39.º Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promoveu, no passado dia 26 de setembro, o...

Dando a conhecer a perspetiva da indústria farmacêutica, Catarina Pecorelli, Affiliate Quality Head / Matrix Catalyst Quality & SHE da Roche, em representação da APIFARMA, partilhou o ponto de situação sobre o Regulamento dos Dispositivos Médicos para Diagnóstico in Vitro (RDMDV), que estabelece as regras aplicáveis à colocação, disponibilização no mercado ou entrada em serviço desses mesmos dispositivos para uso humano e dos respetivos acessórios na UE.

Nesse sentido, foram discutidas as principais alterações que advêm do regulamento atual, nomeadamente o alargamento do âmbito de aplicação, a reclassificação de acordo com o risco, a implementação do UDI e o maior envolvimento dos Organismos Notificados.

De seguida, foram abordadas as alterações ao Regulamento 2017/747, que se deveram à crise de saúde pública, à complexidade do regulamento, à capacidade limitada dos organismos notificados e à indisponibilidade de recursos para os dispositivos fabricados in-house, e também os processos de transição RDIV para os Fabricantes, Distribuidores e Importadores.

Plano Estratégico do Setor da Saúde na GS1 Portugal

No mesmo contexto, Sofia Perdigão, Gestora de Saúde da GS1 Portugal, apresentou as principais orientações do Plano Estratégico Global da GS1 Healthcare, bem como a sua adaptação à realidade da GS1 Portugal.

A GS1 Healthcare prevê um futuro em que o setor da saúde atinge uma implementação harmonizada de standards globais nas transações comerciais e nos processos clínicos, permitindo interoperabilidade, elevada qualidade e eficiência na execução de cuidados de saúde para benefício do paciente.

Nesse sentido, começou por ter como foco a cadeia de abastecimento e a qualidade dos dados, entre 2005 e 2006; mais tarde, entre 2016 e 2022, uniu os seus esforços para contribuir para a melhoria da segurança do paciente; e, atualmente, adiciona ainda às suas prioridades, entre 2023 e 2027, a transformação digital.

Como sublinhou a representante da GS1 Portugal, o plano estratégico da organização para o setor da saúde, a nível local, está em linha com a missão da GS1 Healthcare e tem em conta sete pilares de ação: implementação de standards, parceiros tecnológicos, identificação da embalagem primária, tecnologias emergentes, utilização de um código único, interoperabilidade e stakeholders.

Inovação Sustentável: Transportes verdes no Setor da Saúde

A 39.ª edução do Healthcare User Group contou ainda com a intervenção de Catarina Silva, Head of Marketing & Communication da Addvolt, que destacou a importância dos transportes sustentáveis no setor da saúde, nomeadamente com inclusão de bateria Addvolt, o primeiro plug-in hybrid do mundo.

De acordo com a especialista, a transformação digital, as pessoas, os custos de energia e uma maior autonomia nas operações são as principais necessidades de inovação no setor farmacêutico, o que acarreta desafios nomeadamente ao nível da eficiência, dos custos e da sustentabilidade.

Tendo isto em conta, a representante da Addvolt fez o enquadramento da logística de frio na indústria farmacêutica, que tem como principal objetivo criar uma logística mais eficiente e inteligente.

Alegações ambientais & Greenwashing

Ainda no âmbito da sustentabilidade, Marta Résio, Gestora de Comunicação da GS1 Portugal enquadrou as alegações ambientais enquanto instrumento de prevenção de greenwashing. Articulando a relação do tema com a Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade (CSRD), a Diretiva de Alegações Ambientais (Green Claims Directive) e, no contexto nacional, com o guia “Alegações Ambientais na Comunicação Comercial”, a representante da GS1 Portugal partilhou a agenda pública e mediática no que diz respeito à sustentabilidade e deu a conhecer o conceito de greenwashing.

Como sublinhou, Greenwashing consiste na prática de posicionamento enganoso de um bem, associando-o a um impacto ambiental positivo, sem que essa característica tenha correspondência de facto, visando atrair mais consumidores, sobretudo os que a valorizam.

A Diretiva Green Claims propõe-se minimizar as situações de greenwashing, sobretudo na comunicação promocional e publicitária das organizações, visando evitar declarações veiculadas que sugiram que produtos ou serviços reúnem atributos com impacto positivo ou menos nocivo no ambiente, sem o conseguirem demonstrar. Nesse sentido, contribuirá para melhorar a rotulagem, acabar com as alegações enganosas e capacitar os consumidores para a transição ecológica.

Fazendo a ponte com a CSRD, foi apresentado o Relatório de Sustentabilidade enquanto ferramenta que carecerá, na maioria dos casos, da inclusão de algumas das alegações reguladas pela Diretiva de Alegações Ambientais, consubstanciando ambas, em articulação, instrumentos que impulsionam e regulamentam a forma como as empresas reportam o seu impacto.

O encerramento do evento foi da responsabilidade de Raquel Abrantes, da GS1 Portugal, que partilhou os próximos eventos da GS1 Portugal com impacto no setor da saúde, a nível nacional e internacional.

Serviços e ativações para promoção de saúde
No âmbito da sua aposta contínua no desporto, nomeadamente no surf, a Joaquim Chaves Saúde volta a patrocinar a World Surf...

Durante a World Surf League, que decorre até dia 8 de outubro, a Joaquim Chaves Saúde vai estar presente com serviços e ativações que vão promover, não só a saúde dos atletas, como também das pranchas. O Grupo vai disponibilizar um beach point com um shaper para fazer pequenas reparações e ajustes necessários nas pranchas de todos os surfistas assegurando que estas estejam em condições ideais para enfrentar as exigentes condições do mar.

Quem pratica surf ou outro desporto aquático tem mais tendência para desenvolver o chamado “ouvido do surfista”, uma doença no canal auditivo, por isso a Joaquim Chaves Saúde vai disponibilizar rastreios ao ouvido através de uma técnica especializada, garantindo desta forma a saúde auditiva de todos. O patrocínio do Grupo à World Surf League inclui ainda um espaço de ativação com um jogo de perícia, com prancha e bola, que dá a possibilidade de ganhar brindes e prémios.

O compromisso com o surf vai além do apoio aos eventos da modalidade e a Joaquim Chaves Saúde volta a estar ao lado de Teresa Bonvalot, considerada uma das melhores surfistas portuguesas de sempre, tendo sido a primeira mulher a surfar uma onda em Jogos Olímpicos, em 2021, no Japão. Aos 23 anos e com vários títulos nacionais e com dois títulos consecutivos de campeã da Europa de juniores, Teresa Bonvalot conta com o apoio do Grupo de saúde para alcançar um dos seus principais objetivos: competir nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

De salientar que também o jovem surfista Joaquim Chaves recebeu um wildcard da World Surf League, sendo assim dois os atletas apoiados pela Joaquim Chaves Saúde a competir nesta prova de renome internacional.

