema e iniciado o tratamento, menos o animal sofrerá e mais possibilidades terá de o controlar”.

Referências:

Insuficiencia cardíaca en los perros

Disponível em https://www.anicura.es/consejos-de-salud/perro/consejos-de-salud/insuficiencia-cardiaca-en-perros/#sintomas. Acedido em setembro de 2023.

2. Insuficiencia cardíaca en los gatos

Disponível em: https://www.anicura.es/consejos-de-salud/gato/consejos-de-salud/la-insuficiencia-cardiaca-en-los-gatos/

Acedido em setembro de 2023.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Durante a semana Europeia da Amamentação
De 2 a 6 de outubro - Semana Europeia da Amamentação - o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) desenvolve um...

Entre as várias ações, destaque para a sessão sobre «Legislação de Apoio à Mulher que Amamenta». “Desde a gravidez ao pós-parto, existe legislação que protege o casal no regresso à vida profissional. É importante sensibilizarmos e alertarmos as nossas grávidas/casais para os direitos de que dispõem.”, explica Carmo Prucha, Enfermeira-Chefe do serviço de Obstetrícia do CHUSJ.

A amamentação é um indicador da qualidade na saúde e o leite materno constitui a melhor forma de fornecer os nutrientes necessários, estando comprovados os vários benefícios, quer para a mãe, quer para o bebé. Assim, “proporcionar um ambiente adequado para uma alimentação infantil saudável é um imperativo de toda a sociedade civil.”, defende a responsável.

As Enfermeiras de Saúde Materna e Obstétrica do CHUSJ vão ainda dinamizar outros momentos, tais como: ações sobre os benefícios do contacto pele com pele; dinâmicas de grupo com casais e um quizz sobre amamentação.

Ao longo da semana, a campanha de sensibilização “Memórias da Amamentação” vai desafiar a comunidade hospitalar e as mães de bebés nascidos nesta unidade a participar através de um registo fotográfico (uma fotografia a amamentar o seu filho ou da própria a ser amamentada em bebé, com indicação do ano em que foi registado o momento). Além disso, será oferecida uma fotografia polaroid às puérperas a amamentar os seus bebés, procurando sensibilizá-las para a importância do aleitamento materno.

A UNICEF recomenda o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de vida e a sua manutenção, com alimentos complementares, pelo menos, até ao segundo ano de vida. Responsáveis da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF assinaram, em agosto de 1990, a Declaração Innocenti, comprometendo-se a proteger, promover e apoiar o aleitamento materno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como mote para a campanha de 2023 «Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais de que trabalham» (Organização Mundial de Saúde, 2023). 

Hoje, 29 de setembro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], promove hoje, dia 29 de setembro a 26.ª Edição do “Caminho dos...

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade. A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

Na 26.ª edição do Caminho dos Hospitais, diversos profissionais de saúde irão abordar e debater questões relevantes na área da gestão em saúde, bem como apresentar alguns projetos inovadores da responsabilidade do Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E..

 

Iniciativa da Fundação “la Caixa”
Num contexto marcado pelo aumento de casos de pessoas em situação de solidão, o programa Sempre Acompanhados da Fundação “la...

O aumento da esperança de vida, as novas formas de convivência e relações familiares e uma utilização diferente do tempo dão forma a uma realidade cada vez mais complexa que nos coloca perante novos desafios, entre eles a solidão, que se estima afetar cerca de 500 000 pessoas em Portugal. Com mais de cem anos de história em Espanha, o programa Seniores da Fundação “la Caixa”, no qual se insere o Programa Sempre Acompanhados, tem como objetivo enfrentar os novos desafios impostos pela velhice.

A missão do Programa Sempre Acompanhados é capacitar os seniores em situação de solidão, colocando-os no centro de todas as ações, como sujeitos ativos do seu processo de envelhecimento, e acompanhando-os na busca de uma vida plena através do fomento das relações de bem-estar e apoio. O Programa visa também obter o envolvimento dos cidadãos e um ambiente de comunidade para construir parcerias e trabalhar em rede. Tudo isto com o objetivo de sensibilizar os cidadãos e minimizar as situações de solidão nas pessoas mais velhas.

Está demonstrado cientificamente que enfrentar a solidão e melhorar as relações sociais traz enormes benefícios: o aumento da capacidade de adaptação psicológica às situações de perda, doença ou stress crónico (como a assistência); a melhoria da saúde, do estado emocional e da esperança de vida; o aumento da qualidade de vida; e a diminuição da probabilidade de adoecer e de sofrer de demência. O Programa contribui para fomentar as relações sociais com objetivo de atingir uma vida plena, com sentido e significado.

Por ocasião da celebração do Dia Internacional das Pessoas Idosas (1 de outubro), estão previstas diversas ações de sensibilização que salientam a importância das relações sociais e dão a conhecer a solidão como um desafio num duplo sentido: pode afetar-nos a todos, independentemente da idade, e, ao mesmo tempo, cada um de nós pode, com o seu pequeno contributo, melhorar a vida das pessoas, à sua volta, que sentem solidão. Estas atividades são uma amostra das várias ações levadas a cabo durante o ano que visam sensibilizar as pessoas, detetar situações de solidão e criar uma rede de apoio e de relações, contando sempre com o tecido associativo e as instituições locais. Este verão, por exemplo, foram promovidas ações inovadoras, bem recebidas, dirigidas a seniores que ficavam sozinhos durante as férias.

