De 9 a 14 de outubro
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira anuncia com entusiasmo a organização da 17ª Edição da Semana do Bebé, um evento...

Sob o tópico principal “+Saúde Mental: um compromisso de todos”, pretende-se um especial enfoque no conceito de Saúde Mental Positiva, um termo que nos remete para uma abordagem na saúde que vai para além da ausência de doença, reconhecendo a importância das características psicossociais positivas, como: satisfação social, autonomia, resolução de problemas, competências de relação interpessoal. Esses pilares fundamentais enriquecem a vida dos indivíduos, tanto o seu mundo interior como as conexões com a sociedade, pelo que é imperioso implementar estratégias desde cedo, na jornada da vida, para evitar ou minimizar o risco de adversidades mentais.

Nesse sentido, e porque é primordial que a saúde mental seja promovida e garantida, desde a conceção até à adolescência, que a Semana do Bebé visa abraçar atividades, que promovam o desenvolvimento saudável e pleno, nos diversos contextos em que a criança está inserida, bem como também está determinada a consciencializar pais e cuidadores, para a importância de uma parentalidade afetiva e responsável, que é essencial para formar cidadãos felizes, proativos e confiantes.

Das inúmeras atividades, em destaque ao longo de toda a semana, referenciar as que necessitam de inscrição, que apesar de gratuita é obrigatória em: https://chcbeira.up.events

 

 

 

 

Atividade formativa
Equipas de Trauma da Região Centro treinam no Centro de Simulação do CHUC ...

Destinada a membros das equipas de trauma dos hospitais da Região Centro, esta atividade formativa decorreu por iniciativa da Comissão Regional de Trauma do Centro, com o apoio da Administração Regional de Saúde do Centro e da Comissão de Trauma do CHUC, e contou com o patrocínio científico da Associação Lusitana de Trauma e Emergência Cirúrgica (ALTEC).

Refira-se que o Curso de Equipas de Trauma é baseado quase exclusivamente em cenários simulados e os objetivos são melhorar as competências não técnicas de trabalho em equipa de médicos e enfermeiros dos serviços de urgência hospitalares, e deste modo aumentar a qualidade dos cuidados prestados ao doente vítima de trauma grave.

Esta edição do Curso de Equipas de Trauma foi a primeira de âmbito regional e contou com uma de equipa de formadores e coordenadores constituída por elementos das duas unidades hospitalares, CHUC e CHTV, e com elementos observadores do Hospital da Figueira da Foz. Procurou-se, deste modo, promover uma forma comum de trabalhar e a colaboração interinstitucional.

O programa formativo de treino de equipas teve início em 2021 e as 13 edições decorridas até ao momento permitiram preparar mais de 140 profissionais do CHUC.

O programa de formação da Comissão Regional de Trauma terá continuidade no próximo dia 16 de novembro, com mais um Curso de Equipas de Trauma, desta vez destinado a elementos do Hospital Santo André, Leiria.

 

 

Precisão do diagnóstico
A ultrassonografia – vulgarmente conhecida como ecografia – pode ser uma importante ferramenta de diagnóstico do cancro da mama...

Apesar de ser a ferramenta de diagnóstico mais utilizada no rastreio do cancro da mama, a mamografia apresenta algumas limitações. “A densidade da mama – que é maior na população jovem – pode mascarar algumas patologias que, no entanto, podem ser detetadas através de ecografia”, explica Rute Santos, docente da unidade científico-pedagógica de Imagem Médica e Radioterapia na ESTeSC-IPC e responsável pelo estudo “Ultrasound as a Method for Early Diagnosis of Breast Pathology” (realizado com o apoio de estudantes da ESTeSC-IPC e em colaboração com Ana Raquel Ribeiro, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e Daniela Marques, da clínica Joaquim Chaves Oncologia), publicado no Journal of Personalized Medicine.

No estudo, 105 mulheres (com idades entre os 18 e os 79 anos) foram submetidas a exames de ultrassonografia mamária. Em 31 casos, a ecografia revelou alterações do tecido mamário – sendo que apenas sete mulheres revelaram ter conhecimento prévio dessas alterações. “A ecografia permite detetar quistos e fibromas que nem sempre são identificados através do exame físico e da mamografia e que podem, ou não, evoluir para quadros mais adversos”, justifica a investigadora. Na amostra estudada, pelo menos nove mulheres mantinham sinais de alteração num segundo exame de ultrassonografia, realizado três meses depois.

Apesar dos resultados, a ecografia não deve substituir-se à mamografia. “São exames distintos e complementares”, frisa Rute Santos, explicando que a ecografia pode ser utilizada como meio de diagnóstico precoce – sendo uma alternativa à mamografia em populações jovens, que genericamente apresentam maior densidade mamária – mas deverá ser utilizada apenas de forma complementar a partir dos 50 anos, idade a partir da qual a Direção Geral de Saúde recomenda o rastreio bianual através de mamografia.

“É uma questão de prevenção”, sublinha a docente, lembrando ainda importância do autoexame. “Não pretendemos alarmar a população, mas sim mostrar que, com a evolução que a ultrassonografia tem registado ao longo dos últimos anos, esta pode ser um aliado importante no rastreio do cancro de mama e também de outras patologias”, nota. Até porque, “sendo uma técnica não invasiva, que não utiliza radiação ionizante e é mais bem tolerada pelo doente, podendo ser portátil também, pode chegar facilmente a toda a população”, acrescenta.

Em Portugal, o cancro da mama é a neoplasia maligna mais frequentemente diagnosticada na população feminina, sendo considerada a segunda principal causa de morte nas mulheres (ainda que a doença possa também afetar a população masculina). Em 2020 foram detetados 7000 novos casos, que resultaram na morte de 1800 pacientes.

Opinião
A surdez pode representar um fardo financeiro significativo.

A perda auditiva é, realmente, um problema de saúde muito comum, com consequências de longo alcance. Os custos financeiros da perda auditiva não tratada podem ser elevados, afetando o indivíduo surdo, as famílias e a sociedade como um todo. É crucial aumentar a consciencialização sobre essa questão e priorizar a importância de tratar a perda auditiva para uma melhor qualidade de vida e bem-estar geral.

A perda auditiva tem um impacto silencioso nas finanças pessoais. Os custos associados ao tratamento da surdez, com aparelhos auditivos e consultas médicas, podem ser significativos, mas fundamentais. Além disso, a perda auditiva não tratada pode levar a perda de oportunidades de emprego e dificuldades de comunicação, afetando a estabilidade financeira a longo prazo. É importante procurar ajuda profissional e explorar opções de reabilitação auditiva, para minimizar esses impactos financeiros.

A perda auditiva não tratada pode, realmente, prejudicar a progressão profissional do indivíduo surdo, e o seu potencial de ganhos. As dificuldades de comunicação no local de trabalho, podem resultar em oportunidades perdidas, relacionamentos tensos com colegas e prejudicar o desempenho no trabalho. Isso pode resultar em promoções limitadas, aumentos salariais menores e, até mesmo, à perda de emprego.

Ignorar a perda auditiva, pode levar a uma série de outros problemas de saúde. O aumento do "stress", o isolamento social e o declínio cognitivo, estão frequentemente associados à perda auditiva não tratada. Esses problemas podem levar a maiores gastos com cuidados de saúde, incluindo despesas relacionadas com o cuidado da saúde mental, consultas médicas mais frequentes e medicamentos. Além disso, pessoas com perda auditiva não tratada podem estar em maior risco de quedas e acidentes, devido a problemas de desequilíbrios auditivos, resultando em contas médicas dispendiosas.

