Benefícios adquiridos não devem ser avaliados em tudo ou nada
A deficiência auditiva é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, apresentando-se

Existem três principais tipos de surdez: condutiva, neurossensorial e mista. A surdez condutiva ocorre quando há um problema na transmissão do som do ouvido externo para o ouvido interno. Pode ser causada por obstruções no canal auditivo, danos no tímpano ou problemas nos ossículos do ouvido médio. Já a surdez neurossensorial é resultado de danos nas células ciliadas do ouvido interno ou no nervo auditivo. Essas células são responsáveis por transmitir os sinais sonoros ao cérebro. Por fim, a surdez mista é uma combinação dos dois tipos anteriores, envolvendo tanto problemas na condução do som quanto danos nas células ciliadas ou no nervo auditivo.

Além dos diferentes tipos de surdez, também é importante considerar os diferentes graus de perda auditiva. A perda auditiva pode variar de leve a profunda, dependendo da intensidade do som que uma pessoa é capaz de ouvir. No caso da perda auditiva leve, a pessoa pode ter dificuldade em ouvir sons suaves ou em ambientes ruidosos. Já na perda auditiva moderada, a dificuldade em ouvir é maior e pode afetar a comunicação quotidiana. Na perda auditiva severa, a pessoa é incapaz de ouvir a maioria dos sons. Por fim, na perda auditiva profunda, a pessoa não consegue ouvir nenhum ou "quase" nenhum som.

É importante ressalvar que a deficiência auditiva não deve ser avaliada apenas em termos de "ouvir" ou "não ouvir". Cada tipo e grau de surdez traz consigo uma experiência auditiva única e complexa. Ao reconhecer essa diversidade, podemos promover uma abordagem mais inclusiva e compreensiva em relação à deficiência auditiva e nos diferentes benefícios que o indivíduo com essa deficiência deveria obter.

Uma das grandes dificuldades e a enorme barreira da nossa associação tem sido explicar ao indivíduo comum, que tem audição normal (aos elementos do Governo e entidades governamentais/estatais), este critério de avaliação da pessoa com deficiência auditiva para levantamento das nossas necessidades. Parece que a sociedade em geral só compreende a comunidade surda, a comunidade que usufrui da Língua Gestual (Portuguesa), mas que esta ao mesmo tempo repreende e não entende a necessidade de recorrer às tecnologias auditivas para ouvir e da importante necessidade de recorrer à acessibilidade pela legendagem (a forma escrita de comunicação) para suprimir as vicissitudes na comunicação e poderem ajudar a comum pessoa com deficiência auditiva que apenas conhece a Língua Portuguesa (a larga maioria), bem como o importantíssimo auxílio a recursos como tecnologias assistivas de forma a providenciar o treino auditivo da pessoa que usa prótese(s) e/ou implante(s) auditiva/o(s).

Temos trabalhado diariamente e insistentemente nesse sentido, de forma a superar essas barreiras e promover a melhor inclusão social da pessoa com deficiência auditiva. Acreditamos e entendemos que o nosso trabalho persistente e dedicado é fundamental para

dar o impulso ao permitir desbravar novos caminhos e encontrar novas soluções para uma sociedade mais justa e plena de igualdade de direitos para todos.

Exprimimos algumas preocupações fulcrais, tais como no acesso à comparticipação das ajudas técnicas, e para tal, há necessidade que essas estejam tão abrangentes e atualizadas quanto possível, compreendendo as últimas tecnologias. O importante rigor na abordagem à avaliação por junta médica da incapacidade acarretada pela deficiência auditiva, e do mesmo fazermos entender que aqueles que não têm uma surdez severa a profunda, também sentem reais dificuldades na abordagem do dia-a-dia, e portanto, essas pessoas também deveriam obter alguns benefícios ou uma percentagem de benefícios.

A nossa associação vai/está a propor ao Governo e aos diferentes partidos com assento parlamentar, duas opções:

  • Opção A

30 a 39% de Incapacidade / 25% nos Descontos ou nos Benefícios,

40 a 49% de Incapacidade / 50% nos Descontos ou nos Benefícios,

50 a 59% de Incapacidade / 75% nos Descontos ou nos Benefícios,

Em alternativa, e de forma mais simplificada

  • Opção B

30 a 59% de Incapacidade / 50% nos Descontos ou nos Benefícios,

(Superior ou igual a 60%, os descontos ou os benefícios são totais)

Gostaria(mos) de salientar que 30% ou mais de incapacidade na surdez, representa pelo menos, uma perda auditiva profunda num ouvido (surdez unilateral total ou "quase" total), ou a uma perda auditiva bilateral em que o melhor ouvido contempla uma perda igual ou superior a 35 dB (surdez moderada) - determinada pela OMS como surdez incapacitante.

Seria importante fazer um levantamento das incapacidades avaliadas, e de ponderar estender a outras deficiências em que a incapacidade se manifesta por diferentes graus (como por exemplo, também a visão).

Assim, seria possível estudar a viabilidade desta proposta. Pensamos que análise percentual, dos diferentes tipos e graus de surdez (a que lamentavelmente, não temos acesso) deveriam constar dos Censos e ser um Dado Público(!), para se ter uma melhor perceção da qualidade auditiva da população em Portugal, como acontece em outros países, mais desenvolvidos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O futuro da cooperação em matéria de Saúde Global
À medida que a globalização progride, torna-se claro que questões que antes se limitavam à política nacional são agora questões...

Num contexto global em mudança, a diplomacia em saúde representa por isso um importante fórum para negociações sobre questões políticas globais que moldam e influenciam o ambiente global para a saúde.

Integrado no Congresso Mundial dos Hospitais que se realizará em Lisboa entre 23 e 27 de outubro, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], organiza no próximo dia 24 de outubro às 14h30, no Centro de Congressos de Lisboa, o Fórum de Diplomacia em Saúde com o objetivo de promover a cooperação e o diálogo entre os países, em torno da Saúde Global.

A sessão de abertura será presidida pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares. O Fórum contará com a participação de Marija Jevtic, responsável pela Secção de Saúde e Ambiente da Associação Europeia de Saúde Pública, seguindo-se um debate, moderado pela jornalista Paula Rebelo, em que serão analisadas quatro perspetivas fundamentais e necessárias para o reforço da Diplomacia em Saúde: Embaixadora Ana Gomes, Administrador Hospitalar Delfim Rodrigues, Médico Especialista em Saúde Pública e chefe de divisão da Cooperação em Saúde da Secretária-geral do Ministério da Saúde, Francisco Pavão e Deputado Jorge Seguro Sanches, Presidente da Subcomissão de Saúde Global da Assembleia da República. A última palestra será proferida por José Manuel Barroso, Ex-Primeiro Ministro de Portugal (2002-2004), ex-Presidente da Comissão Europeia (2004 – 2014) e atualmente Chairman da Gavi – Aliança para as Vacinas, organização internacional que reúne países doadores e beneficiários, bem como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a UNICEF, o Banco Mundial, a indústria de vacinas e a Fundação Bill & Melinda Gates e que desde a sua criação em 2000 apoiou a vacinação de mais de mil milhões de crianças em todo o mundo.