Atividades no Porto:

Bonfim – em colaboração com a Junta de Freguesia do Bonfim, a Santa Casa da Misericórdia do Porto irá participar na Semana do Idoso com um ponto de informação sobre o Programa Sempre Acompanhados.

Centro Histórico – Cruz Vermelha Portuguesa: irá dinamizar uma campanha nas suas redes sociais com os testemunhos de seniores que participaram no programa Sempre Acompanhados para abordar o significado da solidão.

Atividades em Lisboa:

Alvalade – o Centro Social Paroquial do Campo Grande irá celebrar o dia 1 de outubro com o evento «Vidas Felizes com Sentido». Durante este dia, o Centro irá acolher diversas atividades, como a leitura de poemas sobre vidas com sentido e um sketch sobre o idadismo, e irá contar com um ponto de informação sobre a importância da literacia digital, entre outras atividades.

Além de estar presente em Lisboa e no Porto, atualmente, o Programa está em 13 territórios de Espanha: envolvendo 426 entidades sociais, 573 profissionais e 304 voluntários.

Alerta a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC)
“Veste a pinta da urticária” – é este o desafio lançado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC)...

A urticária é caraterizada pelo aparecimento de manchas e/ou babas na pele, geralmente avermelhadas, acompanhadas de comichão ou alguma sensação de calor, ardor, queimadura ou desconforto, que tipicamente não deixam marca e têm uma duração de minutos a horas (habitualmente não mais de 24h). Pode ser aguda, se durar até 6 semanas, ou crónica se persistir para além desse período. A primeira é a mais frequente e pode afetar 20-30% da população mundial, pelo menos uma vez na vida, e surge muitas vezes no contexto de infeções e de alergia a alimentos e a medicamentos. A urticária crónica atinge cerca de 1% da população, afetando mais mulheres, mas apesar de ser menos frequente, é a que se associa a pior qualidade de vida e tem um enorme impacto no dia-a dia de quem dela sofre.

Relativamente ao seu tratamento, “assenta em medicamentos anti-histaminicos”, explica Sofia Campina. Neste âmbito, a especialista refere que “em Portugal, temos vários Serviços de Imunoalergologia, quer pertencentes ao SNS, quer a grupos privados, todos eles capacitados para o seguimento de doentes com urticária crónica.  Para além disso, temos Centros UCARE (Urticaria Center of Reference and Excellence), que são unidades especializadas, reconhecidas pela sua excelência no diagnóstico e tratamento de Urticária, fazendo parte da Rede Europeia Global de Alergia e Asma (GA2LEN)”.

No entanto, neste campo do acesso aos cuidados e tratamentos para controlo da doença, a imunoalergologista chama a atenção para o facto de que “apesar da terapêutica biológica já ter demonstrado mundialmente a sua eficácia e segurança, quer em ensaios clínicos, quer em estudos de vida real, e mesmo sabendo que para alguns doentes com urticária crónica esta é a única opção para devolver alguma qualidade de vida, o acesso a este tipo de tratamento continua a ser exclusivo do Sistema Nacional de Saúde. De facto, apesar de existirem cuidados diferenciados de Imunoalergologia em vários polos privados, os regimes de comparticipação para o tratamento biológico desta e de outras doenças alergológicas, em sede de entidades privadas, são ineficazes e praticamente inexistentes, tornando quase inacessível esta via de tratamento”.

Sofia Campina prossegue afirmando que “têm sido feitos esforços, por parte de cada Serviço de Imunoalergologia do SNS, para ampliar e melhorar a capacidade de resposta à população, sendo um exemplo os atuais Centros UCARE (ambos no SNS), mas o problema de recursos do SNS é inegável nos dias de hoje e isso tem graves implicações no acesso aos cuidados diferenciados de Imunoalergologia em regime público. Acrescenta-se o fato dos Serviços de Imunoalergologia do SNS do nosso país estarem mais centrados no litoral e nos grandes centros urbanos, e as Unidades de Imunoalergologia do SNS (compostas por um ou dois especialistas), mesmo tendo médicos altamente qualificados, têm dificuldade na prescrição dos tratamentos biológicos, vendo-se por vezes forçados a encaminhar os doentes para centros de maiores dimensões. Assim, um doente com urticária crónica que não responda ao tratamento convencional e que seja candidato a biológico, terá que aguardar pela capacidade de resposta do SNS, para ser avaliado e poder ter acesso a esta opção diferenciadora”. 

Assim, assinalar esta data é, para a imunoalergologista, uma oportunidade para “passar a mensagem de que têm de ser tomadas medidas para o acesso célere e equitativo aos cuidados e tratamentos especializados de Imunoalergologia, em especial para os casos graves de Urticária, porque todas opções devem chegar a todos os doentes”. 

SPG sublinha necessidade de maior prevenção, identificação e tratamento do cancro digestivo
São apelidados por Big Five os cinco tumores malignos do aparelho digestivo que por dia matam 30 portugueses. Números...

Esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto, são o conjunto dos cinco principais órgãos do aparelho digestivo onde incide o cancro digestivo, responsável pela crescente mortalidade oncológica mundial, que mata mais de 10 000 portugueses por ano (cerca de 30 por dia). Dois destes cancros, pâncreas e fígado, são dos mais mortais com esperança média de vida inferior a um ano.

Os objetivos da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia são, por um lado, apoiar e promover o desenvolvimento das competências nestas áreas profissionais, apostando reconstituição da vertente formativa dos especialistas e, por outro, consciencializar a população sobre a oncologia digestiva, sensibilizar todos os portugueses para a importância da saúde digestiva para o seu bem-estar e qualidade de vida.

Pedro Narra Figueiredo, presidente da SPG, esclarece que “em Portugal, um terço de todos os cancros são do Aparelho Digestivo. Anualmente, estes cancros são responsáveis por cerca de 10% das mortes, em que o cancro do estômago, do cólon e doenças do fígado são responsáveis por três de dez causas principais de morte” e acrescenta que “serão estes números uma fatalidade? O que podemos fazer para alterar esta situação? Será que conseguimos melhor na prevenção e/ou no diagnóstico precoce? Nalguns casos tal é possível, noutros não estamos ainda nessa fase. A função dos médicos gastrenterologistas é fundamental no sentido de prevenir, diagnosticar e, nalguns casos, tratar estas doenças. A conjugação de esforços com outros especialistas, cirurgiões, radiologistas, oncologistas entre outros, é da maior importância para conseguir alcançar o objetivo de melhor cuidar estes doentes.”

 

Conectando o futuro do setor da saúde com um simples scan
Na próxima semana, entre 3 e 5 de outubro, vai decorrer a 38.ª GS1 Healthcare Conference, em São Paulo, no Brasil.

Esta iniciativa, também em formato híbrido, junta diferentes agentes do setor da saúde para debater os desafios que hoje se colocam ao setor, bem como as melhores práticas sobre rastreabilidade farmacêutica, transformação em contexto hospitalar e legislação aplicável à identificação única de dispositivos (UDI).

A primeira sessão plenária irá acontecer no dia 03 de outubro, às 10h00 (horário local), e será subordinada ao tema "A necessidade de harmonização e padronização global no cenário da saúde e o seu impacto". Esta sessão vai ser presidida por Susan Moffatt-Bruce, Presidente do Lahey Hospital and Medical Center, Beth Israel Lahey Health, e CEO do Royal College of Physicians and Surgeons (Canadá), e contará ainda com as intervenções de Max Kabalisa, Supply Chain Manager da UNICEF (Dinamarca), e Ron Lavater, CEO da International Hospital Federation - IHF (Suíça), que vão partilhar as suas experiências, iniciativas e histórias de sucesso.

Este evento, em formato híbrido, é aberto a todos os profissionais de saúde. Serão disponibilizadas traduções em português e espanhol para todas as sessões plenárias.

A inscrição para assistir à 38.ª GS1 Healthcare Conference pode ser feita aqui.

 

Global Health Forum 2023
A Universidade Europeia vai marcar presença no Global Health Forum 2023, evento realizado pelo Fórum Saúde XXI, nos dias 29 e...

Hélia Gonçalves Pereira, reitora da Universidade Europeia, Lourdes Martín, diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Europeia, Adalberto Campos Fernandes, coordenador estratégico da área de Ciências da Saúde, Alexandra Bento, coordenadora da área de Nutrição, Francisco Goiana da Silva, coordenador do Mestrado 100% online em Gestão da Saúde, e os professores Abel Garcia Abejas e Francisco Miranda Duarte, são os representantes da Universidade Europeia que estarão presentes no evento.

Sob o mote “Saúde para Todos”, o Global Health Forum 2023 tem como principais objetivos sensibilizar os cidadãos para o papel dos cuidados de saúde para o desenvolvimento económico, a coesão social e a segurança dos cidadãos.

“É com grande satisfação que a Universidade Europeia se associou a este fórum de discussão, onde podemos trazer para cima da mesa vários temas que a nós, académicos e investigadores, também nos preocupam, sabendo que podemos contribuir com soluções e alternativas viáveis para o bom funcionamento dos cuidados de saúde na nossa sociedade. É também uma excelente oportunidade para partilhar conhecimento, experiências e ideias sobre o futuro da Saúde”, afirma Hélia Gonçalves Pereira, reitora da Universidade Europeia.

O Global Health Forum 2023 conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e com o apoio institucional do Ministério da Saúde, da Entidade Reguladora da Saúde, do Serviço Nacional de Saúde, da Administração Central do Sistema de Saúde, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e da Câmara Municipal de Cascais.

 

Dia Nacional do Cancro Digestivo assinala-se a 30 de setembro
O cancro do estômago, órgão que faz parte do sistema digestivo, ocorre quando as células do estômago

Entre os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do cancro do estômago encontram-se a obesidade; o tabagismo; a dieta rica em alimentos fumados e pobre em vegetais e fruta; a infeção por Helicobacter pylori e/ou pelo vírus Epstein-Barr; a inflamação do estômago (gastrite crónica); a presença de determinado tipo de pólipos do estômago e os antecedentes familiares de cancro gástrico.

