Investigação visa desenvolver sistema de terapia génica capaz de detetar a presença de células com infeção pelo VIH
O projeto de investigação miThic-eSwitch na área da Virologia – Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH) /...

Em 2023, este programa distinguiu 13 projetos de investigação e de intervenção comunitária nas áreas de Oncologia e Virologia. Um deles foi o “miThic-eSwitch - microRNA-specific targeting of HIV latently infected cells using virus-dependent dCas9 control switches”, reconhecido pelo seu contributo para o avanço científico na área da Virologia - Infeção VIH/SIDA. Com uma duração de 18 meses, tem como instituição proponente a FCiências.ID – Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências. A equipa deste projeto é constituída ainda por Cláudia Estima, Tânia Marques, Carolina Ruivinho e Marcelo Pereira.

“Trata-se de um projeto que surge na continuidade do trabalho desenvolvido pelo nosso laboratório com o objetivo de desenvolver um sistema de terapia génica capaz de detetar a presença de células com infeção latente pelo VIH e promover a sua eliminação de forma seletiva”, diz Margarida Gama Carvalho, acrescentando que, “a cura definitiva continua distante devido à persistência de células infetadas que podem sobreviver de forma silenciosa durante décadas, até reativarem a produção viral”.

O desenvolvimento de uma intervenção curativa para a infeção pelo VIH é reconhecido como uma prioridade de saúde global. As estimativas da Organização Mundial de Saúde apontam para aproximadamente 38 milhões de pessoas no mundo que vivem com SIDA, a maioria das quais em África, com 2,3 milhões (5%) de pessoas infetadas na Europa e na América do Norte. Este número continua a aumentar devido ao sucesso das atuais terapias antirretrovirais no prolongamento da vida dos pacientes, alimentado por um acréscimo de 1,7 milhões de novas infeções todos os anos.

Margarida Gama Carvalho refere que nos últimos anos tem havido um desenvolvimento extraordinário das abordagens disponíveis para manipulação genética dirigida. Estas abordagens são utilizadas de forma regular para fins de investigação e estão a ser dados os primeiros passos na área da aplicação terapêutica.

“O miThic-eSwitch é um projeto de inovação que pretende desenvolver um interruptor molecular capaz de restringir de forma precisa a ativação do nosso sistema de terapia génica para que se expresse apenas nas células alvo, reduzindo efeitos indesejados”, diz Margarida Gama Carvalho.

A plataforma biotecnológica que está a ser desenvolvida por Margarida Gama Carvalho e pela sua equipa tem um potencial de aplicação alargado a outros contextos de doença, que possam beneficiar de terapêuticas de base semelhante, como é o caso de doenças genéticas de base genética e do cancro, indo assim além da aplicação proposta no âmbito do combate à infeção por VIH.

“O reconhecimento deste projeto pelo Programa Gilead GÉNESE representa um enorme incentivo no sentido de continuarmos a prosseguir esta linha de investigação aplicada, em paralelo com o nosso trabalho mais fundamental que visa compreender melhor os mecanismos moleculares dependentes de moléculas de RNA que influenciam a resposta imunitária, infeção viral e a manifestação de doenças de base genética”, conclui Margarida Gama Carvalho.

O que é e para que serve?
A Fototerapia consiste num tratamento baseado na interação da irradiação eletromagnética da luz com

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) iniciou-se o tratamento de úlceras traumáticas com o uso de fototerapia e luz solar, observando-se bons resultados. Em 1925 Goeckerman introduziu a combinação de coaltar e irradiação ultravioleta para tratamento da Psoríase, que foi utilizada por muito tempo.

Usam-se câmaras com lâmpadas emissoras de UVA (ultravioletas A) de maior comprimento de onda, mas que exigem a toma de fotossensibilizadores (psoralenos) para a absorção da radiação.

Também se usam UVB de menor comprimento de onda e maior intensidade, ou de largo espectro (290 a 320 nanómetros-nm) ou uma de “banda estreita” (Narrow band 311 nm) que é considerada a mais ativa no tratamento da Psoríase e do Eczema (atópico).

Também um laser Excimer que é um UV Laser que usa uma mistura de gases nobres e halogéneo, como seu paradigma.

Os laser Excimer têm a característica de conseguir oscilar numa excecional alta eficiência na banda UV e de difícil hardware compacto e são aplicados em diversos campos da indústria e da medicina (cirurgia corretiva da visão 

como o LASIK).

A bomba dá energia que é amplificada pelo gás e a energia convertida em LUZ é refletida através dum “ressonador” ótico que emite o raio final.

Como outros lasers de gás, Excimer é alimentado por uma corrente. O meio laser é um tubo com 3 tipos diferentes de gases;

1 um gás nobre (Argon, Crípton ou Xenon)

2 um gás Halogéneo (Flurina, Clorina ou Bromina).

Funcionamento

Os Excimer assentam na interação entre o gás nobre e o Halogéneo para produzir um raio altamente poderoso.

A corrente bomba o gás obtido (“médio”) usando pulsos muito curtos transmitidos através de elétrodos metálicos, o pulso excita os átomos do gás e fá-los fundirem-se em pares atómicos chamados dímeros.

A principal vantagem dos Excimer é que são capazes de produzir um spot muito pequeno e preciso.

Servem para remover excesso de material pela ablação do laser devido ao facto de conseguirem destruir sem efeito térmico. Isto contrasta com os lasers de CO2.

Com ele pode-se tratar alopecia areata, vitiligo segmentar, eczema, eczema atópico e eczemas localizados e seborreicos.

Os Ultravioletas também são úteis no tratamento dos linfomas cutâneos de células T, como nos estados iniciais de Micose Fungóide.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Redes de Referenciação Hospitalar (RRH)
José Guilherme Tralhão, Diretor do Serviço de Cirurgia do Centro Hospitalar e Universitário (CHUC) integra o grupo de trabalhoi...

A necessidade de revisão advém dos desafios que se colocam atualmente à prestação de cuidados de saúde tendo em conta a modificação das necessidades e a alteração das características das unidades hospitalares, a adequação da distribuição de recursos humanos, o progressivo desenvolvimento tecnológico e a crescente inovação nas várias dimensões.

A RRH de Cirurgia Geral tem como finalidade direcionar o fluxo dos utentes aos Serviços de Cirurgia Geral, tendo em conta a necessidade de adequação de determinadas patologias, que pela sua frequência ou características, carecem de concentração em centros de elevada diferenciação técnica, experiência clínica ou equipamento específico.

As Redes de Referenciação Hospitalar (RRH) desempenham um papel determinante no planeamento e organização na prestação de cuidados de saúde, contribuindo significativamente para garantir a qualidade de cuidados nas diferentes especialidades, a articulação entre as diferentes instituições e a diferenciação e complexidade que cada hospital deve possuir, de forma a poder responder às necessidades em saúde, promovendo a experiência, os centros de referência e a concentração das respostas mais exigentes, de acordo com os padrões internacionais e o estado da arte, garantindo segurança e qualidade.

 
Seminário internacional inserido nas comemorações do 16º aniversário do projeto “(O)Usar & Ser Laço Branco”
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, amanhã (dia 6 de dezembro), as partir das 14h30 (sessão de...

Bernardo Coelho, sociólogo e professor no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, cuja tese de doutoramento versou sobre as acompanhantes e os homens seus clientes, é o convidado a proferir a conferência "Assédio Sexual e Moral nas Instituições de Ensino Superior" (às 15h00). 

Segue-se (16h00-17h30) o painel “Construir uma cultura institucional de tolerância zero ao assédio”, com as intervenções de   Sérgio Barata (coordenador do Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde, que falará sobre “A perspetiva das Forças de Segurança”),  Lúcia Penna (professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro que dissertará sobre “A perspetiva docente no Ensino Superior internacional”),  Manuel Chaves (com o olhar do Provedor do Estudante da ESEnfC) e Ana Maria Conceição (vice-presidente da Associação de Estudantes da ESEnfC).   

O “IV Seminário Internacional Assédio nas Instituições de Ensino Superior – Conhecer para mudar” é organizado pelo projeto “(O)Usar & Ser Laço Branco”, que este mês comemora o 16º aniversário, e pelo projeto “Género, Saúde e Desenvolvimento", inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:  E), da ESEnfC.

O projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, em funcionamento desde 2007, tem como missão prevenir a violência entre pares, a começar pelo namoro, promovendo o fortalecimento da liberdade, da igualdade de género, do humanismo, da cidadania ativa, da cooperação e, ainda, dando mais poder aos jovens. 

Desde esse ano que dezenas de milhares de pessoas, entre estudantes do ensino secundário e superior, encarregados de educação e professores, foram sensibilizados sobre este tema. 

A sessão de abertura do congresso (14h30) conta com as presenças de Maria da Conceição Alegre de Sá (vice-Presidente da ESEnfC), Paulo Pina Queirós (presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC), Maria da Alegria Simões (docente em representação do Conselho Pedagógico da ESEnfC), João Alves Apóstolo(c  oordenador científico da UICISA: E) e Armando Silva (coordenador do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco).   

Mais informações estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/lacobranco2023.

 
Saúde Auditiva
A audição desempenha um papel fundamental na nossa vida quotidiana.