Miguel Vieira Marques, diretor de Marketing da Joaquim Chaves Saúde, afirma que "a associação à World Surf League, a par do apoio que temos dado aos melhores surfistas nacionais como a Teresa Bonvalot, é um exemplo do compromisso contínuo da Joaquim Chaves Saúde com o desporto, e o Surf em particular, bem como com a nossa dedicação à saúde e ao bem-estar dos atletas. A presença neste evento permite-nos estar presentes com atividades que tanto os surfistas como os apaixonados pela modalidade poderão usufruir, aproximando-nos ainda mais de atuais e potenciais clientes.”

Empresa de origem portuguesa produz anualmente 30 milhões de embalagens
A comemorar 20 anos de atividade, a Generis, líder em Portugal no mercado de medicamentos genéricos, fechou 2022 com uma...

A Generis, nascida como empresa familiar portuguesa, faz hoje parte do Grupo Aurobindo, presente em mais de 20 países, verticalmente integrado desde a I&D à comercialização. O mercado português representa sensivelmente 82% da atividade, que tem uma unidade fabril local, o único hub industrial do grupo fora da Índia, que produz anualmente 30 milhões de embalagens, o equivalente a 1,2 mil milhões de unidades (comprimidos, saquetas ou cápsulas). A empresa está a investir cerca de 1 milhão de euros na melhoria desta unidade, até ao fim do ano.

Os 20 anos da Generis foram assinalados num evento que contou com a presença de Manuel Pizarro, Ministro da Saúde e Pedro Cilínio, Secretário de Estado da Economia. Durante o evento, foram partilhadas histórias dos principais intervenientes da área da saúde sobre o caminho feito pela empresa no setor.

"A Generis tem uma história rica de 20 anos, que se confunde com a história dos medicamentos genéricos em Portugal. Continuamos focados na inovação nos genéricos, mas estamos a trabalhar igualmente no lançamento de biossimilares. Acreditamos num crescimento de 10% nos próximos cinco anos”, afirma Luís Abrantes, administrador-delegado da Generis Grupo Aurobindo.

A empresa fabrica, atualmente, mais de 600 referências diferentes de produto acabado cujo destino principal é o mercado nacional, mas com crescimento assinalável no número de produtos para diversos países. Mensalmente, são libertados mais de 150 lotes e saem das instalações Generis aproximadamente 750 paletes de produto acabado. Atualmente, exporta para mais de 30 países, oriundos de continentes como Europa, Ásia, África e América do Sul.

Mais de 300 pessoas trabalham na Generis em Portugal, estando previstas novas contratações até ao fim do ano, bem como uma reestruturação da organização interna que passa por promoções, revisão de naming de funções e reposicionamento de funções e cargos por níveis.

Apresentação de Agendas Mobilizadoras da Saúde
São apresentadas hoje as 4 Agendas Mobilizadoras da Saúde que, durante os próximos 3 anos, irão investir cerca de 180 milhões...

As 4 agendas da saúde aprovadas no âmbito do PRR são:  CiNTech, liderada pela Bluepharma Indústria Farmacêutica S. A., a Health from Portugal, liderada pela Prológica – sistemas informáticos e dinamizada pelo Health Cluster Portugal, a Bio-Hub liderada pela Lx Bio – Pharmateucicals, S. A. e a SMARTgNOSTICS, liderada pela ALS Life Sciences Portugal AS.

Com o objetivo de colocar a saúde em Portugal a uma escala global, a Agenda Health From Portugal (HfPT) irá nos próximos 3 anos estimular o desenvolvimento de sinergias entre o sistema científico e tecnológico de forma a fomentar um novo paradigma de gestão da Saúde baseado no digital, nos modelos de cuidados baseados no valor e na utilização de dados que suporte a inovação e desenvolvimento de produtos, serviços e modelos de cuidados de saúde, além de posicionar Portugal como destino estratégico para a realização de ensaios clínicos. Até 2027 pretende criar um volume de negócios na ordem dos 50 Milhões de Euros e 375 empregos, e gerar exportações de 60 Milhões de Euros.

O consórcio Bio-Hub, constituído por 4 promotores, pretende expandir o know-how no que concerne ao desenvolvimento de biofármacos inovadores. Através de um forte investimento (35M€) no desenvolvimento de biofármacos inovadores, implementação de uma unidade produtiva e, em estratégias de internacionalização/qualificação e disseminação do projeto, o Consórcio posicionará Portugal na linha da frente no desenvolvimento de novas terapias biológicas para diversas patologias.

O CiNTech é um consórcio liderado pela Bluepharma que visa a criação e capacitação do 1º Polo Tecnológico de Inovação, Translação e Industrialização dedicado a medicamentos injetáveis complexos. Este projeto irá promover a Investigação e inovação de plataformas tecnológicas inovadoras, capazes de incorporar uma multiplicidade de agentes terapêuticos (moléculas de baixo peso molecular, peptídeos ou ácidos nucleicos) para tratamento do cancro, nomeadamente imunoterapia oncológica.

O projeto SMARTgNOSTICS augura revolucionar a saúde global. A criação de um novo paradigma na área da saúde assentará no desenvolvimento de dispositivos miniaturizados que permitirão a identificação rápida e precisa de microorganismos e genes de resistência aos antibióticos. Ao capitalizar os avanços nos algoritmos de inteligência artificial, os dados gerados por estes dispositivos irão agilizar o diagnóstico e aprimorar os tratamentos, assim como contribuir para a redução do uso indiscriminado de antibióticos e a prevenção ativa de surtos infecciosos. O nosso compromisso de, até 2027, gerar um volume de negócios de 77 milhões de Euros, criar 24 empregos altamente qualificados e exportar 53 milhões de Euros, não apenas impulsionará a economia local, mas também reforçará a importância de soluções baseadas em inteligência artificial na vanguarda da inovação global na saúde.

O Health Cluster Portugal (HCP) - entidade nacional que reúne mais de duas centenas de entidades ligadas à saúde – dinamiza juntamente com a Prológica, a Agenda Health from Portugal. Para Joaquim Cunha, Diretor Executivo do HCP “Este é um momento muito importante o cluster nacional da saúde. O volume de investimento, de criação de emprego e de dinamização da atividade económica será irrepetível. Nunca vimos nada assim: estas agendas e projetos irão permitir-nos dar o salto para a nova saúde - digital, inclusiva, personalizada e orientada ao cidadão e ao doente”.

Congresso nos dias 10 e 11 de outubro
Durante dois dias, 10 e 11 de outubro, vai decorrer, no Centro de Congressos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ...

O evento vai reunir especialistas de várias áreas da saúde, utentes e Associações e conta com um vasto painel de oradores de reconhecido mérito que vão abordar o estado de arte em áreas como a enfermagem, a psicologia, a sociologia, a medicina, entre outras.