Conheça o Programa do Fórum de Diplomacia em Saúde.

Elevada taxa de absentismo, mobilização para outras unidades de Saúde e aposentação
Os enfermeiros do Hospital Santa Maria Maior, em Barcelos, garantem que estão exaustos e sem capacidade para prestar todos os...

Pedro Costa assegura que a situação, sendo transversal a todo o hospital, “é sobretudo complexa no piso de Ortopedia e Cirurgia, que passou das 33 para as 37 camas, tendo o número de enfermeiros diminuído de 37 para 26 profissionais”. Em alguns turnos, admite, “em vez dos sete enfermeiros escalados, só quatro ou cinco estão efetivamente ao serviço, muitas vezes porque abdicam de tempo de descanso para fazer turnos extra e, assim, diminuir o risco de ausência de cuidados de saúde pelos doentes”.

As principais causas para este caos, explica o presidente do SE, “centram-se na taxa de absentismo por doença, que, sendo similar à do primeiro semestre, não foi tida em conta na segunda metade de 2023”.

Adicionalmente, “vários enfermeiros aposentaram-se ou foram mobilizados para outras unidades de Saúde, sem que tenham sido substituídos”.

A escassez de recursos humanos já levou os enfermeiros de Barcelos a adotar medidas preventivas. “Os colegas estão exaustos e não conseguem fazer todo o serviço”, assevera Pedro Costa. Por isso, em muitos casos, “ajustam os cuidados de saúde prestados em função do número de enfermeiros escalados, quase como se estivessem a prestar cuidados mínimos em dias de greve”.

O cuidar do doente é prioritário para nós.

O presidente do SE sublinha que “os enfermeiros já apresentaram soluções à Administração do Hospital de Santa Maria Maior, designadamente a redução temporária do número de camas, mas a proposta foi rejeitada”. “Preferem continuar a pedir aos enfermeiros para fazerem mais um esforço, para abdicarem de dias de descanso para fazerem turnos extra”, acrescenta. Porém, completa Pedro Costa, “torna-se cada vez mais difícil aceder a este pedido, pois os enfermeiros estão esgotados”.

Segundo as explicações transmitidas aos enfermeiros, “a Administração não tem autorização superior, depreendemos que do Ministério das Finanças, para contratar mais enfermeiros”. Além disso, “deixou caducar em junho a Bolsa de Recrutamento que existia, e só agora está a lançar concurso para a constituição de uma outra Bolsa, o que demora sempre o seu tempo”.

O Sindicato dos Enfermeiros tem estado em contacto permanente com os enfermeiros de Barcelos e admite a possibilidade de adotar medidas mais duras. “É inaceitável que a solução para a escassez de recursos humanos seja sempre a disponibilidade dos enfermeiros para fazer mais um turno, para descansarem menos um dia, para darem mais um pouco a quem lhes tem dado cada vez menos”, frisa.

“Procuramos não falhar com os cuidados de enfermagem aos doentes, mas até isso começa a ser complicado de cumprir”, adverte Pedro Costa. Se nada for feito, admite, “são os doentes que vão acabar prejudicados com a prestação de cuidados de enfermagem menos adequados, algo que queremos evitar”.

Ossos em Foco
A Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM) lança, no âmbito do Dia Mundial da Osteoporose, o...

A osteoporose é uma doença que afeta a densidade óssea relacionada com a descida dos níveis de estrogénio, uma hormona predominante no sexo feminino. Esta patologia silenciosa pode ser diagnosticada por densitometria óssea, antes de ocorrer uma fratura após um evento que, em condições normais, não provocaria uma fratura óssea. A origem da osteoporose está ligada à propensão genética assim como ao estilo de vida do doente, no entanto, é também evitável ou passível de tratamento, desde que o doente seja devidamente acompanhado por especialistas da área e adote hábitos prudentes no dia-a-dia.

Ao colocar os “Ossos em Foco”, na perspetiva de quem vive ou lida com, e conhece a doença, pretende-se sensibilizar a população para o impacto drástico da osteoporose na qualidade de vida dos mais de 500 mil portugueses já diagnosticados e evitar novos diagnósticos evitáveis. As inscrições para o concurso estão abertas entre 20 de outubro de 2023 e abril de 2024. A obra vencedora e outras selecionadas serão eleitas por um painel de jurados composto por um elemento de cada entidade envolvida nesta iniciativa, também expostas, junto a uma compilação das restantes obras participantes, nos Centros Hospitalares Universitários do Porto (CHUP - São João) e Coimbra (CHUC), a partir de setembro de 2024.

Na divulgação do concurso envolvem-se ainda, enquanto parceiros da plataforma ossosfortes.pt, website onde será possível submeter a candidatura e consultar o regulamento do concurso, a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), a Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), a Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSREUMA), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), Associação Portuguesa de Osteoporose (APO), com o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

Para mais informações, consulte o regulamento e outros detalhes em ossosfortes.pt.

Pela APA
A Agência Portuguesa para o Ambiente (APA) - entidade responsável pela implementação das políticas de ambiente em Portugal -...

Esta certificação reconhece a CUF Academic Center, a entidade responsável pela formação, ensino e investigação em toda a rede CUF, como entidade formadora em proteção radiológica, aprovando o Curso de Formação em Proteção e Segurança Radiológica – Nível 3, no domínio das atividades médicas, bem como do programa de formação do respetivo curso de atualização.

Com este reconhecimento a CUF passa a ter autonomia interna para cumprir o requisito legal de formação em proteção radiológica aos trabalhadores com risco de exposição a radiação ionizante. 

Esta certificação permite enriquecer o portfólio de formações da CUF Academic Center para o ano de 2024 contribuindo, dessa forma, para uma maior capacitação e impacto na proteção e segurança dos profissionais expostos a fontes de radiação. 

 

Iniciativa da SPAIC
Eram necessárias, no mínimo, 7500 assinaturas, mas já foram recolhidas mais de 7800. A petição continua em curso até ao dia 31...

“Muito obrigada a todos os que se envolveram na divulgação da petição, em especial às equipas dos serviços de Imunoalergologia dos nossos hospitais, muito obrigada a todos os que assinaram a petição e que estão a contribuir para que a comparticipação da imunoterapia específica volte a estar na ordem do dia”. Foram de agradecimento as primeiras palavras de Ana Morête, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, no dia em que foram superadas as 7500 assinaturas necessárias.