Para além disso, a perda auditiva pode afetar a segurança e a independência das pessoas. A incapacidade de ouvir adequadamente alarmes, sirenes ou sinais de trânsito pode colocá-las em risco. Também pode dificultar o desempenho em ambientes de trabalho, onde a comunicação é essencial.

É importante destacar que a perda auditiva não afeta apenas os idosos. Pessoas de todas as idades podem enfrentar este desafio. Nestes casos, é essencial procurar ajuda profissional, o mais cedo possível. A tecnologia de apoio às dificuldades auditivas, como aparelhos convencionais e implantes cocleares, pode melhorar a qualidade de vida destas pessoas, permitindo, na maior parte das situações, a recuperação da capacidade de ouvir e, consequentemente, o envolvimento pleno nas atividades diárias. Portanto, é fundamental haver uma consciencialização sobre a importância da audição e incentivar a procura de soluções. Todos merecem desfrutar plenamente dos sons, conectando-se com o mundo ao seu redor.

Algumas das principais patologias associadas à surdez são:

  • Surdez Genética – relacionada com mutações genéticas, sendo responsável por mais de metade de todos os casos de surdez. Pode ser considerada sindrómica, se estiver associada a uma síndrome (30%), ou não-sindrómica (70%).
  • Perfuração Timpânica - a rutura da membrana timpânica pode ocorrer por várias razões, entre as quais se destacam: complicações resultantes de otites; não cicatrização da membrana, após colocação de tubo de ventilação; barotrauma por mergulho ou outro impacto forte no ouvido; inserção de objetos no canal auditivo externo, ou outras lesões traumáticas da membrana; traumatismo craniano.
  • Otite - inflamação ou infeção do ouvido. Dependendo da sua localização, pode ser externa (afeta o canal auditivo externo) sendo, normalmente, causada por fungos e bactérias; média (é a mais frequente e ocorre no ouvido médio); interna (afeta o ouvido interno), também denominada labirintite. Esta é considerada a mais grave, pois atinge o labirinto e a cóclea.
  • Otosclerose - crescimento anormal do tecido ósseo no ouvido médio, em particular no estribo, rigidificando toda a cadeia ossicular e impedindo que a transmissão do som se propague normalmente até ao ouvido interno.
  • Doença de Ménière - também chamada hidropisia endolabiríntica, é uma patologia do ouvido interno que afeta a audição e o equilíbrio. Caracteriza-se por vertigem, zumbido e perda auditiva flutuante.
  • Presbiacusia - é o tipo mais comum de perda auditiva neurossensorial, causada pelo envelhecimento natural do sistema auditivo.
  • Traumatismo Acústico - perda auditiva induzida por prolongada exposição a ruído.
  • Ototoxicidade - refere-se ao dano provocado no ouvido interno e sistema auditivo nervoso central, devido a medicamentos ou a exposição a produtos químicos.
  • Surdez Súbita - perda repentina da audição, normalmente em apenas um dos ouvidos. Pode ser de causa desconhecida, estando muitas vezes associada a má vascularização do ouvido interno ou a infeções virais ou bacterianas.
  • Neurinoma do Acústico - tumor benigno do nervo auditivo, geralmente de crescimento lento.

É importante consultar um especialista para obter informações mais detalhadas e precisas sobre cada uma destas patologias.

As variadas condições que podem levar à perda auditiva destacam a complexidade e a diversidade dos desafios enfrentados por aqueles que lidam com problemas de audição. Desde causas genéticas até lesões traumáticas e distúrbios do sistema auditivo, cada patologia possui suas próprias «nuances» e impactos únicos na vida das pessoas. A busca por conhecimento detalhado, acompanhamento médico e o acesso a tecnologias de apoio são passos essenciais para enfrentar e superar os obstáculos impostos por essas condições. A consciencialização sobre essas diversas patologias é fundamental para garantir que todos tenham a oportunidade de receber cuidados adequados e desfrutar de uma vida com plenitude auditiva.

Assim, é crucial reconhecer que a diversidade de patologias relacionadas à surdez não apenas evidencia a complexidade do sistema auditivo humano, mas também destaca a importância da pesquisa contínua e do avanço da medicina para compreender e tratar essas condições. A inclusão e a acessibilidade são pilares fundamentais para garantir que as pessoas afetadas por essas condições tenham igualdade de oportunidades na sociedade. Educação, consciencialização e políticas que promovam a inclusão são essenciais para que todos possam superar os desafios associados à perda auditiva e viver plenamente, independentemente da condição auditiva que possuam.

 
Prof. Dra. Fernanda Gentil - Audiologista, Sócia Profissional (e Honorária)
A. Ricardo Miranda - Associação OUVIR

 

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Exposição visa mostrar o impacto do programa na saúde pública em Portugal
O Museu da Farmácia abre as portas à exposição “A intervenção das farmácias – 30 anos do Programa de Troca de Seringas”, uma...

O mais recente relatório da Direção Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (DGS/INSA) sobre a Infeção VIH em Portugal dá conta de que, na última década, os novos casos de infeção por VIH reduziram 57,3%. E que, para aqui chegar, muito contribuíram as 64 159 008 seringas usadas que foram trocadas neste período, numa média anual de 2 138 634. 

Na exposição, que começa a 5 de dezembro e termina a 31 de janeiro, o Diretor do Museu da Farmácia, João Neto, referiu que “serão exibidos os primeiros kits do Programa de Troca de Seringas (PTS) distribuídos durante a primeira campanha “Diz Não a Uma Seringa em Segunda Mão”, que a 1 de outubro de 1993 acordou o país para esta dura realidade. Serão também mostrados outros elementos que contam a história desta longa viagem, como a assinatura do protocolo do PTS e respetiva reportagem feita pela RTP”.

O PTS "Diz Não a Uma Seringa em Segunda Mão" nasceu nessa altura de uma parceria entre a Comissão Nacional para a Luta Contra a SIDA (CNLCS), o Ministério da Saúde e a Associação Nacional das Farmácias (ANF) empenhados em prevenir a transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), assim como outras infeções transmitidas por via sanguínea entre utilizadores de drogas injetáveis. Nos primeiros oito anos permitiu ao Estado uma poupança que se estima entre os 400 e os 1700 milhões de euros, segundo uma avaliação externa feita em 2002. 

2500 farmácias em todo o país estiveram envolvidas neste programa, que chegou a ser considerado pela Comissão Europeia como o melhor projeto apresentado por um país europeu. Portugal foi visto como pioneiro no combate à infeção pelo VIH e na minimização do estigma contra toxicodependentes.  

“As farmácias e os farmacêuticos tiveram um papel decisivo na implementação do Programa de Troca de Seringas, que para além de promover poupanças significativas ao SNS, contribui de forma decisiva para a diminuição do número de casos de VIH e VHC em Portugal. Este programa de saúde pública tornou-se uma referência mundial no âmbito da participação das farmácias em ações e programas de saúde pública, tendo sido distinguido inúmeras vezes quer nacional quer internacionalmente”, sublinha Ema Paulino, Presidente da Associação Nacional das Farmácias. 

Segundo os mais recentes dados da DGS/INSA, em 2022, o PTS distribuiu 1 115 452 seringas, menos 1,5% comparando com o ano de 2021. As Equipas de Redução de Riscos e Minimização de Danos distribuíram 892 598 seringas, 80% do total, enquanto as farmácias associadas da ANF e da Associação de Farmácias de Portugal (AFP) distribuíram 19% do total das seringas (213 658). As unidades de saúde dos Cuidados de Saúde Primários asseguraram a distribuição de 0,8% das seringas distribuídas em 2022 (9 196).  

Ao todo, encontravam-se registadas, em 2022, 1693 farmácias aderentes ao PTS, englobando associadas da ANF e da Associação de Farmácias de Portugal.  

Em Portugal, e segundo os dados da DGS/INSA o primeiro caso de infeção por VIH ocorreu em 1983. Até 31 de dezembro de 2021, foram identificados 64 257 casos de infeção por VIH, dos quais 23 399 atingiram o estádio de SIDA. 15 555 foram vítimas mortais da doença. 

Reunião Anual de 2023 da Radiological Society of North America (RSNA)
Num momento em que os desafios do setor da Radiologia incluem o aumento dos níveis de exaustão dos radiologistas e a escassez...

Estando constantemente empenhada em aperfeiçoar os cuidados prestados e os resultados obtidos, a GE HealthCare cria soluções e colaborações meticulosamente projetadas para apoiar os profissionais de saúde, aperfeiçoar os cuidados ao doente e aumentar a eficiência do sistema de saúde. Esta dedicação à inovação e à melhoria é conseguida através da aprendizagem constante, mas principalmente através dos avanços da Inteligência Artificial. Peter Arduini, CEO da GE HealthCare destaca "através dos nossos dispositivos inteligentes, foco na doença simplificado e soluções digitais, estamos a reunir dados no lugar certo e no momento certo para os prestadores de serviços, colmatando a falta de eficiência no fluxo de trabalho, permitindo cuidados de precisão e ajudando a melhorar os resultados dos pacientes. Com uma história de inovação que abrange mais de um século, o nosso objetivo na GE HealthCare é resolver os desafios de saúde de hoje, amanhã e para o futuro”.