Ter dificuldade de ouvir deve levar as pessoas a investirem em métodos alternativos de comunicação, como dispositivos de assistência pessoal e sistemas telefónicos especializados. Embora essas tecnologias possam ajudar a mitigar os efeitos da perda auditiva, elas têm um custo financeiro elevado. Para além disso, a perda auditiva não tratada, pode levar a más interpretações em circunstâncias importantes, potencialmente resultando em disputas que requeiram a intervenção legal.

A perda auditiva não tratada, pode resultar, até, em relacionamentos familiares difíceis. A dificuldade de comunicação pode levar a mal-entendidos, frustrações e tensão nos relacionamentos. Os membros da família podem sentir-se frustrados ou ignorados, e isso

pode afetar o seu bem-estar emocional. É importante tratar a perda auditiva para manter relacionamentos saudáveis e manter uma comunicação aberta.

A perda auditiva, frequentemente, leva ao isolamento social, já que as pessoas se afastam de encontros, convívios e interações sociais devido às dificuldades de comunicação. Esse isolamento não apenas afeta o bem-estar mental, mas também impacta os relacionamentos dentro das famílias e das comunidades. Os membros da família podem precisar fazer esforços para além do que seria habitual e adequado para se comunicarem, o que pode levar a relacionamentos tensos e à angústia emocional.

À medida que a perda auditiva avança, as pessoas podem tornar-se cada vez mais dependentes dos seus entes queridos para obter ajuda. Os membros da família frequentemente precisam assumir o papel de cuidadores, o que pode causar dificuldades financeiras, devido a responsabilidades adicionais, tempo afastado do trabalho e possível redução de rendimento.

Se não for tratada, a perda auditiva vai estar associada a um maior risco de declínio cognitivo e demência. As necessidades de cuidados de longo prazo em instituições especializadas serão muito prováveis. Assim, associar-se-ão às dificuldades sociais, os custos financeiros para as famílias.

A perda auditiva não tratada tem um impacto significativo na sociedade e nas consequências económico-financeiras. A dificuldade de comunicação pode levar a barreiras no local de trabalho, resultando em menor produtividade e em oportunidades de emprego mais limitadas para essas pessoas. Para além disso, os custos associados à perda auditiva não tratada, com cuidados de saúde adicionais e apoio social, podem sobrecarregar os sistemas de saúde e assistência social. É importante reconhecer e abordar essas questões para promover a inclusão e o bem-estar de pessoas com esta deficiência.

A perda auditiva não tratada, pode levar a uma redução na produtividade no local de trabalho, afetando tanto o indivíduo quanto a eficiência e rentabilidade da empresa como um todo. Os desafios na comunicação e o desempenho profissional reduzido podem prejudicar a colaboração e dificultar a realização eficaz das tarefas. É importante abordar a perda auditiva e fornecer o apoio necessário para garantir um ambiente de trabalho produtivo, e em último caso, recorrer a uma solução de conciliação híbrida, e sempre que possível, favorecer o teletrabalho.

O efeito cumulativo da perda auditiva não tratada no sistema de saúde não pode ser ignorado. O aumento das consultas médicas, hospitalizações e a necessidade de cuidados especializados contribuem para o aumento dos custos de saúde para a sociedade como um todo. É importante reconhecer e tratar a perda auditiva para reduzir esses custos e promover a saúde auditiva.

As pessoas com perda auditiva severa ou profunda, podem depender de programas de assistência social, necessitando de benefícios por incapacidade e medidas de apoio de incentivo ao emprego, devido à sua condição, que de certo modo, são importantes e devem existir. Contudo, isso coloca uma carga adicional nos recursos governamentais. É importante fornecer o apoio adequado e oferecer as oportunidades de emprego inclusivas para ajudar a mitigar essa dependência, e para que essas pessoas possam contribuir para a economia.

Finalizando, os perigos de não tratar a perda auditiva vão muito para além das dificuldades imediatas de comunicação. Os custos financeiros da perda auditiva não tratada são significativos e abrangentes, afetando as finanças pessoais, os relacionamentos e a sociedade em geral. A intervenção precoce, como o uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares e de outro tipo, assim como, as estratégias de comunicação como é o caso da acessibilidade e tecnologias assistivas associadas à reabilitação, podem ajudar a mitigar esses custos e melhorar a qualidade de vida substancialmente. Reconhecendo os encargos financeiros ocultos relacionados com a perda auditiva, é possível cooperar com as entidades governamentais, trabalhar juntamente com associações dedicadas a abordar essa questão, que é muitas vezes negligenciada, e deste modo, criar um futuro mais inclusivo e economicamente sustentável.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Apresentadas 100 candidaturas
A Boehringer Ingelheim, em conjunto com a Ordem dos Médicos, anuncia que após uma análise e avaliação detalhada das 100...

A seleção dos projetos finalistas tem em conta o seu alinhamento com os pilares deste prémio, o seu carácter inovador e diferenciador, a sua exequibilidade, a sua otimização na produção de cuidados e o seu impacto na saúde dos portugueses.

Os 12 projetos selecionados incidem em áreas diversificadas, nomeadamente no impacto ambiental hospitalar, na telemedicina, na medicina personalizada, na medicina de proximidade e em auxiliares na gestão de várias patologias com o apoio da inteligência artificial. Muitos destes projetos podem ser implementados em diferentes contextos dos serviços de saúde, como é o caso dos Cuidados de Saúde Primários, Cuidados Domiciliários e Hospitalares.

“Estamos muito orgulhosos pela adesão de tantas pessoas realmente comprometidas em contribuir para a   melhoria da sustentabilidade dos cuidados de saúde. Os projectos que nos chegaram apresentam uma elevadíssima qualidade e estrutura e todos eles apresentam valor acrescentado, no entanto, apenas 12 poderão passar à fase seguinte.  A escolha foi difícil, mas acreditamos que os projetos finalistas, se implementados, poderão trazer verdadeiros benefícios ao panorama da saúde em Portugal.”, refere Vanessa Jacinto, Head of Market Access & Public Affairs da Boehringer Ingelheim Portugal.

Para Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, “este ano, destacamos a diversidade de propostas de implementação dos diferentes projetos que chegaram das mais diversas zonas do país, e não apenas dos grandes centros urbanos, algo que é extremamente importante para um acesso equitativo à inovação nos cuidados de saúde”.

As equipas irão agora passar à fase de hackathon, que ocorrerá de 13 a 15 de outubro, em formato online e que consiste num fim de semana intenso durante o qual os candidatos se reúnem com peritos de diversas áreas para, em conjunto, dar robustez aos projetos, desenvolverem soluções e prepararem-se para o pitch final ao júri. Tal como acontece com o Júri, contamos com personalidades de relevo que poderão dar contributos muito valiosos às equipas

Os projetos vencedores serão conhecidos no evento final, que se realizará no final de novembro, em Lisboa.

1ª edição
A Associação de Antigos Alunos da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ALUMNI ENSP NOVA) promove a...