Os sintomas associados a este cancro incluem a diminuição do apetite; azia ou indigestão; enfartamento precoce; perda de peso; anemia; sangue nas fezes (normalmente manifestado por fezes pretas); vómitos, com ou sem sangue; desconforto abdominal. Contudo, numa fase inicial, o cancro do estômago pode não apresentar sintomas, o que determina a importância do aconselhamento médico e diagnóstico precoce.

A endoscopia digestiva alta é o exame de eleição para o diagnóstico do cancro do estômago. Deste modo o revestimento do estômago (mucosa) é inspecionado cuidadosamente e se existirem alterações suspeitas poderão ser realizadas biopsias através do endoscópio (colheita de uma pequena amostra de tecido da mucosa do estômago para posteriormente ser examinada). A observação das células suspeitas ao microscópio pela Anatomia Patológica pode confirmar o diagnóstico de cancro gástrico.

As opções de tratamento devem ser discutidas por uma equipa multidisciplinar e entram em linha de conta com o tipo, localização e extensão da doença, idade, estado geral e patologia associada.

As opções podem incluir terapêutica endoscópica (ressecção das lesões sem necessidade de remoção do estômago), cirurgia de remoção de parte ou da totalidade do estômago, radioterapia e quimioterapia, isoladas ou em associação.

Para consciencializar a população para o diagnóstico precoce do cancro do estômago, a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) está a promover a um vídeo que explica o que é a endoscopia digestiva alta e em que situações deve ser realizada. Veja o vídeo em:  https://www.youtube.com/watch?v=dw8SKroWkyw

A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED), fundada em 1979, é uma associação científica, sem fins lucrativos e de utilidade pública, que congrega médicos e outros profissionais ligados à saúde que praticam ou se interessam pela endoscopia digestiva em Portugal. 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados de Programa Mais Contigo mostram que as raparigas têm piores indicadores
Quase metade (45,4%) de uma amostra de 13 mil adolescentes no país apresentou, no último ano letivo (2022-2023), sintomatologia...

De acordo com os dados obtidos, num ano em que o Mais Contigo se estendeu a um maior número de escolas do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, abrangendo o maior número de adolescentes desde o início do programa (em 2021-2022, a amostra foi de 5440 jovens), subiram também, para 30,1% (há um ano eram 28,5%), os adolescentes com indícios e manifestações de depressão moderados (14,8%) ou graves (15,3%).

Uma vez mais, foram as raparigas a manifestar piores indicadores de saúde mental – maior sintomatologia depressiva, menor autoconceito e menor bem-estar –, segundo revela o estudo feito pela equipa coordenadora deste projeto, criado em 2009 pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e pela Administração Regional de Saúde do Centro e que conta com a cooperação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Divulgados no dia 27 de setembro, em Coimbra, no âmbito do XII Encontro Mais Contigo, estes resultados têm por base uma amostra de alunos com uma média etária de 13,4 anos (faixa compreendida entre os 11 e os 21 anos de idade) e a frequentarem 153 agrupamentos de escolas, mais 197 escolas ou colégios, de norte a sul de Portugal (incluindo Açores e Madeira).

No final da intervenção, foi possível diminuir a sintomatologia depressiva, aumentar o bem-estar e o autoconceito, sendo que 96 adolescentes foram referenciados e encaminhados para serviços de saúde mental e psiquiatria e outros 90 para cuidados de saúde primários.

A formação de mais 447 dinamizadores/profissionais de saúde (em Coimbra, Lisboa, Porto, Faro, Alcácer do Sal, Santarém, Funchal e Ribeirão Preto – o Mais Contigo chegou, também, ao Brasil), a sensibilização de 2132 encarregados de educação e 2919 docentes e assistentes operacionais, são outros indicadores associados à intervenção do programa em 2022-2023.

Suicídio é segunda causa de morte entre os jovens dos 15 aos 19 anos

De acordo com o coordenador nacional do Mais Contigo e professor de saúde mental e psiquiátrica na ESEnfC, José Carlos Santos, o programa cumpriu a sua missão, mas há ainda desafios pela frente.

«Cumprimos. Reforçámos as dimensões protetoras para o comportamento suicidário, autoconceito e bem-estar, e reduzimos as de maior risco, o estigma e a sintomatologia depressiva, que passou de 30,1% [no início da intervenção] para 26%, mesmo assim um valor alto», afirmou José Carlos Santos, ao intervir na sessão de abertura do XII Encontro Mais Contigo.

Segundo este responsável, os resultados obtidos «apelam para a necessidade de acompanhamento e intervenção sistemática dos adolescentes em contextos comunitários, onde a escola emerge como contexto prioritário».

«Essa é, de resto, a recomendação da Comissão Europeia ao Parlamento europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões, onde se reforça a necessidade de integrar a saúde mental em todas as políticas», frisou José Carlos Santos. Ao ressaltar que, «de acordo com a UNICEF (2021), o suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens dos 15 aos 19 anos», estimando-se em «50 mil milhões de euros o valor anual relativo à perda de saúde mental nas crianças e nos jovens».

O desafio de conquistar um lugar para a saúde mental na formação dos adolescentes

«As razões da existência do Mais Contigo são cada ano mais aprofundadas», sendo que «o impacto da pandemia, com mais procura de cuidados de saúde mental, com mais distúrbios de ansiedade, de sintomatologia depressiva e mais alterações comportamentais, reforçam a sua importância», observa o coordenador nacional do programa.