A comparticipação universal a 50% do custo total deste tratamento em Portugal data de 19/03/1981, e, de forma absolutamente inexplicável, essa comparticipação foi revogada em 09/08/2011, explica a direção da SPAIC. Ao contrário de muitos outros países da União Europeia, Portugal mantém uma política de não comparticipação da imunoterapia específica com alergénios, limitando o acesso dos doentes a este tipo de tratamentos.

Perante esta situação, a SPAIC lançou, em maio deste ano, uma petição no site da Assembleia da República, para que o assunto seja de novo discutido pelos decisores políticos. Apesar de já ter sido superado o número mínimo exigido das 7500 assinaturas para que o tema seja levado a sessão plenária, “até ao dia 31 de dezembro deste ano, os peticionários podem ainda registar-se na plataforma, indicando o nome completo, o número do bilhete de identidade/cartão de cidadão e a sua data de validade e assinar a petição. Quantas mais assinaturas recolhermos mais força ganhamos nesta luta pelo acesso à imunoterapia específica”.

Da apreciação das petições pela Assembleia da República podem resultar diversas consequências, das que se destacam a comunicação ao Ministro competente para eventual medida legislativa ou administrativa, ou uma iniciativa dos Grupos Parlamentares, para que, isoladamente ou preferencialmente em conjunto, apresentem um projeto de lei ou de resolução, no sentido de vir a ser determinada a reposição da comparticipação do tratamento de imunoterapia.

A vacina antialérgica é o único tratamento desenvolvido especificamente para as doenças alérgicas, uma vez que modifica a história natural destas doenças. A imunoterapia específica com alergénios reduz a sintomatologia, melhora a qualidade de vida, previne a progressão e a gravidade da doença, impede a sucessiva associação a outras doenças alérgicas, e reduz a necessidade de medicação crónica, com naturais implicações nos custos diretos (medicação, consultas, episódios de urgência, internamentos, entre outros) e indiretos (absentismo e rendimento escolar ou laboral). Para além disso, em alguns doentes com formas graves de anafilaxia (reação alérgica grave) com risco de vida, a imunoterapia específica pode ser curativa.

Picadas podem causar irritação e comichão
O que começou por ser um problema no metro de Paris, nos comboios e até em salas de cinema em França

Os percevejos são pequenos insetos, normalmente encontrados em mobiliário ou na roupa de cama. Alimentam-se de sangue durante a noite e as suas picadas podem provocar comichão e irritação. São visíveis, medindo em média cerca de 5 mm de comprimento. Dennis Mathews, Lead Research Scientist in Microbiology na Dyson, oferece quatro recomendações para prevenir o aparecimento de percevejos e manter um ambiente doméstico limpo e saudável:

  • Ter cuidado com a roupa ao chegar a casa: É possível que os percevejos viagem connosco, com a nossa roupa ou com a nossa bagagem de um lugar para o outro. É importante garantir que, ao chegar a casa, não colocamos as nossas malas, sacos e roupa diretamente em cima do sofá ou da cama. Se recear ter percevejos na roupa, verifique-a atentamente, sacuda-a vigorosamente e coloque-a na máquina de lavar o mais depressa possível, guardando-a num saco de plástico selado até lá.
  • Lavar a roupa da cama: Lavar os lençóis e os cobertores com uma temperatura de 60°C ou 90°C ajuda a decompor e a reduzir os alergénios e a matar os seres vivos nocivos. Recomenda-se que se lave e mude a roupa de cama uma vez por semana para remover os pedaços microscópicos de pele morta e manter o pó e os alergénios afastados.
  • Aspirar o colchão: É importante aspirar o colchão regularmente ao longo do ano. Outras pragas como os ácaros podem viver nos nossos colchões - podem ser microscópicos em tamanho, mas são persistentes. A utilização de um aspirador com um modo de alta potência ou Boost, proporcionará a sucção necessária para remover o maior número de partículas possível. É também importante que o aspirador que utiliza tenha um sistema de filtragem totalmente selado para evitar que os alergénios ou detritos sejam expelidos de volta enquanto limpa. Poderá também fazer sentido a utilização de um protetor de colchão que será mais fácil de lavar.
  • Concentração em áreas de difícil acesso: Prestar atenção a quaisquer fendas ou dobras onde o pó e os alergénios se possam acumular. Para limpar à volta da margem do colchão, utilizar um acessório para zonas estreitas para remover qualquer pó escondido. Não esquecer também a parte de baixo da cama, uma vez que os ácaros se desenvolvem em áreas escuras, quentes e húmidas, com muitos flocos de pele que muitas vezes não são removidos.

Dennis Mathews reforça que “os percevejos se propagam muito rapidamente e que deve estar atento a sinais como manchas de sangue na cama, exoesqueletos ou pequenos detritos castanhos (as suas fezes)”, bem como “um cheiro doce ou a mofo também pode ser sinal de infestação”.

 

 

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Dia Nacional da Luta Contra a Dor assinala-se a 20 de outubro
A dor crónica afeta um terço da população portuguesa e é transversal à prática médica.

A dor pode ser classificada como neuropática, quando tem origem no sistema nervoso (central ou periférico), ou nociceptiva, quando está associada a lesão de outros órgãos. Dependendo do tipo de doença neurológica é possível encontrar um ou outro, ou por vezes ambos os tipos de dor. Por exemplo, em doenças como Esclerose Múltipla ou após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), é possível existir dor neuropática de origem central; e nas doenças do movimento, como a Doença de Parkinson, a dor presente está mais associada à inflamação muscular e articular, ou espasmos musculares.

Em situações em que a presença de dor compromete a funcionalidade e qualidade de vida da pessoa ou de não existir resposta à medicação, deve ser procurada a ajuda numa consulta especializada no tratamento da dor. Apesar de qualquer médico estar familiarizado com a medicação convencional para a dor, a manipulação e gestão de medicação com maior potência analgésica devem ser realizadas por um especialista nessa área.

O tratamento da dor inclui fármacos, técnicas minimamente invasivas e outras intervenções não farmacológicas, tais como o apoio psicológico, a fisioterapia ou a alteração no estilo de vida (por exemplo, uma alimentação mais saudável e variada ou a prática regular de atividade física).

Um dos desafios no controlo da dor das pessoas com doença neurológica é a baixa resposta ao tratamento, devido à presença de comorbilidades e à utilização de múltiplos fármacos. A intervenção precoce e uma abordagem multidisciplinar, contribuem para otimizar a eficácia do tratamento, potenciando, assim, a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas afetadas por doença neurológica.