Entre os 50 distinguidos encontram-se personalidades como: Adalberto Campos Fernandes, Adriano Natário, Ana Escoval, António Sousa Uva, Artur Vaz, Celeste Gonçalves, Cipriano Justo, Delfim Rodrigues, Fernando de Almeida, Francisco George, Francisco Ramos, Graça Freitas, Isabel Loureiro, João Prista e Silva, Jorge Simões, Jorge Varanda, José Carlos Lopes Martins, José Pereira Miguel, Júlio Reis, Luís Pisco, Manuel Delgado, Mário Durval, Pedro Lopes, Vítor Ramos. Esta é uma iniciativa promovida em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA), instituição líder há 55 anos na formação de profissionais de saúde e no desenvolvimento da ciência da saúde pública a nível nacional e internacional. A iniciativa conta com o apoio da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP), da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), e da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho (SPMT).

Para Maria Barros, Presidente da ALUMNI ENSP NOVA - “A todos aqueles que uma vez caminharam pelos corredores da ENSP NOVA e trilham os caminhos da excelência, prestamos a nossa mais profunda homenagem. Os seus feitos notáveis são faróis de inspiração, e a manifestação viva dos valores da ENSP NOVA guiando-nos a acreditar no poder dos sonhos e na força da educação em prol de um mundo melhor”.

A cerimónia de homenagem aos ALUMNI NOTÁVEIS da ENSP NOVA, que irá outorgar a distinção de ALUMNI NOTÁVEL a 50 personalidades formados pela ENSP NOVA, vai realizar-se no dia 3 de outubro de 2023 (17h30), no grande auditório da reitoria da Universidade NOVA de Lisboa inserida na conferência “Leading the way to a Healthy Future – Inovação ao serviço da saúde pública” e enquadrada nas comemorações do 50º aniversário da Universidade NOVA de Lisboa e na celebração do 55º aniversário da ENSP NOVA.

A Conferência, que conta com a participação de organizações dos setores público, social e privado da saúde, ciência, tecnologias, empreendedorismo, inovação, vai discutir e apresentar um conjunto de propostas e recomendações em 4 áreas prioritárias para um futuro mais saudável e sustentável: Políticas e Sistemas de Saúde, Força de Trabalho Saudável, Comunidades Saudáveis, Saúde e Inovação Sustentável.

Estudo
Uma equipa de investigadoras e psicólogas portuguesas está a testar dois programas de intervenção psicológica em crianças entre...

O estudo-piloto dos programas Detetives das Emoções In-Out e Gato Habilidoso tem sido conduzido pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Universidade de Lisboa (ULisboa). Os programas são destinados a crianças que apresentam sintomas de ansiedade clinicamente significativos, como ansiedade de separação, que se manifesta pela dificuldade da criança em separar-se dos pais; ansiedade social, que se traduz, muitas vezes, na dificuldade em participar nas interações sociais e em situações de avaliação; e ansiedade generalizada, que se manifesta frequentemente por preocupações com uma diversidade de aspetos que a criança não consegue controlar. Em breve, estas intervenções vão ser aplicadas em maior escala, estando abertas as inscrições.

Perante a necessidade de tratamento das perturbações emocionais na infância, pretende-se “contribuir para que estas duas intervenções psicológicas, com características diferentes, mas ambas com resultados de eficácia noutros países muito promissores, fiquem disponíveis no nosso país e possam ser implementadas de forma generalizada”, explica a docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) e investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC), Helena Moreira.

“A investigação tem mostrado que se as perturbações de ansiedade na infância não forem adequadamente tratadas, a probabilidade de recaída ou de desenvolvimento de novos problemas, ao longo da adolescência e da idade adulta, é elevada”, contextualiza a também coordenadora do projeto. “Os primeiros anos de vida representam uma oportunidade extraordinariamente importante para a promoção da saúde mental ao longo da vida; contudo, muitas crianças não têm acesso a tratamento psicológico, particularmente a intervenções informadas pela evidência”, acrescenta Helena Moreira.

É para colmatar as lacunas nos cuidados de saúde mental na infância que nasce o projeto de investigação Detetives das Emoções In-Out: versão online e presencial do Protocolo Unificado para Crianças, que consiste no estudo das duas intervenções mencionadas (Detetives das Emoções In-Out e Gato Habilidoso), ambas baseadas “na terapia cognitivo-comportamental para ajudar as crianças a reduzir a intensidade e a frequência de experiências emocionais fortes e aversivas, através da aprendizagem de competências que lhes permitam lidar com essas emoções de forma mais adaptativa”, reforça a investigadora. “São usadas estratégias tais como a psicoeducação acerca das emoções, o mindfulness, a resolução de problemas, a exposição emocional, entre outras”, acrescenta.

O estudo-piloto decorreu entre março e julho de 2023, em diferentes zonas do país (nomeadamente Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Mortágua, Pombal e Viseu), tendo envolvido 77 crianças entre os 7 e os 12 anos e respetivos pais: 39 participantes receberam a intervenção Detetives das Emoções In-Out e 38 a intervenção Gato Habilidoso.

A aplicação dois dos programas pretende testar a eficácia de ambos, que, embora tenham o mesmo objetivo, diferem em alguns aspetos. O programa Detetives das Emoções In-Out combina sessões de grupo presenciais e sessões online totalmente autoguiadas que a criança deve completar em casa, com ou sem a ajuda dos pais. “Este é um aspeto inovador, que pretende dar resposta a alguns desafios que pais e crianças enfrentam atualmente, nomeadamente a falta de tempo para participar num programa exclusivamente presencial e os custos associados a essas deslocações”, destaca a também psicóloga clínica.

Estas sessões online pretendem também “tornar a participação no programa mais atrativa para a criança, através da utilização de tecnologias de informação e comunicação”, sublinha a docente da UC. Outro dos fatores distintivos do Detetives das Emoções In-Out prende-se com o envolvimento dos pais desde o início, que são convidados a participar nas sessões, tanto online como presenciais.

De recordar que a equipa de investigação implementou, entre 2020 e 2022, a versão exclusivamente presencial do programa Detetives das Emoções, tendo envolvido mais de 150 crianças com sintomatologia ansiosa e/ou depressiva clinicamente significativa. “A diminuição significativa da sintomatologia e do evitamento de situações temidas e a promoção de competências adaptativas de regulação emocional que foi possível registar durante a intervenção apenas presencial deram-nos segurança para estudar outras versões do programa, nomeadamente a versão combinada”, remata Helena Moreira.

As inscrições para participação no projeto ainda estão a decorrer. Qualquer pai ou mãe que considere que o seu filho apresenta sintomas de ansiedade significativos pode efetuar a inscrição através do e-mail [email protected], para inscrições na zona Centro; ou usando o endereço [email protected], para inscrições na zona de Lisboa. As escolas que pretendam participar no projeto podem também inscrever-se. A participação no programa é gratuita. O programa de intervenção contempla a realização de 16 sessões.

O projeto é cocoordenado pela professora da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, Ana Isabel Pereira. Conta ainda com o envolvimento da Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental da Universidade de Coimbra (UpC3) e do Centro de Investigação em Ciência Psicológica (CICPSI) da ULisboa.

Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais vai na 3ª edição
Ajudar os cuidadores informais é a primeira e principal missão do Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, uma iniciativa que...

A 3.ª edição da RACCI arranca agora e as inscrições decorrem até 17 de novembro de 2023. Os candidatos devem submeter a candidatura através do formulário criado para o efeito no website do Movimento. 