Durante estes dois dias serão debatidos, numa perspetiva holística, os temas mais pertinentes sobre esta doença, com reflexões abrangentes nas áreas da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e da reabilitação da doença oncológica e, também, refletir sobre os enormes desafios para os profissionais de saúde.

Link para inscrição: https://forms.office.com/e/MHJhXPAevh.

 

Campanha decorre nas próximas 8 a 10 semanas
A Campanha de Vacinação Sazonal do Outono-Inverno 2023-2024 contra a gripe e a Covid-19 arrancou esta sexta-feira, 29 de...

São cerca de 2.500 farmácias e 1.000 unidades de cuidados de saúde primários do SNS, onde as pessoas se podem dirigir para receber as duas vacinas.  Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas, acima dos 60 anos de idade ou mais, estão elegíveis para a toma da imunização podendo, para isso, deslocar-se livremente às farmácias comunitárias. Os restantes utentes, com indicação para vacinação, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), vão ser convocados pelos respetivos centros de saúde do SNS onde estão inscritos.

Neste projeto, liderado pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), estiveram envolvidas doze entidades: DE-SNS, DGS, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), INFARMED– Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Ordem dos Farmacêuticos (OF), Associação Nacional das Farmácias (ANF), Associação de Farmácias de Portugal (AFP), Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) e Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (GROQUIFAR). Estas entidades cooperaram durante vários meses para organizar esta campanha e voltar a integrar a gestão da vacinação no SNS.

“Foi efetuado um planeamento rigoroso, trabalhadas múltiplas dimensões, desde as questões legais, técnicas, económicas, de organização, de formação, logísticas, sistemas de informação, até às políticas de comunicação, integradas numa estratégia coerente, que visa centrar a resposta no utente, aumentando as respostas e melhorando o acesso”, explica o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.

“A população elegível poderá, este ano, vacinar-se num local ainda mais próximo de casa, em horários alargados, num ambiente seguro e de confiança. Todo o processo proporciona aos cidadãos maior comodidade, acessibilidade e conveniência”, defende.

É possível agendar a vacinação diretamente na farmácia ou online, através da plataforma de agendamento, sem custos para a população elegível.

“As farmácias comunitárias estão preparadas e empenhadas em garantir que é alcançado o objetivo de vacinar dois milhões de pessoas contra a gripe e a COVID-19, funcionando como braços do SNS nesta campanha, em todo país”, refere Ema Paulino, presidente da Associação Nacional das Farmácias. “Uma maior intervenção das farmácias e dos farmacêuticos comunitários na jornada de saúde das pessoas, num trabalho colaborativo com as diversas entidades do setor da saúde, vem facilitar o acesso a cuidados de saúde e melhorar a qualidade de vida e a saúde da população. Todos queremos uma Saúde mais próxima, e medidas centradas em benefícios para as pessoas, e disso são exemplos, a recente integração das farmácias na campanha de vacinação sazonal do SNS, a renovação terapêutica nas farmácias e a dispensa de medicação hospitalar em proximidade.”, acrescenta.

“É com elevado sentido de serviço público que a AFP contribui com a sua rede de farmácias para este desígnio nacional, garantindo a cobertura de partes do território que, de outra forma, seriam excluídas. Graças à colaboração das Farmácias, os utentes dessas áreas já não necessitam de se deslocar para ter acesso à vacinação”, afirma Isabel Cortez, presidente da Associação de Farmácias de Portugal.

A campanha vai decorrer nas próximas oito a dez semanas, de acordo com a chegada progressiva das vacinas a Portugal. Os vírus que circulam esta época são diferentes dos anteriores e as vacinas já contemplam essa proteção, pelo que a recomendação clínica é de coadministração das duas vacinas para uma maior proteção das pessoas.

Dia Internacional de Consciencialização para a Hepatite C
Muitas são as efemérides que somos chamados a celebrar diariamente.

Posto isto, muitos são os caminhos onde nos conduz este dia. O primeiro é o da prevenção. O combate a comportamentos aditivos, a adoção de procedimentos seguros ao nível do consumo de drogas, as políticas de utilização segura de hemoderivados e de higiene e esterilização são fundamentais no combate à doença e são as que melhor protegem a população na medida em que evitam o contágio. A via da sensibilização da comunidade para as formas de transmissão e para os sintomas da doença são também importantes ainda que numa fase inicial estes sejam relativamente inespecíficos. A sensibilização da comunidade médica é também fundamental e é necessário que a globalidade dos médicos tenha conhecimento das orientações dadas pelo Programa Nacional para as Hepatites Virais da Direção Geral de Saúde, que recomenda que todos as pessoas efetuem o rastreio da infeção pelo menos uma vez na vida. Contudo, sabemos que o diagnóstico se torna mais difícil nalguns grupos de risco particular, como sejam os utilizadores de drogas, os sem abrigo, os profissionais do sexo e os reclusos dado o seu menor contacto com os serviços de saúde. Nesta área, em Portugal, muitos têm sido os passos percorridos, com investimento ao nível da disponibilização de  testes rápidos nalgumas farmácias comunitárias, no acompanhamento de indivíduos em situação de exclusão social na sua comunidade como sejam os que estão em contacto com os Programas de reinserção ou recuperação, os frequentadores de Programas de Consumo Assistido de estupefacientes e os indivíduos inseridos em Estabelecimentos prisionais, possibilitando um diagnóstico de proximidade e um acompanhamento individualizado ao longo de todo o processo. Investir na descentralização dos cuidados médicos é essencial e tem sido o mote de ação dos profissionais envolvidos.

O nosso país foi também pioneiro nas políticas de acesso ao tratamento que é disponibilizado de forma gratuita a todos os indivíduos infetados, independentemente da gravidade da sua doença. Este passo foi crucial no combate à infeção e constituiu um grande exemplo a nível mundial. A disponibilidade de fármacos altamente eficazes na cura da doença, com uma taxa muito baixa de efeitos secundários, coloca no horizonte a esperança da erradicação da doença.

Ainda assim, a incidência de novos casos a nível mundial é superior a 1 milhão e, em conjunto com as restantes formas de hepatites virais, a doença está entre as principais dez causas de morte no mundo.

Consciencializar para a Hepatite C é de facto refletir de que temos ao nosso dispor uma sociedade desenvolvida a nível científico, com várias possibilidades de ação na prevenção, rastreio, diagnóstico e tratamento, mas que ainda assim nos deparamos com morbimortalidade evitável. Cada um de nós, profissionais de saúde e sociedade civil, pode ser agente de mudança e sensibilização.  Evite comportamentos de risco e faça o seu teste!

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação continua a mostrar profunda preocupação por não receber qualquer resposta por parte do Governo
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) marcou presença na reunião convocada pelo Ministério da Saúde, e na qual...