Neste Dia Nacional da Luta Contra a Dor, assim como em todos os outros dias do ano, é fundamental reconhecer a importância do bem-estar de todas as pessoas. A dor deve ser valorizada em todo o tipo de doenças e diagnosticada o mais precocemente possível, por forma a poder dar-se início ao melhor tratamento. O objetivo é minimizar o impacto na qualidade de vida das pessoas que são afetadas por doença crónica. Esteja atento e não desvalorize qualquer tipo de dor!

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Doentes já não têm de se deslocar a outra unidade para realizar exame
O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), pioneiro em cuidados de saúde, reforça capacidade de resposta a exames PET...

Este investimento no primeiro PET/CT Digital no Norte do País vem colmatar a lacuna da inexistência desta tecnologia no hospital, que obrigava à deslocação por parte dos utentes que necessitavam deste exame. Esta inovação traz muitos benefícios, como uma qualidade de imagem sem precedentes, com imagens de alta resolução e qualidade que permitem a visualização detalhada de lesões cada vez mais pequenas. Esta nitidez sem paralelo é essencial para um diagnóstico preciso e um planeamento eficaz do tratamento.

A tecnologia avançada do Discovery MI 5R permite também que as imagens sejam produzidas com menor exposição à radiação, garantindo a segurança dos doentes e dos profissionais de saúde, e reduzindo significativamente os tempos de exame, proporcionando uma melhor experiência e maior conforto aos doentes.

Tem ainda uma maior sensibilidade para deteção precoce, sendo altamente sensível na deteção de pequenas alterações metabólicas e anatómicas, o que permite a deteção precoce de doenças oncológicas, neurológicas e cardíacas. E com informações mais detalhadas e precisas, os médicos podem desenvolver planos de tratamento altamente personalizados, adaptados às necessidades específicas de cada paciente, resultando em tratamentos mais eficazes e menos invasivos.

“Este novo equipamento de PET/CT digital, vai melhorar significativamente o acompanhamento dos utentes, resultando num aumento da rapidez no agendamento dos exames e da fluidez da informação. Esta aquisição, e respetiva inovação tecnológica, representarão um acréscimo muito significativo do acesso dos utentes do SNS aos exames PET/CT e teve em conta as necessidades da Região Norte”, refere Maria Teresa Faria, diretora do Serviço de Medicina Nuclear do CHUSJ, acrescentando que “o CHUSJ detém centros de referência para várias patologias oncológicas e para a epilepsia refratária. Também por isso, um Serviço de Medicina Nuclear habilitado e capaz de absorver a produção destes exames fará toda a diferença. Além disso, urge a realização de investimentos nesta área para reforço do poder de mercado das entidades públicas, originando, assim, maior disponibilidade de realização de exames no setor público”.

Para Rui Costa, Diretor-Geral da GE HealthCare Portugal, “este é um testemunho do nosso compromisso em oferecer a melhor qualidade de vida aos utentes. É a sinergia entre todos que torna possível o crescimento e desenvolvimento dos serviços de saúde públicos, de modo a proporcionar resultados excecionais e promover a saúde e o bem-estar da comunidade que servimos".

O Centro Hospitalar Universitário São João continua a liderar o caminho na prestação de cuidados de saúde de excelência, investindo em tecnologia de ponta para beneficiar a comunidade local. Esta mais recente adição ao Departamento de Medicina Nuclear reflete o compromisso contínuo do hospital em fornecer diagnósticos precisos e tratamentos inovadores aos doentes.

 

Tomada de posse dos novos corpos sociais decorreu na Reunião de Outono
Foi no passado dia 14 de outubro, no âmbito da Reunião de Outono do Grupo de Estudos de Cancro do Pulmão (GECP), que Ana...

Ana Figueiredo assume a presidência da Direção do GECP após quatro anos de liderança da antiga Presidente, Teresa Almodovar, médica pneumologista no IPO de Lisboa. “A Reunião de Outono encerrou este mandato, mas acredito que, com a nova Direção, haverá uma continuidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido até agora, ou seja, muitos estudos, reuniões científicas e divulgação da problemática do cancro do pulmão junto da população”, comenta a Presidente cessante.

A especialista faz um balanço positivo, recordando que “foram quatro anos de trabalho intenso, mas de grande colaboração”. Acrescenta ainda que o sucesso destes anos “só foi possível através do empenho de todos aqueles que colaboraram com o GECP. Agradeço a todos os que têm vindo a cooperar com o grupo desde a sua fundação, que já conta com quase 25 anos”, finaliza.

A nova Presidente expressou a importância da participação contínua dos vários membros do GECP, referindo que “uma das coisas que mais caracteriza este grupo é o constante interesse e uma vontade firme de discussão que nos impulsiona a alcançar avanços importantes no estudo do cancro do pulmão. Tenho a certeza que, na transição da antiga para a nova Direção, continuaremos o mesmo trabalho, pois é através da descoberta de novas terapêuticas para esta patologia que este grupo fortalece o seu propósito de ser multidisciplinar”, conclui. 

Ana Figueiredo é especialista em pneumologia desde 1996, estando dedicada às áreas de pneumologia oncológica e tabagismo desde 1998. É licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Coimbra em 1988. 

Curso arranca no dia 27 de outubro
O Ispa-Instituto Universitário lança já no próximo dia 27 de outubro, a primeira edição do Curso de Especialização Avançada em...

A Especialização Avançada em Psicoterapia é um programa de formação inovador, distinto na abordagem teórico-prática e metodológica, que estabelece um novo conceito de formação de psicoterapia em psicologia clínica, no contexto nacional e internacional.

Exclusiva para psicólogos, constitui-se como uma formação reconhecida pela Ordem dos Psicólogos Portugueses no processo de candidatura à Especialidade Avançada em Psicoterapia.

O curso tem como principal objetivo formar psicólogos, com elevada expertise na intervenção psicoterapêutica, com capacidades clínicas e científicas, para lidar com os desafios inerentes aos diferentes quadros de mal-estar psicológico; presentes em diferentes faixas etárias, de crianças a adultos, até aos processos de adaptação relacionados com o envelhecimento.

“A saúde mental é um tema da atualidade. Desde a Covid-19 que se debate mais o bem-estar psicológico dos portugueses. É sabido que, um em cada cinco portugueses, sofre de perturbação psicológica. As mulheres e os homens portugueses são dos maiores consumidores de ansiolíticos e antidepressivos na Europa. Existe uma enorme lacuna de acesso aos serviços de apoio psicológico”, afirma o diretor do curso, e diretor da Clínica Ispa. O Professor Doutor Daniel Sousa avança que este curso surge assim nesse contexto. “Trata-se de um curso único e inovador em Portugal pois vem contribuir de forma crucial para formar profissionais nesta área, a psicoterapia, essencial para o contributo da promoção do bem-estar da população. O curso distingue-se por uma abordagem pedagógica distintiva e por ter um corpo docente nacional e internacional de referência”, frisa.