José Carlos Santos refere que «as recentes alterações da legislação em torno da organização dos serviços de saúde mental, com mais proximidade e recursos comunitários, são razão para ter esperança», mas ressalva que «alguns desafios se mantêm». Como sejam, a «conquista de um lugar para a saúde mental na formação dos nossos adolescentes», «o diálogo entre instituições», ou «o anonimato dos questionários», que «impede uma intervenção individualizada quando identificadas necessidades nos mesmos».

Também «a complementaridade entre equipas de saúde mental comunitária de crianças e adolescentes e os cuidados de saúde primários, nomeadamente na saúde escolar, que necessita de ser aprofundada, a disponibilidade dos auxiliares de educação pertencentes às autarquias e os tempos de formação necessários ao longo do ano escolar» são, para o coordenador do Mais Contigo, outros desafios a superar.

O enfermeiro e professor da ESEnfC adverte, ainda, para «a instabilidade das equipas de cuidados de saúde primários, mobilizadas para outras funções, talvez também necessárias, mas pondo em risco, por vezes, a saúde escolar, necessitando de um maior reforço de recursos nas unidades de cuidados na comunidade».

O projeto Mais Contigo, que trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência, beneficia do apoio da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, sendo reconhecido como boa prática pela Direção-Geral da Saúde e pelo ICN – Conselho Internacional de Enfermeiros.

Dia Mundial do Coração assinala-se a 29 de setembro
Desde o ano de 2000 que a Federação Mundial do Coração celebra o Dia Mundial do Coração no final de

Todos os anos o Dia Mundial do Coração apresenta um lema, sendo que este ano o mesmo é “use o coração ❤ conheça o coração ❤”.

Esta campanha constitui-se como um alerta para todos cuidarem melhor da sua saúde cardiovascular e neste mote enfatiza-se que o primeiro passo passa por conhecer primeiro o nosso coração. Afinal, só podemos valorizar e proteger aquilo que conhecemos.

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e em todo o mundo, no entanto, cerca de 80% dessas mortes prematuras poderão ser prevenidas com alterações do estilo de vida. Variáveis como a adoção de uma alimentação saudável, prática regular de atividade física, evicção do consumo de tabaco ou de álcool e o controlo de níveis de stress, são medidas de prevenção primária que podem fazer muito pelo nosso coração e pela nossa saúde em geral.

Há uma noção geral da população sobre a importância da patologia cardiovascular, contudo o nível de conhecimento sobre estas doenças e a perceção do seu impacto ainda não são os desejáveis, o que se traduz em dificuldade para a sua prevenção e controlo.

Um destes exemplos é o da insuficiência cardíaca, um problema de saúde pública em Portugal com uma prevalência crescente. Trata-se da primeira causa de internamento no nosso país em adultos com mais de 65 anos, mas é frequentemente desconhecida pela população.

Este desconhecimento faz com que muitas vezes só seja diagnosticada num primeiro episódio de urgência ou hospitalização, estendendo-se ao momento da alta onde mais de metade dos doentes e ou cuidadores ainda continuam sem informação suficiente sobre esta entidade. É necessária mais educação para a saúde, é urgente a partilha de informação.

Portanto, de forma geral a literacia sobre a saúde ainda é deficitária e as políticas insuficientes, pelo que se pretende quebrar barreiras e transmitir o conhecimento que permita às pessoas assumir as rédeas do seu bem-estar. Porque quanto melhor conhecermos melhor podemos melhor cuidar.

A simplicidade desta mensagem começa desde logo pela maneira propositada como são usados os emojis ❤ A linguagem visual faz parte do nosso dia-a-dia e esta é nos dias de hoje uma das mais populares formas de comunicação que pode captar a atenção de todos e transcender barreiras linguísticas.

No dia 29 de setembro comemore o Dia Mundial do Coração, aprenda mais e altere os seus estilos de vida, cuide da sua saúde cardiovascular.

 

#DiaMundialdoCoração2023

#Conheça❤ #Use❤

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Observatório Nacional das Doenças Respiratórias 2023
Em 2021, as doenças respiratórias foram responsáveis pela morte de 10.255 portugueses, menos 988 do que em 2020, segundo os...

Desta análise destaca-se uma diminuição das mortes por pneumonia bacteriana e manutenção das mortes por cancro do pulmão, de acordo com os dados da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS).


A 16.ª edição deste relatório, desenvolvido por especialistas da área da saúde respiratória a nível nacional, comprova que as doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e de mortalidade em Portugal, apesar de ter sido observado um decréscimo gradual a partir de 2019. José Alves, pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), acrescenta que “em 2021, apenas 8,2% das mortes registadas tiveram origem numa doença respiratória. Esta descida pode estar relacionada com a pandemia de covid-19 e com a mudança de hábitos individuais e de grupo que acarretou, nomeadamente o uso obrigatório de máscara e o confinamento”.

Quanto à covid-19, e uma vez que este relatório incide nos anos de pandemia, é possível observar que 2021 houve mais 5845 mortes provocadas por esta doença do que em 2020, ano em que o vírus SARS-COV2 chegou a Portugal.