Depois de, em 19 de abril do presente ano, ter solicitado à Comissão Nacional de Cuidados Paliativos os dados do relatório de execução relativo ao Plano Estratégico de Desenvolvimento para os Cuidados Paliativos 2021-2022,” sem qualquer resposta até à data, e tendo conhecimento da profunda escassez de recursos nas equipas intra-hospitalares e domiciliárias de Cuidados Paliativos e Cuidados Paliativos Pediátricos, a APCP continua a mostrar profunda preocupação por não receber qualquer resposta por parte do Governo”.

Nesse sentido, voltou a associação voltou a realçar algumas das principais preocupações da APCP relativamente ao estado atual dos Cuidados Paliativos em Portugal, nomeadamente, “falta de acesso a Cuidados Paliativos especializados pela maioria (70%) dos portugueses com doença avançada ou progressiva; escassez de recursos humanos nas equipas de Cuidados Paliativos e Cuidados Paliativos Pediátricos e cobertura de equipas comunitárias e domiciliárias de suporte em Cuidados Paliativos e Cuidados Paliativos Pediátricos, com consequente rebate no aumento de consumo de recursos hospitalares”.

 

Prémio no valor de 15 mil apoia projeto inovador durante 1 ano
O projeto “Relevância clínica das plaquetas como biomarcadores não invasivos no mieloma múltiplo - Um estudo piloto», liderado...

O prémio, no valor de 15 mil euros, irá apoiar o desenvolvimento deste projeto pelo período de um ano, pela equipa de investigação composta por: Ana Cristina Gonçalves (Professora Auxiliar na FMUC), Sérgio Rutella (Professor Catedrático de Imunoterapia do Cancro na Nottingham Trent University), Catarina Geraldes (Diretora do Serviço de Hematologia Clínica do CHUC e Professora Auxiliar convidada da FMUC), Raquel Alves (investigadora do iCBR/CIMAGO da FMUC e do CIBB), Joana Jorge (estudante de doutoramento em Ciências da Saúde no LOH da FMUC) e Bárbara Oliveiros (Professora Auxiliar na FMUC).

«É para nós uma honra o nosso projeto ter sido selecionado para atribuição da bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo (5.ª edição). Felicitamos o apoio aos doentes e à investigação na área do Mieloma Múltiplo que a APCL e a SPH, em parceria com a AMGEN, têm promovido ao longo dos anos, o que muito dignifica estas instituições. A descoberta de novos biomarcadores que possam influenciar o desenvolvimento, prognóstico e resposta à terapêutica em doentes com Mieloma Múltiplo, recorrendo a plaquetas educadas pelos tumores (TEPs) pode ter extrema relevância na deteção precoce, na monitorização dos doentes e na avaliação de resposta através de metodologias não invasivas, o que pode ser uma mais-valia para os doentes com esta patologia», reforça Ana Bela Sarmento Ribeiro, investigadora principal do projeto.

«Parte da missão da APCL é ajudar os doentes com patologias hematológicas, apoiando-os e às suas famílias, mas também trabalhar na procura do aumento do conhecimento científico. Neste sentido, aguardamos com expetativa os resultados que este estudo piloto trará, no sentido de complementar o diagnóstico, prognóstico e monitorização de doentes com mieloma múltiplo, de uma forma não invasiva, no apoio à avaliação da resposta ao tratamento, mas também na deteção precoce de recaídas», esclarece Manuel Abecassis, Presidente da APCL.

«Felicitamos os vencedores deste prémio, por esta distinção, mas especialmente pela novidade que apresentam. Reconhecemos neste projeto a abordagem a uma lacuna fundamental no estudo do mieloma múltiplo, a falta de biomarcadores preditivos independentes da avaliação tumoral que permitam monitorizar a progressão da doença e a resposta ao tratamento. Acreditamos que poderão ser dados passos importantes nesta área», reforça João Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Hematologia.

«É com grande entusiasmo que continuamos a fazer parte desta iniciativa. Ano após ano, os resultados alcançados pelos projetos selecionados são o motor para continuarmos a apoiar novas investigações.  Temos consciência da importância do financiamento para que seja possível fazer uma diferença positiva na vida dos doentes com mieloma múltiplo» afirma Tiago Amieiro, diretor-geral da Amgen Biofarmacêutica.

A iniciativa representa um importante incentivo a investigadores nacionais ou estrangeiros trabalhando em instituições portuguesas na área do diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo. Trata-se de uma patologia em que a investigação, nas suas várias vertentes, vai de encontro às necessidades dos doentes. Em Portugal, representa a segunda neoplasia hematológica mais frequente estimando-se em cerca de 544 o nº de novos casos por ano, com maior incidência a partir dos 50 anos.

Aponta estudo realizado em Portugal
A investigação realizada em Portugal revela que, apesar do diagnóstico positivo das grávidas para a COVID 19, em todos os...

Um estudo, realizado no laboratório da Crioestaminal às amostras de sangue do cordão umbilical recebidas para criopreservação, reforça a baixa probabilidade de transmissão de SARS-CoV-2 aos bebés durante a gravidez.

Entre abril de 2020 e fevereiro de 2023, foram analisadas, através de técnicas de biologia molecular (RT-PCR), 779 amostras de sangue do cordão umbilical colhidas no parto de grávidas que indicaram, nos questionários clínicos realizados, um diagnóstico de COVID‑19, seis semanas antes ou após o parto.

Em todos os testes efetuados foram obtidos resultados negativos, ou seja, não foi possível detetar a presença de SARS-CoV-2 nas amostras de sangue do cordão umbilical dos bebés de grávidas que tiveram um diagnóstico de COVID‑19. Estes resultados reforçam o baixo risco de transmissão do vírus a partir de uma amostra de sangue do cordão umbilical.

“Este estudo reforça o que tem sido comunicado em várias publicações científicas acerca da possível transmissão de SARS-CoV-2 através de sangue do cordão umbilical: nas 779 amostras analisadas não foi detetada a presença do vírus causador de COVID-19, refletindo a baixa probabilidade de transmissão deste vírus através do sangue do cordão umbilical e a segurança da utilização desta fonte de células estaminais numa futura utilização clínica, mesmo que a colheita tenha sido realizada em pleno contexto pandémico”, afirma Carla Cardoso, Diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Da incerteza à evidência científica

Durante a pandemia de COVID‑19, as grávidas foram consideradas um grupo de risco, não só pela saúde da futura mãe, mas também do feto durante o desenvolvimento uterino e do recém-nascido após o parto. Surgiram, por isso, muitas questões sobre a probabilidade de ocorrência da transmissão vertical do SARS-CoV-2, ou seja, da passagem de partículas virais da mãe para o feto através da placenta, ou para o recém-nascido já na fase do parto e pós‑parto.

A maioria dos estudos realizados desde 2020 indicam a ocorrência de transmissão vertical do SARS‑CoV‑2 como algo possível, mas de muito baixa probabilidade, sendo que a transmissão transplacentar apenas poderá ser confirmada se detetada a presença do genoma do vírus em tecidos fetais, como o sangue do cordão umbilical.