As práticas e medidas a concurso podem ser diferentes na sua forma ou aplicação, tendo o mesmo fio condutor: facilitar a vida aos milhares de cuidadores informais que, em Portugal, desempenham uma tarefa nem sempre reconhecida e cujos apoios para tal, de acordo com o mais recente inquérito nacional, não são suficientes. Ao todo, 81,3% dos mais de mil inquiridos no estudo divulgado pelo Movimento confirmam isso mesmo, reforçando a necessidade de auxílio na prestação de cuidados (46,9%), apoio financeiro (39,6%) e apoio psicológico (13,5%).

Todos os municípios e freguesias estão, por isso, convidados a participar, sendo atribuído o selo digital de mérito aos que obtiverem as melhores avaliações globais, numa escala de 1 a 5, por aplicação de critérios como: práticas inclusivas, medidas de apoio, respostas sociais, dinamização ou financiamento de projetos, existência de recursos humanos dedicados aos cuidadores informais ou inovação/importância estratégica para estes cuidadores.

Os vencedores vão receber o selo em formato digital, tal como os restantes elementos visuais da iniciativa RACCI, para que possam divulgar a distinção nos seus canais de comunicação.

O júri é composto por um grupo de representantes das associações que compõem o Movimento e que as avaliaram.  

Na primeira edição da iniciativa, realizada em 2021-2022, o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais recebeu 50 candidaturas, das quais 24 foram reconhecidas com o selo RACCI. No segundo ano da iniciativa, em 2022-2023 foram recebidas 54 candidaturas e reconhecidas 42.  

Ver lista completa das autarquias que receberam o selo: https://movimentocuidadoresinformais.pt/

“Medicina Veterinária na Região Autónoma dos Açores – impacto socioeconómico e estudo prospetivo”
A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) assinala o Dia do Médico Veterinário e o Dia do Animal, que se celebram a 4 de outubro,...

A apresentação é organizada pelo Conselho Regional dos Açores da OMV, e decorrerá no Hotel Marina Atlântico, em Ponta Delgada, pelas 18h30. Este evento contará com a presença do Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, António Ventura, e do Bastonário da OMV, Jorge Cid, entre outras individualidades.

Com cerca de 7105 Médicos Veterinários no ativo em Portugal, a grande maioria do género feminino (66,28%), o setor tem vindo a observar um crescimento de Médicos Veterinários, que em 2022, eram apenas 4413 a trabalhar em Portugal.

A profissão de Médico Veterinário, cada vez mais relevante em todo o mundo, e com uma evolução significativa em Portugal nos últimos 15 anos, apresenta também cada vez mais dificuldades nas condições de trabalho.

Neste contexto, a prevenção de problemas de saúde mental tem sido um dos objetivos da OMV que criou este ano um programa de apoio à saúde mental com o objetivo de promover o bem-estar dos Médicos Veterinários.

De acordo com os resultados deste programa, até à data, as preocupações pessoais de ansiedade/pânico, stress e tristeza (low mood) são as mais comuns junto dos membros da OMV que recorreram de maio até setembro ao programa de apoio. 44% dos casos provêm de membros entre os 18 e os 30 anos, seguem-se os membros com idades entre os 41 e os 50, com 25% dos casos. Cerca de 56% dos casos são provenientes de membros do género feminino e apenas 25% dos casos são provenientes de membros do género masculino.

Jorge Cid, Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, acrescenta: “O excesso das horas de trabalho, a privação de sono, a legislação desadequada associada à empregabilidade, e as questões relacionadas com o sofrimento e eventos traumáticos, são as principais dificuldades sentidas no dia-a-dia dos Médicos Veterinários. Estes fatores estão a contribuir para o surgimento de problemas e doenças associadas que contribuem para diminuir a produtividade e elevar os custos associados e de turnover, causando impacto na saúde mental dos Médicos Veterinários”.

Para assinalar o Dia Mundial do Médico Veterinário, a OMV destaca ainda o papel que os profissionais de Medicina Veterinária desempenham na Saúde Pública, no controlo e prevenção de zoonoses, doenças que se podem propagar entre humanos e animais. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA – fundado como OIE), existem mais de 200 tipos de zoonoses e 60% dos agentes patogénicos que causam doenças humanas são originários de animais domésticos ou animais selvagens. A OMSA estima ainda que 75% dos agentes patogénicos humanos emergentes são de origem animal (ébola, HIV e influenza); 80% dos agentes patogénicos que são utilizados em bioterrorismo têm origem em animais. Além destes dados, das 5 novas doenças que aparecem anualmente, 3 são de origem animal.

“Neste contexto, a abordagem “Uma Só Saúde”, que reúne Médicos Veterinários, é urgente e necessária para a implementação bem-sucedida de estratégias para controlar importantes doenças zoonóticas emergentes e reemergentes”, refere Jorge Cid.

Celebrando simultaneamente a 4 de outubro, o Dia Mundial do Animal, esta é uma data para assinalar não só os problemas associados aos animais domésticos como às espécies ameaçadas de extinção, pela devastação ambiental ou falta de proteção, e sensibilizar para o papel vital desempenhado pelos Médicos Veterinários nos vários campos de atuação, tais como prevenção de doenças, investigação científica e segurança alimentar.

 

Promovido pela Novamente, associação de ajuda a vítimas de traumatismos crânio-encefálicos
No âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala no próximo dia 10 de outubro, a Novamente, associação sem fins...

A Conferência realiza-se no próximo dia 9 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian, a partir das 14h30 e conta com a participação de oradores reconhecidos pelo trabalho desenvolvido na área da saúde mental, nomeadamente nas especialidades de psiquiatria e neuropsiquiatria.

Do painel de debate farão assim parte, Margarida Neto, Médica psiquiatra na Casa de Saúde do Telhal, Tomás Teotónio, consultor neuropsiquiatra no St. George’s University Hospitals NHS Foundation Trust, assim como testemunhos de pessoas com traumatismo e familiares.

Para Vera Bonvalot, Presidente da Novamente, “Este congresso sobre saúde mental em pessoas com deficiência adquirida visa constituir uma oportunidade única para discutir um conjunto de tópicos relevantes para a reabilitação holística destas pessoas”. E acrescenta que “a saúde mental desempenha um papel fundamental na qualidade de vida e na recuperação de indivíduos que enfrentam deficiências adquiridas”

A iniciativa irá abordar entre outros, aspetos sobre como lidar emocionalmente com a aquisição de uma deficiência, quais os desafios psicológicos comuns e como a saúde mental pode afetar a recuperação, que tipo de intervenções são eficazes para lidar com problemas como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático, assim como o papel da família, dos amigos e da comunidade, um importante apoio psicossocial.

 

 

Mayo Clinic
Embora as opções de alimentos sem glúten estejam a aumentar, pode ser difícil tomar a decisão de inc

O glúten é uma proteína encontrada em grãos como o trigo, a cevada e o centeio. Na doença celíaca, a ingestão de glúten desencadeia uma reação autoimune que provoca danos nas células do intestino delgado. Esta reação pode causar diarreia, fadiga, perda de peso, inchaço, anemia e outros problemas que conduzem a complicações mais graves.

A intolerância ao glúten é mais comum, explica o especialista em gastrenterologia. Pode ser comparada à intolerância aos produtos lácteos, à cebola ou ao alho, acrescenta.

"Na intolerância ao glúten, não há danos celulares ou inflamação. É mais uma questão de sensibilidade: 'O glúten não é bom para mim'", explica Sarmed Sami. "Se uma pessoa come glúten e tem uma reação imediata, como diarreia, é mais provável que seja um caso de intolerância ao glúten do que de doença celíaca. A doença celíaca é um processo lento que, normalmente, não é sentido de imediato pela pessoa."