A Especialização Avançada em Psicoterapia tem a duração de três anos inter-relacionados numa lógica horizontal, entre as diferentes cadeiras teórico-práticas de cada ano e numa coerência vertical, em que os três anos do curso têm objetivos delineados e integrados.

O primeiro ano de formação vai centrar-se no conhecimento científico que demonstra o que funciona na generalidade para os pacientes, e nos fatores genéricos associados a bons resultados clínicos. No segundo ano são aprofundados os fatores que podem ser adaptados à pessoa e à especificidade de cada situação. O terceiro ano complementa conhecimentos empiricamente validados para perturbações específicas.

O curso é composto por um quadro de especialistas clínicos, formadores e investigadores, nacionais e internacionais, de elevada proficiência clínica e científica, ligados a diferentes modelos teóricos e áreas de intervenção. A Direção do curso é da responsabilidade dos Professores Bruce Wampold e Daniel Sousa.

No dia de abertura, além dos diretores do curso, estará presente a Reitora do Ispa-Instituto Universitário, Professora Doutora Isabel Leal e, ainda, a Drª Gabriela Moita, membro do Conselho de Especialidade em Psicologia clínica e da Saúde da OPP.

Saiba mais sobre o curso aqui.

Alerta da Associação Portuguesa de Osteoporose (APO)
No Dia Mundial da Osteoporose, a Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) alerta para a gravidade da doença, e para os...

Sendo claro que o envelhecimento da população justifica doenças de carater degenerativo, e que impacta claramente os ossos, a APO considera urgente aumentar a literacia da população sobre este problema, nomeadamente sobre as vantagens de prevenir, diagnosticar e controlar as suas consequências. Por um lado, pelo impacto na qualidade de vida e no envelhecimento ativo, por outro porque “uma sociedade envelhecida, com a sua autonomia fortemente condicionada e incapacitada também paga a fatura, moral e económica” refere Pedro Cantista, presidente da APO.

Nesse sentido, a APO reforça o seu vasto programa de sensibilização para a Prevenção e Rastreio da Osteoporose. A osteoporose é reconhecida como doença silenciosa que não apresenta qualquer sintoma, até ocorrer uma fratura devido à fragilidade dos ossos. “A experiência da realização de rastreios como os que têm vindo a ser promovidos pela APO revela-se de uma grande utilidade no conhecimento da doença e de doentes, até então não diagnosticados", refere Pedro Cantista.

Este é um programa que conta há quase 30 anos com o apoio da Mimosa, uma parceria legitimada pela relação positiva do leite com a saúde óssea, e que nos tem permitido chegar a milhares de pessoas, educando e sensibilizando para hábitos de vida saudáveis. refere Jorge Pereira, sócio fundador da APO.

Prevenir em idades mais jovens, e contrariar a perda natural de massa óssea na idade adulta é algo que todos devem ser motivados a fazer, através de pequenos — mas saudáveis — hábitos de vida.

Adotar uma alimentação saudável, que forneça quantidades adequadas de cálcio, vitamina D e proteínas; moderando o consumo de sal, cafeina e álcool contribui para a saúde dos ossos. A APO defende que podemos e devemos diversificar as fontes de cálcio privilegiando o cálcio dos alimentos, sendo o cálcio proveniente dos lacticínios o mais facilmente absorvido pelo organismo.

A prática de exercício físico deve fazer parte do dia a dia desde cedo, contribuindo para ossos fortes e uma natural perda de massa óssea mais lenta.

O 10º Encontro científico Apo está agendado para amanhã, e conta com a participação especial da Epidemiologista Raquel Lucas e Pedro Cantista.

No dia 5 de Novembro, regressa a Corrida dos Ossos Saudáveis, apoiada pela Mimosa, com organização técnica da Run Porto, uma iniciativa que junta o leite e a corrida como grades aliados de uma estrutura óssea saudável. O programa de sensibilização e rastreios irá integrar a feira do desporto, que decorrer nos dias 3 e 4 de Novembro, na Alfandega do Porto .

As inscrições podem ser feitas em www.runporto.pt

Mês da Consciencialização para o Cancro do Fígado
Falar sobre o Cancro do Fígado nunca é suficiente, especialmente quando se reflete sobre as consequê

Todos os anos, estima-se que em Portugal surjam, aproximadamente, 1.400 novos casos de carcinoma hepatocelular, verificando-se uma incidência 2,5 vezes superior no sexo masculino.  Este é o sexto cancro mais comum no mundo e o quarto com maior mortalidade, sendo que a situação não melhorou com a pandemia da COVID-19, fruto dos atrasos de diagnóstico.

Enquanto população, cabe-nos a nós começar a olhar para o fígado como um órgão essencial, que se destaca pela importância na remoção de toxinas do organismo e pela distribuição e armazenamento de nutrientes, além de muitas outras funções essenciais para o corpo humano. Perante a doença hepática, a sua capacidade de regeneração, processamento de toxinas e produção de proteínas, pode ficar comprometida, assim como outros processos a que está associado. No entanto, é de realçar que o Cancro do Fígado é uma doença silenciosa e, geralmente, não apresenta sintomas até aos estádios avançados. Ainda assim, é crucial estar atento aos sinais que, por vezes, passam despercebidos:

  • Dor ou sensibilidade abdominal;
  • Perda de peso inexplicável;
  • Ascite (líquido dentro do abdómen);
  • Aparecimento de nódoas negras;
  • Hemorragias;
  • Icterícia (coloração amarelada dos olhos e corpo);
  • Encefalopatia (alterações da função cerebral);
  • Fadiga.

A presença destes sintomas deve constituir um alerta para consultar o seu médico e realizar exames de diagnóstico, particularmente se tiver fatores de risco para este tipo de cancro. De facto, está mais propenso a contrair Cancro do Fígado quem for portador de hepatite B ou C, quem tiver antecedentes familiares deste tipo de tumor e quem tiver cirrose hepática. Assim, as pessoas portadoras de doenças hepáticas crónicas, nomeadamente hepatite B, hepatite C ou cirrose hepática, devem ser integradas num programa de rastreio regular do cancro do fígado, sob orientação do seu médico.

Não obstante, a mudança de estilo de vida, que procura a adoção de uma dieta nutritiva, pobre em gordura, açúcares e bebidas alcoólicas, associada à prática de exercício físico regular, é fortemente recomendada na prevenção destas doenças. É de realçar que as doenças hepáticas são potenciadas pela presença da obesidade, diabetes e sedentarismo, que conduzem à acumulação de gordura no fígado.