Logo no início da pandemia, uma das preocupações dos profissionais de saúde e dos bancos de tecidos e células prendeu-se com a possibilidade da existência de partículas virais do SARS-CoV-2 no sangue do cordão umbilical colhido para transplantação hematopoiética.

“Por ser uma fonte rica em células estaminais hematopoiéticas, o sangue do cordão umbilical é utilizado em transplantes que visam regenerar a medula óssea. Por isso, a sua colheita após o parto é uma prática comum em vários países, como é o caso de Portugal. Assim, dada a sua importância clínica, foram realizados vários estudos no sentido de detetar a eventual presença do vírus causador de COVID‑19 no sangue do cordão umbilical”, esclarece Carla Cardoso.

Em 2020, uma publicação científica agrupou os resultados de vários estudos realizados na China, abrangendo um total de 38 grávidas com história clínica de infeção por COVD‑19, cujos tecidos fetais, incluindo sangue do cordão umbilical, foram analisados por RT-PCR quanto à presença do vírus SARS‑CoV‑2, não tendo sido possível detetar a presença deste agente infecioso em nenhum dos tecidos analisados.

Em 2021, uma metanálise mais alargada publicada no American Journal of Obstetrics and Gynecology, revelou a deteção do vírus em cerca de 3% das amostras de sangue do cordão umbilical testadas, demonstrando que a presença do vírus nestas amostras é possível, embora de baixa probabilidade.

Apesar da baixa probabilidade de existência do vírus no sangue do cordão umbilical colhido à nascença, os bancos de tecidos e células adaptaram os seus procedimentos de análise de risco, para que fosse incluída na análise da história clínica familiar a possibilidade de infeção por COVID-19 na grávida.

Esta investigação é habitualmente feita através de questionários que deverão ocorrer antes do parto, na altura do parto e, se necessário, após o parto em que ocorre a colheita da amostra de sangue do cordão umbilical.

No laboratório de tecidos e células da Crioestaminal, as amostras de sangue do cordão umbilical recebidas para criopreservação com vista à futura utilização clínica são sujeitas a investigação da história clínica familiar que, com a pandemia, passou a incluir a avaliação do risco de transmissão de SARS‑CoV‑2 para a amostra criopreservada.

Medicina Veterinária
A doença cardíaca está entre as principais causas de doença e morte de animais de companhia e é uma

No âmbito do Dia Mundial do Coração, que se assinala a 29 de setembro, Myriam Gonçalves, médica veterinária e Head of Operations da AniCura Ibéria. lembra que “A doença cardíaca tem impacto não só no funcionamento do coração, mas em todo o organismo. O diagnóstico atempado e o tratamento adequado podem fazer toda a diferença para que o animal atinja mais longevidade com qualidade de vida, por isso, é fundamental procurar o médico veterinário aos primeiros sintomas”.

A insuficiência cardíaca define-se como retrógrada, nos casos em que se acumula líquido nos pulmões (edema pulmonar), sendo a forma mais comum de insuficiência cardíaca, ou anterógrada, quando não é possível manter a pressão arterial normal1.

Saber identificar os principais sinais é importante para evitar o avançar da doença.

Cinco sinais de insuficiência cardíaca em cães e gatos:

  1. Fadiga ou intolerância à atividade física - É um dos sinais que mais chama a atenção dos cuidadores, sobretudo quando se trata de cães jovens que não querem praticar exercício físico, passear ou correr. Nos animais adultos ou idosos a identificação acaba por ser mais difícil, já que o cansaço pode ser atribuído à idade ou a outras condições.
  2. Dificuldade respiratória - Uma vez que a doença cardíaca dificulta o bombeamento do sangue, o transporte de oxigénio e a respiração, para tentar compensar, o animal pode apresentar respiração ofegante mesmo sem realizar qualquer esforço físico. Além disso, podem acumular-se fluídos nos pulmões, provocando uma súbita e grave dificuldade respiratória (edema pulmonar).
  3. Emagrecimento - Trata-se de um sintoma que pode ser facilmente atribuído a outras causas, mas a perda de peso, especialmente se for repentina, deve ser avaliada pelo médico veterinário.
  4. Tosse - Em muitos casos, os cães com cardiopatias tossem, mas tal não significa que seja sinal de insuficiência cardíaca. A tosse deve-se, muitas vezes, ao facto de o coração pressionar os brônquios ou a outra doença nas vias respiratórias além da cardiopatia. Pelo contrário, os gatos não costumam apresentar tosse em caso de insuficiência cardíaca.
  5. Aumento do volume abdominal - A acumulação de líquido no abdómen pode ser também um dos indicadores de doença cardíaca.
  6. Colapsos cardiovasculares - No caso dos gatos, estes podem apresentar ainda colapsos cardiovasculares com grande impacto na saúde geral e redução da temperatura corporal que, frequentemente, baixa dos 38-39 graus até aos 34-35 graus. Doenças cardíacas crónicas graves também podem causar debilidade e morte súbita devido a distúrbios do ritmo cardíaco (arritmia)2.

A médica veterinária lembra que “Procurar um veterinário o mais rapidamente possível é especialmente importante quando a respiração, a consciência e o estado geral do animal estão comprometidos. Quanto mais atempadamente for detetado o problema e iniciado o tratamento, menos o animal sofrerá e mais possibilidades terá de o controlar”.

Referências:

Insuficiencia cardíaca en los perros

Disponível em https://www.anicura.es/consejos-de-salud/perro/consejos-de-salud/insuficiencia-cardiaca-en-perros/#sintomas. Acedido em setembro de 2023.

2. Insuficiencia cardíaca en los gatos

Disponível em: https://www.anicura.es/consejos-de-salud/gato/consejos-de-salud/la-insuficiencia-cardiaca-en-los-gatos/

Acedido em setembro de 2023.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Durante a semana Europeia da Amamentação
De 2 a 6 de outubro - Semana Europeia da Amamentação - o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) desenvolve um...

Entre as várias ações, destaque para a sessão sobre «Legislação de Apoio à Mulher que Amamenta». “Desde a gravidez ao pós-parto, existe legislação que protege o casal no regresso à vida profissional. É importante sensibilizarmos e alertarmos as nossas grávidas/casais para os direitos de que dispõem.”, explica Carmo Prucha, Enfermeira-Chefe do serviço de Obstetrícia do CHUSJ.

A amamentação é um indicador da qualidade na saúde e o leite materno constitui a melhor forma de fornecer os nutrientes necessários, estando comprovados os vários benefícios, quer para a mãe, quer para o bebé. Assim, “proporcionar um ambiente adequado para uma alimentação infantil saudável é um imperativo de toda a sociedade civil.”, defende a responsável.

As Enfermeiras de Saúde Materna e Obstétrica do CHUSJ vão ainda dinamizar outros momentos, tais como: ações sobre os benefícios do contacto pele com pele; dinâmicas de grupo com casais e um quizz sobre amamentação.