Dentro dos mais recentes lançamentos demonstrados pela primeira vez no RSNA, destaca-se  o SIGNA Champion, um novo scanner projetado para oferecer verdadeiro conforto ao paciente e exames de alta performance com acesso a tecnologias premium; bem como a Plataforma Revolution Ascend, uma nova solução de Tomografias Computadorizadas com escalabilidade incorporada para possíveis atualizações, ajudando os sistemas de saúde a investir nas capacidades clínicas de que precisam atualmente, permitindo crescimento no futuro – sem necessidade de substituir o equipamento; e ainda a Critical Care Suite 2.1, que expande as capacidades de triagem com a autorização da FDA de uma nova IA que deteta e localiza a suspeita de pneumotórax (PTX).

Além disso, dentro do portfólio de recentes inovações do grupo está incluído o sistema de Ultrassons Venue que agora, com a tecnologia impulsionada por IA do Caption Guidance, fornece orientação em tempo real aos utilizadores para capturar imagens cardíacas de qualidade diagnóstica. Nos cuidados cardíacos, a GE HealthCare apresenta o VScan Air SL, o mais recente sistema de imagem de ultrassom sem fios, projetado para avaliações cardíacas e vasculares rápidas, ajudando os clínicos a acelerar diagnósticos e decisões de tratamento no local de cuidado; o Allia IGS Pulse – a mais recente adição às ofertas do sistema de imagem guiada (IGS) da empresa projetadas para melhorar o fluxo de trabalho para o diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares; e o CardioVisio for Atrial Fibrillation (AFib), uma ferramenta digital projetada para ajudar os médicos a visualizar dados longitudinais relevantes para a progressão da doença e fornecer suporte clínico baseado em evidências, seguindo sempre as diretrizes mais recentes da AFib. 

Com orientação para o futuro dos cuidados de saúde, a GE HealthCare tem também investido em colaborações estratégicas com sistemas de saúde e instituições académicas e de investigação, de forma a promover a eficiência na personalização dos cuidados e na melhoria das capacidades de imagiologia. Dentro destas parcerias destacam-se a parceria com a Novo Nordisk para a promoção e desenvolvimento clínico e de produtos de ultrassons periféricos; com a IONIC Health através da distribuição exclusiva da nova versão do Digital Expert Access, o primeiro dispositivo aprovado que permite a digitalização remota de doentes e fornecedores; e com a SOFIE Biosciences (SOFIE), para desenvolver, fabricar e comercializar métodos de diagnóstico marcados com Gálio-68 e Flúor-18, com efeito na proteína de ativação dos fibroblastos (FAP). 

Receitas revertem para Associação SINGELA
'A menina que se esquecia de respirar' é o nome do livro que acaba de ser publicado com o objetivo de sensibilizar...

O livro conta a história de uma menina que vive com Síndrome de Hipoventilação Central Congénita (SHCC), também conhecida por síndrome de Ondine, uma doença genética rara que se traduz na disfunção do sistema nervoso autónomo e que afeta a respiração durante o sono. É um conto de ficção que aborda alguns dos desafios desta patologia, mas que pretende ser uma inspiração para as crianças, pais e famílias, em especial as que lidam diariamente com a doença, deixando-lhes uma mensagem de esperança.

A autora sublinha que “o propósito deste livro é aumentar a consciencialização para a síndrome de Ondine através de uma abordagem acessível, contribuindo assim para a literacia sobre esta condição e para a inclusão de pessoas que, tal como a menina do conto, se esquecem de respirar”. Daniela Rosa e Lourenço acredita que “ao sensibilizar e alertar as crianças e jovens para a síndrome de Ondine, estamos a contribuir para a formação de adultos mais conscientes e empáticos no que diz respeito à existência desta e outras doenças raras.”

Destinada a crianças e jovens, entre os 10 e os 15 anos, esta obra literária pode ser lida também por pais que partilham momentos de leitura com os seus filhos. Tem um custo simbólico de 10€ e a receita proveniente das vendas reverte integralmente a favor da Associação SINGELA, apoiando o financiamento dos seus projetos e iniciativas.

“A finalidade pedagógica e simbólica da obra, com as receitas a reverter para a Associação Singela, faz deste livro um presente de Natal especial não só pelo significado associado à própria história, como também pela componente solidária”, acrescenta a autora.

'A menina que se esquecia de respirar’ encontra-se disponível para compra online nas principais livrarias do país.

Fundada em 2022, a  SINGELA - Associação Portuguesa da Síndrome de Hipoventilação Central Congénita já conta com 60 associados e tem como objetivos principais a divulgação da síndrome de Ondine, o apoio aos doentes e respetivas famílias e o apoio à investigação científica no domínio desta doença, que tem uma prevalência de um caso por 200 mil nados vivos.

Liga Portuguesa Contra o Cancro celebra Dia Internacional do Voluntariado
Para assinalar o Dia Internacional do Voluntariado que se celebra hoje, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) divulga os...

O trabalho, da autoria da Coordenação Nacional de Voluntariado da LPCC, mostra que a maioria dos voluntários da LPCC tem entre 41 e 65 anos (43%) e é do sexo feminino (84%). Encontra-se ativo profissionalmente (54%), tem formação superior (60%) e doa entre uma a cinco horas semanais (81%) à instituição, há mais de cinco anos (60%).

Se for considerada uma média de cinco horas, disponibilizada semanalmente pelos voluntários, calcula-se que sejam realizadas cerca de 679 mil horas anuais de voluntariado ao serviço da LPCC, o que num exercício de valorização económica - indexada à Retribuição Mínima Mensal Garantida de 2023 (salário mínimo nacional) -, se traduz num montante que ultrapassa os 3,5 milhões de euros por ano.

Quando questionados sobre o impacto do voluntariado nas suas vidas, constata-se que a esmagadora maioria dos voluntários da LPCC (97%) considera o voluntariado “muito a muitíssimo” importante, sendo que 84% afirma que esta atividade contribui de forma expressiva para a sua qualidade de vida. Com uma percentagem ainda superior, 89% dos voluntários refere que o voluntariado contribui e/ou contribuiu para alguma mudança na sua forma de estar na vida, salientando-se o facto de se sentirem pessoas mais felizes por ajudarem os outros (61%), passarem a dar mais valor à vida, à saúde e à família (22%) e, por último, a serem pessoas mais sensíveis para esta causa (13%).

Como funciona o voluntariado na LPCC?

Divididos primeiro por áreas de atuação e posteriormente por turnos e tarefas, de acordo com a sua disponibilidade, os 3.393 voluntários da LPCC distribuem-se pelo Voluntariado Comunitário, Hospital, de Competências e de Entreajuda.

Na comunidade – Voluntariado Comunitário –, realiza-se um trabalho de sensibilização e educação para a saúde, reforça-se o apoio ao doente oncológico e à família e colabora-se na angariação de fundos, essencial para a concretização das iniciativas da LPCC. Esta é a vertente onde se insere a maioria dos voluntários da instituição (56%). A título de exemplo, este ano, o Peditório Nacional contou com a dedicação de cerca de 20 000 voluntários.

Já os voluntários hospitalares (30%) trabalham nos institutos e hospitais com serviços de Oncologia, no continente e ilhas. O principal objetivo do voluntario hospitalar é proporcionar ao doente, internado ou nas salas de espera, o acolhimento, conforto e apoio que necessita, contribuindo, com a sua disponibilidade, para a humanização dos cuidados de saúde.

Por último, com 8 e 6%, respetivamente, a LPCC desenvolve o voluntariado de Competências e de Entreajuda. O primeiro tem como objetivo a partilha de conhecimentos. Trata-se de profissionais que disponibilizam um contributo técnico e competências próprias, no âmbito de atividades ocupacionais. O voluntariado de Entreajuda é constituído por cidadãos que conhecem a doença na “primeira pessoa”, e oferecem o seu testemunho num movimento de entreajuda, evidenciando que “é possível vencer o cancro”.

LPCC apela a uma maior adesão ao voluntariado

Não obstante os números expressivos, a LPCC faz um apelo por uma maior adesão ao voluntariado, por forma a incrementar o trabalho desenvolvido junto da população em geral e dos doentes oncológicos em particular, tendo presente as estimativas de aumento da incidência de cancro na população portuguesa. Neste sentido, a Instituição convida a população a conhecer o seu trabalho e a candidatar-se em www.ligacontracancro.pt/voluntariado.

No Dia Internacional do Voluntariado, a LPCC aproveita para homenagear os seus voluntários, através do reconhecimento da sua dedicação ao doente oncológico. A LPCC vai impor insígnias por antiguidade de serviço, entregar batas a voluntários hospitalares e lançar os projetos “voluntariado como forma de felicidade” e “gestos que falam por si”, este último prevê a divulgação dos testemunhos de alguns voluntários da Instituição.

