Fármaco de inovação BIAL vai chegar aos EUA
A BIAL acaba de assinar um contrato de licenciamento com a empresa farmacêutica Amneal, Inc. (NYSE: AMRX) para a...

A Amneal é uma empresa farmacêutica global que conta com um portfólio diversificado de medicamentos, sobretudo na área do sistema nervoso central, e passará a ser, a partir de 2024, responsável pela comercialização do segundo medicamento de patente portuguesa direcionado para a doença de Parkinson no importante mercado norte-americano.

“Com esta nova parceria, que agora estabelecemos com a Amneal, queremos ampliar e garantir que o nosso medicamento está acessível a cada vez mais doentes nos EUA, impactando positivamente a sua qualidade de vida”, afirma António Portela. O CEO da BIAL salienta ainda que “a nossa estreia no mercado norte americano foi em 2014, já há quase dez anos, e temos a ambição de continuar a crescer naquele que é o maior mercado farmacêutico mundial. É muito relevante crescermos nos mercados internacionais para continuarmos a gerar recursos para o nosso caminho na Investigação e Desenvolvimento nas áreas das neurociências e doenças raras".

A opicapona é o segundo fármaco de inovação da BIAL. Comercializado desde 2018 no mercado nacional é hoje um medicamento global presente na vida de cerca de 80 mil doentes. Este fármaco foi recentemente lançado na Eslovénia e Croácia, depois de em fevereiro do corrente ano ter sido iniciada a sua comercialização na Austrália. No ano passado passou a estar disponível para os doentes da República Checa, Eslováquia, Irlanda e Islândia. Está também comercializado nos países nórdicos, Suíça, Coreia do Sul e Taiwan, para além dos grandes mercados farmacêuticos europeus, caso de Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália, dos EUA e do Japão. 

A BIAL foi a empresa com mais despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal, em 2021, num montante superior a 81,6 milhões de euros, de acordo com os resultados definitivos do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN21), publicados pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC).

e4Nursing
Reuniram-se, na Escola Superior de Enfermagem do Porto, no passado dia 6 de dezembro, os sete representantes das instituições...

A parceria foi assinada entre a Escola Superior de Enfermagem do Porto, a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, a Escola Superior de Saúde da Universidade dos Açores, a Escola Superior de Saúde da Universidade da Madeira e a VirtualCare.

A presente carta visa disponibilizar a plataforma e4Nursing às instituições para implementação na formação dos profissionais de saúde. Esta vigora até julho de 2025.

A e4Nursing é uma plataforma web-based, bilíngue (Português / Inglês), orientada para o processo de conceção de cuidados de enfermagem, com uma arquitetura assente nas principais etapas do processo de tomada de decisão clínica e com uma estrutura de conteúdos alinhada com a Ontologia de Enfermagem, aprovada pela Ordem dos Enfermeiros.

Esta plataforma surgiu da investigação produzida no âmbito do CIDESI – Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas de Informação em Enfermagem - da ESEP, um dos 14 centros mundiais acreditados pelo ICN (International Council of Nurses).

Artigo publicado numa das principais revistas científicas na área da Psicologia
Os investigadores do Ispa-Instituto Universitário, Gün R. Semin e Nuno Gomes, conduziram um estudo intitulado “Investigar a...

O estudo concluiu que a exposição a sinais químicos de medo (comparativamente à exposição a odores corporais recolhidos numa condição de repouso) aumenta a atenção dos participantes reduzindo o impacto da cegueira por desatenção, a qual pode ter consequências dramáticas nos mais variados contextos.

Estes resultados abrem caminho a investigação com uma vasta gama de implicações práticas significativas para os indivíduos envolvidos em tarefas que exigem níveis elevados de vigilância contínua. São exemplos o controlo do tráfego aéreo, a condução ou a revisão de exames médicos. “Suponhamos que o aumento da deteção de acontecimentos potencialmente inesperados é de cerca de 10 por cento com a exposição a sinais químicos de medo, em contextos da vida real. Isto reduziria substancialmente o impacto da cegueira por desatenção, evitando potenciais erros que, de outra forma, poderiam levar à perda de vidas humanas ou danos materiais”, explica o Professor Gün R. Semin.

O estudo contou com a participação de 256 estudantes do ISPA-Instituto Universitário, com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, onde 131 foram expostos aos sinais químico de medo, enquanto 125 participaram na condição controlo envolvendo a exposição a um odor corporal recolhido numa condição de repouso.

A investigação teve como base um cenário em realidade virtual que simulava um aquário, onde os participantes foram incumbidos de contar quantos pedaços de comida um cardume de peixes consumia enquanto dois estímulos inesperados passavam por trás do cardume, neste caso um golfinho e um tubarão.

Os investigadores do Ispa previram que os participantes expostos a sinais químicos de medo (N=131) detetariam estímulos inesperados com uma frequência significativamente maior do que os expostos a odores corporais de repouso (N=125). “Os resultados confirmaram a nossa hipótese, revelando que a exposição a sinais químicos de medo aumentou significativamente a deteção dos estímulos inesperados em cerca de 10 por cento. As implicações dos nossos resultados abrem caminho para investigação aplicada com vista a reduzir as consequências adversas causadas pela cegueira por desatenção”, explica Semin.

Porque sinais químicos de medo?

O medo é um estado emocional que envolve um nível elevado de vigilância. Quando sentem medo, os indivíduos tendem a contrair o músculo medial frontalis (localizado na testa), o que resulta na expansão das aberturas oculares e nasais. Isto, por sua vez, leva a um aumento do campo visual, facilita os movimentos oculares e resulta em volumes mais elevados de entrada de ar. Este estado é comummente referido como um estado de aquisição sensorial aumentada, que se supõe ter evoluído para melhorar o processamento do ambiente circundante com a função de evitar potenciais estímulos perigosos.

A investigação sobre os efeitos dos sinais químicos do medo sugere que a exposição a estes resulta também na contração do músculo medial frontalis, aumentando também a aquisição sensorial dos recetores.