Um sinal de que uma pessoa tem intolerância ao glúten ou doença celíaca é indicado pela presença de um ou mais sintomas gastrointestinais, como diarreia, inchaço ou azia, que diminuem ou desaparecem se o glúten for removido da dieta, mas reaparecem se a pessoa começar a comer alimentos contendo glúten novamente, explica o médico. Se isto acontecer, é importante fazer um teste para confirmar se a pessoa tem uma doença celíaca mais grave, explica.

O tratamento da intolerância ao glúten pode ser tão simples como reduzir o consumo de alimentos que contêm glúten, em vez de os eliminar completamente, diz.

"Tudo depende do nível de intolerância. Algumas pessoas podem sentir-se bem se reduzirem a sua ingestão para metade, outras podem necessitar de uma maior redução", explica o especialista. "Isto é diferente da doença celíaca, em que a pessoa precisa de evitar completamente o glúten."

O diagnóstico da doença celíaca começa normalmente com uma análise ao sangue para determinar se o organismo trata o glúten como um invasor e se está a gerar níveis elevados de anticorpos para se proteger. Se a análise ao sangue for positiva, será efetuado um exame imagiológico chamado endoscopia para recolher amostras para uma biópsia e verificar se existem danos no intestino delgado.

"Normalmente, recomendamos que as pessoas não sigam uma dieta sem glúten se estiverem a ser testadas para a doença celíaca, uma vez que isso pode criar resultados falsos negativos nas análises ao sangue", explica.

Para a maioria dos doentes diagnosticados com doença celíaca, a eliminação do glúten mantém a doença sob controlo, garante. No entanto, sem um diagnóstico de doença celíaca, não há razão para eliminar o glúten.

"Não há provas que sugiram que uma dieta sem glúten seja mais saudável", diz. "Não se trata do glúten. Comer um biscoito, por exemplo, tem mais a ver com a gordura e o açúcar do biscoito do que com o glúten em si."

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Regista-se uma diminuição preocupante da participação em programas de rastreio em alguns países
O Grupo de Consenso Internacional para o Cancro do Colo do Útero ACCESS (Progresso no Rastreio do Cancro do Colo do Útero)...

As mulheres que não fazem rastreio regularmente têm maior risco de desenvolver cancro do colo do útero e uma maior probabilidade de a doença ser-lhes diagnosticada em estado avançado, bem como de obterem piores desfechos.1 Numa altura em que os países devem ter como objetivo erradicar o cancro do colo do útero, as vidas das mulheres estão a ser postas em risco devido às taxas baixas e decrescentes dos rastreios. Dar prioridade às mulheres que não fazem rastreio, e compreender melhor e abordar os motivos que as levam a não comparecer nas consultas de rastreio, salvará vidas e contribuirá para a eliminação atempada do cancro do colo do útero. É altura de agir.

“Ao passo que a vacinação proporciona uma proteção abrangente à população, o rastreio é a forma de prevenção com maior impacto à nossa disposição para reduzir o fardo do cancro do colo do útero nos próximos anos. É alarmante testemunhar taxas de participação subótimas em muitos países de elevado rendimento e uma ampla desigualdade entre mulheres que não fazem rastreio. As nossas recomendações abordam estes desafios de frente e fornecem um roteiro para a melhoria da acessibilidade aos serviços de rastreio, o que apoiará o caminho para a eliminação.” Philippe Descamps, vice-presidente da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e copresidente do Grupo de Consenso Internacional para o Cancro do Colo do Útero ACCESS.

Desde 2020, e em resposta à Estratégia Mundial da OMS para Acelerar a Eliminação do Cancro do Colo do Útero, vários países comprometeram-se a eliminar o cancro do colo do útero com uma estratégia nacional. Porém, a muitos países de elevado rendimento, falta-lhes ainda o estabelecimento explícito deste objetivo de eliminação. O Grupo de Consenso apela aos governos para que alterem esta situação e que definam, nível local, planos de ação nacionais com objetivos ambiciosos de eliminação do cancro do colo do útero, indo mais além do definido pela OMS, tanto para aumentar as taxas de rastreio, como para reduzir as desigualdades na participação. No seu Livro Branco, o Grupo de Consenso propõe uma série de recomendações com base em evidências clínicas e fornece exemplos de boas práticas para aumentar a participação em rastreios do cancro do colo do útero de mulheres que não fazem rastreios e apoiar os objetivos de eliminação da doença.

“As necessidades das mulheres de comunidades em que a adesão ao rastreio do cancro do colo do útero é baixa devem ser a prioridade. Para garantir que reduzimos as desigualdades, precisamos de compreender melhor e desenvolver formas de intervenção para ultrapassar as barreiras que muitas mulheres enfrentam. Pretendemos ampliar o sucesso dos programas de rastreio do cancro do colo do útero, reforçando o trabalho conjunto entre mulheres e profissionais de saúde e adotando as novas tecnologias e inovações para evitar o aparecimento de mais casos de cancro do colo do útero. Empoderando as mulheres através do acesso à informação e apoiando-as, particularmente através de grupos de defesa de pacientes, acredito que temos uma excelente oportunidade para colmatar a falha no acesso a rastreios e salvar mais vidas.” Samantha Dixon, diretora executiva de “Jo’s Cervical Cancer Trust” e copresidente do Grupo de Consenso Internacional para o Cancro do Colo do Útero ACCESS.

Recomendações feitas com base em evidências clínicas para aumentar a participação em rastreios por parte de mulheres que não fazem rastreios

O Grupo de Consenso propõe uma série de recomendações com base em evidências clínicas e fornece exemplos de boas práticas para melhorar os resultados aumentando a participação em rastreios de cancro do colo do útero de mulheres que não fazem rastreios.

Por ordem de prioridade são os seguintes:

1. Desenvolvimento de planos de eliminação do cancro do colo do útero a nível nacional até uma data definida, incluindo objetivos nacionais ambiciosos para a participação da população em programas de rastreio

2. Implementação de iniciativas educativas que visam este objetivo e que sejam relevantes do ponto de vista cultural, de acesso à informação e de sensibilização, com foco particularmente nas mulheres que não fazem rastreios

3. Melhoria do acesso a rastreios do cancro do colo do útero

4. Apoio aos profissionais de saúde no sentido aumentar a participação em rastreios do cancro do colo do útero

5. Incentivo e apoio à criação de grupos de defesa de pacientes com cancro do colo do útero e de coligações nacionais para a prevenção do cancro do colo do útero

6. Garantir a cobertura adequada das despesas com rastreios por parte dos seguros de saúde em todos os países de elevado rendimento

Uma vez que alguns países consideram a auto-recolha de amostras do VPH uma opção de rastreio para o combate aos desafios à participação em rastreios, como parte das recomendações feitas para melhorar a acessibilidade aos rastreios do cancro do colo do útero, o Grupo de Consenso debateu ainda o impacto da auto-recolha de amostras do VPH. O Grupo de Consenso aconselha que, atualmente, a auto-recolha de amostras seja feita apenas por pessoas que habitualmente não fazem rastreios, enquanto se combate os desafios à implementação e se fazem revisões da regulamentação.