No que diz respeito ao diagnóstico, este pode ser realizado recorrendo a uma ecografia, a que se poderão seguir outros exames como a tomografia computorizada (TAC), a ressonância magnética ou a biópsia.

Uma vez realizado o diagnóstico, é necessário verificar o grau de evolução do tumor no organismo, o denominado “estadiamento”.

De seguida, procede-se à seleção do tratamento, que pode envolver intervenção cirúrgica para remoção do tumor, tratamento local por técnicas de radiofrequência ou micro-ondas, quimioterapia local ou sistémica ou transplante hepático. O prognóstico dependerá sobretudo da fase de evolução em que o tumor é diagnosticado e da possibilidade de, em cada caso, aplicar o método de tratamento mais eficaz. 

Se se quer proteger desta doença e manter a sua saúde, deve aproveitar as opções de rastreio disponíveis e não desvalorizar as idas ao médico. Cuidar de si é cuidar do seu fígado. Aposte na prevenção, na deteção e no tratamento precoce do cancro hepático. Este é um dos objetivos que norteiam a missão da APEF: prevenir, diagnosticar, tratar e minimizar, tanto quanto possível, as consequências do Cancro do Fígado.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prevenção
A Associação de Pessoas com Diabetes - GIROHC tem como principal objetivo a prevenção da Diabetes.

O que é a Diabetes Mellitus?

A Diabetes Mellitus, ou só Diabetes como costuma ser denominada, é normalmente causada pela produção deficiente ou não produção de insulina pelo organismo, ou porque este não a consegue utilizar devidamente. Portanto, esta doença crónica afeta a forma como o nosso corpo transforma o alimento em energia, alterando assim, os valores de açúcar no sangue. Isto pode gerar diversas complicações se não for tratada, ou devidamente controlada, nomeadamente problemas do foro: ocular (retinopatia, cataratas, cegueira), renal (mau funcionamento dos rins, micção excessiva) e principalmente a nível circulatório (AVC, má circulação periférica - úlceras nos pés difíceis de cicatrizar levando, em casos mais graves, a amputações). Existem 3 principais tipos de Diabetes: Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2 e Diabetes Gestacional.

Tipos de Diabetes

Em termos práticos, na Diabetes tipo 1 o organismo não consegue produzir insulina ou produz pouca, enquanto que na Diabetes tipo 2 o organismo não produz insulina suficiente, ou as células não reagem à insulina como deviam. Por outro lado, o que acontece na Diabetes Gestacional é um aumento significativo do açúcar no sangue na mulher grávida, podendo aparecer em qualquer estágio da gravidez, mas é mais comum no segundo ou terceiro trimestre e normalmente desaparece após o nascimento.

Fatores de Risco

Os fatores de risco inerentes a esta patologia são vários e de forma geral, aplicados a outras doenças também. Ou seja, bons garfos, chaminés e/ou atletas de sofá são os 3 fatores de risco mais relevantes, portanto: obesidade, sedentarismo e maus hábitos (tabaco/álcool). No entanto, a diabetes tipo 1 também pode aparecer por influência genética ou infeções virais na infância. Enquanto que a diabetes tipo 2, também pode ser devido a influências genéticas, mas não só, está também ligada ao facto de a pessoa ter hipertensão arterial, maus hábitos, colesterol elevado ou até mesmo por privação do sono.

Sintomas

Os principais sintomas da Diabetes são sede excessiva (polidipsia), grande produção de urina (poliúria), cansaço e perda de peso. Outros sintomas podem incluir comichão na zona da vagina ou do pénis e visão desfocada. No entanto, os sintomas diferem de acordo com o tipo de Diabetes:

Diabetes Tipo 1

Se os níveis de glicose aumentarem demasiado, pode sofrer um ataque de hiperglicemia - excesso de açúcar e desidratação que levam à fraqueza e em casos mais graves, a convulsões. Isto acontece devido a falta de controlo entre o tipo/quantidade de alimentos ingeridos e a quantidade de insulina administrada, ou a falta dela.

Se os níveis de açúcar no sangue baixarem demasiado, é denominado hipoglicemia. Quando a dose de insulina administrada é superior à que o corpo necessita, ou quando a pessoa não come nada durante algum tempo, poderá sentir tremores, suor excessivo e até desmaio.

Diabetes Tipo 2

Os sintomas da diabetes tipo 2 normalmente desenvolvem-se durante semanas ou meses. Algumas pessoas com diabetes tipo 2 têm poucos ou nenhum desses sintomas. Contudo, continuam a precisar de tratamento para que não se desenvolvam outros problemas, como doenças renais, por exemplo.

Pé Diabético

A OMS define o pé diabético como: "A infeção, ulceração e / ou destruição de tecidos profundos, que está associada a alterações neurológicas e / ou vários graus de doença arterial oclusiva na extremidade inferior."

O doente diabético deve ter em atenção que manter a diabetes controlada é muito importante para evitar complicações nos pés e não só. Existem inúmeros cuidados que devemos ter no que diz respeito aos pés, entre eles o tipo de calçado/meias a usar, uma boa higienização e hidratação, observar os pés para ver se há alterações e ter especial cuidado com as unhas também. Como pode haver uma perda de sensibilidade devido a má circulação sanguínea, também se deve ter muita atenção com a utilização de fontes de calor muito próximas dos pés.

Em casos mais graves pode ser necessária a amputação.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado através da análise de urina para detetar a presença de glicose e posteriormente confirmado através da análise ao sangue (HbA1c - Hemoglobina Glicosada). Caso não seja possível diagnosticar a doença através destes meios devido a quantidade insuficiente de glicose, pode também ser realizado um exame denominado prova de tolerância à glicose.

Tratamento/Controlo

Relativamente ao tratamento/controlo desta patologia, este tem por base 3 elementos essenciais e que se relacionam entre eles: Alimentação, Atividade Física e Medicação.

Uma alimentação saudável e equilibrada é obviamente aconselhada a todas as pessoas, no entanto, pessoas com Diabetes não só devem ter em atenção aquilo que ingerem, mas principalmente a quantidade de hidratos de carbono presentes em cada refeição e ainda, o número de refeições realizadas durante o dia. Portanto, devem ser realizadas cerca de seis refeições diárias, não tendo um intervalo superior a três horas entre as mesmas. Os intervalos entre refeições são de extrema importância em todas pessoas com esta doença, principalmente nos insulinotratados já que nos permite ter um padrão regular de absorção de glucose durante o dia. O jejum noturno inferior a oito horas vai evitar potenciais hipoglicemias.