Ordem dos Psicólogos Portugueses
O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), Francisco Miranda Rodrigues, alertou esta quinta-feira para a...

“Se não se encontrarem caminhos para a manutenção dos psicólogos que estão com contratos que terminam no fim do ano letivo, as escolas poderão vir a ter uma perturbação grande no seu funcionamento e na promoção do bem-estar e da saúde mental”, avisa Francisco Miranda Rodrigues.

Apesar de reconhecer o “esforço feito pelo país” no reforço do número de psicólogos nas escolas, que subiu de 700 para mais de 1700, o Bastonário recorda que muitos destes psicólogos “não estão vinculados” e podem não estar garantidos no próximo ano.

Caso tal aconteça, “muitas crianças e jovens podem deixar de contar com o apoio dos psicólogos nas escolas” e “a promoção do bem-estar e da saúde mental fica totalmente comprometida”.

“O contexto político do país não dá quaisquer garantias sobre o futuro de centenas de psicólogos nas escolas no próximo ano letivo. Os partidos devem comprometer-se com a vinculação dos psicólogos nas escolas”, apelou Francisco Miranda Rodrigues.

Resultados escolares estão interrelacionados com a saúde e bem-estar

O Bastonário da OPP comentou ainda, à margem do encontro, os resultados do PISA (Programme for International Student Assessment). “Quando saem estes resultados caímos logo num ou outro viés e esquecemo-nos de algumas coisas que já sabemos: queremos bem-estar e saúde mental? Menos ansiedade? Mais motivação para estar na escola? Ou queremos resultados a todo o custo?”, questiona.

“Os resultados escolares estão interrelacionados com a saúde e o bem-estar e não vivem um sem o outro. E, se nos resultados de matemática ou ciências estamos meia dúzia de pontos abaixo dos melhores, estamos acima dos outros países em alguns importantes factores protectores escolares. Como o seu sentido de pertença à escola, por exemplo”.

Melhoria contínua da qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) implementou a Consulta Pré-Operatória de Enfermagem com vista ao...

Esta consulta foi implementada no passado dia 29 de novembro, no Serviço de Cirurgia E, no pólo Hospital Geral-CHUC. A consulta é efetuada em dois momentos, por enfermeiros do Serviço de Cirurgia E, e destina-se aos doentes que irão ser submetidos a cirurgia geral programada: o primeiro momento ocorre de forma presencial, na Consulta Externa deste pólo e o segundo momento é a consulta de follow-up que é realizada telefonicamente, na véspera do dia da admissão do doente no internamento.

Os objetivos desta consulta passam por realizar a avaliação pré-operatória dos doentes, proporcionar informação relacionada com os cuidados de enfermagem a prestar ao longo de todo o período perioperatório, promovendo a sua consciencialização e envolvimento, contribuindo para diminuir o nível de ansiedade relacionada com o processo anestésico e cirúrgico e diminuir eventuais complicações cirúrgicas, cancelamentos cirúrgicos e, consequentemente, os custos associados.

A implementação da consulta Pré-Operatória de Enfermagem surge graças ao projeto de doutoramento do Enfermeiro Marco Gonçalves, cujo contributo veio possibilitar a concretização de uma ambição do CHUC de longa data.

Campus vai dar assistência a mais de 9 mil utentes sem médico de família
A Câmara Municipal de Torres Vedras, em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), apresenta...

Este campus, que vai, no imediato, conseguir dar assistência a mais de 9 mil utentes que não têm médico de medicina geral e familiar, resulta de uma parceria consolidada através do Memorando de Entendimento assinado em 28 de junho de 2019, entre o Município de Torres Vedras e a FMUL. O compromisso da Câmara Municipal inclui a reabilitação do antigo edifício do Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior, que já foi convento, asilo e sanatório. Por sua vez, a FMUL, que terá o seu primeiro campus fora do Campus do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), irá desenvolver um polo de inovação e empreendedorismo em One Health, que vai combinar um espaço multidisciplinar e interdisciplinar dedicado ao ensino, assistência e investigação em saúde.

A apresentação do futuro Medicina ULisboa Campus de Torres Vedras marca o início de uma transformação significativa na formação e prestação de cuidados de saúde na região e com potencial transposição para o modelo de cuidados aplicado a todo o país. O projeto que vai contar com uma Unidade de Saúde Familiar Académica, Unidade de Cuidados Interdisciplinares em doenças crónicas (com capacidade de internamento), Centro de Investigação Clínica, Centro de Investigação em Tecnologias da Saúde, Centro Académico com formação pré e pós-graduada e alojamento universitário, prevê-se que esteja totalmente concluído em cinco anos, sendo que a primeira fase deverá estar em funcionamento ainda 2024. Com uma área de construção de 13.435m2 e 25.926m2 de área de terreno, este campus empregará cerca de 400 pessoas entre profissionais de saúde e prestadores de serviços.

Laura Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, afirma que “a colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa neste projeto pioneiro é uma aposta na saúde e investigação científica a nível nacional, mas também um importante investimento para Torres Vedras, que vai saber acolher estes profissionais de saúde e equipas multidisciplinares".

Já o Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, João Eurico da Fonseca, destaca que "o Medicina ULisboa Campus de Torres Vedras vai oferecer à população local um serviço de cuidados de saúde primários na sua plenitude com enfoque em três áreas essenciais do ponto de vista clínico e científico: neurociências, cardiologia e fatores de risco cardiovasculares, e patologia musculoesquelética. Além disso, estará dotado de uma unidade de investigação clínica e tecnologias da saúde com destaque para a inteligência artificial, e uma unidade de formação, onde se destaca a medicina humanitária e de catástrofe, que é uma nova área na qual a Faculdade está a apostar”, explica.

O Medicina ULisboa Campus de Saúde de Torres Vedras conta com os apoios institucionais da Universidade de Lisboa, Ministério da Coesão, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Ministério da Saúde, e tem como parceiros o Instituto Superior Técnico para as áreas de engenharia biomédica e robótica, a Faculdade de Ciências para as áreas de engenharia informática, interação doente/tecnologia, e outras faculdades da Universidade de Lisboa como a de Medicina Veterinária, Agronomia e o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Unidades de Saúde Familiar Torres Vedras e mecenas privados.