Ao implementar estas recomendações, os governos, profissionais de saúde e as comunidades podem trabalhar em conjunto com vista à melhoria dos resultados, aumentando a participação nos rastreios do cancro do colo do útero por parte de mulheres que não fazem rastreios. Para um objetivo tão ambicioso, são necessárias ações imediatas. A colaboração internacional entre peritos deve ser intensificada, para que a tão necessária troca de conhecimentos seja mais frequente e haja ainda uma partilha de boas práticas. O Grupo de Consenso apela aos responsáveis políticos para que implementem as recomendações fornecidas no Livro Branco, assegurando um melhor acesso das mulheres a rastreios do cancro do colo do útero, que é uma ferramenta fundamental para a prevenção do cancro.

39.º Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promoveu, no passado dia 26 de setembro, o...

Dando a conhecer a perspetiva da indústria farmacêutica, Catarina Pecorelli, Affiliate Quality Head / Matrix Catalyst Quality & SHE da Roche, em representação da APIFARMA, partilhou o ponto de situação sobre o Regulamento dos Dispositivos Médicos para Diagnóstico in Vitro (RDMDV), que estabelece as regras aplicáveis à colocação, disponibilização no mercado ou entrada em serviço desses mesmos dispositivos para uso humano e dos respetivos acessórios na UE.

Nesse sentido, foram discutidas as principais alterações que advêm do regulamento atual, nomeadamente o alargamento do âmbito de aplicação, a reclassificação de acordo com o risco, a implementação do UDI e o maior envolvimento dos Organismos Notificados.

De seguida, foram abordadas as alterações ao Regulamento 2017/747, que se deveram à crise de saúde pública, à complexidade do regulamento, à capacidade limitada dos organismos notificados e à indisponibilidade de recursos para os dispositivos fabricados in-house, e também os processos de transição RDIV para os Fabricantes, Distribuidores e Importadores.

Plano Estratégico do Setor da Saúde na GS1 Portugal

No mesmo contexto, Sofia Perdigão, Gestora de Saúde da GS1 Portugal, apresentou as principais orientações do Plano Estratégico Global da GS1 Healthcare, bem como a sua adaptação à realidade da GS1 Portugal.

A GS1 Healthcare prevê um futuro em que o setor da saúde atinge uma implementação harmonizada de standards globais nas transações comerciais e nos processos clínicos, permitindo interoperabilidade, elevada qualidade e eficiência na execução de cuidados de saúde para benefício do paciente.

Nesse sentido, começou por ter como foco a cadeia de abastecimento e a qualidade dos dados, entre 2005 e 2006; mais tarde, entre 2016 e 2022, uniu os seus esforços para contribuir para a melhoria da segurança do paciente; e, atualmente, adiciona ainda às suas prioridades, entre 2023 e 2027, a transformação digital.

Como sublinhou a representante da GS1 Portugal, o plano estratégico da organização para o setor da saúde, a nível local, está em linha com a missão da GS1 Healthcare e tem em conta sete pilares de ação: implementação de standards, parceiros tecnológicos, identificação da embalagem primária, tecnologias emergentes, utilização de um código único, interoperabilidade e stakeholders.

Inovação Sustentável: Transportes verdes no Setor da Saúde

A 39.ª edução do Healthcare User Group contou ainda com a intervenção de Catarina Silva, Head of Marketing & Communication da Addvolt, que destacou a importância dos transportes sustentáveis no setor da saúde, nomeadamente com inclusão de bateria Addvolt, o primeiro plug-in hybrid do mundo.

De acordo com a especialista, a transformação digital, as pessoas, os custos de energia e uma maior autonomia nas operações são as principais necessidades de inovação no setor farmacêutico, o que acarreta desafios nomeadamente ao nível da eficiência, dos custos e da sustentabilidade.

Tendo isto em conta, a representante da Addvolt fez o enquadramento da logística de frio na indústria farmacêutica, que tem como principal objetivo criar uma logística mais eficiente e inteligente.

Alegações ambientais & Greenwashing

Ainda no âmbito da sustentabilidade, Marta Résio, Gestora de Comunicação da GS1 Portugal enquadrou as alegações ambientais enquanto instrumento de prevenção de greenwashing. Articulando a relação do tema com a Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade (CSRD), a Diretiva de Alegações Ambientais (Green Claims Directive) e, no contexto nacional, com o guia “Alegações Ambientais na Comunicação Comercial”, a representante da GS1 Portugal partilhou a agenda pública e mediática no que diz respeito à sustentabilidade e deu a conhecer o conceito de greenwashing.

Como sublinhou, Greenwashing consiste na prática de posicionamento enganoso de um bem, associando-o a um impacto ambiental positivo, sem que essa característica tenha correspondência de facto, visando atrair mais consumidores, sobretudo os que a valorizam.

A Diretiva Green Claims propõe-se minimizar as situações de greenwashing, sobretudo na comunicação promocional e publicitária das organizações, visando evitar declarações veiculadas que sugiram que produtos ou serviços reúnem atributos com impacto positivo ou menos nocivo no ambiente, sem o conseguirem demonstrar. Nesse sentido, contribuirá para melhorar a rotulagem, acabar com as alegações enganosas e capacitar os consumidores para a transição ecológica.

Fazendo a ponte com a CSRD, foi apresentado o Relatório de Sustentabilidade enquanto ferramenta que carecerá, na maioria dos casos, da inclusão de algumas das alegações reguladas pela Diretiva de Alegações Ambientais, consubstanciando ambas, em articulação, instrumentos que impulsionam e regulamentam a forma como as empresas reportam o seu impacto.

O encerramento do evento foi da responsabilidade de Raquel Abrantes, da GS1 Portugal, que partilhou os próximos eventos da GS1 Portugal com impacto no setor da saúde, a nível nacional e internacional.

Serviços e ativações para promoção de saúde
No âmbito da sua aposta contínua no desporto, nomeadamente no surf, a Joaquim Chaves Saúde volta a patrocinar a World Surf...

Durante a World Surf League, que decorre até dia 8 de outubro, a Joaquim Chaves Saúde vai estar presente com serviços e ativações que vão promover, não só a saúde dos atletas, como também das pranchas. O Grupo vai disponibilizar um beach point com um shaper para fazer pequenas reparações e ajustes necessários nas pranchas de todos os surfistas assegurando que estas estejam em condições ideais para enfrentar as exigentes condições do mar.

Quem pratica surf ou outro desporto aquático tem mais tendência para desenvolver o chamado “ouvido do surfista”, uma doença no canal auditivo, por isso a Joaquim Chaves Saúde vai disponibilizar rastreios ao ouvido através de uma técnica especializada, garantindo desta forma a saúde auditiva de todos. O patrocínio do Grupo à World Surf League inclui ainda um espaço de ativação com um jogo de perícia, com prancha e bola, que dá a possibilidade de ganhar brindes e prémios.

O compromisso com o surf vai além do apoio aos eventos da modalidade e a Joaquim Chaves Saúde volta a estar ao lado de Teresa Bonvalot, considerada uma das melhores surfistas portuguesas de sempre, tendo sido a primeira mulher a surfar uma onda em Jogos Olímpicos, em 2021, no Japão. Aos 23 anos e com vários títulos nacionais e com dois títulos consecutivos de campeã da Europa de juniores, Teresa Bonvalot conta com o apoio do Grupo de saúde para alcançar um dos seus principais objetivos: competir nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

De salientar que também o jovem surfista Joaquim Chaves recebeu um wildcard da World Surf League, sendo assim dois os atletas apoiados pela Joaquim Chaves Saúde a competir nesta prova de renome internacional.