Relativamente à atividade física, toda a gente deveria fazer um mínimo de 30 minutos de exercício pelo menos três vezes por semana. Pode optar por uma caminhada, ou utilizar escadas em vez do elevador, o importante é que realize algum tipo de atividade física para que os valores da glicemia não subam exageradamente. No entanto, convém verificar sempre o valor da glicemia antes da prática de exercício, porque se os valores estiverem baixos, é necessário ingerir alguma coisa para não haver o risco de ocorrer uma hipoglicemia.

Em termos de medicação, o mais importante é ter controlo sobre a mesma, quer seja insulina ou antidiabéticos orais. A dosagem e a forma de administração do medicamento serão explicadas posteriormente pelo profissional de saúde responsável. Desta forma, é de extrema importância que as pessoas, principalmente as que têm diabetes, percebam o quão necessário é seguir à risca os tópicos descritos nesta tríade - Alimentação, Exercício Físico e Medicação/Terapêutica- de elementos fulcrais quando à Diabetes diz respeito.

Ou seja, excluindo as pessoas diagnosticadas com Diabetes, todos somos Pré-diabéticos e todos devemos ter em atenção os nossos hábitos para que adotemos um estilo de vida saudável, tornando assim mais improvável que esta doença se desenvolva. Devemos, portanto, repensar as nossas opções para nosso próprio benefício.

 

Referências:

ANDERSON, J.M. Empowering patients: issues and strategies. Soc. Sci. Med., v.43, n.5, p.697-705, 1996.

BLOOMGARDEN Z.T. et al. Randomized, controlled trial of diabetic patient education: improved knowledge without improved metabolic status. Diabetes Care, v.10, p.263-272, 1987.

BURY, M. The sociology of chronic illness: a review of research and prospects. Sociol. Health Illn., v.13, p. 451–68, 1991.

CANGUILHEM, G. O Normal e o Patológico. 3ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1990.

CASTIEL, L.D. Força e vontade: aspectos teórico-metodológicos do risco em epidemiologia e prevenção do HIV/AIDS. Rev. Saúde Pública, v.30, n.1, p.91-100, 1996.

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Dia Nacional de Luta Contra a Dor assinala-se a 20 de outubro
A medicina tem avançado continuadamente, proporcionando soluções que melhoram a experiência do doente e a eficácia dos...

Esta anestesia tópica foi projetada tendo em mente a segurança e o conforto da mulher. As mais recentes inovações permitem aliviar a dor associada à inserção de dispositivos intrauterinos (DLIU/DIU), histeroscopias e biópsias cervicais e endometriais, proporcionando benefícios significativos para médicos e doentes.

A ansiedade, o stress e a dor são fatores de extrema importância e que, muitas das vezes, acabam por ser bloqueadores do procedimento.

As novas soluções anestésicas desempenham um papel fundamental na promoção da segurança e eficácia de muitas intervenções ginecológicas, permitindo que as mulheres recebam o tratamento de que precisam, com o mínimo de desconforto e riscos associados.

A Doutora Maria João Carvalho (e afiliações: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), explica as vantagens de uma terapêutica adequada: “A lidocaína é indicada para inibir a dor aguda moderada e aplica-se diretamente antes do procedimento ginecológico, proporcionando um ato mais tranquilo e confortável. É uma opção para as mulheres, com mais de 15 anos, que têm receio da dor durante os procedimentos cervicais e intrauterinos e para os profissionais de saúde que querem garantir um ato médico sem dor, com benefícios para o médico e para a mulher.”

O Dia Nacional de Luta Contra a Dor assinala a necessidade de sensibilização dos profissionais de saúde, doentes e sociedade em geral, para um desenvolvimento continuado de opções de tratamento e prevenção da dor.

 

 

Será que vírus e bactérias (também) tornam os alimentos seguros?
Os dados são públicos: uma em cada dez pessoas em todo o mundo ainda fica doente por ter consumido alimentos contaminados....

“Sendo consensual que os alimentos nunca foram tão seguros como hoje, não deve, no entanto, ser descurada a realidade de que cerca de 600 milhões de pessoas em todo o mundo – uma em cada dez – ficam doentes por terem consumido alimentos contaminado,” alerta Paula Teixeira, investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa. “A contaminação dos alimentos, além das consequências para a saúde pública, causa significativos desperdícios alimentares, com impacte social, ambiental e económico,” conclui.

Nesta sessão vão ser apresentados e debatidos alguns dos exemplos que o Laboratório de Microbiologia Alimentar do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Universidade Católica no Porto tem desenvolvido, inclusive com empresas, no controlo de microrganismos indesejáveis em alimentos por outros microrganismos inofensivos, vírus e bactérias.

A sessão “Vírus e Bactérias (também) tornam alimentos seguros”, que integra o Ciclo de Conversas “Alimentar uma Causa”, uma iniciativa promovida pela Fundação de Serralves, em parceria científica com a Universidade Católica Portuguesa no Porto, irá decorrer no próximo dia 22 de outubro, na Sala Panorâmica da Fundação de Serralves. A entrada é gratuita mediante inscrição prévia.

 

 

Bio-Streams
Bio-Streams, um novo projeto de investigação e inovação Horizonte Europa, recentemente lançado, que foi desenhado para...

O Relatório Regional Europeu de Obesidade de 2022 da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que as taxas de obesidade atingiram proporções epidémicas em toda a União Europeia (UE): a obesidade afeta quase uma em cada três crianças (29% dos rapazes e 27% das raparigas). Além disso, nenhum dos 53 Estados Membros está em vias de cumprira meta de parar o aumento da obesidade até 2025. A prevalência na infância e adolescência é particularmente alarmante, resultando em impactos psicológicos e psicossociais bem como no aumento do risco de doenças não transmissíveis (DNTs).

Para resolver este problema urgente, o projeto Bio-Streams mobilizou um diversificado grupo de parceiros, para idealizar, criar e implementar uma solução holística, com a colaboração de 7 hospitais em 6 países da UE e de 5 escolas em 5países da EU, com base nos seguintes elementos-chave:

O primeiro Biobanco de Obesidade na Infância/Adolescência da UE (Bio-Streams Biobank): Este é o primeiro centro da UE para partilha de dados relacionados com a obesidade infantil e adolescente, com o objetivo de uniformizar a recolha de dados e expandir a rede de dados entre os países.

Plataforma Bio-Streams: Trata-se de uma plataforma digital integrada que oferece avaliações de risco personalizadas, programas de prevenção à medida, várias ferramentas para telemóvel, incluindo a App ActiveHealth, e um hub de conhecimento, tudo isto virado para o tratamento eficaz da obesidade infantil.