Acumulação desproporcional de gordura nos membros
O lipedema é uma doença extremamente prevalente, estando estimada a sua prevalência em cerca de 11%

Um estudo efetuado em 2014 mostra que as mulheres esperam, em média, cerca de 30 anos até terem o diagnóstico de lipedema, recorrendo a consultas de várias especialidades em busca de uma resposta para o seu problema. Na ausência de um diagnóstico atempado, a história natural da doença decorre com agravamento dos sintomas, do volume dos membros afetados e com o desenvolvimento de complicações como impotência funcional, alteração da marcha. complicações cutâneas e sofrimento não só físico, mas também psicológico.

Embora tenha sido descrita, como Síndrome da Gordura Dolorosa, já em 1940, na clínica Mayo por Allen e Hines, só recentemente assistimos a um entusiasmo científico pela doença. Assim, ainda muito está por definir clara e definitivamente: qual a sua causa? qual o melhor tratamento? será a sua evolução inexorável?

Torna-se, assim, premente divulgar a doença e informar sobre o seu diagnóstico, os seus sintomas e complicações e formas de tratar. Só com um diagnóstico precoce é possível controlar a doença e devolver qualidade de vida a estas mulheres.

O lipedema é, então, uma doença crónica que se caracteriza por uma acumulação desproporcional de gordura nos membros, mais frequentemente nos membros inferiores, podendo, em 30% dos casos atingir os membros superiores. Além da desproporção, dores nas pernas, hipersensibilidade, sensação de peso e ocorrência de equimoses fáceis e/ou espontâneas são queixas frequentes e incapacitantes.

A dificuldade de diagnóstico deve-se a vários fatores entre os quais o principal será a falta de informação. Outros poderão ser elencados:

  • ocorrência de quadros atípicos da doença, com sintomas desvalorizados;
  • sintomas comuns a outras condições, como por exemplo a doença venosa;
  • estigmatização da condição, confundida, muitas vezes, com obesidade e falta de esforço;
  • história familiar que leva a atribuir a condição à “constituição física familiar”.

O estigma associado ao volume e ao peso e a falta de informação médica é responsável por frustração e desalento das pacientes que acabam por desacreditar a comunidade médica e entrar numa espiral de ansiedade, depressão e mau relacionamento com a alimentação e demais dietas restritivas. Este ciclo leva frequentemente a um agravamento de todo o quadro clínico e ao desenvolvimento de complicações físicas e psicológicas. Muitas mulheres “desistem”, sabendo que algo de errado se passa com as suas pernas, mas que não é valorizado.

A informação e consciencialização sobre o lipedema tem aumentado nas últimas décadas, mas ainda há muito trabalho a desenvolver para garantir que as mulheres com esta doença recebam o diagnóstico e o tratamento adequados.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação publicada na revista científica Communications Biology
Uma equipa de cientistas, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), conduziu um estudo para perceber de que forma o cérebro...

Este é um dos resultados da investigação liderada pelo docente e investigador da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC (FPCEUC), Jorge Almeida, agora publicada na revista científica Communications Biology, publicação do grupo da conceituada Nature. O estudo contou com 400 participantes, entre os 18 e os 41 anos de idade, aos quais foram mostrados 80 objetos de uso comum – por exemplo, ferramentas, como um berbequim ou uma chave inglesa; e objetos diversos, como um apito ou uma bola de basquetebol.

Os participantes desenvolveram tarefas comportamentais e sessões de ressonância magnética funcional, tendo sido pedido, entre outras coisas, que julgassem a semelhança de vários objetos, nomeadamente: o seu aspeto (como o material de que é feito ou a sua forma), a sua função (para que é usado), e a forma como são manipulados (quais os movimentos que são feitos para interagir com eles).

“Quando percecionamos o que está à nossa volta vamos colocando o que vemos dentro de um espaço mental multidimensional. É desta forma que organizamos a informação no cérebro. Isto significa que, quando reconhecemos um objeto ou o distinguimos de um outro, o que fazemos é navegar neste espaço mental multidimensional e assim distinguir as várias entradas (ou seja, objetos) neste espaço”, explica Jorge Almeida. “Esta descoberta permite prever o comportamento humano face a objetos e explicar as respostas neuronais do cérebro a esse comportamento”, afirma o também diretor do Proaction Lab e investigador do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC).

Com este estudo científico, intitulado Neural and behavioral signatures of the multidimensionality of manipulable object processing, a equipa de investigação avança com novos contributos para o conhecimento do cérebro, em particular sobre o processo de reconhecimento de objetos que, embora aparentemente simples, é extremamente complexo. “Acreditamos que é esta estratégia de organização que nos ajuda a navegar no mundo, esta multidimensionalidade na forma como identificamos objetos. Claro que esta forma de organizar informação pode ser aplicada a outros conceitos, como é o caso de rostos, animais ou até alimentos”, elucida Jorge Almeida.

O estudo foi financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (European Research Council, com a sigla em inglês ERC), no âmbito do projeto científico ContentMAP, liderado por Jorge Almeida. De recordar que o ContentMAP foi o primeiro projeto português da área da psicologia a conquistar apoio do ERC. Procura mapear a organização do conhecimento de objetos no cérebro, um passo essencial para compreender a forma como reconhecemos de forma rápida e eficaz objetos.

O artigo científico, que contou com a participação de uma equipa de investigadores da UC e das Universidades de Aberdeen e Glasgow, no Reino Unido, está disponível em www.nature.com/articles/s42003-023-05323-x.

Certificação internacional
O AMGEN Capability Center Portugal, o primeiro centro de competências da biofarmacêutica AMGEN fora dos Estados Unidos, obteve...

A certificação reconhece a cultura de alta confiança e orgulho, resultando de um diagnóstico ao ambiente organizacional realizado com base num inquérito global aos colaboradores.

Daniel Campanha, General Manager do AMGEN Capability Center Portugal, destaca: “É com muito orgulho que recebemos a certificação de Great Place To Work,uma conquista notável, alcançada apenas em dois anos desde a constituição do nosso centro de excelência em Portugal. É o reconhecimento da nossa equipa, das nossas pessoas que todos os dias nos inspiram a sermos melhores. Esta certificação reflete, igualmente, o nosso foco na criação de uma cultura centrada nas pessoas, que promove um ambiente de trabalho diverso, o respeito e a colaboração. Na AMGEN acreditamos que só assim conseguiremos cumprir a nossa missão de servir os doentes e melhorar a saúde e qualidade de vida das pessoas que sofrem de algumas das doenças mais graves.”

De acordo com o inquérito realizado pela Great Place to Work, os colaboradores  também realçaram o elevado sentimento de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a diversidade étnico-cultural, a par do reconhecimento e celebração do trabalho realizado.

Para Ana Sofia Brazão, Human Ressources Lead do AMGEN Capability Center Portugal, “trabalhamos intensamente para assegurar aos nossos colaboradores uma melhor conciliação entre trabalho e vida pessoal, ao mesmo tempo que implementamos inúmeras iniciativas destinadas a promover o bem-estar físico e psicológico, e a inclusão, uma vez que trabalhamos num ambiente multicultural representatitivo de mais de 35 nacionalidades.”

A AMGEN abriu, em 2021, o seu primeiro centro de competências fora dos Estados Unidos – o AMGEN Capability Center Portugal. Localizado na sede da companhia em Lisboa, a mais recente unidade de negócio no País emprega atualmente mais de 300 colaboradores que trabalham em áreas especializadas, como Contracts & Pricing, Data & Analítica, Regulatory Affairs, Cybersegurança e Proteção Digital, Tecnologia & Inovação Digital, Sourcing Estratégico Global, Finanças & Planeamento, Capacitação de Negócio, entre outras, e que operam em estreita colaboração com os mercados da Europa, Médio Oriente e África, América do Sul e Canadá, assim como a nível global com os Estados Unidos e alguns países asiáticos.

A Great Place to Work® é uma consultora que trabalha há mais de 30 anos com empresas em todo o mundo para identificar, criar e sustentar culturas de alta confiança e alto desempenho, ajudando as organizações a serem reconhecidas como Great Place to Work.

 
Entrevista | Dra. Clara Gomes, especialista em Nefrologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra
De acordo com Clara Gomes, especialista em Nefrologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra,

O que é XLH e quais os sinais a que devemos estar atentos? Como é feito o seu diagnóstico?

O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X ou XLH, é uma doença hereditária, rara, causada por alterações num gene localizado no cromossoma X, o gene PHEX. Esta alteração promove o aumento de uma hormona, o fator de crescimento dos fibroblastos 23 (FGF23) que aumenta a eliminação de fosfato e reduz a síntese da vitamina D ativa, o calcitriol a nível renal. 

A baixa do fosfato (hipofosfatémia) e a diminuição da vitamina D impedem a normal mineralização óssea e dentária. As consequências são o aparecimento de deformidades ósseas, sobretudo a nível dos membros inferiores com arqueamento das pernas e coxas, o atraso na aquisição da marcha, uma marcha alterada, bamboleante e atraso de crescimento com baixa estatura. Nas crianças outros sinais incluem bossas frontais por fusão prematura de suturas, craniossinostose e atraso na erupção dentária. A mineralização deficiente da dentina favorece abcessos dentários recorrentes e precocemente. Mais tarde podem surgir queixas de dor óssea e fraqueza muscular e problemas de audição por esclerose dos ossículos do ouvido.