Miguel Vieira Marques, diretor de Marketing da Joaquim Chaves Saúde, afirma que "a associação à World Surf League, a par do apoio que temos dado aos melhores surfistas nacionais como a Teresa Bonvalot, é um exemplo do compromisso contínuo da Joaquim Chaves Saúde com o desporto, e o Surf em particular, bem como com a nossa dedicação à saúde e ao bem-estar dos atletas. A presença neste evento permite-nos estar presentes com atividades que tanto os surfistas como os apaixonados pela modalidade poderão usufruir, aproximando-nos ainda mais de atuais e potenciais clientes.”

Empresa de origem portuguesa produz anualmente 30 milhões de embalagens
A comemorar 20 anos de atividade, a Generis, líder em Portugal no mercado de medicamentos genéricos, fechou 2022 com uma...

A Generis, nascida como empresa familiar portuguesa, faz hoje parte do Grupo Aurobindo, presente em mais de 20 países, verticalmente integrado desde a I&D à comercialização. O mercado português representa sensivelmente 82% da atividade, que tem uma unidade fabril local, o único hub industrial do grupo fora da Índia, que produz anualmente 30 milhões de embalagens, o equivalente a 1,2 mil milhões de unidades (comprimidos, saquetas ou cápsulas). A empresa está a investir cerca de 1 milhão de euros na melhoria desta unidade, até ao fim do ano.

Os 20 anos da Generis foram assinalados num evento que contou com a presença de Manuel Pizarro, Ministro da Saúde e Pedro Cilínio, Secretário de Estado da Economia. Durante o evento, foram partilhadas histórias dos principais intervenientes da área da saúde sobre o caminho feito pela empresa no setor.

"A Generis tem uma história rica de 20 anos, que se confunde com a história dos medicamentos genéricos em Portugal. Continuamos focados na inovação nos genéricos, mas estamos a trabalhar igualmente no lançamento de biossimilares. Acreditamos num crescimento de 10% nos próximos cinco anos”, afirma Luís Abrantes, administrador-delegado da Generis Grupo Aurobindo.

A empresa fabrica, atualmente, mais de 600 referências diferentes de produto acabado cujo destino principal é o mercado nacional, mas com crescimento assinalável no número de produtos para diversos países. Mensalmente, são libertados mais de 150 lotes e saem das instalações Generis aproximadamente 750 paletes de produto acabado. Atualmente, exporta para mais de 30 países, oriundos de continentes como Europa, Ásia, África e América do Sul.

Mais de 300 pessoas trabalham na Generis em Portugal, estando previstas novas contratações até ao fim do ano, bem como uma reestruturação da organização interna que passa por promoções, revisão de naming de funções e reposicionamento de funções e cargos por níveis.

Apresentação de Agendas Mobilizadoras da Saúde
São apresentadas hoje as 4 Agendas Mobilizadoras da Saúde que, durante os próximos 3 anos, irão investir cerca de 180 milhões...

As 4 agendas da saúde aprovadas no âmbito do PRR são:  CiNTech, liderada pela Bluepharma Indústria Farmacêutica S. A., a Health from Portugal, liderada pela Prológica – sistemas informáticos e dinamizada pelo Health Cluster Portugal, a Bio-Hub liderada pela Lx Bio – Pharmateucicals, S. A. e a SMARTgNOSTICS, liderada pela ALS Life Sciences Portugal AS.

Com o objetivo de colocar a saúde em Portugal a uma escala global, a Agenda Health From Portugal (HfPT) irá nos próximos 3 anos estimular o desenvolvimento de sinergias entre o sistema científico e tecnológico de forma a fomentar um novo paradigma de gestão da Saúde baseado no digital, nos modelos de cuidados baseados no valor e na utilização de dados que suporte a inovação e desenvolvimento de produtos, serviços e modelos de cuidados de saúde, além de posicionar Portugal como destino estratégico para a realização de ensaios clínicos. Até 2027 pretende criar um volume de negócios na ordem dos 50 Milhões de Euros e 375 empregos, e gerar exportações de 60 Milhões de Euros.

O consórcio Bio-Hub, constituído por 4 promotores, pretende expandir o know-how no que concerne ao desenvolvimento de biofármacos inovadores. Através de um forte investimento (35M€) no desenvolvimento de biofármacos inovadores, implementação de uma unidade produtiva e, em estratégias de internacionalização/qualificação e disseminação do projeto, o Consórcio posicionará Portugal na linha da frente no desenvolvimento de novas terapias biológicas para diversas patologias.

O CiNTech é um consórcio liderado pela Bluepharma que visa a criação e capacitação do 1º Polo Tecnológico de Inovação, Translação e Industrialização dedicado a medicamentos injetáveis complexos. Este projeto irá promover a Investigação e inovação de plataformas tecnológicas inovadoras, capazes de incorporar uma multiplicidade de agentes terapêuticos (moléculas de baixo peso molecular, peptídeos ou ácidos nucleicos) para tratamento do cancro, nomeadamente imunoterapia oncológica.

O projeto SMARTgNOSTICS augura revolucionar a saúde global. A criação de um novo paradigma na área da saúde assentará no desenvolvimento de dispositivos miniaturizados que permitirão a identificação rápida e precisa de microorganismos e genes de resistência aos antibióticos. Ao capitalizar os avanços nos algoritmos de inteligência artificial, os dados gerados por estes dispositivos irão agilizar o diagnóstico e aprimorar os tratamentos, assim como contribuir para a redução do uso indiscriminado de antibióticos e a prevenção ativa de surtos infecciosos. O nosso compromisso de, até 2027, gerar um volume de negócios de 77 milhões de Euros, criar 24 empregos altamente qualificados e exportar 53 milhões de Euros, não apenas impulsionará a economia local, mas também reforçará a importância de soluções baseadas em inteligência artificial na vanguarda da inovação global na saúde.

O Health Cluster Portugal (HCP) - entidade nacional que reúne mais de duas centenas de entidades ligadas à saúde – dinamiza juntamente com a Prológica, a Agenda Health from Portugal. Para Joaquim Cunha, Diretor Executivo do HCP “Este é um momento muito importante o cluster nacional da saúde. O volume de investimento, de criação de emprego e de dinamização da atividade económica será irrepetível. Nunca vimos nada assim: estas agendas e projetos irão permitir-nos dar o salto para a nova saúde - digital, inclusiva, personalizada e orientada ao cidadão e ao doente”.

Congresso nos dias 10 e 11 de outubro
Durante dois dias, 10 e 11 de outubro, vai decorrer, no Centro de Congressos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ...

O evento vai reunir especialistas de várias áreas da saúde, utentes e Associações e conta com um vasto painel de oradores de reconhecido mérito que vão abordar o estado de arte em áreas como a enfermagem, a psicologia, a sociologia, a medicina, entre outras.

Durante estes dois dias serão debatidos, numa perspetiva holística, os temas mais pertinentes sobre esta doença, com reflexões abrangentes nas áreas da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e da reabilitação da doença oncológica e, também, refletir sobre os enormes desafios para os profissionais de saúde.

Link para inscrição: https://forms.office.com/e/MHJhXPAevh.

 

Campanha decorre nas próximas 8 a 10 semanas
A Campanha de Vacinação Sazonal do Outono-Inverno 2023-2024 contra a gripe e a Covid-19 arrancou esta sexta-feira, 29 de...