Ao longo da semana, a campanha de sensibilização “Memórias da Amamentação” vai desafiar a comunidade hospitalar e as mães de bebés nascidos nesta unidade a participar através de um registo fotográfico (uma fotografia a amamentar o seu filho ou da própria a ser amamentada em bebé, com indicação do ano em que foi registado o momento). Além disso, será oferecida uma fotografia polaroid às puérperas a amamentar os seus bebés, procurando sensibilizá-las para a importância do aleitamento materno.

A UNICEF recomenda o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de vida e a sua manutenção, com alimentos complementares, pelo menos, até ao segundo ano de vida. Responsáveis da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF assinaram, em agosto de 1990, a Declaração Innocenti, comprometendo-se a proteger, promover e apoiar o aleitamento materno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como mote para a campanha de 2023 «Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais de que trabalham» (Organização Mundial de Saúde, 2023). 

Hoje, 29 de setembro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], promove hoje, dia 29 de setembro a 26.ª Edição do “Caminho dos...

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade. A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

Na 26.ª edição do Caminho dos Hospitais, diversos profissionais de saúde irão abordar e debater questões relevantes na área da gestão em saúde, bem como apresentar alguns projetos inovadores da responsabilidade do Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E..

 

Iniciativa da Fundação “la Caixa”
Num contexto marcado pelo aumento de casos de pessoas em situação de solidão, o programa Sempre Acompanhados da Fundação “la...

O aumento da esperança de vida, as novas formas de convivência e relações familiares e uma utilização diferente do tempo dão forma a uma realidade cada vez mais complexa que nos coloca perante novos desafios, entre eles a solidão, que se estima afetar cerca de 500 000 pessoas em Portugal. Com mais de cem anos de história em Espanha, o programa Seniores da Fundação “la Caixa”, no qual se insere o Programa Sempre Acompanhados, tem como objetivo enfrentar os novos desafios impostos pela velhice.

A missão do Programa Sempre Acompanhados é capacitar os seniores em situação de solidão, colocando-os no centro de todas as ações, como sujeitos ativos do seu processo de envelhecimento, e acompanhando-os na busca de uma vida plena através do fomento das relações de bem-estar e apoio. O Programa visa também obter o envolvimento dos cidadãos e um ambiente de comunidade para construir parcerias e trabalhar em rede. Tudo isto com o objetivo de sensibilizar os cidadãos e minimizar as situações de solidão nas pessoas mais velhas.

Está demonstrado cientificamente que enfrentar a solidão e melhorar as relações sociais traz enormes benefícios: o aumento da capacidade de adaptação psicológica às situações de perda, doença ou stress crónico (como a assistência); a melhoria da saúde, do estado emocional e da esperança de vida; o aumento da qualidade de vida; e a diminuição da probabilidade de adoecer e de sofrer de demência. O Programa contribui para fomentar as relações sociais com objetivo de atingir uma vida plena, com sentido e significado.

Por ocasião da celebração do Dia Internacional das Pessoas Idosas (1 de outubro), estão previstas diversas ações de sensibilização que salientam a importância das relações sociais e dão a conhecer a solidão como um desafio num duplo sentido: pode afetar-nos a todos, independentemente da idade, e, ao mesmo tempo, cada um de nós pode, com o seu pequeno contributo, melhorar a vida das pessoas, à sua volta, que sentem solidão. Estas atividades são uma amostra das várias ações levadas a cabo durante o ano que visam sensibilizar as pessoas, detetar situações de solidão e criar uma rede de apoio e de relações, contando sempre com o tecido associativo e as instituições locais. Este verão, por exemplo, foram promovidas ações inovadoras, bem recebidas, dirigidas a seniores que ficavam sozinhos durante as férias.

Atividades no Porto:

Bonfim – em colaboração com a Junta de Freguesia do Bonfim, a Santa Casa da Misericórdia do Porto irá participar na Semana do Idoso com um ponto de informação sobre o Programa Sempre Acompanhados.

Centro Histórico – Cruz Vermelha Portuguesa: irá dinamizar uma campanha nas suas redes sociais com os testemunhos de seniores que participaram no programa Sempre Acompanhados para abordar o significado da solidão.

Atividades em Lisboa:

Alvalade – o Centro Social Paroquial do Campo Grande irá celebrar o dia 1 de outubro com o evento «Vidas Felizes com Sentido». Durante este dia, o Centro irá acolher diversas atividades, como a leitura de poemas sobre vidas com sentido e um sketch sobre o idadismo, e irá contar com um ponto de informação sobre a importância da literacia digital, entre outras atividades.

Além de estar presente em Lisboa e no Porto, atualmente, o Programa está em 13 territórios de Espanha: envolvendo 426 entidades sociais, 573 profissionais e 304 voluntários.

Alerta a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC)
“Veste a pinta da urticária” – é este o desafio lançado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC)...

A urticária é caraterizada pelo aparecimento de manchas e/ou babas na pele, geralmente avermelhadas, acompanhadas de comichão ou alguma sensação de calor, ardor, queimadura ou desconforto, que tipicamente não deixam marca e têm uma duração de minutos a horas (habitualmente não mais de 24h). Pode ser aguda, se durar até 6 semanas, ou crónica se persistir para além desse período. A primeira é a mais frequente e pode afetar 20-30% da população mundial, pelo menos uma vez na vida, e surge muitas vezes no contexto de infeções e de alergia a alimentos e a medicamentos. A urticária crónica atinge cerca de 1% da população, afetando mais mulheres, mas apesar de ser menos frequente, é a que se associa a pior qualidade de vida e tem um enorme impacto no dia-a dia de quem dela sofre.

Relativamente ao seu tratamento, “assenta em medicamentos anti-histaminicos”, explica Sofia Campina. Neste âmbito, a especialista refere que “em Portugal, temos vários Serviços de Imunoalergologia, quer pertencentes ao SNS, quer a grupos privados, todos eles capacitados para o seguimento de doentes com urticária crónica.  Para além disso, temos Centros UCARE (Urticaria Center of Reference and Excellence), que são unidades especializadas, reconhecidas pela sua excelência no diagnóstico e tratamento de Urticária, fazendo parte da Rede Europeia Global de Alergia e Asma (GA2LEN)”.

No entanto, neste campo do acesso aos cuidados e tratamentos para controlo da doença, a imunoalergologista chama a atenção para o facto de que “apesar da terapêutica biológica já ter demonstrado mundialmente a sua eficácia e segurança, quer em ensaios clínicos, quer em estudos de vida real, e mesmo sabendo que para alguns doentes com urticária crónica esta é a única opção para devolver alguma qualidade de vida, o acesso a este tipo de tratamento continua a ser exclusivo do Sistema Nacional de Saúde. De facto, apesar de existirem cuidados diferenciados de Imunoalergologia em vários polos privados, os regimes de comparticipação para o tratamento biológico desta e de outras doenças alergológicas, em sede de entidades privadas, são ineficazes e praticamente inexistentes, tornando quase inacessível esta via de tratamento”.