As deformidades dos membros inferiores surgem quando a criança começa a andar, entre o primeiro e segundo ano de vida. Podem confundir-se com desvios fisiológicos dos membros que ocorrem nesta idade, no entanto no XLH as deformidades são progressivas. 

Quando há história familiar de XLH o rastreio da doença na criança deve ser feito logo no primeiro mês de vida. É necessário conhecer a forma de transmissão ligada ao cromossoma X: os pais transmitem sempre a doença às filhas e nunca aos filhos, as mães podem transmitir a doença aos filhos e filhas com um risco de 50% em cada gestação. Em cerca de 20% dos casos a doença ocorre por mutação de novo, não havendo história familiar.

A confirmação diagnóstica inclui uma avaliação analítica, radiológica e estudo genético. Na avaliação laboratorial a elevação da fosfatase alcalina sérica, a diminuição do fosfato sérico com cálcio normal e a eliminação urinária aumentada de fosfato, avaliada pela taxa de reabsorção do fosfato, são os achados típicos. Pode ainda dosear-se o FGF23 que está elevado ou inapropriadamente normal para os níveis da fosfatémia.

A radiologia mostra sinais de raquitismo como as deformidades ósseas dos membros inferiores, alargamento e irregularidade das extremidades dos ossos longos onde ocorre crescimento mais rápido.

O estudo genético é importante porque se identificar uma mutação no gene PHEX, diagnostica o raquitismo como sendo ligado ao X, e nesta situação, pode usar-se uma terapêutica específica.

Dada a raridade da doença e a apresentação inicial, que se pode confundir com variantes fisiológicas, é comum haver um atraso no diagnóstico. 

Quais os principais desafios desta patologia, tendo em conta a sua experiência (não só quanto ao diagnóstico, se os houver, mas como famílias encaram a doença e o tratamento, quais as principais dúvidas e angústias que lhe transmitiam)?

O primeiro desafio consiste no diagnóstico precoce o que vai permitir iniciar a terapêutica e prevenir a progressão da doença, favorecendo o crescimento, a estatura final, aquisição de massa óssea e saúde dentária. 

Quando há história familiar é muito importante valorizá-la como já referido. 

Por vezes os resultados analíticos podem ser controversos e o estudo genético constitui uma ajuda fundamental.

Sendo uma doença multissistémica, que vai durar a vida toda, é um diagnóstico pesado para a família que o encara sempre com muita apreensão.  

Quando existem familiares cuja doença já evoluiu, algumas vezes sem terem tido acesso a terapêutica como alguns avós que acompanham as crianças nas consultas, e que apresentam sequelas significativas – deformidades ósseas, dores osteoarticulares, alterações dentárias e surdez -a preocupação é acrescida. Por outro lado, o familiar doente sente ainda o peso de ter sido o responsável pela transmissão da doença.

É necessário explicar a fisiopatologia e esclarecer que tem havido progressos nos tratamentos e o cumprimento da medicação pode minorar as sequelas. 

Existem duas modalidades de tratamento: a terapêutica convencional, com várias administrações diárias de fosfato oral e de vitamina D ativa, e a terapêutica mais recente que consiste num anticorpo monoclonal dirigido ao FGF23, o burosumab administrado quinzenalmente sob a forma de injeção subcutânea. Com a terapêutica convencional, já usada há várias décadas, tenta-se repor as perdas de fosfato e os níveis de vitamina D ativa, mas não se consegue normalizar a fosfatémia e é difícil de cumprir as várias administrações diárias, sobretudo na adolescência.

O burosumab ao neutralizar o FGF23 corrige o defeito básico e consegue normalizar os níveis de fosfato e de vitamina D ativa. Os estudos ainda têm poucos anos, mas têm mostrado um efeito positivo sustentado no metabolismo do fosfato, nos sinais de raquitismo e redução das deformidades ósseas. Na nossa experiência, temos verificado recuperação de deformidades ósseas já instaladas, após alguns meses de utilização. As famílias têm aderido bem a esta terapêutica e na adolescência a compliance melhorou significativamente.

Como deve ser acompanhamento de um doente pediátrico com XLH?

Como é uma doença multissistémica a equipe deve ser multidisciplinar incluindo além de Endocrinologia ou Nefrologia Pediátrica, Ortopedia, Estomatologia, Otorrinolaringologia e Nutrição, entre outros.

O acompanhamento deve ser regular com avaliações de sinais clínicos (crescimento, deformidades, dentição), controles analíticos e radiológicos.

O tratamento convencional tem algumas complicações e para se conseguir um equilíbrio entre a otimização dos sinais da doença e minimizar esses efeitos secundários são necessários controles frequentes. Além das avaliações analíticas é necessário efetuar ecografia renal para avaliar deposição de cálcio (nefrocalcinose).

É importante aconselhar uma boa higiene oral e promover vigilância da dentição pela Estomatologia. 

Devem ser promovidos estilos de vida saudável com alimentação equilibrada e apoio da Nutrição, evitando o excesso ponderal.

As deformidades ósseas algumas vezes necessitam de correções cirúrgicas que se devem tentar diferir para o final do crescimento. Nos últimos anos a Ortopedia tem utilizado novas técnicas menos agressivas, com aplicação de placas externas sobre as zonas de crescimento do osso, que frenam temporariamente o crescimento ósseo do lado interno ou externo das extremidades distais do fémur ou proximais da tíbia (hemipifisiodese) em vez das osteotomias que usavam no passado.

Outro aspeto no seguimento é dar atenção à qualidade de vida do doente e família. Disponibilizar apoio psicológico, apoio do serviço social e informar de associações de doentes podem constituir formas de suporte muito significativas.

De que forma esta patologia pode impactar a qualidade de vida e autoestima de uma criança/jovem?

As deformidades ósseas com alterações na marcha, a repercussão no crescimento com baixa estatura, a alteração da dentição pelos abcessos recorrentes e fragilidade da dentina, a dor músculo-esquelética são fatores que interferem na autoimagem e na capacidade física. As deformidades e dor contribuem para a redução da mobilidade e aumento ponderal, muito frequente na adolescência e que agrava ainda mais as deformidades dos membros inferiores, fechando um ciclo vicioso. 

A necessidade de intervenções cirúrgicas, internamentos e mais queixas dolorosas são outros fatores que que interferem negativamente a nível da saúde mental, social e de relação destas crianças/jovens e da família.

Quando este chega a idade adulta, como deve ser feita, na sua opinião, a transição do acompanhamento – peço que explore o caso da Catarina que transitou recentemente para o acompanhamento de adultos. Teve feedback dos colegas ou da jovem, por exemplo? 

A transição para o acompanhamento de adultos no XLH, como noutras doenças crónicas, deve ter como objetivo reduzir a perda de seguimento dos doentes e melhorar a qualidade de cuidados na vida adulta e o prognóstico da doença.  É necessário preparar os pais e o jovem para que este passe progressivamente a assumir a responsabilidade dos cuidados e também estabelecer uma boa articulação entre o médico pediatra e o médico de adultos que vai receber o jovem. Idealmente deveria haver uma consulta de transição, feita em simultâneo com médico de pediatria e o de adultos onde fossem transmitidos os dados relevantes daquele doente. Quando estas consultas de transição não estão implementadas ou não são possíveis por mudança de hospital, a transição do doente deve ser o mais personalizada e completa possível. É importante transmitir as dificuldades, os exames efetuados, a compliance com o tratamento, as angústias da família. O jovem e família devem sentir segurança e confiar que o médico de adultos conhece bem a doença e que teve um conhecimento personalizado do seu caso.

Quando não é possível a consulta simultânea, o relatório escrito de alta pormenorizado deve ser complementado tanto quanto possível com informação oral, individualizada, de modo a evitar repetição de testes desnecessários e garantir a continuidade da medicação sem interrupções e ajustada à nova fase. 

O médico pediatra deve manifestar abertura para ser contactado sempre que houver qualquer dúvida por parte do doente ou do médico de adultos.

Num momento de transição que conselhos ou mensagem deixaria a outras famílias?

É uma doença para a vida, multissistémica, progressiva e que não termina com o fim do crescimento.

Na vida adulta a doença continua com osteomalacia progressiva manifesta por dor osteoarticular, entesopatias, fraturas e pseudofraturas assim como as anomalias dentárias e surdez. Manter um seguimento multidisciplinar continua a ser importante e, atualmente, tem sido muito debatida a manutenção de terapêutica na vida adulta, suportada pela evidência de bons resultados com o uso do burosumab nos doentes adultos.

Outra mensagem é relembrar o risco de transmissão da doença aos filhos e que isto implica o rastreio precoce, de modo a iniciar o mais cedo possível o tratamento.

De um modo geral, qual o prognóstico da patologia?

O XLH quando não tratado condiciona sequelas graves incluindo dores osteoarticulares, deformidades ósseas, baixa estatura e complicações dentárias com perda de dentes precocemente. 

A prevenção deste quadro de sequelas assenta em primeiro lugar no diagnóstico precoce que vai permitir o início de tratamento atempado.

A vigilância multidisciplinar e o cumprimento da terapêutica são fundamentais. 