São cerca de 2.500 farmácias e 1.000 unidades de cuidados de saúde primários do SNS, onde as pessoas se podem dirigir para receber as duas vacinas.  Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas, acima dos 60 anos de idade ou mais, estão elegíveis para a toma da imunização podendo, para isso, deslocar-se livremente às farmácias comunitárias. Os restantes utentes, com indicação para vacinação, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), vão ser convocados pelos respetivos centros de saúde do SNS onde estão inscritos.

Neste projeto, liderado pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), estiveram envolvidas doze entidades: DE-SNS, DGS, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), INFARMED– Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Ordem dos Farmacêuticos (OF), Associação Nacional das Farmácias (ANF), Associação de Farmácias de Portugal (AFP), Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) e Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (GROQUIFAR). Estas entidades cooperaram durante vários meses para organizar esta campanha e voltar a integrar a gestão da vacinação no SNS.

“Foi efetuado um planeamento rigoroso, trabalhadas múltiplas dimensões, desde as questões legais, técnicas, económicas, de organização, de formação, logísticas, sistemas de informação, até às políticas de comunicação, integradas numa estratégia coerente, que visa centrar a resposta no utente, aumentando as respostas e melhorando o acesso”, explica o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.

“A população elegível poderá, este ano, vacinar-se num local ainda mais próximo de casa, em horários alargados, num ambiente seguro e de confiança. Todo o processo proporciona aos cidadãos maior comodidade, acessibilidade e conveniência”, defende.

É possível agendar a vacinação diretamente na farmácia ou online, através da plataforma de agendamento, sem custos para a população elegível.

“As farmácias comunitárias estão preparadas e empenhadas em garantir que é alcançado o objetivo de vacinar dois milhões de pessoas contra a gripe e a COVID-19, funcionando como braços do SNS nesta campanha, em todo país”, refere Ema Paulino, presidente da Associação Nacional das Farmácias. “Uma maior intervenção das farmácias e dos farmacêuticos comunitários na jornada de saúde das pessoas, num trabalho colaborativo com as diversas entidades do setor da saúde, vem facilitar o acesso a cuidados de saúde e melhorar a qualidade de vida e a saúde da população. Todos queremos uma Saúde mais próxima, e medidas centradas em benefícios para as pessoas, e disso são exemplos, a recente integração das farmácias na campanha de vacinação sazonal do SNS, a renovação terapêutica nas farmácias e a dispensa de medicação hospitalar em proximidade.”, acrescenta.

“É com elevado sentido de serviço público que a AFP contribui com a sua rede de farmácias para este desígnio nacional, garantindo a cobertura de partes do território que, de outra forma, seriam excluídas. Graças à colaboração das Farmácias, os utentes dessas áreas já não necessitam de se deslocar para ter acesso à vacinação”, afirma Isabel Cortez, presidente da Associação de Farmácias de Portugal.

A campanha vai decorrer nas próximas oito a dez semanas, de acordo com a chegada progressiva das vacinas a Portugal. Os vírus que circulam esta época são diferentes dos anteriores e as vacinas já contemplam essa proteção, pelo que a recomendação clínica é de coadministração das duas vacinas para uma maior proteção das pessoas.

Dia Internacional de Consciencialização para a Hepatite C
Muitas são as efemérides que somos chamados a celebrar diariamente.

Posto isto, muitos são os caminhos onde nos conduz este dia. O primeiro é o da prevenção. O combate a comportamentos aditivos, a adoção de procedimentos seguros ao nível do consumo de drogas, as políticas de utilização segura de hemoderivados e de higiene e esterilização são fundamentais no combate à doença e são as que melhor protegem a população na medida em que evitam o contágio. A via da sensibilização da comunidade para as formas de transmissão e para os sintomas da doença são também importantes ainda que numa fase inicial estes sejam relativamente inespecíficos. A sensibilização da comunidade médica é também fundamental e é necessário que a globalidade dos médicos tenha conhecimento das orientações dadas pelo Programa Nacional para as Hepatites Virais da Direção Geral de Saúde, que recomenda que todos as pessoas efetuem o rastreio da infeção pelo menos uma vez na vida. Contudo, sabemos que o diagnóstico se torna mais difícil nalguns grupos de risco particular, como sejam os utilizadores de drogas, os sem abrigo, os profissionais do sexo e os reclusos dado o seu menor contacto com os serviços de saúde. Nesta área, em Portugal, muitos têm sido os passos percorridos, com investimento ao nível da disponibilização de  testes rápidos nalgumas farmácias comunitárias, no acompanhamento de indivíduos em situação de exclusão social na sua comunidade como sejam os que estão em contacto com os Programas de reinserção ou recuperação, os frequentadores de Programas de Consumo Assistido de estupefacientes e os indivíduos inseridos em Estabelecimentos prisionais, possibilitando um diagnóstico de proximidade e um acompanhamento individualizado ao longo de todo o processo. Investir na descentralização dos cuidados médicos é essencial e tem sido o mote de ação dos profissionais envolvidos.

O nosso país foi também pioneiro nas políticas de acesso ao tratamento que é disponibilizado de forma gratuita a todos os indivíduos infetados, independentemente da gravidade da sua doença. Este passo foi crucial no combate à infeção e constituiu um grande exemplo a nível mundial. A disponibilidade de fármacos altamente eficazes na cura da doença, com uma taxa muito baixa de efeitos secundários, coloca no horizonte a esperança da erradicação da doença.

Ainda assim, a incidência de novos casos a nível mundial é superior a 1 milhão e, em conjunto com as restantes formas de hepatites virais, a doença está entre as principais dez causas de morte no mundo.

Consciencializar para a Hepatite C é de facto refletir de que temos ao nosso dispor uma sociedade desenvolvida a nível científico, com várias possibilidades de ação na prevenção, rastreio, diagnóstico e tratamento, mas que ainda assim nos deparamos com morbimortalidade evitável. Cada um de nós, profissionais de saúde e sociedade civil, pode ser agente de mudança e sensibilização.  Evite comportamentos de risco e faça o seu teste!

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação continua a mostrar profunda preocupação por não receber qualquer resposta por parte do Governo
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) marcou presença na reunião convocada pelo Ministério da Saúde, e na qual...

Depois de, em 19 de abril do presente ano, ter solicitado à Comissão Nacional de Cuidados Paliativos os dados do relatório de execução relativo ao Plano Estratégico de Desenvolvimento para os Cuidados Paliativos 2021-2022,” sem qualquer resposta até à data, e tendo conhecimento da profunda escassez de recursos nas equipas intra-hospitalares e domiciliárias de Cuidados Paliativos e Cuidados Paliativos Pediátricos, a APCP continua a mostrar profunda preocupação por não receber qualquer resposta por parte do Governo”.

Nesse sentido, voltou a associação voltou a realçar algumas das principais preocupações da APCP relativamente ao estado atual dos Cuidados Paliativos em Portugal, nomeadamente, “falta de acesso a Cuidados Paliativos especializados pela maioria (70%) dos portugueses com doença avançada ou progressiva; escassez de recursos humanos nas equipas de Cuidados Paliativos e Cuidados Paliativos Pediátricos e cobertura de equipas comunitárias e domiciliárias de suporte em Cuidados Paliativos e Cuidados Paliativos Pediátricos, com consequente rebate no aumento de consumo de recursos hospitalares”.

 

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