As mortes por doenças raras (13,2%) e crónicas (10,1%), tal como as pneumonias (36,7%) registaram uma diminuição que os especialistas acreditam que advém de diagnósticos mais assertivos e de tratamentos mais eficazes. Contudo, mesmo verificando uma descida nas mortes por estas patologias, em 2022, a pneumonia bacteriana levou ao internamento de 24.279 portugueses, dos quais 5.178 acabaram por morrer. A este respeito José Alves defende que “é necessário dar continuidade à implementação de medidas preventivas, nomeadamente no que diz respeito à vacinação nos grupos de maior risco”.

Quanto à pneumonia viral, que se manteve estável até 2021, o estudo demonstrou um aumento de 413 internamentos em 2022, atingindo um total de 916. Também o número de mortes aumentou para 59 (mais 33 do que em 2021).

Analisando as doenças pulmonares que precisam de ventilação durante o internamento, deparamo-nos com as pneumonias, referidas anteriormente, e com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) como as grandes causas de internamento em 2022, sendo responsáveis por 73% das hospitalizações com ventilação, que são as mais dispendiosas, longas e com maior mortalidade.

Relativamente aos óbitos e de acordo com o quadro acima, os especialistas da FPP olham com preocupação para subida constante das mortes provocadas por pneumoconioses (doença pulmonar ocupacional com padrão restritivo causada pela inalação de poeiras inorgânicas, geralmente associada a trabalho em metalúrgicas, construtoras, mecânicas ou minas), uma tendência que é necessário estudar, para serem apontadas possíveis causas para este aumento.

O relatório analisou ainda dados da alveolite, fibrose pulmonar, asma brônquica, gripe, entre outras doenças, e concluiu que as duas primeiras apresentaram números crescentes no que respeita a internamentos e em mortes entre 2018 e 2022.

Amanhã, 29 de setembro
As "1as Jornadas Nacionais do Internato Médico – Reimaginando o presente e o futuro da Formação Médica" vão ter lugar...

O evento tem a organização conjunta do Conselho Nacional do Internato Médico, Administração Central do Sistema de Saúde e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e incluirá a atualização técnica e o debate sobre as melhores práticas no âmbito do Internato Médico.

Durante as Jornadas, que contarão com a presença de várias individualidades, será apresentado o novo sistema informático de apoio à gestão do Internato Médico, lançadas as bases para decisões futuras alicerçadas em reuniões de consenso e discutidas/apresentados planos de reestruturação do internato médico no novo SNS.

O futuro da medicina e da saúde passa por mais e melhor formação dos seus médicos, pelo que se abordará o passado, o presente e o futuro do Internato Médico.

 

Hospital CUF Santarém aumenta acessibilidade a cuidados diferenciados na região
A complexidade e a diferenciação dos cuidados de saúde prestados pelo Hospital CUF Santarém acabam de ser reforçadas, através...

No Hospital de Dia do Hospital CUF Santarém, os doentes oncológicos da região de Santarém podem realizar tratamentos diários, sem deslocações longas e em conforto, sempre acompanhados por uma equipa especializada. Dela fazem parte especialistas em Oncologia Médica, Hematologia e Enfermeiros especializados, aos quais se junta uma gestora oncológica, para apoiar os doentes nas questões processuais e administrativas. 

Trabalhando em estreita colaboração com as restantes especialidades do Hospital CUF Santarém, o intuito deste novo serviço é garantir cuidados de saúde multidisciplinares, diferenciados e personalizados a cada doente oncológico, de acordo com a sua situação clínica.

Para Marisol Correia, oncologista no Hospital CUF Santarém, “a criação do Hospital de Dia Oncológico tem a mais valia de possibilitar que os doentes possam, na sua área de residência, optar pelo setor privado para realizar os seus tratamentos, evitando agora grandes deslocações, sobretudo nos casos em que têm de o fazer várias vezes por mês.”

A hematologista do Hospital CUF Santarém, Mariana Leal Fernandes, acrescenta ainda que “além de maior conforto, este serviço também permite um apoio mais próximo aos doentes, porque o acompanhamento é feito pelos mesmo médicos que os diagnosticam e que os seguem em consultas no Hospital CUF Santarém.”

O Hospital de Dia do Hospital CUF Santarém está pensado para dar resposta a doentes oncológicos e hemato-oncológicos, com indicação para ciclos de tratamento de curta e média duração. O espaço está equipado com 4 cadeirões e um quarto individual, onde é possível administrar tratamentos, entre os quais quimioterapia, terapias alvo e imunoterapia. É, também, possível realizar exames de diagnóstico especializados, como o mielograma - para avaliação da medula óssea, biópsia óssea, punção lombar, paracentese e toracocentese - para drenagem de fluidos a nível abdominal e pulmonar, respetivamente.

Protocolo celebrado entre a ESTeSC-IPC e a Idealmed Global Healthcare Services (IGHS)
Dois recém-diplomados da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) iniciaram estágios...

Silvia Vicente e Nuno Vidal – que, em julho, terminaram as licenciaturas em Fisioterapia e Farmácia, respetivamente – são os primeiros diplomados a beneficiar do acordo estabelecido entre a ESTeSC-IPC e o IGHS, em fevereiro deste ano. Ao longo dos próximos três meses (até dezembro), vão ter uma experiência em contexto real de trabalho, num hospital recentemente inaugurado e equipado com a mais moderna tecnologia. Viajam com uma bolsa atribuída pelo programa Erasmus e contam com o apoio do Oman International Hospital, que garante alojamento.