Uma Rede Comunitária Europeia sobre Obesidade na Infância/Adolescência (Rede Comunitária Bio-Streams): Coordenada através da Plataforma BIO-STREAMS, esta rede facilita a transmissão de conhecimento com base em provas aos stakeholders, a disseminação de boas práticas e abordagens de peso neutral, campanhas de envolvimento da comunidade para modos de vida mais saudáveis e alterações comportamentais a longo prazo, e ainda acesso a profissionais locais na área da obesidade através do Catálogo Associativo Bio-Streams.

Estabelecendo para toda a UE um Modelo de Cadeia de Conhecimento (Knowledge Chain Model - KCM) sobre obesidade na população mais jovem, o Bio-Streams pretende estabelecer equilíbrio entre os domínios da saúde, técnico e socioeconómico e causar um impacto substancial na obesidade infantil. Tendo como meta que mais de metade dos participantes sigam de forma consistente as recomendações de saúde, visa também gerar hábitos mais saudáveis. O projeto é apoiado por modelos avançados de aprendizagem automática, prometendo aconselhamento personalizado de elevada precisão. Além disso, o Bio-Streams empenha-se na melhoria da qualidade de vida do seu grupo-alvo e pretende ser uma ferramenta valiosa em ambientes clínicos, com a App ActiveHealth que deverá ser adotada por pelo menos três parceiros clínicos.

“Estamos muito orgulhosos pelo lançamento do projeto Bio-Streams, um esforço colaborativo que reúne diversos parceiros na União Europeia para fazer face à questão crítica da obesidade infantil. Ao integrar investigação de ponta orientada por dados, estratégias de prevenção e envolvimento da comunidade, pretendemos criar uma abordagem abrangente que irá travar a epidemia de obesidade. A nossa visão é construir um futuro mais brilhante e saudável para a próxima geração de europeus", disse Prof. Dimitris Koutsouris, coordenador do projeto Bio-Streams.

Cirurgiã Plástica e Estética
A papada ou duplo queixo é uma alteração do contorno facial com acumulação de pele e/ou gordura na r

As principais causas são: acumulação de gordura, flacidez e queixo muito curto (retrognatismo).

Papada causada pela acumulação de gordura

A gordura localizada na região do pescoço é uma das principais causas da papada. Ocorre em pessoas em que há excesso de peso ou decorrente do envelhecimento, em que há queda das estruturas da face e pescoço com acumulação de gordura na região do submento. Nesta situação o lipolaser permite remover a gordura e melhorar a flacidez na mesma sessão.

Flacidez pescoço

Outra causa bastante frequente da papada é a flacidez facial. Nestas situações o envelhecimento contribui substancialmente para o duplo queixo, sendo que o tabagismo e a exposição solar aceleram o processo de envelhecimento. As mulheres apresentam uma pele mais fina que envelhece mais facilmente, pelo que são mais afetadas pela flacidez. Esse tipo de papada também é conhecido como “pescoço de peru”. Neste caso, o tratamento de eleição é o endolift que permite tratar a flacidez numa única sessão através de um laser de fibra ótica.

Queixo curto

A falta de projeção do queixo (micro-retrognatismo) diminui a definição entre a face e o pescoço, tornando a papada mais evidente. Para melhorar a projeção do queixo, o tratamento mais indicado é o preenchimento com ácido hialurónico. Consegue-se aumentar o volume do queixo e diminuir a aparência da papada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
28 de outubro
No dia 28 de outubro, a partir das 14h, irá decorrer a 3ª edição das Jornadas da Grávida do Nordeste, de forma presencial, no...

A tarde será iniciada com a sessão “Os primeiros cuidados ao Recém-Nascido”, através do contributo da sessão da Enfermeira Conceição Tomé. A segurança rodoviário será outro tema em destaque com a intervenção da enfermeira Anabela Pires.

Posteriormente, Diana Santos, Formadora BebéVida, irá clarificar “O presente e o futuro das Células Estaminais”, sublinhando a importância de se ter um plano B na nossa saúde desde os primeiros minutos de vida, através do processo de criopreservação.

Depois de um pequeno coffee-break, será altura de abordar a “Fisioterapia na Gravidez e no Pós-Parto”, com Célia Santos, e as “Receitas Saudáveis na Gravidez – showcooking”, com Marina Canteiro.

Durante o evento, será ainda possível realizar ecografias 4D, fazer sessões fotografias, rastreios de glicémia e tensão arterial, explorar o mercadinho do bebé com várias marcas e conhecer as ofertas dos parceiros.

Os participantes habilitam-se a ganhar um jantar concerto para duas pessoas no Casino Solverde de Chaves e também um cabaz com ofertas para bebé.

A inscrição é gratuita e obrigatória: https://bebevida.com/evento/jornadas-da-gravida-do-nordeste/

 

Opinião
Comemora-se no próximo dia 20 de outubro o Dia Nacional da Luta Contra a Dor, efeméride criada pela

São objetivos desta data sensibilizar profissionais de saúde e população em geral para a importância do controlo da dor. Em 2003, coincidindo com a comemoração do 5º Dia Nacional de Luta Contra a Dor, a DGS (Direção Geral de Saúde) publicou uma circular normativa em que instituiu “a Dor como o 5º sinal vital”, reforçando a necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde para a urgência do seu controlo.

A existência desta efeméride nas palavras da APED “vem colocar o foco na necessidade de sensibilização, formação e partilha de conhecimento junto dos profissionais de saúde, comunidade científica, instituições políticas, doentes e sociedade em geral para a necessidade de um desenvolvimento continuado de novas formas e sistemas de tratamento e prevenção da dor.”

A Dor, definida como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante à associada, a danos reais ou potenciais nos tecidos", particularmente a Dor Crónica, geralmente definida como “uma dor persistente ou recorrente durante pelo menos 3-6 meses, que muitas vezes persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem, ou que existe sem lesão aparente”, quando não tratada, torna-se ela própria uma doença, com impacto na qualidade de vida do indivíduo, sua família e sociedade.

O NEMPal (Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa) da SPMI não pode deixar de se associar a esta efeméride. O objeto dos Cuidados Paliativos, “alívio do sofrimento de doentes e famílias que enfrentam problemas associados a doenças avançadas e progressivas” consubstancia-se no controlo da Dor, nomeadamente, no conceito de Cecily Saunders, da “Dor Total”, sendo o seu controlo (e de outros sintomas incapacitantes) um dos pilares do trabalho em Cuidados Paliativos.

Por uma melhor avaliação e tratamento do sofrimento e da dor de doentes e famílias, com Cuidados Paliativos de excelência, universais, acessíveis e equitativos, com incentivo e parceria com as comunidades.

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