Sofia Campina prossegue afirmando que “têm sido feitos esforços, por parte de cada Serviço de Imunoalergologia do SNS, para ampliar e melhorar a capacidade de resposta à população, sendo um exemplo os atuais Centros UCARE (ambos no SNS), mas o problema de recursos do SNS é inegável nos dias de hoje e isso tem graves implicações no acesso aos cuidados diferenciados de Imunoalergologia em regime público. Acrescenta-se o fato dos Serviços de Imunoalergologia do SNS do nosso país estarem mais centrados no litoral e nos grandes centros urbanos, e as Unidades de Imunoalergologia do SNS (compostas por um ou dois especialistas), mesmo tendo médicos altamente qualificados, têm dificuldade na prescrição dos tratamentos biológicos, vendo-se por vezes forçados a encaminhar os doentes para centros de maiores dimensões. Assim, um doente com urticária crónica que não responda ao tratamento convencional e que seja candidato a biológico, terá que aguardar pela capacidade de resposta do SNS, para ser avaliado e poder ter acesso a esta opção diferenciadora”. 

Assim, assinalar esta data é, para a imunoalergologista, uma oportunidade para “passar a mensagem de que têm de ser tomadas medidas para o acesso célere e equitativo aos cuidados e tratamentos especializados de Imunoalergologia, em especial para os casos graves de Urticária, porque todas opções devem chegar a todos os doentes”. 

SPG sublinha necessidade de maior prevenção, identificação e tratamento do cancro digestivo
São apelidados por Big Five os cinco tumores malignos do aparelho digestivo que por dia matam 30 portugueses. Números...

Esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto, são o conjunto dos cinco principais órgãos do aparelho digestivo onde incide o cancro digestivo, responsável pela crescente mortalidade oncológica mundial, que mata mais de 10 000 portugueses por ano (cerca de 30 por dia). Dois destes cancros, pâncreas e fígado, são dos mais mortais com esperança média de vida inferior a um ano.

Os objetivos da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia são, por um lado, apoiar e promover o desenvolvimento das competências nestas áreas profissionais, apostando reconstituição da vertente formativa dos especialistas e, por outro, consciencializar a população sobre a oncologia digestiva, sensibilizar todos os portugueses para a importância da saúde digestiva para o seu bem-estar e qualidade de vida.

Pedro Narra Figueiredo, presidente da SPG, esclarece que “em Portugal, um terço de todos os cancros são do Aparelho Digestivo. Anualmente, estes cancros são responsáveis por cerca de 10% das mortes, em que o cancro do estômago, do cólon e doenças do fígado são responsáveis por três de dez causas principais de morte” e acrescenta que “serão estes números uma fatalidade? O que podemos fazer para alterar esta situação? Será que conseguimos melhor na prevenção e/ou no diagnóstico precoce? Nalguns casos tal é possível, noutros não estamos ainda nessa fase. A função dos médicos gastrenterologistas é fundamental no sentido de prevenir, diagnosticar e, nalguns casos, tratar estas doenças. A conjugação de esforços com outros especialistas, cirurgiões, radiologistas, oncologistas entre outros, é da maior importância para conseguir alcançar o objetivo de melhor cuidar estes doentes.”

 

Conectando o futuro do setor da saúde com um simples scan
Na próxima semana, entre 3 e 5 de outubro, vai decorrer a 38.ª GS1 Healthcare Conference, em São Paulo, no Brasil.

Esta iniciativa, também em formato híbrido, junta diferentes agentes do setor da saúde para debater os desafios que hoje se colocam ao setor, bem como as melhores práticas sobre rastreabilidade farmacêutica, transformação em contexto hospitalar e legislação aplicável à identificação única de dispositivos (UDI).

A primeira sessão plenária irá acontecer no dia 03 de outubro, às 10h00 (horário local), e será subordinada ao tema "A necessidade de harmonização e padronização global no cenário da saúde e o seu impacto". Esta sessão vai ser presidida por Susan Moffatt-Bruce, Presidente do Lahey Hospital and Medical Center, Beth Israel Lahey Health, e CEO do Royal College of Physicians and Surgeons (Canadá), e contará ainda com as intervenções de Max Kabalisa, Supply Chain Manager da UNICEF (Dinamarca), e Ron Lavater, CEO da International Hospital Federation - IHF (Suíça), que vão partilhar as suas experiências, iniciativas e histórias de sucesso.

Este evento, em formato híbrido, é aberto a todos os profissionais de saúde. Serão disponibilizadas traduções em português e espanhol para todas as sessões plenárias.

A inscrição para assistir à 38.ª GS1 Healthcare Conference pode ser feita aqui.

 

Global Health Forum 2023
A Universidade Europeia vai marcar presença no Global Health Forum 2023, evento realizado pelo Fórum Saúde XXI, nos dias 29 e...

Hélia Gonçalves Pereira, reitora da Universidade Europeia, Lourdes Martín, diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Europeia, Adalberto Campos Fernandes, coordenador estratégico da área de Ciências da Saúde, Alexandra Bento, coordenadora da área de Nutrição, Francisco Goiana da Silva, coordenador do Mestrado 100% online em Gestão da Saúde, e os professores Abel Garcia Abejas e Francisco Miranda Duarte, são os representantes da Universidade Europeia que estarão presentes no evento.

Sob o mote “Saúde para Todos”, o Global Health Forum 2023 tem como principais objetivos sensibilizar os cidadãos para o papel dos cuidados de saúde para o desenvolvimento económico, a coesão social e a segurança dos cidadãos.

“É com grande satisfação que a Universidade Europeia se associou a este fórum de discussão, onde podemos trazer para cima da mesa vários temas que a nós, académicos e investigadores, também nos preocupam, sabendo que podemos contribuir com soluções e alternativas viáveis para o bom funcionamento dos cuidados de saúde na nossa sociedade. É também uma excelente oportunidade para partilhar conhecimento, experiências e ideias sobre o futuro da Saúde”, afirma Hélia Gonçalves Pereira, reitora da Universidade Europeia.

O Global Health Forum 2023 conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e com o apoio institucional do Ministério da Saúde, da Entidade Reguladora da Saúde, do Serviço Nacional de Saúde, da Administração Central do Sistema de Saúde, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e da Câmara Municipal de Cascais.

 

Dia Nacional do Cancro Digestivo assinala-se a 30 de setembro
O cancro do estômago, órgão que faz parte do sistema digestivo, ocorre quando as células do estômago

Entre os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do cancro do estômago encontram-se a obesidade; o tabagismo; a dieta rica em alimentos fumados e pobre em vegetais e fruta; a infeção por Helicobacter pylori e/ou pelo vírus Epstein-Barr; a inflamação do estômago (gastrite crónica); a presença de determinado tipo de pólipos do estômago e os antecedentes familiares de cancro gástrico.