Para o presidente da ESTeSC-IPC, esta é uma “oportunidade única e com enorme potencial” para diplomados da ESTeSC-IPC, que têm oportunidade de desenvolver as competências adquiridas na licenciatura numa “unidade de saúde de topo, em termos de equipamento e de recursos humanos”. “Este protocolo coloca a ESTeSC-IPC num patamar que a Escola merece, enquanto Escola de referência no ensino das tecnologias da Saúde”, frisa.

“A IGHS sempre assumiu a relação de parceria com reconhecidas instituições de ensino como um pilar essencial para o desenvolvimento dos seus projetos, sendo com particular orgulho que acolhemos os alunos da ESTeSC”, afirma, por sua vez, o chaiman do grupo IGHS, José Alexandre Cunha. Receber profissionais formados em Coimbra, será, “seguramente, mais um importante contributo para a afirmação da cidade no contexto internacional”, acrescenta.

Para os antigos alunos da ESTeSC-IPC, a formalização desta parceria entre a Escola e o IGHS ajudou a concretizar um sonho. “Sempre quis começar a minha carreira profissional a explorar o mundo, e o protocolo facilitou bastante o processo”, relata Silvia Vicente, assumindo que este estágio representa “uma oportunidade única de trabalhar com uma equipa internacional, experiente e academicamente conceituada”. “Aprender bastante, crescer pessoal e profissionalmente, conhecer e contactar com os locais”, são os objetivos para os próximos três meses, afirma.

Também Nuno Vidal – para quem uma experiência internacional era um objetivo após a conclusão da licenciatura – assume que “se não houvesse o protocolo, teria sido muito mais difícil o contacto com os profissionais do hospital e a obtenção de apoios para a realização desta mobilidade”. Viajou motivado pela “oportunidade de conhecer uma nova cultura” e contactar com a profissão “num país bastante diferente”. Após alguns dias em Omã, a “primeira impressão é fantástica”. “Estou a adorar esta experiência. O povo omani é super acolhedor, simpático e amistoso. No hospital, o staff é todo muito prestativo e disposto a ajudar”, descreve.

Reunião com Secretaria de Estado da Saúde e do Desporto
O representante do Sindicato dos Enfermeiros – SE nos Açores, Eduardo Bernardino, reuniu com o Diretor Regional de Saúde Pedro...

Eduardo Bernardino faz um balanço positivo desta reunião, salientando que “foi assumido pelo Diretor Regional que é urgente assegurar, neste momento, que todas as instituições de saúde da região se encontram a realizar o correto posicionamento remuneratório e correspondente transição para a respetiva posição justa na tabela remuneratória”. Para que tal suceda de forma célere e sem sobressaltos, o dirigente do SE sublinhou a disponibilidade do Sindicato dos Enfermeiros para acompanhar esta situação e ajudar a identificar eventuais irregularidades, trabalhando com o governo regional para a respetiva resolução de forma cooperativa e consolidada”.

“Este é um passo muito positivo e que mostra uma atitude diferente daquela que tem sido a postura do Ministério da Saúde, no território continental, pois há uma verdadeira abertura para o diálogo”, frisa Eduardo Bernardino.

Segundo este dirigente, “ficou assumido que todos os Enfermeiros do Sistema Regional de Saúde do arquipélago dos Açores serão abrangidos aplicação do Decreto Legislativo Regional n.º 22/2023/A e respetivo reposicionamento”.

Defendendo que “é positivo este passo para um melhor futuro na profissão, mas ainda melhor que seja feito de forma ponderada e para que ninguém fique excluído deste processo negocial”.

As duas estruturas vão voltar a reunir no final de outubro, em data ainda a agendar.

 

 

APDP alerta
Para assinalar o Dia Mundial do Coração, celebrado anualmente a 29 de setembro, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

“A diabetes e a IC ocorrem frequentemente em conjunto e a presença de cada uma delas em associação aumenta o risco absoluto da outra. Em comparação com as pessoas sem diabetes, a presença da doença duplica o risco de IC no homem, e quadruplica o risco na mulher. Quanto mais avançada a idade, maior a possibilidade de uma pessoa com diabetes vir a ter insuficiência cardíaca.”, alerta Pedro Matos, cardiologista na APDP.

A IC na diabetes manifesta-se clinicamente de forma variada, alternando entre sintomas inespecíficos, como o cansaço, e outros mais clássicos, como a dispneia e os edemas periféricos. “Na maioria dos casos, o processo de desenvolvimento da IC na diabetes é diferente, não havendo diminuição da contractilidade cardíaca evidenciada pelas técnicas diagnósticas. Por isso, muitas vezes, o diagnóstico é menos óbvio do que nos casos em que a função sistólica cardíaca está comprometida.”, acrescenta.

Nas últimas décadas tem-se assistido a inúmeras transformações no que diz respeito à luta contra a diabetes, tanto no diagnóstico e seguimento, como no tratamento e na utilização das novas tecnologias.  “É certo que as transformações das últimas décadas nos têm feito caminhar para uma melhoria do controlo glicémico em pessoas com diabetes. Também na doença cardiovascular, a maior sensibilização da comunidade para os fatores de risco tem contribuído em muito para a redução do número de eventos major.”, avança o especialista.