Em relação ao Dia Aberto à comunidade, que acontecerá no dia 8, estão previstas diversas atividades, entre as quais jogos tradicionais e xadrez, uma Feira de Ciência e Saúde, visitas guiadas ao espaço e ainda um momento cultural. Os visitantes são também convidados a saber mais sobre o passado e o futuro deste espaço através da exposição ‘Um Campus de Saúde em Torres Vedras’. No local estará disponível uma área dedicada à alimentação, que permitirá a quem visitar o espaço desfrutar de refeições saudáveis.

Imunoterapia
A imunoterapia utiliza o sistema imunitário do organismo para combater o cancro.

"A terapia com células CAR-T está entre as áreas mais promissoras do tratamento do cancro, com muitas histórias de sucesso em todo o mundo", explica Mohamed Kharfan Dabaja, hematologista e oncologista da Mayo Clinic. "Deu esperança a doentes que tinham opções limitadas".

Quem pode receber a terapia celular CAR-T?

Nos EUA, a FDA aprovou a terapia com células CAR-T para tratar os seguintes tipos de cancro do sangue:

  • Leucemia linfoblástica aguda (LLA)
  • Linfoma difuso de grandes células B (DLBCL)
  • Linfoma primário do mediastino de grandes células B 
  • Linfoma folicular de grandes células B 
  • Linfoma de células B de alto grau
  • Linfoma agressivo de células B sem especificação
  • Linfoma de células do manto
  • Linfoma folicular
  • Mieloma múltiplo

As pessoas que receberam estes diagnósticos, cuja doença não respondeu ao tratamento (refractária) ou cuja doença recidivou, podem ser adequadas para a terapia com células CAR-T. Os doentes devem ser submetidos a uma avaliação exaustiva para determinar se a terapêutica com células CAR-T é a melhor opção de tratamento.

Quanto tempo é necessário para concluir a terapia com células CAR-T?

O processo de terapia com células CAR-T é complexo e dura muitas semanas. A maioria das pessoas tem uma reação às células CAR-T. Poderão ter de permanecer no hospital para receberem monitorização e cuidados.

"As pessoas que planeiam receber a terapia com células CAR-T devem estar predispostas a permanecer no hospital após a infusão das células durante muitos dias, para que a equipa de cuidados de saúde possa monitorizar a resposta à terapia", explica Kharfan Dabaja.

Quais são os possíveis efeitos secundários da terapia com células CAR-T?

Embora os efeitos secundários da terapia CAR-T sejam geralmente reversíveis, Kharfan Dabaja explica que podem incluir:

  • Síndrome da tempestade de citocinas (STC): A síndrome de libertação de citocinas é um dos efeitos secundários mais comuns da terapia com células CAR-T e é desencadeada pela resposta imunitária que ocorre quando as células T modificadas são introduzidas na corrente sanguínea do doente. Quando as células T começam a atacar as células cancerígenas, libertam um grande número de citocinas, que são proteínas que podem provocar uma reação exagerada do sistema imunitário. Isto pode provocar febre, tensão arterial baixa, dores musculares e outros sintomas semelhantes aos da gripe. Em casos graves, a STC pode provocar a falência de órgãos e pode mesmo ser fatal. A maior parte dos sintomas relacionados com a STC podem ser controlados com medicação e monitorização atenta.
  • Neurotoxicidade: Alguns doentes podem sofrer um efeito neurológico conhecido como neurotoxicidade após receberem a terapia com células CAR-T. Este efeito pode ser uma condição potencialmente perigosa em que a resposta imunitária ao tratamento afeta o sistema nervoso central. Embora a causa exata da neurotoxicidade não seja bem compreendida, alguns estudos sugerem que está parcialmente relacionada com a gravidade da STC. Os sintomas podem incluir confusão, convulsões e dificuldade em falar ou andar. Com uma monitorização atenta, a maioria dos casos de neurotoxicidade desaparece sem efeitos secundários a longo prazo.
  • Doenças do sangue: A terapêutica com células CAR-T pode provocar alterações sanguíneas que podem causar anemia, trombocitopenia (contagem baixa de plaquetas) e outras perturbações sanguíneas. Geralmente, estes efeitos ocorrem num curto período de tempo e desaparecem com o tempo, mas podem ser mais graves em alguns doentes.
  • Infeções: As pessoas que recebem terapia com células CAR-T podem ter um risco mais elevado de infeções, especialmente durante as primeiras semanas após o tratamento, quando o sistema imunitário trabalha mais do que o normal para combater o cancro. As pessoas com contagens baixas de glóbulos brancos podem ter um risco mais elevado de infeções durante algum tempo. Devem ser monitorizadas de perto para detetar sinais de infeção, incluindo febre, arrepios e uma sensação geral de mal-estar.
  • Efeitos secundários a longo prazo: Como a terapia com células CAR-T é relativamente recente, os profissionais de saúde ainda não conhecem todo o espetro de efeitos secundários a longo prazo.

O especialista incentiva, deste modo, os pacientes que estão a considerar a terapia com células CAR-T a falar com as suas equipas de saúde sobre os possíveis riscos, benefícios e outras preocupações de saúde a longo prazo. Recomenda também que sejam avaliadas para a terapia com células CAR-T num centro oncológico abrangente.

"Se um doente pensa que ele ou um ente querido pode ser candidato à terapia, deve contactar uma equipa de cuidados de saúde que tenha experiência no tratamento de muitos doentes com a terapia CAR-T", explica o médico.

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Investigação do MARE estuda a influência das poeiras do Saara no Atlântico
Uma investigação do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente – estudou a influência das poeiras do Saara no Oceano...