Os sintomas associados a este cancro incluem a diminuição do apetite; azia ou indigestão; enfartamento precoce; perda de peso; anemia; sangue nas fezes (normalmente manifestado por fezes pretas); vómitos, com ou sem sangue; desconforto abdominal. Contudo, numa fase inicial, o cancro do estômago pode não apresentar sintomas, o que determina a importância do aconselhamento médico e diagnóstico precoce.

A endoscopia digestiva alta é o exame de eleição para o diagnóstico do cancro do estômago. Deste modo o revestimento do estômago (mucosa) é inspecionado cuidadosamente e se existirem alterações suspeitas poderão ser realizadas biopsias através do endoscópio (colheita de uma pequena amostra de tecido da mucosa do estômago para posteriormente ser examinada). A observação das células suspeitas ao microscópio pela Anatomia Patológica pode confirmar o diagnóstico de cancro gástrico.

As opções de tratamento devem ser discutidas por uma equipa multidisciplinar e entram em linha de conta com o tipo, localização e extensão da doença, idade, estado geral e patologia associada.

As opções podem incluir terapêutica endoscópica (ressecção das lesões sem necessidade de remoção do estômago), cirurgia de remoção de parte ou da totalidade do estômago, radioterapia e quimioterapia, isoladas ou em associação.

Para consciencializar a população para o diagnóstico precoce do cancro do estômago, a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) está a promover a um vídeo que explica o que é a endoscopia digestiva alta e em que situações deve ser realizada. Veja o vídeo em:  https://www.youtube.com/watch?v=dw8SKroWkyw

A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED), fundada em 1979, é uma associação científica, sem fins lucrativos e de utilidade pública, que congrega médicos e outros profissionais ligados à saúde que praticam ou se interessam pela endoscopia digestiva em Portugal. 

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados de Programa Mais Contigo mostram que as raparigas têm piores indicadores
Quase metade (45,4%) de uma amostra de 13 mil adolescentes no país apresentou, no último ano letivo (2022-2023), sintomatologia...

De acordo com os dados obtidos, num ano em que o Mais Contigo se estendeu a um maior número de escolas do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, abrangendo o maior número de adolescentes desde o início do programa (em 2021-2022, a amostra foi de 5440 jovens), subiram também, para 30,1% (há um ano eram 28,5%), os adolescentes com indícios e manifestações de depressão moderados (14,8%) ou graves (15,3%).

Uma vez mais, foram as raparigas a manifestar piores indicadores de saúde mental – maior sintomatologia depressiva, menor autoconceito e menor bem-estar –, segundo revela o estudo feito pela equipa coordenadora deste projeto, criado em 2009 pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e pela Administração Regional de Saúde do Centro e que conta com a cooperação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Divulgados no dia 27 de setembro, em Coimbra, no âmbito do XII Encontro Mais Contigo, estes resultados têm por base uma amostra de alunos com uma média etária de 13,4 anos (faixa compreendida entre os 11 e os 21 anos de idade) e a frequentarem 153 agrupamentos de escolas, mais 197 escolas ou colégios, de norte a sul de Portugal (incluindo Açores e Madeira).

No final da intervenção, foi possível diminuir a sintomatologia depressiva, aumentar o bem-estar e o autoconceito, sendo que 96 adolescentes foram referenciados e encaminhados para serviços de saúde mental e psiquiatria e outros 90 para cuidados de saúde primários.

A formação de mais 447 dinamizadores/profissionais de saúde (em Coimbra, Lisboa, Porto, Faro, Alcácer do Sal, Santarém, Funchal e Ribeirão Preto – o Mais Contigo chegou, também, ao Brasil), a sensibilização de 2132 encarregados de educação e 2919 docentes e assistentes operacionais, são outros indicadores associados à intervenção do programa em 2022-2023.

Suicídio é segunda causa de morte entre os jovens dos 15 aos 19 anos

De acordo com o coordenador nacional do Mais Contigo e professor de saúde mental e psiquiátrica na ESEnfC, José Carlos Santos, o programa cumpriu a sua missão, mas há ainda desafios pela frente.

«Cumprimos. Reforçámos as dimensões protetoras para o comportamento suicidário, autoconceito e bem-estar, e reduzimos as de maior risco, o estigma e a sintomatologia depressiva, que passou de 30,1% [no início da intervenção] para 26%, mesmo assim um valor alto», afirmou José Carlos Santos, ao intervir na sessão de abertura do XII Encontro Mais Contigo.

Segundo este responsável, os resultados obtidos «apelam para a necessidade de acompanhamento e intervenção sistemática dos adolescentes em contextos comunitários, onde a escola emerge como contexto prioritário».

«Essa é, de resto, a recomendação da Comissão Europeia ao Parlamento europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões, onde se reforça a necessidade de integrar a saúde mental em todas as políticas», frisou José Carlos Santos. Ao ressaltar que, «de acordo com a UNICEF (2021), o suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens dos 15 aos 19 anos», estimando-se em «50 mil milhões de euros o valor anual relativo à perda de saúde mental nas crianças e nos jovens».

O desafio de conquistar um lugar para a saúde mental na formação dos adolescentes

«As razões da existência do Mais Contigo são cada ano mais aprofundadas», sendo que «o impacto da pandemia, com mais procura de cuidados de saúde mental, com mais distúrbios de ansiedade, de sintomatologia depressiva e mais alterações comportamentais, reforçam a sua importância», observa o coordenador nacional do programa.

José Carlos Santos refere que «as recentes alterações da legislação em torno da organização dos serviços de saúde mental, com mais proximidade e recursos comunitários, são razão para ter esperança», mas ressalva que «alguns desafios se mantêm». Como sejam, a «conquista de um lugar para a saúde mental na formação dos nossos adolescentes», «o diálogo entre instituições», ou «o anonimato dos questionários», que «impede uma intervenção individualizada quando identificadas necessidades nos mesmos».

Também «a complementaridade entre equipas de saúde mental comunitária de crianças e adolescentes e os cuidados de saúde primários, nomeadamente na saúde escolar, que necessita de ser aprofundada, a disponibilidade dos auxiliares de educação pertencentes às autarquias e os tempos de formação necessários ao longo do ano escolar» são, para o coordenador do Mais Contigo, outros desafios a superar.

O enfermeiro e professor da ESEnfC adverte, ainda, para «a instabilidade das equipas de cuidados de saúde primários, mobilizadas para outras funções, talvez também necessárias, mas pondo em risco, por vezes, a saúde escolar, necessitando de um maior reforço de recursos nas unidades de cuidados na comunidade».

O projeto Mais Contigo, que trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência, beneficia do apoio da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, sendo reconhecido como boa prática pela Direção-Geral da Saúde e pelo ICN – Conselho Internacional de Enfermeiros.

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