Por último os avanços recentes na terapêutica farmacológica com a disponibilidade do burosumab, que corrige o defeito básico e tem mostrado eficácia e segurança sustentadas, mas ainda de curto prazo e provavelmente vai modificar o futuro destes doentes.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A esclerose múltipla (EM) é uma doença debilitante do sistema nervoso central, associado à inflamaçã

Neste momento não existe tratamento que possa reverter os efeitos neurológicos e melhorar a qualidade de vida destes pacientes. Num estudo recentemente publicado na reputada revista científica JAMA (The Journal of the American Medical Association), os investigadores já avaliaram a eficácia do transplante hematopoiético com células estaminais para reajustar o sistema imunitário, baseado em ensaios clínicos anteriormente feitos e que demonstraram alguma melhoria do sistema neurológico e da qualidade de vida dos pacientes. Os investigadores mostraram que o transplante hematopoiético está, pois, associado a uma melhoria no sistema neurológico e noutro tipo de indicadores pós-transplante, representando o primeiro tratamento com sucesso em doentes com esclerose múltipla.

O estudo analisou 145 pacientes sujeitos a transplante hematopoiético, com uma média de idade de 37 anos seguidos nos dois anos (média) subsequentes ao transplante.

A Escala Expandida do Estado de Incapacidade de Kurtzke (EDSS) é um método de quantificar as incapacidades ocorridas durante a evolução da esclerose múltipla ao longo do tempo e neste estudo a EDSS representou a medida principal para avaliar as melhorias nos pacientes sujeitos ao transplante.

Segundo esta escala, dos pacientes analisados, constatou-se melhorias significativas em 41 pacientes ao fim de 2 anos e em 23 pacientes ao fim de 4 anos. Foram também registados sinais encorajadores noutras métricas utilizadas neste tipo de patologia:

  • Segundo a escala de Kaplan-Meier a sobrevida livre de recidiva de 80% e sobrevida livre de progressão foi de 87%.
  • Neurologic Rating Scale (NRS), desenvolvido para a avaliação clínica de pacientes com esclerose múltipla, melhorou significativamente em 2 e 4 anos.
  • Seguindo a pontuação segundo a escala MSFC (Multiple Sclerosis Funcional Composite), que avalia a capacidade de locomoção, a função dos membros superiores e a função cognitiva, demonstrou melhorias nos pacientes em 2 e 4 anos.
  • Os índices de qualidade de vida melhoraram significativamente num período de acompanhamento médio de 2 anos.
  • Diminuição significativa no volume de lesão cerebral provocada pela esclerose múltipla no período pós transplante.
  • Melhorias significativas tanto na saúde física como mental dos pacientes observados.

Os autores deram nota que este ensaio clínico permitiu obter melhorias no score EDSS dos pacientes com esclerose múltipla quando comparando com outros ensaios clínicos realizados neste tipo de patologia. Contudo, os autores do ensaio clínico também alertaram para algumas limitações do seu estudo, nomeadamente o facto de ter sido realizado apenas num determinado instituto, haver falta de seguimento de longo prazo de uma proporção significativa de pacientes e não ter havido grupo de controlo. Para além disso, os autores referiram que as conclusões deste estudo carecem de um novo ensaio clínico randomizado de forma a tornar estas conclusões mais definitivas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Disponível a partir de 12 de dezembro
A Align Technology acaba de anunciar o lançamento de uma série documental, um novo formato para partilhar evidências clínicas...

O Simpósio Científico tem sido o principal evento da Align para ortodontistas na região EMEA desde 2020 e a qualidade do conteúdo clínico apresentado tem sido reconhecida pelos médicos. “The Art of Orthodontics” amplia a crescente credibilidade do Simpósio, partilhando a experiência ortodôntica e as últimas novidades em investigação clínica de uma forma inovadora e criativa.

Num formato online, os oradores internacionais partilharão as suas experiências no tratamento de pacientes com alinhadores transparentes, incluindo casos complexos de adultos, crianças em crescimento e adolescentes.

O conteúdo dos três episódios inclui:

Episódio 1: Artilharia ortodôntica para tratamentos complexos com alinhadores transparentes. A Dr. Roberta Lione e o Dr.Alessandro Greco partilharão o seu trabalho sobre a expansão da arcada dentária.

Episódio 2: Pacientes em crescimento: Estabelecendo o novo paradigma para os alinhadores transparentes. O Dr. Sinem Ceylanoğlu e a Prof.ª Teresa Pinho irão discutir as vantagens do tratamento intercetivo precoce e os benefícios para os pacientes em crescimento.

Episódio 3: Painel de especialistas: o debate. Os painéis de discussão explorarão os temas abordados nos dois episódios anteriores. A Prof.ª Maria Orellana e o Dr. Shadi Gera juntar-se-ão aos oradores dos episódios 1 e 2. O Dr. Farooq Ahmed será o anfitrião dos três episódios. A Dra. Mitra Derakhshan, vice-presidente sénior Global Clinical da Align Technology e Lee Taylor, vice-presidente de marketing para as Américas e EMEA, discutirão o futuro da ortodontia.

A série documental “The Art of Orthodontics” estará disponível a partir de 12 de dezembro.

As inscrições encontram-se disponíveis para possível acesso aos três episódios durante um ano.

Como forma de aconselhamento para fazer face ao estado de fadiga que é desencadeado pela Esclerose Múltipla
A app CLEO, aplicação da empresa de biotecnologia pioneira nas Neurociências Biogen, acaba de disponibilizar dois novos...

Os dois novos programas – “As minhas emoções” e “A minha energia” – estão disponíveis na aplicação app CLEO para todos os utilizadores, de forma gratuita, e incluem um conjunto de dicas e de aconselhamentos práticos muito úteis que ajudam a gerir os desafios diários da doença.

O programa “As minhas emoções” ensina o utilizador a trabalhar a sua própria inteligência emocional e a capacidade de reconhecer e de entender as suas emoções. Composto por 4 módulos, este programa disponibiliza informação relevante sobre como é que a doença pode afetar o estado emocional, ajuda a reconhecer quando os pensamentos estão a contribuir para a criação de emoções menos positivas e o que fazer para as dissipar, ensina a equilibrar o corpo e a mente e, por fim, a trabalhar o poder de aceitação da doença e do seu impacto em determinadas situações que não podem ser mudadas.

Por outro lado, o programa “A minha energia” ajuda as pessoas que vivem com Esclerose Múltipla a identificar os 5 fatores que podem estar na origem da fadiga diária que é característica da doença – sono, humor e compaixão, enquadramento dos pensamentos, apoio e comunicação e exercício físico – incentivando-as a desenvolver os seus próprios hábitos para que a sua gestão diária seja feita de forma equilibrada e eficaz.

A app CLEO disponibiliza, através de uma abordagem holística, útil, credível e realista, informação de apoio que ajuda a quem vive com Esclerose Múltipla a compreender melhor a doença e a gerir os seus desafios e impacto. Os dois programas agora lançados disponibilizam na aplicação várias dicas e conselhos práticos que podem ser consultados sempre que necessários, criando assim rotinas práticas para todas os doentes que os ajudam a melhor entender as limitações da doença e a melhor forma de minimizar o seu impacto.

Lançada em Portugal em 2020 pela Biogen, com o intuito de prestar suporte diário às pessoas com Esclerose Múltipla, bem como aos seus familiares e cuidadores, a app CLEO tem como missão facilitar o dia a dia das pessoas que vivem com Esclerose Múltipla, ao oferecer um conjunto de funcionalidades, tais como o diário pessoal (uma ferramenta que permite a cada utilizador acompanhar o seu estado de saúde, podendo partilhar essa informação com a equipa de profissionais de saúde que o acompanham), um conjunto de informações, artigos e histórias de pessoas com Esclerose Múltipla, com recomendações úteis para o quotidiano dos doentes e, ainda, diversos programas de saúde e bem-estar.

A aplicação pode ser instalada de forma gratuita em qualquer dispositivo Android ou iOS.

Seguradoras destacam deterioração do serviço de saúde público
Os níveis de custos com saúde superiores aos registados no período pré-pandemia e a necessidade de encontrar um equilíbrio...

Desenvolvido pela Mercer Marsh Benefits (MMB), o estudo inquiriu 223 seguradoras de 58 países para identificar as principais tendências futuras dos cuidados de saúde assegurados pelas empresas. Aumento dos custos médicos por pessoa, que superam já os níveis pré-pandémicos; escassez de competências e consequente transformação dos serviços de saúde; necessidade de contenção de custos; persistência de lacunas nas coberturas dedicadas a saúde mental e à saúde feminina e necessidade de maior rigor na gestão do plano de saúde são as principais tendências identificadas neste estudo.

“As tendências apresentadas neste relatório são valiosas para as empresas que estão a desenhar planos de saúde e de benefícios para satisfazer as necessidades dos seus colaboradores. As práticas das seguradoras, a linguagem das apólices, a flexibilidade, a vontade de inovar e o acesso a grandes conjuntos de dados sobre sinistros conferem-lhes um papel fundamental na definição do futuro dos benefícios dos colaboradores. Mas as empresas devem também moldar os benefícios para satisfazer as necessidades da sua própria força de trabalho, bem como antecipar, conter e mitigar os riscos”, afirma Miguel Ros Galego, Business Leader da Mercer Marsh Benefits Portugal.