Liderado por Catarina Guerreiro, micropaleontóloga e investigadora em biogeociências marinhas no MARE/ARNET e na FCUL, representante nacional do SOLAS (Surface Ocean – Lower Atmosphere Interactions Study), e membro da Direção da Fundação do INA (International Nannoplankton Association), um estudo recente do MARE reportou evidências inéditas de respostas ecológicas à deposição de nutrientes fornecidos por poeiras do Saara.

A deposição destas poeiras no oceano transporta elementos como o ferro e o fósforo, nutrientes essenciais para a fertilização do fitoplâncton marinho, especialmente em regiões remotas e afastadas dos continentes, onde o oceano é mais quente e pobre em nutrientes durante quase todo o ano.

É através do fitoplâncton (conjunto de organismos composto por minúsculas algas marinhas que fazem fotossíntese para se reproduzir, à semelhança do que se passa com as plantas terrestres) que o oceano cumpre o duplo papel de fonte de oxigénio e de “sumidouro” de CO2 atmosférico – um contributo crucial para manter a nossa atmosfera “respirável” para a vida na Terra.

Uma das mais importantes descobertas deste estudo diz respeito à observação de um aumento na abundância de um grupo especial de fitoplâncton, os cocolitóforos.

Os cocolitóforos são um grupo muito particular e biogeoquimicamente importante de fitoplâncton marinho devido à sua capacidade calcificante, a qual lhes permite interagir com, e influenciar, o ciclo do carbono marinho de três formas: 1) enquanto sumidouro natural de CO2, através da fotossíntese; 2) enquanto fonte natural de CO2, através da biomineralização da carapaça; e, finalmente 3) enquanto fonte natural de lastro mineral com o qual contribuem para facilitar o afundamento e subsequente sequestro de carbono no oceano profundo.

Quaisquer mudanças na produtividade deste grupo têm um enorme potencial de alterar a Bomba Biológica de Carbono, uma vez que esta é determinada pela proporção com que o carbono é biologicamente sequestrado da atmosfera através da fotossíntese.

Atlântico tropical em estudo – próximos passos

No seguimento desta investigação, Catarina Guerreiro abraça agora um novo desafio que a levou a integrar uma expedição multidisciplinar a bordo do navio holandês RV Pelagia para investigar processos biogeoquímicos relacionados com correntes de upwelling e com a deposição de poeiras desérticas no Atlântico tropical.

Este novo estudo vai contribuir para identificar as espécies de cocolitóforos que mais influenciam a Bomba Biológica do Carbono na região, e permitir calibrar o potencial paleoecológico deste grupo de fitoplâncton enquanto ferramenta de estudo das condições oceânicas e de deposição de poeiras atmosféricas no passado geológico desta importante região EBUS [Eastern Boundary Upwelling System regions – os sistemas de afloramento da orla costeira oriental (EBUS) são um dos biomas mais produtivos do oceano. Sustentam um quinto da pesca mundial de peixes marinhos selvagens. Estes ecossistemas são definidos por correntes oceânicas que trazem água rica em nutrientes, mas pobre em oxigénio, para as regiões costeiras que se encontram nas margens orientais das bacias oceânicas do mundo].

Grupo assegura investimento inicial de 30 milhões de euros
A Lusíadas Saúde acaba de anunciar a expansão do Grupo para a região do Tâmega e Sousa com a abertura do Hospital Lusíadas...

O novo hospital privado dá seguimento ao plano estratégico de expansão do Grupo Lusíadas Saúde, do qual já foram anunciadas a abertura do Hospital Lusíadas Santa Maria da Feira e, agora, Paços de Ferreira. Só na região Norte, o investimento global previsto para a expansão da Lusíadas Saúde excede os 60 milhões de euros.

O novo Hospital Lusíadas Paços de Ferreira terá um bloco operatório com duas salas para diversas especialidades cirúrgicas, 25 consultórios, sete salas de exames de diversas especialidades e uma sala de imagiologia, numa área total superior a 4.000 metros quadrados.

Esta aposta do Grupo prevê a criação de cerca de 500 novos postos de trabalho, para além da criação de uma moderna e sofisticada oferta de cuidados de saúde direcionada aos cerca de 400 mil habitantes da região. O investimento inicial previsto ascende a cerca de 30 milhões de euros.

O novo hospital, que ficará situado no centro comercial Ferrara Plaza, irá disponibilizar à população local um conjunto alargado de especialidades clínicas, nomeadamente Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Vascular, Dermatologia, Endocrinologia, Estomatologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Imunoalergologia, Medicina Dentária, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Neurocirurgia, Neurologia, Nutrição, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologista, Pediatria, Pedopsiquiatria, Pneumologia, Psicologia, Psiquiatria, Reumatologia e Urologia. O Hospital Lusíadas Paços de Ferreira terá, ainda, atendimento permanente.

A estratégia de expansão da Lusíadas Saúde contempla a abertura de unidades em novas localizações geográficas, assim como o reforço da resposta das unidades já existentes. O objetivo do Grupo passa por atender as necessidades clínicas dos portugueses e, consequentemente, colmatar as assimetrias regionais que atualmente existem no acesso a cuidados de saúde. Além do investimento na região Norte, o Grupo já anunciou a abertura do Hospital Lusíadas Vilamoura, a aquisição do Hospital Monsanto e as negociações para a aquisição das Clínicas Dr. Wells na rede de cuidados de medicina dentária da marca.

Segundo Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, “o propósito do plano de expansão que temos em curso para alargar e consolidar a resposta clínica do Grupo em diferentes zonas geográficas do País vai muito mais além do crescimento do negócio. É um reflexo do nosso compromisso com os portugueses.

Diversas estatísticas e estudos mostram que a atividade dos hospitais privados continua a crescer, demonstrando que os portugueses estão, assim, a procurar cada vez mais o setor privado. É, por isso, tão importante chegarmos a novas zonas do País”.

 
Literacia em saúde
“Prevenir para não deixar de curtir” é o novo posicionamento do Pensa Positivo, um projeto que tem como objetivo contribuir...