“No entanto, a crescente melhoria nas abordagens terapêuticas destas complicações levou a que a expressão da doença cardiovascular deixasse de ser predominantemente derivada da doença coronária, passando a estar mais relacionada com a insuficiência cardíaca.”, explica.

Atualmente, existem já várias opções de tratamento com benefício comprovado, sendo crucial apostar no diagnóstico precoce, de forma a realizar uma intervenção atempada. Ainda assim, e apesar de toda a evolução verificada nesta área, em especial nos últimos 10 anos, a prevalência de IC em pessoas com diabetes continua extremamente elevada e com sinais de crescimento.

“Devido a isto, verifica-se um enorme acréscimo de pessoas hospitalizadas por descompensação da IC, um maior recurso aos serviços de urgência e um aumento de pessoas com incapacidade temporária.”, refere.

Depois de muitos anos sem novos fármacos disponíveis para tratar a IC, existe agora uma janela de oportunidade, que poderá permitir modificar o futuro das pessoas que já têm esta complicação. Eventualmente, poderá ser ainda possível mudar o rumo de quem está em significativo risco de a vir a desenvolver.

Ainda assim, a Associação defende a importância de se estar atento aos sinais de alerta para a IC, sendo mais proactivos no diagnóstico precoce e na seleção das estratégias de tratamento. “Talvez assim, possamos todos, profissionais de saúde e pessoas com diabetes, inverter ou estabilizar a progressão desta pandemia de IC na diabetes, que se parece estar a anunciar.”, conclui Pedro Matos.

Dia Mundial do Ambiente
No dia 26 de setembro celebrou-se o Dia Mundial da Saúde Ambiental. Fazemo-lo para lembrar o impact

Mas também o fazemos para lembrar o impacto da população no nosso meio ambiente. Poluição atmosférica, contaminação dos solos e água, desflorestação, ruído e excesso de iluminação, perda de habitat e desaparecimento de espécies. Tudo por ação direta do Homem.

Viver num meio ambiente limpo e saudável é um direito consagrado na Europa e, por isso mesmo, um grupo de seis jovens portugueses acusaram 32 países da Europa, no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, de falharem nas políticas necessárias para viverem num meio ambiente limpo, saudável e seguro. Espero que tenham sucesso, mas não há tempo a perder. Pela nossa saúde e pela saúde do nosso planeta, passem à ação e tenham estes 5 R’s em atenção:

  • REDUZAM os resíduos com consumo responsável, evitando o desperdício de recursos e criação de lixo;
  • RECUSEM o consumo de produtos desnecessários ou de alto impacto ambiental, como o plástico, produtos descartáveis, de utilização única, publicidade, brindes.
  • RECICLEM todos os materiais usados, em particular as embalagens, plásticos, papel, cartão e vidro (em Portugal só se recicla cerca de 30% dos materiais usados e na EU cerca de 48,5%);
  • REUTILIZEM e deem uma segunda vida aos objetos e materiais, seja por reparação, doação, troca ou venda;
  • REPENSEM as vossas escolhas e hábitos de consumo, levando em consideração o impacto ambiental, seja pela reflexão da necessidade real de adquirir certos produtos ou escolhendo opções mais sustentáveis e com menor dano ao meio ambiente.

Neste último ponto reforço o objetivo 3 em 1 de uma alimentação saudável à base de plantas: é um dos pilares da prevenção cardiovascular, um dos principais meios para reduzir a “pegada ecológica” individual e, não menos importante, evitar o sofrimento e exploração animal.

Temos de parar de matar o meio ambiente para que o meio ambiente pare de nos matar a nós!

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Em novembro no Porto
A Escola Superior de Enfermagem do Porto organiza, nos próximos dias 23 e 24 de novembro, o 3º Fórum Internacional do...

Na continuidade dos eventos anteriores, o 3º Fórum Internacional do Autocuidado reúne especialistas, profissionais da saúde e pessoas interessadas no tema, para compartilhar e discutir informações sobre a relevância do autocuidado na promoção da saúde e do bem-estar dos cidadãos.

Nesta terceira edição, os tópicos a abordar envolvem estratégias de promoção do autocuidado relacionadas com a saúde física, emocional e mental, envolvendo os temas da alimentação, sono, atividade física, gestão do stress e equilíbrio pessoal; ferramentas e recursos que facilitam a adoção de práticas de autocuidado e da autogestão da doença crónica, com especial relevo para os novos desafios associados à Inteligência Artificial; prestação de cuidados informais e a necessidade de novas políticas públicas; e casos de sucesso e desafios enfrentados na implementação de programas de saúde baseados no autocuidado.

Ao longo de dois dias, a ESEP contará com a presença de palestrantes de renome, provenientes de diferentes áreas do conhecimento relacionadas com o autocuidado. Este será um espaço privilegiado de aprendizagem, reflexão e troca de experiências, permitindo o diálogo entre profissionais e especialistas na área do autocuidado.

O evento conta com a possibilidade de submissão de comunicações orais e pósteres na temática do autocuidado, que devem ser apresentados até ao dia 16 de outubro.

As inscrições já se encontram abertas, estando disponíveis até ao dia 17 de novembro.

 

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