Tendência dos gastos em saúde nos seguros supera os níveis pré-pandemia

Em 2021 e 2022, a tendência dos gastos em saúde alcançou uma taxa global de 10,1%, próxima da registada em 2018 e 2019 (9,7%). Agora, a tendência dos gastos em saúde está já a superar os níveis pré-pandemia. De acordo com o estudo, a região Médio Oriente e África é a única que continua a registar um valor ligeiramente abaixo ao registado em 2019.

Os dados revelam que, em 2023, a taxa global irá alcançar os 12,4%, com 86% das empresas a afirmarem que a inflação teve um impacto significativo ou muito significativo muito nesta evolução. Ainda que se estime um decréscimo da taxa global para os 11,7% em 2024, nomeadamente devido à previsão de abrandamento da crise inflacionária, o valor deverá continuar a ser superior ao registado nos anos pré-pandemia.

Com o cancro no topo da lista de custos em saúde e com a saúde mental a ser considerada o quarto risco mais elevado a nível mundial, o estudo sublinha a necessidade de as empresas priorizarem e concentrarem os seus esforços em medidas preventivas e em soluções mais inovadoras para apoiar os colaboradores.

“As organizações devem preparar-se para um aumento da tendência dos custos em saúde, não esquecendo a importância do equilíbrio entre o lado financeiro e a gestão de pessoas. Num mercado de trabalho pressionado, os planos de saúde continuam a ser um importante fator distintivo. É necessário ouvir os colaboradores e priorizar os benefícios e programas que mais valorizam”, afirma Miguel Ros Galego.

Sistemas de saúde em transformação devido à rutura causada pela escassez de competências

Nos últimos três anos, os sistemas de saúde públicos foram sujeitos a uma pressão sem precedentes devido à pandemia e a outros fatores, nomeadamente ações coletivas e escassez de competências. Esta pressão começa agora a fazer-se sentir, com diferenças significativas na perceção das seguradoras entre a qualidade do serviço de saúde público e privado.

Na Europa, 73% das empresas consideram que, por comparação com o período pré-pandemia, a acessibilidade ao setor de saúde público piorou, com 48% a afirmarem que o mesmo se verifica na qualidade. Pelo contrário, 28% e 40% consideram que a acessibilidade e a qualidade, respetivamente, do serviço de saúde privado melhorou.

De forma a minimizar estas diferenças, o estudo destaca o potencial das ferramentas virtuais e da telemedicina para contribuírem para a melhoria do serviço de saúde. Contudo, as seguradoras revelam-se ainda indecisas quanto ao impacto destas estratégias.

Seguradoras respondem à necessidade de contenção de custos e oferecem opções para as empresas efetuarem alterações nos planos de saúde

O impacto das tendências dos custos médicos e da escalada da inflação constituem a principal preocupação tanto para as seguradoras como para os responsáveis pela gestão dos planos de saúde das empresas. Neste âmbito, o estudo sublinha a importância de as empresas garantirem a acessibilidade económica dos planos que oferecem aos seus colaboradores. De forma a anteciparem as tendências, torna-se igualmente importante a monitorização das experiências de sinistros ao longo do tempo, bem como compreender os fatores mais importantes para os colaboradores e criar um plano estratégico para gerir os custos a longo prazo.

Perante o impacto da escassez de competências em diversos setores, o estudo destaca o importante contributo da qualidade dos planos de saúde para o cumprimento dos objetivos de crescimento das empresas. Neste sentido, mais de metade (57%) das seguradoras acreditam que os empregadores darão prioridade às melhorias dos planos para ajudar a atrair, reter e envolver os colaboradores em detrimento da contenção de custos. Esta percentagem sobe para 63% na Europa e para 74% na América Latina e nas Caraíbas, regiões que acreditam que as melhorias nos planos de saúde terão prioridade sobre um movimento de redução da cobertura.

Ainda que a transferência de custos para os trabalhadores seja uma opção pouco atrativa, o estudo sugere que será inevitável alguma partilha de custos. Esta medida deve ser combinada com uma comunicação mais eficaz e cuidados preventivos.

As seguradoras também estão concentradas na Inteligência Artificial para apoiar a futura contenção de custos, por exemplo, através da deteção de fraudes, desperdícios e abusos. 44% das seguradoras a nível global estão a considerar a introdução desta funcionalidade, aumentando para 60% no Médio Oriente e em África.

“Face aos desafios apresentados, torna-se fundamental que as empresas discutam proativamente a contenção de custos com as suas seguradoras, de forma a certificarem-se de que características como as franquias e os limites de tratamento são realistas, ter em conta a inflação e certificarem-se de que as características de partilha de custos, como os copagamentos, são revistas regularmente”, comenta Miguel Ros Galego.

Continuam a persistir disparidades em matéria de saúde mental, saúde das mulheres e prestações sociais inclusivas

A modernização dos planos está a incluir mais benefícios de saúde digitais. Os serviços de cuidados virtuais ou de telemedicina são atualmente uma parte normal das ofertas da maioria das seguradoras. 69% das seguradoras a nível mundial oferecem telemedicina, sendo que 78% o fazem na Europa e 82% na América Latina.

As seguradoras estão a tornar-se mais conscientes das necessidades emergentes, como o combate à desinformação sobre a saúde, o que exige também uma gestão coordenada através dos empregadores.

As aplicações e indumentária tecnológica para autogestão do bem-estar ou de condições específicas são uma parte crescente dos planos de modernização das seguradoras, com 43% das seguradoras a nível mundial a considerar a sua introdução. Ásia, América Latina e Caraíbas são regiões particularmente fortes na adoção destas tecnologias, com 75% e 80%, respetivamente, a oferecerem ou a considerarem a sua introdução.

Existem ainda lacunas significativas nos cuidados de saúde, especialmente no que diz respeito à saúde das mulheres/reprodutiva e ao apoio à saúde mental, e a cobertura é variável nas diferentes regiões.

Os principais benefícios relacionados com a saúde mental oferecidos pelas seguradoras centram-se nos serviços tradicionais, como o aconselhamento, o tratamento em regime de internamento e a cobertura de medicamentos sujeitos a receita médica. A cobertura de sessões de aconselhamento psicológico e/ou psiquiátrico (69%) e o tratamento em regime de internamento (62%) são os serviços mais oferecidos. A cobertura de aconselhamento é mais abrangente na América Latina e nas Caraíbas, onde 32% das seguradoras que oferecem cobertura proporcionam sessões ilimitadas e 39% oferecem mais de 20.

Existem lacunas entre os serviços que os trabalhadores consideram úteis e os serviços prestados pelas seguradoras. Por exemplo, o estudo “Health on Demand 2023” da Mercer revelou que 44% dos colaboradores considerariam úteis, para eles ou para as suas famílias, serviços direcionados para crianças, adolescentes e pais, para apoiar a saúde mental dos jovens, a socialização e questões de aprendizagem. O inquérito “Health Trends 2024” revelou que apenas 35% das seguradoras oferecem atualmente estes serviços. Poucos planos oferecem um apoio significativo aos colaboradores que precisam de terapia contínua. Embora 69% das seguradoras em todo o mundo digam que cobrem sessões de aconselhamento psicológico e/ou psiquiátrico, na prática, 52% delas cobrem apenas 10 sessões ou menos.

A cobertura das prestações de saúde das mulheres continua a ser esporádica e varia consoante as regiões geográficas. Por exemplo, 64% das seguradoras na Ásia não oferecem acesso e cobertura contracetiva, em comparação com apenas 33% na América Latina e nas Caraíbas. Quase um quarto (24%) das seguradoras em todo o mundo não oferece cuidados pós-parto, o que faz com que as mulheres que têm esses planos tenham de receber esses cuidados através do sistema público ou não os recebam.

“Os problemas de saúde das mulheres são universais, mas existem desigualdades significativas a nível social, financeiro e do sistema de saúde que devem ser resolvidas em todas as regiões. As organizações que procuram melhorar a equidade de género no local de trabalho podem querer avaliar as lacunas nos seus próprios locais de trabalho e a forma como os seguros podem ajudar a reduzi-las”, aponta Miguel Ros Galego.

Como nota final, a MMB deixa cinco recomendações relativamente ao planeamento e gestão de benefícios de saúde:

  1. Atualizar a estratégia de benefícios à luz da transformação do sistema de saúde, da evolução das necessidades dos colaboradores, das lacunas generalizadas e das pressões sobre os custos.
  2. Melhorar a prevenção, diagnóstico, tratamento e os pilares de apoio no local de trabalho para as doenças não transmissíveis, como o cancro.
  3. Pensar em soluções digitais para riscos crescentes, como riscos ergonómicos, temperaturas extremas e saúde mental.
  4. Monitorizar o impacto da tecnologia disruptiva e dos avanços na saúde nos benefícios e nos cuidados de saúde em geral.
  5. Ser um catalisador para promover opções de gestão de custos que melhorem a qualidade e o custo dos cuidados de saúde.
 
Estudo apresentado na 15.ª edição do Fórum do Medicamento
Mais de metade dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) (61%) não possuem mecanismos de reavaliação dos resultados de...