Com uma comunicação mais empática, inclusiva e próxima, o Pensa Positivo, em www.pensapositivo.pt e nas redes socias Instagram e Facebook, cresceu e tem agora novos conteúdos e uma nova imagem que permitem fazer a diferença na vida de muitas pessoas.  Através das redes sociais, o projeto pretende atingir os mais jovens com informação atual, pertinente e sempre atualizada. Informações suportadas pelo website, onde é possível encontrar conteúdos detalhados sobre os principais tópicos da infeção por HIV.

O novo posicionamento apresenta-se numa campanha de ativação em vários meios. Para ajudar o Pensa Positivo na missão de chegar ao maior número possível de pessoas, a Psicóloga Clínica e Sexóloga Tânia Graça aceitou o desafio de produzir conteúdos sobre os tópicos de prevenção, rastreio e qualidade de vida das pessoas que vivem com a infeção por HIV que já se encontram disponíveis nas redes sociais, tanto da influencer Tânia Graça como do Pensa Positivo.

Para além das plataformas mais comuns, o Pensa Positivo está também na app de encontros “Tinder”, uma presença mais próxima do público, tendo sido criados 4 perfis com um grande objetivo: fazer match com a prevenção da infeção por HIV!

O Pensa Positivo é uma iniciativa da Gilead Sciences.

 
‘Ver Cascais com outros Olhos’
A Associação Retina Portugal (ARP) realiza no próximo dia 13 de dezembro, data em que se assinala o 6.º aniversário do...

Para além dos rastreios haverá também a possibilidade de experienciar, através de óculos simuladores, como veem as pessoas com EMD, RD e DMI, com o objetivo de alertar a população para a importância de estar atento aos primeiros sinais, de forma a obter-se um diagnóstico precoce.

Estima-se que em Portugal mais de 1 milhão de pessoas entre os 20 e os 79 anos têm diabetes e destas 300 000 têm retinopatia diabética. No que diz respeito à DMI, esta é uma doença que afeta 1 em cada 8 pessoas a partir dos 60 anos.

«É com enorme satisfação que promovemos a iniciativa ‘Ver Cascais com outros Olhos’ levando aos munícipes de Cascais a possibilidade de avaliarem o estado da sua visão. Escolhemos esta data, o aniversário do movimento Bengala Verde em Portugal pois este é um projeto importante que tem como objetivo ajudar a identificar as pessoas que têm baixa visão, isto é, que têm resíduo visual, apesar deste ser muito inferior ao considerado “normal”», afirma Andreia Neves, membro da ARP e responsável pelo movimento Bengala Verde em Portugal.

O movimento Bengala Verde foi criado para identificar as pessoas com baixa visão, evitando a confusão com as pessoas cegas, pois as necessidades são diferentes. Além do apoio na identificação de obstáculos, orientação e mobilidade, a Bengala Verde é um elemento facilitador da autonomia e da inclusão das pessoas com baixa visão.

Para mais informações consulte: https://retinaportugal.org.pt/wordpress/

 
Nutrição e saúde
Incorporar mais frutas e vegetais, que oferecem fibras mais valiosas, na alimentação, é dar um passo

A quantidade de fibra que cada pessoa precisa depende da sua idade. Geralmente, homens com 50 anos de idade ou menos devem consumir 38 gramas de fibra por dia, enquanto as mulheres nessa faixa etária devem consumir 25 gramas diariamente. À medida que envelhecemos, as recomendações para a ingestão de fibras diminuem. Homens com 51 anos ou mais devem consumir 30 gramas de fibras diariamente; As mulheres devem consumir 21 gramas por dia.

Além disso, devemos ter em mente que certos alimentos e bebidas podem causar desconforto digestivo excessivo. Deste modo devemos considerar evitar alguns dos abusos mais frequentes. 

Frutos ricos em frutose

Muitas pessoas evitam frutas devido ao açúcar, incluindo frutose e sorbitol, que podem causar inflamação e gases. No entanto, as frutas contêm fibras, o que é importante para uma dieta saudável, bem como vitaminas e minerais benéficos.

Evite frutas ricas em frutose, como maçãs, peras e melancia. Em vez disso, escolha bananas, laranjas, melão e frutas de tons mais escuros, como amoras, mirtilos e morangos, que contêm antioxidantes valiosos.

Feijões e lentilhas

Enquanto o feijão e a lentilha são excelentes fontes de proteína e fibras, esses alimentos também contêm açúcares complexos chamados oligossacarídeos, que podem causar inchaço abdominal e gases ao passarem pelo sistema digestivo.

Para reduzir a quantidade de açúcar, lave sempre os grãos enlatados e certifique-se de que estão bem cozidos. Cozinhar os grãos até ficarem muito macios ajuda a diminuir a produção de gases.

Outra alternativa são as opções de fácil digestão que não causam tanto inchaço abdominal, como tofu, tempe ou quinoa.

Produtos hortícolas crucíferos

Brócolos, couve-flor, couve-de-bruxelas e repolho estão entre os alimentos mais difíceis de digerir devido à sua fibra complexa, que tende a fermentar no intestino, causando gases e inchaço.

Alimentos alternativos ricos em nutrientes, mais fáceis de digerir, incluem folhas verdes escuras como couve, espinafre e acelga.

Cebola e alho

Muitas variedades da família do allium, incluindo cebola vermelha e amarela e alho, podem ser difíceis de digerir. Isso ocorre porque eles contêm um composto chamado frutose, que pode fermentar no intestino e causar náuseas, inchaço, gases e diarreia.

Para reduzir a sensibilidade, cozinhe bem os legumes ou mergulhe-os por pelo menos 15 minutos se forem consumidos crus.

Há também a possibilidade de usar as versões em pó, embora algumas pessoas ainda possam ter sensibilidade. Para aumentar o sabor dos seus pratos, procure alternativas como aipo, funcho, chalota ou cebolinha. Também é possível adicionar outras especiarias e ervas, como manjericão, gengibre e orégãos, para que as refeições tenham mais sabor, mas sem medo de problemas digestivos.

Com alguns ajustes, o inchaço e desconforto podem ser aliviados. Dicas adicionais incluem:

  • Fazer refeições mais pequenas com mais frequência. Em vez de comer grandes refeições, consuma porções menores com mais frequência ao longo do dia. Esta abordagem ajuda o sistema digestivo a processar os alimentos de forma mais eficiente, além de reduzir as chances de inchaço abdominal.
  • Comer devagar. Dedicar algum tempo a mastigar bem os alimentos pode ajudar a garantir que estes são devidamente decompostos em partes mais pequenas na boca, o que ajuda a digestão e reduz a pressão sobre o estômago. Isso também ajuda a evitar excessos, o que pode colocar pressão desnecessária no sistema digestivo, bem como causar mais inchaço abdominal.
  • Manter uma boa hidratação. Beber a quantidade adequada de água diariamente ajuda a garantir uma digestão saudável. "Estar devidamente hidratado ajuda a mover suavemente os alimentos através do trato digestivo".
  • Evitar bebidas gaseificadas. Refrigerantes e outras bebidas gaseificadas introduzem excesso de ar no sistema digestivo, o que leva a mais inchaço abdominal e gases. Em vez disso, beber água sem gás ou chá de hortelã-pimenta, camomila ou gengibre após as refeições pode ajudar a promover a digestão e acalmar o intestino.
  • Manter um diário alimentar. Ao ajustar a dieta, registar num diário alimentar o que come e como se sente depois, pode ajudar a identificar alimentos gatilhos específicos, bem como permitir fazer ajustes adicionais para o obter conforto.
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Dia 7 de dezembro
Estudantes e docentes do Politécnico de Coimbra irão realizar rastreios de Saúde e Bem-estar, abertos a toda a comunidade, no...

Esta iniciativa contará com a colaboração de estudantes e docentes das licenciaturas de Nutrição, Fisiologia Clínica e Ciências Biomédicas e Laboratoriais da Escola Superior de Tecnologias da Saúde (ESTEsC-IPC) e também da Licenciatura em Desporto e Lazer da Escola Superior de Educação (ESEC-IPC) do Politécnico de Coimbra.

Esta iniciativa decorre no âmbito da estratégia de ligação ao território das várias valências do Politécnico de Coimbra e no seguimento de um conjunto de ações de apoio à comunidade sénior dinamizadas pelo Município de Arganil.

Para a organização, estes rastreios de saúde e bem-estar têm vindo a ter um papel cada vez mais relevante na sociedade pois permitem uma identificação precoce de diversas patologias, sendo um dos métodos iniciais de combate à doença. Têm ainda um papel pedagógico positivo no que diz respeito à promoção de comportamentos saudáveis, estando os estudantes e docentes disponíveis para esclarecer dúvidas e transmitir informações relevantes.

 
Investimento da GED Ventures ronda os 2,5 milhões de euros
A GED Ventures Portugal investiu cerca de 2,5 milhões de euros na Virtuleap, uma startup HealthTech e EdTech, que desenvolveu...

Estes jogos, curtos, intensos e divertidos, foram desenvolvidos por neurocientistas e projetados como traduções de ferramentas de avaliação neuropsicológica. Posteriormente, os dados recolhidos são analisados por ferramentas de aprendizagem de Inteligência Artificial. A “Enhance VR”, desenvolvida pela Virtuleap, pretende tornar-se num “ginásio para a mente” acessível a todos e servir, no futuro, como uma terapêutica para colmatar desafios de aprendizagem como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e outros distúrbios cognitivos. Esses exercícios dividem-se entre sete categorias cognitivas: memória, atenção, processamento de informação, orientação espacial, flexibilidade cognitiva e resolução de problemas, controlo motor e orientação espacial.

A empresa encontra-se presentemente a desenvolver um segundo produto, o Cogniclear VR, que prevê lançar ainda 2024. Trata-se de uma ferramenta de rastreio cognitivo baseada em realidade virtual, que está a ser co-desenhada com parceiros como a Lusíadas Saúde e a Roche Portugal, para detetar precocemente uma potencial perturbação cognitiva (por exemplo Alzheimer), para permitir uma intervenção antecipada, potenciando melhores resultados de saúde.

Para Amir Bozorgzadeh, CEO e Co-Founder da Virtuleap, este investimento “permitirá acelerar a investigação e desenvolvimento e a comercialização de nossas soluções cognitivas de RV que irão ajudar, nas escolas, nas empresas, nos lares, entre outros, a combater esta ‘Crise Cognitiva’”.

GED Ventures Portugal lidera esta ronda de investimento e reforça o compromisso com o #Tech4Purpose.  “Esta aposta na VituLeap reflete a estratégia adotada de investir em tecnologia com impacto direto na saúde mental das pessoas proporcionando uma melhor qualidade de vida. Neste encontro entre a tecnologia e o bem-estar, estamos a construir um novo futuro na saúde mental acessível a todos”, explica Bibi Sattar Marques, Partner e membro do conselho de administração da GED Ventures Portugal.

A GED é um grupo financeiro independente e internacional, estando presente na Europa, Estados Unidos da América e América do Sul. Atualmente, gere mais de mil milhões de euros em ativos nas áreas de Venture, Private Equity e Infraestruturas, assentes no propósito ESG-friendly ethos, presente desde a sua fundação e incorporado em todos os momentos do ciclo de vida dos seus Fundos. Sob o desígnio #Tech4Purpose, a GED Ventures Portugal tem como objetivo o apoio a tecnologias capazes de transformar o mundo, que promovam a sustentabilidade e que sejam capazes de deixar um legado viável e promissor às gerações futuras.

 
Início em fevereiro de 2024
A NOVA Medical School vai lançar uma Pós-Graduação em “Medicina 4.0”, a primeira em Portugal sobre o desenvolvimento...

Esta formação inédita tem como objetivo dotar os formandos dos conhecimentos essenciais para compreender como a tecnologia desempenha múltiplos papéis cruciais na prática médica no presente e, sobretudo, no futuro. Os participantes irão compreender que essas inovações terão um impacto significativo nos ambientes de trabalho, podendo reduzir a carga de certas tarefas, mas também oferecer novas oportunidades e desafios profissionais.