Levado a cabo pelas Professoras Sofia de Oliveira Martins e Ana Margarida Advinha (docente na Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade de Évora e ex-aluna da FFUL), o “Índex Nacional do Acesso ao Medicamento Hospitalar” é um estudo bienal que teve início em 2019, e que conta com o apoio científico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e apoio da Ordem dos Farmacêuticos e da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares. Esta terceira edição do estudo obteve a maior taxa de participação de instituições do Serviço Nacional de Saúde de Portugal Continental, desde que é realizado (75%).

De entre muitos dos objetivos, o estudo pretendeu determinar o nível de acesso à terapêutica hospitalar e analisar os modelos de gestão, mecanismos de criação de evidência e de medição de resultados associados.

No campo do acesso a medicamentos, houve um decréscimo, em comparação com 2020 (87%), com 76% das instituições a utilizarem novos medicamentos aprovados previamente à decisão de financiamento.

Porém, após a decisão de financiamento, 94% das instituições utilizam um procedimento prévio à introdução de um novo medicamento e em 77% das instituições o acesso ao medicamento ocorre apenas após a sua inclusão no Formulário Nacional do Medicamento.

Estes retrocessos nos vários domínios conduzem à ausência de uma estratégia estruturada para a medição de resultados em saúde, uma ideia defendida no encontro, com o Índex a mostrar que 61% dos hospitais do SNS não possuem mecanismos de reavaliação dos resultados de novas terapêuticas e que 67% das instituições não monitoriza, para efeitos internos, os resultados de novas terapêuticas.

Ao nível da utilização de medicamentos baseada em resultados, 81% das instituições não possuem um sistema integrado de gestão de dados clínicos, financeiros e administrativos que permitiria fazer uma análise de custo efetividade das intervenções em saúde.

Barreiras ao acesso de medicamentos

O Índex pretendeu também identificar as barreiras e/ou problemas existentes associados à equidade de acesso, gestão e dispensa do medicamento nas instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde. Um dos problemas em evidência são as ruturas de fornecimento de medicamentos utilizados nos hospitais e os dados não deixam dúvidas: a grande maioria (94,4%) das instituições considera um problema grave, situação que se verifica semanalmente em 36,1% das instituições e mensalmente em 19,4%.

Outro dos dados em destaque no Índex são os atrasos no processo de aquisição de medicamentos que, de acordo com 33% das instituições inquiridas, nunca é desencadeado atempadamente, sendo os principais responsáveis pelo atraso a carga administrativa (41%), a ineficiência dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e o modelo de financiamento para o acesso a algum medicamento (8%).

Este estudo foi este ano apresentado pela Prof.ª Doutora Ana Margarida Advinha e comentado por um painel moderado pela jornalista Paula Rebelo e constituído pelo Prof. Doutor Hélder Mota-Filipe, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Dr. Carlos Lima Alves, vice-presidente do INFARMED, I.P., Dr.ª Rosário Trindade, diretora de Corporate Affairs & Market Access da AstraZeneca Portugal, e pelo Dr. Luís Miguel Gouveia, Presidente do Conselho de Administração do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.

Presidente da SPMI deixa o alerta assinalando o Mês da Medicina Interna
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) volta a promover o Mês da Medicina Interna, em dezembro, com o objetivo de...

“Iniciamos o Mês da Medicina Interna com a notícia que no concurso para a escolha das especialidades e, sem qualquer surpresa, ficaram vagas por preencher e a Medicina Interna foi a especialidade hospitalar com mais vagas não ocupadas. Sendo a Medicina Interna, a especialidade que sustenta os hospitais e, por sua vez, fulcral no SNS, é necessário que todos, sobretudo os decisores políticos, façam a devida reflexão. É preciso perceber porque é que esta especialidade parece já não ser atrativa pois o futuro do SNS está comprometido se não se inverter esta situação” afirma Lèlita Santos, Presidente da SPMI.

Segundo a presidente da SPMI, "vivem-se tempos difíceis para a saúde em Portugal, em particular para os portugueses que precisam de cuidados de saúde. O SNS parece estar a desmoronar-se e a cada dia que passa descobrem-se novas complicações e descontentamentos, todos com uma base concreta".

“É incontornável o trabalho dos internistas nas urgências, um claro motivo para o desânimo por esta especialidade, não porque não queiram trabalhar nos serviços de urgência, mas porque estes Serviços estão desorganizados, por razões já antes identificadas. Há excesso de doentes nas urgências por falta de apoios na comunidade e nas instituições, muitas destas idas à urgência poderiam ser evitadas com equipas de saúde suficientes, que pudessem dar apoio no domicílio, ou o acesso fácil a médico nas instituições com doentes ou idosos com multimorbilidades, ao seu cuidado. Também a organização de um melhor acesso aos Cuidados Primários poderia evitar as idas à urgência de doentes com descompensações das suas doenças crónicas ou dos que não têm sequer, médico de família. No Serviço de Urgência, os internistas devem dedicar-se às tarefas que lhes competem, da avaliação e tratamento do doente complexo com condições clínicas de urgência ou emergência” afirma a Presidente da SPMI.

A SPMI alerta para a necessidade de um maior investimento nos Cuidados de Saúde Primários criando mais Unidades de Saúde Familiares e promovendo a redução da população sem Médico de Família. "É fundamental investir nos Cuidados de Saúde Hospitalares garantindo médicos qualificados e em número adequado, bem como os outros profissionais de saúde. É necessário investir nas formas alternativas aos SU. É importante alterar o modelo de financiamento dos hospitais e permitir mais autonomia para contratações e aquisição de equipamentos, e haver entidades que avaliem resultados e validem opções".

E defende ainda que os internistas e os internos de medicina interna, "têm de ser valorizados através de medidas justas que podem passar por incentivos e por remunerações adequadas ao seu trabalho".

"A organização é importante e devem ser dadas condições aos serviços para se conseguirem organizar internamente com equipas sólidas, sem dispersão de tarefas, com recursos médicos suficientes e equipamento adequado. Os internos têm de se sentir acolhidos em serviços que tenham condições para desenvolver trabalho em equipa, com tempos para formação, para discussões clínicas, para evoluir com projetos de investigação ou integrar uma vida académica se assim o desejarem e, sem dúvida, conseguirem conciliar a vida profissional com a vida familiar e social", afirma. 

Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla (EM) afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e é uma doença cróni

Esta doença, por vezes, não é fácil de diagnosticar, uma vez que se manifesta através de sintomas diferentes, facilmente confundidos com outras doenças neurológicas. Desta forma, apesar de se saber a importância do diagnóstico e do tratamento atempado, o diagnóstico inicial pode ser demorado.

Estima-se que em Portugal existam mais de 8 mil doentes com EM. É uma doença que surge habitualmente no adulto jovem, entre os 20 e os 40 anos de idade, e afeta maioritariamente as mulheres.

Os sintomas podem ser muito variados e manifestarem-se com maior ou menor frequência de pessoa para pessoa:

  1. A fadiga é um sintoma muito frequente e manifesta-se por diferentes períodos e corresponde a um cansaço extremo após um pequeno esforço;
  2. A neuvrite ótica, corresponde a queixas de visão turva, “enevoada” ou baixa de visão;
  3. Perda da força muscular nos braços e pernas;
  4. As alterações da sensibilidade, podem ser como uma sensação de encortiçamento dos membros, parece que se está a «caminhar sobre algodão». Ou outro tipo alterações da sensibilidade são os formigueiros ou picadas;
  5. Equilíbrio e coordenação, por exemplo, dificuldade em agarrar pequenos objetos, escrever de forma clara ou sensação de caminhar como se tivesse embriagado;
  6. Alterações urinárias e intestinais – que por um lado pode se manifestar por dificuldade em urinar ou em esvaziar completamente a bexiga (a isto chama-se «retenção» urinária), ou a «urgência urinária», ou seja vontade de urinar frequente, súbita e difícil de adiar;
  7. Problemas sexuais - homens que tenham EM podem ter dificuldade em obter ou manter a ereção. Na mulher, a EM causa muitas vezes perda de sensibilidade nos órgãos sexuais, dores durante a relação e incapacidade de atingir um orgasmo;
  8. Alterações cognitivas – numa fase avançada da doença problemas de memória recente;
  9. Alteração de humor e depressão.

Atualmente, sabemos que quanto mais cedo se realizar o diagnóstico e se avançar para o tratamento, menor será a progressão da doença. Tem sido feito um esforço para o desenvolvimento de diversos tratamentos com impacto na doença.

Desta forma, nas últimas duas décadas tem-se assistido ao desenvolvimento de diversos tratamentos com impacto na evolução da doença. Em 1993, foi aprovado o primeiro tratamento para a EM. Apesar de não haver cura, os tratamentos têm como objetivo, reduzir o número de surtos (episódios de alterações neurológicos) ao diminuírem a atividade inflamatória cerebral que ocorre na doença.

Em suma, a EM é uma doença inflamatória do SNC que pode ser incapacitante. Neste sentido, para evitar a progressão da doença e consequências mais graves, é primordial que exista um diagnóstico e um tratamento precoce, bem como um acompanhamento regular para a avaliação da necessidade de ajuste de medicação ao longo do tempo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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