“Esta será a história a escrever na saúde nos próximos anos: a saúde digital está a mover-se desde uma curiosidade, passando por uma ferramenta de investigação, até ser uma corrente imparável e atual, aceite como ferramenta clínica: são tempos entusiasmantes”, segundo o Prof. Doutor Márcio Navalho, Coordenador da Pós-Graduação em Medicina 4.0.

No final do curso, os participantes estarão preparados para as mudanças nos campos da cibermedicina, inteligência artificial, robótica e dispositivos médicos, para que se possam destacar num mundo tecnologicamente cada vez mais avançado.

A Pós-Graduação em “Medicina 4.0” destina-se não apenas a profissionais de saúde, mas também a todos aqueles que possam contribuir para melhorar os equipamentos médicos, como Engenheiros Biomédicos, Eletrotécnicos e Informáticos.

A formação tem um total de 11 sessões, de duas ou três horas cada, com início em fevereiro de 2024.  As inscrições já se encontram abertas e podem ser feitas no website da NOVA Medical School.

Modernização tecnológica
O Presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Alexandre Lourenço,...

Este equipamento vai contribuir para a modernização tecnológica dos equipamentos deste Centro Hospitalar, bem como para reforçar a capacidade do CHUC para responder às necessidades das populações, impactando positivamente a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde que prestamos.

Recorde-se que o SNS se encontra num processo de grande investimento e de renovação e modernização do seu parque tecnológico o qual vai permitir a instalação de 68 equipamentos médicos pesados nas várias unidades do SNS em todo o país, num valor que ascende aos 100 milhões de euros. Estes investimentos são realizados no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Programa de Modernização Tecnológica do SNS.

Para o Presidente do CA do CHUC, Alexandre Lourenço, “o investimento agora aprovado permitirá renovar a oferta deste Centro Hospitalar, possibilitando dotar os nossos profissionais dos melhores meios técnicos e, desta forma, melhorar a resposta à população.”

A cerimónia teve lugar no Instituto Português de Oncologia do Porto e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, o presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Vítor Herdeiro, e da coordenadora da dimensão Resiliência da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, Conceição Carvalho.

Prémio atribuído pela Universidade de Coimbra
O projeto PkXplorer®Epi, de desenvolvimento de modelos de individualização posológica para doentes com epilepsia, é o vencedor...

O projeto PkXplorer®Epi vem dar resposta à inexistência de modelos de individualização posológica (PopPK) para doentes com epilepsia que sejam medicados com anticonvulsivantes de nova geração, como o levetiracetam e o perampanel. Estes modelos permitem determinar, com elevada precisão, a dose de medicamento adequada para cada doente (ajustando-se às suas características individuais, através de biomarcadores predefinidos – como as concentrações plasmáticas ou salivares do fármaco e/ou seus metabolitos). 

Em conjunto com o seu grupo de investigação, as docentes e investigadoras desenvolveram três técnicas analíticas inovadoras para quantificar anticonvulsivantes de nova geração, duas em plasma humano e uma em saliva humana, tendo também criado o primeiro modelo PopPK de individualização posológica de perampanel em doentes adultos diagnosticados com epilepsia farmacorresistente. Agora, têm como objetivo integrar os modelos desenvolvidos numa aplicação informática, que possa ser usada pelos profissionais de saúde na personalização do tratamento anticonvulsivante e expandir para outros grupos farmacoterapêuticos. 

Esta solução permitirá promover tratamentos mais eficazes e seguros num menor período de tempo, diminuindo os riscos de efeito subterapêutico e de toxicidade. “A ausência de modelos de individualização posológica em doentes com epilepsia refratária, assim como a demonstração da aplicação e relevância da nossa invenção na prática clínica, elevam o valor do projeto PkXplorer®Epi, cuja continuidade proporcionará uma melhor e sustentada terapêutica anticonvulsivante, uma melhoria da qualidade de vida da/o doente e redução dos custos de saúde e sociais”, declaram Ana Fortuna e Joana Bicker.

“O projeto vencedor destacou-se entre um elevado número de candidaturas de grande qualidade que foram propostas, o que realça o seu mérito”, declara o Vice-Reitor da UC, Luís Neves, que presidiu ao júri que atribuiu o galardão.

“Uma vez mais mostra-se que o conhecimento produzido pela Universidade de Coimbra resulta em soluções inovadoras de grande impacto para os problemas da sociedade”, afirma o Coordenador da Comissão de Inovação, Serviço e Relação com a Comunidade do Conselho Geral da UC (entidade que propôs a criação da distinção), Alcino Lavrador.

O Prémio Inovação J. Norberto Pires visa estimular e reconhecer iniciativas inovadoras concebidas e desenvolvidas por alunos, funcionários, docentes ou investigadores da Universidade de Coimbra (ou que apresentem qualquer tipo de vínculo académico ou funcional a esta instituição), constituindo uma homenagem a Joaquim Norberto Pires, pela sua excecional contribuição para a inovação na Universidade de Coimbra. O galardão, entregue anualmente, contempla a atribuição de um diploma e uma recompensa no valor de 6.000 euros.

Mais informações, incluindo o regulamento e a composição do júri, estão disponíveis em https://www.uc.pt/premionorbertopires/.

Ação destina-se a cumprir o objetivo de compensar emissões de CO2 anuais da companhia
Pela segunda vez este ano, os colaboradores da AstraZeneca Portugal deitaram, literalmente, as mãos à terra para uma ação de...

Depois de, em março passado, terem sido plantadas 5.500 árvores em Murça, distrito de Vila Real, e tendo em conta as estimativas da Quercus, que apontam que cerca de 30% destas árvores não sobrevivem, foi necessário voltar a agir para uma compensação completa das emissões de CO2. Desta vez, mais de 30 colaboradores ajudaram a plantar 1.650 árvores (30% das 5.550) no Parque Natural de Sintra-Cascais, numa área cogerida pela Câmara Municipal de Cascais e pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“Sabemos que a saúde do planeta tem impacto em todos nós e consideramos, por isso, essencial fazer uma gestão eficiente da nossa pegada através, nomeadamente, de um investimento na natureza”, refere Sérgio Alves, Country President da AstraZeneca. 

Recorde-se que, desde 2020, a AstraZeneca tem o compromisso de compensar todas as emissões de Co2 em scope 1 e 2 através da plantação de árvores em diferentes regiões do País, numa parceria com a Quercus, o que se traduz em mais de 20 mil árvores plantadas até ao momento.

Esta medida junta-se a várias outras que a companhia tem promovido em Portugal em prol da sustentabilidade ambiental. Esta é uma das prioridades da empresa e tem como expoente máximo o edifício sede, onde estão instalados 795 painéis solares, que têm uma produção estimada de 400 MWh/ano de energia. Um edifício que opera a 100% com energia renovável. Paralelamente, tem existido uma forte aposta na transição para viaturas elétricas, prevendo-se que a totalidade da frota automóvel seja elétrica já em 2024.

Estudo publicado na revista científica European Journal of Medical Research
Uma nova investigação científica revela dados promissores sobre o tratamento da pré‑eclâmpsia, uma doença multissistémica que...

Esta condição é uma das principais causas de mortalidade materna, fetal e neonatal, estando associada ao atraso no crescimento intrauterino e ao nascimento prematuro. Caracteriza-se por um quadro de hipertensão arterial após as 20 semanas de gestação, associada à perda de proteínas na urina e lesão em vários órgãos, como rins, fígado e cérebro.

Até agora, o parto, ou, em casos mais severos, a sua indução, constitui o único tratamento definitivo para esta condição, sendo, por isso, necessário desenvolver estratégias capazes de prevenir a progressão da doença.

Os resultados de um estudo publicado na revista científica European Journal of Medical Research destacam o potencial terapêutico de vesículas extracelulares libertadas pelas células estaminais mesenquimais do cordão umbilical, chamadas exossomas, no tratamento da pré-eclâmpsia em modelo animal.

Estas células presentes no tecido do cordão umbilical têm sido objeto de interesse devido à sua capacidade de diferenciação em diferentes tipos de células, pela rápida autorrenovação e por, uma vez criopreservadas, apresentarem disponibilidade imediata para utilização clínica.

Ao longo do estudo, foram acompanhados animais tratados e não tratados com exossomas de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical chegando-se às seguintes conclusões sobre o tratamento experimental:

  • Tem um efeito positivo na pré-eclâmpsia: conduziu a uma diminuição da pressão arterial nas mães.
  • Está associado a melhorias no desenvolvimento dos fetos: verificou-se aumento do tamanho e do peso dos fetos à nascença, que resultam de melhorias nas trocas gasosas e de nutrientes entre as mães e os fetos.
  • É capaz de promover a reconstituição uma densa rede de vasos sanguíneos na placenta, o que permite uma melhoria na vascularização, crucial para o desenvolvimento saudável do feto.
  • Conduz a uma redução da concentração de um biomarcador de pré‑eclâmpsia, uma proteína que leva a uma disfunção do endotélio (i.e., do tecido que reveste os vasos sanguíneos).

A análise dos exossomas das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical demonstrou um enriquecimento em proteínas envolvidas na regulação da comunicação, migração e sinalização celulares e na formação de novos vasos sanguíneos.

Os autores recorreram ainda a experiências in vitro, em que estudaram os efeitos dos exossomas de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical na disfunção endotelial que ocorre na pré‑eclâmpsia, tendo observado o efeito benéfico dos exossomas destas células sobre o modelo celular usado, melhorando a capacidade de proliferação e de migração celulares.

Globalmente, estes resultados sugerem que estes exossomas podem ser úteis na recuperação da disfunção endotelial característica da pré-eclâmpsia e fornecem evidências que suportam a consideração da sua administração como uma nova abordagem terapêutica para o tratamento da pré‑eclâmpsia.

Carla Cardoso, Diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal, expressa o seu entusiasmo em relação a estes resultados, que “destacam o potencial dos exossomas das células estaminais do cordão umbilical podem ter no desenvolvimento de novas opções terapêuticas para o tratamento desta condição grave que afeta muitas mulheres durante a gravidez, e cuja prevenção da sua progressão e tratamento são atualmente muito difíceis de conseguir”.

“The Transition”
O lançamento do livro “The Transition” ocorreu no passado dia 28 de novembro, na biblioteca e auditório do Instituto Dom Luiz ...

“Neste ensaio analiso a descarbonização simultânea dos transportes terrestres e do sistema elétrico, tomando Portugal como um caso de estudo, e comparo os resultados de vários modelos possíveis para esta transição. A conclusão é que os diferentes modelos têm consequências marcadamente diversas, não só na mobilidade e no sistema elétrico, como também em toda a economia, no ambiente e no clima, na forma como vivemos e organizamos as nossas sociedades”, diz António M. Vallêra.

António M. Vallêra é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico da ULisboa, e doutorado em Física pela Universidade de Cambridge (Cavendish Laboratory). O seu interesse na área da energia focou-se inicialmente na tecnologia solar fotovoltaica. Atualmente o seu interesse principal diz respeito à transição para sistemas de energia e de transporte descarbonizados.

“O livro também se foca nas políticas públicas, que podem conduzir a melhores resultados, que interessantemente resultam do modelo menos estudado e mais ignorado pelos decisores até hoje”, comenta António M. Vallêra.

A obra em formato digital encontra-se disponível para consulta em regime de acesso aberto (sem custos), através do Repositório da ULisboa. Os leitores interessados em adquirir um exemplar em versão impressa (preço 20€), devem contactar o autor através do seu endereço [email protected].

“The Transition” destina-se a profissionais e decisores das áreas da energia e dos transportes, investigadores e alunos, políticos e público em geral.

 

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